Pesquisadora da UFSC ganha uma das principais honrarias do Prêmio Capes de Tese

13/12/2024 10:06

Ana Paula, o orientador Pedro Luiz Manique Barreto e a professora Debora Menezes, atual diretora de Avaliação de Resultados e Soluções Digitais (DASD) do CNPq.

Doutora em Ciência de Alimentos pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Ana Paula Zapelini de Melo foi a vencedora do Grande Prêmio Ennio Candotti, de Ciências da Vida, honraria concedida pelo Prêmio Capes de Tese, um dos mais importantes no reconhecimento a cientistas no Brasil. Ela é a autora da tese Derramamento de petróleo no litoral brasileiro: desenvolvimento de métodos analíticos para controle de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos e monitoramento de pescado baseado em risco. “Esse prêmio é a honraria da relevância do trabalho para a sociedade e para o avanço científico no País e demonstra que meu projeto trouxe contribuições concretas e soluções inovadoras para problemas reais”, ressalta.

Ana venceu o Prêmio CAPES de Tese 2024 na área de Ciência de Alimentos. Na pesquisa, buscou desenvolver e validar métodos oficiais para a quantificação de contaminantes petrogênicos em pescado, em resposta ao desastre com derramamento de petróleo ocorrido no Brasil em 2019. Esse modelo foi validado conforme as diretrizes do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e da União Europeia (UE), e tornou-se o primeiro protocolo oficial do Brasil para controle de contaminantes petrogênicos em pescado.

A cientista teve a trajetória acadêmica toda realizada na UFSC, da graduação até o pós-doutorado, que ela realiza agora, estudando a contaminação de pescado com nano e microplásticos, um tema emergente e de grande relevância para a segurança dos alimentos.

O trabalho teve orientação do professor Pedro Luiz Manique Barreto e coorientação de Rodrigo Barcellos Hoff. “Diante da necessidade de um método analítico rápido, confiável e de baixo custo para avaliar a contaminação do pescado, adaptamos máquinas de café espresso, transformando-as em equipamentos laboratoriais, simulando a técnica de extração por líquido pressurizado”, explica.

Nesse processo, segundo Ana Paula, as amostras de pescado são colocadas em cápsulas e são extraídas de maneira similar à preparação de um café. “Após a extração, a quantificação dos contaminantes petrogênicos (hidrocarbonetos policíclicos aromáticos) era realizada por cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas. Esse método foi validado conforme as diretrizes do MAPA e da UE, e tornou-se o primeiro protocolo oficial do Brasil para controle de contaminantes petrogênicos em pescado”, contou à Capes.
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UFSC participa de missão no México com foco na desigualdade racial e de gênero

13/12/2024 09:24

Estudantes da UFSC e professores da UNAM que os receberam para estágio sanduíche. Fotos: divulgação

Entre os dias 26 de novembro e 6 de dezembro deste ano, a professora e vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Joana Célia dos Passos, embarcou em uma missão de trabalho na Cidade do México. A iniciativa, vinculada ao Projeto Cátedra Antonieta de Barros: Educação para a Igualdade Racial e o Combate ao Racismo, recebeu recursos do Programa de Desenvolvimento Acadêmico Abdias Nascimento, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). O objetivo central, relata Joana, é “fortalecer e internacionalizar os programas de pesquisa e de pós-graduação, por meio da mobilidade de docentes e discentes, promovendo um intercâmbio acadêmico que visa à construção de um conhecimento mais inclusivo e diversificado”.

O referido Programa, conforme Edital nº 16 da Capes, “destina-se à formação e capacitação de estudantes autodeclarados pretos, pardos, indígenas e estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, com elevada qualificação em universidades, instituições de educação profissional e tecnológica e centros de pesquisa no Brasil e no exterior, de excelência.”

Durante a missão, Joana Célia se dedicou a realizar atividades acadêmicas focadas nas desigualdades raciais e de gênero na América Latina. A intenção era não apenas estreitar as relações interinstitucionais entre a UFSC e a Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), mas, sobretudo, contribuir para a produção e ampliação de conhecimentos nas áreas de interesse do projeto. Dentre as interações, a professora também participou de reuniões com as equipes diretoras do Centro de Humanidades da UNAM e do Programa Universitário de Estudos da Diversidade Cultural e da Interculturalidade (PUIC).

Entre os destaques da agenda, Joana participou do XVI Colóquio Internacional Afroindoamérica 2024, que ocorreu na Universidade Autônoma Metropolitana (UAM), onde apresentou a conferência de abertura sobre Cultura Acadêmica, Racismo e Diversidade. Durante a cerimônia, ela foi homenageada pela Red Global Antirracista e recebeu um certificado que reconhece sua incansável dedicação a comunidades afrodescendentes. Este reconhecimento é um indicativo do impacto positivo que seu trabalho tem gerado em prol da igualdade racial.

Interações políticas e acadêmicas

A viagem da vice-reitora foi marcada por uma série de atividades institucionais que incluíram a participação em conferências internacionais e reuniões com figuras políticas mexicanas. No dia 29 de novembro, Joana Célia foi convidada a participar da Conferência Internacional sobre a Plataforma Conceitual para a Transformação Global, realizada no Senado da República do México. Esta conferência se alinha diretamente ao seu projeto de pesquisa sobre Participação Política e Enfrentamento às Violências de Gênero e Raça na América Latina e Caribe. O aprofundamento das discussões sobre políticas de gênero e raça é crucial para o fortalecimento da presença feminina, negra, indígena e LGBTQIA+ nos espaços políticos latinos.

Ainda durante a missão, Joana conduziu entrevistas com senadoras de diferentes estados do México, discutindo ações afirmativas voltadas para a comunidade LGBTTIQA+ e a população afromexicana. As interações com as senadoras Beatriz Mójica Morga e Edith López Hernández, com pesquisadores(as) e ativistas antirracistas, foram fundamentais para articular agendas comuns de combate ao racismo e a desigualdade de gênero.

A missão da vice-reitora também incluiu a apresentação de estudos comparativos entre Brasil e México, realizados por estudantes da UFSC em estágio sanduíche na UNAM. No dia 2 de dezembro, em reunião no auditório Arturo Warman do PUIC/UNAM, os bolsistas compartilharam suas experiências e avanços na pesquisa. A troca de conhecimentos entre os estudantes fortaleceu não apenas suas respectivas formações acadêmicas, mas também estabeleceu uma rede de colaboração entre as instituições de ensino.

A culminância da missão se deu em atividades que visaram a criação de parcerias estratégicas com a Coordenação de Humanidades da UNAM e a UAM. A professora Joana se reuniu com autoridades acadêmicas para discutir convênios que poderiam integrar mais instituições brasileiras ao projeto, promovendo um intercâmbio acadêmico ainda mais robusto.

A presença da professora da UFSC no México não foi apenas uma oportunidade de fortalecer laços institucionais, mas também um passo significativo na luta pela igualdade racial e de gênero. A UNAM, reconhecida como uma das universidades mais antiga e importante da América Latina, alinha-se aos ideais de inclusão e diversidade, reafirmando seu compromisso em promover um espaço acadêmico que dialogue com as diversas culturas e etnias que compõem a região.

Com mais de 300 mil estudantes ingressantes por ano, a UNAM tem a responsabilidade de enfrentar os desafios contemporâneos, buscando soluções para as desigualdades sociais que permeiam a sociedade. A colaboração entre a UFSC e a UNAM exemplifica como o intercâmbio acadêmico pode contribuir para a construção de um mundo mais justo e solidário. A missão em questão situa-se como uma contribuição valiosa para um futuro em que a diversidade é celebrada e as vozes marginalizadas são ouvidas e respeitadas.

