UFSC estuda substâncias da cannabis para tratamento de Parkinson e Alzheimer

05/03/2024 15:00

Pacientes com Parkinson são avaliados em Florianópolis e Rio do Sul. Foto: divulgação

Cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila) conduzem os maiores ensaios clínicos do mundo para avaliar como o uso de substâncias extraídas da Cannabis sativa, a planta da maconha, podem colaborar para o tratamento das doenças de Parkinson e Alzheimer. No total, 140 pacientes participarão dos dois estudos – 70 com cada doença. Os testes devem durar cerca de três anos e envolvem pesquisadores de três instituições e avaliações em Florianópolis (SC), Rio do Sul (SC) e Foz do Iguaçu (PR).

O pioneirismo dos estudos está justamente no prazo de duração e no número de participantes. “Normalmente os estudos clínicos são feitos com um número pequeno de pacientes. Os realizados até agora com canabinoides e Parkinson e Alzheimer estão na faixa de 15 a 20 pacientes”, comenta o professor Rui Prediger, coordenador do estudo no âmbito da UFSC.

“A outra grande novidade do nosso desenho é essa avaliação de longo prazo. Por várias dificuldades, tanto de recursos, como de manter os pacientes aderindo a um estudo de longo prazo, a grande maioria dos ensaios é avaliado por no máximo seis meses. Um período curto. O nosso trabalho vai avaliar esses efeitos dos canabinoides por três anos. Então esse também é um diferencial, porque sabemos que às vezes um tratamento pode ser eficaz no início, mas o benefício não se manter a longo prazo. De fato, a gente não tem um estudo ainda avaliando isso, se a longo prazo esses canabinoides são eficazes para o Parkinson e o Alzheimer”, complementa o pesquisador.
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UFSC Curitibanos prepara catálogo com milhares de amostras de solo catarinense

29/02/2024 15:21

Caracterização vai impactar em benefícios ao agricultor, como a correta adubação da terra que será cultivada. Foto: divulgação

Tem biblioteca, videoteca, discoteca, brinquedoteca e até cinemateca – embora, convenhamos, algumas em desuso. Em breve também vai ter, pelo menos em Santa Catarina, a soloteca. Oriundo do grego Theke, teca significa um lugar de guardar, um depósito, receptáculo. Biblioteca é para livros; videoteca, vídeos; discoteca, discos; brinquedoteca, brinquedos; e soloteca, claro, solos.

Cofinanciado pela Bayer e com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu) na gestão de recursos, o projeto de pesquisa Aplicação de modelos de aprendizagem via máquina de dados de sensoriamento proximal do solo, desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está identificando e catalogando 6 mil amostras de solo catarinense originalmente coletadas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) no programa Microbacias 2.

O projeto é apoiado pela Bayer por meio do programa Grants4Ag, uma iniciativa anual da empresa alemã que oferece financiamento e experiência a pesquisadores que desenvolvem novas soluções para a agricultura. A proposta inclui a redução de carbono na agricultura ao incentivar o aumento dos teores de matéria orgânica nos solos agrícolas.
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Tags: fapeuPrograma de Pós-Graduação em Ecossistemas Agrícolas e NaturaissoloUFSCUFSC CuritibanosUniversidade Federal de Santa Catarina

Estudo da UFSC na Nature traz de forma inédita os limites para se evitar colapso na Amazônia

14/02/2024 20:49

Vista de drone do Rio Amônia e floresta amazônica, no Peru (Foto: Andre Dib)

Uma abordagem inédita e holística sobre a resiliência da Floresta Amazônica desenvolvida por uma equipe de cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras instituições é destaque na revista Nature, um dos periódicos científicos mais relevantes do mundo. A pesquisa faz uma revisão de dados completa e traça cenários a partir do mapeamento de cinco elementos de stress que afetam a região: o aquecimento global, a chuva anual, a intensidade da sazonalidade das chuvas, a duração da estação seca e o desmatamento acumulado. Além disso, aponta caminhos possíveis para uma mudança de cenário que possa evitar o colapso. A estimativa é de que, nos próximos 25 anos, de 10% a 47% da Amazônia possam chegar a um ponto de não retorno, com transições inesperadas na paisagem.

A pesquisa é liderada pelo cientista Bernardo Monteiro Flores, que faz pós-doutorado em Ecologia na UFSC, com supervisão da professora Marina Hirota, co-autora do estudo. Além deles, Catarina Jakovac, do Departamento de Fitotecnia, e Carolina Levis, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia, também assinam o artigo, que conta com a autoria de cientistas renomados, incluindo um dos especialistas brasileiro em climatologia mais citados no mundo, Carlos Nobre.
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Técnica desenvolvida na UFSC pode transformar substância do Ipê Roxo em tratamento contra câncer

07/12/2023 13:10

Extraída do Ipê Roxo, molécula β-lapachona tem conhecidas propriedades anticancerígenas. Foto: Ojsandeus/Wikimedia Commons

Uma nova reação química, desenvolvida em um laboratório da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pode transformar uma substância extraída de uma árvore nativa da América do Sul em um medicamento para tratamento de câncer. A pesquisa ainda está em fase inicial, mas os primeiros resultados são promissores. Realizado no Laboratório de Catálise Biomimética (Lacbio) em parceria com instituições da Inglaterra, de Portugal e da Espanha, o trabalho fez parte da tese de doutorado de Gean Michel Dal Forno, realizada no Programa de Pós-Graduação em Química sob orientação do professor Josiel Barbosa Domingos, e já rendeu uma menção honrosa no Prêmio Capes de Tese, duas publicações em revistas científicas internacionais e um registro de patente.

Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento de terapias contra o câncer que tenham menos efeitos colaterais que os tratamentos convencionais, os pesquisadores criaram uma nova metodologia de ativação de uma molécula chamada β-lapachona, encontrada no Ipê Roxo. A substância tem baixo custo de extração e conhecidas propriedades anticancerígenas, no entanto, não pode ser usada em sua forma natural. “Por que a β-lapachona nunca avançou em testes? Porque ela não ataca só a célula do câncer. Ela também ataca outras células do corpo humano, fazendo com que se tenha efeitos colaterais muito graves. Então não vale a pena usar ela como um fármaco”, comenta Gean. 

Por isso, foi preciso buscar uma maneira de fazer com que a β-lapachona afetasse somente as células do câncer. O primeiro passo foi desativar a molécula, transformando-a em um pró-fármaco, uma substância que entra no corpo de forma inativa, para ser ativada depois, em condições específicas – no caso dessa pesquisa, somente quando em contato com o tumor. “O que a gente faz é pegar essa molécula e fazer uma transformação química. Então, no laboratório, a gente desenvolve uma reação que vai fazer uma pequena alteração na estrutura e faz com que essa molécula deixe de ser um fármaco. Nesse caso, eu tenho pró-fármaco, que é um fármaco que foi modificado para perder sua atividade contra o alvo”, resume o pesquisador.
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Estudo da UFSC indica que consumo de juçara pode melhorar desempenho de atletas

28/11/2023 15:58

Parecido com o açaí, o fruto juçara é rico em substâncias bioativas e compostos antioxidantes. Foto: Vannuchi et al

Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) demonstrou que o consumo do fruto juçara tem efeitos antioxidantes e pode trazer benefícios para o desempenho de atletas. Os testes foram realizados com 20 ciclistas treinados e fizeram parte da tese de doutorado de Cândice Laís Knöner Copetti, orientada pela professora Patricia Faria Di Pietro, coordenadora do Grupo de Estudos em Nutrição e Estresse Oxidativo (Geneo), e coorientada pelo professor Fernando Diefenthaeler, do Programa de Pós-Graduação em Educação Física.

Nativa da Mata Atlântica, a juçara é um alimento parecido com o açaí em aparência e sabor. Altamente nutritivo, o fruto é rico em compostos bioativos (substâncias que não são essenciais para o funcionamento do corpo, mas fazem bem para a saúde), especialmente em antocianinas. 

“As antocianinas são pigmentos encontrados em vegetais, frutas e flores, responsáveis pelas cores vermelha, azul e roxa, e têm sido associadas a benefícios para saúde pelos seus efeitos antioxidantes”, explica Cândice. Outros estudos já indicaram que as antocianinas aumentam o fluxo sanguíneo durante o exercício, reduzem os efeitos dos mecanismos de fadiga e melhoram o consumo de oxigênio e o desempenho, especialmente de exercícios praticados por um longo período de tempo.
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Podcast apresenta legado de mulheres negras que fizeram e que fazem a história de SC

20/11/2023 14:01

Arte: Audrey Schmitz, sobre obra de Valda Costa

Neste 20 de novembro, Dia da Consciência Negra, o podcast UFSC Ciência apresenta algumas das mulheres negras que fizeram e que fazem a história de Santa Catarina. Produzido pela Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC), o episódio Legado delas, fala sobre as trajetórias de sete mulheres que impactam a arte, a educação, a ciência e a política:

  • Antonieta de Barros (1901-1952) foi professora, jornalista e a primeira mulher negra a ser eleita deputada no Brasil;
  • Neide Maria Rosa (1936-1994) foi uma cantora de projeção nacional que deixou músicas que tratam de questões raciais, de exaltação ao samba e ao morro e de autoafirmação;
  • Valda Costa (1951-1993) foi enfermeira, cabeleireira, mãe e talentosa artista plástica que retratou a população dos morros de Florianópolis;
  • Jaqueline Conceição da Silva é pedagoga, mestre em educação, pesquisadora no doutorado em Antropologia da UFSC e empreendedora no Coletivo Di Jeje;
  • Maiara Gonçalves, doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas da UFSC, pesquisa segurança alimentar e relação com as plantas na Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque;
  • Tânia Ramos, além de ser a primeira vereadora negra da história de Florianópolis, já trabalhou em diversas funções na escola de samba Unidos da Coloninha, desde a costura até a presidência;
  • Tercília dos Santos é artista e uma das grandes referências em arte naïf no Brasil.

