UFSC apoia projeto que une estudantes e profissionais na promoção da ciência cidadã

29/07/2024 13:54

Alunos da escola levam materiais para a coleta de resíduos do manguezal. Foto: Ariclenes Patté/Agecom/UFSC

Em um dia ensolarado de outono, 18 alunos da Escola Básica Municipal (EBM) Professora Herondina Medeiros Zeferino exploraram uma área de manguezal em Florianópolis para aprender sobre o ecossistema e colher amostras do ambiente. Com direito a sorteio de brindes e lanche coletivo, a saída de campo fez parte de uma iniciativa que já alcançou mais de 500 pessoas  na promoção da ciência cidadã, uma abordagem que consiste na parceria entre cidadãos e profissionais na coleta de dados para a pesquisa científica. Com foco em educação climática, manguezal e ecossistemas associados, a ação foi realizada pelo Projeto Raízes da Cooperação, com apoio do programa de extensão Ecoando Sustentabilidade e o Programa de Pós-Graduação em Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).  

Área de manguezal do rio Ratones, no norte da ilha de Florianópolis. Foto: Ariclenes Patté/Agecom/UFSC

A atividade de campo integra um processo formativo que ajuda educadores no desenvolvimento da ciência cidadã em espaços escolares e unidades de conservação. O processo é dividido em quatro etapas: curso teórico gratuito online e presencial (finalizado em 2023); aulas práticas com saídas de campo; apoio na realização de estratégias de ação e projetos que estão sendo desenvolvidos pelos cursistas; e um evento final “Conectando com outras raízes”, que acontecerá no final deste ano.

Durante a saída, que aconteceu em 28 de maio, os alunos do Ensino Fundamental da EBM Professora Herondina, com idades de 9 a 13 anos, foram orientados pelas professoras Ana Maria Vasconcelos e Alessandra Tacol enquanto exploravam a área de manguezal do rio Ratones. O perímetro faz parte da Estação Ecológica de Carijós, localizada ao norte da ilha de Florianópolis.

A gestora de Educação e Ciência Cidadã do projeto, Maya Ribeiro Baggio, também esteve presente para prestar apoio na atividade, juntamente com três estudantes do Ensino Médio que participam do projeto como monitores pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC). A equipe levou camisetas, bonés e cadernos do projeto para distribuir entre as crianças por meio de um sorteio onde ninguém saiu de mãos abanando. 

Maya (à direita), Alessandra (à esquerda) e uma aluna seguram camisetas do projeto Raízes da Cooperação durante sorteio de brindes. Foto: Ariclenes Patté/Agecom/UFSC

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UFSC terá sistema piloto de tratamento de água em pesquisa com a Petrobras

05/12/2023 09:08

Imagem ilustrativa (Tania Rêgo/Agência Brasil)

Um projeto para melhorar a qualidade da água utilizada em poços de petróleo vai resultar em um sistema em escala piloto desenvolvido por meio de uma parceria entre a UFSC e Petrobras. O projeto de R$ 4,8 milhões é coordenado pelo professor Marco Di Luccio, do Laboratório de Processos com Membranas (LABSEM), e conta também com a participação do professor Alan Ambrosi e da professora Débora de Oliveira. A execução é uma continuação de pesquisas já desenvolvidas pelo grupo que estuda tecnologias emergentes. O maior desafio relatado pela equipe é propor métodos de tratamento que utilizem sistemas compactos, eficientes e de custo competitivo.

A pesquisa, ligada ao Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, busca a aplicação de métodos emergentes de redução de biofilme em superfícies de membranas. Os processos utilizados são métodos físicos que pretendem melhorar o tratamento de água e consequentemente reduzir o uso de produtos químicos e a frequência das paradas para limpeza.A ideia é tornar o processo de tratamento mais sustentável.

Segundo o professor, isso causa perdas financeiras consideráveis por paradas para limpeza e substituição das membranas filtrantes. Com a parceria da UFSC, algumas modificações já vêm sendo aplicadas nas plataformas de extração de petróleo, apresentando resultados promissores. Duas unidades de permeação com membranas já foram utilizadas no projeto anterior, cujo termo de cooperação encerrou em 2022. Agora, um segundo sistema, maior, em escala piloto, está sendo construído e será instalado no campus da UFSC na Barra da Lagoa para simular o tratamento de água do mar que ocorre em uma plataforma de petróleo.
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Tags: biofilmecooperaçãométodos emergentes de redução de biofilmepesquisaPetrobrassustentabilidadetratamento de água

UFSC construirá reator com tecnologia inovadora para plataforma da Petrobras

25/09/2023 09:42

Foto: Geraldo Falcão / Agência Petrobras

A Universidade Federal de Santa Catarina firmou um projeto de R$ 6 milhões de reais com a Petrobras para desenvolver um reator experimental e com diversas inovações, tanto para a indústria de petróleo quanto para a preservação ambiental. A iniciativa será liderada pela professora Regina Peralta Moreira, do Laboratório de Energia e Meio Ambiente do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, com previsão de três anos de duração.

As tecnologias utilizadas no novo sistema já começaram a ser estudadas. Segundo a professora, embora sejam conhecidas e referenciadas na literatura da área, ainda não foram consolidadas em um equipamento, o que será feito de forma inédita pela UFSC. O reator será construído para separar e destruir os rejeitos da chamada “água produzida” de um modo mais eficiente e sustentável.

Regina explica que a água produzida está presente nos reservatórios de óleo e gás natural e é trazida à superfície junto com o petróleo. Esta água tem uma complexidade química e um potencial risco ao meio ambiente, por isso os seus descartes podem ser responsáveis pela alteração da qualidade da água do mar.

Segundo a professora, os poluentes da água são removidos através de processos de separação na própria plataforma de petróleo. “Após um processo eficiente de tratamento, a água produzida pode ser descartada ou reinjetada nos poços produtores de petróleo”, explica. É justamente o processo de purificação dessa água que pode ser aperfeiçoado, além de se tornar mais sustentável.

“Qualquer que seja a destinação, o tratamento da água produzida precisa eliminar os sólidos suspensos, compostos orgânicos dissolvidos e dispersos – óleos e graxas. Assim, a eliminação eficiente do teor de óleos e graxas da água produzida é um problema que precisa ter solução econômica e eficiente”, completa.

A solução encontrada pela professora e pela equipe que irá trabalhar com ela é destruir os contaminantes por meio da eletroxidação, integrando com outros processos de tratamento, como flotação e separação com membranas, em um design inovador que busca a intensificação de processos. A oxidação é um processo químico que destrói material orgânico e trata a água. “É um processo de decomposição para despoluir águas contaminadas. A primeira motivação é ambiental, mas também estamos em busca de uma solução economicamente viável”, conta.

A eficiência e a consequente ampliação da capacidade de tratamento da água de produção vai aumentar a capacidade de processamento de óleo e gás, com impactos ambientais e econômicos positivos. O reator será primeiro construído em escala de laboratório e depois em plataforma da empresa numa escala piloto. “O desafio será propor sistemas de tratamento compactos, eficientes e de custo competitivo para serem implementados em plataformas de petróleo”, sintetiza a professora.

Inovação e ineditismo

A professora reforça que, embora utilize processos já conhecidos na literatura, sua combinação e constituição – primeiro em nível laboratorial e, depois, como projeto piloto em plataforma – trarão inovações. “Da forma como a gente está propondo, como um processo integrado, é totalmente novo e bastante inovador, não existem plantas como essas, no mundo, especialmente para petróleo”.

