Laboratório de Virologia Aplicada comemora 30 anos com evento nesta sexta, 24

24/11/2023 08:30

O Laboratório de Virologia Aplicada do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (LVA/MIP) do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (CCB/UFSC) comemora os 30 anos de atuação com uma mesa redonda e exposição de trabalhos nesta sexta-feira, 24 de novembro, às 13h30. A recepção será no Auditório do CCB, no Córrego Grande.

O evento será transmitido ao vivo no canal do LVA no YouTube.

Durante o evento o LVA pretende divulgar suas pesquisas e celebrar momentos significativos de sua história. O laboratório é conhecido por ter identificado o coronavírus em amostras de esgoto em Florianópolis ainda em 2019. Além disso, atuou nos esforços de testagem e identificação de variantes do vírus durante a pandemia, e mais recentemente, auxiliou o poder público na identificação de focos de contaminação com o norovírus na água da capital catarinense.

A mesa redonda, intitulata “Somos a história que contamos, moldada pela existência daqueles que nos precederam” será o evento principal, seguido por uma exposição de pôsteres de trabalhos desenvolvidos no Laboratório, e de uma oportunidade final de networking e confraternização.

 

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UFSC identifica Norovírus em epidemia de diarreia em Florianópolis; vírus pode estar na água e alimentos

21/01/2023 11:55

Laboratório de Virologia Aplicada analisa amostras de diversos materiais. Foto: Daiane Mayer/Estagiária de Fotografia da Agecom/UFSC

O Laboratório de Virologia Aplicada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) identificou o Norovírus Humano Genótipo I (HuNoV-GI) em 12 das 19 amostras fecais analisadas em parceria emergencial com o BiomeHub e a Vigilância Sanitária de Florianópolis (Visa). A equipe coordenada pela professora Gislaine Fongaro, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, analisou 19 amostras fecais e três em praia e rio. “O micro-organismo é um agente patogênico e sua presença significa um problema para saúde pública”, alerta. As amostras foram fornecidas pela Visa.

Segundo ela, os Norovírus detectados no estudo, tanto em amostras fecais quanto em água, são vírus feco-orais, patogênicos, responsáveis por surtos gastroentéricos, sendo propagados principalmente por via alimentar. Sua transmissão também pode ocorrer pela água e por aerossóis provenientes de fezes e vômito de pacientes infectados. “Recomenda-se fortemente a ampliação da vigilância em pacientes e águas, bem como em amostras de alimentos, principalmente de consumo direto ou minimamente processados – hortaliças e outros”, completa.

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Equipe da UFSC investiga possíveis causas da epidemia de diarreia em Florianópolis

10/01/2023 09:00

Áreas com baixo ou saneamento reduzido, valas de esgotamento sanitário ilegais, aumento da população durante o veraneio e aumento das temperaturas podem favorecer a circulação e permitir maior propagação de agentes que causam a diarreia, explica a professora do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC, Gislaine Fongaro. A equipe do Laboratório de Virologia Aplicada e do Laboratório de Ficologia está ampliando a coleta de amostragens em praias de Florianópolis para o monitoramento viral diante da epidemia registrada na cidade: são cerca de mil casos registrados em dez dias. A expectativa é que até 20 de janeiro os cientistas tenham uma visão dos vírus que circulam na capital, com foco na Ilha.

De acordo com Gislaine, as equipes da universidade também vão avaliar o esgoto bruto para entender o que está circulando na população local e na população itinerante. “Nossos estudos de pesquisa e extensão são amplamente importantes para população geral, servem de alerta epidemiológico e alerta sanitário”, explica a professora. Além disso, de acordo com ela, os dados complementam análises de balneabilidade que, para atenderem legislação, avaliam indicadores fecais bacterianos, mas não avaliam agentes virais nas rotinas.

A professora explica que os chamados surtos gastroentéricos – vômito e diarreia – estão relacionados a agentes infecciosos, principalmente vírus e bactérias que possuem trânsito em águas de beber, águas para recreação e alimentos contaminados. “Esses agentes infecciosos são chamados de entéricos, ou seja, que possuem rota oral-fecal, sendo ingeridos e excretados nas fezes de pessoas e animais não humanos suscetíveis”, complementa.