O episódio é uma produção das estudantes de Jornalismo e estagiárias da Agecom Letícia Schlemper e Suellen Lima. Ouça no site, pelo  Spotify ou em outras plataformas.

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Podcast Flash UFSC discute amor, paixões e relacionamentos

31/08/2023 14:01

Arte: Jalize Pinheiro Medeiros e Audrey Schmitz

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 31 de agosto, o segundo episódio do podcast Flash UFSC. Intitulado Bad Romance, o podcast explica o porquê de nos relacionarmos com outras pessoas e o que acontece em nosso corpo quando nos apaixonamos. 

Quem ajuda a entender o que acontece nessas aventuras de dopamina, prazer e dor são a professora do Departamento de Filosofia da UFSC Maria de Lourdes Borges e a psiquiatra e professora do Departamento de Clínica Médica da UFSC Ana Maria Michels. O episódio foi produzido pelas estudantes de Jornalismo e estagiárias da Agecom Leticia Schlemper e Lethicia Siqueira.

A cada duas semanas, o Flash UFSC traz informações sobre ciência, cultura e arte em episódios de até sete minutos de duração. Ouça no site, pelo Spotify ou em outras plataformas.

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UFSC, MME e Cooperação Brasil-Alemanha inauguram usina de hidrogênio verde em SC

23/08/2023 15:05

Usina fica localizada no Sapiens Parque, em Florianópolis. Foto: divulgação

Já está em operação a primeira usina de Hidrogênio Verde de Santa Catarina, localizada no Laboratório Fotovoltaica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Sapiens Parque, em Florianópolis. Considerado o combustível do futuro, por conta da forma sustentável como ocorre sua produção, o hidrogênio está sendo produzido no novo bloco do laboratório, que recebeu investimentos de R$14 milhões. O espaço será inaugurado nesta sexta-feira, 25 de agosto, às 10h30, com a participação de representante do Ministério de Minas e Energia (MME), da ministra-conselheira e chefe da Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, Petra Schmidt, e representantes da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ), empresa alemã que implementa os projetos da Cooperação no Brasil.

Essa cooperação faz parte do Projeto H2Brasil, que integra a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e é implementado pela GIZ em parceria com o MME. O objetivo do projeto é apoiar a expansão do mercado de hidrogênio verde (H2V) no país.

“O hidrogênio verde inaugura uma nova agenda de desenvolvimento econômico, social e ambiental no Brasil. O Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) é um marco fundamental na estratégia do Brasil para liderar a transição energética no mundo. Além de trazer mais segurança energética, uma produção mais limpa, com baixo teor de carbono associado, contribui para a redução das emissões de gases de efeito estufa, alinhando-se aos compromissos ambientais internacionais assumidos pelo Brasil”, afirmou o ministro Alexandre Silveira.
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UFSC lança novo podcast de ciência, cultura e arte

17/08/2023 14:46

Está no ar o primeiro episódio do Flash UFSC, o novo podcast da Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC). A cada duas semanas, a equipe de jornalistas e estagiários da Agecom trará informações sobre ciência, cultura e arte em episódios de até sete minutos de duração.

O primeiro episódio, produzido pelos estudantes de Jornalismo e estagiários da Agecom Leticia Schlemper e Robson Ribeiro, aborda os impactos do ChatGPT sobre a criatividade e a capacidade de aprendizagem humana e os riscos do avanço da inteligência artificial. Foram entrevistados Mauri Ferrandin, professor do Departamento de Engenharia de Controle, Automação e Computação do Campus de Blumenau, e Alberto Cupani, professor aposentado do Departamento de Filosofia e autor do livro “Filosofia da tecnologia: um convite”.

As razões para nos apaixonamos, o que está por trás do sumiço dos insetos, o uso da Cannabis na veterinária e o trabalho de artistas indígenas da UFSC são alguns dos assuntos que serão abordados nos próximos episódios.

Ouça no site, pelo Spotify ou em outras plataformas.

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Projeto da UFSC restaura vegetação das dunas da Joaquina, em Florianópolis

15/08/2023 17:28

Laís, Beatriz e Mariana realizando anotações sobre as plantas. Foto: Leticia Schlemper/estagiária de jornalismo/Agecom/UFSC

Duas horas da tarde, na Praia da Joaquina, em Florianópolis, três estudantes de Biologia realizam uma trilha nas dunas para investigar se as plantas da restinga têm sementes, quando florescem, quando frutificam, ou seja, para avaliar a fenologia das espécies. Com esses dados, é possível saber qual é o melhor período para realizar a coleta de sementes. O grupo realizou 35 saídas de campo, desde setembro de 2022 até final de junho de 2023. Coletou 12.607 sementes provenientes da restinga, e, a partir delas, foram preparadas 3.183 mudas. Essas saídas fazem parte do projeto de pesquisa Restaura Restinga, vinculado ao Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O projeto tem como principal objetivo prover diretrizes para a restauração da vegetação de dunas frontais como forma de aumentar a resiliência de ecossistemas costeiros a eventos climáticos extremos.

Confira o vídeo do projeto no Instagram da UFSC

A estudante Laís Stein conta que a praia da Joaquina faz parte do Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, uma unidade de conservação de Florianópolis. Nesse mesmo lugar, entre 1960 e 1970, não se sabe a data ao certo, foi plantada uma espécie de eucalipto, com o objetivo de contenção das dunas. Porém, não é uma espécie típica da Restinga. “Além de ser uma espécie exótica com potencial invasor numa unidade de conservação, o que não é permitido por lei, ele também não cumpre o papel de contenção das dunas e descaracteriza toda a paisagem da Restinga”, afirma Laís. Com isso foi necessário tirar os eucaliptos da unidade de conservação. A estudante explica que eles levarão mudas nativas para a área, que serão plantadas no lugar dos eucaliptos. Nas saídas de campo, elas acompanham o que acontece com a vegetação após a retirada, se está regenerando, etc. 

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Pele descartada de procedimentos estéticos contém célula capaz de reparar tecidos lesionados

14/08/2023 13:15

Pesquisa desenvolvida na UFSC pode acelerar a recuperação de queimaduras e reduzir custos do SUS

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

As células estromais mesenquimais reparam lesões profundas de tecidos. Foto: Ana Beatriz Quinto.

O que começa com uma lipoaspiração pode terminar diminuindo custos do Sistema Público de Saúde. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a professora Andrea Trentin, do Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética, pesquisa células presentes em sobras de pele de cirurgias plásticas – elas promovem uma cicatrização mais rápida de lesões profundas, como as queimaduras. Obtidas em parceria com o Hospital Universitário, são gorduras descartadas de procedimentos como bariátrica e lifting facial.

Casos graves de tecidos queimados ocasionam alto custo financeiro ao SUS. Um dos procedimentos é o autoenxerto, que retira tecido de uma área sadia do paciente e o aplica na camada mais fina da pele, a epiderme.

O projeto desenvolvido por Trentin e sua equipe pretende acelerar esse processo. Para isso, pesquisam como recuperar as células de pele ainda na primeira etapa da queimadura. “Não elimina a necessidade do autoenxerto”, explica, “mas promove uma regeneração mais rápida e de melhor qualidade”. A alternativa é útil principalmente para quadros nos quais a lesão é muito extensa e profunda.
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Pesquisadores da UFSC recriam perfume de Cleópatra

18/07/2023 13:56

Exposição do laboratório Quimidex traz curiosidades sobre o mundo das fragrâncias

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

Material de trabalho de um perfumista. Foto: Crizan Izauro.

Letra imortalizada pelo grupo de axé É O Tchan, a famosa “mistura do Brasil com Egito”, se resultasse em um insumo, não seria outro senão o perfume. Isso porque Cleópatra e a população brasileira compartilham da mesma paixão. O apreço por aromas tornou o país o segundo maior mercado consumidor de fragrâncias, atrás apenas dos Estados Unidos, conforme divulgado pela empresa de consultoria Euromonitor International. Já a rainha, conhecida pelo fascínio por essências aromáticas, elegeu o perfume mendesiano como um de seus preferidos – o nome remete à cidade de Mendes, no Antigo Egito.

Mais de 3 mil anos depois, cientistas alemães recriaram e divulgaram os ingredientes da loção de Cleópatra. Composta por canela, óleo de balanos, resinas e mirra, a fórmula também foi replicada pela equipe do laboratório Quimidex, grupo de extensão e pesquisa vinculado ao Departamento de Química da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O perfume da rainha do Egito é apenas uma das curiosidades que você pode conhecer (e sentir!) na exposição permanente “A química dos perfumes”, localizada no térreo do bloco Espaço Físico Integrado (EFI) e aberta à comunidade acadêmica e geral. Na visita interativa, integrantes do laboratório explicam desde a história das fragrâncias até processos químicos que levam à extração de óleos essenciais. E prepare-se para sair de lá com o olfato aguçado: visitantes são convidados a experimentar os diversos odores que compõem as famílias aromáticas.