Rosiani Bion de Almeida | imprensa.gr@contato.ufsc.br
Coordenadoria de Imprensa do GR | UFSC

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Com participação da UFSC, artigo na Science reforça importância do diálogo entre ciências indígena e ocidental para futuro sustentável

12/12/2024 16:05

Conservação da Amazônia depende da integração de conhecimentos (Imagem de leondeniscf por Pixabay)

No contexto da crise climática, o diálogo entre o conhecimento científico ocidental e o indígena é essencial para a conservação da Amazônia e para o futuro sustentável do planeta. A integração dos sistemas de conhecimento pode garantir uma ciência mais holística, que entenda a conexão indissociável entre cultura e natureza e que, portanto, reconheça a contribuição dos povos originários para a reabilitação dos ecossistemas. É o que aponta artigo publicado na revista Science nesta quinta (12) por pesquisadores indígenas dos povos Tuyuka, Tukano, Bará, Baniwa e Sateré-Mawé, em parceria com não indígenas, vinculados a projeto do Brazil LAB, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos. Os cientistas participantes também têm vínculo com instituições brasileiras como as universidades federais de Santa Catarina (UFSC) e do Amazonas (UFAM).

O artigo defende a integração urgente entre os saberes, considerando a contribuição das teorias e práticas de povos indígenas, há pelo menos 12 mil anos, para a conservação e restauração do meio ambiente – e elegem a Amazônia como um terreno fértil para promover este diálogo.

“Uma das principais lições dos conhecimentos indígenas do Alto Rio Negro é compreensão de que as vidas se estabelecem em conexão. Nada existe sozinho, tudo está relacionado – e compreender essa rede de relações entre todos os seres é uma das chaves para a sustentabilidade”, explica Carolina Levis, pesquisadora da UFSC e primeira autora do artigo. Para ela, a cosmovisão indígena pode auxiliar na desconstrução da visão colonialista que há séculos explora a Amazônia. “Enquanto o pensamento ocidental está enraizado em visões utilitaristas e antropocêntricas da natureza, os povos indígenas amazônicos entendem que a natureza e seus elementos também são dotados de qualidades de pessoas e tudo faz parte de um sistema integrado”, comenta.
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UFSC obtém recurso financeiro para recuperar e expandir infraestrutura de pesquisa em 2025

10/12/2024 15:48

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) investirá R$ 34,5 milhões na expansão e recuperação de sua infraestrutura de pesquisa em 2025. Os recursos provêm do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e foram obtidos por meio de três editais lançados pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), empresa pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI). Projetos de sete unidades acadêmicas foram contemplados, assim como de três órgãos suplementares da instituição: Biblioteca Universitária (BU), Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) e Biotério Central.

O edital de Recuperação responde por metade do valor conquistado pela UFSC. Neste, entre outros projetos relevantes, será possível realizar obras de manutenção e adquirir novos equipamentos para o Tecmídia, laboratório multiusuário de pesquisa em mídias digitais mais completo do país – localizado entre o Centro de Comunicação e Expressão (CCE) e o Centro de Ciências da Educação (CED).

O MArquE receberá R$ 5,2 milhões para manutenção, provenientes do edital de Recuperação e Preservação de Acervos. Também nessa chamada, a BU foi contemplada e poderá investir nas coleções especiais e no repositório digital.

O edital de Expansão permitirá a aquisição de equipamentos de alto desempenho, especialmente um aparelho de ressonância magnética nuclear de alto campo.

As prioridades foram definidas pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesq) em chamadas públicas que buscaram distribuir os recursos no maior número possível de estruturas da Universidade. “A UFSC, por intermédio do Comitê Permanente CT-INFRA, indicou projetos para representá-la nas chamadas da Finep, considerando a qualidade dos mesmos, que foram avaliados por consultores ad-hoc externos, mas norteada também pelo sentido de equidade”, explica o superintendente de Projetos da Propesq, William Gerson Matias. “A maneira transparente e democrática como foi realizado o processo de seleção trouxe para a UFSC um novo olhar, criando oportunidades para grupos competentes, mas com recursos insuficientes para desenvolver boas ideias”, complementa.
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Ranking internacional coloca UFSC entre cinco universidades mais sustentáveis do Brasil

10/12/2024 11:04

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) alcançou a quinta posição entre as universidades mais sustentáveis do Brasil no QS World University Rankings: Sustainability 2025 segundo resultados divulgados nesta terça-feira, 10 de dezembro. O ranking avalia instituições de educação superior em todo o mundo com base em critérios como impacto ambiental, impacto social e governança.  

A UFSC destacou-se especialmente em categorias relacionadas a Educação Ambiental e Pesquisa Ambiental, refletindo seu compromisso com a sustentabilidade e a formação de profissionais engajados na preservação ambiental. Além disso, a Universidade teve um desempenho significativo em indicadores como Igualdade e Saúde e Bem-estar, demonstrando sua preocupação em promover valores sociais em suas práticas acadêmicas e institucionais.  

No ranking de 2025, foram analisadas 1744 universidades, aumento de aproximadamente 25% em relação ao ano anterior (2024: 1397 universidades analisadas). Em relação às universidades brasileiras analisadas, houve um aumento de 23,5% ( de 34 no ano anterior para 42 em 2025). As quatro primeiras universidades brasileiras no ranking são a Universidade de São Paulo (USP), a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e a Universidade de Brasília (UnB). 

A metodologia sofreu alterações pontuais em poucos indicadores, mas permaneceu com as mesmas lentes de performance, mesmos indicadores e mesmos pesos em relação ao ano anterior.

O QS Sustainability Rankings é reconhecido internacionalmente por destacar as instituições que lideram a integração de práticas sustentáveis em suas atividades e currículos. A posição da UFSC no ranking reforça sua relevância global no cenário da educação superior e seu papel como protagonista na construção de um futuro mais sustentável.

Para conferir o ranking completo, acesse a página oficial do QS.

Conheça o programa UFSC Sustentável, da Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC.

 

com informações da Secretaria de Relações Internacionais da UFSC (Sinter)

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UFSC 64 anos: sessão solene traz programação cultural e homenagens a professoras eméritas

09/12/2024 10:51

A agenda de comemorações dos 64 anos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se estende até o dia 19 de dezembro, com programação repleta de atrações artísticas e culturais em diferentes pontos da Universidade. Acompanhe toda a programação cultural do aniversário da UFSC.

A tradicional sessão solene do Conselho Universitário será realizada nesta sexta-feira, 13 de dezembro, às 14h, no Auditório Garapuvu, localizado no Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo. A sessão será transmitida via canal de televisão e YouTube da TV UFSC.

O evento contará com a apresentação do Coral RMV Anima In Coro, sob a regência do maestro Robson Medeiros Vicente, e também com a performance da Companhia de Dança UFSC, sob a coordenação da professora Cristiane Ker de Melo.

Nesta sessão solene, as professoras Maria Bernardete Ramos Flores e Joana Maria Pedro serão homenageadas com o título de eméritas. A dignidade universitária é “concedida a membro de pessoal docente aposentado, pelos altos méritos profissionais ou por relevantes serviços prestados à Instituição.”
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‘Condições de trabalho’ é tema da redação do Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025

08/12/2024 16:46

Vestibulandos chegam no campus central da UFSC (Foto: Caetano Machado)

Neste domingo, 8 de dezembro, candidatos e candidatas do Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025 realizaram o segundo e último dia de prova.  As provas e o gabarito preliminar das questões objetivas (proposições múltiplas e abertas) e das questões discursivas estarão disponíveis, a partir das 20h, deste domingo no site https://vestibularunificado2025.ufsc.br/. A divulgação da lista dos classificados em primeira chamada está prevista para o final da primeira quinzena de janeiro.

