UFSC terá pesquisa sobre câncer com equipamentos de ponta e ganha novos laboratórios

26/02/2025 11:05

MultiCell é um dos espaços inaugurados e vai atuar na criopreservação celular e a capacitação de recursos humanos em técnicas de cultivo e propagação de células animais para fins biotecnológicos. Foto: Divulgação/UFSC

Três laboratórios com novos equipamentos para a execução de pesquisas de ponta foram oficialmente inaugurados nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, no Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O complexo de laboratórios multiusuários foi viabilizado com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc) e vai ser base, entre outras coisas, para as pesquisas do recém formalizado Instituto Multidisciplinar de Pesquisas do Câncer e Tratamentos Oncológicos (Impacto) da UFSC.

O professor Edroaldo Lummertz da Rocha é o coordenador do Centro de Inovação Biotecnológica e Molecular (CinBio), que recebeu aproximadamente R$2,5 milhões em recursos para a compra de três equipamentos de grande porte, inéditos em Santa Catarina. “São equipamentos que poderão ser usados em outras pesquisas e para estudar qualquer tipo de doença, mas para nós são importantes para as pesquisas do câncer”, comenta.

O Citômetro de fluxo, por exemplo, faz análises imunológicas e de tipos celulares, como se fosse uma anatomia da célula. “O uso geral é para definir a composição celular de amostra de tecido ou órgão. Com ele é possível quantificar muito mais moléculas simultaneamente”, explica o professor. O equipamento, que em universidades é escasso, foi instalado em agosto e utilizado cerca de dez vezes para pesquisas sobre o câncer de mama.

Um outro equipamento inédito e que agora é operado no novo espaço da UFSC é o TapeStation, capaz de analisar fragmentos de RNA para entender, por exemplo, quais genes são expressos nas células relacionadas ao câncer com relação às saudáveis. No laboratório, a equipe utilizou para gerar a primeira coleção de genes mais aberrantes em camundongos com câncer de mama e sem câncer de mama. “O equipamento faz sequenciamento de última geração de amostras biológicas associadas ao câncer. Com ele é possível verificar como inibir processos de metástase”, explica.
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UFSC identifica 35 contaminantes emergentes na Lagoa da Conceição, inclusive cocaína

13/02/2025 08:50

Pesquisa teve colaboração do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) . Na imagem, Alice Cristina da Silva, uma das pesquisadoras do projeto. Foto: Divulgação/UFSC

Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) identificou 35 contaminantes emergentes em amostras coletadas na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, com concentrações particularmente elevadas na área próxima à estação de tratamento da Lagoa de Evapo Infiltração (LEI) da companhia de saneamento. Cafeína, diferentes tipos de medicamentos antibióticos, analgésicos e cocaína estão entre os elementos identificados pela equipe, que teve colaboração do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Os dados estão publicados na revista Science of the Total Environment.

O artigo menciona a detecção de metabólitos de drogas ilícitas, como a benzoilecgonina, o principal metabólito da cocaína, e a própria cocaína em amostras de água, sedimentos e biota na Lagoa da Conceição. A equipe trabalha em novos estudos a partir desses resultados, que foram confirmados por outros testes.

Essas substâncias da cocaína foram observadas em 63% das amostras analisadas, sugerindo uma presença significativa e consistente no ambiente. A detecção da benzoilecgonina foi particularmente relevante, uma vez que é considerada um marcador para o uso e descarte de cocaína. Estudos anteriores realizados pelos autores também relataram a presença desses compostos em águas costeiras do Brasil, incluindo em tubarões na costa brasileira, indicando a contaminação em diversos níveis do ecossistema.
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Professora da UFSC, liderança científica, alerta para desigualdades enfrentadas por mulheres na ciência

11/02/2025 07:57

A falta de igualdade de gênero na ciência e o enfrentamento aos obstáculos que constroem esses cenários precisam ser lembrados e confrontados. Essa é a avaliação da professora Débora Peres Menezes, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que também é diretora no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi a primeira mulher eleita a presidir a Sociedade Brasileira de Física.

“A academia tem que ser o mais inclusiva possível. E aí eu vejo a UFSC como protagonista de ações bem importantes”, destaca a cientista, pesquisadora de Física Nuclear, que recentemente publicou um artigo sobre os desafios das mulheres cientistas no repositório arXiv, da Universidade Cornell. Ela cita como exemplo positivo de enfrentamento às desigualdades o Prêmio Propesq-Mulheres na Ciência, que contempla apenas cientistas mulheres e destaca suas carreiras e trajetórias na universidade.

Conhecido como Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, esta terça-feira, 11 de fevereiro, é a data estabelecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) desde 2015 para promover a inclusão feminina na ciência. “Existe uma estrutura na sociedade que não facilita a identificação de mulheres, principalmente, com as Ciências Exatas. Eu costumo lembrar a primeira lei do Império que já deixava as meninas de fora do ensino de Matemática”, aponta Débora.

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Mudanças climáticas agravaram inundações em SC, analisam organização global e UFSC

05/02/2025 09:08

Lestada é evento extremo local que precisa de mais pesquisa.
Foto: Pixabay/Divulgação

As mudanças climáticas agravaram as inundações de janeiro registradas no litoral de Santa Catarina por conta do fenômeno conhecido como “lestada”. A constatação foi divulgada em documento da World Weather Attribution (WWA), organização mundial que atua para dar respostas ágeis e com evidências científicas sobre o impacto das mudanças climáticas em eventos extremos, como ondas de calor, tempestades e inundações.