Para agendar a sua visita, entre em contato com o Quimidex pelo e-mail quimidex.visitas@gmail.com ou no telefone (48) 3271-4460. O laboratório também oferta oficinas temporárias sobre tingimento, história do fogo e ensino de química, entre outros temas. Mais informações no site.

A seguir, você conhece um pouco sobre os cinco módulos da exposição.

De Cleópatra a inteligência artificial

Com origem no latim, a palavra perfume significa fumaça e está associada à descoberta do fogo, quando deuses eram homenageados através da queima de vegetais perfumados. No entanto, os aromas não ficaram restritos aos rituais religiosos. Já no Egito, há cerca de 3 mil anos antes de Cristo, fragrâncias se popularizaram para uso pessoal na forma de águas perfumadas, óleos essenciais e incensos.

Aperfeiçoada por novas técnicas de extração desde os gregos, a arte da perfumaria chega aos dias atuais contando até mesmo com o uso de inteligência artificial. “Empresas têm usado essa ferramenta para encontrar tendências e novas combinações de notas que perfumistas às vezes não pensam”, explica Anelise Regiani, professora do curso de Química da UFSC e uma das coordenadoras do Quimidex. Mas, embora seja de uso constante nas casas de perfumaria, a inteligência artificial não substitui o trabalho humano. “No final, tudo passa pelo nariz do perfumista”.

Paixão nacional

O Brasil é o segundo maior mercado consumidor de perfumes em termos de valores monetários, afirma Regiani. “Mas quem é da área acredita que, em termos de unidade comercializada, a gente bate o primeiro lugar”. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos, o setor movimentou US$ 1,5 bilhão em 2022, com alta nas importações e exportações.

Diversidade de fragrâncias brasileiras são reflexo de um mercado em expansão. Foto: Dairan Paul

É a formação cultural do país que explica tamanha paixão pelos aromas. O hábito do banho, por exemplo, é uma herança dos povos originários indígenas, detentores de amplo conhecimento sobre o uso de ervas na higiene pessoal. Já a cultura africana advinda dos negros escravizados utilizava plantas aromáticas em ritos religiosos, com fins de purificação e cura de doenças.

Desse cruzamento histórico resulta o fascínio brasileiro por borrifar o corpo, a roupa e a casa com os mais diversos aromas. “Gostamos de pôr perfume em tudo, até no inseticida”, ri a coordenadora do Quimidex. O costume mantém pujante a indústria, já que 90% dos consumidores brasileiros compram perfumes nacionais, indica o Sebrae.

Quem se aventurar pela exposição do Quimidex também poderá sentir o cheiro de diferentes matérias-primas da Amazônia. Que tal provar a fragrância amadeirada da priprioca? O adocicado do cumaru, conhecida como a baunilha brasileira? Ou então o óleo essencial de pau-rosa, que serve de ingrediente para o famoso perfume francês Chanel Nº 5?

Cheiro de vó

Além de conhecer a história do perfume no Brasil, visitantes serão apresentados a fragrâncias internacionais e vão ter uma prova das notas que compõem nossas famílias olfativas – como a cítrica e a floral. Também entenderão de que forma a gordura pode ser utilizada para extrair os óleos essenciais de pétalas de rosa, a partir da técnica de enfleurage.

Outro módulo dedica-se a explicar os processos bioquímicos do olfato. Quem nunca ouviu que certos odores têm “cheiro de vó”? Alguns aromas trazem lembranças de pessoas ou lugares por conta da memória olfativa, resultado da poderosa conexão entre cérebro e olfato.

Sobre o Quimidex

A equipe do Quimidex está pronta para receber visitantes e contar a história dos perfumes. Foto: Crizan Izauro.

Em atividade há mais de 20 anos, o Quimidex atua como um laboratório de divulgação científica. Alunos de graduação do curso de Química da UFSC, entre bolsistas e voluntários, são responsáveis por conduzir visitantes durante a exposição “A química dos perfumes”. O projeto também oferece oficinas e exposições temporárias, todas abertas a qualquer pessoa interessada, com visitas agendadas.

 

Contato:

Universidade Federal de Santa Catarina,
Espaço Físico Integrado,
Trindade, Florianópolis, SC, CEP 88040-900.
quimidex.visitas@gmail.com
Tel: (48) 3271-4460

 

Dairan Paul | Estagiário de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica

Edição: Denise Becker / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica

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DIVULGA UFSC – 14/07/2023 – Edição 2070

14/07/2023 14:40

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Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 14/07/2023 – Edição 2070
Permanência estudantil ganha com modernização do acesso ao RU, novo auxílio e políticas inclusivas
A equipe de gestão da Reitoria completou um ano à frente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no dia 5 de julho. Desde então, processos relacionados à permanência e à inclusão de estudantes se converteram em ações no primeiro ano da atual gestão da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A Universidade está construindo uma política de permanência com os estudantes e os coletivos de grupos historicamente vulnerabilizados e discriminados. Continue a leitura >>.


Professores da UFSC são homenageados em celebração de 122 anos de Antonieta de Barros
Professores da UFSC foram homenageados pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) por promoverem o legado e a memória da deputada Antonieta de Barros. Foram condecorados a vice-reitora da UFSC, Joana Célia dos Passos, a secretária de Cultura, Arte e Esporte da Universidade, Eliane Debus, e o ex-vereador e professor aposentado do Departamento de Arquitetura e Urbanismo Lino Peres. Continue a leitura >>.
Projeto da UFSC Curitibanos trabalha para restauração de 302 hectares de Mata Atlântica
Uma iniciativa que prevê, entre outras ações, a restauração de 302 hectares de Mata Atlântica em áreas do Meio-Oeste e do Planalto Catarinense começou a ganhar ritmo há alguns dias. A atividade faz parte do projeto Restauração Ecológica da Floresta Ombrófila Mista (Reforma), idealizado por professores do Centro de Ciências Rurais (CCR), do Campus de Curitibanos. O projeto prevê a construção do Centro Reforma, obra iniciada em junho. Continue a leitura >>.

 


Extensão

 

Programa ‘Empoderando-se: saúde e segurança feminina’ ensinará autodefesa para mulheres

O projeto de extensão “Empoderando-se: Saúde e Segurança Feminina” se propõe a ensinar técnicas de autodefesa para mulheres, fortalecimento físico e psicológico, buscando elevar a autoestima, a retomada da dignidade, o bem-estar emocional e o equilíbrio da saúde mental. O projeto tem aulas ministradas pelo professor de artes marciais Sérgio Raulino e participação de convidadas externas. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas neste link até 2 de agosto. Serão oferecidas 40 vagas, exclusivas para mulheres (cis e trans) entre 18 e 70 anos, da comunidade interna e externa à UFSC. Continue a leitura >>.

 

Curso ‘Introdução ao pensamento computacional com programação em blocos visuais’ recebe inscrições

Estão abertas, até 31 de julho, as inscrições para o curso “Introdução ao pensamento computacional com programação em blocos visuais“. O programa tem duração de 60 horas e as aulas serão em formato híbrido, com encontros presenciais e remotos. A atividade é organizada pelo curso de graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação, localizado no Campus Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Continue a leitura >>.

 

 


 

Ensino


Inscrições abertas para programa de intercâmbio na Universidade de Hradec Králové, na República Tcheca

A Secretaria de Relações Internacionais (Sinter) informa que estão abertas as inscrições para intercâmbio pelo Programa de Mobilidade UFSC – UHK 2024, conforme o Edital 10 SINTER 2023. A ação é destinada a estudantes de graduação dos cursos de Relações Internacionais, Ciências Sociais, Filosofia, História, Arquivologia e Serviço Social da UFSC que tenham interesse em aprofundar seus conhecimentos por meio de intercâmbio acadêmico na Universidade de Hradec Králové (UHK), na República Tcheca, no primeiro semestre de 2024. Continue a leitura >>.

 


 

Gestão


Chamada Pública de redistribuição de docentes para a UFSC recebe inscrições

O Departamento de Desenvolvimento de Pessoas, vinculado à Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas da Universidade Federal e Santa Catarina (DDP/Prodegesp/UFSC) divulga a Chamada Pública de Redistribuição da carreira de Professor do Magistério Superior. Servidores federais poderão manifestar o interesse em ser redistribuído para a UFSC inscrevendo-se pelo formulário on-line até as 17h59 do dia 4 de agosto. Continue a leitura >>.


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DIVULGA UFSC – 10/07/2023 – Edição 2066

10/07/2023 14:08

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Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 10/07/2023 – Edição 2066
Dia Nacional da Ciência: universidades e institutos públicos catarinenses têm mais de 4 mil pesquisas

Quase todas as coisas que nos rodeiam são resultado do esforço humano de compreensão e criação. De vacinas a tratamentos inovadores em saúde, de carros autônomos a painéis de energia solar, tudo nasceu da necessidade de aprimoramento da vida em sociedade aliada à curiosidade de entender nosso mundo. E quem mais busca por respostas através do desenvolvimento científico no Brasil são as instituições públicas de ensino. Juntas, elas respondem por 95% de toda a produção científica nacional, conforme a Academia Brasileira de Ciências. Em Santa Catarina, as universidades e os institutos públicos conduzem atualmente 4.329 pesquisas em diversas áreas do conhecimento – são 907 grupos em 48 campi. Essas produções nos chegam como respostas à busca por inovação e qualidade de vida em nosso estado e nosso país e são motivos de celebração no Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, comemorado no último sábado, 8 de julho. Continue a leitura >>.


