O destaque ao Raízes da Cooperação, projeto apoiado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi pela sua atuação na recuperação de mangues ameaçados por poluição e especulação imobiliária.
O tubarão mede em média 52 centímetros de comprimento e pesa menos que o equivalente a um litro de leite. Foto: Getty Images
Um estudo realizado por uma parceria de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz e a seção Seção Laboratorial Avançada (SLAV/SC) do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-RS) encontrou resquício de cocaína e benzoilecgonina em 13 tubarões-bico-fino (Rhizoprionodon lalandii), no litoral do Rio de Janeiro.
O caso foi publicado neste mês no periódico Science of the Total Environment e recentemente ganhou destaque na imprensa nacional e internacional. A professora Silvani Verruck e o estudante de pós-graduação Luan Valdemiro Alves de Oliveira, pesquisadores do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFSC, fizeram parte do estudo. O professor externo da Pós-Graduação da UFSC Rodrigo Barcellos Hoff, também participou pela SLAV/SC.
Como divulgado pelo O Globo, a equipe do estudo comprou 13 tubarões de embarcações de pesca. Após dissecar os animais, foram realizados testes no tecido de músculo e do fígado utilizando o método cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas. Todas as amostras testaram positivo para cocaína e apresentaram uma concentração 100 vezes maior do que em outros animais aquáticos. De acordo com o estudo, 92% das amostras também acusou benzoilecgonina, um metabólito da cocaína ou do chá de coca.
De acordo com a revista Science, os pesquisadores estavam curiosos com a possibilidade de os tubarões estarem expostos à droga. A espécie foi escolhida e capturada no Rio de Janeiro, pela proximidade de zonas costeiras. O tubarão tem mais chance de absorver a droga, seja pela água, seja pelos peixes que come. (mais…)
Professor Alberto Lindner foi uma das fontes entrevistadas para a reportagem. (Foto: Reprodução/Globoplay)
O Jornal Nacional deste sábado, 22 de junho, trouxe uma reportagem sobre as práticas sustentáveis aplicadas na agricultura e pecuária no estado de Santa Catarina. Uma das fontes ouvidas foi o professor Alberto Lindner do Departamento de Ecologia e Zoologia, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), da UFSC.
A reportagem destaca iniciativas de agricultores do Oeste de Santa Catarina, que adotaram práticas como o processamento de dejetos de animais na pecuária para a geração de energia elétrica e supressão do gás metano. Mostrou também sistemas de captação de água das chuvas para a recuperação de córregos, entre outras práticas. Em sua fala, o professor Lindner salientou a importância de promover a biodiversidade.
O aquecimento global dobrou as chances da ocorrência de desastres como o registrado no Rio Grande do Sul. Foto: Reprodução NYT
Um grupo de pesquisadores do Brasil, Reino Unido, Estados Unidos e Holanda publicou na segunda-feira, 3 de junho, um relatório que aponta a associação entre as mudanças climáticas e as falhas de infraestrutura como causadoras das enchentes ocorridas no Rio Grande do Sul no último mês. A professora Regina Rodrigues, do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi uma das autoras da colaboração internacional produzida pelo World Weather Attribuition.
A análise foi tema de reportagem veiculada pelo jornal estadunidense The New York Times, intitulada Estudo revela que inundações mortais no Brasil foram agravadas pelas mudanças climáticas (em inglês: Deadly floods in Brazil were worsened by climate change, study finds). O texto destaca o número de mortos e o deslocamento de mais de meio milhão de pessoas de suas casas devido às inundações.
O estado brasileiro registrou em apenas duas semanas um volume de chuvas equivalente a três meses nessa época do ano. “À medida que o planeta esquenta, as áreas de alta pressão atmosférica que geralmente se formam sobre a costa atlântica da América do Sul estão ficando maiores e mais duradouras. Isso empurra mais água, na forma de vapor, em direção ao sul do Brasil, onde pode cair como chuva”, traz a reportagem.
Os cientistas afirmam que esses eventos, considerados raros antes das grandes emissões de gases de efeito estufa, deverão se tornar mais frequentes. “Embora enchentes significativas tenham ocorrido no estado do Rio Grande do Sul no passado, elas estão se tornando cada vez mais fortes e generalizadas”, declara a professora Regina.
