Projeto do curso de Nutrição convida estudantes a participarem de pesquisa sobre habilidades culinárias 

25/04/2025 11:51

A pesquisa “Nutrição é na Cozinha!” é um  projeto do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que avalia aspectos relacionados às habilidades culinárias, à qualidade da dieta, ao estresse percebido, à insegurança alimentar e à atividade física entre estudantes universitários. A pesquisa é coordenada pela professora Manuela Mika Jomori, do Departamento e Programa de Pós-graduação em Nutrição (PPGN/UFSC), e conta com a participação de alunos de graduação e pós-graduação. Os interessados em participar devem preencher o formulário.

A pesquisa “Nutrição É na Cozinha!” faz parte de um projeto que investiga estudantes de graduação de 11 universidades públicas brasileiras. Não existe atualmente políticas de promoção da saúde específicas para estudantes universitários no Brasil, embora essa população enfrente grande dificuldade para preparar suas refeições em casa. Entre os desafios estão a falta de tempo, de dinheiro, de estrutura e o fácil acesso a alimentos ultraprocessados, que são mais baratos em comparação aos alimentos frescos, e também mais práticos de serem consumidos, apesar de serem prejudiciais à saúde.

Desde 2020, a pesquisa avalia as habilidades culinárias dos estudantes. Inicialmente, quatro universidades participaram, no período da pandemia. Em 2025, o número de universidades participantes foi ampliado para 11. Nesta 2ª edição do projeto, já aprovada pelo Comitê de Ética da UFSC, a coleta de dados teve início no primeiro semestre de 2025. Os resultados da pesquisa poderão ajudar no desenvolvimento de estratégias para a melhoria da alimentação e do bem-estar da comunidade universitária.

Os estudantes voluntários que participarem da pesquisa concorrem a uma vaga em um curso de nutrição e culinária que será oferecido pelo projeto no segundo semestre letivo. Para participar, acesse o formulário.

Mais informações pelo e-mail nutricaoenacozinha@gmail.com ou pelo Instagram @nutricaoenacozinha.

Tags: estudoHabilidades culináriasnutriçãopesquisaPPGNPrograma de Pós-Graduação em NutriçãoUFSCultraprocessadosUniversidade Federal de Santa Catarina

Investimento em Segurança Alimentar e Nutricional cresce, mas distribuição é desigual

11/02/2025 11:08

Imagem de Michi por Pixabay

De 2000 a 2022, o Brasil registrou crescimento nos investimentos em Segurança Alimentar e Nutricional (SAN), o conjunto de iniciativas que buscam garantir o acesso à alimentação adequada e saudável, envolvendo áreas da gestão pública como saúde, educação, proteção social, agricultura e meio ambiente. No total, foram executados R$ 3,8 trilhões com variação anual positiva de 10,1%. Os dados foram publicados na Revista de Saúde Pública a partir de um estudo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O estudo é de autoria da da doutoranda Milena Corrêa Martins, do coorientador Mick Lennon Machado e das professoras Patrícia de Fraga Hinning e Cristine Garcia Gabriel, orientadora da pesquisa. Os autores integram o Grupo de pesquisa e extensão Teia de Articulação pelo Fortalecimento pela Segurança Alimentar e Nutricional (TearSAN/UFSC), do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN/UFSC).

A pesquisa utilizou dados do Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento (SIOP) do governo federal e analisou recursos públicos federais investidos de 2000 a 2022, categorizando ações conforme os temas da agenda de SAN. A categoria mais contemplada foi a de “acesso à alimentação”, que engloba, por exemplo, a aquisição e distribuição de alimentos a famílias e pessoas em vulnerabilidade social , com média de 73,4% dos recursos alocados no período. O pico foi em 2020, quando registrou 91% do valor executado por conta do investimento em ações que buscassem atenuar a insegurança alimentar provocada pela pandemia de covid-19.

Por outro lado, a categoria “sistema agroalimentar”, referente à produção, extração e processamento de alimentos de forma sustentável e descentralizada, reunia 36% dos recursos liquidados em 2000, mas teve a maior perda de orçamento executado no período. A categoria ocupou apenas 2,3% do valor total em 2022, com reduções principalmente nos programas de fortalecimento e aquisição de produtos da agricultura familiar. Já a categoria “acesso à água”, que no início do milênio representava quase 16% do orçamento executado, despencou para 0,2% em 2022.

