Fazendo Gênero 13: primeira mulher a comandar nação de maracatu, Mestra Joana ressalta o combate ao machismo

02/08/2024 18:02

Professora Alexandra Alencar, rainha do Maracatu Arrasta Ilha, e a Mestra Joana durante conferência do Fazendo Gênero. (Foto: Carol Esmanhotto/Fazendo Gênero)

“Mulheres do mundo inteiro, com garra pra vencer, vamos unir as nossas forças e fazer acontecer. Temos direito à liberdade, temos direito de viver, temos direito, temos direito, temos direito de vencer”. Esse é um trecho da loa “Maria da Penha é forte”, primeira canção composta por Joana D’arc da Silva Cavalcante, a Mestra Joana, no Baque Mulher. A artista foi responsável pela conferência do quarto dia do Seminário Internacional Fazendo Gênero 13, na última quinta-feira, 1° de agosto. 

O Maracatu Baque Mulher nasceu em outubro de 2008, em Recife, com o objetivo de combater o machismo nos grupos que realizam essa prática cultural. Em depoimento à dissertação de mestrado de Héveny Araújo, Mestra Joana explicou que o Baque Mulher buscava inicialmente “fazer com que as mulheres da comunidade tocassem livremente instrumentos de percussão até então proibidos para elas, ainda hoje há nações de Maracatu que proíbem que as mulheres toquem.” Em Florianópolis, o Baque Mulher foi criado em 2016. 

A artista popular pernambucana Mestra Joana é a única mulher a coordenar e apitar o batuque de uma Nação de Maracatu de baque virado, a Nação Encanto do Pina. Ela lidera dois outros grupos: Baque Mulher e Mazuca da Quixaba.  

Joana nasceu e cresceu na Comunidade do Bode, periferia de Recife. Neta da Yalorixá dona Maria de Quixaba, Mestra Joana integra uma linhagem de mulheres que têm o candomblé como tradição religiosa. Além de ser mãe pequena do Ylé Axé Oxum Deym, segunda pessoa na hierarquia de mando de uma casa de Candomblé, ela é responsável pela manutenção da tradição afro-pernambucana da Nação de Maracatu Encanto do Pina. 
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Seminário Fazendo Gênero abre com presença da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves

30/07/2024 19:03

Ritual indígena na abertura da conferência de Amina Mama. Foto: Carol Esmanhotto/Fazendo Gênero/UFSC

A 13° edição do Seminário Internacional Fazendo Gênero teve sua abertura oficial nesta segunda-feira, 29 de julho, com a conferência da escritora, ativista e acadêmica nigeriana-britânica Amina Mama, no auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no Campus de Florianópolis, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Aberto com a apresentação de sons e danças de matriz africana além de um ritual indígena, o evento valorizou a diversidade e caráter democrático do seminário.

A mesa de abertura contou com a presença e falas da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; da diretora de Políticas e Programas de Educação Superior da SeSU/MEC, Ana Lúcia Pereira; do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; da vice-reitora Joana Célia dos Passos; do reitor e da vice-reitora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), José Fragalli e Clerilei Bier; do reitor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Maurício Gariba Júnior; da representante dos movimentos sociais Letícia Borges de Assis; da coordenadora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) da UFSC, Teresa Kleba, e da comissão organizadora do evento, formada por Alexandra Alencar, Alinne de Lima Bonetti, Débora de Carvalho Figueiredo e Janyne Sattler.

>> Assista ao evento no canal do IEG no YouTube.

>> Marcha contra o fim do mundo, no centro de Florianópolis, ocorre nesta quarta-feira, 31 de julho

Outras autoridades também tiveram sua presença registrada, como pró-reitores, secretários, autoridades universitárias da UFSC, IFSC e Udesc.

Em sua fala, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, citou a pandemia de Covid-19 enfrentada pelos brasileiros. “Perdemos 750 mil pessoas e até hoje não fomos capazes de viver o luto”, disse a ministra. Para ela, a volta do Fazendo Gênero simboliza o retorno da ciência, da pesquisa, do estudo. “Representa a volta do Brasil, a volta das mulheres que nunca desistiram deste país. Nós voltamos mais maduras, mas temos que enfrentar o fascismo todos os dias da nossa vida”. Ela citou alguns avanços já alcançados, mas ainda não garantidos, com a Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres.

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Projeto ‘Meninas na Ciência’ lança livro infanto-juvenil

29/07/2024 12:26

O projeto de extensão Meninas na Ciência, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), lança o livro “A história de Estrela”, o primeiro da série “Meninas Brilhantes”. A obra foi elaborada pela professora Gabriela Kaiana Ferreira, coordenadora do projeto, e pelas bolsistas Rosa Maria Pereira Miranda, Erica do Rosário Tischer e Roberta Machado Franco Rodrigues, estudantes do Colégio de Aplicação da UFSC.

O livro conta a história de uma jovem chamada Estrela, apaixonada por Astronomia, que equilibra sua curiosidade científica com momentos divertidos ao lado das amigas na escola. Quando o grupo enfrenta um desafio ao apresentar um projeto de ciências, a situação as une ainda mais. A descoberta de um presente especial leva Estrela a conhecer a história inspiradora da astrofísica Jocelyn Bell Burnell, que em 1967 identificou um pulsar, enfrentando a falta de reconhecimento por seu feito revolucionário. Movidas pela trajetória de Jocelyn e pela busca por justiça, Estrela e suas amigas encontram uma forma de compartilhar suas experiências e dar voz a outras meninas e mulheres na ciência.

O pré-lançamento do livro acontecerá na quarta-feira, 31 de julho, no evento Fazendo Gênero 13, com a presença das autoras e com um brinde especial. A obra já está disponível para aquisição online por meio deste link

Mais informações podem ser acessadas pelo Instagram do projeto.

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Seminário Internacional Fazendo Gênero 13 seleciona propostas de trabalhos artísticos e culturais

20/11/2023 17:33

O Seminário Internacional Fazendo Gênero 13 (FG13) – evento que ocorre na Universidade Federal de Santa Catarina de 29 de julho a 2 de agosto de 2024 –  recebe inscrições para trabalhos artístico e culturais. Qualquer artista ou grupo pode se inscrever na modalidade de arte e cultura até o dia 2 de fevereiro de 2024. As informações sobre inscrição estão disponíveis no site do evento.

A Comissão de Atividades Culturais definirá critérios para a avaliação e seleção de trabalhos, com base em qualidade, atualidade, originalidade, afinidade com a temática do evento e possibilidade de execução da proposta. A divulgação das propostas selecionadas está prevista para 30 de abril de 2024. A comissão organizará a agenda de apresentações e a alocação dos espaços. Não há remuneração prevista ou verba destinada às despesas com deslocamento e hospedagem para artistas e coletivos selecionados. A organização do evento promoverá a isenção da inscrição e fornecerá certificados digitais para artistas selecionades que estiverem cadastrades no site.

Mais informações pelo e-mail 13fgatividadesculturais@gmail.com, pelo site do evento e pelo Instagram.

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