Em reportagem veiculada no portal ND+, o pesquisador Caio Magnotti, doutor em Aquicultura e supervisor do Laboratório de Piscicultura Marinha (Lapmar) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), falou sobre a sobre a safra, a migração e importância ecológica das tainhas em Florianópolis. A reportagem intitulada Tainhas gigantes: entenda a migração misteriosa da Argentina para o Norte do Brasil foi produzida pela jornalista Leandra da Luz e publicada nesta quarta-feira, 29 de maio.
A notícia detalha as diferenças entre as espécies encontradas na região e aborda o aparecimento das tainhas gigantes avistadas recentemente na capital catarinense. Segundo o pesquisador, esses exemplares provavelmente migraram de áreas mais ao Sul, como a bacia do Rio da Prata. O fenômeno pode também estar relacionado à pesca industrial, que geralmente captura os peixes maiores. “Normalmente ficam em lugares mais profundos, onde a pesca industrial atua. Embora as tainhas da Lagoa dos Patos, da Argentina e do Uruguai se encontrem no mar e migrem juntas para desovar, não podemos caracterizá-las apenas as observando”, disse Caio em entrevista à publicação.
A reportagem tratou ainda da importância econômica e o papel desempenhado pela tainha no ecossistema marinho. Para acessar a matéria completa, acesse o portal ND+.
O professor Alberto Lindner, docente do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), concedeu entrevista ao Eslen Podcast, publicação voltada a debates sobre o mundo acadêmico. No vídeo divulgado na última terça-feira, 21 de maio, o docente da UFSC comenta diversos assuntos, como o contexto histórico do início das universidades brasileiras, o letramento científico da população e a importância do ensino médio e fundamental na formação acadêmica das diferentes gerações.
Na conversa, Lindner fala também acerca de grandes expoentes brasileiros na ciência, como Fritz Muller, Carlos Chagas e César Lattes. O professor cita Carl Sagan, autor do livro O mundo assombrado pelos demônios e um dos maiores divulgadores do saber científico das últimas décadas, ao abordar a relação do homem com a ciência: “A ciência está naturalmente na gente; essa busca do conhecimento através de metodologia com base em evidência. Somos, naturalmente, cientistas. Assim, temos que aproveitar o que está no nosso DNA e tentar fazer essa mudança cultural”, pondera na entrevista.
O Eslen Podcast é apresentado por Eslen Delanogare, mestre e doutor em Neurociências pela UFSC. Nas redes sociais, ele acumula cerca de 1,7 milhão de seguidores e trata, entre outras discussões, sobre aspectos relacionados ao conhecimento humano.
As professoras da Universidade Federal de Santa Catarina, Regina Rodrigues, de Oceanografia, e Marina Hirota, do departamento de Física, falaram sobre os extremos climáticos e o papel da ciência como aliada do poder público na busca por soluções às cidades em reportagem da NSC TV. Ambas são referências nos estudos de clima, com pesquisas recentes sobre o assunto e participação em eventos mundiais como as conferências de clima.
“As pesquisas climáticas já vêm mostrando esse aumento de extremos. A região sul do país é propícia a esses extremos e as projeções já indicavam que a gente ia ter um aumento tanto de chuvas excessivas, como até de seca”, explicou Regina. Para lidar com o cenário, segundo a reportagem, é necessário planejamento. “Os extremos já estão aí. A gente tem que trabalhar mais proximamente com os tomadores de decisão para disponibilizar informação para que eles possam usar e fazer planos da melhor forma possível”, disse Regina, reforçando que as decisões devem ser tomadas com base na ciência.
A professora Marina Hirota também destacou o papel da ciência no processo de planejamento das cidades. “A gente precisa efetivamente de pessoas que estão estudando a ciência do clima e como as pessoas respondem esses extremos”, disse. Hirota também defendeu as pesquisas em ciências humanas, como a antropologia, para entender como a população está lidando com esses extremos.
Dados da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgados pelo jornal Notícias do Dia mostram uma evolução no número de alunos negros formados após 15 anos da implementação do sistema de cotas. A reportagem indica que, comparado a 2008, a universidade aumentou o quantitativo em 160% no ano de 2023.
O texto também trata do pioneirismo da instituição ao implantar a política de ação afirmativa. “O primeiro sistema de reserva de vagas para pessoas negras foi instituído em 2008, quatro anos antes da criação da Lei de Cotas, sancionada pelo Governo Federal em 2012”, relembram.