O processo de eletroxidação leva até o poluente uma corrente elétrica que permite a formação de radicais livres com alto poder oxidativo e permite a ocorrência de uma série de reações. Já com relação à tecnologia de separação por membranas, a água passa por um meio poroso que retém as partículas indesejadas. Embora já estudados no tratamento de água, no estudo da UFSC eles são combinados em um design inovador.

“Essas tecnologias têm muitas particularidades que precisam ser estudadas, por isso vamos propor modelos pioneiros”, conta. De acordo com a professora, a eletroxidação por meio da utilização de energias renováveis vem sendo um foco das investigações. “É um processo que demanda muita energia, e com o uso de energias renováveis – eólica, fotovoltaica, por exemplo – , é possível acionar os reatores de forma eficiente e sustentável”.

Regina explica, ainda, que dentre as inovações que o laboratório e a equipe de pesquisa vão estudar, serão explorados vários arranjos pois não existe uma única solução possível, o que amplia a possibilidade de respostas satisfatórias. O projeto conta com uma equipe formada por oito professores, pós-doutorandos, doutorandos, mestrandos e estudantes de iniciação científica. Além do trabalho em laboratório, também haverá pesquisa de campo, em plataforma. “Queremos desenvolver a tecnologia mais segura e que possa ser aplicada em todos os lugares, protegendo o oceano e o meio ambiente”.

Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

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Pesquisa da UFSC indicará informações estatísticas sobre mudanças climáticas para a Petrobras

20/07/2023 15:00

Plataforma de petróleo, P-67, ancorada na Baía de Guanabara (Foto: Tania Rêgo/Agência Brasil)

Uma pesquisa dos laboratórios de Dinâmica dos Oceanos e de Oceanografia Costeira da Universidade Federal de Santa Catarina vai indicar dados sobre mudanças climáticas que poderão contribuir com as operações da Petrobras. Informações sobre variáveis como as temperaturas da camada superficial do oceano e a intensidade de correntes, obtidas a partir dos modelos do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), serão reunidas em um software a ser desenvolvido por uma empresa de Balneário Camboriú. As atividades começaram em maio deste ano e devem durar pelo menos 30 meses. A equipe do estudo é coordenada pelo professor Antonio Fernando Harter Fetter Filho.

As análises serão focadas na Bacia de Santos, Campos e Espírito Santo, uma área estratégica pela existência de pré-sal, rochas de acúmulo de petróleo e gás. “Existe uma necessidade de se incorporar nos processos de decisão informações sobre mudanças climáticas. Em todas as instâncias, cada uma com necessidades específicas, é necessário se apropriar desses dados”, comenta o professor.

Ele exemplifica a importância desses dados usando a variável da intensidade da corrente marítima, que é influenciada pelas mudanças climáticas. Como a empresa opera com equipamentos no fundo do mar, saber como essas correntes podem influenciar é um dado essencial para manter a operação.

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Reitoria da UFSC recebe comitiva de executivos da Petrobras para reforçar parcerias

12/01/2023 13:32

Comitiva de executivos da Petrobras foi recepcionada no gabinete da Reitoria pelos dirigentes da UFSC (Fotos: Luís Carlos Ferrari)

O reitor Irineu Manoel de Souza e a vice-reitora Joana Célia dos Passos interromperam momentaneamente as suas férias para receber na UFSC um grupo de executivos da Petrobras. A comitiva esteve em Florianópolis nesta quarta-feira, 11 de janeiro, para conhecer as novas propostas de parceria com a Universidade e participar de encontros com outros atores do ecossistema de ciência e tecnologia do Estado. A Petrobras é a maior parceira empresarial da UFSC na área da pesquisa: nos últimos 10 anos, a estatal investiu cerca de R$ 250 milhões e atualmente estão ativos 29 projetos de pesquisa que envolvem mais de R$ 80 milhões.

Além do reitor Irineu e da vice-reitora Joana, participaram da recepção à comitiva o professor Jacques Mick, pró-reitor de Pesquisa e Inovação; o superintendente de Projetos da Propesq, William Gerson Matias; o professor Ricardo Ruther, coordenador do laboratório Fotovoltaica; o diretor de gabinete da Reitoria, professor João Luiz Martins e a reitora em exercício, professora Dilceane Carraro.

O grupo de executivos da Petrobras era formado por Maiza Pimenta Goulart, gerente executiva do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes); Vinicius Machado, gerente geral de P&D em Exploração e Produção; José Biruel, gerente de Gestão e Inovação; Juliana Vaz Bevilaqua, gerente setorial de Tecnologias para Meio Ambiente; Carlos Gama, gerente de Portfólio de Tecnologia e Carlos Beckman, coordenador de Relacionamento do Cenpes.

Na reunião de acolhida realizada no gabinete do reitor, o professor Jacques Mick entregou aos executivos da Petrobras um portfólio em que apresenta a infraestrutura de pesquisa da Universidade, os principais impactos de alguns projetos realizados e também um rol de 17 eixos de pesquisa multidisciplinares que poderão suscitar novos contratos com a estatal. Estes eixos de pesquisa foram sistematizados a partir de um edital da Propesq para apresentação de projetos de cooperação com a Petrobras que recebeu 120 propostas de vários centros, seguindo a orientação de promoção da diversidade em todas as áreas de atuação da Universidade.

A vice-reitora Joana Célia dos Passos disse que as parcerias são bem-vindas pois proporcionam a oportunidade de participação de estudantes em projetos de pesquisa, colaborando para promover a permanência estudantil na Universidade. O reitor Irineu destacou que a atual gestão procura promover a institucionalização da pesquisa, em que a Universidade dá respaldo aos pesquisadores e laboratórios nas parcerias.

Portfólio

Pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick, apresentou portfólio com oportunidades de parcerias

Após a recepção no gabinete, os gestores da Petrobras participaram de um encontro na Sala dos Conselhos da UFSC. Neste momento, juntaram-se ao grupo de recepção os professores Edson de Pieri, diretor do CTC, e Miriam Grossi, do Instituto de Estudos de Gênero (IEG), além de pesquisadores e integrantes do estafe da Propesq.

O professor Jacques Mick apresentou detalhes do portfólio entregue aos funcionários da Petrobras, que evidenciam a robustez da parceria e os significativos resultados para as duas instituições. O documento apresenta a infraestrutura de pesquisa da UFSC colocada à disposição da empresa para expandir a colaboração. São 45 laboratórios de pesquisa avançada em todas as grandes áreas do conhecimento (Engenharia, Humanidades e Biologia e Saúde).

Os 17 temas multidisciplinares elencados no relatório abrangem diversas tecnologias relacionadas diretamente à exploração de petróleo, produção e transporte de derivados, mas incluem também propostas nas áreas de Transformação Digital, Energias Renováveis, Sociedade e Meio Ambiente, Investimento Ambiental e Social, Inovação e Sociedade, Ambiente e Saúde, Biodiversidade e Acessibilidade.

O portfólio elaborado pela Propesq listou os resultados de dez projetos desenvolvidos em parceria entre a UFSC e a Petrobras, para dar uma dimensão da importância desta conexão. Apenas estes dez projetos propiciaram o investimento de mais de R$ 70 milhões pela companhia, envolveram mais de 500 alunos de graduação e cerca de 190 alunos de pós-graduação, com participação de mais de 380 pesquisadores e 30 programas de pós-graduação. Os projetos resultaram em 135 dissertações, 90 teses e 65 trabalhos de conclusão de curso, além de 655 publicações científicas e cinco livros. Em decorrência, geraram cerca de 32 produtos, 24 processos e 28 protótipos, com 14 patentes e três softwares registrados nacionalmente.