De forma geral, houve crescimento progressivo dos valores em segurança alimentar até 2015, quando o setor executou R$ 236,53 bilhões. Porém, entre 2016 e 2019, os investimentos caíram. Já em 2020, impulsionado pela pandemia, o orçamento alcançou R$ 601,6 bilhões. Apesar da queda nos dois anos seguintes, os valores permaneceram acima dos níveis pré-crise sanitária, chegando a R$ 312,5 bilhões. Mesmo assim, a insegurança alimentar voltou a atingir níveis semelhantes aos da década de 1990, observa o estudo.

Impactos variam conforme o governo em vigor

Para Milena Corrêa Martins, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC e uma das autoras do artigo, reduzir as discrepâncias exige considerar as demandas da sociedade civil e adotar uma gestão mais intersetorial. Ela também destaca o impacto que poderia ser alcançado caso os investimentos reconhecessem a agenda pública de SAN enquanto uma política de Estado, já que as agendas variam e sofrem impacto conforme o governo em vigor. O período de queda nos investimentos (2016-2019) coincide com o período que Michel Temer assumiu o poder e o início da gestão de Jair Bolsonaro, observa.

“A fome é uma escolha do governo. O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, então como a população passa fome? As políticas de Segurança Alimentar e Nutricional já foram estruturadas, nós já saímos do Mapa da Fome em 2014. Mas essa mazela reflete uma condição histórica, a partir de escolhas econômicas e políticas”, aponta Milena.

A pesquisadora também atenta para as limitações de uma agenda pública de SAN pautada numa lógica assistencialista, com foco na distribuição de alimentos em situações de crise. “Somente ofertar políticas de alimentação e nutrição não é o suficiente. São necessárias políticas estruturantes, capazes de transformar realidades, como o fortalecimento da agricultura familiar e de desenvolvimento econômico e social”, acrescenta Milena.

O estudo deriva da tese de doutorado de Milena, que analisa a tendência temporal da Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil e seus determinantes. O objetivo da pesquisa é contribuir para qualificar os investimentos apresentados por formuladores de políticas públicas, fortalecendo o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Sisan). A pesquisa terá desdobramentos, incluindo um estudo sobre a situação de Povos e Comunidades Tradicionais, como indígenas e quilombolas, os mais afetados pela insegurança alimentar e com menor destinação de recursos, conta a pesquisadora.

A pesquisadora sugere que estudos futuros explorem os investimentos em níveis municipal e estadual para identificar como os recursos estão sendo aplicados localmente. “É nos territórios que podemos ver as especificidades de como o direito à alimentação é violado ou garantido”, finaliza Milena.

Agência Bori

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Crianças que dormem e acordam mais cedo se alimentam melhor, revela estudo da UFSC

05/12/2024 12:07

Denise Miguel Teixeira Roberto, durante sua pesquisa de doutorado. Foto: Arquivo Pessoal.

A nutricionista Denise Miguel Teixeira Roberto sempre se interessou em saber quais fatores afetam nossa alimentação e de que forma o que comemos pode melhorar nossa saúde e nosso bem-estar de forma geral. Nesse contexto, ela elegeu o consumo alimentar de crianças como tema de sua pesquisa de mestrado, cuja dissertação foi defendida em 2020, no Programa de Pós-graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGN/UFSC), com o título Avaliação da estabilidade de padrões de refeições em escolares do 2º ao 5º ano da rede pública de ensino de Florianópolis-SC: 2013-2015. Incentivada por sua orientadora, a professora Patrícia de Fragas Hinnig, Denise decidiu seguir explorando o tema no doutorado. Dessa vez, seu trabalho estaria focado na associação entre hábitos de sono, alimentação, sobrepeso e obesidade em crianças e adolescentes.

