Tese desenvolvida na UFSC sobre formação de intérpretes de Libras-Português vence prêmio

07/05/2025 10:56

À esquerda, a orientadora Maria Lucia, no meio, Tiago Coimbra, e a direita, a professora Silvana Aguiar, coorientadora da tese. Foto: arquivo pessoal

A tese intitulada Interpretação em equipe no contexto de conferência: perfil profissional para formação de intérpretes de Libras-Português, realizada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi vencedora do prêmio da Associação Brasileira de Pesquisadores em Tradução (Abrapt), em março deste ano. A pesquisa teve origem com a tese de doutorado de Tiago Coimbra, que é egresso do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) da UFSC, e destacou-se por sua abordagem de trabalho em equipe em contexto de conferência. 

A pesquisa combinou rigor metodológico com uma proposta formativa baseada em competências e aprendizagem situada. A professora Maria Lúcia Vasconcellos, orientadora de Tiago em sua pesquisa, salienta que esta abordagem é particularmente relevante por preencher uma lacuna na formação de intérpretes de Libras-Português e por contribuir para a acessibilidade linguística em eventos acadêmicos e institucionais, alinhando-se às políticas de inclusão de pessoas surdas. 

Para desenvolver a pesquisa, foi mapeada a literatura acadêmica sobre interpretação em equipe; revisadas as diretrizes de associações profissionais da área; e foram pesquisadas as crenças de intérpretes experientes de conferência que atuam com línguas de sinais.

As diretrizes utilizadas na pesquisa foram trazidas da Associação Internacional de Intérpretes de Conferência (AIIC), da Associação Profissional de Intérpretes de Conferência (APIC) e da Federação Brasileira das Associações de Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-Intérpretes de Língua de Sinais (Febrapils).

A análise comparativa dessas fontes permitiu a identificação de dez competências essenciais para a interpretação em equipe, incluindo cinco transversais e cinco específicas, distribuídas entre as fases de pré-conferência, interpretação e pós-conferência.

Com base nesses resultados, a pesquisa propõe um Plano de Ensino estruturado em seis Unidades Didáticas (UDs), visando o desenvolvimento de competências por meio de “tarefas de interpretação” e projetos de interpretação em contextos reais. Esse material didático busca preparar intérpretes para enfrentar os desafios específicos da atuação em equipe em interpretação de conferências, promovendo maior acessibilidade linguística em eventos acadêmicos e institucionais.
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Projeto do curso de Nutrição convida estudantes a participarem de pesquisa sobre habilidades culinárias 

25/04/2025 11:51

A pesquisa “Nutrição é na Cozinha!” é um  projeto do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que avalia aspectos relacionados às habilidades culinárias, à qualidade da dieta, ao estresse percebido, à insegurança alimentar e à atividade física entre estudantes universitários. A pesquisa é coordenada pela professora Manuela Mika Jomori, do Departamento e Programa de Pós-graduação em Nutrição (PPGN/UFSC), e conta com a participação de alunos de graduação e pós-graduação. Os interessados em participar devem preencher o formulário.

A pesquisa “Nutrição É na Cozinha!” faz parte de um projeto que investiga estudantes de graduação de 11 universidades públicas brasileiras. Não existe atualmente políticas de promoção da saúde específicas para estudantes universitários no Brasil, embora essa população enfrente grande dificuldade para preparar suas refeições em casa. Entre os desafios estão a falta de tempo, de dinheiro, de estrutura e o fácil acesso a alimentos ultraprocessados, que são mais baratos em comparação aos alimentos frescos, e também mais práticos de serem consumidos, apesar de serem prejudiciais à saúde.

Desde 2020, a pesquisa avalia as habilidades culinárias dos estudantes. Inicialmente, quatro universidades participaram, no período da pandemia. Em 2025, o número de universidades participantes foi ampliado para 11. Nesta 2ª edição do projeto, já aprovada pelo Comitê de Ética da UFSC, a coleta de dados teve início no primeiro semestre de 2025. Os resultados da pesquisa poderão ajudar no desenvolvimento de estratégias para a melhoria da alimentação e do bem-estar da comunidade universitária.

Os estudantes voluntários que participarem da pesquisa concorrem a uma vaga em um curso de nutrição e culinária que será oferecido pelo projeto no segundo semestre letivo. Para participar, acesse o formulário.

Mais informações pelo e-mail nutricaoenacozinha@gmail.com ou pelo Instagram @nutricaoenacozinha.

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UFSC inaugura laboratório virtual com supercomputador para desenvolvimento de IA

23/04/2025 14:40

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugurou na manhã desta quarta-feira, 23 de abril, o Laboratório Virtual de Ensino, Extensão e Pesquisa (VLAB@UFSC). Equipado com o DGX H100, uma plataforma computacional que acelera o desenvolvimento de técnicas e aplicações de Inteligência Artificial (IA), o laboratório tem como objetivo impulsionar pesquisas em diversas áreas do conhecimento, fomentar o ensino computacional na educação básica e superior, e apoiar projetos de extensão.

Com um financiamento de R$ 2,2 milhões da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), a criação do VLAB@UFSC foi apoiada pelo Brazilian Research Institute on Digital Convergence (INCoD), a Versatus HP e a Nvidia, empresa responsável pelo desenvolvimento do DGX H100.