O saneamento básico, água e esgoto tratados e a higienização de alimentos são essenciais para a prevenção dos surtos. “O contato direto de não infectados com infectados, bem como o contato direto com fezes e papeis e fraldas contaminadas e aerossóis de banheiros e outros, podem ser importantes formas de transmissão de vírus e bactérias entéricas”, comenta Gislaine.

Outro ponto a ser destacado sobre os surtos de vômitos e diarreia é que esses agentes virais são muito mais propagáveis, e os vírus muito resistentes em ambientes, águas e alimentos. Assim, reforça ela, as viroses acabam sendo protagonistas nas gastroenterites agudas. Os adenovírus, norovírus, vírus da hepatite A e E e rotavírus são os principais causadores de gastroenterites.

Verão e prevenção

Segundo Gislaine, durante a temporada de verão, com o aumento de pessoas nas áreas litorâneas e de crianças em áreas de recreação, o alvo de infecções dos agentes que estão em águas aumenta. “Eficiência sanitária, água potável segura, alimentos seguros e higienização de mãos e áreas coletivas são amplamente importantes para reduzir a propagação de agentes infecciosos entéricos”, diz. Outra importante estratégia é o rastreio ágil da fonte contaminadora, para reduzir o impacto dos surtos e epidemias.

O Laboratório de Virologia Aplicada tem mais de 30 integrantes e se dedica há mais de três décadas aos estudos de diagnóstico de vírus em águas, fezes, alimentos, solos e outros. Anualmente, realiza coletas e estudos de águas balneáveis, águas potáveis de torneira e poços profundos, rios, mar e água salobra.

O LVA tem se dedicado a estudos de vírus que circulam em esgoto para saber o que está circulando na população, Há quatro anos, equipes monitoram águas e esgotos de Florianópolis também no período de veraneio, analisando adenovírus, norovírus, vírus da hepatite A e E, rotavírus e vírus entéricos.

Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

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UFSC e instituições parceiras lançam Rede Pan-Americana de Epidemiologia Ambiental nesta segunda, 29

29/11/2021 16:08

Laboratório de Virologia Aplicada analisa amostras de diversos materiais. Foto: Daiane Mayer/Estagiária de Fotografia da Agecom/UFSC

O Laboratório de Virologia Aplicada do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas (MIP/CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), juntamente com outras instituições governamentais e acadêmicas de 14 países da América Latina, lançam, nessa segunda-feira, 29 de novembro, a Rede Pan-Americana de Epidemiologia Ambiental (Panacea). A rede Panacea é capaz de obter dados em tempo real para detectar riscos microbiológicos e químicos na região. Além disso, busca desenvolver e implementar novas ferramentas moleculares para aplicação em epidemiologia ambiental, bem como formar profissionais capazes de produzir, analisar e interpretar dados.

A iniciativa tem colaboração com a University of Newcastle, a Universidad de Santiago de Compostela, o Instituto Karolinska e o MGI Tech. A Panacea conta, ainda, com o apoio do Northumbrian Water Group e do Suez Group, e visa expandir as atuais capacidades analíticas dos países da América Latina e do Caribe para implementar os programas de Epidemiologia Baseada em Águas Residuais (WBE).

O projeto de co-criação da rede, liderado pela University of Newcastle, começou a sequenciar amostras históricas e contemporâneas em toda a América Latina para determinar as variantes do SARS-CoV-2 que circulam na região. A pesquisa avalia a prevalência em tempo real e as variantes genômicas do vírus nas principais cidades do continente. A equipe está também se preparando para expandir o trabalho da rede no monitoramento resistência antimicrobiana (AMR) e outros agentes infecciosos.
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UFSC na mídia: estudo aponta infecção por Covid-19 em Florianópolis em 2019

15/03/2021 17:11

O Sars-Cov-2, também conhecido como novo coronavírus, responsável pela doença da Covid-19, já circulava em Florianópolis em 2019. Um estudo coordenado por pesquisadores da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) e da Universidade de Burgos, na Espanha, confirmou a detecção do vírus na rede de esgoto da Capital em novembro daquele ano.

