Inscrições para doutorado em Oceanografia terminam dia 21

17/06/2025 13:24

O Programa de Pós-Graduação em Oceanografia (PPGOceano) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas, até o dia 21 de junho de 2025, para o processo seletivo de doutorado com ingresso no segundo semestre letivo deste ano.

A seleção é voltada para pessoas com formação em Ciências do Mar e áreas afins, que tenham interesse em desenvolver pesquisas. Há 18 vagas, com reserva de vagas para ações afirmativas e grupos em situação de vulnerabilidade social, incluindo pessoas negras (pretas e pardas), indígenas, com deficiência, quilombolas, refugiadas, pessoas trans e em vulnerabilidade socioeconômica.

A seleção ocorrerá em duas etapas: a primeira é a recomendação do pré-projeto de pesquisa por parte de um possível orientador e a segunda consiste na arguição do pré-projeto e análise curricular. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas exclusivamente pelo sistema da UFSC, no link. Edital completo e mais informações estão disponíveis na página do programa.

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Pesquisadora da UFSC leva estudos sobre El Niño a evento com maiores especialistas do mundo

26/03/2025 13:28

Regina Rodrigues (de branco, a frente) é referência na pesquisa sobre El Niño

A professora Regina Rodrigues, da coordenadoria de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi a única representante do Brasil dentre os 19 pesquisadores que ministraram aulas na ENSO Winter School 2025, encerrada no último domingo, 23 de março, na Universidade do Havai, em Mānoa. A escola reuniu especialistas de países como Coreia do Sul, Estados Unidos, Peru e França, todos estudiosos do El Niño.

Durante o evento, que reuniu pesquisadores e estudantes do mundo todo, Regina compartilhou seu conhecimento sobre os impactos da El Niño Oscilação Sul (em português, ENOS) nos eventos climáticos extremos, além de discutir outras questões fundamentais da oceanografia física.

O curso de inverno sobre a El Niño Oscilação Sul celebrou o 50º aniversário de marcos importantes da pesquisa, como o trabalho de Klaus Wyrtki, oceanógrafo falecido da UH Mānoa. Ele realizou estudos que ajudaram a construir conhecimento sobre o El Niño e seus impactos nos padrões climáticos. “Foi uma escola de inverno avançada sobre o fenômeno climático El Niño para alunos de doutorado e pós-doutorado, com os maiores especialistas sobre o tema no mundo. Eu dei as aulas sobre os impactos do El Niño em extremos climáticos globais e falei sobre os meus estudos de impactos na América do Sul”, comenta.

Referência em estudos sobre fenômenos climáticos, Regina considerou a experiência enriquecedora. “Foi uma ótima experiência passar mais de uma semana com estudantes, pesquisadores no início de carreira e muitos dos mais proeminentes especialistas em ENOS”, disse. “Aprendi mais sobre o ENOS do passado a partir de registros paleoclimáticos e sobre o ENOS futuro a partir de projeções climáticas”, afirmou, em entrevista à Universidade do Havai. A presença da pesquisadora, que também é uma das lideranças do Instituto de Mudanças Climáticas da UFSC, destaca o papel da universidade catarinense na pesquisa e no avanço do entendimento sobre os fenômenos climáticos globais.

Com informações da Universidade do Havai

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UFSC na mídia: Pesquisadora é citada por The Guardian em reportagem que aponta recorde de calor no mundo

20/02/2025 08:58

Clique para acessar a reportagem

O jornal britânico The Guardian, uma das referências na cobertura das mudanças climáticas no mundo, citou a professora Regina Rodrigues, da coordenadoria de Oceanografia da UFSC, na reportagem em que anuncia 2024 como um ano de recorde de calor no mundo. O jornal fez um levantamento, apresentado no formato de infográfico, consolidando dados do Serviço de Alterações Climáticas Copernicus (C3S) da União Europeia.

O Guardian tomou como base as temperaturas médias de cada mês de 2024 e comparou-as com o mês mais quente desde 1979. A conclusão foi de que dois terços da superfície da Terra registraram recordes em pelo menos um mês, com aumento de até 5C. A análise é detalhada por região do globo, com destaque para continentes e países do Norte ao Sul.

No caso do Brasil, o estado do Amazonas é citado como um exemplo de local onde houve recorde todos os meses. “A América do Sul foi atingida por temperaturas recordes em quase todos os meses de 2024, mas de março a junho, as temperaturas foram consistentemente extremas na Bolívia, Peru, Colômbia e no estado do Amazonas, no Brasil”, aponta a reportagem. O texto também aborda a recorrência dos incêndios florestais que atingiram a região em 2024, na Amazônia e também o Pantanal, ambiente úmido.

A professora Regina Rodrigues comentou como os oceanos participam deste sistema. O Atlântico esteve especialmente quente na primeira metade do ano e áreas dos oceanos Pacífico e Índico ultrapassaram os recordes mensais em mais de 1°C em todos os meses. Segundo Regina, isso significa  “uma explosão de eventos extremos de todos os tipos”.