O diretor do CTC, Edson de Pieri, agradeceu a parceria com a Petrobras e afirmou que ela tem permitido ao Centro manter os laboratórios bem equipados. A professora Miriam Grossi ressaltou que a inclusão e a diversidade são preocupações fundamentais para a ciência do futuro, ressaltando que as áreas de Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática (STEM) ainda têm pouca diversidade. “As diversidades acrescentam e enriquecem as instituições”, disse Miriam Grossi.

InPETU Hub

Em seguida, o professor Armando Albertazzi apresentou à comitiva da Petrobras o projeto do Centro de Inovação, Pesquisa, Empreendedorismo e Tecnologia da UFSC (InPETU Hub). A ideia é aproveitar o prédio do InPETRO, construído no Sapiens Parque com recursos da Petrobras, para criar um centro de pesquisa, desenvolvimento e apoio ao empreendedorismo. O prédio ainda precisa de cerca de R$ 7 milhões para ser revitalizado e ter infraestrutura instalada, podendo então abrigar laboratórios.

Professor Régis Silva, coordenador do Labsolda, apresenta aos executivos da Petrobrás um equipamento para soldagem interna de dutos

O projeto do InPETU Hub prevê ainda a construção de um prédio anexo, que abrigaria um “espaço maker” dedicado a conceber, construir e avaliar protótipos. Toda esta estrutura poderia funcionar como pré-incubadora de startups e spin-offs originadas nos projetos de pesquisa desenvolvidos no Centro, que pretende ser até 2030 uma referência em integração do ecossistema de inovação. O professor Albertazzi destacou que a Petrobras já investiu um valor significativo na construção do prédio do InPETRO e convidou a companhia a voltar a fazer parte dos financiadores do InPETU Hub, que já conta com cerca de R$ 18,7 milhões da Fapesc e da Finep.

Na sequência do encontro, os executivos da Petrobras puderam conhecer as instalações do Labsolda – Instituto de Soldagem e Mecatrônica, do CTC. A visita foi guiada pelo coordenador do laboratório, professor Régis Silva. O Labsolda dedica-se ao desenvolvimento de máquinas de solda – inclusive para soldagem submarina – e equipamentos para robotização dos processos de soldagem.

À tarde, a agenda dos executivos da Petrobras previa visita ao Observatório da Indústria (Fiesc), apresentação dos Institutos Senai de Inovação e Tecnologia, visita às instalações do laboratório Fotovoltaica e InPETU Hub, no Sapiens Parque, encerrando se com uma confraternização com agentes do ecossistema de inovação de Santa Catarina no Sapiens Parque: UFSC, Fiesc/Senai, Certi, Acate, Sebrae, IFSC, Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado de SC.

Tags: parceriasPetrobrasPROPESQUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Software criado na UFSC ajuda a reduzir danos em tubulações de refinarias

01/09/2022 10:00

Um projeto desenvolvido no Laboratório de Vibrações e Acústica do Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai contribuir com a redução de perdas em refinarias de petróleo causadas pela vibração excessiva nos sistemas de tubulação. Denominado Análise da Pulsação Acústica em Tubulações  de Unidades, o projeto começou em outubro de 2019 e é patrocinado pela Petrobras. A gestão financeira e administrativa é da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu), com a participação de nove integrantes do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC.

A missão do projeto é desenvolver um procedimento numérico, na forma de um software direcionado às comunidades científicas e técnicas, para uso livre, fácil e gratuito. A ideia era permitir às empresas do setor de óleo e gás, e mesmo a prestadoras de serviços, prever e analisar a pulsação acústica e as vibrações excessivas de tubulações que podem comprometer a produção nas unidades de processo.

“O petróleo bruto, em sua forma natural, não pode ser utilizado de maneira prática em outras aplicações a não ser fornecer energia pelo processo de combustão. Por esta razão, processos de refino são realizados para transformar e refinar o óleo cru em produtos utilizáveis, como o gás liquefeito de petróleo (GLP), querosene, base asfáltica, combustível aeronáutico, gasolina, parafina, entre inúmeros outros produtos”, explica o gerente do projeto, Olavo M. Silva. O hidrotratamento é um desses processos. “No hidrotratamento, o hidrogênio a altas pressões é transportado através de tubos, cilindros e outros componentes situados a partir da descarga de grandes compressores. A pulsação acústica do gás produzida pelo compressor é uma importante fonte de excitação para sistemas de tubulação que transportam o gás pressurizado ao longo de uma refinaria de petróleo”, acrescenta Silva.

Entre outros problemas, essas oscilações podem resultar em trincas, com propagação da fadiga e vazamentos nas conexões flangeadas da tubulação. O custo do reparo em si não representa um prejuízo considerado expressivo pelos operadores. A grande perda está no fato de o conserto exigir a interrupção ou redução da operação na unidade afetada, além do risco de vazamento do óleo.

O principal resultado do projeto foi a definição de um software computacional em código aberto que possibilita a determinação do comportamento vibroacústico de sistemas de compressores alternativos (não exclusivamente), em fase de projeto ou em fase de modificação de sistema. “A metodologia numérica difere do que há em pacotes comerciais, pois inova ao otimizar o processo para a análise apropriada do sistema em questão, aplicando métodos de solução e condições de contorno específicas para o problema”, compara Olavo. “Seu uso será simples, com processamento rápido, possibilitando adaptação direta ao processo de projeto ou mesmo de manutenção. Desta forma, o engenheiro poderá escolher melhor os materiais, a posição de suportes e curvaturas, otimizar trajetórias de tubulações etc.”, acrescenta.

O desenvolvimento do software em código aberto foi realizado através da programação em linguagem de programação Python. Todas as atualizações são disponibilizadas ao público através do repositório GitHub em https://github.com/open-pulse/OpenPulse. O software é livre para uso em empresas, universidades etc., com licença do tipo MIT License em https://github.com/open-pulse/OpenPulse/blob/master/LICENSE.md.

“O desenvolvimento de softwares livres para solução de problemas de engenharia possibilita que empresas nacionais ou mesmo internacionais reduzam seus custos com programas que custam milhares de dólares, propiciando um aumento na qualidade dos produtos desenvolvidos. O fomento a esse tipo de atividade representa retorno imediato à sociedade”, observa Olavo.

Veja o funcionamento do sofware em animação clicando aqui.

Esta reportagem integra a edição número 13 da Revista da Fapeu que está disponível em https://abre.ai/revistadafapeu

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Projeto da UFSC busca combater prejuízos causados por furtos em dutos da Petrobras

03/08/2022 08:47

Um grupo de professores, alunos, servidores e engenheiros do Instituto de Soldagem e Mecatrônica (LabSolda) e do Grupo de Análise de Tensões (Grante) do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem como objeto de pesquisa diferentes formas de reparos de dutos onshore (em terra) da Petrobras. A proposta do projeto é oferecer maior eficiência, confiabilidade e segurança aos reparos, reduzindo perdas de derivados de petróleo – como gasolina, óleo diesel, entre outros – na malha dutoviária da empresa petrolífera.