A professora de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina Rodrigues, assinou a análise em colaboração com o pesquisador da organização, Ben Clark. “Esses eventos são comuns em anos de La Niña fraca, como ocorreu em dezembro de 1995, quando 165 milímetros de chuva caíram na região metropolitana de Florianópolis em 36 horas. No entanto, o volume de chuva do evento mais recente em um período tão curto não tem precedentes”, pontua o documento.

Regina explica que, como esse evento é muito localizado, não é possível fazer o trabalho de atribuição às mudanças climáticas porque os modelos utilizados pela organização não conseguem executar a simulação. “Porém, nesses casos, a gente levanta os dados e casos semelhantes (regiões próximas) para inferir que teve influência das mudanças climáticas, dado o volume das chuvas em tão pouco espaço de tempo”.

O estudo traz os dados do acumulado de chuva registrado em diversas cidades catarinenses e na capital, Florianópolis, que atingiu, em menos de 48 horas, quase o dobro de volume esperado para janeiro. “Até o momento, as tendências recentes apontam para um aumento significativo da precipitação extrema na região”, indica o estudo, que traz referências da literatura mundial e também do relatório do IPCC AR6, de 2023, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

Eventos duas vezes mais prováveis

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Evento extremo que atingiu SC é de difícil previsibilidade, aponta pesquisadora da UFSC

17/01/2025 15:02

Fenômeno transbordou laguinho no Campus de Florianópolis da UFSC. Foto: Caetano Machado/Agecom/UFSC

O evento extremo que atingiu parte do litoral de Santa Catarina nos últimos dias era de difícil previsibilidade, explica a professora Regina Rodrigues, da Coordenadoria Especial de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e referência nos estudos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo. De acordo com ela, por se tratar de um fenômeno local – popularmente conhecido como lestada – existe também um gap no conhecimento científico de sua natureza.

“São nuvens que os satélites não captam. A gente usa muitos dados de satélites para alimentar os modelos. Radares meteorológicos, sozinhos, não fazem previsão”, pontua. Segundo Regina, o radar auxilia os profissionais que estão utilizando os modelos na previsão, mas é preciso investimento em capacitação e recursos humanos para que situações como essas possam ser gerenciadas.

A pesquisadora também lembra que as lestadas são fenômenos locais, característicos da região. “Todo conhecimento que a gente tem é mais do Hemisfério Norte e de pesquisadores de países como Estados Unidos, Europa. Então por isso a gente sabe mais de eventos extremos que ocorrem lá. Esse evento é super localizado e a gente não tem o conhecimento científico, porque não há investimento nisso”.

Presente alterado pelas mudanças climáticas

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Formada por mais de 30 laboratórios, Rede de Biotecnologia da UFSC tem criação aprovada pela Propesq

05/12/2024 16:09

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (Propesq/UFSC) aprovou na última quinta-feira, 28 de novembro, a criação da Rede de Biotecnologia (Rede Biotech), formada por mais de 30 laboratórios e grupos de pesquisa dos campi de Florianópolis, Blumenau e Curitibanos da UFSC. A rede reúne competências com o objetivo de desenvolver projetos inter e multidisciplinares em biodiversidade e biotecnologia, promovendo a colaboração entre a academia, empresas e centros de pesquisa.

Coordenada pela professora Débora de Oliveira, do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos (EQA), a Rede Biotech integra esforços de docentes, pesquisadores e parceiros estratégicos, como a Rede de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade e Bioeconomia (RCBio), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a fim de desenvolver produtos e processos biotecnológicos com impacto socioeconômico e ambiental direto em Santa Catarina.

De acordo com os responsáveis pela Rede da UFSC, a parceria viabiliza a consolidação de centros de excelência por meio do compartilhamento de infraestrutura avançada e do intercâmbio de conhecimento técnico e científico, além de representar um avanço estratégico no campo da biotecnologia. “A união das duas redes reforça o compromisso com a sustentabilidade e com a geração de valor por meio da inovação, contribuindo para transformar desafios em oportunidades para um futuro mais verde e tecnológico”, afirmam.

Além de potencializar a transferência de tecnologia e inovação, a colaboração entre UFSC e Senai contribui para a formação de profissionais qualificados e para o fortalecimento da competitividade industrial da região catarinense. Ao ampliar o impacto da biotecnologia na indústria, a parceria também desenvolve soluções que atendem a demandas locais e globais em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os pesquisadores ressaltam ainda que a  formalização de iniciativas como a Rede Biotech está em consonância com a Normativa nº 02/2023/CPESQ, que regula a associação de grupos de pesquisa da UFSC a estruturas de pesquisa externas. Para mais informações, acesse o Instagram, LinkedIn ou site da Rede Biotech.

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Estudo da UFSC revela ambiguidade do termo ‘Clean Label’ em alimentos industrializados

21/11/2024 13:30

Imagem de viniciusmagalhaesvsm por Pixabay.