“Minha orientadora começou a trabalhar com sono porque observou que estavam surgindo muitos estudos apontando a importância do sono para a saúde. Ela orientou uma dissertação sobre sono e alimentação e percebeu que esse era um tema muito em alta”, explica Denise. Segundo ela, um número cada vez maior de estudos mostrava a relevância do sono para a saúde e indicava que o modo de vida moderno vinha reduzindo nosso tempo de sono. “Especialmente em decorrência do aumento da exposição às telas, temos observado que as horas de sono estão diminuindo e que as pessoas têm ido dormir cada vez mais tarde, o que pode ocasionar prejuízos na saúde. Por isso decidimos investigar os impactos do sono nos padrões alimentares para saber exatamente quais refeições são as mais afetadas pelo sono.”
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Pesquisadora da UFSC analisa uso do termo ‘caseiro’ em embalagens de alimentos industrializados

11/10/2024 14:00

44,23% dos produtos analisados pertenciam à categoria de panificação, cereais, leguminosas, raízes, tubérculos e derivados, como pães, bolos, biscoitos e massas. Foto: Lifeforstock/Freepik

A nutricionista Rafaela Bertolazi Maritan realizou uma pesquisa que analisa alimentos industrializados intitulados como caseiros e compara os ingredientes listados em seus rótulos com os que são realmente usados em receitas culinárias tradicionais. Conduzido no Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o estudo demonstrou que a maior parte dos alimentos com o termo caseiro presente na embalagem é considerada ultraprocessada e com alto teor de açúcar, sal e/ou gorduras.

O trabalho intitulado Comparação entre os ingredientes listados nos rótulos de alimentos industrializados com o termo caseiro e seus análogos com aqueles de receitas culinárias tradicionais foi desenvolvido ao longo de dois anos.
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Curso virtual da UFSC aborda amamentação, higiene e primeiros socorros de recém-nascidos

29/08/2024 08:42

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) oferece, neste segundo semestre, o curso Cuidado humanizado do recém-nascido para cuidadores, coordenado pela professora Patrícia Klock do Departamento de Enfermagem. Os conteúdos das aulas irão abordar, de forma prática, aspectos relacionados à amamentação, higiene, vacinação e primeiros socorros. A iniciativa é gratuita e voltada a pessoas da comunidade e estudantes da saúde que desejam adquirir conhecimentos sobre cuidados neonatais para aplicá-los como cuidadores de recém-nascidos.

O curso tem carga horária total de 64 horas, dividida em cinco módulos, e são disponibilizadas 30 vagas. Será realizado de forma remota (com encontros síncronos e assíncronos), por meio do aplicativo Google Meet, com link divulgado previamente a cada semana. As aulas irão ocorrer às sextas-feiras, das 14h às 18h, com início em 6 de setembro e término em 13 de dezembro. As inscrições podem ser feitas até 5 de setembro pelo endereço http://inscricoes.ufsc.br/cuidadorecemnascido.
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Turismo impacta a alimentação de famílias rurais em Santa Catarina, diz estudo da UFSC

11/04/2024 15:50

Professor coordena pesquisa que fornece subsídios para políticas públicas sobre segurança alimentar

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Pesquisadores da UFSC estudam o impacto do encarecimento de alimentos na dieta de famílias do interior de Santa Catarina. Ilustração: Laura Araújo/NADC/UFSC

“Artesanal”, “típico” ou “gourmet”. Na tentativa de atrair consumidores, diferentes adjetivos contam histórias e agregam conteúdo simbólico aos alimentos, mas também aumentam seu preço. O custo pode ser elevado a ponto de torná-los inacessíveis até mesmo para quem tradicionalmente os produz. É o caso de Timbé do Sul, município do sul de Santa Catarina, cujos agricultores não conseguem reter para o consumo doméstico o próprio queijo produzido devido à alta demanda do setor turístico.

“A substituição da agricultura pelo turismo traz consequências importantes na dieta das famílias rurais”, explica Clécio Azevedo da Silva, professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pesquisador sobre o tema dos regimes alimentares. “Elas acabam se tornando compradoras de alimentos [apesar de produzi-los]”.

Os resultados do estudo coordenado por Clécio fornecem subsídios para o fortalecimento de políticas públicas voltadas à alimentação, como a Política Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) – além de reforçar a necessidade de aplicá-las, já que não há um sistema de fiscalização sobre elas.