O índice de presencialidade nos dois dias  ficou em 75,9%, superando o do ano passado, 73,9%. O comparecimento de 2023 já havia crescido em relação a 2022, quando foi de 70,9%.

Neste segundo dia, as provas foram de Ciências Sociais e Humanas (História, Geografia, Filosofia e Sociologia), Física, Química e a Redação. O tema da Redação abordou as condições de trabalho.

Os candidatos do Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025 puderam escolher entre três propostas para escrever a redação neste segundo e último dia de provas, a partir da leitura de três textos apresentados no caderno de provas. O primeiro texto reuniu trechos de três romances indicados como leitura obrigatória para os candidatos: Torto Arado, de Itamar Vieira Junior, Parque Industrial, escrito por Patrícia Galvão, e Solitária, da autora Eliana Alves Cruz.Um dos temas transversais destas obras é a exploração feita por patrões aos empregados, principalmente quando são negros e mulheres. O segundo texto apresentou os resultados de uma pesquisa inédita do IBGE sobre trabalhadores por aplicativo e o terceiro texto abordou o empreendedorismo como uma forma de escravidão contemporânea.
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UFSC na mídia: Pesquisa revela que agro brasileiro depende da chuva gerada por terras indígenas

06/12/2024 18:27

Floresta Amazônica. Foto: Bela Baderna/Instituto Serrapilheira.

O estudo Manutenção das Terras Indígenas é fundamental para a segurança hídrica e alimentar em grande parte do Brasil, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras universidades brasileiras e estrangeiras, foi divulgado em diversos veículos de abrangência nacional ao longo da semana. Trata-se de uma Nota Técnica, que tem como primeiro autor o pós-doutorando Caio Reis Costa Mattos, e também é assinado pela professora Marina Hirota, ambos do departamento de Física da UFSC. O documento está disponível aqui.

Na revista piauí, a reportagem 80% do agro brasileiro depende da chuva gerada pelas terras indígenas da Amazônia destaca que a área coberta por lavouras e pastagens no Brasil depende das florestas mantidas de pé. Pela primeira vez, diz o texto, “cientistas calcularam quanta água circula nos ‘rios voadores’ gerados nesses territórios e que caminho eles percorrem levando umidade para o resto do continente. A área alcançada pelas chuvas abarca dezoito estados e o Distrito Federal e inclui trechos do Cerrado, do Pantanal, do Pampa e da Mata Atlântica. Os nove estados mais beneficiados são responsáveis por 57% da renda do agronegócio brasileiro”.
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Saneamento em terras indígenas deve ser pensado com e para a comunidade, defende estudo da UFSC

06/12/2024 17:12

Rodrigo, à direita, durante sua pesquisa-ação na aldeia Tekoa Vy’a. Foto: Arquivo Pessoal.

Para o pesquisador Rodrigo de Pinho Franco, o saneamento, seja em regiões urbanas ou rurais, deve sempre ter em vista a promoção da saúde. Nesse sentido, ele deve ser planejado e executado com e para as pessoas, relacionando os saberes acadêmicos com os saberes tradicionais. Esses princípios estão no cerne de sua pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEA/UFSC). Orientada pelo professor Paulo Belli Filho, a dissertação “Diálogos sobre Saneamento: Um caso de extensão sanitária na Reserva Indígena Tekoa Vy’a, em Major Gercino, SC” sugere uma nova práxis para o saneamento em territórios indígenas.

Entre as propostas apresentadas no trabalho, estão a proteção de nascentes, o aperfeiçoamento na rede de distribuição de água, a instalação de banheiros com sistema de tratamento de efluentes e a realização de oficinas sobre gestão de resíduos sólidos. Tais práticas são resultado do intercâmbio entre a reflexão acadêmica e o envolvimento dos indígenas no diagnóstico dos problemas e nas tomadas de decisão. “O respeito ao tempo Guarani e às formas de trabalho coletivo, com rodas de conversa e mutirões, permitiram ao projeto identificar as demandas e se reinventar ao longo do caminho”, afirma o pesquisador.
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Montadora chinesa assina cooperação técnica com a UFSC para pesquisa e desenvolvimento

06/12/2024 12:01

UFSC será uma das universidades parceiras na busca por soluções para a montadora chinesa (Fotos: Nathy Silva)

 A montadora chinesa GAC inicia as operações no Brasil apostando em tecnologia de ponta e parceria estratégica com instituições de ensino superior no país, entre elas a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com investimentos de R$ 120 milhões apenas em pesquisa e desenvolvimento, a empresa, sediada em Guangzhou, no centro econômico do sul da China, anunciou, nesta quinta-feira, 5 de dezembro, acordos de cooperação técnica com a UFSC, a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O presidente da GAC Internacional, Wei Haigang, esteve presente e apontou os rumos da empresa chinesa no país. A GAC Brasil quer o desenvolvimento de motores híbridos e pesquisa de ponta em tecnologias inteligentes que prometem uma revolução na indústria automotiva brasileira. “O Brasil é prioridade para a GAC”, diz o CEO da GAC Brasil, Alex Zhou. A empresa anunciou que investirá no país, nos próximos cinco anos, R$5,8 bilhões.

Os memorandos de entendimento com as três universidades brasileiras, que são referências em engenharia mecânica, elétrica e automotiva no país, são o primeiro sinal dos planos da GAC, que é a quinta maior fabricante de automóveis da China, e, apenas em 2023, produziu 2,52 milhões de carros no gigante asiático. A ideia não é apenas produzir automóveis no Brasil, mas ajudar a definir os rumos da indústria nacional daqui para a frente.

O primeiro acordo de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação, no âmbito do memorando de entendimento, está sendo coordenado pelos professores do Departamento de Engenharia Mecânica Amir Antônio Martins de Oliveira Jr., Milton Pereira e Daniel Martins. As ações já previstas estão ligadas aos grupos de pesquisa envolvidos na unidade EMBRAPII MOVE.

O objetivo da montadora é ser a primeira fabricante chinesa a ter, no Brasil, uma linha de produção completa e um centro de pesquisa e desenvolvimento no Brasil, produzindo carros à combustão, híbridos e elétricos, assim como é na China.

As universidades vão coordenar projetos de ensino, pesquisa e extensão com incentivos técnicos e financeiros da GAC. As parcerias também incluem a promoção de estágios para estudantes e profissionais entre China e Brasil, além de programas de capacitação conjunta.

A UFSC, UFSM e Unicamp irão atuar nas áreas de veículos, motores, autopeças, componentes e materiais. O principal objetivo é a produção local de motores flex e híbridos-flex para os carros que a GAC passará a vender e futuramente produzir no Brasil a partir de 2025, a fim de atender aos padrões de eficiência energética e sustentabilidade ambiental exigidos pelo mercado brasileiro.

O pró-reitor de Pesquisa da UFSC, Jacques Mick, exaltou a preferência da parceria com universidades dada pela montadora. “Foi o primeiro evento da GAC Motors no Brasil e a empresa não apresentou carros ou marcas: preferiu anunciar a parceria técnico-científica com as três universidades brasileiras que ela considera mais proeminentes em engenharia aplicada à indústria automobilística, lideradas pela UFSC”. Mick destaca que “a escolha reflete uma estratégia de posicionamento da GAC na chegada ao mercado brasileiro, e também o modo como a indústria e a universidade atuam conjuntamente na China. Em Guangzhou, sua cidade-sede, a GAC tem um centro de pesquisa, design e desenvolvimento com seis mil trabalhadores e coopera com uma série de universidades. Nossa intenção com esse acordo é promover a internacionalização da inovação, conectando com a UFSC também as universidades chinesas que atuam com a GAC”.
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Crianças que dormem e acordam mais cedo se alimentam melhor, revela estudo da UFSC

05/12/2024 12:07

Denise Miguel Teixeira Roberto, durante sua pesquisa de doutorado. Foto: Arquivo Pessoal.