Um estudo realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) no âmbito do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisou a utilização do termo Clean Label no rótulo de alimentos industrializados. A pesquisa é  resultado da dissertação de mestrado defendida pela nutricionista Laura Volpato, em julho de 2024, sob orientação da professora Ana Carolina Fernandes e coorientação da professora Paula Lazzarin Uggioni. 

A pesquisa, financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), mapeou os principais conceitos que já existem sobre o assunto, analisando a utilização do termo em relação à rotulagem de alimentos industrializados. 

“O principal objetivo era conceituar o termo Clean Label, entender o que está sendo falado sobre ele, de onde ele surgiu, e se ele deveria ser regulamentado, no sentido de se deveria ou não ser utilizado”, explica Laura. 

Os resultados apontaram que o termo tem sido utilizado pelos fabricantes para sugerir ao consumidor que os produtos contém menos aditivos alimentares, listas de ingredientes mais simples ou que são produtos ultraprocessados com características esperadas de alimentos menos processados. “Termos como ‘caseiro’ ou ‘natural’não deveriam estar no rótulo porque a gente não sabe o que o consumidor interpreta, e percebemos que isso é o que mais tem relação ao termo Clean Label. São coisas que remetem ao saudável sem necessariamente ser”, complementa a nutricionista.

Por meio de busca e seleção de 4.794 artigos, foram incluídos e analisados 74 estudos que trazem alguma definição de clean label ou critério de uso do termo em rótulos de alimentos industrializados; ou que tenham avaliado sua aplicação na elaboração ou na rotulagem desses produtos. 

O estudo indica uma proposição ampla do conceito clean label. Segundo a pesquisadora, a utilização de conceitos relacionados a ele são transitórios e subjetivos, dependendo da percepção do consumidor sobre o que é um alimento saudável e sustentável. Laura concluiu que o termo “não deveria ser regulamentado pois não há uma definição clara e específica”.

 

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Pesquisador da UFSC faz primeiro registro de espécie rara de louva-deus no Sul do país

21/11/2024 10:14

Louva-deus da espécie Vates phoenix. Foto: Leo Lanna/Projeto Mantis/Divulgação.

O pesquisador Gabriel de Almeida Ponte Gomes, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez o primeiro registro do Sul do Brasil de uma espécie rara de louva-deus, com cerca de sete centímetros de comprimento, listras pelo corpo, formato de folha nas pernas traseiras e um pequeno chifre na cabeça: a Vates phoenix. A expedição noturna ocorreu em novembro de 2022 em uma mata próxima à Lagoa do Peri, no Sul de Florianópolis.

Gabriel, que é estudante da graduação em Ciências Biológicas na UFSC, estava acompanhado do colega Djonatan Artur Rosemann – também pesquisador –, que olhou para cima e observou um inseto grande camuflado nas árvores. Gabriel coletou o louva-deus e identificou que era do gênero Vates. “Eu sabia que era um gênero que ainda não tinha registro na Ilha, então seria um registro novo”, relatou. Mais tarde, quando identificou a espécie do animal, Gabriel descobriu que esta ainda não havia sido registrada em nenhum estado do Sul do país.
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UFSC aprova 71 projetos em edital universal de pesquisa de SC; investimento é de R$16 milhões

21/11/2024 10:02

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi a instituição com o maior número e maior volume de investimentos aprovados no edital universal de fomento à pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Destaque nos rankings de avaliação nacionais e mundiais, a UFSC, universidade pública e gratuita, aprovou 71 projetos e vai receber recursos de mais de R$16 milhões para executar estudos nos campi de Araranguá, Curitibanos, Florianópolis e Joinville, em praticamente todas as áreas de estudos.

Pelo menos 19 destes projetos receberão R$ 250 mil cada, valor máximo garantido no edital, que contemplou, no total, 150 projetos de diversas instituições do Estado.

Um destes projetos busca o desenvolvimento de vacina para leishmaniose visceral e cutânea, com coordenação do professor Edmundo Carlos Grisard, mas há outras áreas das ciências também contempladas, como a pesquisa espacial, com estudo sobre modelagem e simulação de plasma em propulsores elétricos para missões espaciais, do professor Juan Pablo de Lima Costa Salazar. A professora Cristina Scheibe Wolff também teve seu projeto aprovado e vai estudar gênero emoções e política nas redes de mídias sociais no brasil contemporâneo.

Confira aqui os projetos aprovados, seus coordenadores e os valores de investimento previstos.

 

 

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Pesquisadores da UFSC apresentam nova hipótese para extinção da megafauna nos últimos 60 mil anos

13/11/2024 13:15

Estudo refuta a hipótese mais defendida até então, de que os humanos foram o principal fator responsável pelo processo de extinção da megafauna no Quartenário tardio. Foto: Thomas T. (CC BY-NC-SA)

Um estudo iniciado há 12 anos por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que as causas da extinção global de animais de grande porte — com mais de 44 kg — , conhecidos como megafauna, estão diretamente relacionadas com mudanças climáticas naturais que ocorreram entre os últimos 60 e 10 mil anos, durante o período geológico do Quaternário tardio. A conclusão refuta a hipótese mais defendida até então, de que a chegada dos grupos humanos aos continentes e ilhas foi o principal fator responsável pelo processo de extinção da megafauna no planeta.

