Em uma ação sugerida pela Universidade Federal de Santa Catarina, o Programa Escala Estudiantes de Grado, promovido pela Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM) como opção de mobilidade acadêmica para estudantes de graduação de universidades da América Latina, não terá mais limite de idade. Antes, para se inscrever, o estudante deveria ter no máximo 30 anos, mas a partir de agora, acadêmicos de qualquer faixa etária poderão ter acesso à oportunidade. O tema foi pauta da reunião de 2023 dos Delegados Assessores da Asociación de Universidades Grupo Montevideo (AUGM), com a participação dos gestores de Relações Internacionais das diversas universidades públicas da Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai que compõem a rede.
O Programa Escala Estudiantes de Grado, promovido pela AUGM, é um programa recíproco de mobilidade acadêmica para estudantes de graduação de universidades da América Latina. São cerca de 30 vagas por ano, tanto para enviar quanto para receber estudantes. Eles permanecem na universidade anfitriã, responsável por alimentação e hospedagem, por um semestre para cursar disciplinas ou realizar estágio.
A diretora de Relações Internacionais da Fernanda Leal da Secretaria de Relações Internacionais da UFSC, Fernanda Leal, levantou o tema durante a revisão do regulamento do Programa Escala Grado. Ela sugeriu a exclusão da regra de que somente estudantes de graduação com menos de 30 anos pudessem participar do Programa, apresentando dados do perfil do seu próprio corpo estudantil. A UFSC tem 1,8 mil alunos com mais de 40 anos na graduação. Os delegados acataram a sugestão e votaram a favor da exclusão, reconhecendo que a regra não condizia mais com o perfil e as missões das universidades públicas latino-americanas. Assim, a partir da próxima chamada, o Programa Escala Grado da AUGM não fará mais qualquer restrição à idade dos candidatos.
No evento, a embaixadora Irene Vida-Gala, do Itamaraty, apresentou uma palestra sobre os avanços da política externa brasileira na cooperação Sul-Sul e na integração regional, e falou sobre o papel vital das universidades no desenvolvimento tecnológico e na diplomacia do país. Apresentou, ainda, o Programa de Diplomacia da Inovação, que busca engajar os diferentes agentes do tema no processo de internacionalização. Além disso, o reitor da UFABC, professor Dácio Roberto Matheus, ressaltou o novo momento do Brasil e o significado do cenário para as relações internacionais com o mundo.