“Se não conseguirmos diminuir a queima de combustíveis fósseis e reduzir rapidamente as emissões globais de CO2, estas temperaturas extremas continuarão a tornar-se ainda mais extremas e frequentes”, disse Sonia Seneviratne, cientista climática e vice-presidente do grupo de trabalho de ciências físicas do Painel Intergovernamental sobre Alterações Climáticas (IPCC).

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‘Precisamos mostrar a importância do oceano para o brasileiro’, diz professora da UFSC que copreside grupo da Unesco

14/02/2025 11:19

Professora Marinez Scherer fala em evento no Senado Nacional em maio de 2024. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado

A professora Marinez Scherer, do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), assumiu, em 6 de fevereiro, a copresidência  do Grupo de Trabalho em Planejamento e Gestão Sustentável do Oceano (WG SOPM em inglês) da Comissão Oceanográfica Intergovernamental da Organização das Nações Unidas para Educação, a Ciência e a Cultura (COI/Unesco). 

A Unesco, por meio da COI, é a principal organização das Nações Unidas que trabalha no campo de Planejamento Espacial Marinho (PEM), que tem como enfoque o processo público de análise, alocação espacial e distribuição temporal de atividades humanas nas áreas marinhas para alcançar objetivos ecológicos, econômicos e sociais determinados por meio de processos políticos.

“A gente precisa dar o exemplo no nosso próprio quintal, que a gente chama de ‘Amazônia Azul’. Estamos como uma vitrine do mundo para as questões ambientais e precisamos realmente mostrar a importância do oceano para o Brasil e para o brasileiro”, avalia Marinez.

Com uma zona econômica exclusiva e uma plataforma continental com 5,7 milhões de km², a “Amazônia Azul” brasileira é uma grande área relevante para o mundo, se mantida saudável em termos de enfrentamento às mudanças do clima, de segurança alimentar e de equilíbrio de gênero nas atividades, defende a professora.


Cada vez mais, estamos com uma série de usos e atividades no oceano. Muitas atividades econômicas estão se voltando para o oceano, como a geração de energia, a aquicultura, o turismo e a produção de petróleo. Precisamos fazer uma boa gestão nesse espaço, porque é um planeta só e é um oceano só.

Marinez Scherer, copresidente do Grupo
de Trabalho em Planejamento e Gestão
Sustentável do Oceano da Unesco


De acordo com a Unesco, o PEM não é um fim em si mesmo, mas um modo prático de criar e estabelecer uma utilização mais racional do espaço marinho, bem como as interações de seus usos, a fim de equilibrar as demandas do desenvolvimento e atender aos resultados sociais e econômicos, de forma aberta e planejada. As ações do PEM em território brasileiro são administradas pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima e pela Comissão Interministerial para os Recursos do Mar.
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Mudanças climáticas agravaram inundações em SC, analisam organização global e UFSC

05/02/2025 09:08

Lestada é evento extremo local que precisa de mais pesquisa.
Foto: Pixabay/Divulgação

As mudanças climáticas agravaram as inundações de janeiro registradas no litoral de Santa Catarina por conta do fenômeno conhecido como “lestada”. A constatação foi divulgada em documento da World Weather Attribution (WWA), organização mundial que atua para dar respostas ágeis e com evidências científicas sobre o impacto das mudanças climáticas em eventos extremos, como ondas de calor, tempestades e inundações.

A professora de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina Rodrigues, assinou a análise em colaboração com o pesquisador da organização, Ben Clark. “Esses eventos são comuns em anos de La Niña fraca, como ocorreu em dezembro de 1995, quando 165 milímetros de chuva caíram na região metropolitana de Florianópolis em 36 horas. No entanto, o volume de chuva do evento mais recente em um período tão curto não tem precedentes”, pontua o documento.

Regina explica que, como esse evento é muito localizado, não é possível fazer o trabalho de atribuição às mudanças climáticas porque os modelos utilizados pela organização não conseguem executar a simulação. “Porém, nesses casos, a gente levanta os dados e casos semelhantes (regiões próximas) para inferir que teve influência das mudanças climáticas, dado o volume das chuvas em tão pouco espaço de tempo”.

O estudo traz os dados do acumulado de chuva registrado em diversas cidades catarinenses e na capital, Florianópolis, que atingiu, em menos de 48 horas, quase o dobro de volume esperado para janeiro. “Até o momento, as tendências recentes apontam para um aumento significativo da precipitação extrema na região”, indica o estudo, que traz referências da literatura mundial e também do relatório do IPCC AR6, de 2023, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

Eventos duas vezes mais prováveis

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Evento extremo que atingiu SC é de difícil previsibilidade, aponta pesquisadora da UFSC

17/01/2025 15:02

Fenômeno transbordou laguinho no Campus de Florianópolis da UFSC. Foto: Caetano Machado/Agecom/UFSC

O evento extremo que atingiu parte do litoral de Santa Catarina nos últimos dias era de difícil previsibilidade, explica a professora Regina Rodrigues, da Coordenadoria Especial de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e referência nos estudos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo. De acordo com ela, por se tratar de um fenômeno local – popularmente conhecido como lestada – existe também um gap no conhecimento científico de sua natureza.

