Presença do Brasil na Antártica completa 40 anos com apresentação das contribuições da UFSC

17/07/2024 07:50

Navio brasileiro Barão de Teffé participou das primeiras expedições à Antártica. Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

Há 40 anos, o Brasil estabelecia sua base de pesquisa na Antártica, o continente gelado mais ao sul do mundo. Em fevereiro de 1984, iniciava-se a implantação da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), inaugurando desafios ímpares para os exploradores do território inóspito, bem como para a ciência nacional. Essa história será lembrada no simpósio 40 anos do Brasil na Antártica, promovido pela Associação de Pesquisadores e Educadores em Início de Carreira sobre o Mar e os Polos (APECS-Brasil) e pela Escola Superior de Defesa (ESD) do Ministério da Defesa, com o apoio da Association of Polar Early Career Scientists (APECS). O evento começa nesta quarta-feira, 17 de julho, na ESD, em Brasília (DF). A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participará mostrando 10 anos de contribuição de pesquisas relacionadas à Antártica, com seis mulheres cientistas ligadas à Universidade entre todos os palestrantes.

 Muitas das contribuição da UFSC à pesquisa e à exploração do continente gelado são nas áreas de psicologia, saúde e segurança. Nesse sentido, o Laboratório Fator Humano, do Centro de Filosofia e Ciência Humanas (CFH), é pioneiro. “Esse é o primeiro laboratório nacional com temas em psicologia, anteriormente um projeto de medicina também incorporou aspectos psicológicos. O trabalho iniciou com a proposta de reproduzir estudos internacionais, focando na questão dos estressores, com um artigo escrito nessa direção de mapeamento. Posteriormente, avançamos com questionamentos sobre a qualidade do sono até chegarmos a um modelo conceitual de comportamento seguro, que foi a base para o desenvolvimento de um sistema na forma de programa de atenção à saúde e à segurança”, explica o professor Roberto Moraes Cruz, coordenador do Laboratório Fator Humano.

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SpaceLAB da UFSC participa de testes para criar constelação de pequenos satélites

21/06/2024 14:56

Estudantes de graduação e pós compõem equipe que realizará os testes no INPE. Foto: Divulgação/SpaceLab/UFSC

Pesquisadores do Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais (SpaceLab) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estarão no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em São José dos Campos (SP), entre 24 e 28 de junho, para uma série de testes no Laboratório de Integração e Testes (LIT). O trabalho faz parte da missão Global Open Collecting Data System (GOLDS), que visa a criação de uma constelação de pequenos satélites para a coleta de dados ambientais. O GOLDS é uma iniciativa colaborativa entre a UFSC, o INPE e a Agência Espacial Brasileira (AEB).

A missão GOLDS-UFSC também pretende desenvolver tecnologias avançadas e soluções para a engenharia aeroespacial, além de fomentar a cooperação interinstitucional e a formação de recursos humanos qualificados, promovendo avanços na ciência e tecnologias espaciais.

Criado pela equipe do SpaceLab da UFSC, o GOLDS-UFSC quer validar em órbita o funcionamento do equipamento Environmental Data Collector (EDC), que é um módulo para uso em satélites desenvolvido pelo INPE para recepção de pacotes de dados transmitidos a partir de estações de coleta de informações ambientais localizadas em todo o território nacional.

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UFSC na mídia: pesquisa sobre oferta e realização de abortos no Brasil é destaque na Globo News

14/06/2024 14:14

Apenas 3,6% das cidades brasileiras oferecem procedimento pela rede pública. Foto: Reprodução/Globo News

A pesquisa realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que buscou mapear e caracterizar a oferta e a realização de abortos previstos em lei no Brasil foi destaque na reportagem da Globo News. A pesquisadora Marina Jacobs, autora da pesquisa, concedeu entrevista para o canal nesta quarta-feira, 12 de junho.

Durante a entrevista, Marina explicou que a criminalização do aborto gera diversas dificuldades para as pessoas acessarem esse serviço. Muitas vezes, quando conseguem chegar ao serviço, são solicitados documentos desnecessários ou as pessoas são tratadas com desconfiança, pontuou a pesquisadora.

Sua pesquisa mostra que apenas 3,6% dos municípios brasileiros oferecem o serviço de aborto legal nas redes de saúde. Ela também traz foco para a estimativa de que 20 mil mulheres engravidem por estupro a cada ano no Brasil, enquanto são realizados 2 mil abortos legais por ano no país. 
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Brasil aprova Participação Social em Saúde na OMS com auxílio de pesquisadora da UFSC

12/06/2024 17:24

Assembleia ocorreu em Genebra, na Suíça. Foto: Antoine Tardy/Divulgação/OMS

A 77ª Assembleia Mundial da Saúde (World Health Assembly, na sigla em inglês) aprovou por consenso uma resolução inédita que legitima a Participação Social em Saúde, informa o Conselho Nacional de Saúde, em seu site. A resolução – proposta por 27 países, entre eles o Brasil – determina que a sociedade civil influencie na tomada de decisões em todo ciclo das políticas públicas de saúde, de forma transparente, em todos os níveis dos sistemas de saúde. A assembleia é um evento da Organização Mundial de Saúde (OMS), que foi promovido entre o final de maio e início de junho de 2024, em Genebra, na Suíça.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem uma pesquisadora entre os membros do Conselho Nacional de Saúde que participou da assembleia da OMS. A professora Silvana Nair Leite, do Departamento de Ciências Farmacêuticas da UFSC, atuou no apoio e na negociação para aprovação da proposta entre os membros da OMS. A professora, que também atua no Conselho Municipal de Saúde de Florianópolis, participou de reuniões com a comissão para implementação da participação social, deliberações com outras entidades representadas na assembleia na Suíça e atividades paralelas promovidas por outras instituições internacionais.

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Veleiro da UFSC acompanha ultramaratona de natação com desafio ambiental

17/05/2024 16:16

Ultramaratonista deve nadar 36 quilômetros entre Porto Belo e Itajaí

O Veleiro Eco, veículo elétrico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) utilizado em expedições científicas com a missão de pesquisar, monitorar e proteger a vida dos ecossistemas marinhos, participou de um novo desafio: acompanhar uma ultramaratona aquática que reuniu apoiadores para a realização de um nado com mínima emissão de carbono e de reduzida geração de resíduos.

A atleta catarinense Sandra Koch nadou por uma distâncias de quase 36 quilômetros, percorrendo 16 praias de quatro municípios do litoral catarinense, área denominada Costa Verde e Mar, na segunda-feira, 20 de maio. A largada, inicialmente prevista para madrugada de domingo, ocorreu por volta das 3h30 da segunda-feira, devido às condições climáticas.

A nadadora partiu da Praia do Araçá, em Porto Belo. A chegada estava prevista para a Praia de Cabeçudas, em Itajaí. Porém, por medida de segurança, a prova foi interrompida, por decisão da equipe técnica, quando Sandra estava a 800 metros do destino. Havia forte correnteza, causada pelo encontro com as águas do Rio Itajaí-Açu.