A criação de espaços de segurança alimentar e nutricional é especialmente importante para contextos mais propensos a vulnerabilidades, como os pequenos municípios, afirma a estudante Tainara de Souza, do curso de Graduação em Geografia da UFSC. Timbé do Sul é vizinha de Praia Grande, a “capital dos cânions” famosa pelo destino turístico dos geoparques. Situados na mesma região sul de Santa Catarina, somam pouco mais de 12 mil habitantes.
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Pesquisa da UFSC: idosos carentes de vitamina D têm duas vezes mais risco de depressão

01/11/2023 08:18

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Pesquisadora participou de eventos como o Congresso Brasileiro de Nutrição e Envelhecimento (CBNE 2019). (Foto: Arquivo pessoal).

A vitamina D e seus benefícios para a saúde se tornaram um tema comum, especialmente durante a pandemia de Covid-19, quando informações, muitas vezes falsas, circularam pelas redes sociais com promessas milagrosas. No entanto, é preciso recorrer à ciência para entender seu papel real no corpo humano. Além de ser essencial para a saúde óssea, há ainda espaço para estudos sobre sua influência na saúde mental.

Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), uma pesquisa ajudou a desvendar a relação entre a vitamina D e a depressão em idosos da capital do estado, Florianópolis. A partir de dados do estudo EpiFloripa Idoso, foi possível concluir que idosos com deficiência da substância têm risco 2,27 vezes maior de ter sintomas depressivos, quando comparado a aqueles com nível normal. Nesse grupo com deficiência de vitamina D, o risco aumentou a longo prazo: chegou a ser 2,9 vezes maior de 2 a 5 anos após a medição. Adotou-se uma referência internacional, considerando menos que 20 ng/mL como deficiência e, entre 20 e 30 ng/mL, insuficiência.

O estudo também mostra que mulheres, idosos com obesidade e com maior nível de colesterol LDL, tendem a ter níveis baixos. O mesmo acontece com idosos que dependem mais de outras pessoas em atividades diárias, como comer, tomar banho e se vestir. Mas um fator ajuda a protegê-los: a atividade física.

Esse é o resultado de quatro anos e meio de trabalho em pesquisa de Doutorado de Gilciane Ceolin, que defendeu sua tese em 2022, com orientação da professora Júlia Dubois, do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC. A pesquisa foi viabilizada por meio de bolsa concedida pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES).

A ideia surgiu a partir da parceria do grupo de estudos em Neurociência Nutricional Translacional com o grupo de pesquisa EpiFloripa Idoso. Dubois orientou a pesquisadora desde o mestrado.

“Esse tema estava despontando e, no mundo inteiro, são poucos estudos que abordam especificamente a questão do idoso”, explica a orientadora.

Ceolin (à esquerda) com o grupo de pesquisa NeuroMood Lab, do Centro de Estudos de Neurociências da Queen’s University, no Canadá. Foto: Gilciane Ceolin.

Ceolin conta que, antes da sua tese, encontrou apenas um artigo brasileiro que investigava a relação entre vitamina D e sintomas depressivos em idosos. Dessa forma, ela ajuda a diminuir a lacuna de estudos em países de baixa e média renda, onde o acesso a tratamentos para depressão é mais baixo.

A pesquisa rendeu o Prêmio CAPES de Tese de 2023, na área de nutrição, e concorre ao Grande Prêmio CAPES de Tese, que será entregue em dezembro de 2023.

“É muito gratificante, por vir do interior, com poucos recursos, sempre estudei em escola pública e com bolsa em universidade privada, e por enfrentar muitos desafios ao longo da jornada. Espero que seja uma inspiração para os próximos doutorandos”, comenta Ceolin.

Para a orientadora, um destaque do trabalho é a publicação de sete artigos em revistas científicas relevantes. Durante o doutorado sanduíche na Queen’s University, de Kingston, no Canadá, Ceolin trabalhou com um grupo de pesquisa em Psiquiatria Nutricional e chegou a publicar dois artigos, em um periódico nacional e um internacional.

“Ela usou diversos métodos para cercar essa essa mesma questão. Em uma tese, a gente tá contando uma história e eu acho que a história dela foi contada de diversas formas, contornando o tema central”, afirma Dubois.
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Estão abertas as inscrições para a IV Jornada de Nutrição e Exercício Físico

04/09/2023 09:56

O Grupo de Nutrição e Exercício Físico (GNEF) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas para a IV Jornada de Nutrição e Exercício Físico. O evento ocorre entre 18 e 19 de setembro, das 18h30 às 21h30, de forma online,  por meio de link disponibilizado após a realização da inscrição.