O evento de inauguração ocorreu na Sala dos Conselhos da Reitoria I do Campus de Florianópolis, no bairro Trindade, e contou com a presença do pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFSC, Jacques Mick, do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Sérgio Pezzin, do presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, do diretor de vendas da Nvidia, Fábio Alves, do diretor comercial da Versatus, Eiji Kawahira, e outras autoridades.
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Pesquisa da UFSC procura voluntários com obesidade para acompanhamento nutricional e testes

11/04/2025 15:29

Uma pesquisa desenvolvida nos Programas de Pós-Graduação em Neurociência (PPGNeuro) e Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que busca relacionar impactos da obesidade à memória está selecionando pessoas com obesidade para participação voluntária. O estudo tem como objetivo avaliar os efeitos de uma dieta com restrição calórica na perda de peso e nas funções de memória em adultos com obesidade. Para isso, os participantes receberão, de forma gratuita, um plano alimentar personalizado, orientações nutricionais especializadas e um exame detalhado da sua composição corporal.

A pesquisa integra o projeto de tese de doutorado da estudante Clarice Mariano Fernandes, intitulado Avaliação da neuroplasticidade hipocampal adulta na obesidade: impactos cognitivos e bioquímicos de um protocolo de restrição calórica, um ensaio clínico randomizado. As pesquisadoras utilizam evidências difundidas na literatura científica de que dietas com restrição calórica podem melhorar a memória e outras funções cognitivas.

Podem se inscrever homens e mulheres entre 21 e 51 anos que possuam obesidade, definida por um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior à 30 kg/m. O IMC é calculado a partir da divisão do peso atual pela altura ao quadrado: [peso ÷ (altura)²]. Para participar, também deve-se ser alfabetizado, não ter realizado cirurgia bariátrica, não estar grávida ou amamentando e possuir disponibilidade para estar presencialmente na UFSC em encontros pré-agendados.

Após a seleção dos inscritos, a coleta de dados se dará em dois momentos, de forma presencial, na UFSC. Primeiro, será realizado um exercício de memória e coleta de dados de composição corporal e sangue. Após as coletas, será ofertado o acompanhamento nutricional, supervisionado por nutricionais ao longo de 12 semanas, que será realizado quinzenalmente de modo presencial, também na UFSC. As datas e locais de encontro serão repassados diretamente aos inscritos.

Para realizar a inscrição na pesquisa, acesse o formulário on-line.

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Camundongos criam mapas mentais, como humanos, revela estudo integrado pela UFSC

24/03/2025 11:19

Camundongos testados pelo estudo foram capazes de criar mapas mentais sem utilizar referências visuais. Foto: Reprodução/Getty Images

Você já tentou andar no escuro e, mesmo sem enxergar, conseguiu se localizar? Isso acontece porque o cérebro humano é capaz de calcular onde estamos com base nos nossos próprios movimentos, sem depender de pontos de referência visuais, como placas ou prédios.

Um estudo integrado pelo professor Maurício Girardi Schappo, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), revelou, por meio de testes experimentais, que, assim como os humanos, os camundongos são capazes de criar mapas mentais sem utilizar referências visuais. 

Segundo o periódico internacional da área de biologia eLife, em que a pesquisa foi publicada em novembro de 2024, o registro da capacidade dos animais de construir mapas cognitivos é “algo raramente, ou nunca, relatado fora da literatura sobre seres humanos”. A revista ainda classificou o trabalho como “fundamental” para o avanço de campos como biologia, neurociência e psicologia cognitiva.

O estudo foi desenvolvido em colaboração com pesquisadores Leonard Maler, André Longtin e Jean-Claude Béïque, e com a aluna de doutorado Jiayun Xu, do Center for Neural Dynamics and Artificial Intelligence da Universidade de Ottawa, no Canadá.

Segundo o professor Schappo, historicamente, os humanos tendem a se enxergar como se estivessem em uma posição privilegiada tanto dentro do universo, quanto dentre as diferentes espécies de animais. “Há séculos, a ciência vem desconstruindo essa ideia, mas nas últimas décadas começamos a ter melhores ferramentas para desconstruí-la”, diz.

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Mulheres negras recebem menos no trabalho por conta própria, aponta pesquisa da UFSC

18/03/2025 11:45

A pessoa chamada “empreendedora” é, muitas vezes, dotada de um título carregado de pompa no Brasil. Mas a quem o termo se aplica? Um em cada cinco brasileiros ativos no mercado trabalha por conta própria. São 21,5 milhões de pessoas atuando como cabeleireira, motorista de caminhão, vendedora de porta em porta, engenheiro, mecânico, psicóloga, entre outras ocupações. Mas se todos são unidos pelo selo de “empreendedores”, são também separados por desigualdades: as mulheres negras são as menos favorecidas.

Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o apoio do Ministério de Igualdade Racial (MIR) e em parceria com a Rede Brasil Afroempreendedor (Reafro) resultou em uma cartilha que não só mostra a realidade daqueles que vivem como trabalhadores autônomos, Microempreendedores Individuais (MEIs), “PJs”, informais e outros, mas pretende ser um guia para embasar políticas públicas que reduzam injustiças.

Em síntese, segundo a cartilha, os dados mostram que “desigualdades de gênero, raça e classe influenciam diretamente na distribuição de renda no trabalho por conta própria: pessoas negras e em particular mulheres negras são mais presentes nas faixas de renda mais baixas, enquanto brancos, e sobretudo homens, prevalecem nas faixas mais altas”.
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Programa da UFSC premia iniciativas empreendedoras alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU

17/03/2025 14:54

Vencedores recebem prêmios do InPETU Hub UFSC. Foto: divulgação

Com intuito de transformar ideias em potenciais negócios inovadores, o programa de pré-incubação CoCreation InPETU Hub UFSC premiou, em 25 de fevereiro, três projetos desenvolvidos pela comunidade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).  A iniciativa, que oferece suporte a empreendedores em fase de ideação, foi promovida pelo Departamento de Inovação (Sinova) e pelo Centro de Inovação, Pesquisa, Empreendedorismo e Tecnologia da UFSC (InPETU Hub), em parceria com o Sapiens Parque e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

O programa, aberto a estudantes, técnicos e professores da Universidade, selecionou 15 projetos para a etapa de pré-incubação, que contou com consultoria técnica e mercadológica, mentorias, assessorias, cursos, palestras, networking e acesso a espaços de trabalho colaborativo ao longo de seis meses, de forma híbrida. Os selecionados tiveram acesso a uma plataforma online chamada TXM, com recursos e ferramentas para o desenvolvimento do negócio. De acordo com os organizadores, um dos requisitos das propostas era o alinhamento aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU).