A nadadora lutou e chegou a alcançar o equivalente a 42 quilômetros de distância em braçadas – considerando equipamento que afere a distância pelo esforço físico da atleta. A prova foi homologada com ressalva pela Federação Aquática de Santa Catarina (FASC), que estuda incluir o trajeto no calendário oficial de competições.

Durante todo percurso, foram coletadas amostras para a medição de presença de microplásticos na água do mar. O resultado das medições será apresentado no 20º Congresso Latino-americano de Ciências do Mar, marcado para agosto, em Itajaí.

As amostras de água serão analisadas em laboratório da UFSC para medir a quantidade de microplásticos identificados. Os resíduos, com medida inferior a 5 mm, contaminam os oceanos, afetando o equilíbrio do ambiente marinho.

De acordo com os organizadores, o desafio Costa Verde e Mar teve o objetivo de chamar a atenção para as condições de balneabilidade do litoral catarinense e conscientizar sobre a necessidade de reduzir a geração de lixo e de emissão de gás carbônico em todas as atividades diárias. Sandra, uma atleta de 49 anos, participa de maratonas e ultramaratonas. Entre suas principais conquistas, estão o recorde do desafio Ilha do Arvoredo, em Bombinhas (25 km em 2018) e a prova Amazon Challenge, em Manaus (30 km em 2023).
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UFSC implementa modalidade pioneira de estágio de Pós-Mestrado

19/01/2024 11:32

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aprovou a Resolução Normativa Nº 187/2023/CUn, que implementa a modalidade de estágio de Pós-Mestrado. A oficialização aconteceu em 11 de janeiro, data em que a resolução foi publicada no Boletim Oficial da UFSC.

Momento da votação realizada pelo Conselho Universitário.
Foto: Kauê Alberguini/Secom/UFSC

A proposta foi elaborada pela Pró-Reitoria de Pós-Graduação (Propg) e aprovada por votação realizada em sessão ordinária do Conselho Universitário, em 12 de dezembro de 2023. O projeto esteve em caráter experimental até 2023, e passa agora a funcionar de forma definitiva.

Segundo o pró-reitor de Pós-Graduação, Werner Kraus Junior, a modalidade pode ser considerada pioneira entre as universidades do Brasil. “Existem outras universidades que prevêem o registro de pesquisador colaborador, que inclui portadores do diploma de mestrado. Porém, a UFSC passa a ser a única a ter categoria específica nesse nível”.

O ingresso na modalidade é feito de maneira similar ao estágio de Pós-Doutorado: o Programa de Pós-Graduação (PPG) que oferece a vaga é responsável por estabelecer as condições e critérios de seleção dos candidatos, caso haja concorrência. Segundo a Resolução, “entende-se por estágio de Pós-Mestrado as atividades de pesquisa e/ou extensão realizadas junto ao Programa de Pós-Graduação da UFSC por portador do título de mestre, acompanhado por uma/um supervisora/supervisor”.

Na sessão do CUn foi aprovada a exigência de bolsa para os discentes inscritos na modalidade, que deve ser viabilizada por instituições de fomento ou via projetos de pesquisa e extensão. A duração do estágio será de no mínimo três e no máximo doze meses.

Kauê Alberguini/ Estagiário de Jornalismo da Secom/ UFSC

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UFSC terá sistema piloto de tratamento de água em pesquisa com a Petrobras

05/12/2023 09:08

Imagem ilustrativa (Tania Rêgo/Agência Brasil)

Um projeto para melhorar a qualidade da água utilizada em poços de petróleo vai resultar em um sistema em escala piloto desenvolvido por meio de uma parceria entre a UFSC e Petrobras. O projeto de R$ 4,8 milhões é coordenado pelo professor Marco Di Luccio, do Laboratório de Processos com Membranas (LABSEM), e conta também com a participação do professor Alan Ambrosi e da professora Débora de Oliveira. A execução é uma continuação de pesquisas já desenvolvidas pelo grupo que estuda tecnologias emergentes. O maior desafio relatado pela equipe é propor métodos de tratamento que utilizem sistemas compactos, eficientes e de custo competitivo.

A pesquisa, ligada ao Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, busca a aplicação de métodos emergentes de redução de biofilme em superfícies de membranas. Os processos utilizados são métodos físicos que pretendem melhorar o tratamento de água e consequentemente reduzir o uso de produtos químicos e a frequência das paradas para limpeza.A ideia é tornar o processo de tratamento mais sustentável.

Segundo o professor, isso causa perdas financeiras consideráveis por paradas para limpeza e substituição das membranas filtrantes. Com a parceria da UFSC, algumas modificações já vêm sendo aplicadas nas plataformas de extração de petróleo, apresentando resultados promissores. Duas unidades de permeação com membranas já foram utilizadas no projeto anterior, cujo termo de cooperação encerrou em 2022. Agora, um segundo sistema, maior, em escala piloto, está sendo construído e será instalado no campus da UFSC na Barra da Lagoa para simular o tratamento de água do mar que ocorre em uma plataforma de petróleo.
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UFSC na Mídia: embalagem inovadora criada pela UFSC é destaque no G1

21/11/2023 08:11

Uma embalagem inovadora criada pela Universidade Federal de Santa Catarina para alimentos foi destaque no G1, portal de notícias. O professor Pedro Luiz Manique Barreto, de Ciência e Tecnologia dos Alimentos da UFSC, falou sobre o produto que muda de cor indicando quando algo não deve mais ser consumido. A embalagem está em processo de patenteamento e foi testada preliminarmente com pescados.

Reprodução G1

Segundo o professor, queijos e embutidos serão testados na nova fase do projeto. “É uma embalagem inovadora que tem um potencial muito grande de vir para as prateleiras de supermercado. Trata-se de um ‘filme’ (película), que contém um composto sinalizador microencapsulado”, disse ele ao portal. Ainda conforme a notícia, o filme desenvolvido tem cor avermelhada. “Se o alimento estraga a película muda para verde. Essa alteração é o sinal de que houve deterioração e, portanto, não pode mais ser consumido”, diz o texto.

No caso dos pescados, o professor explicou que a mudança na coloração ocorre quando a embalagem entra em contato com gases (amônia) oriundos da degradação microbiana do pescado. Com os queijos e embutidos existem diferenças, já que queijos podem liberar amônia, mas o estudo pretende verificar se a mudança de pH do alimento pode indicar deterioração também.

Confira a reportagem completa aqui.

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UFSC e JBS assinam acordo para desenvolvimento de pesquisas sobre proteína cultivada

20/11/2023 19:03

Protocolo de intenções prevê pesquisa na área de biotecnologia de alimentos. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a JBS Biotech Innovation Center assinaram nesta segunda-feira, 20 de novembro, um protocolo de intenções para o desenvolvimento de ações conjuntas voltadas para pesquisa, desenvolvimento e inovação na área de biotecnologia de alimentos, em especial para a produção de proteína cultivada. O documento foi assinado pelo reitor, Irineu Manoel de Souza, e pelo CEO global da JBS, Gilberto Tomazoni, egresso do curso de Engenharia Mecânica da UFSC.