Hospital Universitário participa de registro inédito de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar

A construção e a análise de uma inédita base de dados de pacientes com Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP) no Brasil, mudanças de protocolos assistenciais e de ensino e a possibilidade de maior sobrevida desses pacientes são alguns dos benefícios do Registro Sul-Brasileiro de Hipertensão Pulmonar (Resphirar), colaboração conjunta de nove centros especializados da região, incluindo o HU-UFSC. Continue a leitura >>.

Encontro na UFSC discute políticas culturais nas instituições públicas de ensino superior

O encontro do Pré-Fórum Catarinense de cultura será realizado na Igrejinha da UFSC nesta terça-feira, 11 de julho, às 14h, com o intuito de aproximar gestores e gestoras da cultura das Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES) de Santa Catarina. O evento reunirá docentes e técnicos atuantes em ações artístico-culturais públicas.  Continue a leitura >>.



Ensino


Aberta consulta pública externa sobre a oferta de novos cursos na UFSC Blumenau

O Campus de Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançou uma consulta pública externa sobre a oferta de novos cursos. Qualquer pessoa pode participar e opinar sobre quais cursos de graduação o campus deveria ofertar no futuro. A consulta ficará aberta até 31 de julho. Esta é a última etapa do processo de consulta sobre a abertura de novos cursos. Antes disso, já foram realizadas uma consulta interna, voltada para estudantes e servidores do campus, e duas audiências, uma interna e outra externa na Câmara de Vereadores de Blumenau. Também já foram aplicados formulários aos estudantes do ensino médio da rede pública e também aos dirigentes do setor produtivo da região. Continue a leitura >>.

 

 


Ingresso


Pós-Graduação em Bioquímica da UFSC está com inscrições abertas para Mestrado

O processo seletivo para o mestrado do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica (PPGBQA) da UFSC está com inscrições abertas até as 18h de 25 de julho. São ofertadas 16 vagas. Dessas, são asseguradas até quatro vagas para candidatos pretos e pardos, para indígenas ou quilombolas; e uma vaga para candidatos beneficiário do Programa Universidade para Todos (Prouni) do Governo Federal ou beneficiário de bolsa de estudo voltada a estudantes de graduação da rede pública de Ensino Superior em situação de vulnerabilidade socioeconômica. Também serão asseguradas até duas vagas para candidatos com deficiência. Continue a leitura >>.

 


 

Extensão


Projeto Rondon está com inscrições abertas para operação em Sergipe

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) recebe, até 21 de julho, as inscrições para a seleção de estudantes de graduação que queiram participar da operação Mangabeiras do Projeto Rondon, que será realizada de 18 de janeiro a 4 de fevereiro de 2024, em Sergipe. São ofertadas doze vagas, sendo oito titulares, para participar da operação, e quatro suplentes. Os interessados devem apresentar uma proposta de trabalho com um diagnóstico da região da operação e duas propostas de atividades ou oficinas referentes às necessidades observadas no diagnóstico. Continue a leitura >>.

 

UFSC oferta curso online de Manejo de Animais de Laboratório

A décima edição do Curso de Manejo de Animais de Laboratório para Iniciação Científica está com inscrições abertas. Totalmente online e gratuita, a capacitação é aberta a todo o público e atende às exigências da Comissão de Ética no Uso de Animais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para alunos de graduação que vão iniciar pesquisa em vertebrados. As atividades podem ser concluídas até 31 de dezembro de 2023. Os participantes terão direito a certificado de 45 horas. Continue a leitura >>.

 


Cultura


Antonieta de Barros é tema de mostra de cartazes na UFSC nesta terça

Celebrando o aniversário da jornalista, professora e política Antonieta de Barros, que nasceu no dia 11 de julho de 1901, o Centro de Cultura e Eventos da UFSC recebe nesta terça-feira, 11 de julho, das 11h às 17h, a I Mostra de Cartazes Antonieta de Barros. A ação é resultado de um edital que selecionou projetos coordenados por educadores ou integrantes do corpo técnico-pedagógico de escolas catarinenses. Os cartazes foram confeccionados por estudantes de escolas de Educação Infantil, Ensino Fundamental, Ensino Médio, Educação de Jovens e Adultos e de projetos sociais. Continue a leitura >>.

 


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Pesquisa da UFSC destaca potencial de um anti-inflamatório com menos efeitos colaterais

05/07/2023 14:20

Pesquisa fez parte da tese de doutorado de Priscila Laiz Zimath. Foto: arquivo pessoal

Um estudo realizado por cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) mostra de forma inédita o potencial para um novo tipo de uso de um medicamento já conhecido. O furoato de mometasona é um anti-inflamatório da classe dos corticoides, muito utilizado para o tratamento de doenças respiratórias, como rinite e asma, e problemas na pele, como dermatites – sempre com aplicação local, em forma de sprays nasais, cremes ou pomadas. Pela primeira vez, contudo, pesquisadores demonstraram a possibilidade de seu uso por via oral ou por injeção, de forma que seja absorvido pelo intestino e se espalhe pelo corpo. 

Realizados em células e animais, os estudos indicam que ele pode ser uma boa opção para o tratamento de inflamações intestinais, por exemplo, apresentando os mesmos benefícios e menos efeitos colaterais que outros corticoides. O trabalho envolveu também o uso de nanotecnologia e teve seus resultados publicados em dois artigos, nas revistas internacionais Biochemical Pharmacology e Drug Delivery and Translational Research.

Ação anti-inflamatória X efeitos colaterais

Antes de falar sobre os detalhes da pesquisa, é preciso explicar que os corticoides são medicamentos bastante usados para tratamento de inflamações, alergias, em contextos de imunossupressão e após transplantes, por exemplo. São fármacos bem consolidados e seguros, quando seguidas as recomendações médicas. O problema é que, quando usados por muito tempo, ou em doses elevadas, eles causam uma série de efeitos colaterais, podendo levar até ao diabetes e a dislipidemias (distúrbios relacionados ao aumento de gordura no sangue, incluindo a elevação do colesterol e de triglicerídeos). Em alguns casos, os problemas são irreversíveis.
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Tags: Ciências FisiológicascorticoidesfarmacologiaLaboratório de Investigação de Doenças CrônicasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesquisadores da UFSC participam do ‘Pint of Science 2023’ de 22 a 24 de maio

15/05/2023 11:48

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O evento mundial de divulgação científica que une cientistas de diversas áreas e pessoas interessadas em ciência para conversar em bares ou cafés chega a Florianópolis nos dias 22 a 24 de maio, com a participação de pesquisadores da UFSC. O Pint of Science busca levar a divulgação científica a lugares descontraídos e fazer isso com uma linguagem simples, de modo a envolver toda a comunidade no desenvolvimento da ciência.

Ocorrendo simultaneamente, em diversos países e cidades, no Brasil o Pint of Science estará em 123 cidades, entre elas, Florianópolis. Participam desta edição local pesquisadores e acadêmicos vinculados à UFSC e outras instituições, de diversas áreas do conhecimento, e temas variados, de acordo com as descobertas recentes das suas pesquisas. Os encontros ocorrem ao mesmo tempo, nos bares Centro Social da Cerveja (CSC) e Boteco Bacana, das 19 às 22h.

O evento é organizado pela Pint of Science Brasil, pelo Instituto Brasileiro de Inteligência Emocional e Social (Ibies), e localmente pela UFSC e IFSC.
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Tags: Divulgação CientíficaPint of ScienceUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Violência nas escolas é tema do novo vídeo da série ‘UFSC Explica’

28/04/2023 08:01

Nesta sexta-feira, 28 de abril, Dia Mundial da Educação, a Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou um novo episódio da série de vídeos UFSC Explica, com o tema Violência nas escolas. As manifestações da violência no contexto escolar, o aumento do número de ataques nos últimos anos e os caminhos para enfrentar o problema são abordados por três pesquisadores, de diferentes áreas do conhecimento. A ação faz parte da programação do Dia pela Paz e pelo Desarmamento nas Escolas, organizado pela UFSC, pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e pelo Instituto Federal Catarinense (IFC).

Os professores Apoliana Groff, Letícia Cesarino e Marcelo Simões Serran de Pinho, dos departamentos de Psicologia, Antropologia e Sociologia e Ciência Política, respectivamente, falam sobre os múltiplos fatores envolvidos no problema. Entre os aspectos discutidos, estão a precarização das escolas, o papel da mídia e das plataformas de redes sociais, o funcionamento dos grupos de radicalização online, o perfil dos autores de ataques e as falsas soluções, que tratam apenas das consequências e não das causas da violência.
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Que efeitos as queimadas em Santa Catarina têm sobre os peixes e a vida humana?