O primeiro lugar ficou com o laboratório de mídia Mediou, inspirado no Sebrae do Terceiro Setor, que fornece soluções para que Organizações da Sociedade Civil (OSC) cresçam, profissionalizem-se e prosperem na era digital. A solução é estruturada em três etapas, que guiam as OSC desde o diagnóstico até a implementação de estratégias em mídia, gestão e governança.

Segundo doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Gestão do Conhecimento Larissa Gaspar, idealizadora do Mediou, a transformação digital das OSC é uma necessidade para a promoção e consolidação dessas iniciativas atualmente, com a preocupação de, sobretudo, desenvolver uma sociedade mais justa e igualitária. “As Organizações da Sociedade Civil são fruto do arranjo autônomo da sociedade, com objetivos de promoção e defesa de direitos e, até mesmo, fazendo a mediação entre Estado e cidadão. Quanto mais reconhecimento por parte da sociedade, mais as OSC necessitam de planejamento estratégico para que possam ser sustentáveis financeiramente a fim de alcançar sua missão social”, diz.

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UFSC inaugura o Espaço Cultural Gênero e Diversidades

14/03/2025 17:53

Prédio de 1938 que já abrigou escola foi revitalizado e modernizado para abrigar o Espaço Cultural Gênero e Diversidades (Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugurou nesta sexta-feira, 14 de março, o Espaço Cultural Gênero e Diversidades (ECGD). Localizado na rua Desembargador Vitor Lima, 54 (em frente à Praça do Pida), no bairro Trindade, o ECGD será um espaço multiuso, destinado a atividades que envolvem ensino, pesquisa e extensão, com foco em temas relacionados a gênero e diversidade.

O espaço é vinculado ao Instituto de Estudos de Gênero (IEG), do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). O IEG já lançou um edital para ocupação das instalações, com o objetivo selecionar propostas de ações gratuitas de curta duração (até quatro dias) que abordem as temáticas de gênero e diversidade, tais como apresentações artísticas, oficinas, cine-debates e rodas de conversa. Podem participar integrantes da comunidade acadêmica ou membros de movimentos artístico-culturais e sociais de Florianópolis e região.

A solenidade de inauguração contou com a presença do reitor Irineu Manoel de Souza, da vice-reitora Joana Célia dos Passos, da deputada estadual Luciane Carminatti, de representante do deputado federal Pedro Uczai, de pró-reitores, secretários e integrantes da gestão da UFSC, além de convidados que fazem parte da história do IEG. Após uma apresentação artística do coral do Neti-Unapi (Universidade Aberta para as Pessoas Idosas), foi aberto espaço para fala de autoridades.

A assessora da Coordenação do IEG, Vera Gasparetto, fez um histórico do espaço e agradecimentos às muitas pessoas que colaboraram para a sua criação e revitalização. Seguiram-se as falas de Alessandra Brandão, coordenadora do espaço; Teresa Kleba, coordenadora do IEG; professor Alex Degan, diretor do CFH; Olga Zigelli Garcia, pró-reitora de Extensão da UFSC e coordenadora da revitalização; Rui Ricard da Luz, representante do deputado federal Pedro Uczai; deputada estadual Luciane Carminatti; Joana Célia dos Passos, vice-reitora e o reitor Irineu Manoel de Souza.
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UFSC e Ministério da Igualdade Racial lançam cartilha e promovem evento na segunda-feira, 17

13/03/2025 16:21

O Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) convida para o evento de divulgação dos primeiros resultados da pesquisa Desigualdades sociais no trabalho por conta própria: análises interseccionais de raça, classe e gênero, realizada em colaboração com o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e com a Rede Brasil Afroempreendedor (Reafro).

O evento ocorre na segunda-feira, 17 de março, das 9h às 12h, no auditório do Espaço Físico Integrado (EFI), no Campus de Florianópolis da UFSC e terá a participação da Secretária Nacional de Políticas de Ações Afirmativas e Combate e Superação do Racismo, Márcia Lima, que fará uma conferência sobre desigualdades interseccionadas e mercado de trabalho no Brasil.

A participação dá direito a certificado de atividade de extensão de três horas. A inscrição é gratuita e pode ser feita por aqui.

A pesquisa demonstra como discriminações de raça, gênero, classe e território incidem, combinadas, no trabalho por conta própria, fonte de renda de 25 milhões de pessoas no Brasil, um quarto da população economicamente ativa. O estudo compara dados obtidos pelo IBGE em 2019 e 2023 e constata a intensificação das desigualdades por conta dos efeitos da pandemia de Covid-19.

Importância da criação de políticas públicas

O relatório aponta a importância da criação de políticas públicas capazes de, ao mesmo tempo, combater as discriminações e fortalecer as atividades dos trabalhadores por conta própria. Os resultados serão divulgados em linguagem simples, em cartilha voltada a tomadores de decisão, pesquisadores, lideranças de movimentos sociais e organizações da sociedade civil.

Mais informações no site do evento.