A proteína cultivada é basicamente um produto obtido através da multiplicação celular induzida a partir de uma pequena quantidade de células retiradas de um animal, sem necessidade de abate. As pesquisas têm o objetivo de chegar a um produto com textura e propriedades nutricionais semelhantes aos da proteína animal convencional.

Participaram da assinatura, realizada no gabinete da Reitoria, Gilberto Tomazoni, Luismar Porto, presidente do JBS Innovation Center e Fernanda Vieira Berti, vice-presidente do JBS Innovation Center e também egressa da pós-graduação da UFSC. Pela Universidade, além do reitor Irineu Manoel de Souza, o evento teve a presença do pró-reitor de Pesquisa e Inovação, Jacques Mick.

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Pós-Graduação em Farmacologia da UFSC abre vagas para ingresso no curso de mestrado

16/11/2023 14:25

O Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas para o processo seletivo para ingresso no curso de mestrado. Os interessados devem se inscrever até as 23h59, de 28 de novembro, através do site do Controle Acadêmico da Pós-Graduação (CAPG). Estão abertas quatro vagas. As inscrições são gratuitas. Outras informações sobre o edital estão disponíveis no site do departamento.

A matrícula para novos alunos deve ocorrer até 1º de março de 2024. Já as aulas iniciarão em 18 de março, no Departamento de Farmacologia da UFSC, no Campus de Florianópolis. O processo de seleção será realizado em duas etapas. A primeira consistirá em prova escrita. A segunda etapa será de análise e arguição do currículo Lattes e da carta de intenções dos candidatos. A seleção prevê a concessão de quatro bolsas de mestrado, com fomento pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

 

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PROPG promove seminário para debater implantação do estágio de pós-mestrado na UFSC

10/11/2023 10:22

A Pró-reitoria de Pós-Graduação (PROPG) promoverá um seminário de apresentação e discussão do estágio de pós-mestrado na UFSC, a ser realizado na sala Professor Ayrton Roberto de Oliveira — ­­­­­­­­­auditório da Sala dos Conselhos, no dia 14 de novembro, terça-feira, entre 14h e 16h.

Serão apresentados os resultados da avaliação do período de experiência realizado na UFSC de 2020 a 2024, bem como a proposta de Resolução Normativa que está em análise pelo Conselho Universitário (CUn).

“Será uma ótima oportunidade para se inteirar dos resultados obtidos nos primeiros três anos do período de experiência e debater as particularidades dessa modalidade de estágio que pode ser implantado definitivamente na UFSC de forma pioneira no Brasil”, destaca o pró-reitor Werner Kraus Jr.

O estágio de pós-mestrado está implantado de forma temporária na UFSC desde dezembro de 2019, por decisão da Câmara da Pós-graduação (CPG) com base em parecer do Conselho Universitário (Parecer 18/2019/CUn de 29/10/2019), o qual indicou a necessidade de período de experiência com essa nova modalidade de estágio antes da aprovação definitiva.

Nesse período experimental, foram registrados cerca de 50 estágios de pós-mestrado em 11 programas de pós-graduação. As avaliações realizadas tanto com programas que implantaram a modalidade quanto com outros que não o fizeram indicaram boa receptividade à proposta.

Após processo de consulta pública conduzida pela PROPG no período de 22/08 a 19/09/2023, que trouxe contribuições para aperfeiçoamento da minuta de resolução normativa, a Câmara de Pós-Graduação aprovou por unanimidade, na sessão do dia 28 de setembro, a indicação ao Conselho Universitário pela implantação definitiva do estágio de pós-mestrado na UFSC. A minuta de resolução normativa está, no momento, em análise pelo CUn.

Link para o processo no SPA – https://arquivos.ufsc.br/f/7ecf5c4bc2224356b70b/

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Visitantes da Sepex podem conhecer Parque Nacional em ação com Realidade Virtual

27/10/2023 12:25

O Programa de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração – Biodiversidade de Santa Catarina (PELD/BISC) apresenta pela primeira vez uma experiência imersiva criada para mostrar a biodiversidade do Parque Nacional de São Joaquim. Com óculos de Realidade Virtual, visitantes podem descobrir quatro paisagens — os campos de altitude, as matas nebulares, a Pedra Furada e o Morro do Baú — que estão na área de estudo do programa. O estande faz parte da Feira de Ciências da 20ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Experiência de Realidade Virtual atraiu mais de cem visitantes. Foto: Luiza Casali.

Esta é uma iniciativa do PELD/BISC para aproximar a ciência da comunidade. O projeto levou cerca de cinco meses para ser concluído e envolveu uma equipe de estudantes e pesquisadores da biologia, do jornalismo e do cinema.

A ideia partiu do coordenador do programa, Selvino Neckel de Oliveira, e contou com o apoio da Agência de Comunicação da UFSC, que forneceu equipamento para gravação do vídeo 360 e óculos de realidade virtual. Com duas visitas ao local, os integrantes puderam elaborar um vídeo 360 de aproximadamente cinco minutos que revela as paisagens do parque, onde ocorrem diversas pesquisas do programa.

Mais de cem pessoas já visitaram o estande, como a estudante de Ciências Biológicas da UFSC, Amanda Stuermer. “Achei muito legal porque eu já estive no parque, mas todas as vezes estava nublado. E parece que você está ali mesmo”, conta. O Morro da Igreja, de onde se observa a Pedra Furada, e o Morro do Baú estão entre os pontos mais altos de Santa Catarina.

A feira está aberta para visitação até sexta-feira, 27, às 18h, no Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no bairro Trindade. A equipe do PELB-BISC também pretende levar a experiência às escolas, que podem entrar em contato pelo e-mail para agendar a visita. Além disso, o vídeo 360 está disponível no Youtube para quem quiser assistir.


Luiza Casali / estagiária de Jornalismo da Agecom / UFSC

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Cultura, tecnologia e ciência: UFSC abre Rotas Temáticas à visitação com mais de 60 atividades

25/10/2023 15:00

Como parte da programação da 20ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex), a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai oferecer mais de 60 atividades diferentes,  separadas em Rotas Temáticas no Campus de Florianópolis, a partir da próxima quarta-feira, 25 de outubro, e até o final do evento, na sexta-feira, 27 de outubro. Em cada um desses dias, diferentes locais estarão abertos para receber a comunidade em horários programados.

As atrações incluem exposições artísticas, visitas a laboratórios de ciências com experimentos reais, apresentações tecnológicas, visita ao laboratório de robótica, apresentação no Observatório da UFSC, entre outras atividades.

Nem todas os locais estarão abertos à visitação pública no mesmo dia. Por isso, os interessados devem consultar a lista completa e escolher os laboratórios ou setores que desejam visitar. Algumas atividades têm horário específico para ocorrer. Há possibilidade de receber grupos, em alguns casos. E há atividades que precisam de inscrição prévia.

>> Para conhecer as Rotas Temáticas, visite o site da 20ª Sepex.

 

Para localizar facilmente os laboratórios e os setores do Campus de Florianópolis da UFSC em que estão disponíveis as Rotas Temáticas, consulte o mapa abaixo, que também traz mais detalhes das ações. O recurso também está disponível no Google Maps.