Em 2008, 170 pessoas negras se formavam pela UFSC. Já em 2023, esse número aumentou para 442. Também neste ano, houve um recorde no número de formandos negros, que representaram 17% do total de pessoas diplomadas. ““Os estudantes cotistas têm o direito de estar na universidade. Este lugar também é deles, é para eles. Então fazemos também um trabalho educativo tanto para as pessoas que são cotistas, quanto para os demais estudantes, para que a UFSC possa oferecer um ambiente acolhedor e de respeito à diversidade”, disse a professora Leslie Sedrez Chaves, pró-reitora de ações afirmativas e equidade.
A reportagem também trouxe o número de ingressantes negros na UFSC, que recebeu 1.304 novos alunos pretos e pardos em 2023, número que aumentou 28,6% em relação a 2022, quando 1.014 dos ingressantes eram negros. “A Universidade Federal de Santa Catarina tem feito todos os esforços para ampliar esse sistema e garantir também a permanência dos estudantes na instituição. O objetivo é que ingressem e que possam sair graduados”, afirmou a pró-reitora.
A usina de hidrogênio verde da Universidade Federal de Santa Catarina, instalada junto ao Laboratório Fotovoltaica, no Sapiens Parque, voltou a ser destaque na mídia nacional oito meses após a sua inauguração, que ocorreu em agosto de 2023. O jornal O Estado de São Paulo produziu uma reportagem e um vídeo demonstrando como funciona o projeto pioneiro construído com foco na pesquisa.
No vídeo, o professor Ricardo Ruther, coordenador do projeto, apresenta equipamentos da usina, como o eletrolisador, que faz a reação de quebra da molécula de água em hidrogênio e oxigênio. Ele explica que esse processo demanda o uso de muita energia e água. Essa energia, por sua vez, precisa ser solar, eólica, de biomassa, hidrelétrica ou de outra fonte alternativa.
O vídeo destaca que o Brasil teria potencial para produzir um dos hidrogênios mais competitivos do mundo. No caso da UFSC, Ruther ainda cita a produção de amônia, subproduto do processo. “A amônia pode ser usada como vetor de energia, então se eu for exportar hidrogênio, uma das maneiras de fazer isso é mandando em forma de amônia ou usá-lo como matéria prima para fazer fertilizante”, explica. O laboratório utiliza a energia solar para gerar o hidrogênio e também capta água da chuva.
Hidrogênio verde e pioneirismo
O hidrogênio já está sendo produzido no novo bloco do laboratório, que recebeu investimentos de R$ 14 milhões. A usina tem o potencial máximo de geração de 4,1 Nm3/h (normal metro cúbico por hora) de hidrogênio verde e produção máxima de 1 kg/h de amônia. Tanto a amônia quanto o hidrogênio verde têm importante papel na descarbonização da Amazônia, pois são produzidos de forma sustentável, alinhados com as expectativas mundiais de produção e geração de energia.
O espaço conta com laboratórios nos pavimentos inferiores, salas de aula e de pesquisadores nos pavimentos superiores e estação solarimétrica no terraço – onde é possível medir os parâmetros solares. Além disso, foi construído com outra inovação: as placas solares são o próprio telhado e revestimento das paredes, diferente dos outros dois blocos do laboratório, onde foram instaladas sobre o telhado. Há, inclusive, um mirante no topo do prédio para visualização dos equipamentos.
O gás hidrogênio, que recebe o adjetivo de “verde” por conta da sustentabilidade da produção via eletrólise utilizando somente água e energia renovável, vem sendo pesquisado pelos principais países do mundo. Segundo a consultoria internacional Bloomberg New Energy Finance, a geração solar fotovoltaica é capaz de oferecer o hidrogênio verde de baixo custo, o que fez com que a UFSC fosse um foco imediato de interesse de parceiros.
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), maior universidade pública e gratuita de Santa Catarina, recuperou o número de formandos anterior à pandemia da Covid-19, que mudou as dinâmicas de aulas e atividades institucionais. Em 2023, 3.058 estudantes se formaram em cursos de graduação presenciais e a distância da UFSC. O número é próximo dos graduados de 2019, ano anterior à pandemia: 3.161. A colunista Dagmara Spautz tratou do assunto nesta segunda-feira, 22 de abril, no portal NSC Total.