“O trabalho é orientado ao reparo de dutos perfurados clandestinamente para furto de produto, quando os indivíduos perfuram o duto em operação”, explica o professor Régis Henrique Gonçalves e Silva, coordenador do projeto. Financiado pela Petrobras, a iniciativa tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) e duração prevista de, pelo menos, três anos. “A Fapeu tem fundamental importância no gerenciamento administrativo e financeiro em toda a diversidade de ações acessórias ao projeto, como contratações, compras ou importações”, define o professor Régis Silva.

Para a Petrobras, os dutos representam a maneira mais eficiente de transporte e movimentação de petróleo e combustíveis, com a subsidiária Transpetro operando uma rede de mais de 14 mil quilômetros de oleodutos e gasodutos no território brasileiro. A companhia afirma que a prática ilegal do roubo de combustível a partir dos dutos, a chamada derivação clandestina, vem se tornando cada vez mais comum e gerando riscos reais de vazamentos, incêndios ou explosões. Ressalta ainda que a ação criminosa coloca em risco a vida das comunidades vizinhas às faixas de duto, além de causar impactos graves ao meio ambiente, contaminando solos e rios. Desde 2017, a média de ocorrências é superior a 200 casos/ano.

Reparos

Os tipos de reparos adotados pela companhia são agrupados principalmente em quatro grupos: abraçadeiras aparafusadas; bujão/capote; patches; e overlay. O projeto desenvolvido na UFSC trata principalmente dos dois primeiros tipos. As abraçadeiras aparafusadas são consideradas um método ágil de executar um reparo de perfuração. No entanto, são consideradas temporárias. Para que se tornem um reparo permanente, a abraçadeira deve ser soldada no duto depois de ser instalada e aparafusada.

O projeto, coordenado pelo professor Régis, busca desenvolver tecnologias e procedimentos inovadores para soldagem da abraçadeira sobre o duto. Pretende criar um novo design de abraçadeira, que seja mais leve, portátil, orientada a ser soldada no duto, a resistir aos esforços do duto e a ser construída por soldagem. As abraçadeiras atuais são fabricadas por forjamento ou fundição, têm alto custo, são em sua maioria importadas, de grandes dimensões e baixa portabilidade. Além disso, não são dimensionadas para condições específicas, podendo resultar superdimensionadas. “O domínio tecnológico do projeto próprio de abraçadeira permitirá flexibilidade para sua customização”, compara o coordenador.
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Software criado em laboratório da UFSC vai reduzir danos em tubulações de refinarias

18/01/2022 18:08

Foto: Unidade de Hidrotratamento U-2800 na Refinaria Duque de Caxias (Reduc)/Agência Petrobras

Um projeto desenvolvido no Laboratório de Vibrações e Acústica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica, está buscando mitigar perdas em refinarias de petróleo causadas pela vibração excessiva nos sistemas de tubulação. Iniciado em outubro de 2019 e patrocinado pela Petrobras, o projeto tem gestão financeira e administrativa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu).

“A Fapeu tem sido muito importante neste projeto, desde o suporte na tramitação até a solução de questões de gerenciamento. Por exemplo, nossa interface com a fundação é realizada de maneira brilhante pela coordenadora do Setor de Projetos, Geórgia Maia Ventura. Trabalhamos on-line, conectados ao longo do dia, e todos os pedidos são atendidos de maneira excepcionalmente rápida”, destaca o professor Arcanjo Lenzi, coordenador do projeto.

A missão do projeto foi desenvolver um procedimento numérico, na forma de um software direcionado às comunidades científicas e técnicas, para uso livre, fácil e gratuito. A ideia era permitir às empresas do setor de óleo e gás, e mesmo a prestadoras de serviços, prever e analisar a pulsação acústica e as vibrações excessivas de tubulações que podem comprometer a produção nas unidades de processo.

“O petróleo bruto, em sua forma natural, não pode ser utilizado de maneira prática em outras aplicações a não ser fornecer energia pelo processo de combustão. Por esta razão, processos de refino são realizados para transformar e refinar o óleo cru em produtos utilizáveis, como o gás liquefeito de petróleo (GLP), querosene, base asfáltica, combustível aeronáutico, gasolina, parafina, entre inúmeros outros produtos”, explica o gerente do projeto, Olavo M. Silva.

O hidrotratamento é um desses processos. “No hidrotratamento, o hidrogênio a altas pressões é transportado através de tubos, cilindros e outros componentes situados a partir da descarga de grandes compressores. A pulsação acústica do gás produzida pelo compressor é uma importante fonte de excitação para sistemas de tubulação que transportam o gás pressurizado ao longo de uma refinaria de petróleo”, acrescenta Silva.

Entre outros problemas, essas oscilações podem resultar em trincas com propagação da fadiga e vazamentos nas conexões flangeadas da tubulação. O custo do reparo em si não representa um prejuízo considerado expressivo pelos operadores. A grande perda está no fato de o conserto exigir a interrupção ou redução da operação na unidade afetada, além do risco de vazamento do óleo.

Simples e rápido

Passados mais de dois anos de trabalho, o principal resultado do projeto foi a definição de um software computacional em código aberto que possibilita a determinação do comportamento vibroacústico de sistemas de compressores alternativos (não exclusivamente), em fase de projeto ou em fase de modificação de sistema. “A metodologia numérica difere do que há em pacotes comerciais pois inova ao otimizar o processo para a análise apropriada do sistema em questão, aplicando métodos de solução e condições de contorno específicas para o problema”, compara Olavo Silva. “Seu uso será simples, com processamento rápido, possibilitando adaptação direta ao processo de projeto ou mesmo de manutenção. Desta forma, o engenheiro poderá escolher melhor os materiais, a posição de suportes e curvaturas, otimizar trajetórias de tubulações etc.”, acrescenta.

O desenvolvimento do software em código aberto foi realizado através da programação em linguagem de programação Python. Todas as atualizações são disponibilizadas ao público através do repositório GitHub. Acesse aqui. O software é livre para uso em empresas, universidades etc., com licença do tipo MIT License.

“O desenvolvimento de softwares livres para solução de problemas de engenharia possibilita que empresas nacionais ou mesmo internacionais reduzam seus custos com programas que custam milhares de dólares, propiciando um aumento na qualidade dos produtos desenvolvidos. O fomento a esse tipo de atividade representa retorno imediato à sociedade”, observa Silva.

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Texto: Assessoria da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária – FAPEU.

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Curso de Engenharia Naval UFSC promove palestra sobre construção da Plataforma P-76

29/11/2021 10:39

O curso de Engenharia Naval da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), situado no campus de Joinville, promove no dia 1º de dezembro, às 16h, a palestra P-76: Um marco para a Engenharia do Brasil, sobre a construção de uma plataforma para prospecção e extração de petróleo, da Petrobrás. O evento será transmitido ao vivo pelo canal da UFSC Joinville no YouTube.

A palestra será conduzida pelo gerente comercial da Techint, empresa responsável pela execução do projeto, o engenheiro Robson Otoni. Formado em Engenharia de Produção pela Universidade Católica de Santos, Otoni possui MBA em Gestão de Projetos pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná e MBA Executivo pelo Insper e Corporate Finance pela Ohio University.

A mediação do evento ficará por conta do professor Ricardo Aurélio Quinhões Pinto, subcoordenador do curso de Engenharia Naval da UFSC. Durante a palestra, a Techint fará o sorteio de três livros para os espectadores. Para participar do sorteio, é necessário realizar a inscrição por meio do formulário.