Confira a notícia completa do ND+.

 

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Laboratório de Virologia Aplicada fecha parcerias para pesquisas com o coronavírus

09/11/2020 08:00

Pesquisar o SARS-C0V-2 no passado da população de Santa Catarina e no presente de regiões desassistidas: são projetos em andamento do Laboratório de Virologia Aplicada (LVA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O primeiro é uma parceria com o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), Hospital Universitário da UFSC, Laboratório de Protozoologia, Laboratório de Bioinformática e empresas conveniadas para investigar amostras retroativas de pacientes; o segundo, com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), para utilizar o esgoto como ferramenta sentinela e averiguar a incidência de Covid-19 em áreas vulneráveis.

“Vamos avaliar o coronavírus antes de saber que ele circulava”, conta a pesquisadora do LVA e professora da UFSC Gislaine Fongaro, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP). Amostras clínicas atreladas a diagnóstico de doenças respiratórias serão reavaliadas para investigar SARS-CoV-2. Trata-se de projeto em parceria com o Lacen de SC. São amostras colhidas entre julho de 2019 e janeiro de 2020, antes da pandemia. Como a equipe já trabalha no sequenciamento do genoma do vírus que circula atualmente em Santa Catarina, irá “observar a taxa de mutação do vírus, novas cepas, comparar o início com o pico da pandemia e a segunda onda, tudo parte de um macroprojeto com vários parceiros. Ao amadurecer estas propostas, vamos conseguir mais resultados e abrir novas possibilidades de pesquisas para tirar conclusões além das amostras retroativas”, frisa.

O trabalho do LVA ganhou destaque internacional quando descobriu que amostras do novo coronavírus estavam no esgoto de Florianópolis em novembro de 2019. “Houve grande visibilidade da virologia ambiental. A OMS e a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) vêm dando respaldo em seminários e reuniões para utilizar isto como ferramenta”, comenta a professora da UFSC. Gislaine afirma que ferramentas sentinelas serão importantes após a pandemia: “Agora, tudo é positivo (em grandes centros urbanos), mas como não temos em mãos data para uma vacina, testes em pools que representam grupos e detectam indiretamente o vírus indicariam o momento de tomar mais cuidado”.

Esses estudos estão sendo muito importantes, analisando o esgoto como ferramenta epidemiológica sentinela (para monitoramento), reconhecida pela da Organização Mundial de Saúde (OMS) – ao invés de testes individuais, o material serve como uma amostra coletiva de uma população. O LVA participa da validação e implantação de protocolos mínimos de controle deste tipo de ferramenta. “Recebemos e processamos amostras de esgoto coletadas de locais vulneráveis a doenças respiratórias, como assentamentos, alojamentos, presídios e asilos”, observa a pesquisadora. “Conseguimos avaliar quando aumenta a carga viral, e passar o resultados para as autoridades tomar decisões. Já tivemos negatividade em determinadas regiões, mas também positividade onde não havia registro oficial de coronavírus. Cabe à vigilância epidemiológica local tomar decisões específicas para evitar mais casos e infecções”, alerta Gislaine.

Uma grande preocupação de pesquisadores do campo da virologia ambiental, avalia Gislaine, é a necessidade de vários controles de qualidade, desde a área da coleta ao método para recuperar vírus da amostra. “Como não temos legislação específica, para reforçar a confiabilidade, utilizamos controles internos para extrair e recuperar a partícula exógena, monitorando o processamento da amostra desde a coleta até a análise de concentração das  partículas virais, do material genético. É preciso entender de virologia aplicada a área ambiental para  nem superestimar nem subestimar resultados. Ainda, só porque encontrou material genético de um vírus na água, não significa que vai infectar as pessoas”, pondera a professora.

Testes virucidas
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Força-tarefa de pesquisadores agiliza testes de Covid-19 no HU

15/07/2020 12:11

Testes feitos no laboratório são realizados sob demanda, e resultados saem de 12 a 48 horas. Foto: divulgação

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está realizando uma força-tarefa para testar a infecção por coronavírus em profissionais de saúde e pacientes do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC). O resultado dos testes ajuda a agilizar na tomada de decisões de gestão de pessoas e de leitos hospitalares e embasa melhor a adoção de medidas para combater o avanço da pandemia da Covid-19, além de auxiliar a desafogar o sistema de saúde na testagem da população.