Segundo dados do Relatório de Gestão 2023 da UFSC, no período em que houve mais restrições a Universidade conseguiu entregar 1.812 diplomas em 2020 e 1.516 em 2021. No ano seguinte, os números já começaram a melhorar, com 2.659 graduados em 2022. “O ano de 2023 serviu para consolidar a retomada das metas institucionais. Ao mesmo tempo, foi um dos anos mais difíceis da história da nossa instituição, haja vista as limitações orçamentárias enfrentadas não só pela UFSC, mas por todo o coletivo de Instituições Federais de Educação Superior”, afirmou o professor Irineu Manoel de Souza, reitor da UFSC, em mensagem no Relatório de Gestão.
No portal de notícias NSC total, uma turma de Psicologia com 10 alunos negros da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi destaque pela formatura, nesta quinta-feira, 18 de abril. “Foi muito importante a gente se enxergar no ‘mar’ de pessoas brancas que era o curso”, menciona Caio Nex, um dos formandos, em entrevista para o portal.
O texto apresenta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que mostram que, em 2020, os cursos de saúde das universidades públicas tiveram mais de 225 mil matrículas. Desse número, apenas 21 mil se autodeclararam pretos, e 70 mil pardos.
Outro dado trazido na notícia, também do IBGE, é que, em 2023, Santa Catarina tinha 1,039 milhão de pessoas com mais de 25 anos com ensino superior completo, sendo 126 mil negras. Leoni Rita Vitória, também formanda, conta que o curso de Psicologia é um dos mais concorridos da UFSC, atrás apenas de Medicina.
“A gente via uma divisão física na sala de aula. De um lado, alunos brancos, que já se conheciam, seja de um cursinho, ou da escola. Do outro, nós, negros, pessoas com deficiência, ou alunos mais velhos. Ações afirmativas garantem a nossa entrada, mas não alteram a cultura acadêmica voltada a pessoas brancas”, disse Leoni para o portal. (mais…)
Professor Delevatti em entrevista na piscina do CDS. Foto: Reprodução/NDPLAY
O professor do Centro de Desportos da Universidade Federal de Santa Catarina (CDS/UFSC) Rodrigo Sudatti Delevatti e a aluna de Pós-Graduação Ingrid Wolin concederam entrevista para a NDTV sobre a busca de 64 voluntários interessados em participar de um estudo que visa avaliar os efeitos do exercício físico no tratamento da diabetes tipo 2.
Na matéria publicada nesta quinta-feira, 11 de abril, no NDPLAY, Rodrigo explica que o estudo visa comparar os efeitos do treinamento aquático, na modalidade de hidroginástica, com o treinamento terrestre, na modalidade de musculação e caminhada. A ideia é combinar os efeitos tanto na água como na terra para avaliar os impactos na saúde das pessoas com diabetes.
Ingrid também explica que durante o estudo serão feitas diversas análises e acompanhamentos dos participantes, desde o momento que chegaram até o momento que estão saindo, além de receberem um informe de como foi o processo. (mais…)
Na matéria publicada nessa segunda-feira, 1º de abril, na revista Planeta, Saito relembra o período de observação da estrela: “Olhávamos as imagens tiradas pelo telescópio e a estrela estava lá. Menos de um ano depois, não estava mais. Olhamos novamente: está lá de novo. É algo que realmente não era esperado”. Saito é um dos pesquisadores brasileiros do projeto Vista Variáveis na Via Láctea (VVV) que utilizou o telescópio VISTA, localizado no Chile, para analisar mais de um bilhão de estrelas da nossa galáxia.
“A gente não conhece nenhum processo químico ou físico no interior de uma estrela que fizesse ela ‘desligar e ligar’ dessa forma. Portanto, nossa primeira hipótese foi que essa estrela está sendo ocultada por um outro corpo”, explica o professor na reportagem. Segundo ele, a pergunta que persistia era: que tipo de objeto seria grande o suficiente para ocultar 97% do brilho de uma estrela bem maior do que o Sol?
A suposição é de que o objeto gigantesco misterioso está bem próximo, ou até mesmo na órbita da estrela, mas os cientistas ainda não confirmaram a hipótese, já que o “desligamento” da WIT-08 nunca mais aconteceu desde 2012. A lentidão do evento é um dos grandes empecilhos para a resolução do mistério. Os últimos dados foram observados no início de 2023 e nada parecido foi detectado.