Em operação desde 2019, no campo de Búzios, a plataforma flutuante, construída sobre um casco de navio, tem capacidade para gerar diariamente 150 mil barris de petróleo e 7 milhões de metros cúbicos de gás natural. A construção de embarcações e de sistemas flutuantes em geral, incluindo plataformas de prospecção e extração de petróleo, estão entre as principais áreas de atuação do Engenheiro Naval formado pela UFSC. Diversos egressos do curso já estão empregados em companhias do setor.

Tags: Engenharia NavalP-76PetrobrasTechintUFSC Joinville

Supervisor do Instituto de Soldagem e Mecatrônica da UFSC é destaque em evento da Petrobras

15/10/2020 08:42

Professor do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, Régis Henrique Gonçalves e Silva foi um dos dois únicos palestrantes de instituições externas convidados pela Petrobras para seu Encontro Técnico de Soldagem (ENSOLD 2020). Além disso, cerca de 150 profissionais da empresa presentes ao evento, realizado de 5 a 8 de outubro, escolheram como Destaque do ENSOLD 2020  o trabalho  intitulado Fixação de Componentes por Stud Welding na área naval, produzido por Régis, em conjunto com Giovani Dalpiaz (CENPES),  Ricardo Marinho (CENPES) e o Tulio Fernandes (UN-ES-PETROBRAS).

Régis é o supervisor do LABSOLDA (Instituto de Soldagem e Mecatrônica), laboratório que rendeu a primeira patente da UFSC, em 2007. Em 2020, um novo processo de soldagem por curto-circuito controlado, desenvolvido no LABSOLDA, obteve registro de patente do Instituto Nacional da Propriedade Industrial.
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UFSC aguarda aprovação da Petrobras para testar tecnologia inovadora em águas ultraprofundas

21/09/2020 14:11

Lucas Militão na bancada de laboratório desenvolvida para avaliação do conceito

“Podemos estar diante do melhor sistema de proteção e resfriamento passivo para eletrônica de potência submarina do mundo, desenvolvido por brasileiros, para uma empresa brasileira.” Essa é a expectativa do engenheiro Lucas Militão sobre o projeto Desenvolvimento de sistemas avançados de proteção e resfriamento de sistemas elétricos submarinos sob alta pressão, cuja segunda fase aguarda aprovação da Petrobras para ser executada por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A primeira fase do projeto, finalizada em setembro de 2018, resultou em uma tecnologia que poderá ajudar a Petrobras a relocar alguns equipamentos das plataformas de petróleo para o fundo do mar, o que os deixaria mais próximos aos sistemas de extração. Além do fato de o equipamento desenvolvido ser compacto e atender aos requisitos necessários para uma operação segura, resultados preliminares de uma análise comparativa com as soluções comerciais têm apontado uma vantagem considerável para o nosso equipamento em termos de eficiência energética e peso”, explica Militão, que é doutorando em Engenharia Mecânica na UFSC. Seu orientador, o professor Jader Barbosa Jr., acrescenta: “A geometria favorece a dissipação de calor, o que torna o sistema mais compacto e seguro, além de muito mais econômico para montagem e instalação no leito marinho.”
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Laboratório da UFSC desenvolve tecnologia inédita no mundo para a Petrobras

26/05/2020 13:00

O Laboratório de Tubos de Calor (Labtucal) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está desenvolvendo um protótipo de permutadores de calor compactos soldados por difusão com uma tecnologia inédita no mundo. Com apoio da Petrobras, principal patrocinadora, e gestão administrativa e financeira da Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Feesc), o projeto está na terceira fase e deve ser concluído no começo do ano que vem, com testes realizados e modelo final entregues para a estatal.

“A Feesc viabiliza a execução desse projeto. O tempo inteiro ao nosso lado e a gente sente essa parceria, com acesso sempre muito fácil e de forma muito profissional”, diz Márcia Mantelli, docente do Departamento de Engenharia Mecânica e coordenadora do trabalho. “Eu acho que a Feesc possibilitou o desenvolvimento em tão pouco tempo de uma tecnologia bastante sofisticada e que é nossa. Não tem ninguém no mundo produzindo nada igual ou parecido, do jeito que a gente faz”, ressaltou a professora Márcia, vencedora em 2012 do Prêmio Revista Claudia Destaque Ciência, que consagra iniciativas de mulheres brasileiras nas áreas de ciências, cultura, negócios, políticas públicas, consultoria e trabalho social.
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Projeto busca reforçar segurança nos poços de exploração da Petrobras

27/01/2020 08:39

Mestrando Eduardo Alves, professor Jader Barbosa e pesquisador Arthur da Veiga – Foto: divulgação

Um grupo de pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica (Polo) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está trabalhando em parceria com a Petrobras em um projeto para aperfeiçoar a segurança nos poços de exploração de petróleo da empresa. O projeto tem o gerenciamento financeiro da Fundação Stemmer para Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (Feesc) e está em sua segunda fase, que vai até 2021.

O Laboratório Polo é vinculado ao Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC, e o projeto, intitulado “Fenômenos Térmicos em Poços de Petróleo e Gás”, é coordenado pelo professor Jader Barbosa Jr.  “O problema em estudo é bastante específico: existem alguns fenômenos térmicos que ocorrem em poços de exploração de petróleo que fazem as estruturas aquecerem muito”, explica o professor. “Os poços são estruturas relativamente complexas, que possuem cavidades seladas, preenchidas com as chamadas lamas de perfuração, um fluido que eles usam para perfurar o poço. Então essas camadas ficam aprisionadas ali e, à medida que o poço vai produzindo e aquecendo essas cavidades seladas, o fluido esquenta, não tem para onde escapar e vai se expandir. A consequência é que a pressão aumenta e pode chegar a níveis muito altos, comprometendo a estrutura física do poço”, detalha o pesquisador, que possui graduação e mestrado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorado em Engenharia Química pelo Imperial College London, no Reino Unido.
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UFSC inaugura laboratórios com incorporação de tecnologias avançadas

22/09/2017 16:27

Acabam de ser inaugurados dois laboratórios na UFSC pelo Projeto Implantação de Infraestrutura Laboratorial para P&D em Soluções de Medição e Instrumentação Avançadas para o Setor Petróleo e Gás (LAMIA). A cerimônia ocorreu ontem, dia 21 de setembro, na Fundação Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras (Certi). Os laboratórios de Metrologia Tridimensional Avançada e de Instrumentação Inteligente foram financiados com recursos da Petrobras por participação especial, executado pela UFSC por meio da Fundação de Ensino e Engenharia de Santa Catarina (Feesc) e co-executado pela Certi.
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Centro de Filosofia e Ciências Humanas terá novo prédio

10/05/2016 08:27
Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Um prédio com sete andares e cerca de seis mil metros quadrados abrigará os blocos E, F e G do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Na sexta-feira, 6 de maio, ocorreu a solenidade de inauguração do novo edifício, que será ocupado, prioritariamente, pelos cursos de Geologia e Oceanografia. A construção teve o apoio da Petrobras, que viabilizou cerca de um terço dos recursos. A obra ainda não está finalizada e a previsão é que fique pronta em julho deste ano.