A nutricionista Denise Miguel Teixeira Roberto sempre se interessou em saber quais fatores afetam nossa alimentação e de que forma o que comemos pode melhorar nossa saúde e nosso bem-estar de forma geral. Nesse contexto, ela elegeu o consumo alimentar de crianças como tema de sua pesquisa de mestrado, cuja dissertação foi defendida em 2020, no Programa de Pós-graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGN/UFSC), com o título Avaliação da estabilidade de padrões de refeições em escolares do 2º ao 5º ano da rede pública de ensino de Florianópolis-SC: 2013-2015. Incentivada por sua orientadora, a professora Patrícia de Fragas Hinnig, Denise decidiu seguir explorando o tema no doutorado. Dessa vez, seu trabalho estaria focado na associação entre hábitos de sono, alimentação, sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes.

“Minha orientadora começou a trabalhar com sono porque observou que estavam surgindo muitos estudos apontando a importância do sono para a saúde. Ela orientou uma dissertação sobre sono e alimentação e percebeu que esse era um tema muito em alta”, explica Denise. Segundo ela, um número cada vez maior de estudos mostrava a relevância do sono para a saúde e indicava que o modo de vida moderno vinha reduzindo nosso tempo de sono. “Especialmente em decorrência do aumento da exposição às telas, temos observado que as horas de sono estão diminuindo e que as pessoas têm ido dormir cada vez mais tarde, o que pode ocasionar prejuízos na saúde. Por isso decidimos investigar os impactos do sono nos padrões alimentares para saber exatamente quais refeições são as mais afetadas pelo sono.”
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Pesquisa explora diferentes fases da matéria quântica e propõe novos experimentos

03/12/2024 14:15

Um grupo de pesquisadores de diferentes instituições publicou um estudo que traz resultados inovadores, com potencial de abrir novos caminhos na área da física quântica. Utilizando cálculos matemáticos e simulações em computadores, os cientistas descrevem o que acontece quando um gás com propriedades magnéticas interage com uma armadilha óptica formada por lasers em temperaturas baixíssimas, da ordem dos nanokelvins – próximas do zero absoluto, que equivale a -273,15º Celsius. 

Disponível na revista internacional Physical Review Letters, o artigo Exploring quantum phases of dipolar gases through quasicrystalline confinement (Explorando fases quânticas de gases dipolares através de confinamento quase-cristalino, na tradução para o português) revela novas fases da matéria em sistemas quânticos. Também aponta possibilidades para a realização de novos experimentos, com a tecnologia disponível em laboratórios especializados, para verificar os resultados obtidos.

“Como físicos que trabalhamos nessa área conhecida como matéria condensada, um dos objetivos do nosso trabalho é justamente tentar entender as propriedades dos sistemas quando eles são, digamos assim, submetidos a condições especiais. A gente sempre tenta encontrar sistemas que tenham um comportamento pouco usual ou exótico quando perturbados. Neste trabalho, estudamos um sistema que, do ponto de vista experimental, tem uma certa relevância, porque já é possível realizar esse tipo de estudo em alguns laboratórios no mundo”, afirma Alejandro Mendoza-Coto, professor do Departamento de Física da UFSC e coautor do artigo.
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Chamada Pública Meninas das Ciências do CNPq seleciona projetos da UFSC

02/12/2024 13:53

Projetos de estímulo às carreiras de tecnologia, como os que envolvem robótica, receberão apoio federal na UFSC. (Foto: Raissa Hübner/Agecom/UFSC)

Projetos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foram aprovados na Chamada Pública “Meninas nas Ciências Exatas, Engenharias e Computação”, do Ministério das Mulheres, em conjunto com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). O resultado final foi divulgado no último dia 12 de novembro.

Na categoria Projeto em Rede Nacional, foram contempladas as professoras Daniela Ota Hisayasu Suzuki, do Departamento de Engenharia Elétrica, Tatiana Renata Garcia, do Departamento de Engenharias da Mobilidade, do Campus de Joinville, e Roseline Beatriz Strieder, do Departamento de Física. Outras duas propostas foram selecionadas na categoria Projeto em Rede Regional: uma coordenada pela professora Eliane Pozzebon, do Departamento de Computação da UFSC Araranguá; e a segunda pela professora Adriana Passarella Gerola, do Departamento de Química. 

Os projetos têm como principal objetivo estimular o ingresso, a formação, a permanência e a ascensão de meninas e mulheres nas carreiras de Ciências Exatas, Engenharias e Computação. “Esperamos combater preconceitos e estereótipos femininos. É preciso incentivar e encorajar meninas desde cedo a atuar nas áreas STEAM [Ciência, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática (Science, Technology, Engineering, Arts Mathematics)], mostrando que não existe diferença no potencial educacional técnico científico entre meninos e meninas”, reitera a professora Tatiana Garcia. “Além disso, é importante engajar as alunas de graduação nestas ações, para que elas também sejam estimuladas a combater esses preconceitos”.
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Pesquisa da UFSC analisa consequências sociais e políticas de ações das Forças Armadas voltadas a civis

02/12/2024 13:30

Ilustração: Laura Araujo/NADC/UFSC

Qual deveria ser a relação das Forças Armadas (FA) com a sociedade civil em uma democracia? Essa é uma das questões que o trabalho da professora Anaís Medeiros Passos, do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tenta responder. A pesquisadora produziu um mapeamento das ações cívico-sociais (Acisos) realizadas pelo Exército Brasileiro, que revela consequências do histórico das relações entre as instituições civis e militares no Brasil. Entre elas, a percepção de que há uma conexão entre a atuação do Exército na segurança e o desenvolvimento do país.

Direcionadas à sociedade civil em áreas como saúde, assistência social, educação e infraestrutura, as Acisos têm como objetivo obter apoio de parte da população e reforçar uma imagem positiva sobre as Forças Armadas. São destinadas a diferentes públicos: grupos sociais vulneráveis (de acordo com a perspectiva militar), famílias de militares e pessoas que vivem próximas aos quartéis. Também acontecem em situações nas quais o Exército opera por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que lhes concede permissão para ocupar funções de polícia. A pesquisa da professora buscou identificar quais são os tipos dessas ações, a fim de produzir conhecimento para os tomadores de decisão.

De um lado, há a assistência social prestada pelo Exército nesses lugares e, de outro, sua ação repressiva. De acordo com Anaís, as Acisos são uma forma de contato direto dos militares com a população, sem nenhuma forma de monitoramento. Elas ganham ainda mais força em regiões como a fronteira norte da Amazônia, na qual a presença do Estado é reduzida. “Delegamos muito poder para os militares lá”, explica a professora. “Não apenas porque eles estão ocupando aquele espaço, mas também porque ninguém, nenhum outro órgão, entra nessa disputa”. 