A professora Fernanda Steffens, do Departamento de Engenharia Têxtil da Universidade Federal de Santa Catarina, foi entrevistada pela revista Super Interessante, para uma matéria da seção Oráculo. A pesquisadora foi consultada para responder à pergunta: “Por que tecidos desbotam no sol?”
Segundo o texto, “os raios UV do Sol têm mais energia do que as conexões entre os átomos que formam as moléculas de corante – e, por isso, são capazes de desmontá-las (a parte de uma molécula responsável por torná-la colorida é chamada de ‘cromóforo’). Isso causa o desbotamento da cor”.
Fernanda explica que os raios UV chegam à superfície da Terra com uma energia de 315 a 400 kJ para cada mol (6 x 1023 partículas) de fótons: “Isso excede a energia da ligação simples carbono-carbono de 335 kJ/mol, resultando no desbotamento dos corantes usados em substratos têxteis”, afirma.
A professora Michele de Sá Dechoum, coordenadora do Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação da Universidade Federal de Santa Catarina (Leimac/UFSC), concedeu entrevista ao portal de notícias Deutsche Welle Brasil sobre o impacto do javali no meio ambiente. A matéria também foi publicada no portal UOL.
A pesquisadora, que vem observando os danos que a espécie causa no Parque Nacional de São Joaquim, na serra catarinense, comenta: “O que mais me impressiona é chegar nas áreas de campo e ver o estrago que os javalis estão causando. Parece que passou um trator e que alguém vai plantar alguma coisa.”
Michele orienta estudos que buscam identificar os prejuízos que a presença do animal vem provocando especialmente nos campos de altitude, um ecossistema rico em biodiversidade e importante culturalmente. “Quando os javalis vão fuçando e revirando o solo, algumas espécies vão sumindo. E estes campos têm espécies ameaçadas, espécies endêmicas. Para a biodiversidade é super importante ter uma estrutura bem mantida. Porque se há um efeito nas plantas, que são a base da cadeia alimentar, certamente vai chegar ao topo em algum momento”, explica.
O professor do Departamento de Fitotecnia da UFSC Enio Pedrotti destacou, em entrevista para o site do Globo Rural, onze espécies que podem auxiliar o combate à dengue, sem substituir outros cuidados essenciais, como atenção com água parada para evitar o desenvolvimento de larvas.
Um estudo com participação da Universidade Federal de Santa Catarina sobre a mudança climática causada pelo ser humano e a seca histórica que atingiu a região Amazônica em 2023 repercutiu na mídia nacional e internacional. A investigação, conduzida por um grupo internacional do qual faz parte Regina Rodrigues, professora de Oceanografia Física e Clima, também pontuou que o El Niño – fenômeno climático natural que geralmente traz condições secas para a região – teve uma influência muito menor.
Pesquisadora falou sobre estudo à BBC
A análise foi realizada pelo World Weather Attribution (WWA), grupo internacional de cientistas especializados em pesquisas sobre o clima, e está disponível aqui. A repercussão dos dados foi internacional. A BBC, empresa de comunicação pública britânica, destacou que a seca recorde na Amazônia foi impulsionada pelas mudanças climáticas. Ao site e à televisão, Regina disse que a Amazônia tem papel central frente às discussões sobre mudanças climáticas. Isso porque, quando saudável, ela absorve o dióxido de carbono, mas com o desmatamento desenfreado é possível que chegue a um ponto de não retorno.
A professora também falou sobre o estudo ao The Guardian, que destacou que a seca devastadora na Amazônia é resultado da crise climática. A professora lembrou, em entrevista, que se protegermos a floresta ela continuará a funcionar como o maior sumidouro de carbono terrestre do mundo. “Mas se permitirmos que as emissões induzidas pelo homem e o desmatamento a empurrem para o ponto de não retorno, serão libertadas grandes quantidades de CO2. Precisamos proteger a floresta tropical e abandonar os combustíveis fósseis o mais rápido possível”, argumentou.
A professora também repercutiu o assunto ao Financial Timese ao The Washignton Post. No Brasil, o Jornal Nacional, da TV Globo, também deu destaque às constatações dos cientistas. “Temos que fazer uma transição para energias limpas, renováveis e também reduzir o desmatamento, que gera muito CO2. O Brasil, se reduzir o desmatamento, já reduz 40% dessas emissões”, disse à emissora brasileira.
