Pesquisa da UFSC procura voluntários com obesidade para acompanhamento nutricional e testes

11/04/2025 15:29

Uma pesquisa desenvolvida nos Programas de Pós-Graduação em Neurociência (PPGNeuro) e Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que busca relacionar impactos da obesidade à memória está selecionando pessoas com obesidade para participação voluntária. O estudo tem como objetivo avaliar os efeitos de uma dieta com restrição calórica na perda de peso e nas funções de memória em adultos com obesidade. Para isso, os participantes receberão, de forma gratuita, um plano alimentar personalizado, orientações nutricionais especializadas e um exame detalhado da sua composição corporal.

A pesquisa integra o projeto de tese de doutorado da estudante Clarice Mariano Fernandes, intitulado Avaliação da neuroplasticidade hipocampal adulta na obesidade: impactos cognitivos e bioquímicos de um protocolo de restrição calórica, um ensaio clínico randomizado. As pesquisadoras utilizam evidências difundidas na literatura científica de que dietas com restrição calórica podem melhorar a memória e outras funções cognitivas.

Podem se inscrever homens e mulheres entre 21 e 51 anos que possuam obesidade, definida por um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior à 30 kg/m. O IMC é calculado a partir da divisão do peso atual pela altura ao quadrado: [peso ÷ (altura)²]. Para participar, também deve-se ser alfabetizado, não ter realizado cirurgia bariátrica, não estar grávida ou amamentando e possuir disponibilidade para estar presencialmente na UFSC em encontros pré-agendados.

Após a seleção dos inscritos, a coleta de dados se dará em dois momentos, de forma presencial, na UFSC. Primeiro, será realizado um exercício de memória e coleta de dados de composição corporal e sangue. Após as coletas, será ofertado o acompanhamento nutricional, supervisionado por nutricionais ao longo de 12 semanas, que será realizado quinzenalmente de modo presencial, também na UFSC. As datas e locais de encontro serão repassados diretamente aos inscritos.

Para realizar a inscrição na pesquisa, acesse o formulário on-line.

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Estudo da UFSC revela ambiguidade do termo ‘Clean Label’ em alimentos industrializados

21/11/2024 13:30

Imagem de viniciusmagalhaesvsm por Pixabay.

Um estudo realizado pelo Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) no âmbito do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) analisou a utilização do termo Clean Label no rótulo de alimentos industrializados. A pesquisa é  resultado da dissertação de mestrado defendida pela nutricionista Laura Volpato, em julho de 2024, sob orientação da professora Ana Carolina Fernandes e coorientação da professora Paula Lazzarin Uggioni. 

A pesquisa, financiada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), mapeou os principais conceitos que já existem sobre o assunto, analisando a utilização do termo em relação à rotulagem de alimentos industrializados. 

“O principal objetivo era conceituar o termo Clean Label, entender o que está sendo falado sobre ele, de onde ele surgiu, e se ele deveria ser regulamentado, no sentido de se deveria ou não ser utilizado”, explica Laura. 

Os resultados apontaram que o termo tem sido utilizado pelos fabricantes para sugerir ao consumidor que os produtos contém menos aditivos alimentares, listas de ingredientes mais simples ou que são produtos ultraprocessados com características esperadas de alimentos menos processados. “Termos como ‘caseiro’ ou ‘natural’não deveriam estar no rótulo porque a gente não sabe o que o consumidor interpreta, e percebemos que isso é o que mais tem relação ao termo Clean Label. São coisas que remetem ao saudável sem necessariamente ser”, complementa a nutricionista.

Por meio de busca e seleção de 4.794 artigos, foram incluídos e analisados 74 estudos que trazem alguma definição de clean label ou critério de uso do termo em rótulos de alimentos industrializados; ou que tenham avaliado sua aplicação na elaboração ou na rotulagem desses produtos. 

O estudo indica uma proposição ampla do conceito clean label. Segundo a pesquisadora, a utilização de conceitos relacionados a ele são transitórios e subjetivos, dependendo da percepção do consumidor sobre o que é um alimento saudável e sustentável. Laura concluiu que o termo “não deveria ser regulamentado pois não há uma definição clara e específica”.

 

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Estudo investiga associação entre ingestão de ácidos graxos e síndrome metabólica em adolescentes

12/05/2022 09:29

Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) verificou a associação entre a ingestão alimentar de ácidos graxos (AGs) ômega-3 e 6 com síndrome metabólica (SM) em adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos de idade. A síndrome apresenta como características: circunferência da cintura elevada, hipertensão arterial, glicemia de jejum elevada, baixa quantidade de HDL-c ou o “bom colesterol”, e alta quantidade de triglicerídeos no sangue.

A SM abrange um conjunto de desordens no organismo que aumentam o risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus do tipo 2 e doenças cardiovasculares. As causas ainda precisam ser totalmente esclarecidas, mas acredita-se que a ingestão alimentar de ômega-3 e 6 pode estar associada com a síndrome e seus componentes.

A literatura mostra possíveis efeitos benéficos do ômega-3, que pode ser encontrados em peixes, óleo de soja, óleo de canola e óleo e farinha de linhaça. Já os efeitos do ômega-6, encontrado em maior concentração em óleos vegetais, ainda não estão claros.