“São nuvens que os satélites não captam. A gente usa muitos dados de satélites para alimentar os modelos. Radares meteorológicos, sozinhos, não fazem previsão”, pontua. Segundo Regina, o radar auxilia os profissionais que estão utilizando os modelos na previsão, mas é preciso investimento em capacitação e recursos humanos para que situações como essas possam ser gerenciadas.

A pesquisadora também lembra que as lestadas são fenômenos locais, característicos da região. “Todo conhecimento que a gente tem é mais do Hemisfério Norte e de pesquisadores de países como Estados Unidos, Europa. Então por isso a gente sabe mais de eventos extremos que ocorrem lá. Esse evento é super localizado e a gente não tem o conhecimento científico, porque não há investimento nisso”.

Presente alterado pelas mudanças climáticas

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UFSC na mídia: Professoras da UFSC explicam extremos climáticos em série de TV

19/11/2024 14:48

Professora Marina Hirota em entrevista para a série Extremos do Clima. Foto: Reprodução/Globoplay.

As docentes Regina Rodrigues, da Coordenadoria de Oceanografia, e Marina Hirota Magalhães, do Departamento de Física e do Programa de Pós-Graduação em Ecologia (PosEco), ambas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foram entrevistadas para a série Extremos do Clima, produzida pela NSC TV, com seu primeiro episódio exibido nesta segunda-feira, 18 de novembro. A série está sendo exibida durante o mês da COP-29, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas no Azerbaijão, e foi ao ar no dia em que começou mais uma edição do G20, que está ocorrendo no Brasil neste ano.

O episódio foi focado no aquecimento global e na dificuldade da humanidade em combatê-lo. A cientista climática Marina faz uma comparação entre o aquecimento global e uma pessoa com febre. “O aquecimento global seria como se essa temperatura do corpo mudasse permanentemente para uma temperatura um grau e meio acima”, afirma, “permanentemente com febre.”

Professora Regina Rodrigues em entrevista para a série Extremos do Clima. Foto: Reprodução/Globoplay.

De acordo com a reportagem, a população está vivendo praticamente dentro de uma estufa. “Essa quantidade imensa de carbono vai se acumulando e vai prendendo esse calor e não deixando ele ir para o espaço”, explica a professora Regina. Além disso, Marina também pontua que 97% dos cientistas do clima concordam que isso tem a ver com as atividades humanas. “Isso é mais do que os pneumologistas concordam que o cigarro causa câncer de pulmão”, ressalta.

Assista as entrevistas na íntegra pelo Globoplay.

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Professora da UFSC representa Ministério do Meio Ambiente na COP 29

11/11/2024 16:00

Professora Regina vai à COP pela terceira vez (Foto: Mateus Mendonça)

A professora da coordenadoria de Oceanografia da UFSC, Regina Rodrigues, embarcou na última quinta-feira, 7 de novembro, rumo à Conferência Mundial do Clima, a COP 29, que começa nesta segunda-feira no Azerbaijão. Ela participará de discussões sobre oceanos, clima e a sociedade em uma das agendas científicas da COP. Regina representará a diretora do departamento de Oceanos do Ministério do Meio Ambiente, Ana Paula Prates.

O debate deve lançar um olhar atento ao chamado “sul global”, países que sofrem as consequências mais alarmantes dos extremos climáticos, mesmo sendo os que menos emitem gases de efeito estufa. Esta seria uma das causas da injustiça climática.

“Os ecossistemas oceânicos e as comunidades costeiras estão entre os afetados pelas alterações climáticas, mas também oferecem ações de adaptação e mitigação. Mostraremos exemplos de oportunidades de adaptação, governança e financiamento”, indica a sinopse do evento, marcado para o dia 14 de novembro, com moderação do pesquiasdor Matt Frost, da Plymouth Marine Laboratory, na Inglaterra.

A mesa também vai se ater a um tema que chegou a ser pauta em reuniões entre líderes do G20 – a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDCs) e como os oceanos podem ser incluídos nas discussões sobre os inventários de emissão de efeito estufa, já que são responsáveis por absorver parte dos gases presentes na atmosfera.

Regina lembra que os oceanos ajudam a conter o calor da atmosfera, mas isso faz com que a sua temperatura aumente e volte a impactá-la. Sem estratégias para conter esse calor, é possível que fenômenos extremos se intensifiquem, inclusive em regiões que já sofrem com desastres climáticos, como é o caso de Santa Catarina.

Esta não é a primeira participação de Regina na COP. No ano passado, ela fez parte do grupo de cientistas que lançou um estudo com alertas sobre o clima e o meio ambiente no mundo. Em 2022, ela palestrou, na programação do evento, junto à Organização Mundial de Meteorologia.

Na edição de 2024, além de representar o Ministério do Meio Ambiente, Regina também irá mediar uma mesa no Pavilhão Brasil, que receberá debates sobre o combate à mudança do clima e a transição justa, entre outros temas, além de exposições e apresentações culturais. A proposta foi aprovada pelo Comitê Técnico do Pavilhão Brasil, formado por representantes do governo federal, de fóruns de governo, do setor privado e da sociedade civil envolvidos na organização do espaço.

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UFSC na mídia: reportagem destaca onipresença da poluição por plástico no litoral brasileiro

11/11/2024 15:32

Garrafa plástica jogada na areia da praia do Pântano do Sul, em Florianópolis. Foto: Maurício Frighetto/DW Brasil.