O artigo Seasonality and desertification drove the global extinction of megafauna in the late Quaternary, ou Sazonalidade e desertificação levaram à extinção global da megafauna no Quaternário tardio em português, foi publicado em setembro deste ano na revista científica Quaternary Science Reviews. O estudo contou com a participação de seis pesquisadores brasileiros de universidades federais, três deles da UFSC: Maurício Graipel e Jorge Cherem, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), e Paul Momsen Miller, do Centro de Ciências Agrárias (CCA). 

A pesquisa aponta que a dispersão humana nos continentes e ilhas ocorreu simultaneamente a momentos críticos nos parâmetros de obliquidade da Terra (ângulo de inclinação do planeta em relação ao Sol) e a baixos níveis atmosféricos de gás carbônico (CO2), que ocasionaram períodos de alta sazonalidade e desertificações no globo.
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Feira de Ciências da Sepex vai até sexta-feira, 8 de novembro, com atrações para todas as idades

06/11/2024 13:35

Fotos: Andrey Santiago

A Feira de Ciências da Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina começou nesta quarta-feira, 6 de novembro, com atrações das mais variadas áreas do conhecimento e para todas as idades. Estandes demonstrativos e com possibilidade de interação direta entre os projetos e pesquisas da UFSC e a comunidade são o ponto alto da atração, que recebe entre seus visitantes famílias e escolas de diversas cidades. A atividade ocorre das 9h às 18h no Centro de Cultura e Eventos do Campus da Trindade.

Sãp 70 estandes das áreas de Comunicação, Cultura, Educação, Tecnologia, Meio-Ambiente, Trabalho, Direitos Humanos e Saúde, por áreas temáticas. Na área da Cultura, por exemplo, o projeto de extensão Registro da Pesca Colaborativa com Botos como Patrimônio Imaterial do Brasil estará presente pela primeira vez, apresentado pelo Coletivo de Estudos em Ambientes, Percepções e Práticas (CANOA).

Crianças estão entre o público da Feira de Ciências

Beatriz Bugio, antropóloga e extensionista do projeto, explica que o objetivo do estande é falar sobre o registro que o curso de Antropologia da UFSC tem feito para tornar essa prática um patrimônio. “É uma pesca que acontece em poucos lugares do mundo onde os botos indicam para os pescadores onde eles têm que jogar a rede para capturar as tainhas, então é uma colaboração. É por isso que o nosso argumento é que os detentores desse patrimônio não são só os pescadores humanos, são também os botos”.

A expectativa é compartilhar o projeto de maneira mais acessível para quem não está no ambiente acadêmico, diz Beatriz. “A gente vai ter o desafio de tentar comunicar o que a gente está fazendo, o que esse projeto está realizando para pessoas de fora da universidade, acho que vai ser o mais legal”, complementa.

Além da feira, a Sepex conta, na sua programação, com palestras, atrações culturais, minicursos e rotas temáticas. Acesse as notícias e veja o serviço completo aqui.

 

 

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Sepex 2024: seminário apresenta mais de 80 trabalhos de iniciação científica da UFSC

31/10/2024 11:44

Mais de 80 estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentarão seus trabalhos de iniciação científica durante a 21ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex). O 34º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SIC) 2024 começa nesta segunda-feira, 4 de novembro, e segue até quinta-feira, 7 de novembro. Os painéis serão no auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) do campus de Florianópolis, com início sempre às 8h30. A participação é gratuita e aberta a toda comunidade.

As apresentações estão divididas nos seguintes eixos temáticos:

1. Promoção da igualdade e fortalecimento da democracia;
2. Sustentabilidade e mudança climática;
3. Saúde e qualidade de vida;
4. Tecnologia e Inovação.

Confira a programação do seminário.

A dinâmica do evento prevê dois blocos de quatro ou cinco apresentações – de no máximo 10 minutos – por turno. Ao final de cada bloco temático, os trabalhos deverão ser debatidos em mesa composta por mediador, representantes de centros de ensino, debatedores relacionados aos temas, além dos orientadores dos projetos apresentados.

Mais informações no site do Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SIC).

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UFSC na mídia: 60 anos de parceria da Universidade com as indústrias do Brasil

10/10/2024 11:54

Pró-reitor de pesquisa e inovação Jacques Mick. Foto: Globoplay.

No último domingo, 6 de outubro, o programa Tech SC da NSCTV, disponível no Globoplay, produziu um quadro sobre o protagonismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nas pesquisas na área de inovação da indústria. O pró-reitor de pesquisa e inovação da UFSC, Jacques Mick, foi fonte para o programa.

De acordo com a reportagem, a Universidade faz parceria com as indústrias há cerca de 60 anos. “A UFSC pratica a inovação desde muito antes desta palavra ser usada para descrever as conexões entre a universidade e as indústrias do Brasil”, comenta o pró-reitor. Jacques Mick explica que a UFSC faz pesquisas, desenvolve materiais e inventa soluções novas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população catarinense e brasileira.

Pesquisador da UFSC. Foto: Globoplay.