O evento é gratuito, e dá direito a um certificado de 6h. As inscrições podem ser realizadas através do formulário. A atividade reúne diversos profissionais das áreas de nutrição, educação física, medicina, psicologia e fisioterapia, especialistas em saúde e qualidade de vida no esporte.

Mais informações através do perfil do GNEF no instagram.

Tags: exercício físicoGNEFGrupo de Nutrição e Exercício Físico (GNEF)IV Jornada de Nutrição e Exercício FísiconutriçãoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Nota de pesar: falece professora aposentada Sônia Regina Lauz Nunes, da Nutrição

19/07/2023 14:33

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento da professora aposentada Sônia Regina Lauz Nunes, aos 71 anos. Ela atuou no Departamento de Nutrição por 28 anos, participando de sua criação e desenvolvimento, sempre em defesa do ensino público de qualidade.

A professora foi coordenadora e subcoordenadora do curso de Graduação em Nutrição, além de ter ocupado o cargo de coordenadora da Comissão do Projeto Político Pedagógico do curso. Sônia também foi membro da diretoria do Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc).

No site do Departamento de Nutrição da UFSC, os professores deixaram mensagens como: “Sônia era acima de tudo o que de melhor representa o espirito realmente público. Sempre atenta às mudanças nos processos políticos e administrativos, tinha um olhar muito critico-construtivo”.

O velório ocorre nesta quarta-feira, 19 de julho, das 16h às 19h, no Cemitério Jardim da Paz, em Florianópolis. A comunidade universitária, enlutada, solidariza-se com a família e os amigos da professora Sônia.

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“Morrer de fome é criminoso”, diz ex-professora da UFSC homenageada na Alesc

19/04/2023 18:25

Neila Maria Viçosa Machado ao lado da sua homenagem

“Ninguém pensa que fome é um crime, mas morrer de fome é criminoso”, é assim que a professora aposentada Neila Maria Viçosa Machado, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), expressa sua indignação pelas condições atuais do país em relação à fome. Neila, que desde meados do anos 90 é ativista na luta contra a fome no país, foi homenageada pela Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc), no dia 27 de março, em razão do seu envolvimento com a Campanha da Fraternidade 2023, projeto vinculado à Igreja Católica voltado ao objetivo de mitigar a fome dos catarinenses.

Neila conta que atuou na UFSC por 31 anos até a sua aposentadoria, em 2015. Mas nunca deixou de apoiar os movimentos sociais que atuam na temática de acesso à alimentação no país. Durante o período da pandemia da covid-19, participou ativamente de palestras e conselhos de segurança alimentar organizados e apoiados por estes movimentos. A sua trajetória na Universidade deu vida a Teia de Articulação pelo Fortalecimento da Segurança Alimentar e Nutricional (TearSAN), grupo que trabalha com a segurança alimentar e adicional em todos os seus níveis da soberania alimentar do alimento como direito humano e da própria segurança alimentar

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Ambulatório de Nutrição Esportiva abre inscrições para atendimentos gratuitos

24/03/2023 17:09

O Ambulatório de Nutrição Esportiva da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com processo seletivo aberto para admissão de novos pacientes, que irão receber atendimento gratuito de forma presencial ou online. Podem se inscrever pessoas fisicamente ativas e/ou atletas entre 18 e 59 anos, de ambos os sexos, com prioridade para pessoas de baixa renda e que pratiquem no mínimo três horas por semana de exercício físico de intensidade moderada. As inscrições devem ser realizadas pelo formulário e ficam abertas por tempo indeterminado.

A seleção de novos pacientes será feita mensalmente, com base nos critérios de renda e quantidade de atividade física. O grupo entrará em contato com os selecionados para agendar as consultas, que podem ocorrer de forma presencial no Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFSC, no Campus Universitário Trindade, em Florianópolis, ou online, sempre às quintas-feiras à tarde.

Os pacientes receberão acompanhamento nutricional composto por quatro consultas com plano alimentar, prescrição de suplementação, solicitação e avaliação de exames bioquímicos, caso necessário, além de materiais de apoio. A consulta é realizada por estudantes sob a supervisão de uma nutricionista. O projeto é coordenado pela professora do Departamento de Nutrição Fernanda Hansen.