Oito autoridades discursaram na inauguração: a reitora Roselane Neckel; a vice-reitora Lúcia Helena Martins-Pacheco; o diretor do CFH Paulo Pinheiro Machado; a vice-diretora do CFH, Sônia Maluf; os coordenadores do Núcleo de Pesquisa Geológica Juan Antonio Flores e Edison Ramos Tomazzoli; a gerente de Sedimentologia e Estratigrafia da Petrobras, Helga Elizabeth Voelcker; o ex-gerente da Rede de Estudos Geotectônicos da Petrobras, Gilmar Vital Bueno. Entre o público, que lotou um pequeno auditório do novo prédio, também estavam presentes pró-reitores, diretores de unidades de ensino, chefes de departamentos, coordenadores de curso.

Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

A vice-diretora do centro, Sônia, ressaltou a importância do edifício para o pleno funcionamento do CFH, que passou por ampla expansão nos últimos anos. Foram criados quatro cursos de graduação – Antropologia, Geologia, Museologia e Oceanografia –, além da Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica e dos mestrados em Oceanografia e em Desastres Naturais. “Temos hoje dez cursos de graduação, nove pós-graduações, cerca de quatro mil alunos, 200 professores e 70 técnicos administrativos. Somos um dos maiores centros da UFSC e temos a maior produção acadêmica”, informou a professora.

O diretor do centro, Paulo, também observou que o CFH “dobrou de tamanho, mas continuou com a mesma infraestrutura”. Para o professor, um espaço físico maior será mais adequado para o desenvolvimento da ciência e cidadania. “Frequentemente, nós, das Ciências Humanas, trabalhamos em condições muito adversas. Por isso é importante marcar a inauguração desse prédio, que é resultado de um esforço conjunto e que beneficiará muitas pessoas”.

Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

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A reitora Roselane Neckel aproveitou a ocasião para relembrar sua trajetória na UFSC, desde quando foi vice-diretora e depois diretora do CFH, até o momento atual, em que finaliza sua gestão na administração central. A professora recordou o tempo em que havia falta de professores, técnicos, equipamentos e “a grande ameaça era a exigência de pagamento do ensino nas universidades públicas. Nessa época, não havia esperança de criação de novos cursos no CFH”. Mas, ela observa, a realidade mudou com o programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), que supriu carêncais e possibilitou o crescimento e a qualificação do ensino superior no país: “Hoje a UFSC tem cerca de 5500 professores e técnicos e se tornou referência no Brasil e exterior”.

O processo de negociação com a Petrobras para a construção do prédio foi lembrado pela reitora. Ela descreveu a visita da comitiva da UFSC ao Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (Cenpes)  da Petrobras, em agosto de 2009, quando o projeto do curso de Geologia foi apresentado e a empresa decidiu apoiá-lo. Essa reunião também foi relatada pelo professor Edison, do curso de Geologia, que apontou a escassez de geólogos em Santa Catarina e a urgência de criação do curso: “Isso ficou evidente durante as enchentes de 2008, em Itajaí, quando não havia profissionais qualificados para atuarem no desastre”. A vice-reitora Lúcia Helena, além de agradecer a todos que participaram e se dedicaram à viabilização do edifício, afirmou que o momento era de celebração: “É o fim de uma obra, mas o começo de muitas possibilidades acadêmicas”.

Estrutura

Os novos blocos do CFH serão ocupados com laboratórios, coordenadorias de ensino, salas de reuniões, salas de profesores, PETs, núcleos de estudos, secretarias de departamentos, secretarias de pós-graduação, auditórios, centros acadêmicos, área de convivência.

Valor total R$ 18.778.697,04
Recursos da UFSC R$ 12.038.889,12
Recursos da Petrobras R$ 6.739.807,92
Início das obras Novembro/2013
Previsão de término Julho/2016

As fotos do acompanhamento das obras estão disponíveis aqui.

Mais informações no site da Coordenadoria de Fiscalização de Obras (CFO).

Daniela Caniçali/Jornalista da Agecom/UFSC

daniela.canicali@ufsc.br

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UFSC inaugura Núcleo Ressacada de Pesquisas em Meio Ambiente

30/04/2014 20:50

A Universidade Federal de Santa Catarina inaugurou na terça-feira, 29 de abril, as instalações do Núcleo Ressacada de Pesquisas em Meio Ambiente (Rema), vinculado ao Centro Tecnológico da Universidade Federal de Santa Catarina (CTC-UFSC). As obras de 1300m² foram construídas mediante o projeto “Implantação de uma infraestrutura laboratorial e de apoio para o desenvolvimento de pesquisas avançadas em avaliação e remediação de áreas impactadas”, com recursos de R$ 2,6 milhões financiados pela Petrobras. O projeto arquitetônico foi desenvolvido pelo Departamento de Arquitetura da UFSC, sob coordenação do professor Américo Ishida.

Confira a reportagem de Thomé Granemann e Peri Carvalho para o programa Universidade Já/TV UFSC:

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Petrobras financiará ampliação do Núcleo de Pesquisas Geológicas da UFSC

18/05/2012 16:37

Roselane Neckel e Gilmar Bueno assinam acordo de cooperação UFSC/PetrobrasGilmar Vital Bueno, geólogo do Centro de Pesquisa e Desenvolvimento (CENPES) representando a Petrobras, assinou nesta sexta-feira, 18 de maio,  no gabinete da Reitora, acordo de cooperação técnica com a Universidade Federal de Santa Catarina, para ampliação e modernização das instalações do núcleo de Pesquisas Geológicas da UFSC. O valor total é de R$8.061.520,25. A primeira parcela de desembolso será em torno de R$ 3 milhões. O projeto integra a Rede Temática de Projetos geotectônicos da Petrobras.

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Presidente da Petrobras Biocombustível visita Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas

25/04/2012 18:15

Depois de ministrar a palestra “Novas oportunidades profissionais no campo energético no Brasil”, durante o Seminário Energia + Limpa: conhecimento, sustentabilidade e integração”, o presidente da Petrobras Biocombustível, Miguel Rosseto, visitou nesta quarta-feira, 25 de abril, as novas instalações do Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas da UFSC.

Coordenado pelo professor Henry Xavier Corseuil, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, desde 1994 o laboratório desenvolve pesquisas em parceria com Petrobras. A nova sede, localizada na Fazenda da Ressacada (área no Sul da Ilha que pertence à Universidade) leva em conta conceitos da construção sustentável e será inaugurada nos próximos meses.

Antes de chegar ao “Prédio Verde”, o presidente da Petrobras Biocombustível conheceu experimentos de campo, com liberação controlada no solo de diferentes combustíveis e adições (gasolina; gasolina com etanol; diesel com etanol; biodiesel de soja puro e em diferentes proporções, entre outras misturas). Com os testes, o grupo estuda o impacto de vazamentos no solo e em águas subterrâneas, assim como processos naturais de recuperação. “No experimento mais antigo estamos há 13 anos monitorando a remediação natural de derivados do petróleo. Não há outro teste semelhante em qualquer lugar do mundo”, orgulhou-se o professor Henry.

A equipe investiga também tecnologias para acelerar a recuperação de áreas contaminadas, a partir da injeção nos experimentos de diferentes substâncias (entre elas sulfato e acetato). Análises químicas, biológicas e biomoleculares permitem a avaliação e o monitoramento de amostras periodicamente coletadas em diferentes profundidades, gerando conhecimento sobre o comportamento do combustível derramado e subsídios para controle de casos reais. Durante a visita, estudantes de graduação, mestrandos, doutorandos e técnicos estavam nos diferentes experimentos, demonstrando a dinâmica das pesquisas a representantes da Petrobras que acompanhavam a visita.