De acordo com a professora do Departamento de Análises Clínicas da UFSC, Maria Luiza Bazzo, que coordena o Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia (LBMMS/CCS/UFSC), que funciona no HU, são cerca de 20 pessoas, entre pesquisadores, professores, profissionais de saúde, técnicos e estudantes de pós-graduação envolvidas nas testagens. O grupo consegue entregar os resultados dos testes entre 12 e 48 horas.
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Partículas do novo coronavírus são descobertas em amostra do esgoto de Florianópolis de novembro de 2019

02/07/2020 08:12

Partículas do novo coronavírus, SARS-CoV-2, foram encontradas em duas amostras do esgoto de Florianópolis colhidas em 27 de novembro de 2019, dois meses antes do primeiro caso clínico ser relatado no Brasil. A descoberta é descrita na pesquisa SARS-CoV-2 in human sewage in Santa Catarina, Brazil, November 2019, de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina, da Universidade de Burgos (Espanha) e da startup BiomeHub. Assinam o pré-print do artigo Gislaine Fongaro (Laboratório de Virologia Aplicada – LVA/UFSC), Patrícia Hermes Stoco (Laboratório de Protozoologia/UFSC), Dóris Sobral Marques Souza (LVA-UFSC), Edmundo Carlos Grisard (Laboratório de Protozoologia/UFSC), Maria Elisa Magri (Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental), Paula Rogovski (LVA/UFSC), Marcos André Schörner (Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia/LBMMS/UFSC), Fernando Hartmann Barazzetti (LBMMS/UFSC), Ana Paula Christoff (BiomeHub), Luiz Felipe Valter de Oliveira (BiomeHub), Maria Luiza Bazzo (LBMMS/UFSC), Glauber Wagner (Laboratório de Bioinformática/UFSC), Marta Hernández (Seção de Microbiologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Burgos) e David Rodriguez-Lázaro (Seção de Microbiologia/Burgos). Uma versão preliminar do artigo foi distribuída pelo site MedRxiv.

A professora da UFSC Gislaine Fongaro explica que amostras de esgoto do final de outubro até o início de março foram analisadas. “Acessamos amostras congeladas do esgoto bruto para investigar o material como ferramenta epidemiológica”, afirma a pesquisadora. Até agora, é o relato da primeira presença confirmada do vírus nas Américas. Gislaine lembra que estudos semelhantes encontraram o SAR-CoV-2 no esgoto de Wuhan, na China, em outubro, e na Itália no início de dezembro, antes do vírus ser descrito em 31 de dezembro de 2019.

Testes RT-PCR são muito sensíveis e foram realizadas em amostras colhidas do esgoto de Florianópolis em 27 de novembro de 2019. Foto: LVA/UFSC

Para o estudo, diversos departamentos da UFSC foram acionados. “É um trabalho do LVA, com parcerias interlaboratoriais. Ficamos um pouco desconfiados com os primeiros resultados, mas a gente repetiu todos os dados, fazendo testes no laboratório do Hospital Universitário, e rastreamos o genoma do vírus”, salienta a professora. “Tivemos o cuidado de realizar um teste interlaboratorial, e não foi feito um único marcador viral, vários marcadores do vírus foram usados para reconfirmar. Estamos bem tranquilos quanto ao resultado”, indica.
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Pandemia amplia interesse brasileiro pelo Laboratório de Virologia Aplicada da UFSC

25/05/2020 13:04

Testes virucidas e antivirais em diversos materiais e monitoramento ambiental de vírus (uma gama que vai de ostras até esgoto) fazem parte do cotidiano do Laboratório de Virologia Aplicada (LVA) do departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com a emergência provocada pela pandemia de Covid-19, a estrutura ganhou mais demandas de trabalho, tanto do setor público como do privado.