A lacuna acaba elevando o protagonismo das ações e reforça certo teor de propaganda em algumas medidas. Para Anaís, elas buscam construir uma imagem confiável sobre a instituição militar que está a serviço da população.
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UFSC é pioneira e se une à força-tarefa para Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

02/12/2024 11:20

Festival de Cultura Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A Universidade Federal de Santa Catarina foi a primeira instituição de ensino pública a aderir à força-tarefa para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, um dos temas destaque na última reunião do G20, que ocorreu no Brasil, em novembro. O reitor Irineu Manoel de Souza assinou a declaração de compromisso e levou a instituição a se comprometer com questões como a implementação de políticas domésticas, cooperação e apoio em políticas públicas e apoio ao conhecimento, área em que a UFSC se situa como instituição de referência.

A professora Cristiane Derani, do Departamento de Direito da UFSC, reconhecida pela atuação nas áreas de direito ambiental, internacional e econômico foi chamada pelo Ministério do Desenvolvimento Social a participar, como especialista, de um grupo focado em discutir a questão da alimentação e do combate à fome no mundo. A partir daí, veio o convite para que a UFSC aderisse à iniciativa, para que se pudesse aproveitar sua especialidade na produção de conhecimento em agricultura, sustentabilidade e em biotecnologia.

As próximas etapas de trabalho da UFSC junto à aliança envolvem reuniões de um grupo em que a instituição está conectada à Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Rio Grande do Sul (UFRGS). No decorrer do andamento das atividades, os pesquisadores já envolvidos farão contato com outros especialistas em diferentes áreas do conhecimento. “A ideia é agrupar os pesquisadores de uma forma multidisciplinar para trabalhar auxiliando o pacto da Aliança Global Contra a Fome”, comenta a professora.

A professora se destaca pelo seu trabalho com a segurança alimentar, que discute a continuidade da produção de alimentos no mundo, dentro de um quadro de restauração ecológica e de conservação do meio ambiente, incluindo a proteção da biodiversidade e do clima. “O pacto assinado pelo G20 se baseia em três pilares: financeiro, técnico e político. Nós fazemos parte desse segundo pilar”, argumenta Derani.

No artigo Sustainable Global Food System, publicado pela Springer Nature, Derani estuda a meta de acabar com a fome até 2030 apresentada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo ela, a decisão sobre o que, onde, como e para quem produzir os alimentos “deve estar vinculada a premissas ecológicas para uma justiça ecológica, que é a base da justiça social, econômica e alimentar”.

A Força-tarefa para Aliança Global contra a Fome e a Pobreza pretende fortalecer uma Aliança Global para buscar recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais aptas a reduzirem a fome e da pobreza no mundo. A adesão à Aliança Global estará aberta não somente aos membros do G20, mas a todos os países interessados.

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Espetáculos de música, dança, teatro e slam marcam comemorações dos 64 anos da UFSC

02/12/2024 08:00

Dazaranha fará show em comemoração ao aniversário da UFSC

Os 64 anos da Universidade Federal de Santa Catarina terão a sua tradicional comemoração em sessão solene, no dia 13 de dezembro, às 14h, no Auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos, mas a agenda festiva está repleta de atrações artísticas e culturais. Mostra de artes cênicas, espetáculos de dança, música, Orquestra, teatro, SLAM e um show da banda Dazaranha estão na agenda, que se estende de 3 dezembro até 19 de dezembro. As informações podem ser encontradas no site aniversario.ufsc.br.

A Mostra Artes da Cena dará início oficial às festividades, a partir de terça-feira, 3 de dezembro. Serão treze dias com apresentações de espetáculos teatrais em diferentes espaços da universidade. No dia 5, quinta-feira, às 19h30, o Auditório Garapuvu recebe Salim: Memórias em Movimento – uma jornada artística e poética em homenagem ao renomado escritor líbano-catarinense, do Projeto Práticas Corporais e Cia de Dança da UFSC.

Já na sexta, 6 de dezembro, é dia do Slam Educa realizar a sua etapa final, no Auditório do Espaço Físico Integrado (EFI), às 13h30. No mesmo dia, um texto didático de Bertolt Brecht, escrito em 1930, será exibido no Teatro Carmen Fossari. A atividade também será realizada no sábado, 7, e no domingo, 8, sempre às 20h.

A Orquestra Filarmônica Catarinense (OFiC) se apresenta na quarta-feira, 11 de dezembro, às 19h, na Igrejinha da UFSC. A entrada é gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h. A OFiC inova no formato dos programas musicais temáticos, envolvendo a plateia e convidando os ouvintes a participarem no processo de performance, seguindo o conceito “musicking”.

A turnê Ícones, da banda Dazaranha, é outro momento de celebração que marca o aniversário da UFSC, no dia 17 de dezembro, no Auditório Garapuvu, às 20h. O ingresso será solidário, e as informações sobre distribuição estão no site. A Igrejinha da UFSC será também palco de música: Pedro Bernardo, chefe de naipe nas Orquestras de Câmara do CESCB e Sinfônica de Caçador, se apresenta no dia 18, às 19h.

Acompanhe toda a programação cultural do aniversário da UFSC.

Sessão solene com homenagens

A UFSC completará 64 anos de história no dia 18 de dezembro deste ano, mas a sessão solene para comemorar a data será no dia 13, com homenagens as professoras eméritas. A dignidade universitária é “concedida a membro de pessoal docente aposentado, pelos altos méritos profissionais ou por relevantes serviços prestados à Instituição”.

Professora Maria Bernardete Ramos Flores

Maria Bernardete é Graduada em História pela Universidade do Vale do Itajaí (1973), Mestre em História pela UFSC (1979) e Doutora em História pela PUC/SP (1991). Realizou Pós-Doutorado na Universidade Nova de Lisboa e na University of Maryland (1999-2000), e no IDAES da Universidad de San Martín – Argentina (2009- 2010). Foi professora visitante na Universidade de Salamanca (2003) e pesquisadora visitante na University of California – Campus Davis (1994). Foi agraciada com o Prêmio Destaque de Pesquisa – Centro de Filosofia e Ciência Humanas (2010). Foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC por diversos anos, e atuou no Comitê da Área de História na Capes. Dedica-se à pesquisa de História e Arte, Modernidade e Estética, Teoria da Imagem e Teoria da História. Atua na Linha de Pesquisa História da Historiografia, Arte, Memória e Patrimônio, do Programa de Pós Graduação em História da UFSC.

A professora Maria Bernardete orientou 35 trabalhos de conclusão de curso de graduação, 36 dissertações de mestrado e 41 teses de doutorado durante sua carreira. É autora de livros, capítulos de livros e artigos científicos, organizadora de coletâneas diversas, no Brasil e exterior.

Professora Joana Maria Pedro

A professora Joana possui graduação em História pela Universidade do Vale do Itajaí/Univali (1972), mestrado em História pela UFSC (1979) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) (1992). Fez pós-doutorado na França, na Université d´Avignon, entre 2001 e 2002, e nos Estados Unidos, na Brown University, entre 2016 e 2017. Foi professora visitante na Universidade do Chile (2021), na Universidade Nacional de La Plata (Argentina, 2013) e na Université Paris Diderot, Paris 7 (França, 2014).

No desenvolvimento de funções administrativas foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História entre 1993 e 1995, Diretora do CFH entre 1996 e 2000, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) entre 2008 e 2012, e Pró-Reitora de Pós-Graduação entre 2012 e 2016.

Entre outras atividades cabe também mencionar que foi Presidenta da ANPUH – Associação Nacional de História na gestão 2017-2019; Editora da Revista Estudos Feministas; e que atuou no Comitê da Área de História do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Aposentou-se em março de 2019, dando continuidade a suas atividades em qualidade de professora voluntária como docente permanente do Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, e como pesquisadora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH). É pesquisadora 1A do CNPq.