 

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Sepex 2023: apresentações de trabalhos de iniciação científica estão abertas à comunidade

25/10/2023 12:10

Apresentação de trabalho do Eixo Tecnologia e Inovação, na terça-feira, 24. Foto: Luiza Casali/Agecom/UFSC

O Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SIC) 2023, que é parte da 20ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), segue até esta quinta-feira, 26 de outubro. Aberto à comunidade e organizado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesq), o evento possibilita que o público conheça os trabalhos produzidos dentro da Universidade. As apresentações orais ocorrem a partir das 8h, no auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da UFSC.

Estudantes de diversos centros apresentam as pesquisas, realizadas com orientação de professores, e que representam o início de suas práticas científicas. Os trabalhos são divididos em quatro eixos temáticos: Promoção da igualdade e fortalecimento da democracia; Sustentabilidade e mudança climática; Saúde e qualidade de vida; e Tecnologia e Inovação. Em cada turno, há dois blocos de quatro ou cinco apresentações de até 10 minutos. Ao final de cada bloco, há um debate entre mediador, representantes de centros de ensino, debatedores relacionados aos temas, além dos orientadores dos projetos.

Como chegar no Centro de Ciência
Jurídicas (CCJ) da UFSC.

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Sepex 2023: UFSC oferece mais de 100 minicursos abertos à comunidade

10/10/2023 19:00

Com temas diversos – que vão desde redação científica, curiosidades sobre bactérias, amamentação, cuidados pessoais, jogos didáticos, escrita manual, justiça climática, entre outros – a 20ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), irá promover 105 minicursos abertos a toda comunidade.

As inscrições já podem ser feitas. O prazo depende da data de realização da atividade, mas o limite é 27 de outubro. Os minicursos começam em 23 de outubro. O número de vagas é diferente para cada atividade, podendo ultrapassar o número de 100 inscritos em alguns casos.

Para acessar a lista completa dos minicursos e as instruções de como se inscrever acesse o site da 20ª Sepex.

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UFSC faz mapeamento de projetos sobre Direitos Humanos realizados por pesquisadores da universidade

09/10/2023 12:37

Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM).

A Secretaria de Relações Internacionais (SINTER/UFSC) e a representação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na Cátedra de Direitos Humanos da Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM) convidam professores e pesquisadores da UFSC que conduzem atividades e projetos relacionados à temática de Direitos Humanos para participarem de uma pesquisa. O prazo de respostas ao formulário on-line é a próxima segunda-feira16 de outubro.

O objetivo é realizar um mapeamento e sistematizar essas atividades na UFSC, para então identificar as possibilidades de articulação e trabalho conjunto com as demais instituições da AUGM. Para preencher o questionário, acesse aqui.
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UFSC se destaca em ranking global com 26 pesquisadores entre os mais citados do mundo

04/09/2023 09:44

Universidade tem se destacou em diferentes rankings Foto: Amanda Miranda

A Universidade Federal de Santa Catarina se destacou mais uma vez no ranking global Research.comque reconhece os pesquisadores a partir do número de artigos e quantidade de citações para cada campo do conhecimento elencado – em um total de 26 diferentes áreas. A instituição teve 26 cientistas mencionados nas áreas de Veterinária, Química, Ecologia, Engenharia Elétrica, Engenharia e Tecnologia, Matemática, Medicina, Microbiologia, Neurociências e Agronomia.

A UFSC também foi mencionada como a oitava melhor instituição no ranking nacional. Outro destaque foram os rankings de Química, com dez cientistas citados entre os mais relevantes do mundo, e a área de Engenharia Elétrica, na qual o professor Ivo Barbi figura como o segundo mais citado do Brasil.

O número total de citações dos principais cientistas é 159.046, com um valor médio de citações por acadêmico de 6.117,15. O número coloca a instituição catarinense em 387 no ranking global. De acordo com a plataforma Research.com, o objetivo do ranking é oferecer aos principais pesquisadores uma melhor exposição de suas realizações. As classificações de cientistas são baseadas em procedimentos transparentes baseados em métricas coletadas de fontes confiáveis ​​de dados com mais de 12.000 periódicos científicos agrupados por disciplinas.

Confira a relação dos cientistas mencionados pela Research.com.

Ciências veterinárias

Maurício Laterça Martins
Maria José Hötzel

Química

Bernhard Welz (in memorian)
Rosendo A. Yunes
Antonio L. Braga
Adilson J. Curtius
J. Vladimir Oliveira
Moacir Geraldo Pizzolatti
Debora de Oliveira
Ademir Neves (in memorian)
Eduardo Carasek
Adailton J. Bortoluzzi

Ecologia

Sergio R. Floeter

Engenharia Elétrica e Eletrônica

Ivo Barbi
Julio E. Normey-Rico

Engenharia e Tecnologia

Roberto Lamberts
Enedir Ghisi

Matemática

Ruy Exel

Medicina

João B. Calixto
Adair R.S. Santos (in memorian)

Microbiologia

Álvaro José Romanha (in memorian)

Neurociencia

Reinaldo N. Takahashi
Roger Walz
Peter Wolf

Agronomia

Miguel Pedro Guerra
Marcelo Maraschin

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UFSC se destaca com cinco premiações no Prêmio Capes de Tese

15/08/2023 11:31

A Universidade Federal de Santa Catarina conquistou dois primeiros lugares e três menções honrosas no Prêmio CAPES de Tese, que nesta edição teve o maior número de inscritos da história. A premiação reconhece as melhores teses de doutorado defendidas em programas de pós-graduação brasileiros. No total, 1.469 trabalhos de programas do Brasil todo concorreram.

Os trabalhos premiados da UFSC contemplam cinco áreas de conhecimento: Linguística e Literatura, Nutrição, Ciência de Alimentos, História e Química. Na relação preliminar divulgada nesta terça-feira pelo órgão de fomento, estão as 49 teses premiadas na primeira etapa, uma por área do conhecimento.

Agora, as duas teses da UFSC que venceram o prêmio disputam o Grande Prêmio CAPES de Tese, que será divulgado no Diário Oficial da União em novembro. A solenidade de entrega do Prêmio CAPES de Tese ocorre em dezembro. O Grande Prêmio corresponde a uma bolsa para estágio pós-doutoral em instituição internacional, por até 12 meses, certificado e troféu. Cada orientador vai receber premiação de R$9 mil, para participar de congresso internacional e certificado de premiação que também será entregue aos coorientadores e ao Programa.