Pesquisadora e professora Gislaine Fongaro destaca que o LVA tem grande impacto na virologia brasileira e mundial, “sendo considerado referência na virologia ambiental, em estudos antivirais e virucidas”. Ela ressalta ainda que o interesse pela Virologia Ambiental aumentou nos últimos meses: “Com a pandemia, isto se tornou algo evidente. Surgiu a preocupação da rota ambiental dos vírus: se eles permanecem em roupas, nas superfícies, vão para a água, para o esgoto, aerossolizam de estações de tratamentos de esgoto? Quando falo em vírus, não falo só do corona, mas de vírus gerais, lembrando destas capacidades e características dos vírus com rota ambiental, que geram importante impacto à Saúde Única (animal, ambiental e humana)”.

O LVA trabalha com a parte de ciência aplicada, e é um dos mais importantes laboratórios do país com este nível de especialização. “Com esse boom todo, provavelmente se otimize a virologia aplicada. Há muitos laboratórios que trabalham a parte básica, buscando características e a história do vírus, mas não aplicando a ciência básica ao ambiente ou à saúde. Na virologia, você tem um conhecimento básico, que é super importante para dar o start nesta aplicação, e depois desse passo, deve-se fazer os testes para aplicabilidade. Neste momento, com o know-how do laboratório, foi possível dar aporte para as pessoas que perguntam: isso funciona para vírus? O vírus fica muito tempo no ambiente? E o esgoto sanitário?”, salienta a pesquisadora.

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UFSC participa de força-tarefa para detecção da Covid-19

24/03/2020 10:12

Foto: CDC/Unsplash

Quatro laboratórios da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) passaram a integrar, a partir desta terça-feira, 24 de março, a força-tarefa destinada a trabalhar na detecção de casos de infeção pelo Novo Coronavírus (Covid-19).

A força-tarefa da UFSC atuará sob a coordenação do Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), da Secretaria Estadual de Saúde de Santa Catarina, com o objetivo de contribuir na ampliação do número de amostras testadas para detectar os casos de Covid-19, aportando equipamentos e pessoal técnico.

Inicialmente farão parte da força-tarefa o Laboratório de Biologia Molecular, Microbiologia e Sorologia (LBMMS/CCS), o Laboratório de Virologia Aplicada (MIP/CCB) e o Laboratório de Protozoologia (MIP/CCB), podendo ser ampliado o número de laboratórios envolvidos de acordo com a necessidade de ampliação do número de testes a serem realizados.

Nesta fase inicial, os equipamentos de PCR em tempo real (qPCR) a serem utilizados no âmbito do CCB foram cedidos pelo Laboratório Multiusuário de Estudos em Biologia (Lameb), pelo Laboratório de Imunobiologia (Lidi/MIP), pelo Laboratório de Virologia Aplicada (MIP)  e pelo Laboratório de Imunologia Aplicada à Aquicultura (LIAA/BEG) do CCB.

Em nota publicada no site do Laboratório de Protozoologia, a equipe agradeceu a “imediata e voluntária disponibilização de equipamentos, de insumos e de oferta de mão de obra de inúmeros pesquisadores, professores, laboratórios e grupos de pesquisa de diferentes unidades da UFSC”.

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Laboratório da UFSC atua há mais de 20 anos em pesquisas na área de virologia humana e ambiental

30/05/2017 12:08

Duas professoras da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), das áreas de Farmácia e Biologia, depararam-se em suas jornadas acadêmicas com um objetivo em comum: desenvolver as primeiras pesquisas com vírus na Instituição. A parceria já existe há 23 anos e a ideia pioneira se consolidou e se projetou para além das salas de aula da Universidade.

Cláudia Maria Oliveira Simões, do Centro de Ciências da Saúde (CCS), e Célia Regina Monte Barardi, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), são as criadoras e coordenadoras do Laboratório de Virologia Aplicada (LVA), no campus de Florianópolis da UFSC.

O trabalho de tantos anos se compromete, principalmente, “na geração de conhecimento científico e na formação de pessoal altamente qualificado” destacam as professoras. Isto se comprova na orientação de alunos brasileiros e estrangeiros e na atuação de egressos do LVA na própria UFSC, em outras universidades, órgãos governamentais, fundações, institutos, centros de pesquisa no Brasil e em outros países.
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