 

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‘Nossa meta é conquistar um mundo livre do vírus da aids’, afirma professor da UFSC

28/11/2024 11:20

Professor Aguinaldo Roberto Pinto, no Laboratório de Imunologia Aplicada (LIA/CCB/UFSC). Foto: Gabriel Salles Beltrão.

O dia 1º de dezembro foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data – definida em 1988, cinco anos depois de cientistas identificarem o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) – tem por objetivo promover a conscientização sobre a doença e sua prevenção, combater preconceitos e desinformação,  além de celebrar os avanços no acesso a tratamentos. Tais avanços são resultados das contínuas pesquisas científicas na área, as quais têm contribuído desde a descoberta do vírus causador da pandemia de aids, até a busca por cura.

Entre os cientistas que se destacam internacionalmente na pesquisa sobre HIV/Aids está Aguinaldo Roberto Pinto, professor do departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (MIP/UFSC) e coordenador do Laboratório de Imunologia Aplicada (LIA/CCB/UFSC). Em alusão à data, o periódico científico Virology Journal publicou uma entrevista com o pesquisador, em que ele narra sua trajetória na investigação sobre o tema e os principais desafios enfrentados no combate à doença. Aguinaldo, que é editor da seção de Retrovírus da publicação, tem se dedicado a diversos aspectos relacionados à infecção pelo HIV e, atualmente, tem pesquisado também sobre o papel da proteína Spike sobre células microgliais – células do Sistema Nervoso Central (SNC) que atuam na defesa imunológica e na proteção do cérebro e da medula – e sua relevância na neuroinflamação da COVID-19.
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Pesquisadores da UFSC desenvolvem protótipo de aplicativo capaz de identificar fungos através de fotos

27/11/2024 11:00

Aplicativo reúne informações de mais de 500 espécies de macrofungos. Foto: Ariéll Cristovão/Agecom/UFSC

O grupo de pesquisa MIND.Funga, coordenado pelo Laboratório de Micologia (Micolab) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está desenvolvendo um aplicativo capaz de identificar, a partir de fotos, espécies de macrofungos, como cogumelos e orelhas-de-pau, por exemplo. O projeto utiliza um banco de dados composto por mais de 13 mil fotografias que representam 505 espécies de macrofungos coletadas em diversas regiões do Brasil.

O estudo, intitulado Innovative infrastructure to access Brazilian fungal diversity using Deep Learning, destaca como o uso de inteligência artificial (IA) pode facilitar a pesquisa e o mapeamento de espécies fúngicas no país. O pesquisador da UFSC Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos explica que a IA é treinada, por meio de bancos de imagens, para reconhecer padrões visuais. O aplicativo permite aos usuários capturar fotos de fungos em seus dispositivos e obter identificações baseadas na semelhança com imagens presentes no banco de dados.

“Esse aplicativo vai permitir uma identificação mais eficiente dos macrofungos, utilizando padrões de imagens e inteligência artificial, algo que pode transformar a forma como a ciência cidadã contribui para a conservação da biodiversidade”, aponta o pesquisador.
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UFSC desenvolve metodologia inovadora para monitorar a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) com financiamento do Global Grand Challenges

27/11/2024 10:05

UFSC recebe financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates para promover técnicas agrícolas sustentáveis

O projeto da UFSC, Campus de Curitibanos, financiado pela fundação internacional, promete contribuir por uma agricultura mais sustentável. (Foto: Alexandre ten Caten/UFSC)

O projeto SensMyN propõe desenvolver um teste diagnóstico rápido, in situ e de baixo custo. Isso será possível graças a biomarcadores de RNA que identificarão genótipos de plantas mais responsivos à FBN e biofertilizantes inteligentes para o clima. “Com os resultados do nosso projeto SensMyN, seremos capazes de propor uma metodologia que aplica sensores diretamente às plantas. O método será de baixo custo e permitirá amostragens em diferentes momentos e locais no campo. Isso nos permitirá propor métricas para monitorar a fixação biológica de nitrogênio na agricultura”, destaca o professor Alexandre ten Caten, responsável pelo projeto na UFSC.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu um financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates no dia 27 de setembro. O projeto é uma parceria entre o professor Alexandre ten Caten, do Departamento de Agricultura, Biodiversidade e Florestas do Campus de Curitibanos, e a professora Adriana Silva Hemerly, do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O financiamento apoiará o desenvolvimento de uma metodologia para monitorar a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em solo e vegetação. O objetivo é fortalecer as pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que prometem medir a capacidade de microrganismos de fixar nitrogênio e fornecê-lo às plantas, reduzir custos de produção e promover práticas agrícolas mais sustentáveis.

O projeto, intitulado SensMyN: Monitoramento da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) por meio de dados espectrais integrados de solo-vegetação e biomarcadores baseados em RNA, terá duração até julho de 2026 e receberá investimentos de aproximadamente 300 mil dólares. “O fato de nosso projeto ter chamado a atenção da fundação e recebido financiamento demonstra a capacidade do Campus Curitibanos da UFSC em propor pesquisas de relevância internacional”, enfatiza o professor Alexandre.

“É um motivo de orgulho pensar que, com o esforço, trabalho e comprometimento de todos os parceiros deste projeto, possamos contribuir com aquele ‘grão de areia’ no vasto corpo de conhecimento gerado por pesquisadores em todo o mundo que trabalham no tema da fixação biológica de nitrogênio”, acrescenta o cientista.

O professor também celebra o impulso à infraestrutura do campus. Os recursos permitirão o pagamento de bolsas para estudantes e a aquisição de novos equipamentos.
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UFSC aprova título de Professora Emérita a Maria Bernardete Ramos Flores e Joana Maria Pedro

26/11/2024 18:15

Sessão especial do Conselho Universitário no dia 26 de novembro concede título de professora emérita a Maria Bernardete Ramos Flores e Joana Maria Pedro. Imagem: YouTube CUn/UFSC

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou sessão especial na tarde desta terça-feira, 26 de novembrona Sala dos Conselhos, no campus da Trindade, em Florianópolis. Na reunião foram apreciadas as propostas de concessão do título de Professora Emérita às docentes Maria Bernardete Ramos Flores e Joana Maria Pedro, ambas titulares do Departamento de História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Os dois pedidos foram aprovados pelos(as) conselheiros(as) com, respectivamente, 46 e 52 votos favoráveis.

A UFSC completará 64 anos de história no dia 18 de dezembro deste ano. Em homenagem ao aniversário da instituição e às professoras eméritas, o CUn realizará sessão solene no dia 13 de dezembro, às 14h, no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo. A dignidade universitária é “concedida a membro de pessoal docente aposentado, pelos altos méritos profissionais ou por relevantes serviços prestados à Instituição”.

A conselheira Marilia Carla de Mello Gaia, relatora do processo da professora Maria Bernardete Ramos Flores, ressaltou que a docente atuou no Departamento de História entre 1987 e 2013, tendo se aposentado como professora titular, contribuindo para a configuração atual do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em História, o qual atua como orientadora até o presente momento. É bolsista de produtividade em pesquisa 1B do CNPq e é uma grande referência no campo da História Cultural e da História da Arte no Brasil. Contribuiu para a estruturação da Associação Nacional de História (ANPUH) em Santa Catarina, e do Grupo de Trabalho História Cultural da ANPUH a nível nacional.