Confira os premiados

Linguística e Literatura: Naylane Araujo Matos (Estudos da Tradução)
Estudos Feministas da Tradução no Brasil: Percursos Históricos, Teóricos e Metodológicos na Produção Científica Nacional (1990-2020)
Orientação: Andreia Guerini

Nutrição: Gilciane Ceolin (Nutrição)
Determinantes das Concentrações Séricas da Vitamina D e a sua Associação com Sintomas Depressivos em Idosos de Florianópolis-SC
Orientação: Julia Dubois Moreira e Debora Kurrle Rieger Venske

Menção Honrosa

Ciência de Alimentos: Lais Benvenutti (Engenharia de Alimentos)
Selection And Application Of Eutectic Solvents For The Valorization Of Jaboticaba Processing Byproduct Using Highpressure Fluid Technologies
Orientação: Sandra Regina Salvador Ferreira e Acacio Antonio Ferreira Zielinski

História: Marcelo Gonzalez Brasil Fagundes (História)
Fragmentos de Uma História Panhĩ: História e Território Apinajé na Longa Duração
Orientação: Lucas de Melo Reis Bueno

Química
Gean Michel Dal Forno (Química)
Reações Bio-ortogonais de Clivagem de Ligações C-o e C-c Mediadas por Paládio: Expandindo as Estratégias da Biologia Química para o Tratamento do Câncer
Orientação: Josiel Barbosa Domingos


Ao contrário do que informado na primeira versão dessa notícia, a UFSC conquistou dois primeiros lugares e três menções honrosas – e não três primeiros lugares e duas menções honrosas. O texto foi corrigido em 5 de setembro, logo após a confirmação final dos resultados.

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Professor da UFSC assume posição em sociedade científica só conferida a outros três brasileiros

28/07/2023 18:20

Professor Hotza em atividade no laboratório. Foto: Luís Carlos Ferrari/UFSC

O professor Dachamir Hotza, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi premiado com o título de “Fellow” (membro associado) da Associação Americana de Cerâmica, a American Ceramic Society (ACerS). Nos mais de 100 anos de história da ACerS, esta é a quarta vez que um cientista brasileiro é promovido a “Fellow”.

Hotza relatou em depoimento que a UFSC desempenha um papel fundamental em sua trajetória: “a Universidade me fornece o ambiente para desenvolver minhas habilidades, conhecimentos e pesquisas no campo da cerâmica”. O título de “Fellow” é conferido a indivíduos de boa reputação e contribuições excepcionais nas artes ou ciências cerâmicas. O professor Hotza (classe de 2023) se junta aos ceramistas nacionais Victor Pandolfelli (classe de 2003), Edgar Zanotto (classe de 2016) e Ricardo Castro (classe de 2019).

Hotza supervisiona o Laboratório de Processamento Cerâmico (Procer) e o Laboratório Interdisciplinar para o Desenvolvimento de Nanoestruturas (Linden), ambos vinculados ao Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos (EQA) da UFSC. Pela Editora da UFSC, Hotza é coautor, junto com Antonio Pedro Novaes de Oliveira, do livro “Tecnologia de Fabricação de Revestimentos Cerâmicos“. O professor também é um dos cientistas mais citados do mundo, entre 24 colegas da UFSC, segundo pesquisa da Stanford University, publicada em 2022.

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Dia Nacional da Ciência: universidades e institutos públicos catarinenses têm mais de 4 mil pesquisas

07/07/2023 16:17

Quase todas as coisas que nos rodeiam são resultado do esforço humano de compreensão e criação. De vacinas a tratamentos inovadores em saúde, de carros autônomos a painéis de energia solar, tudo nasceu da necessidade de aprimoramento da vida em sociedade aliada à curiosidade de entender nosso mundo. E quem mais busca por respostas através do desenvolvimento científico no Brasil são as instituições públicas de ensino. Juntas, elas respondem por 95% de toda a produção científica nacional, conforme a Academia Brasileira de Ciências. Em Santa Catarina, as universidades e os institutos públicos conduzem atualmente 4.329 pesquisas em diversas áreas do conhecimento – são 907 grupos em 48 campi. Essas produções nos chegam como respostas à busca por inovação e qualidade de vida em nosso estado e nosso país e são motivos de celebração neste 8 de julho, sábado, Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico.

Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pesquisadores se dedicam a temas em diversas áreas, com mais de 600 grupos atuando. São esforços que vão resultar, por exemplo, na identificação precisa do vírus que assolou Florianópolis no último verão, fazendo espalhar um surto de diarreia. Foi em um dos laboratórios da UFSC que se reconheceu a ameaça. Na área de matriz energética, quer seja na produção de hidrogênio verde ou inovando com novas formas de geração de energia limpa, a UFSC trabalha na busca pela solução de um problema global: gerar cada vez mais energia renovável, com reduzido impacto ao meio ambiente. Dessa forma, ampliou a geração de energia elétrica fotovoltaica com sistemas capazes de captar não só a luz que incide diretamente nos painéis, mas também a refletida. O parque fotovoltaico da UFSC já soma 27 usinas, em Florianópolis, Araranguá e Joinville – um conjunto que está a serviço da pesquisa e do desenvolvimento tecnológico.

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Pesquisadores da UFSC recebem Prêmio Inventor Petrobras 2023

01/06/2023 18:28

Lucas Militão, à esquerda, e Felipe Castro, gerente da Petrobras

Pesquisadores do Laboratório Polo, referência mundial em pesquisa, desenvolvimento e inovação em refrigeração e termofísica, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), receberam, na quarta-feira da semana passada, 24 de maio, o Prêmio Inventor Petrobras 2023. A premiação foi concedida pela patente Sistema de resfriamento submarino para conjunto de circuito de eletrônica de potência e método para dimensionamento do sistema de resfriamento submarino para conjunto de circuito de eletrônica de potência, desenvolvida pelos pesquisadores Lucas Militão, Jader Riso Barbosa Jr., Alexandre Kupka da Silva, Carlos Renato Rambo, Marcelo Lobo Heldwein, Caio Dias Fernandes e Douglas Mateus Machado.

A patente foi depositada com o intuito de proteger um sistema de resfriamento passivo para eletrônica submarina que, ao ser comparado através de métodos matemáticos e numéricos com sistemas de resfriamentos passivos para eletrônica submarina já existentes na literatura, provou-se ter desempenho térmico superior e mais compacidade.

O estudo foi financiado pela Petrobras, sob o projeto de pesquisa Desenvolvimento de sistemas avançados de proteção e resfriamento de sistemas elétricos submarinos sob alta pressão, e pelo Programa Institutos Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação (INCT), com recursos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior  (Capes). O Prêmio Inventor Petrobras 2-23 reconhece os pesquisadores e os colaboradores da petroleira que contribuíram para inovação na empresa através de depósito de patentes além de seu potencial de impacto, para que a empresa se mantenha dentre as mais inovadoras do país no setor de óleo e gás.

Tags: Eletrônica de potênciainovaçãoPatentepesquisaPrêmio Inventor PetrobrasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC obtém patente de equipamento para medir rendimento de motores elétricos em uso

18/05/2023 18:53

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em conjunto com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e com a ENGIE Brasil Energia, obteve a patente de um sistema para determinar o rendimento de motores a indução, sem que seja necessário tirar os equipamentos de uso. A patente, depositada em abril de 2017, é intitulada Sistema e método para determinação de rendimento de motores de indução em campo e em operação. O sistema é chamado de Analisador MIT  – a sigla é de Motor de Indução Trifásico. O uso do equipamento subsidia técnica e economicamente a tomada de decisão quanto a ações de melhoria no rendimento energético de sistemas industriais como, por exemplo, a substituição do motor por outro mais eficiente.
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Que efeitos as queimadas em Santa Catarina têm sobre os peixes e a vida humana?