27/04/2023 16:18

Pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biodiversidade Aquática da UFSC investiga o impacto do fogo e das cinzas na vida aquática e de seres humanos 

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

Foto: Reuters/Amanda Perobelli

 

Somente em 2022, Santa Catarina teve 1.360 focos de incêndio ativos de fogo, sendo agosto o mês de maior incidência, segundo levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). No Brasil, as queimadas são um problema constante: entre 1986 e 2020, segundo dados do projeto MapBiomas, uma área de 1,67 milhões de km² do país sofreu com o fogo: esse tamanho é maior do que a extensão dos países da Noruega, Finlândia e Islândia junto.
Em dados locais, Santa Catarina também é bastante afetada. O Parque Estadual do Rio Vermelho, por exemplo, possui uma unidade de conservação de proteção integral, que sofreu constantemente com queimadas nos últimos anos. Em abril de 2020, um incêndio chegou a comprometer 240 hectares do parque.

Enquanto os efeitos do fogo e das cinzas residuais sobre o solo e os organismos terrestres começam a ser mais amplamente explorados, ainda é limitado o número de estudos que avaliam como a biodiversidade do ambiente aquático responde à ocorrência de fogo e à chegada das cinzas à água. “Ano após ano, o ser humano tem registrado números recordes de incêndios, em áreas queimadas cada vez maiores, e eu sempre penso: essa quantidade imensa de cinzas que é gerada uma hora vai chegar no ambiente aquático, seja por ação da chuva ou do vento”, explica o professor Bruno Renaly Souza Figueiredo, do departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Aprovado no edital de chamada pública de 2021 da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (FAPESC), no programa de jovens projetos, o professor conseguiu os primeiros recursos para dar início à pesquisa: “Impacto do fogo e das cinzas sobre a biodiversidade na água doce: respostas dos peixes, dos anfíbios e dos microinvertebrados e macrófitas ao distúrbio”.

4 impactos das queimadas em Santa Catarina

As queimadas naturais ocorrem em áreas secas, predominantemente em clima árido ou semiárido. O estado de Santa Catarina está localizado em uma região historicamente chuvosa e úmida, entretanto, os períodos de estiagem no estado estão cada vez mais longos e com o registro de temperaturas cada vez mais elevadas. Como resultado a vegetação resseca, e o fogo tem mais chance de ocorrer e de se propagar, atingindo vastas áreas.

Aliado a isso, o ser humano tem provocado  uma maior quantidade de incêndios, de maneira deliberada ou acidental, tais como a queimada ilegal realizada para supressão da vegetação e limpeza de áreas, o fogo ateado na agricultura para facilitar a colheita ou na preparação do solo para a semeadura, e até mesmo após a queda de fios de transmissão de eletricidade alta tensão sobre a vegetação seca. Seja qual tenha sido a origem do fogo, ela terá consequências negativas para a biodiversidade dos ambientes terrestres e aquáticos, e mesmo para o ser humano.

1. O estado já registrou 124 focos ativos de fogo em 2023

Segundo os dados do INPE detectados por satélite, Santa Catarina registrou no total 124 focos ativos de fogo nos últimos três meses: 35 em janeiro e fevereiro, e 54 em março. Isso provavelmente se deve às mudanças climáticas que tem levado a estações secas mais longas e com o registro de temperaturas mais elevadas. Mas certamente, também está relacionada com o uso do fogo na agricultura: “É uma prática agrícola muito comum no Brasil, inclusive existe uma lei para proibi-la, mas ela ainda ocorre”, esclarece o professor Bruno Figueiredo. 

Os prejuízos das queimadas envolvem a retirada de nutrientes fundamentais do solo para o crescimento das plantas, desencadeamento de processo erosivo, aumento da liberação de dióxido de carbono e até mesmo a destruição de habitats naturais.

2. As cinzas do fogo prejudicam a biodiversidade aquática

 

O principal objetivo da pesquisa desenvolvida no Laboratório de Biodiversidade Aquática (LABIAQ) é investigar como as cinzas oriundas das queimadas afetam diretamente a biodiversidade em rios e riachos. As cinzas podem chegar até a água, principalmente por ação da chuva, que lava o solo e pode carrear as cinzas, e pelo vento.

O professor comenta que a cinza pode matar: “a literatura científica tem revelado que as cinzas são uma substância complexa constituída por componentes químicos, como os hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e metais pesados, com potencial mutagênico e cancerígeno, que compromete a potabilidade da água para consumo humano, leva a uma grande mortandade de peixes, e reduz as contribuições da natureza para as pessoas.” 

Ilustração que mostra o impacto das cinzas tanto na vegetação, quanto na biodiverside de águas continentais, realçando que organismos grandes, como peixes e mesmo a microbiota aquática pode ser extinta após a ocorrência de incêndios. Arte: Lorenzo Driessen Cigogini

3. Causa a morte de peixes – e o desaparecimento de espécies nativas

Resultados preliminares do estudo do professor Bruno mostram que, em experimentação laboratorial, as espécies nativas de peixes presentes em rios e riachos são mais impactadas que as espécies exóticas invasoras. Esse resultado indica que a chegada de cinzas na água após um incêndio provoca a morte dos peixes nativos, mas não impacta fortemente as espécies exóticas invasoras, ameaçando a conservação da biodiversidade nativa. 

O professor Bruno Renaly Souza Figueiredo é graduado em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), e mestre e doutor pela Universidade Estadual de Maringá (UEM). (Foto: Ana Quinto)

O professor explica que “geralmente, as espécies exóticas que são introduzidas nos rios e riachos do Brasil, são espécies nativas de outras regiões que possuem uma maior tolerância a alterações nas características ambientais”. O professor exemplifica que “a tilápia, por exemplo, é nativa do rio Nilo no Egito, e é muito resistente, e essa é uma das razões pela qual as pessoas a introduziram no Brasil”. Dessa maneira, como as espécies invasoras sobrevivem, elas começam a se reproduzir, e reduzem as chances das nativas retornarem ao ambiente.

4. As cinzas causam células tumorais nos peixes

“A gente verificou um resultado intrigante, que é o número de células com alterações genética em peixes expostos às cinzas. Para mim, isso acendeu uma luz de alerta importante: pois se as cinzas tem a capacidadede impactar os peixes, elas também pode fazer o mesmo com o ser humano que ingere uma água contaminada com partículas de cinzas ou ainda que se alimente de um peixe que viveu nessa água contaminada”, explica o professor Bruno. A acumulação de metais pesados e a presença de componentes mutagênicos, e potencialmente também cancerígenos, nos peixes tem impactos ainda incertos sobre os indivíduos que consomem esses animais contaminados. Futuras pesquisas no laboratório coordenado pelo prof. Bruno irá investigar esse tema.

A importância do estudo desenvolvido é fundamental para entender de que maneira as cinzas interferem na biodiversidade aquática e como esses fatores chegam até nós: “pode ser que os metais pesados nos tecidos dos peixes acabem também sendo acumulado por quem se alimenta dos peixes dessa região contaminada por cinzas”, esclarece.

Para expandir a pesquisa, é necessário financiamento

A primeira etapa da pesquisa será finalizada em novembro de 2023: o projeto, atualmente, conta com o trabalho de dois bolsistas de iniciação científica da UFSC, três estudantes extensionistas, um mestrando e dois doutorandos. As saídas de campo promovidas pelo grupo buscam capturar os organismos que vivem em rios e riachos do estado de Santa Catarina, para realizar os estudos experimentais que analisam a toxicidade das cinzas sobre a biodiversidade de água doce. Com três estudos planejados, o objetivo é analisar a ecotoxicidade nos peixes invertívoros (aqueles que se alimentam de invertebrados); nas espécies nativas e invasoras de girinos; e na dinâmica populacional de microinvertebrados. 

O grupo de pesquisa realizando estudo de campo para as abordagens experimentais (foto: Arquivo pessoal)

 

Além do caráter científico, a pesquisa possui pretende envolver também a comunidade escolar e a sociedade civil: “Além da divulgação dos resultados para órgãos ambientais, a gente vai fazer esse trabalho em escolas, para realizar uma educação ambiental sobre as consequências ambientais do uso do fogo e geração cinzas para a biodiversidade que vive na água e mesmo para o ser humano”.

Também está prevista a realização de um workshop específico para gestores públicos da área ambiental, para apresentação dos resultados das pesquisas que avaliaram os impactos das cinzas sobre a biodiversidade e os riscos potenciais à saúde humana. “No nosso projeto, temos servidores do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), até para termos essa conversa com o poder público e o órgão de proteção ambiental”.

Com a conclusão do edital da FAPESC, o grupo de pesquisa busca um novo aporte para continuar a realizar os trabalhos. Em uma segunda etapa, seria possível aprofundar os estudos por meio da aquisição de equipamentos apropriados para análises mais específicas. Atualmente, a pesquisa só tem conseguido êxito porque o laboratório de biodiversidade aquática da UFSC tem feito cooperação com outros laboratórios da UFSC, de outras Universidades Públicas do país (como UFPR, UFSCAR e UEM) e do exterior (como Universidade de Aveiro, em Portugal e Rhodes University, na África do Sul), viabilizando a condução da atual pesquisa.

Entretanto, é importante o fortalecimento do laboratório na UFSC, para que a equipe possa, de maneira independente, analisar os efeitos da presença de poluentes na água, como as cinzas para a potabilidade da água e os organismos que nela vivem: “no momento, a gente tem estudado as cinzas de queimadas, mas as cinzas podem ser geradas a partir de outros processos, como resíduo na produção de carvão, que é uma atividade localmente importante.” Assim, pesquisas podem ser realizadas para entender o principal dano relacionado as cinzas de carvão, com o objetivo de reduzir o impacto ambiental, aliando economia e ecologia.