 

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UFSC terá pesquisa sobre câncer com equipamentos de ponta e ganha novos laboratórios

26/02/2025 11:05

MultiCell é um dos espaços inaugurados e vai atuar na criopreservação celular e a capacitação de recursos humanos em técnicas de cultivo e propagação de células animais para fins biotecnológicos. Foto: Divulgação/UFSC

Três laboratórios com novos equipamentos para a execução de pesquisas de ponta foram oficialmente inaugurados nesta quarta-feira, 26 de fevereiro, no Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis. O complexo de laboratórios multiusuários foi viabilizado com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapesc) e vai ser base, entre outras coisas, para as pesquisas do recém formalizado Instituto Multidisciplinar de Pesquisas do Câncer e Tratamentos Oncológicos (Impacto) da UFSC.

O professor Edroaldo Lummertz da Rocha é o coordenador do Centro de Inovação Biotecnológica e Molecular (CinBio), que recebeu aproximadamente R$2,5 milhões em recursos para a compra de três equipamentos de grande porte, inéditos em Santa Catarina. “São equipamentos que poderão ser usados em outras pesquisas e para estudar qualquer tipo de doença, mas para nós são importantes para as pesquisas do câncer”, comenta.

O Citômetro de fluxo, por exemplo, faz análises imunológicas e de tipos celulares, como se fosse uma anatomia da célula. “O uso geral é para definir a composição celular de amostra de tecido ou órgão. Com ele é possível quantificar muito mais moléculas simultaneamente”, explica o professor. O equipamento, que em universidades é escasso, foi instalado em agosto e utilizado cerca de dez vezes para pesquisas sobre o câncer de mama.

Um outro equipamento inédito e que agora é operado no novo espaço da UFSC é o TapeStation, capaz de analisar fragmentos de RNA para entender, por exemplo, quais genes são expressos nas células relacionadas ao câncer com relação às saudáveis. No laboratório, a equipe utilizou para gerar a primeira coleção de genes mais aberrantes em camundongos com câncer de mama e sem câncer de mama. “O equipamento faz sequenciamento de última geração de amostras biológicas associadas ao câncer. Com ele é possível verificar como inibir processos de metástase”, explica.
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UFSC identifica 35 contaminantes emergentes na Lagoa da Conceição, inclusive cocaína

13/02/2025 08:50

Pesquisa teve colaboração do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) . Na imagem, Alice Cristina da Silva, uma das pesquisadoras do projeto. Foto: Divulgação/UFSC

Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) identificou 35 contaminantes emergentes em amostras coletadas na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, com concentrações particularmente elevadas na área próxima à estação de tratamento da Lagoa de Evapo Infiltração (LEI) da companhia de saneamento. Cafeína, diferentes tipos de medicamentos antibióticos, analgésicos e cocaína estão entre os elementos identificados pela equipe, que teve colaboração do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Os dados estão publicados na revista Science of the Total Environment.

O artigo menciona a detecção de metabólitos de drogas ilícitas, como a benzoilecgonina, o principal metabólito da cocaína, e a própria cocaína em amostras de água, sedimentos e biota na Lagoa da Conceição. A equipe trabalha em novos estudos a partir desses resultados, que foram confirmados por outros testes.

Essas substâncias da cocaína foram observadas em 63% das amostras analisadas, sugerindo uma presença significativa e consistente no ambiente. A detecção da benzoilecgonina foi particularmente relevante, uma vez que é considerada um marcador para o uso e descarte de cocaína. Estudos anteriores realizados pelos autores também relataram a presença desses compostos em águas costeiras do Brasil, incluindo em tubarões na costa brasileira, indicando a contaminação em diversos níveis do ecossistema.
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Professora da UFSC, liderança científica, alerta para desigualdades enfrentadas por mulheres na ciência

11/02/2025 07:57

A falta de igualdade de gênero na ciência e o enfrentamento aos obstáculos que constroem esses cenários precisam ser lembrados e confrontados. Essa é a avaliação da professora Débora Peres Menezes, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que também é diretora no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e foi a primeira mulher eleita a presidir a Sociedade Brasileira de Física.

“A academia tem que ser o mais inclusiva possível. E aí eu vejo a UFSC como protagonista de ações bem importantes”, destaca a cientista, pesquisadora de Física Nuclear, que recentemente publicou um artigo sobre os desafios das mulheres cientistas no repositório arXiv, da Universidade Cornell. Ela cita como exemplo positivo de enfrentamento às desigualdades o Prêmio Propesq-Mulheres na Ciência, que contempla apenas cientistas mulheres e destaca suas carreiras e trajetórias na universidade.

Conhecido como Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, esta terça-feira, 11 de fevereiro, é a data estabelecida pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) desde 2015 para promover a inclusão feminina na ciência. “Existe uma estrutura na sociedade que não facilita a identificação de mulheres, principalmente, com as Ciências Exatas. Eu costumo lembrar a primeira lei do Império que já deixava as meninas de fora do ensino de Matemática”, aponta Débora.

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Mudanças climáticas agravaram inundações em SC, analisam organização global e UFSC

05/02/2025 09:08

Lestada é evento extremo local que precisa de mais pesquisa.
Foto: Pixabay/Divulgação

As mudanças climáticas agravaram as inundações de janeiro registradas no litoral de Santa Catarina por conta do fenômeno conhecido como “lestada”. A constatação foi divulgada em documento da World Weather Attribution (WWA), organização mundial que atua para dar respostas ágeis e com evidências científicas sobre o impacto das mudanças climáticas em eventos extremos, como ondas de calor, tempestades e inundações.

A professora de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina Rodrigues, assinou a análise em colaboração com o pesquisador da organização, Ben Clark. “Esses eventos são comuns em anos de La Niña fraca, como ocorreu em dezembro de 1995, quando 165 milímetros de chuva caíram na região metropolitana de Florianópolis em 36 horas. No entanto, o volume de chuva do evento mais recente em um período tão curto não tem precedentes”, pontua o documento.