27/04/2023 16:18

Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biodiversidade Aquática da UFSC investiga o impacto do fogo e das cinzas na vida aquática e de seres humanos 

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

Foto: Reuters/Amanda Perobelli

 

Somente em 2022, Santa Catarina teve 1.360 focos de incêndio ativos de fogo, sendo agosto o mês de maior incidência, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No Brasil, as queimadas são um problema constante: entre 1986 e 2020, segundo dados do projeto MapBiomas, uma área de 1,67 milhões de km² do país sofreu com o fogo: esse tamanho é maior do que a extensão dos países da Noruega, Finlândia e Islândia junto.
Em dados locais, Santa Catarina também é bastante afetada. O Parque Estadual do Rio Vermelho, por exemplo, possui uma unidade de conservação de proteção integral, que sofreu constantemente com queimadas nos últimos anos. Em abril de 2020, um incêndio chegou a comprometer 240 hectares do parque.

Enquanto os efeitos do fogo e das cinzas residuais sobre o solo e os organismos terrestres começam a ser mais amplamente explorados, ainda é limitado o número de estudos que avaliam como a biodiversidade do ambiente aquático responde à ocorrência de fogo e à chegada das cinzas à água. “Ano após ano, o ser humano tem registrado números recordes de incêndios, em áreas queimadas cada vez maiores, e eu sempre penso: essa quantidade imensa de cinzas que é gerada uma hora vai chegar no ambiente aquático, seja por ação da chuva ou do vento”, explica o professor Bruno Renaly Souza Figueiredo, do departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Aprovado no edital de chamada pública de 2021 da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), no programa de jovens projetos, o professor conseguiu os primeiros recursos para dar início à pesquisa: “Impacto do fogo e das cinzas sobre a biodiversidade na água doce: respostas dos peixes, dos anfíbios e dos microinvertebrados e macrófitas ao distúrbio”.

4 impactos das queimadas em Santa Catarina

As queimadas naturais ocorrem em áreas secas, predominantemente em clima árido ou semiárido. O estado de Santa Catarina está localizado em uma região historicamente chuvosa e úmida, entretanto, os períodos de estiagem no estado estão cada vez mais longos e com o registro de temperaturas cada vez mais elevadas. Como resultado a vegetação resseca, e o fogo tem mais chance de ocorrer e de se propagar, atingindo vastas áreas.

Aliado a isso, o ser humano tem provocado  uma maior quantidade de incêndios, de maneira deliberada ou acidental, tais como a queimada ilegal realizada para supressão da vegetação e limpeza de áreas, o fogo ateado na agricultura para facilitar a colheita ou na preparação do solo para a semeadura, e até mesmo após a queda de fios de transmissão de eletricidade alta tensão sobre a vegetação seca. Seja qual tenha sido a origem do fogo, ela terá consequências negativas para a biodiversidade dos ambientes terrestres e aquáticos, e mesmo para o ser humano.

1. O estado já registrou 124 focos ativos de fogo em 2023

Segundo os dados do INPE detectados por satélite, Santa Catarina registrou no total 124 focos ativos de fogo nos últimos três meses: 35 em janeiro e fevereiro, e 54 em março. Isso provavelmente se deve às mudanças climáticas que tem levado a estações secas mais longas e com o registro de temperaturas mais elevadas. Mas certamente, também está relacionada com o uso do fogo na agricultura: “É uma prática agrícola muito comum no Brasil, inclusive existe uma lei para proibi-la, mas ela ainda ocorre”, esclarece o professor Bruno Figueiredo. 

Os prejuízos das queimadas envolvem a retirada de nutrientes fundamentais do solo para o crescimento das plantas, desencadeamento de processo erosivo, aumento da liberação de dióxido de carbono e até mesmo a destruição de habitats naturais.

2. As cinzas do fogo prejudicam a biodiversidade aquática

 

O principal objetivo da pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biodiversidade Aquática (LABIAQ) é investigar como as cinzas oriundas das queimadas afetam diretamente a biodiversidade em rios e riachos. As cinzas podem chegar até a água, principalmente por ação da chuva, que lava o solo e pode carrear as cinzas, e pelo vento.

O professor comenta que a cinza pode matar: “a literatura científica tem revelado que as cinzas são uma substância complexa constituída por componentes químicos, como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e metais pesados, com potencial mutagênico e cancerígeno, que compromete a potabilidade da água para consumo humano, leva a uma grande mortandade de peixes, e reduz as contribuições da natureza para as pessoas.” 

Ilustração que mostra o impacto das cinzas tanto na vegetação, quanto na biodiverside de águas continentais, realçando que organismos grandes, como peixes e mesmo a microbiota aquática pode ser extinta após a ocorrência de incêndios. Arte: Lorenzo Driessen Cigogini

3. Causa a morte de peixes – e o desaparecimento de espécies nativas

Resultados preliminares do estudo do professor Bruno mostram que, em experimentação laboratorial, as espécies nativas de peixes presentes em rios e riachos são mais impactadas que as espécies exóticas invasoras. Esse resultado indica que a chegada de cinzas na água após um incêndio provoca a morte dos peixes nativos, mas não impacta fortemente as espécies exóticas invasoras, ameaçando a conservação da biodiversidade nativa. 

O professor Bruno Renaly Souza Figueiredo é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e mestre e doutor pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). (Foto: Ana Quinto)

O professor explica que “geralmente, as espécies exóticas que são introduzidas nos rios e riachos do Brasil, são espécies nativas de outras regiões que possuem uma maior tolerância a alterações nas características ambientais”. O professor exemplifica que “a tilápia, por exemplo, é nativa do rio Nilo no Egito, e é muito resistente, e essa é uma das razões pela qual as pessoas a introduziram no Brasil”. Dessa maneira, como as espécies invasoras sobrevivem, elas começam a se reproduzir, e reduzem as chances das nativas retornarem ao ambiente.

4. As cinzas causam células tumorais nos peixes

“A gente verificou um resultado intrigante, que é o número de células com alterações genética em peixes expostos às cinzas. Para mim, isso acendeu uma luz de alerta importante: pois se as cinzas tem a capacidadede impactar os peixes, elas também pode fazer o mesmo com o ser humano que ingere uma água contaminada com partículas de cinzas ou ainda que se alimente de um peixe que viveu nessa água contaminada”, explica o professor Bruno. A acumulação de metais pesados e a presença de componentes mutagênicos, e potencialmente também cancerígenos, nos peixes tem impactos ainda incertos sobre os indivíduos que consomem esses animais contaminados. Futuras pesquisas no laboratório coordenado pelo prof. Bruno irá investigar esse tema.

A importância do estudo desenvolvido é fundamental para entender de que maneira as cinzas interferem na biodiversidade aquática e como esses fatores chegam até nós: “pode ser que os metais pesados nos tecidos dos peixes acabem também sendo acumulado por quem se alimenta dos peixes dessa região contaminada por cinzas”, esclarece.