Sobre o pesquisador

Bruno Renaly Souza Figueiredo é professor do Departamento de Ecologia e Zoologia (ECZ) da Universidade Federal de Santa Catarina. É graduado em Ciências Biológicas, e mestre e doutor pelo programa de Pós-graduação em Ecologia de ambientes aquáticos continentais. Suas pesquisas envolvem estudos de ecotoxicologia aquática, levantamento de biota aquática, dinâmica de cadeias tróficas, e mais. Contato: Bruno.figueiredo@ufsc.br.

 

 

 

Ana Beatriz Quinto | Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica

Rafaela Souza | Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica

Edição: Denise Becker | Núcleo de Apoio à Divulgação Científica (NADC-UFSC)

Tags: jornalismo científicoNADCpesquisaqueimadasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Mulheres na Ciência: vídeos apresentam trabalhos de pesquisadoras premiadas

27/04/2023 14:54

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicou, em seu canal no Youtube, os vídeos da série Traduzindo Ciência Especial Mulheres na Ciência com seis das vencedoras do Prêmio Mulheres na Ciência 2021Produzidos pela Agência de Comunicação (Agecom) e pela TV UFSC, os vídeos apresentam os estudos de professoras de diferentes áreas do conhecimento.

Christiane Fernandes Horn foi a primeira entrevistada. Ela foi responsável pela implantação de projetos de pesquisa inovadores no Departamento de Química. Seus estudos, realizados em parceria com diferentes departamentos da Universidade e de outras instituições, envolvem a síntese de moléculas em laboratório e a análise de suas atividades biológicas, que incluem propriedades antioxidantes e a capacidade de combater bactérias, protozoários e até o desenvolvimento de tumores. Os trabalhos já lhe renderam o depósito de nove pedidos de patente e podem, futuramente, colaborar para o desenvolvimento de novos medicamentos e possibilidades de tratamento para uma série de doenças.
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Pesquisadores da UFSC usam lasers da Nasa para detecção de fumaça e nuvens

14/03/2023 15:24

Você com certeza nem notou, mas há cerca de um mês e meio, na madrugada de 27 de janeiro, raios lasers verdes vindos do espaço atingiram Florianópolis, varrendo a ilha de norte a sul. Os feixes de luz – finos demais para serem observados a olho nu por humanos desavisados – vêm de um satélite da Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, e são capazes de medir com bastante precisão a altura de árvores, morros e icebergs, a espessura de camadas de gelo e a profundidade de mares e lagoas. Já descobriram até um lago secreto sob o manto de gelo da Antártida. 

Satélite ICESat-2 é equipado com um sistema de lasers verdes, que mede a altura da superfície do planeta. Ilustração: Nasa Goddard Media Studios

Também vêm sendo usados de modos inovadores por cientistas catarinenses. Os professores Renato Ramos da Silva, Reinaldo Haas, ambos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e Yoshiaki Sakagami, do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), aplicaram os dados obtidos com os lasers para avaliar a altura de fumaça e nuvens em regiões de queimadas. Combinando informações de outros satélites e de balões meteorológicos, os pesquisadores observaram um aumento da temperatura da atmosfera na mesma altura da fumaça, um indicativo de que as queimadas podem gerar uma camada que inibe a formação de chuvas em períodos muito secos. Os resultados foram publicados na revista científica Holos Environment e chamaram a atenção da Nasa, que convidou o grupo a apresentar o trabalho em um evento científico internacional, realizado em novembro de 2022 e disponibilizado no Youtube.

Lasers da Nasa

Lançado em 2018, o satélite ICESat-2 (Ice, Cloud and Land Elevation Satellite-2) é equipado com um sistema de lasers verdes, dentro do espectro da luz visível. Com 10 mil pulsos de laser emitidos por segundo, o equipamento realiza medidas de altura conforme trafega pelo planeta. A altitude de cada elemento da superfície terrestre é medida a partir do cálculo do tempo que o feixe de luz leva para voltar ao satélite. 

Parte do Sistema de Observação da Terra da Nasa, que tem como principal foco as áreas congeladas do planeta, chamadas de criosfera, o satélite também mede alturas nas regiões temperadas e tropicais e permite fazer um balanço da vegetação nas florestas em todo o mundo. Os dados coletados pelo satélite são públicos e de livre acesso e têm viabilizado descobertas importantes. Recentemente, por exemplo, os lasers possibilitaram a identificação de dois lagos subterrâneos na Antártida, bem como a observação de que o volume dos lagos está diminuindo, sua água está secando. 
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Professoras da UFSC participam da criação da Associação Brasileira de Processos Oxidativos Avançados

14/03/2023 09:49

As professoras Regina de Fatima Peralta Muniz Moreira e Cíntia Soares, do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), participam da criação da Associação Brasileira de Processos Oxidativos Avançados (ABPOA). O projeto tem o objetivo de congregar pessoas físicas e jurídicas que se interessem pelo desenvolvimento da ciência dos processos oxidativos avançados e das tecnologias relacionadas com as suas aplicações. É uma associação com fins acadêmicos, gerenciada por professores e pesquisadores brasileiros atuantes na área.

Os processos oxidativos avançados reúnem diversas tecnologias com aplicação de ozônio, peróxido de hidrogênio, e outros oxidantes, plasma, ultrassom, além de processos catalíticos. Esses processos encontram aplicações na descontaminação ambiental (tratamento de efluentes líquidos, água, solo e ar), na produção de combustíveis renováveis, na sanitização de ambientes hospitalares, e diversas aplicações na indústria química e na indústria de alimentos.

Assim, as ações da ABPOA irão permitir a disseminação de conhecimento científico e tecnológico produzido no país, integrar estudantes, cientistas, empresas e indústrias interessadas no desenvolvimento e aplicação dos processos oxidativos avançados e promover a comunicação entre entidades ligadas, direta ou indiretamente, ao assunto. Durante o ano de 2023, o processo de filiação será gratuito para todos os níveis de associados e pode ser realizada pelo preenchimento do formulário disponível no site, onde também há mais informações sobre à associação.

Tags: associaçãoDepartamento de Engenharia de AlimentosDepartamento de Engenharia QuímicaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Rádio Educativa Joinville Cultural passa a transmitir o Podcast UFSC Ciência

07/03/2023 10:51

A Rádio Educativa Joinville Cultural 105,1 FM passa a transmitir, a partir desta terça-feira, 7 de março, o Podcast UFSC Ciência. O programa irá ao ar todas as terças-feiras, às 20h30, na frequência 105,1 FM, na região de Joinville, e ao vivo neste link . A programação de estreia irá tratar sobre o tema balneabilidade, um assunto que tomou o verão em Santa Catarina. A Rádio Educativa Joinville Cultural é uma emissora pública mantida pela Prefeitura Municipal de Joinville. O Podcast UFSC Ciência é uma produção da Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), produzido em parceria com o Laboratório de Radiojornalismo, do Departamento de Jornalismo da UFSC.

O podcast que estreia a programação trata sobre a balneabilidade, o oceano, o turismo, a saúde e o saneamento básico de forma interdisciplinar. Quatro professores pesquisadores da UFSC foram convidados para discutir o assunto e trazer novas análises e discussões sobre o tema. Foram entrevistados os docentes José Salatiel, do Departamento de Ecologia e Zoologia; Maria Elisa Magri, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Paulo Horta, do Departamento de Botânica e Rodrigo Mohedano, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Para outras informações sobre o episódio e outros podcasts, acesse o site UFSC Ciência.

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O que a gravidez de Isabella Scherer tem em comum com uma pesquisa da UFSC?

02/03/2023 14:27

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

A pré-eclâmpsia é uma doença que acomete mulheres durante a gestação, definida pela presença de hipertensão arterial (pressão alta) após a vigésima semana gestacional, associada principalmente à presença de proteína na urina. A doença, que representa 42% das mortes maternas, atinge em torno de 100 mil mulheres por ano. Na América Latina, 25% das mortes maternas são causadas pela doença, que afeta entre 5% a 7% das gestantes brasileiras.

A catarinense Isabella Scherer, nascida em Florianópolis, de 27 anos, foi diagnosticada na gestação do seu casal de gêmeos, Mel e Bento. “Passei mal, comecei a ter muito enjoo, era uma tontura, uma sensação estranha… e aí depois eu descobri que são sintomas de pré-eclâmpsia”, relata, “eu fui pro pronto-socorro, falei com o meu médico, já eram quase 23h.” 

Grávida de gêmeos, Isabella Scherer antecipou o seu parto devido à pré-eclâmpsia. (Foto: reprodução Instagram)

Isa, como é mais conhecida pelos seus 2 milhões de seguidores no Instagram, no perfil @isascherer, fez tratamento preventivo de pré-eclâmpsia durante toda a sua gestação. Por ser uma gravidez gemelar (quando os bebês são gêmeos), ela fez parte do grupo de risco da doença.