Regina explica que, como esse evento é muito localizado, não é possível fazer o trabalho de atribuição às mudanças climáticas porque os modelos utilizados pela organização não conseguem executar a simulação. “Porém, nesses casos, a gente levanta os dados e casos semelhantes (regiões próximas) para inferir que teve influência das mudanças climáticas, dado o volume das chuvas em tão pouco espaço de tempo”.

O estudo traz os dados do acumulado de chuva registrado em diversas cidades catarinenses e na capital, Florianópolis, que atingiu, em menos de 48 horas, quase o dobro de volume esperado para janeiro. “Até o momento, as tendências recentes apontam para um aumento significativo da precipitação extrema na região”, indica o estudo, que traz referências da literatura mundial e também do relatório do IPCC AR6, de 2023, do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas.

Eventos duas vezes mais prováveis

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Evento extremo que atingiu SC é de difícil previsibilidade, aponta pesquisadora da UFSC

17/01/2025 15:02

Fenômeno transbordou laguinho no Campus de Florianópolis da UFSC. Foto: Caetano Machado/Agecom/UFSC

O evento extremo que atingiu parte do litoral de Santa Catarina nos últimos dias era de difícil previsibilidade, explica a professora Regina Rodrigues, da Coordenadoria Especial de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e referência nos estudos das mudanças climáticas no Brasil e no mundo. De acordo com ela, por se tratar de um fenômeno local – popularmente conhecido como lestada – existe também um gap no conhecimento científico de sua natureza.

“São nuvens que os satélites não captam. A gente usa muitos dados de satélites para alimentar os modelos. Radares meteorológicos, sozinhos, não fazem previsão”, pontua. Segundo Regina, o radar auxilia os profissionais que estão utilizando os modelos na previsão, mas é preciso investimento em capacitação e recursos humanos para que situações como essas possam ser gerenciadas.

A pesquisadora também lembra que as lestadas são fenômenos locais, característicos da região. “Todo conhecimento que a gente tem é mais do Hemisfério Norte e de pesquisadores de países como Estados Unidos, Europa. Então por isso a gente sabe mais de eventos extremos que ocorrem lá. Esse evento é super localizado e a gente não tem o conhecimento científico, porque não há investimento nisso”.

Presente alterado pelas mudanças climáticas

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Formada por mais de 30 laboratórios, Rede de Biotecnologia da UFSC tem criação aprovada pela Propesq

05/12/2024 16:09

A Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (Propesq/UFSC) aprovou na última quinta-feira, 28 de novembro, a criação da Rede de Biotecnologia (Rede Biotech), formada por mais de 30 laboratórios e grupos de pesquisa dos campi de Florianópolis, Blumenau e Curitibanos da UFSC. A rede reúne competências com o objetivo de desenvolver projetos inter e multidisciplinares em biodiversidade e biotecnologia, promovendo a colaboração entre a academia, empresas e centros de pesquisa.

Coordenada pela professora Débora de Oliveira, do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos (EQA), a Rede Biotech integra esforços de docentes, pesquisadores e parceiros estratégicos, como a Rede de Ciência e Tecnologia em Biodiversidade e Bioeconomia (RCBio), do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), a fim de desenvolver produtos e processos biotecnológicos com impacto socioeconômico e ambiental direto em Santa Catarina.

De acordo com os responsáveis pela Rede da UFSC, a parceria viabiliza a consolidação de centros de excelência por meio do compartilhamento de infraestrutura avançada e do intercâmbio de conhecimento técnico e científico, além de representar um avanço estratégico no campo da biotecnologia. “A união das duas redes reforça o compromisso com a sustentabilidade e com a geração de valor por meio da inovação, contribuindo para transformar desafios em oportunidades para um futuro mais verde e tecnológico”, afirmam.

Além de potencializar a transferência de tecnologia e inovação, a colaboração entre UFSC e Senai contribui para a formação de profissionais qualificados e para o fortalecimento da competitividade industrial da região catarinense. Ao ampliar o impacto da biotecnologia na indústria, a parceria também desenvolve soluções que atendem a demandas locais e globais em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU).

Os pesquisadores ressaltam ainda que a  formalização de iniciativas como a Rede Biotech está em consonância com a Normativa nº 02/2023/CPESQ, que regula a associação de grupos de pesquisa da UFSC a estruturas de pesquisa externas. Para mais informações, acesse o Instagram, LinkedIn ou site da Rede Biotech.

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Estudo da UFSC revela ambiguidade do termo ‘Clean Label’ em alimentos industrializados

21/11/2024 13:30

Imagem de viniciusmagalhaesvsm por Pixabay.

Um estudo realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) no âmbito do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisou a utilização do termo Clean Label no rótulo de alimentos industrializados. A pesquisa é  resultado da dissertação de mestrado defendida pela nutricionista Laura Volpato, em julho de 2024, sob orientação da professora Ana Carolina Fernandes e coorientação da professora Paula Lazzarin Uggioni. 

A pesquisa, financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), mapeou os principais conceitos que já existem sobre o assunto, analisando a utilização do termo em relação à rotulagem de alimentos industrializados. 

“O principal objetivo era conceituar o termo Clean Label, entender o que está sendo falado sobre ele, de onde ele surgiu, e se ele deveria ser regulamentado, no sentido de se deveria ou não ser utilizado”, explica Laura. 

Os resultados apontaram que o termo tem sido utilizado pelos fabricantes para sugerir ao consumidor que os produtos contém menos aditivos alimentares, listas de ingredientes mais simples ou que são produtos ultraprocessados com características esperadas de alimentos menos processados. “Termos como ‘caseiro’ ou ‘natural’não deveriam estar no rótulo porque a gente não sabe o que o consumidor interpreta, e percebemos que isso é o que mais tem relação ao termo Clean Label. São coisas que remetem ao saudável sem necessariamente ser”, complementa a nutricionista.