Segundo o estudo, desde meados de 2023, a Bacia Amazônica tem enfrentado uma intensa seca, impulsionada pela baixa precipitação e pelo calor persistente. Rios em algumas regiões atingiram seus níveis mais baixos em mais de 120 anos, impactando milhões de pessoas. Comunidades ribeirinhas foram as mais afetadas, com a seca resultando em problemas de saúde, perda de renda, escassez de alimentos e água potável e falhas nas colheitas.
Os cientistas do WWA constataram que a mudança climática está reduzindo a precipitação e aumentando o calor na Amazônia, o que foi responsável por tornar a estiagem sem precedentes de 2023 cerca de 30 vezes mais provável do que ocorreria apenas pela ação do El Niño. “À medida que o clima se aquece, uma potente combinação de diminuição da precipitação e aumento do calor está impulsionando a seca na Amazônia”, explica Regina.
O professor de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Jonny Carlos da Silva foi entrevistado pelo programa SC no Ar da NDTV sobre uma colaboração entre a instituição e a NASA, a Agência Espacial Americana. Pesquisadores da UFSC, em parceria com a agência, compartilharam os resultados de uma pesquisa pioneira no uso de Inteligência Artificial (IA) para predição e explicação de colisões aéreas. O estudo, intitulado Multiple Machine Learning Modeling on Near Mid-Air Collisions, destaca uma abordagem inovadora que utiliza dados do banco de dados de segurança de aviação da NASA, o ASRS-Aviation Safety Reporting System.
A professora de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina. Regina Rodrigues, falou ao jornal O Globo sobre um dado que chamou a atenção e aumentou as preocupações da comunidade científica em 2023: o ano foi o mais quente já registrado, com 50% dos dias acima do limiar de perigo. A informação consta no relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), a agência europeia do clima, divulgado na última terça-feira, 9 de janeiro. De acordo com o jornal, “mais de 50% dos dias de 2023 estiveram 1,5ºC acima dos níveis de 1850-1900, o período pré-industrial”.
O relatório apontou que a média da temperatura global foi de 14,98ºC, 0,17ºC a mais do que a até então maior temperatura global, registrada em 2016. “Tanto aquecimento na atmosfera causou ondas de calor e frio brutais, incêndios florestais sem precedentes, degelo nunca observado e tempestades devastadoras”, escreveu O Globo.
Na reportagem, a professora da UFSC, que é especialista em ondas de calor oceânicas, destaca que os oceanos aquecidos foram uma das mais importantes anomalias de 2023, com implicações para o clima global. Ela explicau que a comparação com o El Niño de 2015-2015 com o de 2023 mostra claramente que o fenômeno não foi a única força a tornar 2023 um ano infernal.
O combate ao coral sol, espécie invasora do animal marinho, e a parceria entre a UFSC e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICM-Bio) foi destaque na mídia nacional e local na última semana. A matéria foi ao ar no Jornal Hoje de 27 de dezembro, e no Bom Dia SC desta terça, 2 de janeiro.
A equipe de reportagem acompanhou o processo de retirada dos corais na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo e também nos laboratórios da UFSC onde ele é estudado. A coordenadora do projeto, professora Bárbara Segal foi entrevistada, assim como o coordenador executivo Marcio Soldateli e o pesquisador Marcelo Crivellaro.
Nativo dos oceanos Índico e Pacífico, o coral sol é encontrado em áreas costeiras do Ceará a Santa Catarina e sua proliferação ameaça as espécies nativas de corais do nosso litoral. O trabalho de controle e pesquisa dessa espécie ocorre há 11 anos por meio da parceria UFSC e ICM-Bio.
Uma embalagem inovadora criada pela Universidade Federal de Santa Catarina para alimentos foi destaque no G1, portal de notícias. O professor Pedro Luiz Manique Barreto, de Ciência e Tecnologia dos Alimentos da UFSC, falou sobre o produto que muda de cor indicando quando algo não deve mais ser consumido. A embalagem está em processo de patenteamento e foi testada preliminarmente com pescados.