A empresária, e vencedora da oitava edição do reality show de culinária Masterchef, compartilhou detalhes do seu parto em outubro de 2022 no Instagram. O vídeo de 11 minutos alcançou mais de 130 mil curtidas e ultrapassou um milhão de visualizações: nele, Isa compartilhou os momentos difíceis que passou antes e depois do parto, quando esteve dias no hospital em acompanhamento médico pela pressão alta.

Foto: Isabella Scherer, Mel, Bento e Rodrigo Calazans (Foto: reprodução Instagram)

 

Os sintomas de pré-eclâmpsia se manifestaram quando ela havia recém completado 37 semanas de gravidez. Na lista de fatores que podem indicar a doença, a hipertensão arterial se destaca, mas diversos outros podem estar associados à pré-eclâmpsia, como insuficiência renal, trombocitopenia (plaquetas baixas no sangue), disfunção hepática, edema pulmonar (acúmulo de líquido no interior dos pulmões), distúrbios visuais ou cerebrais. É uma doença multissistêmica, que afeta principalmente o sistema cardiovascular, os rins, o cérebro e a placenta.

O diagnóstico que Isa Scherer recebeu da doença aconteceu em um domingo, e o parto foi marcado para aquele mesmo dia. Ao conversar com o seu médico, Wagner Hernandez, a decisão foi tomada: “A gente chegou à conclusão que os riscos não valeriam a pena prolongar a gestação”, explica ela, “então a gente acabou agendando o parto para esse dia mesmo.”

Apesar de ser uma doença responsável por causar 42% das mortes maternas mundiais, ainda não estão bem esclarecidos os fatores que podem desencadear a pré-eclâmpsia em gestantes. A proteinúria, que corresponde à quantidade de proteína na urina, associada à condição da pressão alta, é um dos sintomas mais presentes; porém, as causas e as origens da doença ainda são desconhecidas.

Para Isa Scherer, compartilhar a sua experiência com a pré-eclâmpsia com os seus seguidores é relevante para que o debate sobre a doença alcance mais pessoas, desmistificando a gestação e a maternidade. “Trazer a importância para as pessoas de um pré-natal. Nem todas as mulheres têm acesso e oportunidade. Se eu conseguir ajudar pelo menos uma mulher com essa condição, já valeu a pena compartilhar “, pontua a empresária.

Renata M. Lataro, pesquisadora do departamento do Centro de Ciências Biológicas da UFSC, quer investigar a causa da pré-eclâmpsia

A professora Renata Lataro estuda a influência de fatores que podem gerar a pré-eclâmpsia (Imagem: Ana Quinto)

A professora Renata Lataro, do departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora de pesquisa do Centro de Ciências Biológicas (CCB) está realizando um estudo pré-clínico para identificar as possíveis causas da pré-eclâmpsia.

O projeto, denominado “Estudo pré-clínico para a identificação de mecanismos fisiopatológicos e novos alvos terapêuticos para a pré-eclâmpsia”, busca descobrir a origem da pré-eclâmpsia nas gestantes. “Já se conhece vários fatores de risco para a doença, mas sua causa primária e fisiopatologia não são completamente compreendidas”, explica a pesquisadora. A fisiopatologia é um ramo de estudo em que é possível compreender o processo de uma doença: suas causas, mecanismos envolvidos, evolução e quais alterações e manifestações causam no ser humano. “Ela não é muito bem conhecida, não se sabe o que de fato desencadeia o desenvolvimento da doença”, aponta a professora Renata.

A principal hipótese da pesquisadora, que será desenvolvida no estudo, é a alteração da microbiota intestinal materna: “A microbiota intestinal molda o sistema imune do hospedeiro, ou seja, do indivíduo”, pontua, “a hipótese é que essa mulher, já antes da gestação, teria um evento pró-inflamatório acontecendo”, o que poderia gerar a doença.

Ao investigar o papel da barreira intestinal e de metabólitos da microbiota intestinal no desenvolvimento da pré-eclâmpsia e os seus mecanismos envolvidos, é possível identificar possíveis alvos para tratamento e prevenção da doença.

Os testes da pesquisa pré-clínica serão desenvolvidos em modelo animal, com objetivos específicos de estudo. Um deles é investigar se a alteração na composição da microbiota intestinal é capaz de promover o desenvolvimento da pré-eclâmpsia, compreendendo se há uma ligação entre a disbiose intestinal (desequilíbrio de bactérias na microbiota) e a doença.

Dessa maneira, é possível também entender se uma dieta rica em fibras, por exemplo, poderia prevenir a doença. “Se de fato a hipótese se comprovar, mostrando que é uma alteração da microbiota que leva à uma mudança no sistema imune, e consequentemente ao desenvolvimento da doença, isso cria alternativas de tratamento, e não só prevenção”, enfatiza Renata.

Biotério Central da UFSC oferece estrutura de apoio para os pesquisadores

A fase de testes da pesquisa da professora Renata Lataro contará com os ratos disponibilizados pelo Biotério Central da UFSC. Todos os testes são avaliados rigorosamente pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA) da Universidade. 

“O biotério só trabalha sob uma demanda conhecida e aprovada pela CEUA, seguindo as normas legais”, explica Joanésia Maria Junkes, coordenadora do biotério. 

Todos os processos são acompanhados pela CEUA. No regimento interno da Comissão de Ética, esclarece-se que é competência do órgão examinar os protocolos experimentais ou pedagógicos aplicados aos projetos de pesquisa; manter cadastro dos pesquisadores e docentes; estabelecer programas preventivos e visitas de fiscalização às unidades da UFSC onde estão sendo realizados os testes; dentre outras normas.

Essa primeira etapa da pesquisa, atualmente em desenvolvimento, irá avaliar se alterações na parede intestinal poderá induzir o desenvolvimento de pré-eclâmpsia em ratas. “Iremos fazer uma análise histológica da placenta, do fígado, que também está envolvido no processo, e do intestino”, explica a pesquisadora. 

Financiamento é essencial para que a pesquisa continue sendo realizada

Para que a pesquisa cumpra todas as etapas e alcance os objetivos do estudo pré-clínico, a professora Renata esbarra nas questões de financiamento, essenciais para os projetos de pesquisa, especialmente nessa fase de experimentação: “Para a parte inicial, temos uma colaboração com um grupo de pesquisa da USP de Ribeirão Preto”, esclarece, “nós temos um projeto aprovado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)”. 

O primeiro passo foi comprar o medicamento que ocasiona a quebra da barreira intestinal, o sulfato sódico de dextrana (DSS). O valor recebido foi em torno de R$ 2 mil. Para que o projeto pudesse avançar em uma etapa com testes com humanos, o financiamento precisaria ser muito maior.

“Há um estudo que mostrou uma alteração da microbiota intestinal em mães”, explica a professora Renata, “seria interessante conseguirmos fazer, mas para avaliar a microbiota intestinal de humanos, cada amostra ficaria em torno de R$ 350. Se fizermos uma análise da população humana, iríamos precisar de pelo menos 50 pacientes. Tendo financiamento, seria totalmente viável. 

“Ela é uma doença comum, mas que ainda não possui tratamento”, explica a professora. “Se a nossa hipótese se comprovar, a gente vai ter métodos preventivos para isso.” A pesquisa de Renata pode impactar a vida de mulheres como a de Isabella Scherer, e de milhares de outras brasileiras que são grupo de risco ou podem enfrentar a pré-eclâmpsia no futuro.

Sobre a pesquisadora

 

Renata  Maria Lataro é professora do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal de Santa Catarina. É graduada em Fisioterapia e é mestra e doutora em Fisiologia. Suas pesquisas envolvem a busca por novos alvos terapêuticos para doenças cardiovasculares, dentre elas, pré-eclâmpsia, hipertensão arterial e insuficiência cardíaca. Contato: renata.lataro@ufsc.br

Ana Beatriz Quinto | estagiária de jornalismo

Edição: Denise Becker | Núcleo de Apoio à Divulgação Científica (NADC-UFSC)

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DIVULGA UFSC – 27/02/2023 – Edição 1977

27/02/2023 12:06

 

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Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 27/02/2023 – Edição 1977

UFSC oferece mais de 2 mil vagas em atividades físicas para a comunidade

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) oferece 2.011 vagas em atividades físicas e esportivas para a comunidade no primeiro semestre de 2023. O Centro de Desportos (CDS) publicou o edital com as informações referentes à inscrição e aos horários de aula. Há ações voltadas a diversos públicos, com  atividades que serão desenvolvidas de março a julho de 2023. Há vagas gratuitas e outras que exigem pagamento de uma taxa semestral. Os prazos também variam para cada modalidade.Acesse as orientações completas no edital. Continue a leitura » »..


Permanência estudantil: RU Trindade reabre segunda-feira após melhorias internas

O Restaurante Universitário (RU), do campus da Trindade, passou por melhorias que aumentarão a segurança dos trabalhadores da cozinha, proporcionarão economia e trarão mais eficiência ao processo de preparo dos alimentos. O RU volta a servir refeições na segunda-feira, 27 de fevereiro, quando começa o ano letivo na pós-graduação da UFSC. Continue a leitura>>.

Coperve abre inscrições para compor equipes que atuarão em concurso público

A partir de segunda-feira, 27 de fevereiro, servidores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) poderão se inscrever para trabalhar nas áreas de coordenação de ala e de fiscalização do Concurso Público TAE/UFSC – 2023. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até 12 de março pelo site coperve.ufsc.br/colaboradores. Confira o edital completo.