O portal de notícias Deutsche Welle Brasil publicou no domingo, 10 de novembro, uma reportagem abordando a poluição por plásticos e microplásticos no litoral brasileiro, destacando a situação específica do Pântano do Sul. Recentemente, uma pesquisa divulgada pela ONG Sea Shepherd Brasil e pelo Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) identificou que a praia localizada no extremo sul da ilha de Santa Catarina tinha a maior concentração de resíduos plásticos entre 306 praias analisadas. Com o título “Pântano do Sul expõe desafio para manter praias limpas“, o texto explica que, apesar de alguns veículos de comunicação terem rotulado a região como a “praia mais poluída do Brasil”, os dados coletados são insuficientes para se fazer tal afirmação.
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Microplásticos vindos do porto de Itajaí chegam a praias de Florianópolis em até dois dias

26/09/2024 04:30

Um novo estudo verificou a rápida dispersão de microplásticos com origem no porto de Itajaí, em Santa Catarina. Esse material pode chegar às praias de Florianópolis, cerca de 80 quilômetros ao sul, em até dois dias. As constatações, que acendem um alerta para a gestão portuária sobre perda de materiais transportados em contêineres, estão em artigo na revista científica “Marine Pollution Bulletin” publicado nesta quinta-feira, 26 de setembro.

Assinado por pesquisadores das universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e do Espírito Santo (Ufes) e da Universidade de São Paulo (USP), o trabalho avaliou a trajetória de microplásticos primários, conhecidos como pellets, lançados dos portos de Itajaí e de Imbituba, este ao sul de Santa Catarina. Os pellets são pedaços de plástico com cerca de cinco milímetros utilizados como matéria-prima para a fabricação de produtos maiores pela indústria.

A equipe realizou simulações mensais durante um ano, levando em conta que as condições de circulação no oceano variam de acordo com os meses e podem afetar a direção e a velocidade do material. O estudo se baseia em modelo de dispersão de partículas que considera condições como temperatura, salinidade e fluxo da água para prever a movimentação dos pellets e em quais regiões eles tendem a se depositar.
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Pesquisadores da UFSC emitiram diferentes alertas sobre intensificação de extremos climáticos

07/05/2024 17:03

Zona norte de Porto Alegre atingida pelas cheias. Foto: Alex Rocha/PMPA/Divulgação

Em diferentes estudos, relatórios e entrevistas ao longo dos últimos meses, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançaram dados, alertas e informações sobre a intensificação de eventos climáticos extremos, com ênfase nos riscos de inundações e secas nas diferentes regiões do país e na necessidade de preservação das florestas e em zerar emissões de carbono.  Em linhas gerais, esses alertas, geralmente realizados em parcerias com cientistas de instituições ao redor do mundo, traçam panoramas sobre como o aquecimento do planeta e fenômenos como o El Niño e as queimadas compõem esse sistema.

Temperatura recorde – O aumento da temperatura na terra é apontado por cientistas como principal causador dos eventos extremos. O ano de 2023 foi o mais quente já registrado na história, com 50% dos dias acima do limiar de perigo. Esse aquecimento gera efeito nos oceanos, que também aquecem. Isso provoca secas, inundações, além de ondas de calor e frio. O assunto foi abordado pelo relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).

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Retenção de carbono nos oceanos – O fenômeno tem a ver com o excesso de carbono que circula na atmosfera: 90% desses gases são retidos pelos oceanos. O calor nos oceanos, por sua vez, cada vez mais intenso, pode ocasionar mais fenômenos como ciclones e flutuações nas chuvas. Um grupo de cientistas do Programa Mundial de Pesquisa Climática (WCRP) da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) liderado pela professora Regina Rodrigues, do Departamento de Oceanografia da UFSC, redigiu uma declaração alertando para o recorde recente. Os cientistas já mostravam que esses casos poderiam aumentar em frequência, duração e intensidade se não ocorrerem esforços dramáticos de mitigação e adaptação.
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Oceanografia promove palestra sobre Carbono Azul e fluxos de água subterrânea para o Oceano

22/11/2023 10:32

O Programa de Pós-Graduação e a graduação em Oceanografia promovem, nesta quinta-feira, 23 de novembro, às 10h, o evento Carbono Azul e Fluxos de Água Subterrânea para o Oceano, no Auditório do Centro de Ciências Biológicas, no Córrego Grande. O evento é aberto ao público e será ministrado pelo egresso Alex Cabral. Ele falará sobre diversos ecossistemas ao redor do mundo, pesquisa que desenvolve pelo Laboratório de Biogeoquímica Marinha da Universidade de Gotemburgo, na Suécia, incluindo os projetos que vêm sendo realizados no Brasil e Florianópolis, em parceria com a UFSC.

Os ecossistemas costeiros-marinhos são importantes sorvedouros de gás carbônico atmosférico de origem antropogênica. O carbono azul representa todo o gás carbônico fixado pelos sistemas costeiros vegetados como os manguezais, marismas, gramas marinhas e algas. No entanto, técnicas recentes associadas a traçadores geoquímicos revelaram que essas taxas de fixação podem estar subestimadas devido, sobretudo, ao carbono azul que é estocado nos sedimentos e que fluem para o oceano.