Em abril de 2022 foi aprovada uma política de inovação e de empreendedorismo e, desde então, 15 linhas de ação vêm sendo desenvolvidas pela UFSC, que fornecem “o suporte que as indústrias e o setor produtivo precisam para transformar aquilo que é uma invenção de cientistas em uma aplicação que tenha consequências práticas e impacto na vida de todo mundo”, explica o pró-reitor.

Confira o programa na íntegra: Edição 06/10/24

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Sepex 2024 lança edital e recebe submissão de propostas até 27 de setembro

18/09/2024 12:51

A submissão de propostas de atividades a serem realizadas na 21ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da UFSC (Sepex) estará aberta de 10 a 27 de setembro. O maior evento de divulgação científica de Santa Catarina será realizado entre 4 e 8 de novembro. Podem ser inscritas propostas de estandes, rotas temáticas, minicursos e atividades artístico-culturais. O edital da Sepex foi lançado nesta terça-feira, 10 de setembro.

>> Acesse o edital completo de seleção da 21ª SEPEX

Dentro das propostas para participar da Feira de Ciências (por meio de estandes), podem ser inscritas exposições de projetos de ensino, pesquisa, extensão e/ou inovação em espaço físico a ser delimitado pela organização da Sepex, nas datas de 6 a 8 de novembro, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC – serão 70 estandes neste ano. Já as Rotas Temáticas compreendem a abertura de espaços da UFSC à visitação, incluindo projetos com estrutura própria como laboratórios e exposições, a ocorrerem também entre 6 e 8 de novembro.

Os Minicursos serão cursos de curta duração oferecidos à comunidade interna e externa da UFSC, de maneira gratuita, mediante inscrição prévia dos participantes. Poderão ser realizados entre os dias 4 e 8 de novembro, nas modalidades virtual ou presencial. As Atividades Artístico-Culturais incluem mostras de música, dança, teatro e outras linguagens artísticas e apresentações culturais, coordenadas por servidores da UFSC ou que estejam vinculadas a projetos de ensino, pesquisa e extensão de quaisquer setores da UFSC. As atividades artístico-culturais serão realizadas entre os dias 6 e 8 de novembro, presencialmente em estrutura a ser definida pela organização do evento, e virtualmente nos canais oficiais de divulgação.

Serão priorizadas propostas que dialoguem com a temática da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia 2024 – Biomas do Brasil: diversidades, saberes e tecnologias sociais. Outros critérios da avaliação são interatividade, público alcançado e clareza da proposta.

Confira o cronograma completo da Sepex 2024.

O quê Quando Onde
Lançamento do Edital 9 de setembro https://sepex.ufsc.br/
Inscrições das propostas 10 a 27 de setembro sgsepex.ufsc.br (estandes e minicursos)Formulário (Rotas Temáticas)Formulário (atividades artístico-culturais)
Seleção das propostas 30 de setembro a 3 de outubro Comissão Organizadora
Resultado preliminar 4 de outubro https://sepex.ufsc.br/
Prazo para recursos 5 a 7 de outubro sepex@contato.ufsc.br
Entrega de Termos de Compromisso Até 15 de outubro sepex@contato.ufsc.br (estandes e Rotas Temáticas)minicursos.sepex@contato.ufsc.br (minicursos)
Homologação e resultado final 9 de outubro https://sepex.ufsc.br/
20ª SEPEX  De 4 a 8 de novembro UFSC

Mais informações no site da SEPEX.

Dúvidas sobre o edital podem ser encaminhadas para o e-mail sepex@contato.ufsc.br

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Seminário Fazendo Gênero abre com presença da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves

30/07/2024 19:03

Ritual indígena na abertura da conferência de Amina Mama. Foto: Carol Esmanhotto/Fazendo Gênero/UFSC

A 13° edição do Seminário Internacional Fazendo Gênero teve sua abertura oficial nesta segunda-feira, 29 de julho, com a conferência da escritora, ativista e acadêmica nigeriana-britânica Amina Mama, no auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no Campus de Florianópolis, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Aberto com a apresentação de sons e danças de matriz africana além de um ritual indígena, o evento valorizou a diversidade e caráter democrático do seminário.

A mesa de abertura contou com a presença e falas da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; da diretora de Políticas e Programas de Educação Superior da SeSU/MEC, Ana Lúcia Pereira; do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; da vice-reitora Joana Célia dos Passos; do reitor e da vice-reitora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), José Fragalli e Clerilei Bier; do reitor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Maurício Gariba Júnior; da representante dos movimentos sociais Letícia Borges de Assis; da coordenadora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) da UFSC, Teresa Kleba, e da comissão organizadora do evento, formada por Alexandra Alencar, Alinne de Lima Bonetti, Débora de Carvalho Figueiredo e Janyne Sattler.

>> Assista ao evento no canal do IEG no YouTube.

>> Marcha contra o fim do mundo, no centro de Florianópolis, ocorre nesta quarta-feira, 31 de julho

Outras autoridades também tiveram sua presença registrada, como pró-reitores, secretários, autoridades universitárias da UFSC, IFSC e Udesc.

Em sua fala, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, citou a pandemia de Covid-19 enfrentada pelos brasileiros. “Perdemos 750 mil pessoas e até hoje não fomos capazes de viver o luto”, disse a ministra. Para ela, a volta do Fazendo Gênero simboliza o retorno da ciência, da pesquisa, do estudo. “Representa a volta do Brasil, a volta das mulheres que nunca desistiram deste país. Nós voltamos mais maduras, mas temos que enfrentar o fascismo todos os dias da nossa vida”. Ela citou alguns avanços já alcançados, mas ainda não garantidos, com a Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres.