A pesquisa foi realizada com os dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), realizado entre 2013 e 2014 em 124 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, incluindo Florianópolis. O estudo abrangeu escolas públicas e privadas com alunos entre 12 a 17 anos de idade. Foram coletadas informações sociodemográficas (sexo, idade, tipo de escola, área urbana/rural e região do país), consumo alimentar por meio de um recordatório dos alimentos consumidos no dia anterior, bem como dados de peso, altura, circunferência da cintura, pressão arterial e exames de sangue.
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Estudo da UFSC avalia impacto do consumo de suco de juçara em exercício de alta intensidade

20/08/2021 09:46

Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) avaliou o impacto do consumo do suco de juçara em sessões de exercício intervalado de alta intensidade. O fruto é proveniente da palmeira Euterpe edulis Martius, também conhecida como palmiteiro juçara, e frequentemente encontrada na Mata Atlântica, desde o sul da Bahia até o norte do Rio Grande do Sul.

É um alimento semelhante ao açaí em aparência e sabor, sendo altamente nutritivo e pode ser benéfico à saúde – em parte, devido à sua elevada atividade antioxidante, conferida principalmente pela presença antocianinas. As antocianinas são pigmentos encontrados em vegetais que apresentam cores que variam do vermelho intenso ao violeta e azul, coloração encontrada no fruto juçara. Diversos estudos sobre os efeitos do consumo de sucos, polpas ou frutos ricos em antocianinas, avaliados por meio de intervenções agudas ou prolongadas, têm mostrado resultados positivos, como, por exemplo, o aumento da atividade antioxidante.

Em condições fisiológicas, o organismo humano conta com um integrado sistema de defesa antioxidante, que pode ser produzido pelo próprio organismo ou obtido por meio da alimentação. Esse sistema age contra o excesso de espécies reativas de oxigênio que podem causar oxidação de biomoléculas, lesões teciduais, dentre outros prejuízos ao organismo.
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Estudo desenvolvido na UFSC analisa informações sobre açúcares na rotulagem de alimentos industrializados

14/06/2021 11:04

Legislação no Brasil não prevê a declaração quantitativa dos açúcares na informação nutricional dos rótulos. Crédito: Mehrad Vosoughi/Unsplash

Um estudo desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN), no âmbito do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nupre) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), teve como objetivo avaliar as informações sobre os açúcares na rotulagem de alimentos industrializados comercializados no Brasil e investigar formatos de rotulagem que sejam compreensíveis e auxiliem consumidores brasileiros nas suas escolhas alimentares.

Realizada com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a pesquisa é resultado da tese de doutorado defendida pela nutricionista Tailane Scapin, em maio deste ano, sob orientação da professora Rossana Pacheco da Costa Proença e coorientação da professora Ana Carolina Fernandes. O estudo ainda foi orientado pelos professores Bruce Neal e Simone Pettigrew, do The George Institute for Global Health, associado à University of New South Wales em Sidney, Austrália, onde a Tailane realizou estágio de doutorado sanduíche entre agosto de 2019 e março de 2021.

“O interesse pelo tema surgiu durante a realização do meu mestrado, quando percebemos que, embora houvesse um vasto uso de açúcares nos alimentos industrializados, a legislação brasileira de rotulagem de alimentos não cumpria o seu papel em informar os consumidores sobre esses açúcares. Junto a isso, o Nupre foi convidado a compor os grupos de trabalho de discussão da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] para melhorias na rotulagem de alimentos, incluindo a declaração dos açúcares”, informou Tailane, que após a defesa da tese foi selecionada para um pós-doutorado na Austrália.

Etapas da pesquisa

Devido aos efeitos adversos à saúde, a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda limitar o consumo de açúcares para menos de 10% das calorias diárias – o que representa 50g para uma dieta padrão de 2.000 kcal. Os açúcares são frequentemente adicionados em alimentos industrializados, tornando esses alimentos uma das principais fontes de consumo de população mundial. No Brasil, a legislação de rotulagem de alimentos em vigor não prevê a declaração quantitativa dos açúcares na informação nutricional dos rótulos, sendo a lista de ingredientes a única forma de identificação da adição de açúcares nos alimentos industrializados. Entretanto, os fabricantes de alimentos utilizam diferentes tipos de açúcares em seus produtos, o que dificulta a identificação desses componentes. Neste estudo, quatro etapas foram realizadas investigando questões relacionadas aos açúcares e à rotulagem de alimentos.

Na primeira etapa, por meio do desenvolvimento de um método, foi possível quantificar o conteúdo de açúcares adicionados em 4.805 alimentos disponíveis para a venda no maior supermercado de Florianópolis. Os resultados demonstraram o vasto uso de açúcares nesses produtos. A segunda etapa envolveu uma revisão de literatura para identificar quais formatos de rotulagem de açúcares eram mais facilmente entendidos pelos consumidores e, também, estimularam a escolha de alimentos com menos açúcares. Foi possível constatar que os consumidores têm mais facilidade em entender as informações de açúcares e de escolher alimentos com menor teor de açúcares quando formatos de rotulagem mais interpretativos eram utilizados. Por exemplo, formatos com símbolo de alertas e indicação de “alto em açúcar” foram mais eficazes.
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Pós-Graduação em Nutrição da UFSC divulga edital de seleção para mestrado e doutorado

26/02/2021 17:58

O Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgou nesta sexta-feira, 26 de fevereiro, o edital de seleção dos cursos de  mestrado e doutorado, para ingresso no 2º semestre de 2021.  O período de inscrições será entre os dias 7 e 13 de abril, pelo site do PPGN.

No edital do processo seletivo, disponível na página do programa, constam os documentos necessários para a inscrição, cronograma e os critérios de avaliação.

Para mais informações, acesse a página do PPGN.

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