Por meio de busca e seleção de 4.794 artigos, foram incluídos e analisados 74 estudos que trazem alguma definição de clean label ou critério de uso do termo em rótulos de alimentos industrializados; ou que tenham avaliado sua aplicação na elaboração ou na rotulagem desses produtos. 

O estudo indica uma proposição ampla do conceito clean label. Segundo a pesquisadora, a utilização de conceitos relacionados a ele são transitórios e subjetivos, dependendo da percepção do consumidor sobre o que é um alimento saudável e sustentável. Laura concluiu que o termo “não deveria ser regulamentado pois não há uma definição clara e específica”.

 

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Pesquisador da UFSC faz primeiro registro de espécie rara de louva-deus no Sul do país

21/11/2024 10:14

Louva-deus da espécie Vates phoenix. Foto: Leo Lanna/Projeto Mantis/Divulgação.

O pesquisador Gabriel de Almeida Ponte Gomes, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez o primeiro registro do Sul do Brasil de uma espécie rara de louva-deus, com cerca de sete centímetros de comprimento, listras pelo corpo, formato de folha nas pernas traseiras e um pequeno chifre na cabeça: a Vates phoenix. A expedição noturna ocorreu em novembro de 2022 em uma mata próxima à Lagoa do Peri, no Sul de Florianópolis.

Gabriel, que é estudante da graduação em Ciências Biológicas na UFSC, estava acompanhado do colega Djonatan Artur Rosemann – também pesquisador –, que olhou para cima e observou um inseto grande camuflado nas árvores. Gabriel coletou o louva-deus e identificou que era do gênero Vates. “Eu sabia que era um gênero que ainda não tinha registro na Ilha, então seria um registro novo”, relatou. Mais tarde, quando identificou a espécie do animal, Gabriel descobriu que esta ainda não havia sido registrada em nenhum estado do Sul do país.
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Tags: artigo científicobiologiaCiências BiológicasCurso de BiologiaCurso de Ciências BiológicasLaboratório de Sistemática de Dipteralouva-deusLSDipMata AtlânticaMonumento Natural Municipal da Lagoa do PeripesquisapreservaçãoProjeto MantisUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVates phoenix

UFSC aprova 71 projetos em edital universal de pesquisa de SC; investimento é de R$16 milhões

21/11/2024 10:02

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi a instituição com o maior número e maior volume de investimentos aprovados no edital universal de fomento à pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Destaque nos rankings de avaliação nacionais e mundiais, a UFSC, universidade pública e gratuita, aprovou 71 projetos e vai receber recursos de mais de R$16 milhões para executar estudos nos campi de Araranguá, Curitibanos, Florianópolis e Joinville, em praticamente todas as áreas de estudos.

Pelo menos 19 destes projetos receberão R$ 250 mil cada, valor máximo garantido no edital, que contemplou, no total, 150 projetos de diversas instituições do Estado.

Um destes projetos busca o desenvolvimento de vacina para leishmaniose visceral e cutânea, com coordenação do professor Edmundo Carlos Grisard, mas há outras áreas das ciências também contempladas, como a pesquisa espacial, com estudo sobre modelagem e simulação de plasma em propulsores elétricos para missões espaciais, do professor Juan Pablo de Lima Costa Salazar. A professora Cristina Scheibe Wolff também teve seu projeto aprovado e vai estudar gênero emoções e política nas redes de mídias sociais no brasil contemporâneo.

Confira aqui os projetos aprovados, seus coordenadores e os valores de investimento previstos.

 

 

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Pesquisadores da UFSC apresentam nova hipótese para extinção da megafauna nos últimos 60 mil anos

13/11/2024 13:15

Estudo refuta a hipótese mais defendida até então, de que os humanos foram o principal fator responsável pelo processo de extinção da megafauna no Quartenário tardio. Foto: Thomas T. (CC BY-NC-SA)

Um estudo iniciado há 12 anos por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que as causas da extinção global de animais de grande porte — com mais de 44 kg — , conhecidos como megafauna, estão diretamente relacionadas com mudanças climáticas naturais que ocorreram entre os últimos 60 e 10 mil anos, durante o período geológico do Quaternário tardio. A conclusão refuta a hipótese mais defendida até então, de que a chegada dos grupos humanos aos continentes e ilhas foi o principal fator responsável pelo processo de extinção da megafauna no planeta.

O artigo Seasonality and desertification drove the global extinction of megafauna in the late Quaternary, ou Sazonalidade e desertificação levaram à extinção global da megafauna no Quaternário tardio em português, foi publicado em setembro deste ano na revista científica Quaternary Science Reviews. O estudo contou com a participação de seis pesquisadores brasileiros de universidades federais, três deles da UFSC: Maurício Graipel e Jorge Cherem, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), e Paul Momsen Miller, do Centro de Ciências Agrárias (CCA). 

A pesquisa aponta que a dispersão humana nos continentes e ilhas ocorreu simultaneamente a momentos críticos nos parâmetros de obliquidade da Terra (ângulo de inclinação do planeta em relação ao Sol) e a baixos níveis atmosféricos de gás carbônico (CO2), que ocasionaram períodos de alta sazonalidade e desertificações no globo.
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Feira de Ciências da Sepex vai até sexta-feira, 8 de novembro, com atrações para todas as idades

06/11/2024 13:35

Fotos: Andrey Santiago

A Feira de Ciências da Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina começou nesta quarta-feira, 6 de novembro, com atrações das mais variadas áreas do conhecimento e para todas as idades. Estandes demonstrativos e com possibilidade de interação direta entre os projetos e pesquisas da UFSC e a comunidade são o ponto alto da atração, que recebe entre seus visitantes famílias e escolas de diversas cidades. A atividade ocorre das 9h às 18h no Centro de Cultura e Eventos do Campus da Trindade.

