Um artigo publicado em fevereiro na Revista Nature relaciona a produção excessiva de uma enzima derivada de células do sistema imunológico a efeitos prejudiciais do estresse no cérebro. A publicação tem a professora Manuella Kaster, do Departamento de Bioquímica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como coautora.
O artigo identifica interações entre o sistema imunológico e o cérebro em situação de estresse e na depressão. “O estresse tem efeitos profundos no corpo, incluindo no sistema imunológico e no cérebro. Embora um grande número de estudos associe alterações no sistema imunológico a distúrbios relacionados ao estresse, como a depressão, os mecanismos envolvidos ainda não eram bem compreendidos”, salienta a professora e pesquisadora. A equipe da pesquisa foi liderada por Scott Russo do Hospital Mount Sinai, em Nova York. Manuella atuou na instituição como pesquisadora visitante, com apoio da UFSC, CNPq e Fulbright, entre os anos de 2019 e 2023.
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O Projeto Vincular seleciona voluntários para participar da pesquisa Efetividade de um programa de aconselhamento nos sintomas de depressão e nos comportamentos de movimento das 24 horas em adultos com sintomatologia depressiva. A ação faz parte da tese de doutorado da pesquisadora Cecília Bertuol, do Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Podem se inscrever pessoas com sintomas depressivos, com idade entre 20 e 59 anos, que possuam dispositivo eletrônico (como computador, tablet ou celular) com câmera e microfone instalados e que tenham acesso à internet. Para participar é necessário realizar inscrição pelo formulário.
A pesquisa é dividida em etapas remotas e presenciais. Inicia-se com a aplicação de um questionário on-line, seguido de um questionário complementar presencial e da utilização de um pequeno sensor de movimento por sete dias para medição da atividade física habitual, de comportamento sedentário e sono. O equipamento será entregue pelos membros da pesquisa no mesmo dia da aplicação do questionário presencial.
O projeto busca avaliar a efetividade de uma intervenção, baseada na Teoria da Autodeterminação, nos sintomas de depressão e no comportamento ativo de adultos. A ideia é que o estudo possa contribuir com a redução de sintomas depressivos a partir de mudanças nos níveis de atividade física e em fatores relacionados às necessidades psicológicas básicas. Cabe mencionar que o questionário utilizado para a verificação dos sintomas depressivos não substitui o diagnóstico de depressão, realizado por profissionais da área médica.
Todos os participantes terão acesso aos resultados do estudo, e, caso haja a comprovação de eficácia do programa de aconselhamento, os pesquisadores disponibilizarão a intervenção ao grupo controle posteriormente, visando estender o benefício a todos os participantes. Todas as informações coletadas serão mantidas em anonimato e armazenadas em local seguro, resguardando o sigilo.
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O projeto NeuroTalks recebe nesta quinta-feira, 6 de maio, às 18h, a professora Alline Campos, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), para conversar sobre os benefícios da utilização do canabidiol para a ansiedade e a depressão. A live será transmitida no canal no canal do Youtube A culpa é do cérebro.
Alline lidera o Laboratório de Farmacologia de (Neuro)plasticidade, no qual seu grupo pesquisa sobre novos tratamentos para doenças como transtorno de ansiedade, depressão maior, transtorno do espectro autista e transtornos neurodegenerativos. Também é uma das criadoras e coordenadoras do projeto de divulgação científica Virgínias da Ciência e já teve seu trabalho reconhecido com o Prêmio Para Mulheres da Ciência de 2015 (L’oreal-Unesco-ABC).
Haverá certificado de uma hora para todos que participarem da transmissão ao vivo. Para isso, os participantes precisarão tirar um print (foto) da tela no início (até 18h10) e no final do evento (após 18h50).
O NeuroTalks é um projeto que tem como objetivo trazer conteúdo sobre o nosso cérebro, mente e comportamento em linguagem acessível. As transmissões ocorrem no canal A culpa é do cérebro, onde também é possível conferir as edições anteriores. A coordenação é do professor Andrei Mayer, do Departamento de Ciências Fisiológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
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Estudo in vivo e in vitro. Arquivo pessoal de tese.