Mais informações no Instagram do Grupo de Nutrição e Exercício Físico ou pelo e-mail ambulatorio.nutriesportiva@gmail.com.

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PET Nutrição promove programa de educação alimentar para crianças

17/03/2023 14:08

Estão abertas as inscrições para o Ambulatório de Educação Nutricional Infantil (Amenuti), programa de educação alimentar para crianças de até 10 anos. As consultas são gratuitas e online, de forma individual e em grupo, voltadas a quem deseja modificar hábitos alimentares. A atividade está prevista para ser realizada com encontros semanais nas sextas-feiras de manhã, no período de 28 de abril a 2 de junho, e mais alguns encontros de agosto a outubro. O programa inicia com um grupo de até seis crianças. Os responsáveis podem realizar a inscrição pelo formulário.

O Amenuti é um projeto de extensão composto por integrantes do Programa de Educação Tutorial de Nutrição (PET Nutrição) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), coordenado pela professora Daniela Barbieri Hauschild. Mais informações na página do Instagram @amenutiufsc.

Tags: Ambulatório de Educação Nutricional Infantil (Amenuti)inscriçõesnutriçãoPrograma de Educação Tutorial de Nutrição (PET Nutrição)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pós-Graduação em Nutrição abre inscrições para mestrado e doutorado

23/02/2023 12:47

O Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com processo seletivo aberto para o segundo semestre de 2023. Os interessados devem se inscrever até 20 de março, via sistema de inscrições da UFSC. Serão disponibilizadas 31 vagas para mestrado e 18 para doutorado, sendo que 20% estão asseguradas para pretos, pardos e indígenas e 10% para pessoas com deficiência e pertencentes a outras categorias de vulnerabilidade social.

Os candidatos poderão escolher entre três linhas de pesquisa: Diagnóstico e intervenção nutricional em coletividades; Estudo dietético e bioquímico relacionado com o estado nutricional; e Nutrição em produção de refeições e comportamento alimentar. O resultado final será divulgado em 9 de maio. Para mais informações, acesse o edital ou a página do PPGN.

Tags: nutriçãopós-graduação em nutriçãoPPGNUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Projeto de extensão promove grupo on-line sobre comportamento e autonomia alimentar

27/10/2022 13:57

Estão abertas as inscrições para o Emagrece.com: Grupo de Comportamento e Autonomia Alimentar. O grupo irá promover cinco semanas de lives, conteúdos diários no feed e stories em um perfil novo e privado no Instagram sobre consciência alimentar e dará orientações nutricionais e comportamentais. Os participantes receberão ferramentas e atividades práticas para aplicar no seu dia a dia. As atividades começam no dia 7 de novembro. As inscrições podem ser realizadas pelo formulário até 30 de outubro

Essa é uma intervenção para um trabalho de conclusão de curso de participantes do projeto de extensão Nutri.com, do Departamento de Nutrição da UFSC. O objetivo é avaliar os efeitos de um protocolo de emagrecimento via Instagram, baseado em técnicas cognitivo-comportamentais, no comportamento e na perda de peso durante cinco semanas em usuários da rede social.

Mais informações no Instagram @nutri.com.ufsc.

Tags: Nutri.Com – Programa de Emagrecimento baseado em Nutrição ComportamentalnutriçãoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Regras de rotulagem nutricional implementadas com participação da UFSC entram em vigor em dois meses

04/08/2022 11:02

As novas regras para rotulagem de alimentos que foram definidas com participação de membros do Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (NUPPRE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) entram em vigor no dia 9 de outubro de 2022. Além de mudanças na tabela de informação e nas alegações nutricionais, a novidade será a adoção da rotulagem nutricional frontal, um símbolo informativo que deve constar no painel da frente da embalagem. A ideia é esclarecer o consumidor, de forma clara e simples, sobre o alto conteúdo de nutrientes que têm relevância para a saúde.

A nova norma brasileira de Rotulagem Nutricional de Alimentos foi aprovada por unanimidade pela Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O processo de alteração das informações nutricionais presentes no rótulo dos alimentos para facilitar sua compreensão contou, desde o início, com a participação da UFSC, que foi citada em recente postagem da Anvisa, que elaborou também um documento de perguntas e respostas sobre o assunto no site. 