Sãp 70 estandes das áreas de Comunicação, Cultura, Educação, Tecnologia, Meio-Ambiente, Trabalho, Direitos Humanos e Saúde, por áreas temáticas. Na área da Cultura, por exemplo, o projeto de extensão Registro da Pesca Colaborativa com Botos como Patrimônio Imaterial do Brasil estará presente pela primeira vez, apresentado pelo Coletivo de Estudos em Ambientes, Percepções e Práticas (CANOA).

Crianças estão entre o público da Feira de Ciências

Beatriz Bugio, antropóloga e extensionista do projeto, explica que o objetivo do estande é falar sobre o registro que o curso de Antropologia da UFSC tem feito para tornar essa prática um patrimônio. “É uma pesca que acontece em poucos lugares do mundo onde os botos indicam para os pescadores onde eles têm que jogar a rede para capturar as tainhas, então é uma colaboração. É por isso que o nosso argumento é que os detentores desse patrimônio não são só os pescadores humanos, são também os botos”.

A expectativa é compartilhar o projeto de maneira mais acessível para quem não está no ambiente acadêmico, diz Beatriz. “A gente vai ter o desafio de tentar comunicar o que a gente está fazendo, o que esse projeto está realizando para pessoas de fora da universidade, acho que vai ser o mais legal”, complementa.

Além da feira, a Sepex conta, na sua programação, com palestras, atrações culturais, minicursos e rotas temáticas. Acesse as notícias e veja o serviço completo aqui.

 

 

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Sepex 2024: seminário apresenta mais de 80 trabalhos de iniciação científica da UFSC

31/10/2024 11:44

Mais de 80 estudantes da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentarão seus trabalhos de iniciação científica durante a 21ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex). O 34º Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SIC) 2024 começa nesta segunda-feira, 4 de novembro, e segue até quinta-feira, 7 de novembro. Os painéis serão no auditório do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) do campus de Florianópolis, com início sempre às 8h30. A participação é gratuita e aberta a toda comunidade.

As apresentações estão divididas nos seguintes eixos temáticos:

1. Promoção da igualdade e fortalecimento da democracia;
2. Sustentabilidade e mudança climática;
3. Saúde e qualidade de vida;
4. Tecnologia e Inovação.

Confira a programação do seminário.

A dinâmica do evento prevê dois blocos de quatro ou cinco apresentações – de no máximo 10 minutos – por turno. Ao final de cada bloco temático, os trabalhos deverão ser debatidos em mesa composta por mediador, representantes de centros de ensino, debatedores relacionados aos temas, além dos orientadores dos projetos apresentados.

Mais informações no site do Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica (SIC).

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UFSC na mídia: 60 anos de parceria da Universidade com as indústrias do Brasil

10/10/2024 11:54

Pró-reitor de pesquisa e inovação Jacques Mick. Foto: Globoplay.

No último domingo, 6 de outubro, o programa Tech SC da NSCTV, disponível no Globoplay, produziu um quadro sobre o protagonismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nas pesquisas na área de inovação da indústria. O pró-reitor de pesquisa e inovação da UFSC, Jacques Mick, foi fonte para o programa.

De acordo com a reportagem, a Universidade faz parceria com as indústrias há cerca de 60 anos. “A UFSC pratica a inovação desde muito antes desta palavra ser usada para descrever as conexões entre a universidade e as indústrias do Brasil”, comenta o pró-reitor. Jacques Mick explica que a UFSC faz pesquisas, desenvolve materiais e inventa soluções novas com o objetivo de melhorar a qualidade de vida da população catarinense e brasileira.

Pesquisador da UFSC. Foto: Globoplay.

Em abril de 2022 foi aprovada uma política de inovação e de empreendedorismo e, desde então, 15 linhas de ação vêm sendo desenvolvidas pela UFSC, que fornecem “o suporte que as indústrias e o setor produtivo precisam para transformar aquilo que é uma invenção de cientistas em uma aplicação que tenha consequências práticas e impacto na vida de todo mundo”, explica o pró-reitor.

Confira o programa na íntegra: Edição 06/10/24

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Sepex 2024 lança edital e recebe submissão de propostas até 27 de setembro

18/09/2024 12:51

A submissão de propostas de atividades a serem realizadas na 21ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da UFSC (Sepex) estará aberta de 10 a 27 de setembro. O maior evento de divulgação científica de Santa Catarina será realizado entre 4 e 8 de novembro. Podem ser inscritas propostas de estandes, rotas temáticas, minicursos e atividades artístico-culturais. O edital da Sepex foi lançado nesta terça-feira, 10 de setembro.

>> Acesse o edital completo de seleção da 21ª SEPEX

Dentro das propostas para participar da Feira de Ciências (por meio de estandes), podem ser inscritas exposições de projetos de ensino, pesquisa, extensão e/ou inovação em espaço físico a ser delimitado pela organização da Sepex, nas datas de 6 a 8 de novembro, no Centro de Cultura e Eventos da UFSC – serão 70 estandes neste ano. Já as Rotas Temáticas compreendem a abertura de espaços da UFSC à visitação, incluindo projetos com estrutura própria como laboratórios e exposições, a ocorrerem também entre 6 e 8 de novembro.

Os Minicursos serão cursos de curta duração oferecidos à comunidade interna e externa da UFSC, de maneira gratuita, mediante inscrição prévia dos participantes. Poderão ser realizados entre os dias 4 e 8 de novembro, nas modalidades virtual ou presencial. As Atividades Artístico-Culturais incluem mostras de música, dança, teatro e outras linguagens artísticas e apresentações culturais, coordenadas por servidores da UFSC ou que estejam vinculadas a projetos de ensino, pesquisa e extensão de quaisquer setores da UFSC. As atividades artístico-culturais serão realizadas entre os dias 6 e 8 de novembro, presencialmente em estrutura a ser definida pela organização do evento, e virtualmente nos canais oficiais de divulgação.