Professora Maria Bernardete Ramos Flores. Foto: Divulgação

Maria Bernardete é Graduada em História pela Universidade do Vale do Itajaí (1973), Mestre em História pela UFSC (1979) e Doutora em História pela PUC/SP (1991). Realizou Pós-Doutorado na Universidade Nova de Lisboa e na University of Maryland (1999-2000), e no IDAES da Universidad de San Martín – Argentina (2009- 2010). Foi professora visitante na Universidade de Salamanca (2003) e pesquisadora visitante na University of California – Campus Davis (1994). Foi agraciada com o Prêmio Destaque de Pesquisa – Centro de Filosofia e Ciência Humanas (2010). Foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC por diversos anos, e atuou no Comitê da Área de História na Capes. Dedica-se à pesquisa de História e Arte, Modernidade e Estética, Teoria da Imagem e Teoria da História. Atua na Linha de Pesquisa História da Historiografia, Arte, Memória e Patrimônio, do Programa de Pós Graduação em História da UFSC.

A professora Maria Bernardete orientou 35 trabalhos de conclusão de curso de graduação, 36 dissertações de mestrado e 41 teses de doutorado durante sua carreira. É autora de livros, capítulos de livros e artigos científicos, organizadora de coletâneas diversas, no Brasil e exterior.

Professora Joana Maria Pedro. Foto: Acervo Agecom

Na sequência, a conselheira Maria del Carmen Cortizo foi a relatora do parecer que delineou a trajetória acadêmica da professora Joana Maria Pedro. Na leitura do parecer destacou que a docente ainda atua no Departamento de História da UFSC desde o início da década de 1980, contribuindo significativamente para a qualificação acadêmica em todos os níveis da graduação e da pós-graduação, e para a projeção nacional e internacional do Departamento e da UFSC, trata-se de uma intelectual amplamente reconhecida no campo da História das Mulheres e do Gênero no Brasil na América Latina.

A professora Joana possui graduação em História pela Universidade do Vale do Itajaí/Univali (1972), mestrado em História pela UFSC (1979) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) (1992). Fez pós-doutorado na França, na Université d´Avignon, entre 2001 e 2002, e nos Estados Unidos, na Brown University, entre 2016 e 2017. Foi professora visitante na Universidade do Chile (2021), na Universidade Nacional de La Plata (Argentina, 2013) e na Université Paris Diderot, Paris 7 (França, 2014).

No desenvolvimento de funções administrativas foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História entre 1993 e 1995, Diretora do CFH entre 1996 e 2000, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) entre 2008 e 2012, e Pró-Reitora de Pós-Graduação entre 2012 e 2016.

Entre outras atividades cabe também mencionar que foi Presidenta da ANPUH – Associação Nacional de História na gestão 2017-2019; Editora da Revista Estudos Feministas; e que atuou no Comitê da Área de História do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Aposentou-se em março de 2019, dando continuidade a suas atividades em qualidade de professora voluntária como docente permanente do Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, e como pesquisadora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH). É pesquisadora 1A do CNPq.

Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República, principalmente nos temas: feminismo, gênero, relações de gênero, história das mulheres, memória, história oral, história do tempo presente e história comparativa. Entre seus livros mais conhecidos estão “Mulheres Honestas, Mulheres Faladas: uma questão de classe” (Ed. UFSC, 1991), Nova História das Mulheres no Brasil (Contexto, 2012 com Carla Pinsky), Gênero, Feminismos e Ditaduras no Cone Sul (Mulheres, 2010, com Cristina S. Wolff) e outros, além de inúmeros artigos e capítulos de livros publicados no Brasil e no exterior.

É necessário salientar a fundamental contribuição da trajetória da professora Joana Pedro para a luta das mulheres e para o reconhecimento dos seus direitos dentro e fora do âmbito universitário.

Rosiani Bion de Almeida | imprensa.gr@contato.ufsc.br
Coordenadoria de Imprensa do GR | UFSC

Com informações dos processos para concessão dos títulos, disponíveis nos links:

Parecer Maria Bernadete Ramos Flores

Parecer Joana Maria Pedro

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Conselho Universitário da UFSC aprova Calendário Acadêmico para 2025

26/11/2024 16:37

O Calendário Acadêmico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para 2025 foi aprovado pelo Conselho Universitário em reunião realizada nesta terça-feira, 26 de novembro. Além das datas dos principais eventos do primeiro e do segundo semestres dos cursos de graduação e de pós-graduação, o calendário traz ainda as atividades acadêmicas e administrativas dos cursos de pós-graduação e do Colégio de Aplicação. O documento completo será publicado no site do Departamento de Administração Escolar (DAE).

De acordo com o calendário, o primeiro semestre da graduação vai de 10 de março a 16 de julho; o segundo, de 11 de agosto a 13 de dezembro. Os dias 6 e 7 de dezembro estão reservados para a realização do Vestibular UFSC 2026. A Feira de Cursos está prevista para os dias 3 e 4 de junho. A Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da UFSC (Sepex) deve ser realizada de 20 a 24 de outubro.

Serão 101 dias letivos para os campi de Araranguá e Curitibanos, e 102 para Blumenau, Florianópolis e Joinville no primeiro semestre. Para o segundo semestre, Blumenau e Curitibanos têm previsão de 101 dias letivos; e Araranguá, Florianópolis e Joinville, 102 dias letivos.

O documento, de consulta obrigatória pelos estudantes, também traz informações de datas e prazos referentes às matrículas, incluindo ajustes e trancamento; de inscrições para o edital dos programas assistenciais da Pró-Reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis (Prae); relativas à mobilidade estudantil; dos editais de transferências e retornos; de colações de grau e períodos de recuperação, entre outros.

As datas e prazos para os principais processos e atividades administrativas das Coordenadorias de Curso, Colegiados de Departamento e Conselhos de Unidade também estão expressos no Calendário Acadêmico UFSC 2025.

UFSC desenvolve método mais rápido e econômico para detecção de febre amarela em animais silvestres

25/11/2024 13:30

Sabrina Cardoso, autora principal da tese, realiza testagem de amostras de vírus da febre amarela no Laboratório Rona-Pitaluga da UFSC. Foto: acervo pessoal

O monitoramento de casos de febre amarela em primatas não humanos, como os macacos, é um sistema de alerta precoce para surtos silvestres da doença, ajudando a prevenir a ocorrência de casos em humanos. Contudo, os testes atuais para diagnóstico do vírus nesses animais possuem alta complexidade e custo financeiro. Com o objetivo de fortalecer as respostas de saúde pública à doença, pesquisadores do Laboratório Rona-Pitaluga do Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética (BEG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolveram um método mais simples, rápido e econômico para o monitoramento e a detecção da febre amarela silvestre.

Segundo os autores da pesquisa, o novo método possibilita aprimorar a vigilância da doença no Brasil. Os resultados promissores do estudo desenvolvido na UFSC, nomeado Development and validation of RT-LAMP for detecting yellow fever virus in non-human primates samples from Brazil, ou Desenvolvimento e validação de RT-LAMP para detectar o vírus da febre amarela em amostras de primatas não humanos do Brasil em português, foram publicados em setembro deste ano na revista científica Scientific Reports, do grupo Nature.

O estudo integra a tese de doutorado de Sabrina Fernandes Cardoso, estudante de Pós-Graduação em Biologia Celular e do Desenvolvimento da UFSC e bióloga da SES/SC, orientada pela professora Luísa Rona e pelo pesquisador da Fiocruz André Pitaluga, coordenadores do Laboratório Rona-Pitaluga. Participaram também os pesquisadores Maycon Neves e Dinair Couto-Lima, da Fiocruz, o professor Daniel Mansur e os pós-graduandos André Akira, Iara Pinheiro e Lucilene Granella, da UFSC.