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UFSC na Midia: professora da UFSC comenta sobre o El Niño no jornal O Globo

20/11/2023 11:31

A professora de oceanografia e clima da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora de Desastres Naturais da Rede Clima, Regina Rodrigues, apontou, em entrevista para O Globo, que este El Niño, fenômeno climático em que acontece o aquecimento das águas do oceano Pacífico, é um dos mais fortes e já está 1,8ºC mais quente – o suficiente para classificá-lo na categoria de intenso para mais intenso.

O texto explica que os extremos climáticos no Brasil vão se agravar ainda mais, à medida que o El Niño avança para o seu pico em dezembro. Piorando ainda mais as chuvas no Sul, a seca na Amazônia e mais calor no Centro-Oeste e Sudeste. “Este El Niño começou a se manifestar no Brasil com um calor maior generalizado e chuvas torrenciais no Sul. A seca na Amazônia era esperada no verão e começou no fim do inverno. Deve continuar a piorar e atingir com força o Nordeste no início de 2024, com falha na estação chuvosa, que normalmente começaria em março”, advertiu Regina em entrevista para O Globo.

A professora apontou, ainda, que o solo da Região Norte e do Semiárido do Nordeste está muito seco, potencializando a gravidade. A parte mais visível na Amazônia é a dos rios secos, incluindo o Rio Amazonas, o maior do mundo em vazão, o Rio Negro e o Rio Madeira, com níveis historicamente menores.

Confira a notícia na íntegra.

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UFSC na Mídia: portal Deutsche Welle Brasil destaca pesquisa sobre alargamento de praias

16/11/2023 13:48

Uma  Nota Técnica divulgada pelo programa de pesquisa e extensão Ecoando Sustentabilidade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi destaque em uma reportagem publicada na quarta-feira, 15 de novembro, no portal de notícias Deutsche Welle Brasil. Com o título “Os prós e contras de alargar as praias de Santa Catarina“, a matéria cita diversos trechos da nota, que analisa a prática, cada vez mais recorrente, de alargamento de praias no litoral de Santa Catarina. A reportagem também entrevistou o professor Paulo Roberto Pagliosa Alves, dos cursos de Oceanografia e Geografia da UFSC, e um dos autores da pesquisa. 
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Seminário discute impacto de ondas de calor em recifes de corais

18/09/2023 14:28

O Programa de Pós-Graduação em Oceanografia e o Laboratório de Extremos Climáticos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promovem um seminário sobre o impacto de ondas de calor marinhas em recifes de corais do Atlântico Tropical, com a pesquisadora do Institut de Ciències del Mar de Barcelona, Camila Artana. O evento ocorre nesta terça-feira, 19 de setembro, das 9h às 10h, no auditório do Programa de Pós-Graduação em Química, no Campus de Florianópolis. 

A atividade é gratuita e aberta a todo o público. Não é necessário realizar inscrições.

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Liderado por pesquisadora da UFSC, grupo mundial alerta para recorde na temperatura oceânica

06/09/2023 16:56

Embranquecimento de corais é sinal de alerta. Foto: WMO/Divulgação

Um grupo de cientistas do Programa Mundial de Pesquisa Climática (WCRP) da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) liderado pela professora Regina Rodrigues, do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), redigiu uma declaração alertando para o recorde recente no aquecimento dos oceanos.  Os pesquisadores consideram que esses casos podem aumentar em frequência, duração e intensidade se não ocorrerem esforços dramáticos de mitigação e adaptação.

O documento indica que as temperaturas médias globais dos oceanos estão atualmente em um nível nunca registrado anteriormente, com 27% do oceano global com extremos de temperatura. Segundo a professora, com a previsão do fenômeno El Niño para o final do ano essa situação pode se agravar, pois o El Niño é um dos principais mecanismos de geração de ondas de calor marinhas globalmente.

“Além dos ecossistemas, o calor dos oceanos é uma importante fonte de energia que alimenta ciclones tropicais. As ondas de calor marinhas no Oceano Índico tropical contribuem para a rápida intensificação dos ciclones e das flutuações nas chuvas das monções da Índia”, explica. O texto da declaração menciona, ainda, outros impactos causados pelo fenômeno. “Sabemos que as ondas de calor marinhas resultam em milhares de milhões de dólares em danos aos ecossistemas marinhos e a indústrias da pesca e do turismo”, destaca a pesquisadora, que no ano passado participou da conferência do clima da Organização das Nações Unidas.

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Curso gratuito de formação para o enfrentamento da emergência climática recebe inscrições

08/08/2023 14:48

O curso “Formação em ciência cidadã e cultura oceânica para o enfrentamento da emergência climática” recebe inscrições de interessados até 18 de agosto. A atividade, que é gratuita e aberta a todos, é organizada pela equipe do projeto Escolas à Beira Mar, que faz parte do programa Ecoando Sustentabilidade, formado por vários laboratórios e pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além de parceiros externos. As inscrições devem ser feitas neste link.