O colesterol alto hereditário (hipercolesterolemia familiar) está relacionado diretamente com a redução do número de novos neurônios, chamado cientificamente de neurogênese adulta. Esse fator se torna um potencial ao desenvolvimento de depressão e à perda de memória em seres vivos. Esses foram os principais achados da pesquisa de doutorado de Daiane Fátima Engel, Programa de Pós-Graduação em Bioquímica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e publicado recentemente na revista científica Molecular Metabolism.
O artigo Impaired adult hippocampal neurogenesis in amouse model of familial hypercholesterolemia: Arole for the LDL receptor and cholesterolmetabolism in adult neural precursor cells foi liderado pela professora Andreza Fabro de Bem, orientadora de Daiane e vinculada ao Departamento de Bioquímica da UFSC, e contou com a participação de mais duas pesquisadoras da UFSC (Jade de Oliveira e Patricia de Souza Brocardo) e quatro pesquisadores vinculados ao Centro Alemão de Doenças Neurodegenerativas (German Center for Neurodegenerative Diseases – DZNE).
Hipercolesterolemia e doenças vasculares são campos de pesquisa de Andreza que, por volta de 2005, começou a investigar também os efeitos do colesterol no sistema nervoso, tais como memória e aprendizado. “No laboratório começamos a pesquisar a relação da demência com os transtornos depressivos. Buscamos alguma alteração celular no cérebro dos camundongos nocaute que pudessem explicar dois comportamentos: perda de memória e comportamento tipo depressivo”, recorda Daiane.
Há uma região no cérebro chamada de hipocampo que controla essas duas características no sistema nervoso. A particularidade dessa estrutura é armazenar as lembranças, processo que só é possível em decorrência das sinapses (encontro entre dois neurônios), além de conter células-tronco mesmo na fase adulta. “Temos células precursoras neurais adultas que, durante toda a vida, são capazes de se diferenciarem em novos neurônios e melhorar esse processo de aprendizado, memória e regulação do humor”, explica Engel.
A redução na formação de novos neurônios acontece naturalmente à medida que envelhecemos, entretanto a pesquisa revelou que essa redução por causas metabólicas pode acelerar o processo e desencadear casos de demência e depressão muito mais cedo. “Um distúrbio metabólico não somente pode favorecer o aparecimento de doenças cardiovasculares, mas também pode afetar o sistema nervoso central, e isso se torna um problema de saúde pública importante”, enaltece Daiane.
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Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC
A lei da vida inclui a morte. A trajetória da vida nos apresenta a todo o momento situações de perda. Diante delas, o ser humano lida consigo para superar a dor e seguir em frente. E quando falamos de perda não estamos tratando apenas da morte de um ente querido, mas também de pequenos acontecimentos, como a troca de emprego, o rompimento de um namoro, a saída da casa dos pais.
Se a morte faz parte da vida, como lidar com isso? Pensando nesse tipo de atendimento, o Serviço de Atenção Psicológica da UFSC (Sapsi) implantou este mês o Grupo de Apoio Psicológico a Pessoas com Vivências de Perdas e Lutos (LAPPSILu). Vinculado ao Departamento de Psicologia do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), o Laboratório acolhe, orienta, compartilha e integra as vivências de perdas e de lutos visando à promoção da saúde e do bem-estar individual, familiar e social dos participantes.
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Em 2014, mais de 20 pesquisadoras receberam prêmios pelos resultados de estudos desenvolvidos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo levantamento feito na base de dados do CNPq em novembro de 2014, elas estão presentes em cerca de 57% dos 627 grupos de pesquisa da Universidade, certificados pelo CNPq: são 273 mulheres em cargo de liderança e 210 de vice-liderança, sendo 127 grupos parceria entre duas pesquisadoras. Além disso, o número de estudantes de graduação mulheres que são bolsistas subiu no ano passado de 51% para 56%, em um total de 740 bolsas de Iniciação Científica ofertadas pela UFSC.
Entre as premiadas estão a professora do Departamento de Bioquímica, Manuella Kaster, e a professora do Departamento de Ciências Morfológicas, Patricia de Souza Brocardo, vencedoras do “Para Mulheres na Ciência”. Além do reconhecimento recebido, as pesquisadoras também foram contempladas com 20 mil dólares, que poderão ajudar o desenvolvimento de suas pesquisas, com início em 2015.
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