Reprodução G1
Segundo o professor, queijos e embutidos serão testados na nova fase do projeto. “É uma embalagem inovadora que tem um potencial muito grande de vir para as prateleiras de supermercado. Trata-se de um ‘filme’ (película), que contém um composto sinalizador microencapsulado”, disse ele ao portal. Ainda conforme a notícia, o filme desenvolvido tem cor avermelhada. “Se o alimento estraga a película muda para verde. Essa alteração é o sinal de que houve deterioração e, portanto, não pode mais ser consumido”, diz o texto.
No caso dos pescados, o professor explicou que a mudança na coloração ocorre quando a embalagem entra em contato com gases (amônia) oriundos da degradação microbiana do pescado. Com os queijos e embutidos existem diferenças, já que queijos podem liberar amônia, mas o estudo pretende verificar se a mudança de pH do alimento pode indicar deterioração também.
A professora de oceanografia e clima da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora de Desastres Naturais da Rede Clima, Regina Rodrigues, apontou, em entrevista para O Globo, que este El Niño, fenômeno climático em que acontece o aquecimento das águas do oceano Pacífico, é um dos mais fortes e já está 1,8ºC mais quente – o suficiente para classificá-lo na categoria de intenso para mais intenso.
O texto explica que os extremos climáticos no Brasil vão se agravar ainda mais, à medida que o El Niño avança para o seu pico em dezembro. Piorando ainda mais as chuvas no Sul, a seca na Amazônia e mais calor no Centro-Oeste e Sudeste. “Este El Niño começou a se manifestar no Brasil com um calor maior generalizado e chuvas torrenciais no Sul. A seca na Amazônia era esperada no verão e começou no fim do inverno. Deve continuar a piorar e atingir com força o Nordeste no início de 2024, com falha na estação chuvosa, que normalmente começaria em março”, advertiu Regina em entrevista para O Globo.
A professora apontou, ainda, que o solo da Região Norte e do Semiárido do Nordeste está muito seco, potencializando a gravidade. A parte mais visível na Amazônia é a dos rios secos, incluindo o Rio Amazonas, o maior do mundo em vazão, o Rio Negro e o Rio Madeira, com níveis historicamente menores.
Uma Nota Técnica divulgada pelo programa de pesquisa e extensão Ecoando Sustentabilidade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi destaque em uma reportagem publicada na quarta-feira, 15 de novembro, no portal de notícias Deutsche Welle Brasil. Com o título “Os prós e contras de alargar as praias de Santa Catarina“, a matéria cita diversos trechos da nota, que analisa a prática, cada vez mais recorrente, de alargamento de praias no litoral de Santa Catarina. A reportagem também entrevistou o professor Paulo Roberto Pagliosa Alves, dos cursos de Oceanografia e Geografia da UFSC, e um dos autores da pesquisa. (mais…)
A usina de hidrogênio da Universidade Federal de Santa Catarina, situada no Sapiens Parque, foi destaque em uma reportagem do Fantástico, programa jornalístico dominical da TV Globo. Em uma longa reportagem sobre o futuro da energia, as instalações do Laboratório Fotovoltaica e a usina construída em parceria com Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável (implementado pela GIZ em parceria com o Ministério de Minas e Energia) são apresentadas como um dos exemplos da inovação nacional.
Na reportagem, o professor Ricardo Ruther, pioneiro na pesquisa em energia solar no Brasil, fala sobre a possibilidade de a tecnologia ser utilizada para gerar energia em áreas remotas da Amazônia – onde a produção depende do diesel, combustível altamente poluente. “Custa muito caro para a população brasileira e tem um impacto ambiental muito grande”, pontuou. “Esse ano o Brasil vai gastar 12 bilhões de reais para queimar diesel e para levar energia para 1% da população”.
O Fantástico apresentou o prédio feito para ser um equipamento de captação de energia renovável. Não só o teto, mas todas as paredes são de placas solares. Também é possível capturar e armazenar água da chuva, outro recurso essencial à produção do hidrogênio verde. Segundo o professor, é possível replicar a estrutura em operação na UFSC para qualquer lugar e fabricar energia a partir de insumos naturais.
Usina pioneira
A usina da UFSC tem o potencial máximo de geração de 4,1 Nm3/h (normal metro cúbico por hora) de hidrogênio verde e produção máxima de 1 kg/h de amônia. A produção diária depende da irradiação solar e, consequentemente, da geração fotovoltaica de cada dia. Tanto a amônia quanto o hidrogênio verde têm importante papel na descarbonização da Amazônia, pois são produzidos de forma sustentável, alinhados com as expectativas mundiais de produção e geração de energia.