As aulas começam no dia 16 de agosto e vão até 20 de setembro, e ocorrem na modalidade on-line, por meio da plataforma de ensino Moodle, das 19h às 21h. Os participantes receberão certificado de 30 horas. O curso é coordenado por Alessandra Larissa Fonseca, professora do curso de Oceanografia da UFSC, e Maya Ribeiro Baggio, da Agência de Gestão e da Educação Ambiental (AGEA). A ementa e o cronograma do curso estão disponíveis aqui.

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Laboratório de Dinâmica dos Oceanos seleciona bolsistas de pós-doutorado para projeto especial

16/05/2023 14:36

A Coordenadoria Especial de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está selecionando dois bolsistas de pós-doutorado para atuarem em projeto especial do Laboratório de Dinâmica dos Oceanos (LabDinO), em Florianópolis. Os candidatos irão trabalhar de forma cooperativa com uma equipe multidisciplinar de pesquisadores em clima e oceanografia e com os desenvolvedores de um software que irá apresentar informações climáticas para diferentes públicos. O valor da bolsa é de R$ 6.957,00, com previsão de duração de 30 meses. O início do trabalho será na segunda semana de junho, com possibilidade de negociação. O regime de trabalho é de 40 horas semanais, com dedicação exclusiva e atuação presencial.

Os bolsistas irão colaborar com o projeto Avaliação de Médio Termo das Condições Meteoceoanográficas nas Bacias de Santos, Campos e Espírito Santo com Base nos Resultados dos Modelos do CMIP6, coordenado pelo professor Antonio Fetter. A pesquisa visa a construção de um sistema de informações climáticas para uso nas operações e processos de tomada de decisão da Petrobras. Os requisitos para concorrer à bolsa são: PhD em Ocenografia Física, Meteorologia, Estatística ou área correlata. Para se candidatar, é preciso enviar currículo lattes e carta curta de apresentação, descrevendo atuações na área e como tais experiências serão benéficas para o desenvolvimento do projeto de pesquisa, para o seguinte e-mail antoniofetter@gmail.com – até 30 de maio. É recomendado que os candidatos informem também o contato de dois pesquisadores com os quais já tenham trabalhado. Haverá entrevista online.

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UFSC na mídia: professora fala sobre falta de diversidade na ciência climática a programa da BBC World Service

19/04/2023 08:30

As dificuldades de pesquisadores do Sul Global e a falta de diversidade na ciência climática foram dois dos temas abordados pela professora da UFSC Regina Rodrigues em entrevista ao programa de rádio da BBC World Service, intitulado The Climate Question, em tradução livre A questão climática. Ela foi ouvida em uma edição voltada a discutir a história da ciência climática e pontuou aspectos sobre o impacto da falta de recursos e investimentos em pesquisas sobre o Atlântico Sul.

O programa traz como ponto de partida o papel da americana Eunice Newton Foote como precursora da ciência do clima. Em 1856, ela descobriu que níveis mais altos de dióxido de carbono aqueceriam o planeta, mas não recebeu o crédito pela descoberta da mudança climática. “Celebramos o papel de Foote na ciência do clima, recriando seu experimento pouco conhecido e perguntando se existem algumas vozes que continuam a ser negligenciadas na ciência do clima hoje – e como superamos esses pontos cegos climáticos”, indica a sinopse do programa, disponível também online.

Além da professora Regina Rodrigues, que é professora de Oceanografia Física e Clima, participam do edição a pesquisadora e ativista climática Alice Bell e a professora Andrea Sella, da University College London. Elas debatem a existência de pontos cegos nos estudos sobre clima, como a falta de recursos para pesquisas climáticas no Sul Global e as consequências das mudanças climáticas na saúde de populações periféricas.

A falta de um olhar mais apurado para continentes como a África e América do Sul e a predominância de uma ciência produzida por homens do Norte Global são tematizadas no programa. “O oceano Atlântico Sul foi flanqueado por países de baixa renda que lutam para financiar os altos custos da pesquisa oceanográfica. Por exemplo, um navio de pesquisa pode causar de 3.000 a 8.000 libras por dia no mar”, lembra a professora da UFSC, que acrescenta que o acesso a dados gratuitos também está cada vez mais difícil, porque depende de computadores de alto desempenho, igualmente caros.

A pesquisadora lamenta que, mesmo havendo ideias inovadoras e pesquisas criativas sobre a física dos oceanos no país, a falta de recursos adicionais é um entrave para o seu andamento. “Isso deixa enormes pontos cegos em nossa compreensão de como as mudanças climáticas funcionam. E o Atlântico Sul desempenha um papel crucial na regulação do clima global”. Regina Rodrigues também falou sobre a South Atlantic Meridional Overturning Circulation Iniciative, que envolve cientistas da Argentina, Brasil, França, Itália, Alemanha, Holanda, Reino Unido e Estados Unidos com o objetivo de compartilhar objetivos científicos bem definidos e recursos de base.

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Professora da UFSC defende que o conhecimento sobre mudanças climáticas deve considerar as pessoas

11/03/2022 13:11

Existe uma lacuna entre a produção de conhecimento científico sobre as mudanças climáticas e o uso efetivo dessas informações pelos poderes públicos e pela sociedade de forma geral. Parte disso ocorre devido a abordagens de “cima para baixo”, que desconsideram os contextos locais. A professora Regina R. Rodrigues, do curso de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e seu colega Ted Shepherd, da Universidade de Reading, argumentam que, para tornar as informações científicas sobre as mudanças climáticas úteis e aplicáveis para adaptação, é necessário explorar a beleza das pequenas coisas.