Para expandir a pesquisa, é necessário financiamento

A primeira etapa da pesquisa será finalizada em novembro de 2023: o projeto, atualmente, conta com o trabalho de dois bolsistas de iniciação científica da UFSC, três estudantes extensionistas, um mestrando e dois doutorandos. As saídas de campo promovidas pelo grupo buscam capturar os organismos que vivem em rios e riachos do estado de Santa Catarina, para realizar os estudos experimentais que analisam a toxicidade das cinzas sobre a biodiversidade de água doce. Com três estudos planejados, o objetivo é analisar a ecotoxicidade nos peixes invertívoros (aqueles que se alimentam de invertebrados); nas espécies nativas e invasoras de girinos; e na dinâmica populacional de microinvertebrados. 

O grupo de pesquisa realizando estudo de campo para as abordagens experimentais (foto: Arquivo pessoal)

 

Além do caráter científico, a pesquisa possui pretende envolver também a comunidade escolar e a sociedade civil: “Além da divulgação dos resultados para órgãos ambientais, a gente vai fazer esse trabalho em escolas, para realizar uma educação ambiental sobre as consequências ambientais do uso do fogo e geração cinzas para a biodiversidade que vive na água e mesmo para o ser humano”.

Também está prevista a realização de um workshop específico para gestores públicos da área ambiental, para apresentação dos resultados das pesquisas que avaliaram os impactos das cinzas sobre a biodiversidade e os riscos potenciais à saúde humana. “No nosso projeto, temos servidores do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), até para termos essa conversa com o poder público e o órgão de proteção ambiental”.

Com a conclusão do edital da FAPESC, o grupo de pesquisa busca um novo aporte para continuar a realizar os trabalhos. Em uma segunda etapa, seria possível aprofundar os estudos por meio da aquisição de equipamentos apropriados para análises mais específicas. Atualmente, a pesquisa só tem conseguido êxito porque o laboratório de biodiversidade aquática da UFSC tem feito cooperação com outros laboratórios da UFSC, de outras Universidades Públicas do país (como UFPR, UFSCAR e UEM) e do exterior (como Universidade de Aveiro, em Portugal e Rhodes University, na África do Sul), viabilizando a condução da atual pesquisa.

Entretanto, é importante o fortalecimento do laboratório na UFSC, para que a equipe possa, de maneira independente, analisar os efeitos da presença de poluentes na água, como as cinzas para a potabilidade da água e os organismos que nela vivem: “no momento, a gente tem estudado as cinzas de queimadas, mas as cinzas podem ser geradas a partir de outros processos, como resíduo na produção de carvão, que é uma atividade localmente importante.” Assim, pesquisas podem ser realizadas para entender o principal dano relacionado as cinzas de carvão, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental, aliando economia e ecologia.

Sobre o pesquisador

Bruno Renaly Souza Figueiredo é professor do Departamento de Ecologia e Zoologia (ECZ) da Universidade Federal de Santa Catarina. É graduado em Ciências Biológicas, e mestre e doutor pelo programa de Pós-graduação em Ecologia de ambientes aquáticos continentais. Suas pesquisas envolvem estudos de ecotoxicologia aquática, levantamento de biota aquática, dinâmica de cadeias tróficas, e mais. Contato: Bruno.figueiredo@ufsc.br.

 

 

 

Ana Beatriz Quinto | Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica

Rafaela Souza | Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica

Edição: Denise Becker | Núcleo de Apoio à Divulgação Científica (NADC-UFSC)

Tags: jornalismo científicoNADCpesquisaqueimadasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC Joinville apresenta protótipos de robôs, aviões e foguetes no Dia Mundial da Criatividade

18/04/2023 12:07

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participa do Dia Mundial da Criatividade promovendo uma série de eventos no Campus de Joinville a partir desta quinta-feira, 20 de abril. O World Creativity Day 2023 tem o apoio do Ministério da Cultura. Em Joinville, a UFSC é apoiadora local do evento, que tem programação em diferentes países. Para esta quinta-feira, está programada a exposição de projetos da UFSC Joinville, com apresentação de protótipos de carros, barcos, aviões, foguetes, robôs, pontes, entre outros desenvolvidos no campus. A mostra começa às 9h.

Também nesta quinta-feira, ocorrerá o Dia de Portas Abertas, no Campus de Joinville. Nessa atividade, os visitantes podem conhecer os espaços físicos, visitar laboratórios de pesquisas, conhecer os projetos e como é a vida acadêmica numa das melhores universidades federais do Brasil. A visita às instalações da UFSC Joinville será guiada. Há outros eventos na programação, como mostra de artes visuais e projeto para auxílio a artistas.

Veja a programação completa do Dia Mundial da Criatividade em Joinville.

Tags: 13ª Conferência Internacional sobre Comunicação Pública da Ciência e TecnologiaCampus de JoinvilleDia Mundial da CriatividadepesquisaprotótiposUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

O que a gravidez de Isabella Scherer tem em comum com uma pesquisa da UFSC?

02/03/2023 14:27

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A pré-eclâmpsia é uma doença que acomete mulheres durante a gestação, definida pela presença de hipertensão arterial (pressão alta) após a vigésima semana gestacional, associada principalmente à presença de proteína na urina. A doença, que representa 42% das mortes maternas, atinge em torno de 100 mil mulheres por ano. Na América Latina, 25% das mortes maternas são causadas pela doença, que afeta entre 5% a 7% das gestantes brasileiras.

A catarinense Isabella Scherer, nascida em Florianópolis, de 27 anos, foi diagnosticada na gestação do seu casal de gêmeos, Mel e Bento. “Passei mal, comecei a ter muito enjoo, era uma tontura, uma sensação estranha… e aí depois eu descobri que são sintomas de pré-eclâmpsia”, relata, “eu fui pro pronto-socorro, falei com o meu médico, já eram quase 23h.” 

Grávida de gêmeos, Isabella Scherer antecipou o seu parto devido à pré-eclâmpsia. (Foto: reprodução Instagram)

Isa, como é mais conhecida pelos seus 2 milhões de seguidores no Instagram, no perfil @isascherer, fez tratamento preventivo de pré-eclâmpsia durante toda a sua gestação. Por ser uma gravidez gemelar (quando os bebês são gêmeos), ela fez parte do grupo de risco da doença.

A empresária, e vencedora da oitava edição do reality show de culinária Masterchef, compartilhou detalhes do seu parto em outubro de 2022 no Instagram. O vídeo de 11 minutos alcançou mais de 130 mil curtidas e ultrapassou um milhão de visualizações: nele, Isa compartilhou os momentos difíceis que passou antes e depois do parto, quando esteve dias no hospital em acompanhamento médico pela pressão alta.

Foto: Isabella Scherer, Mel, Bento e Rodrigo Calazans (Foto: reprodução Instagram)

 

Os sintomas de pré-eclâmpsia se manifestaram quando ela havia recém completado 37 semanas de gravidez. Na lista de fatores que podem indicar a doença, a hipertensão arterial se destaca, mas diversos outros podem estar associados à pré-eclâmpsia, como insuficiência renal, trombocitopenia (plaquetas baixas no sangue), disfunção hepática, edema pulmonar (acúmulo de líquido no interior dos pulmões), distúrbios visuais ou cerebrais. É uma doença multissistêmica, que afeta principalmente o sistema cardiovascular, os rins, o cérebro e a placenta.

