UFSC terá pesquisa sobre câncer com equipamentos de ponta e ganha novos laboratórios

MultiCell é um dos espaços inaugurados e vai atuar na criopreservação celular e a capacitação de recursos humanos em técnicas de cultivo e propagação de células animais para fins biotecnológicos. Foto: Divulgação/UFSC
Três laboratórios com novos equipamentos para a execução de pesquisas de ponta foram oficialmente inaugurados nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, no Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O complexo de laboratórios multiusuários foi viabilizado com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc) e vai ser base, entre outras coisas, para as pesquisas do recém formalizado Instituto Multidisciplinar de Pesquisas do Câncer e Tratamentos Oncológicos (Impacto) da UFSC.
O professor Edroaldo Lummertz da Rocha é o coordenador do Centro de Inovação Biotecnológica e Molecular (CinBio), que recebeu aproximadamente R$2,5 milhões em recursos para a compra de três equipamentos de grande porte, inéditos em Santa Catarina. “São equipamentos que poderão ser usados em outras pesquisas e para estudar qualquer tipo de doença, mas para nós são importantes para as pesquisas do câncer”, comenta.
O Citômetro de fluxo, por exemplo, faz análises imunológicas e de tipos celulares, como se fosse uma anatomia da célula. “O uso geral é para definir a composição celular de amostra de tecido ou órgão. Com ele é possível quantificar muito mais moléculas simultaneamente”, explica o professor. O equipamento, que em universidades é escasso, foi instalado em agosto e utilizado cerca de dez vezes para pesquisas sobre o câncer de mama.
Um outro equipamento inédito e que agora é operado no novo espaço da UFSC é o TapeStation, capaz de analisar fragmentos de RNA para entender, por exemplo, quais genes são expressos nas células relacionadas ao câncer com relação às saudáveis. No laboratório, a equipe utilizou para gerar a primeira coleção de genes mais aberrantes em camundongos com câncer de mama e sem câncer de mama. “O equipamento faz sequenciamento de última geração de amostras biológicas associadas ao câncer. Com ele é possível verificar como inibir processos de metástase”, explica.
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