Na edição de inauguração da nova revista científica da Academia Americana de Ciências PNAS Nexus, os pesquisadores publicaram o texto “Small is beautiful: climate-change science as if people mattered”, fazendo referência ao livro Small is Beautiful (1973), de E.F. Schumacher. Na obra, o autor questiona como seriam os sistemas econômicos se estes fossem pensados “como se as pessoas importassem”.
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Empresa Júnior da UFSC vence Maratona Oceanográfica de Inovação

29/11/2021 17:42
A Tétis Empresa Júnior de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) conquistou o 1º lugar da Maratona Oceanográfica de Inovação, que busca desenvolver o empreendedorismo da área por meio da exposição de oportunidades e soluções inovadoras para as adversidades dos estudos oceanográficos.  Para isso, cada equipe teve que elaborar um pitch,  que é uma apresentação breve para detecção e validação de uma oportunidade ou um problema real, até a criação de uma solução e de seu modelo de negócio. O grupo desenvolveu um projeto que promoveu o monitoramento das emissões de carbono nas embarcações na costa brasileira por meio de dados meteoceanográficos.
A equipe vencedora incluiu representantes da Tétis e outros alunos do curso. Os estudantes participantes são: Francielle Holtz (membra efetiva da Tétis); Camila Costa (trainee da Tétis, fez o pitch ao vivo e defesa); Rafael Drehmer (trainee da Tétis); Bernardo Zen (trainee da Tétis); Giulia Brocado; Khauany Poleza; e Letícia Volcov Alves.
A Maratona é promovida pela Associação Brasileira de Oceanografia e contou com a participação de cerca de 100 estudantes e professores de 12 cursos de Oceanografia do Brasil, divididos em 14 equipes sob a supervisão de seus tutores, e orientados por mais de 20 mentores voluntários. Das 14 equipes, oito ficaram entre as finalistas e foram avaliadas por uma banca de sete jurados, no sábado, 27 de novembro, premiando o projeto da Tétis.

A Tétis Empresa Júnior de Oceanografia foi fundada em 2009 por estudantes da graduação que viram uma maior necessidade de uma abordagem mais empresarial do curso, porém ela só foi oficialmente reconhecida pelo centro em 2017. A organização é responsável pela realização de palestras e cursos de práticas sustentáveis em empresas, escolas e comunidades, assim como fonte de pesquisa e divulgação de eventos na área das ciências do mar. 

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Tétis Empresa Júnior de Oceanografia da UFSC conquista 2º lugar na categoria revelação em evento nacional

21/09/2021 08:09

A Tétis Empresa Júnior de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) conquistou o 2º lugar na categoria EJ Revelação do Encontro Nacional de Empresas Juniores (ENEJ), realizado entre os dias 17 e 19 de setembro. O evento, que reúne as empresas juniores de todo o país, ocorreu de forma on-line e, este ano, foi sediado em Pernambuco.

No ENEJ21 houve a premiação de empresas juniores que se destacaram ao longo do ano. A categoria EJ Revelação destaca as empresas juniores que entraram em suas respectivas federações e, no mesmo ano, conseguiram um faturamento alto, “conseguindo proporcionar uma boa vivência empresarial para os membros e conseguindo reinvestir neles através de capacitação e conhecimento”. A Tétis Empresa Júnior de Oceanografia obteve quase 45 mil reais de faturamento em seu ano de estreia.

“O prêmio reflete a dedicação do grupo da Tétis, mesmo neste momento de pandemia. Conseguiram se organizar,  dando uma nova cara para Tétis, com diversas diretorias e captando mais alunos; acharam uma estratégia para captar recursos através de eventos e oferecimento de curso”, salienta o professor Antonio Klein, que coordena a EJ.

Para Giulia Pardini, vice-presidente da Tétis, o prêmio representa um grande marco na história da EJ. Ela destaca que a empresa júnior possui 12 anos de existência e, mesmo com projetos de destaque, como Oceano Limpo e Oceano Limpo II nos anos de 2017 e 2018 (iniciativas que visaram à conscientização e limpeza de praias), enfrentou alguns obstáculos, como a não aceitação da criação da empresa júnior no centro de origem do curso de Oceanografia, a dificuldade da regularização perante a lei e os mais de três anos buscando a adesão da Tétis à Federação de Empresas Juniores do Estado de Santa Catarina (FEJESC).

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Professora da UFSC destaca principais aspectos revelados em novo relatório internacional sobre mudanças climáticas

10/08/2021 18:05

“Changing”, da artista Alisa Singer, que ilustra o relatório do IPCC acompanhada da seguinte legenda: “As we witness our planet transforming around us we watch, listen, measure… respond.”

O novo relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas – IPCC, na sigla em inglês: Intergovernmental Panel on Climate Change – acaba de ser divulgado, evidenciando a relação entre o aquecimento global e eventos catastróficos que têm se mostrado cada vez mais constantes: extremos de calor e de frio, queimadas devastadoras, longos e intensos períodos de seca, chuvas e enchentes torrenciais.

