A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) manifesta profunda solidariedade à população do Rio Grande do Sul, que enfrenta, neste momento, os graves impactos das fortes chuvas que atingem o estado. Estamos acompanhando com apreensão os desdobramentos dessa calamidade, que já resultou em perdas humanas, desabrigados e danos materiais em dezenas de municípios.
De acordo com dados recentes da Defesa Civil, 127 municípios gaúchos foram afetados, com mais de 6,9 mil pessoas fora de suas casas. Apesar de algumas regiões apresentarem sinais de estabilização, a tragédia deixou marcas profundas na vida de milhares de famílias.
Reforçamos nossa empatia às vítimas e às comunidades atingidas, especialmente às famílias que perderam seus entes queridos ou que se encontram desabrigadas. Neste momento de dor e reconstrução, reiteramos nosso compromisso como instituição de ensino e pesquisa em contribuir para a prevenção e mitigação de desastres climáticos.
A tragédia que atinge o estado reforça a necessidade de unir esforços em prol de políticas públicas voltadas à adaptação às mudanças climáticas e à proteção das populações mais vulneráveis. Reiteramos nossa disposição para colaborar, oferecendo o conhecimento produzido em nossos laboratórios como ferramenta para enfrentar os desafios impostos.
Em nome da comunidade universitária, deixamos nossa mensagem de apoio e solidariedade às famílias afetadas e às autoridades envolvidas na resposta a esse desastre. Que a força e a resiliência do povo gaúcho inspirem a superação de mais este difícil momento.
Administração Central
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
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O professor Cezar Karpinski, coordenador do Laboratório de Conservação e Restauração da Universidade Federal de Santa Catarina (Labcon/UFSC) foi entrevistado para um episódio especial do Posfácio Podcast. O documentário em áudio Literatura submersa narra como a enchente que atingiu o Rio Grande do Sul entre abril e maio de 2024 ameaçou acervos literários valiosos e a relação das pessoas com os livros.
Editoras, sebos e livrarias tiveram seus estoques tomados pela água. Nas bibliotecas públicas do estado, mais de 100 mil livros foram danificados. Em Santa Catarina, enquanto as águas ainda subiam no estado vizinho, o professor Cezar Karpinski percebeu a gravidade da situação e iniciou uma rede de esforços para salvar obras essenciais no registro da história local e nacional.
O Posfácio é um projeto independente de jornalismo cultural do Posfácio Hub de Jornalismo, criado em Florianópolis, em 2021, pelas jornalistas Carol Passos e Stefani Ceolla. Disponível nas principais plataformas de áudio e no YouTube, o episódio propõe uma reflexão sobre a preservação do patrimônio cultural em meio a desastres ambientais.
Acesse o episódio completo pelo linktree do podcast. Mais informações no site do Posfácio Podcast.
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Equipe do Labcon recebe, na UFSC, acervos vindos do Rio Grande do Sul. Foto: Maria Isabel Miranda/Agecom/UFSC
Entre abril e maio deste ano, o Rio Grande do Sul sofreu uma das maiores enchentes de sua história, que afetou 473 dos 497 municípios gaúchos e atingiu mais de 2,3 milhões de pessoas, de acordo com a Defesa Civil do estado. Desde o início da catástrofe climática, o Laboratório de Conservação e Restauração (Labcon), do Centro de Ciências da Educação (CED) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), auxilia e contribui com iniciativas de apoio às comunidades, visando amenizar a perda de patrimônio documental dos municípios.
Neste mês de outubro, o Labcon inicia um projeto para a recuperação e tratamento de mais de 200 volumes e documentos dos acervos históricos do Museu de Igrejinha (RS) e da Biblioteca Pública de Camaquã (RS), municípios afetados pelas enchentes. O transporte dos materiais foi realizado por uma van frigorífica, que viajou cerca de 440 km desde Igrejinha, e que chegou à Florianópolis na última segunda-feira, 30 de setembro. O congelamento evitou que os papéis encharcados fossem alvo de proliferação de fungos, mantendo seu estado nos meses subsequentes.
Do Museu de Igrejinha, serão recuperadas aproximadamente 150 encadernações, que contém partituras do século XIX, trazidas da Alemanha. Da Biblioteca de Camaquã, o acervo recebido é composto por 50 livros do século XX, que atendem aos critérios de raridade da instituição por retratar a história do município.
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Zona norte de Porto Alegre atingida pelas cheias. Foto: Alex Rocha/PMPA/Divulgação
Em diferentes estudos, relatórios e entrevistas ao longo dos últimos meses, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançaram dados, alertas e informações sobre a intensificação de eventos climáticos extremos, com ênfase nos riscos de inundações e secas nas diferentes regiões do país e na necessidade de preservação das florestas e em zerar emissões de carbono. Em linhas gerais, esses alertas, geralmente realizados em parcerias com cientistas de instituições ao redor do mundo, traçam panoramas sobre como o aquecimento do planeta e fenômenos como o El Niño e as queimadas compõem esse sistema.
Temperatura recorde – O aumento da temperatura na terra é apontado por cientistas como principal causador dos eventos extremos. O ano de 2023 foi o mais quente já registrado na história, com 50% dos dias acima do limiar de perigo. Esse aquecimento gera efeito nos oceanos, que também aquecem. Isso provoca secas, inundações, além de ondas de calor e frio. O assunto foi abordado pelo relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).
>>> Veja como fazer doações para ajudar as vítimas da enchente no Rio Grande do Sul
Retenção de carbono nos oceanos – O fenômeno tem a ver com o excesso de carbono que circula na atmosfera: 90% desses gases são retidos pelos oceanos. O calor nos oceanos, por sua vez, cada vez mais intenso, pode ocasionar mais fenômenos como ciclones e flutuações nas chuvas. Um grupo de cientistas do Programa Mundial de Pesquisa Climática (WCRP) da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) liderado pela professora Regina Rodrigues, do Departamento de Oceanografia da UFSC, redigiu uma declaração alertando para o recorde recente. Os cientistas já mostravam que esses casos poderiam aumentar em frequência, duração e intensidade se não ocorrerem esforços dramáticos de mitigação e adaptação.
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A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) expressa sua solidariedade a todas as pessoas atingidas pelas inundações, deslizamentos e desmoronamentos ocorridos nos últimos dias no Estado de Santa Catarina, especialmente nas regiões Oeste e Sul. E estende essa solidariedade fraternal a todos os atingidos no estado do Rio Grande do Sul, que enfrenta fenômenos climáticos extremos, de enormes dimensões e consequências.
A UFSC se coloca à disposição do coletivo de instituições federais de educação superior do Estado do Rio Grande do Sul para apoio e colaboração no que estiver ao seu alcance. Ao mesmo tempo, também se coloca à disposição para colaborar com as demais instituições catarinenses.
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