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Presença do Brasil na Antártica completa 40 anos com apresentação das contribuições da UFSC

17/07/2024 07:50

Navio brasileiro Barão de Teffé participou das primeiras expedições à Antártica. Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

Há 40 anos, o Brasil estabelecia sua base de pesquisa na Antártica, o continente gelado mais ao sul do mundo. Em fevereiro de 1984, iniciava-se a implantação da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), inaugurando desafios ímpares para os exploradores do território inóspito, bem como para a ciência nacional. Essa história será lembrada no simpósio 40 anos do Brasil na Antártica, promovido pela Associação de Pesquisadores e Educadores em Início de Carreira sobre o Mar e os Polos (APECS-Brasil) e pela Escola Superior de Defesa (ESD) do Ministério da Defesa, com o apoio da Association of Polar Early Career Scientists (APECS). O evento começa nesta quarta-feira, 17 de julho, na ESD, em Brasília (DF). A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participará mostrando 10 anos de contribuição de pesquisas relacionadas à Antártica, com seis mulheres cientistas ligadas à Universidade entre todos os palestrantes.

 Muitas das contribuição da UFSC à pesquisa e à exploração do continente gelado são nas áreas de psicologia, saúde e segurança. Nesse sentido, o Laboratório Fator Humano, do Centro de Filosofia e Ciência Humanas (CFH), é pioneiro. “Esse é o primeiro laboratório nacional com temas em psicologia, anteriormente um projeto de medicina também incorporou aspectos psicológicos. O trabalho iniciou com a proposta de reproduzir estudos internacionais, focando na questão dos estressores, com um artigo escrito nessa direção de mapeamento. Posteriormente, avançamos com questionamentos sobre a qualidade do sono até chegarmos a um modelo conceitual de comportamento seguro, que foi a base para o desenvolvimento de um sistema na forma de programa de atenção à saúde e à segurança”, explica o professor Roberto Moraes Cruz, coordenador do Laboratório Fator Humano.

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SpaceLAB da UFSC participa de testes para criar constelação de pequenos satélites

21/06/2024 14:56

Estudantes de graduação e pós compõem equipe que realizará os testes no INPE. Foto: Divulgação/SpaceLab/UFSC

Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estarão no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), entre 24 e 28 de junho, para uma série de testes no Laboratório de Integração e Testes (LIT). O trabalho faz parte da missão Global Open Collecting Data System (GOLDS), que visa a criação de uma constelação de pequenos satélites para a coleta de dados ambientais. O GOLDS é uma iniciativa colaborativa entre a UFSC, o INPE e a Agência Espacial Brasileira (AEB).

A missão GOLDS-UFSC também pretende desenvolver tecnologias avançadas e soluções para a engenharia aeroespacial, além de fomentar a cooperação interinstitucional e a formação de recursos humanos qualificados, promovendo avanços na ciência e tecnologias espaciais.

Criado pela equipe do SpaceLab da UFSC, o GOLDS-UFSC quer validar em órbita o funcionamento do equipamento Environmental Data Collector (EDC), que é um módulo para uso em satélites desenvolvido pelo INPE para recepção de pacotes de dados transmitidos a partir de estações de coleta de informações ambientais localizadas em todo o território nacional.

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UFSC na mídia: pesquisa sobre oferta e realização de abortos no Brasil é destaque na Globo News

14/06/2024 14:14

Apenas 3,6% das cidades brasileiras oferecem procedimento pela rede pública. Foto: Reprodução/Globo News

A pesquisa realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que buscou mapear e caracterizar a oferta e a realização de abortos previstos em lei no Brasil foi destaque na reportagem da Globo News. A pesquisadora Marina Jacobs, autora da pesquisa, concedeu entrevista para o canal nesta quarta-feira, 12 de junho.

Durante a entrevista, Marina explicou que a criminalização do aborto gera diversas dificuldades para as pessoas acessarem esse serviço. Muitas vezes, quando conseguem chegar ao serviço, são solicitados documentos desnecessários ou as pessoas são tratadas com desconfiança, pontuou a pesquisadora.

Sua pesquisa mostra que apenas 3,6% dos municípios brasileiros oferecem o serviço de aborto legal nas redes de saúde. Ela também traz foco para a estimativa de que 20 mil mulheres engravidem por estupro a cada ano no Brasil, enquanto são realizados 2 mil abortos legais por ano no país. 
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Brasil aprova Participação Social em Saúde na OMS com auxílio de pesquisadora da UFSC

12/06/2024 17:24

Assembleia ocorreu em Genebra, na Suíça. Foto: Antoine Tardy/Divulgação/OMS

A 77ª Assembleia Mundial da Saúde (World Health Assembly, na sigla em inglês) aprovou por consenso uma resolução inédita que legitima a Participação Social em Saúde, informa o Conselho Nacional de Saúde, em seu site. A resolução – proposta por 27 países, entre eles o Brasil – determina que a sociedade civil influencie na tomada de decisões em todo ciclo das políticas públicas de saúde, de forma transparente, em todos os níveis dos sistemas de saúde. A assembleia é um evento da Organização Mundial de Saúde (OMS), que foi promovido entre o final de maio e início de junho de 2024, em Genebra, na Suíça.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem uma pesquisadora entre os membros do Conselho Nacional de Saúde que participou da assembleia da OMS. A professora Silvana Nair Leite, do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UFSC, atuou no apoio e na negociação para aprovação da proposta entre os membros da OMS. A professora, que também atua no Conselho Municipal de Saúde de Florianópolis, participou de reuniões com a comissão para implementação da participação social, deliberações com outras entidades representadas na assembleia na Suíça e atividades paralelas promovidas por outras instituições internacionais.