Em seguida, Miguel Rosseto conheceu o Laboratório de Remediação de Águas Subterrâneas. “Queríamos um prédio-conceito, que fosse autosuficiente na geração de sua energia e de sua água”, explicou o professor Henry, lembrando que o projeto prevê a instalação de células fotovoltaicas para geração de energia solar, e uma estrutura para geração de energia eólica deve ser integrada em colaboração com grupo do Departamento de Engenharia Mecânica. O projeto do laboratório foi desenvolvido pelo professor Américo Ishida, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, com a participação de estudantes de diferentes áreas.

“Essa é a primeira reunião oficial nestas instalações. Estamos entusiasmados para a mudança”, comemorou o professor, que fez uma apresentação sobre os avanços das pesquisas desenvolvidas em parceria com a Petrobras. Entre os destaques, citou o desenvolvimento do software SCBR (Solução Corretiva Baseada em Risco).

Implementado com a colaboração de empresas de base tecnológica da Grande Florianópolis, o modelo matemático tem como base o conhecimento gerado pela equipe em campo. Em sua versão 2.0, o software que mostra, por exemplo, como se comporta uma “pluma” de combustível derramado em diferentes condições, está sendo implementado em 20 unidades da Petrobras. A expectativa é de que colabore com a previsão de acidentes e ofereça apoio na tomada de decisão para controle da poluição do solo e de águas subterrâneas

O coordenador do laboratório citou outros trabalhos, como a avaliação da eficiência de bacias de contenção em terminais da Petrobras. E desafios futuros, como a implantação de um laboratório de última geração para monitorar a efetividade do armazenamento do CO2 no solo.

Miguel Rosseto destacou que o trabalho atende expectativas da Petrobras, “uma grande empresa de energia que sabe das exigências que deve à sociedade em relação ao impacto ambiental”. “Em depoimento recente, a presidente da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, falou da audaciosa ideia de vazamento zero, e sabemos que estas preocupações não são adereços, mas devem organizar e dar vida a nossas atividades”, salientou, elogiando a seriedade da equipe. “Nesta grande casa verde pulsa compromisso, o que nos traz orgulho e confiança para apoiar e renovar projetos”, ressaltou o presidente da Petrobras Biocombustível.

Mais informações: (48) 3721-7569

Por Arley Reis / Jornalista da Agecom

 

 

 

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Ex-ministro de Ciência e Tecnologia é destaque de evento na próxima quarta

02/03/2012 18:28

Cinco engenheiros irão debater, na próxima quarta, 07/03,  as possibilidades da profissão depois da graduação. “Desafios e oportunidades para a pós-graduação em Engenharia” acontece no auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, e trará como palestrantes o ex-ministro de Ciência e Tecnologia e professor de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sergio Machado Rezende; o diretor presidente da Refinaria Abreu e Lima S.A. – Petrobras, Marcelino Guedes Gomes; o reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata, além do coordenador e do subcoordenador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica (PosMec), Júlio César Passos e Armando Albertazzi Gonçalves Jr.

O evento se estende durante toda a manhã e é gratuito e aberto ao público.

Confira a programação:

8h30 –  Júlio César Passos e Armando Albertazzi Gonçalves Jr.
Coordenador e Sub-Coordenador do PosMec
Palestra: O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica

9h00 – Sergio Machado Rezende
Professor do Departamento de Física, UFPE; Ex-Ministro de Ciência e Tecnologia
Palestra: Ciência e Tecnologia no Brasil: nunca é tarde demais para começar

10h – Marcelino Guedes F. M. Gomes
Diretor Presidente da Refinaria Abreu e Lima S.A. – Petrobras
Palestra: Profissional Global

11h – Álvaro Toubes Prata
Professor do Departamento de Engenharia Mecânica, UFSC; Reitor da UFSC
Palestra: A Internacionalização das Universidades Brasileiras

Mais informações com o programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica: (48) 3721-9937, ramal 217.

Tags: MCTPetrobrasPOSMEC

Desafios e oportunidades para a pós em Engenharia é tema de palestras no dia 07/03

29/02/2012 10:17

Cinco engenheiros irão debater, na próxima quarta, 07/03,  as possibilidades da profissão depois da graduação. “Desafios e oportunidades para a pós-graduação em Engenharia” acontece no auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC, e trará como palestrantes o coordenador e o subcoordenador do Programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica (PosMec), Júlio César Passos e Armando Albertazzi Gonçalves Jr.; o ex-ministro de Ciência e Tecnologia e professor de Física da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Sergio Machado Rezende; o diretor presidente da Refinaria Abreu e Lima S.A. – Petrobras, Marcelino Guedes Gomes, e o reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata.

O evento se estende durante toda a manhã e é gratuito e aberto ao público.

Confira a programação:

8h30 –  Júlio César Passos e Armando Albertazzi Gonçalves Jr.
Coordenador e Sub-Coordenador do PosMec
Palestra: O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Mecânica

9h00 – Sergio Machado Rezende
Professor do Departamento de Física, UFPE; Ex-Ministro de Ciência e Tecnologia
Palestra: Ciência e Tecnologia no Brasil: nunca é tarde demais para começar

10h – Marcelino Guedes F. M. Gomes
Diretor Presidente da Refinaria Abreu e Lima S.A. – Petrobras
Palestra: Profissional Global

11h – Álvaro Toubes Prata
Professor do Departamento de Engenharia Mecânica, UFSC; Reitor da UFSC
Palestra: A Internacionalização das Universidades Brasileiras

Mais informações com o programa de Pós-graduação em Engenharia Mecânica: (48) 3721-9937, ramal 217.

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1º lugar em concurso da Petrobras

14/10/2011 11:21

O coordenador do Curso de Oceanografia da UFSC, Norberto Olmiro Horn Filho, comunica que a acadêmica da 8ª fase, Bruna Queiroz, foi aprovada em primeiro lugar no concurso para Analista Ambiental da Petrobras. A prova de seleção foi realizada no dia 28 de agosto de 2011, num total de 523 inscritos, sendo oferecida somente uma vaga na área de Oceanografia em todo o país.

Outras informações pelo e-mail horn@cfh.ufsc.br.

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UFSC conquista nova estrutura para pesquisa com gás natural

21/03/2011 15:28

Fotos: Paulo Noronha / Agecom

A pesquisa com gás natural é foco de um conjunto de laboratórios recém-inaugurado na UFSC. Construído com apoio financeiro de R$ 1,5 milhão da Petrobras, o complexo localizado no campus da Trindade integra os esforços da Rede Temática de Gás Natural. Faz também parte das iniciativas de eficiência energética do Programa Tecnológico para Mitigação de Mudanças Climáticas (Proclima), coordenado pelo Centro de Pesquisas & Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).

A estrutura de 800 metros quadrados nasceu preparada para ampliações e já abriga uma série de experimentos.  “Estamos terminando de instalar uma bancada de testes de trocadores de calor que é adequada para desenvolvimento da tecnologia de tubos de calor e é uma das quatro únicas em universidades no mundo”, comemorou na inauguração realizada na última sexta-feira, 18 de março, a professora do Departamento de Engenharia Mecânica da UFSC e coordenadora do espaço, Márcia Barbosa Henriques Mantelli.