As mudanças climáticas estão entre os maiores problemas que enfrentamos na atualidade. Para solucioná-lo, são necessárias ações coordenadas entre países de todo o mundo. A compreensão de que ações locais podem gerar consequências – positivas ou negativas – em escala planetária, motivou a criação de uma organização científica de caráter intergovernamental.
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Equipe da UFSC trabalha com dados inéditos captados por equipamentos complexos instalados no fundo do oceano

26/07/2021 08:40

Uma pesquisa que irá desvendar questões sobre as profundezas do mar está prestes a ter seus primeiros resultados processados pela equipe de cientistas do projeto Monitoramento Sismológico e Oceanográfico de um Segmento na Margem Sudeste do Brasil: Norte da Bacia de Santos ao Sul da Bacia do Espírito Santo, liderado pela Universidade Federal de Santa Catarina e coordenado pelo professor Antonio Henrique da Fontoura Klein. No artigo ​​New horizons in Brazilian Seismology: expanding seismic monitoring to offshore South East Brazil, os cientistas relatam e descrevem os dados coletados pelos sismógrafos instalados no fundo do Oceano e recuperados em um cruzeiro realizado entre os dias 12 e 25 de junho de 2020. A pesquisa tem a parceria do Observatório Nacional.

Sismógrafos do fundo oceânico trarão dados inéditos (Fotos de Divulgação)

 

Estes são os primeiros sismógrafos de fundo oceânico (Ocean Bottom Seismometer – OBS) implantados para estudos sismológicos de longa duração em território brasileiro realizado por uma equipe de pesquisadores brasileiros. Sismógrafos são equipamentos utilizados para detectar os movimentos do solo. O pesquisador Diogo Luiz de Oliveira Coelho, pós-doutorando na UFSC e integrante da equipe, explica que estes, do fundo dos oceanos, são fabricados para suportar as grandes pressões no fundo do mar, por isso são mais complexos que uma estação sismográfica do continente.

A equipe ainda trabalha na análise dos dados, mas já identificou que os OBSs conseguem registrar os grandes terremotos que acontecem no planeta, além de um grande número de eventos sísmicos de curta duração. “Esses eventos de curta duração têm várias fontes potenciais, como micro-terremotos, atividades da fauna marinha e pequenas mudanças no solo do assoalho oceânico. Além disso, também podem estar associados às emissões de gases do fundo do mar”, conta o pesquisador. A vocalização das baleias e a movimentação de animais no fundo oceânico, como caranguejos e polvos, por exemplo, também são captados pelo aparelho.

Cruzeiro levou equipe para instalar e também retirar os equipamentos

O OBS é composto por duas esferas de um vidro projetado para resistir às grandes pressões. Sua instalação se dá em águas profundas e ultraprofundas, entre 1000 e 2000 metros. Nelas, há um sistema de comunicação e recuperação e de coleta e armazenamento dos dados. “Já no centro do equipamento existe um compartimento para o sismômetro, equipamento que registra a movimentação do fundo oceânico”, explica.

A instalação ocorreu em um cruzeiro realizado entre 24 de julho e 06 de agosto de 2019, com seis equipamentos erguidos até a superfície do mar por meio de um guindaste e posteriormente liberados para mergulharem em queda livre até repousarem no assoalho oceânico. Destes seis, cinco foram recuperados – quatro no cruzeiro de recuperação e um encontrado em uma praia catarinense. “Próximo ao local onde foram instalados os equipamentos, enviou-se um comando, através de um mecanismo de liberação acústico, para fazer com que os OBSs liberassem os pesos de concreto e flutuassem para a superfície do mar. A dificuldade em recuperá-los está associada às condições do equipamento no fundo do mar, onde qualquer problema pode acarretar na perda dos dados ou do equipamento, como aconteceu com um OBS”, diz Coelho.

Os dados registrados pelos sismógrafos serão tratados e analisados em diferentes frentes. O projeto pretende realizar o monitoramento sismo-oceanográfico para mapear atividades sismológicas, suscetibilidades a processos gravitacionais e conhecimento de massas de água e correntes associadas, bem como a presença de ondas internas que interajam com o substrato marinho. Isso servirá de subsídio para a análise de deslizamentos marinhos e para o planejamento de implantação de infraestrutura submarina.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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‘Cidades Resilientes, o planejamento a partir das águas’ é tema de roda de conversa nesta sexta

15/07/2021 16:46

O projeto Ecoando e o Roda das Águas promovem a roda de conversa ‘Cidades Resilientes, o planejamento a partir das águas’ nesta sexta-feira, 16 de julho, às 19h. A atividade faz parte da série de diálogos sobre o planejamento territorial saudável e justo do território da Baixada do Massiambu e do litoral de Santa Catarina. O evento será transmitido ao vivo pelo canal do Youtube do projeto Ecoando.

A conversa abordará as estratégias para a sustentabilidade e a justiça social, econômica e ambiental no território catarinense. Também será tratada a importância do zoneamento como instrumento para salvaguardar as águas e os riscos que se corre quando o desenho natural não é respeitado.

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