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Veleiro da UFSC acompanha ultramaratona de natação com desafio ambiental

17/05/2024 16:16

Ultramaratonista deve nadar 36 quilômetros entre Porto Belo e Itajaí

O Veleiro Eco, veículo elétrico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) utilizado em expedições científicas com a missão de pesquisar, monitorar e proteger a vida dos ecossistemas marinhos, participou de um novo desafio: acompanhar uma ultramaratona aquática que reuniu apoiadores para a realização de um nado com mínima emissão de carbono e de reduzida geração de resíduos.

A atleta catarinense Sandra Koch nadou por uma distâncias de quase 36 quilômetros, percorrendo 16 praias de quatro municípios do litoral catarinense, área denominada Costa Verde e Mar, na segunda-feira, 20 de maio. A largada, inicialmente prevista para madrugada de domingo, ocorreu por volta das 3h30 da segunda-feira, devido às condições climáticas.

A nadadora partiu da Praia do Araçá, em Porto Belo. A chegada estava prevista para a Praia de Cabeçudas, em Itajaí. Porém, por medida de segurança, a prova foi interrompida, por decisão da equipe técnica, quando Sandra estava a 800 metros do destino. Havia forte correnteza, causada pelo encontro com as águas do Rio Itajaí-Açu.

A nadadora lutou e chegou a alcançar o equivalente a 42 quilômetros de distância em braçadas – considerando equipamento que afere a distância pelo esforço físico da atleta. A prova foi homologada com ressalva pela Federação Aquática de Santa Catarina (FASC), que estuda incluir o trajeto no calendário oficial de competições.

Durante todo percurso, foram coletadas amostras para a medição de presença de microplásticos na água do mar. O resultado das medições será apresentado no 20º Congresso Latino-americano de Ciências do Mar, marcado para agosto, em Itajaí.

As amostras de água serão analisadas em laboratório da UFSC para medir a quantidade de microplásticos identificados. Os resíduos, com medida inferior a 5 mm, contaminam os oceanos, afetando o equilíbrio do ambiente marinho.

De acordo com os organizadores, o desafio Costa Verde e Mar teve o objetivo de chamar a atenção para as condições de balneabilidade do litoral catarinense e conscientizar sobre a necessidade de reduzir a geração de lixo e de emissão de gás carbônico em todas as atividades diárias. Sandra, uma atleta de 49 anos, participa de maratonas e ultramaratonas. Entre suas principais conquistas, estão o recorde do desafio Ilha do Arvoredo, em Bombinhas (25 km em 2018) e a prova Amazon Challenge, em Manaus (30 km em 2023).
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UFSC implementa modalidade pioneira de estágio de Pós-Mestrado

19/01/2024 11:32

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aprovou a Resolução Normativa Nº 187/2023/CUn, que implementa a modalidade de estágio de Pós-Mestrado. A oficialização aconteceu em 11 de janeiro, data em que a resolução foi publicada no Boletim Oficial da UFSC.

Momento da votação realizada pelo Conselho Universitário.
Foto: Kauê Alberguini/Secom/UFSC

A proposta foi elaborada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) e aprovada por votação realizada em sessão ordinária do Conselho Universitário, em 12 de dezembro de 2023. O projeto esteve em caráter experimental até 2023, e passa agora a funcionar de forma definitiva.

Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação, Werner Kraus Junior, a modalidade pode ser considerada pioneira entre as universidades do Brasil. “Existem outras universidades que prevêem o registro de pesquisador colaborador, que inclui portadores do diploma de mestrado. Porém, a UFSC passa a ser a única a ter categoria específica nesse nível”.

O ingresso na modalidade é feito de maneira similar ao estágio de Pós-Doutorado: o Programa de Pós-Graduação (PPG) que oferece a vaga é responsável por estabelecer as condições e critérios de seleção dos candidatos, caso haja concorrência. Segundo a Resolução, “entende-se por estágio de Pós-Mestrado as atividades de pesquisa e/ou extensão realizadas junto ao Programa de Pós-Graduação da UFSC por portador do título de mestre, acompanhado por uma/um supervisora/supervisor”.

Na sessão do CUn foi aprovada a exigência de bolsa para os discentes inscritos na modalidade, que deve ser viabilizada por instituições de fomento ou via projetos de pesquisa e extensão. A duração do estágio será de no mínimo três e no máximo doze meses.