Segundo ela, com apoio financeiro da Petrobras, a UFSC tem produzido tecnologia pioneira no Brasil no campo de tubos de calor. Essa tecnologia permite o desenvolvimento de trocadores de calor compactos, de fácil manutenção, sem partes rotativas e sem a necessidade de energia elétrica para seu funcionamento. Os trabalhos desenvolvidos na Universidades estão, ressaltou, no mesmo nível daqueles desenvolvidos em países como China e Austrália, recentemente Estados Unidos e nações da Europa.

As atividades de pesquisa  em tubos de calor e termossifões iniciaram na UFSC na década de 1990, a partir da necessidade da Agência Espacial Brasileira (AEB) e da indústria espacial nacional para o desenvolvimento de sistemas de controle térmico dos satélites brasileiros. A partir da infraestrutura laboratorial adquirida ao longo dos anos, a pesquisa se voltou para aplicações de tubos de calor e termossifões para as indústrias. Diversos convênios e contratos foram firmados. Os esforços são refletidos nas parcerias nacionais e no reconhecimento internacional da equipe formada por professores, pós-graduandos e estudantes de graduação em Engenharia Mecânica.

A pesquisa nesse campo resultou em quatro prêmios recebidos pelo grupo nos últimos seis anos. O avanço pode também ser exemplificado com representações da UFSC nas principais sociedades internacionais de pesquisa voltadas à área de tubos de calor e nas equipes editoriais das mais conceituadas revistas internacionais. Em 2007, com apoio da Petrobras, o grupo organizou, em Florianópolis, a 13ª Conferência Internacional em Tubos de Calor.

A preocupação com as aplicações também tem vários exemplos. A partir de pesquisas básicas em novas tecnologias de termossifões foi projetado um trocador de calor construído pela indústria nacional e instalado na Unidade de Negócio da Industrialização do Xisto (SIX), da Petrobras, em São Mateus do Sul, no estado do Paraná. A unidade está em operação há cerca de quatro anos ininterruptos.

Com o Departamento de Engenharia Química, a equipe trabalha em destiladores compactos e eficientes, que usam tubos de calor e atenderão plataformas de petróleo. Outras frentes de investigação atuais são os projetos voltados à produção de equipamentos térmicos flexíveis, para operar com mais de um combustível, e os estudos voltados à recuperação de vapor em torres de resfriamento. Em sua fala durante a inauguração, a professora Márcia Mantelli lembrou que no caso da Refinaria de Paulínia, pertencente à Petrobras e localizada em Paulínia, São Paulo, uma quantidade de água suficiente para atender uma cidade de 250 mil habitantes é retirada de rios, para reabastecer os processos industriais. Grande parte dessa água é perdida na forma de vapor para o ambiente em torres de resfriamento.

O avanço do conhecimento sobre tubos de calor também auxilia padarias a produzir pães com qualidade e economia de combustível. Graças ao trabalho em parceria com a UFSC, a Petrobras detém a patente de fornos de cocção de pães para uso de gás natural. Na universidade diferentes modelos são projetados e testados e no mercado já são comercializados equipamentos que podem representar economia de mais de 50% de energia, quando comparados com fornos a gás tradicionais.

“Esperamos que a Petrobras continue investindo e apoiando as atividades de pesquisa e desenvolvimento em nossa universidade, mantendo as nossas equipes coesas, para que possamos utilizar de forma produtiva o espaço construído e continuar a desenvolver tecnologias de interesse da empresa e da nação”, compartilhou com a plateia Márcia Mantelli. E antes de convidar para o ato de descerramento da placa de inauguração o reitor, professor Alvaro Prata, o gerente geral de Pesquisa & Desenvolvimento de Gás, Energia e Desenvolvimento Sustentável do Cenpes, Luis Fernando Mendonça, o gerente geral de Tecnologia para Processos de Gás e Energia da Petrobras, Mozart Schmitt de Queiroz, o diretor do Centro Tecnológico da UFSC, Edison da Rosa, e o pioneiro das pesquisas em Engenharia Térmica na UFSC, Sérgio Colle, ressaltou que o investimento nas universidades brasileiras só tem sentido se resultar na formação de pessoas – objetivo primeiro e maior de uma institutição de ensino superior.

“Esperamos que novas empresas na área de tecnologia de gás natural, gerenciadas por nossos jovens e competentes engenheiros resultem dessa empreitada, possibilitando à Petrobras usufruir dos resultados de seus investimentos, assim como permitindo o desenvolvimento, a autonomia e a independência tecnológica de nossa nação. Assim estaremos contribuindo para um futuro promissor para o nosso país, que certamente necessita de tecnologias de uso do gás natural, um combustível limpo, ecológico, que pode cooperar com o esforço de preservar a natureza”, complementou.

Mais informações na UFSC:  Profª. Márcia Barbosa Henriques Mantelli / marcia@emc.ufsc.br / (48) 3721-9937, ramal  214.

Por Arley Reis / Jornalista na Agecom

Tags: gás naturalLabtucalPetrobrastubos de calor

Petrobras e UFSC inauguram laboratórios de pesquisa em gás natural

16/03/2011 16:03

O novo espaço: maior suporte à pesquisa com gás natural

A Petrobras e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inauguram nesta sexta-feira, 18 de março,  às 11h, os Laboratórios de Pesquisa em Gás Natural. O novo espaço fica localizado no campus Universitário da Trindade, atrás da Fundação CERTI. Com uma área de 806m², os laboratórios fazem parte da Rede Temática de Gás Natural e receberam um investimento de R$1,5 milhão.

Entre as atividades dos novos laboratórios, destaca-se o desenvolvimento de equipamentos de transferência de calor que proporcionarão maior eficiência energética. Esse projeto faz parte das iniciativas de eficiência energética do Programa Tecnológico para Mitigação de Mudanças Climáticas (Proclima), coordenado pelo Centro de Pesquisas & Desenvolvimento da Petrobras (Cenpes).

Também serão realizados estudos de ferramentas computacionais inteligentes para aplicação nas atividades industriais de gás natural e serão desenvolvidos equipamentos térmicos para uso por consumidores comerciais e industriais de gás natural, como fornos de cocção de pães utilizando tecnologia de termossifões.

Na inauguração, estarão presentes o reitor da UFSC, Alvaro Toubes Prata, o diretor do Centro Tecnológico da UFSC, Edison da Rosa, o gerente geral de Pesquisa & Desenvolvimento de Gás, Energia e Desenvolvimento Sustentável do Cenpes, Luis Fernando Mendonça, o gerente geral de Tecnologia para Processos de Gás e Energia da Petrobras, Mozart Schmitt de Queiroz, e a professora da UFSC Márcia Mantelli.

Redes Temáticas

O modelo de Redes Temáticas foi criado pela Petrobras em 2006, voltado para o relacionamento com as universidades e institutos de pesquisas brasileiros. Hoje há 50 redes operando em parceria com cerca de 110 universidades e instituições de pesquisas de todo o Brasil. Nas redes, as instituições desenvolvem pesquisas em temas estratégicos para o negócio da Petrobras e para a indústria brasileira de energia.

A Petrobras vem investindo cerca de R$ 400 milhões anuais, em média, possibilitando às instituições conveniadas a implantação de infraestrutura, aquisição de modernos equipamentos, criação de laboratórios de padrão mundial de excelência, capacitação de pesquisadores/recursos humanos e desenvolvimento de projetos de Pesquisa & Desenvolvimento nas áreas de interesse, como petróleo e gás, biocombustíveis e preservação ambiental.

Informações na UFSC com a professor Márcia Mantelli / e-mail: marcia@emc.ufsc.br

Tags: gás naturalPetrobras