Gestão

Administração Central realiza autoavaliação dos primeiros meses da gestão

A autoavaliação de gestão foi tema de reunião realizada na Sala dos Conselhos, dia 17 de fevereiro. O encontro foi dirigido pelo reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, e pela vice-reitora, Joana Célia dos Passos. Na ocasião, cada gestor(a) apresentou brevemente uma avaliação sobre as ações desenvolvidas desde o início da administração, destacando as necessidades de cada setor, bem como as expectativas para 2023. Continue a leitura>>.

 


Extensão

Inscrições abertas para terapias do Projeto Amanhecer

O Projeto de extensão Amanhecer recebe inscrições  até o dia  01 de março de 2023, ou enquanto houver vagas, para as atividades de terapias integrativas e complementares em saúde por meio do trabalho voluntário e equipe multiprofissional. As atividades oferecidas são individuais e coletivas (presenciais e online), com inscrições gratuitas. Entre as práticas individuais oferecidas estão:  Apometria Quântica, Shiatsuterapia,  Auriculoterapia, Terapia Quântica e Silêncio Neural, Reiki e Massagem Medicinal. As coletivas contam com: Arteterapia, Coach, Apometria Quântica, Constelação Familiar, Meditação Coletiva, Reiki, Yoga e Tai Chi Chuan. As atividades individuais serão realizadas nos consultórios do Projeto junto ao Hospital Universitário, localizado no Prédio da Capacitação, primeiro andar. As atividades coletivas ocorrem nas salas de práticas alternativas do Centro de Ciências da Saúde (CCS), bloco C. Informações e inscrições: www.amanhecer.paginas.ufsc.br.

 


Pesquisa

UFSC participa de projeto de inovação em hidrogênio verde

A UFSC através do Departamento de Engenharia Química está participando do Programa de Inovação em Hidrogênio Verde – iH2 Brasil. O grupo de pesquisa coordenado pela professora Regina de Fátima Peralta Muniz Moreira irá apresentar, no evento oficial de divulgação “iH2Talks”, o projeto “Produção de Hidrogênio Verde com ênfase em Catalisadores para a Transição Energética e Desenvolvimento de Protótipo”. A atividade será dia 28 de fevereiro, a partir das 10h30min, com transmissão pelo Youtube do PTI. Inscrições pelo site  https://lnkd.in/dEfZbMa2 . Mais informações.

Em parceria com Harvard, professor da UFSC chega a resultados inéditos em estudos sobre células-tronco

Células-tronco são capazes de se diferenciar e se transformar em outras células e, por isso, há décadas são estudadas como uma das revoluções da ciência e da medicina. Do câncer a doenças cardíacas, passando pelo Alzheimer, elas são também objetos de investigação na UFSC, onde o professor Edroaldo Lummertz da Rocha, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, publicou, somente neste ano, três estudos com resultados inéditos em revistas de alto impacto do grupo Nature e da prestigiada Cell Stem Cell. As pesquisas trabalham com a biologia de sistemas, usando softwares como forma de estudar e descrever o comportamento celular, mas também têm abordagem experimental. Continue a leitura>>.

Pós-Graduação em Filosofia publica nova edição da Revista Peri

Estudantes do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançaram uma nova edição da Revista Peri. A publicação reúne seis artigos relevantes para discussão da Filosofia contemporânea, em diferentes áreas do conhecimento. Continue a leitura>>.

Pesticida usado na agricultura e no controle da dengue é fator de risco para diabetes gestacional

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que um dos agrotóxicos mais utilizados no país, o Malathion, pode ser fator de risco para o desenvolvimento de diabetes gestacional. Experimentos com animais indicaram que isso ocorre ainda que a gravidez aconteça somente após a interrupção do contato com o inseticida e mesmo nas doses consideradas seguras pelos órgãos reguladores. Além disso, a propensão ao desenvolvimento de diabetes pode ser transmitida aos filhos das mulheres expostas ao produto. Os resultados foram publicados na revista internacional Environmental Pollution. Continue a leitura>>.


Ensino

Sinter divulga editais para estudantes interessados em intercâmbios

A Secretaria de Relações Internacionais da UFSC (Sinter)  está com editais abertos para estudantes que querem estudar fora do Brasil. Os interessados devem consultar os documentos, também disponíveis no link. A Sinter administra as candidaturas dos alunos da graduação da UFSC. Veja todas as informações do programa aqui. Também estão disponíveis as normas para candidatura de estudantes de graduação da UFSC pelo Programa Outgoing. O sistema de inscrições online da UFSC permanecerá aberto de 1º de fevereiro até 30 de novembro de 2023. A página do Programa Outgoing com o Edital e o Manual de intercâmbio Outgoing  está disponível aqui. Continue a leitura>>.  

Pós-Graduação em Desastres Naturais divulga edital para mestrado profissional

O Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais (PPGDN/UFSC) publicou o Edital Nº 02/PPGDN/2022, que disponibiliza 18 vagas de mestrado profissional para 2023. Candidatos com direito a ações afirmativas também estão contemplados com vagas específicas. Os interessados deverão se inscrever gratuitamente de 6 a 15 de março, via Sistema de Inscrições da UFSC. Para saber mais, acesse o site do PPGDN.  

Cursos de Matemática Básica e Introdução ao Cálculo recebem inscrições

O Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove cursos gratuitos de Matemática Básica e Introdução ao Cálculo. São ofertadas 480 vagas, sendo que cada curso será oferecido em dois turnos, com 120 vagas cada. A atividade é voltada a calouros que desejem se preparar para Pré-Cálculo, Cálculo I/A e Física 1 e a veteranos que reprovaram em alguma dessas disciplinas, mas é aberta a toda a comunidade. As inscrições vão até 27 de fevereiro, às 14h, ou até o preenchimento das vagas. Somente será permitida uma inscrição em cada turno (manhã ou tarde). Continue a leitura>>.  

Professor italiano ministra palestra sobre papel da tecnologia na educação inclusiva

O Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação (PGTIC) do Campus de Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove na segunda-feira, 27 de fevereiro, a palestra O papel da tecnologia no desenvolvimento do contexto inclusivo da escola italiana, com o professor Francesco Zambotti. A atividade ocorre presencialmente na sala 106 do bloco A da unidade Jardim das Avenidas do Campus de Araranguá, com transmissão ao vivo pelo Youtube a partir das 15h. Parte da aula inaugural do Mestrado em Tecnologias da Informação e Comunicação, a atividade será ministrada em italiano, com tradução simultânea pela professora Maria De Pieri Guarezi. Continue a leitura>>.  

Roda de conversa discute dilemas da pós-graduação em Ciências Sociais

O Núcleo de Sociologia Econômica (Nusec) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove a roda de conversa Dilemas da Pós-Graduação em Ciências Sociais nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, às 10h. A atividade ocorre na Sala 20B do Departamento da Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), no campus do bairro Trindade, em Florianópolis. O coordenador da Área de Sociologia da Capes (2022-2025), Paulo Niederle, é um dos convidados. Niderle também é professor dos programas de pós-graduação em Sociologia (PPGS) e em Desenvolvimento Rural (PGDR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Continue a leitura>>.  

 


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Estudo analisa soberania e segurança alimentar em comunidade quilombola de SC

24/02/2023 10:18

Apesar de estar no local há cerca de 200 anos, a Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque ainda não tem garantido o direito a seu território. Foto: Danilo Barretto

A luta pelo direito ao território, os conflitos em torno do uso da terra, a diversidade de plantas alimentícias e as relações entre soberania e segurança alimentar são alguns dos temas abordados na pesquisa de doutorado de Maiara Cristina Gonçalves, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fungos Algas e Plantas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O estudo, realizado junto à Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque, localizada em Praia Grande (SC), revela que, apesar da ampla variedade de espécies de plantas cultivadas e do compartilhamento e doações entre os moradores, mais da metade das famílias enfrenta algum grau de insegurança alimentar.

Isso se deve principalmente ao pouco espaço disponível para cultivo – consequência da lentidão do processo de regularização do direito ao território. Os resultados iniciais foram divulgados no artigo Agricultura tradicional e soberania alimentar: conhecimento quilombola no manejo de plantas alimentícias, publicado na revista internacional Journal of Ethnobiology (disponível também em português aqui).

Formada no século XIX por escravizados negros e indígenas como uma das formas de resistir ao sistema escravista, a Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque hoje tem aproximadamente 160 habitantes, divididos em 38 unidades familiares e distribuídos em 7.328 hectares. Apesar de estar no local há cerca de 200 anos, ainda não tem garantido o direito a seu território, estabelecido entre os Campos de Cima da Serra e as planícies da bacia do rio Mampituba, próximo à divisa com o Rio Grande do Sul. A comunidade foi reconhecida oficialmente pela Fundação Cultural Palmares e também já passou pelos estudos antropológicos necessários. Desde 2019, o processo está parado em Brasília.

A sobreposição a duas unidades nacionais de conservação, os Parques Nacionais Aparados da Serra e Serra Geral, causou uma série de conflitos nas últimas décadas em função das limitações para atividades econômicas e uso da terra, que restringem o modo de vida quilombola. Em 2018, um termo de compromisso firmado com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) permitiu que a comunidade utilizasse menos de 20 hectares da área contestada para agricultura.
(mais…)

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