Kauê Alberguini/ Estagiário de Jornalismo da Secom/ UFSC

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UFSC terá sistema piloto de tratamento de água em pesquisa com a Petrobras

05/12/2023 09:08

Imagem ilustrativa (Tania Rêgo/Agência Brasil)

Um projeto para melhorar a qualidade da água utilizada em poços de petróleo vai resultar em um sistema em escala piloto desenvolvido por meio de uma parceria entre a UFSC e Petrobras. O projeto de R$ 4,8 milhões é coordenado pelo professor Marco Di Luccio, do Laboratório de Processos com Membranas (LABSEM), e conta também com a participação do professor Alan Ambrosi e da professora Débora de Oliveira. A execução é uma continuação de pesquisas já desenvolvidas pelo grupo que estuda tecnologias emergentes. O maior desafio relatado pela equipe é propor métodos de tratamento que utilizem sistemas compactos, eficientes e de custo competitivo.

A pesquisa, ligada ao Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, busca a aplicação de métodos emergentes de redução de biofilme em superfícies de membranas. Os processos utilizados são métodos físicos que pretendem melhorar o tratamento de água e consequentemente reduzir o uso de produtos químicos e a frequência das paradas para limpeza.A ideia é tornar o processo de tratamento mais sustentável.

Segundo o professor, isso causa perdas financeiras consideráveis por paradas para limpeza e substituição das membranas filtrantes. Com a parceria da UFSC, algumas modificações já vêm sendo aplicadas nas plataformas de extração de petróleo, apresentando resultados promissores. Duas unidades de permeação com membranas já foram utilizadas no projeto anterior, cujo termo de cooperação encerrou em 2022. Agora, um segundo sistema, maior, em escala piloto, está sendo construído e será instalado no campus da UFSC na Barra da Lagoa para simular o tratamento de água do mar que ocorre em uma plataforma de petróleo.
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UFSC na Mídia: embalagem inovadora criada pela UFSC é destaque no G1

21/11/2023 08:11

Uma embalagem inovadora criada pela Universidade Federal de Santa Catarina para alimentos foi destaque no G1, portal de notícias. O professor Pedro Luiz Manique Barreto, de Ciência e Tecnologia dos Alimentos da UFSC, falou sobre o produto que muda de cor indicando quando algo não deve mais ser consumido. A embalagem está em processo de patenteamento e foi testada preliminarmente com pescados.

Reprodução G1

Segundo o professor, queijos e embutidos serão testados na nova fase do projeto. “É uma embalagem inovadora que tem um potencial muito grande de vir para as prateleiras de supermercado. Trata-se de um ‘filme’ (película), que contém um composto sinalizador microencapsulado”, disse ele ao portal. Ainda conforme a notícia, o filme desenvolvido tem cor avermelhada. “Se o alimento estraga a película muda para verde. Essa alteração é o sinal de que houve deterioração e, portanto, não pode mais ser consumido”, diz o texto.

No caso dos pescados, o professor explicou que a mudança na coloração ocorre quando a embalagem entra em contato com gases (amônia) oriundos da degradação microbiana do pescado. Com os queijos e embutidos existem diferenças, já que queijos podem liberar amônia, mas o estudo pretende verificar se a mudança de pH do alimento pode indicar deterioração também.

Confira a reportagem completa aqui.

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UFSC e JBS assinam acordo para desenvolvimento de pesquisas sobre proteína cultivada

20/11/2023 19:03

Protocolo de intenções prevê pesquisa na área de biotecnologia de alimentos. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a JBS Biotech Innovation Center assinaram nesta segunda-feira, 20 de novembro, um protocolo de intenções para o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas para pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de biotecnologia de alimentos, em especial para a produção de proteína cultivada. O documento foi assinado pelo reitor, Irineu Manoel de Souza, e pelo CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, egresso do curso de Engenharia Mecânica da UFSC.

A proteína cultivada é basicamente um produto obtido através da multiplicação celular induzida a partir de uma pequena quantidade de células retiradas de um animal, sem necessidade de abate. As pesquisas têm o objetivo de chegar a um produto com textura e propriedades nutricionais semelhantes aos da proteína animal convencional.

Participaram da assinatura, realizada no gabinete da Reitoria, Gilberto Tomazoni, Luismar Porto, presidente do JBS Innovation Center e Fernanda Vieira Berti, vice-presidente do JBS Innovation Center e também egressa da pós-graduação da UFSC. Pela Universidade, além do reitor Irineu Manoel de Souza, o evento teve a presença do pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick.

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Pós-Graduação em Farmacologia da UFSC abre vagas para ingresso no curso de mestrado

16/11/2023 14:25

O Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas para o processo seletivo para ingresso no curso de mestrado. Os interessados devem se inscrever até as 23h59, de 28 de novembro, através do site do Controle Acadêmico da Pós-Graduação (CAPG). Estão abertas quatro vagas. As inscrições são gratuitas. Outras informações sobre o edital estão disponíveis no site do departamento.

A matrícula para novos alunos deve ocorrer até 1º de março de 2024. Já as aulas iniciarão em 18 de março, no Departamento de Farmacologia da UFSC, no Campus de Florianópolis. O processo de seleção será realizado em duas etapas. A primeira consistirá em prova escrita. A segunda etapa será de análise e arguição do currículo Lattes e da carta de intenções dos candidatos. A seleção prevê a concessão de quatro bolsas de mestrado, com fomento pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

 

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