Serão priorizadas propostas que dialoguem com a temática da Semana Nacional da Ciência e Tecnologia 2024 – Biomas do Brasil: diversidades, saberes e tecnologias sociais. Outros critérios da avaliação são interatividade, público alcançado e clareza da proposta.

Confira o cronograma completo da Sepex 2024.

O quê Quando Onde
Lançamento do Edital 9 de setembro https://sepex.ufsc.br/
Inscrições das propostas 10 a 27 de setembro sgsepex.ufsc.br (estandes e minicursos)Formulário (Rotas Temáticas)Formulário (atividades artístico-culturais)
Seleção das propostas 30 de setembro a 3 de outubro Comissão Organizadora
Resultado preliminar 4 de outubro https://sepex.ufsc.br/
Prazo para recursos 5 a 7 de outubro sepex@contato.ufsc.br
Entrega de Termos de Compromisso Até 15 de outubro sepex@contato.ufsc.br (estandes e Rotas Temáticas)minicursos.sepex@contato.ufsc.br (minicursos)
Homologação e resultado final 9 de outubro https://sepex.ufsc.br/
20ª SEPEX  De 4 a 8 de novembro UFSC

Mais informações no site da SEPEX.

Dúvidas sobre o edital podem ser encaminhadas para o e-mail sepex@contato.ufsc.br

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Seminário Fazendo Gênero abre com presença da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves

30/07/2024 19:03

Ritual indígena na abertura da conferência de Amina Mama. Foto: Carol Esmanhotto/Fazendo Gênero/UFSC

A 13° edição do Seminário Internacional Fazendo Gênero teve sua abertura oficial nesta segunda-feira, 29 de julho, com a conferência da escritora, ativista e acadêmica nigeriana-britânica Amina Mama, no auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no Campus de Florianópolis, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Aberto com a apresentação de sons e danças de matriz africana além de um ritual indígena, o evento valorizou a diversidade e caráter democrático do seminário.

A mesa de abertura contou com a presença e falas da Ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; da diretora de Políticas e Programas de Educação Superior da SeSU/MEC, Ana Lúcia Pereira; do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; da vice-reitora Joana Célia dos Passos; do reitor e da vice-reitora da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), José Fragalli e Clerilei Bier; do reitor do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), Maurício Gariba Júnior; da representante dos movimentos sociais Letícia Borges de Assis; da coordenadora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) da UFSC, Teresa Kleba, e da comissão organizadora do evento, formada por Alexandra Alencar, Alinne de Lima Bonetti, Débora de Carvalho Figueiredo e Janyne Sattler.

>> Assista ao evento no canal do IEG no YouTube.

>> Marcha contra o fim do mundo, no centro de Florianópolis, ocorre nesta quarta-feira, 31 de julho

Outras autoridades também tiveram sua presença registrada, como pró-reitores, secretários, autoridades universitárias da UFSC, IFSC e Udesc.

Em sua fala, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, citou a pandemia de Covid-19 enfrentada pelos brasileiros. “Perdemos 750 mil pessoas e até hoje não fomos capazes de viver o luto”, disse a ministra. Para ela, a volta do Fazendo Gênero simboliza o retorno da ciência, da pesquisa, do estudo. “Representa a volta do Brasil, a volta das mulheres que nunca desistiram deste país. Nós voltamos mais maduras, mas temos que enfrentar o fascismo todos os dias da nossa vida”. Ela citou alguns avanços já alcançados, mas ainda não garantidos, com a Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres.

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Presença do Brasil na Antártica completa 40 anos com apresentação das contribuições da UFSC

17/07/2024 07:50

Navio brasileiro Barão de Teffé participou das primeiras expedições à Antártica. Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

Há 40 anos, o Brasil estabelecia sua base de pesquisa na Antártica, o continente gelado mais ao sul do mundo. Em fevereiro de 1984, iniciava-se a implantação da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), inaugurando desafios ímpares para os exploradores do território inóspito, bem como para a ciência nacional. Essa história será lembrada no simpósio 40 anos do Brasil na Antártica, promovido pela Associação de Pesquisadores e Educadores em Início de Carreira sobre o Mar e os Polos (APECS-Brasil) e pela Escola Superior de Defesa (ESD) do Ministério da Defesa, com o apoio da Association of Polar Early Career Scientists (APECS). O evento começa nesta quarta-feira, 17 de julho, na ESD, em Brasília (DF). A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participará mostrando 10 anos de contribuição de pesquisas relacionadas à Antártica, com seis mulheres cientistas ligadas à Universidade entre todos os palestrantes.

 Muitas das contribuição da UFSC à pesquisa e à exploração do continente gelado são nas áreas de psicologia, saúde e segurança. Nesse sentido, o Laboratório Fator Humano, do Centro de Filosofia e Ciência Humanas (CFH), é pioneiro. “Esse é o primeiro laboratório nacional com temas em psicologia, anteriormente um projeto de medicina também incorporou aspectos psicológicos. O trabalho iniciou com a proposta de reproduzir estudos internacionais, focando na questão dos estressores, com um artigo escrito nessa direção de mapeamento. Posteriormente, avançamos com questionamentos sobre a qualidade do sono até chegarmos a um modelo conceitual de comportamento seguro, que foi a base para o desenvolvimento de um sistema na forma de programa de atenção à saúde e à segurança”, explica o professor Roberto Moraes Cruz, coordenador do Laboratório Fator Humano.

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