O espaço conta com laboratórios nos pavimentos inferiores, salas de aula e de pesquisadores nos pavimentos superiores e estação solarimétrica no terraço – onde é possível medir os parâmetros solares. Além disso, foi construído com outra inovação: as placas solares são o próprio telhado e revestimento das paredes, diferente dos outros dois blocos do laboratório, onde foram instaladas sobre o telhado. Há, inclusive, um mirante no topo do prédio para visualização dos equipamentos.
A Deutsche Welle, empresa pública de comunicação da Alemanha que realiza coberturas no Brasil, destacou, em seu portal, as ameaças aos indígenas do município de José Boiteux por conta das cheias e da situação da barragem há 10 anos sem manutenção na Terra Indígena Ibirama La Klanõ. A terra está inundada por conta das fortes chuvas no Estado e houve confronto nas negociações para o fechamento das comportas. Em nota, a UFSC expressou sua solidariedade à comunidade.
A reportagem traz um histórico das negociações em torno da barragem e pontua a situação vivida pela comunidade. Segundo fontes ouvidas pela DW, famílias vivem muito próximas às regiões de alagamento e se sentem em risco. “Abarreira provoca alagamento rio acima (montante) — justamente onde moram os indígenas”, explica o texto.
Juliana Salles Machado, professora do Departamento de História Indigena da UFSC, foi entrevistada pela reportagem. Ela disse que os indígenas da localidade jamais foram indenizados ou consultados. “Nunca foram informados sobre o alagamento que a barragem provocaria no território deles. A estrutura foi feita para preservar as cidades de migração europeia, rio abaixo. Os laklanõ, rio acima, sofrem”, explicou em entrevista à DW.
O texto reforça que o risco de inundação na região continua e que o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) prevê como muito alta a possibilidade de enchentes no Vale do Itajaí devido aos altos acumulados de chuva na bacia hidrográfica. O estudante de jornalismo da UFSC, Jucelino Senei Filho, também manifestou sua preocupação à reportagem.
Pedro Chaffe, professor do Laboratório de Hidrologia da UFSC, concluiu que as cheias no estado de Santa Catarina ficaram mais frequentes nos últimos 40 anos e disse à reportagem que é preciso pensar sobre suas implicações. “Analisando os dados em todo o estado, a frequência e magnitude das cheias estão aumentando. Já tem que se pensar sobre as possíveis implicações, como a gente pode operar as estruturas que foram projetadas no passado e não consideram as mudanças que estamos vendo”. O professor lembrou ainda que toda a estrutura da barragem teria que ser fiscalizada por órgãos competentes, revisada periodicamente e ter um plano de ação emergencial.
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O projeto de extensão Histórias de Ciência da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove palestras de 25 de julho a 16 de agosto. As atividades tem como objetivo compartilhar conhecimentos sobre história da ciência aplicada ao ensino de[...]
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sediará, de 29 de julho a 2 de agosto, a 13ª edição do seminário internacional Fazendo Gênero, que já conta com mais de 6 mil inscrições. O evento engloba[...]
O Laboratório de Estudos em História da África, do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (LEHAf/UFSC), organiza o evento África no Cinema, que acontecerá em 30 de julho, às 19h, no Auditório[...]
A Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria do Ateliê Smith, recebe a exposição Entre pinceladas e cores: 100 anos de Salim Miguel, de 5 de agosto a 27 de setembro,[...]
O Laboratório de Psicanálise, Processos Criativos e Interações Políticas (LAPCIP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com o Instituto de Comunicação da NOVA (ICNova), da NOVA FCSH, Universidade NOVA de Lisboa, divulgam[...]
O Instituto Kadila de Estudos Africanos e das Diásporas, vinculado ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (CFH/UFSC), promove, do dia 2 de maio até 19 de setembro, a[...]
Os programas de Pós-Graduação em Linguística e de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) organizam o III Colóquio Internacional Antropoceno, Biopolítica e Pós-Humanos com o tema Novas materialidades. O evento é realizado em[...]
O Instituto Kadila de Estudos Africanos e das Diásporas, vinculado ao Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Santa Catarina (CFH/UFSC), promove, do dia 2 de maio até 19 de setembro, a[...]