Conforme o estudo, nos últimos anos, a reemergência da febre amarela impactou significativamente a saúde pública brasileira. Desde 2002, o vírus expandiu sua circulação, espalhando-se do Leste em direção ao Sul do país. Durante a expansão, foram registrados diversos surtos e milhares de mortes de primatas foram documentadas. Desde então, mais de 2.100 casos humanos foram relatados, com uma taxa de letalidade de aproximadamente 30% entre as pessoas que desenvolveram a doença em forma grave.
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UFSC recebe nota máxima em processo de recredenciamento institucional

22/11/2024 11:40

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu do Ministério da Educação (MEC) a nota máxima no seu processo de recredenciamento institucional, finalizado recentemente. O conceito final da UFSC ficou na faixa 5, e o conceito final contínuo em 4,96. Com isso, a Universidade está entre as instituições em nível de excelência na avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O último processo de recredenciamento da UFSC foi realizado em 2013.

O processo avaliativo de recredenciamento teve início em setembro de 2024, com a formação de uma comissão de três avaliadores designados pelo Inep. A partir de então, a UFSC começou a protocolar no sistema e-MEC uma série de documentos, entre os quais o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), Plano de Gestão de Riscos, relatórios de avaliação, portarias, resoluções, regimentos, relatórios e políticas institucionais.

Entre os dias 11 e 13 de novembro, os membros da comissão realizaram uma visita in loco à Universidade – na verdade, uma visita virtual. No primeiro dia da visita, a comissão foi recepcionada pelo reitor Irineu Manoel de Souza, a vice-reitora Joana Célia dos Passos, pró-reitores, secretários, o Procurador Institucional da UFSC e presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA), além de outros dirigentes universitários. 
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Medicina e Psicologia são cursos mais concorridos da UFSC no Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025

22/11/2024 10:03

Os três cursos de Medicina, em Florianópolis, Curitibanos e Araranguá, são os mais concorridos da Universidade Federal de Santa Catarina no Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025. No Campus de Florianópolis a relação candidato/vaga é de 67,01; no Campus de Araranguá a disputa é de 43,14 e no Campus de Curitibanos, onde é ofertado pela primeira vez, o índice é de 50,17.

A relação completa foi divulgada nesta sexta-feira, 22 de novembro, no site do Vestibular, e traz também o curso de Psicologia, com 15,47 candidato/vaga, Direito Matutino, com 12,97 candidato/vaga e Nutrição, com 11,16 candidato/vaga, dentre os cursos de maior concorrência na instituição.

No Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), o curso de graduação mais procurado é Análise e Desenvolvimento de Sistemas, turma noturna, no campus de São José, com índice de 7,15. E, no Instituto Federal Catarinense (IFC), o curso mais disputado é Medicina Veterinária, em Araquari, com a relação candidato/vaga em 5,25.

O Vestibular Unificado oferece cerca de 6.700 vagas distribuídas em 200 cursos de graduação, nas três instituições. As opções de cursos estão disponíveis em 34 municípios catarinenses. A UFSC oferecerá 4.525 vagas.

De acordo com a Coperve, o número de inscritos no Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025 é de 23.961 candidatos. As provas do Vestibular Unificado serão realizadas nos dias 7 e 8 de dezembro deste ano, das 14h às 19h, e o resultado será válido para o ingresso em cursos de graduação das três instituições no ano letivo de 2025.

Os candidatos também já podem acessar os locais das provas e a confirmação de inscrição definitiva no site.

Confira a relação dos dez cursos mais concorridos da UFSC no Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025:

1 Medicina – Florianópolis 67.01
2 Medicina – Curitibanos 50.17
3 Medicina – Araranguá 43.14
4 Psicologia – Florianópolis 15.40
5 Direito – Florianópolis 12.97
6 Nutrição – Florianópolis 11.16
7 Ciência Da Computação – Florianópolis 10.81
8 Direito – Florianópolis 10.81
9 Cinema – Florianópolis 10.71
10 Educação Física – Florianópolis 9.62

Confira outras notícias sobre o Vestibular.

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Pesquisa da UFSC mostra impacto da covid-19 com expansão da pobreza e vulnerabilidade em SC

22/11/2024 09:23

Comumente em destaque por indicadores socioeconômicos favoráveis, o estado de Santa Catarina sofreu mudanças nas suas estruturas social e econômica durante a pandemia de covid-19. O impacto não só intensificou a pobreza existente, como revelou a vulnerabilidade de uma parcela da população que já vivia à margem. Um projeto de pesquisa do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), financiado por um convênio entre a instituição e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), detalhou como a crise sanitária agravou a situação de pobreza e as dinâmicas do mercado de trabalho no território catarinense.

O professor Lauro Mattei, do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSC e coordenador do Necat, explica que desde o início da pandemia o Núcleo desenvolveu um conjunto de ações para acompanhar a evolução da covid-19 em Santa Catarina, bem como analisar os principais impactos econômicos e sociais no estado. Essas ações transformaram o Necat em um dos principais espaços de referência acadêmica sobre a doença na região. “Recebemos, ao longo dos últimos dois anos, muitas demandas de estudos e análises sobre a situação social em Santa Catarina após a incidência da doença. Mesmo diante dos limites técnicos e operacionais, conseguimos fazer algumas pequenas análises preliminares, as quais não conseguiram compreender a verdadeira dimensão dos problemas causados pela pandemia, especialmente em termos da queda da renda e da expansão da pobreza no estado”, relatou.

Visando atender a essas demandas, surgiu o projeto Análise dos impactos da pandemia sobre as condições sociais da população catarinense. Além do professor Lauro, são também autores das publicações os seguintes pesquisadores do Núcleo: Samya Campana, Kauê S. Alexandre, Bonifácio Packer Testoni, Andrey de Paula e Silva, Pedro Henrique Batista Otero e Vicente Loeblein Heinen. O relatório final do projeto de pesquisa está em fase de elaboração e deve ser entregue à Fapesc até dezembro deste ano.

A mensuração da pobreza

Estudo sugere que uma abordagem multidimensional é essencial para compreender a real extensão da pobreza no estado. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A publicação Existe forma adequada de medir a pobreza? aprofundou o debate sobre as formas de mensuração da pobreza, reforçando a necessidade de uma reeducação do senso comum catarinense a respeito desse fenômeno no estado, a partir dos dados oficiais que são comumente divulgados. “(…) entende-se que é relevante subsidiar teoricamente a discussão sobre aquilo que os dados evidenciam com relação à trajetória da pobreza e aquilo que o imaginário popular traz, de que o Estado não é ‘tão afetado’ por esse flagelo, como também não o foi durante e após a pandemia, algo que é reforçado devido à veiculação de dados, de fato, frequentemente ‘favoráveis’ (baixos) da pobreza catarinense, comparativamente a outras Unidades da Federação”, traz o texto.

A publicação ressalta a importância das medidas para o enfrentamento da pobreza, bem como os aspectos relacionados à maneira como ela deve ser conceituada e mensurada. Desta forma, realiza o comparativo entre as abordagens monetária e multidimensional. A primeira delas, amplamente utilizada, mede com base na renda, adotando linhas de pobreza definidas, como o “Dollar-a-day” do Banco Mundial, que fixa uma quantia mínima diária abaixo da qual uma pessoa é considerada pobre. Essa abordagem, ainda que útil para monitorar o número de pessoas vivendo com rendimentos muito baixos, é criticada por ser limitada, pois considera apenas a renda e ignora outras dimensões da vida humana que também afetam o bem-estar. Estudos indicam que uma análise puramente monetária pode deixar de captar outras formas de privação, como a falta de acesso à educação e à saúde, ou mesmo as condições de habitação.
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