O diagnóstico que Isa Scherer recebeu da doença aconteceu em um domingo, e o parto foi marcado para aquele mesmo dia. Ao conversar com o seu médico, Wagner Hernandez, a decisão foi tomada: “A gente chegou à conclusão que os riscos não valeriam a pena prolongar a gestação”, explica ela, “então a gente acabou agendando o parto para esse dia mesmo.”

Apesar de ser uma doença responsável por causar 42% das mortes maternas mundiais, ainda não estão bem esclarecidos os fatores que podem desencadear a pré-eclâmpsia em gestantes. A proteinúria, que corresponde à quantidade de proteína na urina, associada à condição da pressão alta, é um dos sintomas mais presentes; porém, as causas e as origens da doença ainda são desconhecidas.

Para Isa Scherer, compartilhar a sua experiência com a pré-eclâmpsia com os seus seguidores é relevante para que o debate sobre a doença alcance mais pessoas, desmistificando a gestação e a maternidade. “Trazer a importância para as pessoas de um pré-natal. Nem todas as mulheres têm acesso e oportunidade. Se eu conseguir ajudar pelo menos uma mulher com essa condição, já valeu a pena compartilhar “, pontua a empresária.

Renata M. Lataro, pesquisadora do departamento do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, quer investigar a causa da pré-eclâmpsia

A professora Renata Lataro estuda a influência de fatores que podem gerar a pré-eclâmpsia (Imagem: Ana Quinto)

A professora Renata Lataro, do departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora de pesquisa do Centro de Ciências Biológicas (CCB) está realizando um estudo pré-clínico para identificar as possíveis causas da pré-eclâmpsia.

O projeto, denominado “Estudo pré-clínico para a identificação de mecanismos fisiopatológicos e novos alvos terapêuticos para a pré-eclâmpsia”, busca descobrir a origem da pré-eclâmpsia nas gestantes. “Já se conhece vários fatores de risco para a doença, mas sua causa primária e fisiopatologia não são completamente compreendidas”, explica a pesquisadora. A fisiopatologia é um ramo de estudo em que é possível compreender o processo de uma doença: suas causas, mecanismos envolvidos, evolução e quais alterações e manifestações causam no ser humano. “Ela não é muito bem conhecida, não se sabe o que de fato desencadeia o desenvolvimento da doença”, aponta a professora Renata.

A principal hipótese da pesquisadora, que será desenvolvida no estudo, é a alteração da microbiota intestinal materna: “A microbiota intestinal molda o sistema imune do hospedeiro, ou seja, do indivíduo”, pontua, “a hipótese é que essa mulher, já antes da gestação, teria um evento pró-inflamatório acontecendo”, o que poderia gerar a doença.

Ao investigar o papel da barreira intestinal e de metabólitos da microbiota intestinal no desenvolvimento da pré-eclâmpsia e os seus mecanismos envolvidos, é possível identificar possíveis alvos para tratamento e prevenção da doença.

Os testes da pesquisa pré-clínica serão desenvolvidos em modelo animal, com objetivos específicos de estudo. Um deles é investigar se a alteração na composição da microbiota intestinal é capaz de promover o desenvolvimento da pré-eclâmpsia, compreendendo se há uma ligação entre a disbiose intestinal (desequilíbrio de bactérias na microbiota) e a doença.

Dessa maneira, é possível também entender se uma dieta rica em fibras, por exemplo, poderia prevenir a doença. “Se de fato a hipótese se comprovar, mostrando que é uma alteração da microbiota que leva à uma mudança no sistema imune, e consequentemente ao desenvolvimento da doença, isso cria alternativas de tratamento, e não só prevenção”, enfatiza Renata.

Biotério Central da UFSC oferece estrutura de apoio para os pesquisadores

A fase de testes da pesquisa da professora Renata Lataro contará com os ratos disponibilizados pelo Biotério Central da UFSC. Todos os testes são avaliados rigorosamente pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade. 

“O biotério só trabalha sob uma demanda conhecida e aprovada pela CEUA, seguindo as normas legais”, explica Joanésia Maria Junkes, coordenadora do biotério. 

Todos os processos são acompanhados pela CEUA. No regimento interno da Comissão de Ética, esclarece-se que é competência do órgão examinar os protocolos experimentais ou pedagógicos aplicados aos projetos de pesquisa; manter cadastro dos pesquisadores e docentes; estabelecer programas preventivos e visitas de fiscalização às unidades da UFSC onde estão sendo realizados os testes; dentre outras normas.

Essa primeira etapa da pesquisa, atualmente em desenvolvimento, irá avaliar se alterações na parede intestinal poderá induzir o desenvolvimento de pré-eclâmpsia em ratas. “Iremos fazer uma análise histológica da placenta, do fígado, que também está envolvido no processo, e do intestino”, explica a pesquisadora. 

Financiamento é essencial para que a pesquisa continue sendo realizada

Para que a pesquisa cumpra todas as etapas e alcance os objetivos do estudo pré-clínico, a professora Renata esbarra nas questões de financiamento, essenciais para os projetos de pesquisa, especialmente nessa fase de experimentação: “Para a parte inicial, temos uma colaboração com um grupo de pesquisa da USP de Ribeirão Preto”, esclarece, “nós temos um projeto aprovado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)”. 

O primeiro passo foi comprar o medicamento que ocasiona a quebra da barreira intestinal, o sulfato sódico de dextrana (DSS). O valor recebido foi em torno de R$ 2 mil. Para que o projeto pudesse avançar em uma etapa com testes com humanos, o financiamento precisaria ser muito maior.

“Há um estudo que mostrou uma alteração da microbiota intestinal em mães”, explica a professora Renata, “seria interessante conseguirmos fazer, mas para avaliar a microbiota intestinal de humanos, cada amostra ficaria em torno de R$ 350. Se fizermos uma análise da população humana, iríamos precisar de pelo menos 50 pacientes. Tendo financiamento, seria totalmente viável. 

“Ela é uma doença comum, mas que ainda não possui tratamento”, explica a professora. “Se a nossa hipótese se comprovar, a gente vai ter métodos preventivos para isso.” A pesquisa de Renata pode impactar a vida de mulheres como a de Isabella Scherer, e de milhares de outras brasileiras que são grupo de risco ou podem enfrentar a pré-eclâmpsia no futuro.

Sobre a pesquisadora

 

Renata  Maria Lataro é professora do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal de Santa Catarina. É graduada em Fisioterapia e é mestra e doutora em Fisiologia. Suas pesquisas envolvem a busca por novos alvos terapêuticos para doenças cardiovasculares, dentre elas, pré-eclâmpsia, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. Contato: renata.lataro@ufsc.br

Ana Beatriz Quinto | estagiária de jornalismo

Edição: Denise Becker | Núcleo de Apoio à Divulgação Científica (NADC-UFSC)

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