Confira os modelos:

NUPPRE

 O NUPPRE trabalha cientificamente com o tema Rotulagem de Alimentos desde 2006. Em 2009, foi feita a primeira coleta de dados de rótulos em supermercados, em um trabalho com bolsa do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-CNPq). Este estudo serviu também para estruturar o método deste tipo de coleta, resultando no primeiro censo de rótulos de alimentos em supermercados realizado no país em 2010, como parte de dissertação de mestrado “Informação alimentar e nutricional da gordura trans em rótulos de produtos alimentícios industrializados”, do Programa de Pós-graduação em Nutrição da UFSC. O censo de rótulos é o levantamento de informações dos rótulos de todos os alimentos que estão à venda no período da pesquisa, método utilizado em poucos países.  O NUPPRE-UFSC está trabalhando com os dados do Censo de rótulos de alimentos em supermercado 2020, no contexto do programa FoodSwift, uma importante iniciativa internacional de pesquisa em rotulagem de alimentos, coordenada por The George Institute, da Austrália. 

Tags: Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeiçõesnutriçãorotulagemrotulagem de alimentos

Pesquisa da UFSC verifica relação entre hábitos alimentares de adolescentes e diabetes

30/06/2022 08:06

Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) verificou a existência de relação entre hábitos alimentares de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos de idade e marcadores bioquímicos relacionados ao diabetes. Biomarcadores ou marcadores bioquímicos são valores que podem ser medidos experimentalmente e indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou patológica. Na pesquisa, foram utilizados marcadores relacionados ao controle do diabetes e resistência à insulina.

O trabalho desenvolvido por Bernardo Paz Barboza aplicou os dados do Estudo de Risco Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), realizado entre os anos de 2013 e 2014, em 273 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, incluindo Florianópolis. O estudo realizado na UFSC considerou a participação de 35.454 adolescentes, estudantes de escolas públicas e privadas. Os dados sobre alimentação foram obtidos por meio de um recordatório alimentar de 24 horas que, como o nome sugere, trata-se de um instrumento para a coleta de informações sobre a alimentação do dia anterior.

“Com essas informações conseguimos entender como funciona a alimentação de uma forma mais robusta do que simplesmente observar alimentos ou grupos de alimentos de forma isolada, o que condiz muito mais com a realidade de uma alimentação, em que todos os nutrientes/alimentos estão sujeitos a influenciar na biodisponibilidade de absorção de cada um, como podemos também observar tendências culturais da amostra”, destaca Bernardo.

O diabetes mellitus (DM) representa uma condição metabólica presente em cerca de 537 milhões de pessoas no mundo. Esta condição é caracterizada por um aumento constante das concentrações de glicose sanguínea, devido à alteração na produção ou ação do hormônio insulina, produzido nas células β-pancreáticas. Dados do Global Burden of Disease Study mostrou o avanço de DM na população global, sendo observado um aumento de 102,9% de casos entre 1990 a 2017. Desses valores, a diabetes tipo 2 (DM2) correspondia a 98,3% dos novos casos em 2017. Já dados da International Diabetes Federation evidenciam o impacto econômico desta condição: em 2021, os gastos mundiais para portadores deste tipo de diabetes corresponderam a US$ 966 milhões, apresentando um crescimento de 316% nos últimos 15 anos.

O aumento na prevalência de DM2, antes considerado como sendo exclusivo de adultos, também tem sido observado em adolescentes e crianças. Em estudo prévio com os dados do Erica, constatou-se 22% de prevalência de pré-diabetes (definida por valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL) e 3,3% de DM2 na população de adolescentes de 12 a 17 anos. Com base nestes dados, estimou-se que no Brasil existiam cerca de 213.830 adolescentes vivendo com DM2 e 1,46 milhões com pré-diabetes.

“Jovens diagnosticados com DM2 apresentam maior dificuldade no controle glicêmico, maiores taxas de falha na terapia com metformina e maior depleção de função das células β-pancreáticas do que adultos. Além disso, o desenvolvimento precoce dessa condição pode acarretar em risco maior de desenvolvimento de complicações relacionadas ao DM2, como, por exemplo, desfechos micro e macrovasculares”, ressalta o pesquisador.

Metodologia e resultados da pesquisa

O estudo identificou três diferentes hábitos alimentares na população pesquisada. Crédito: Jimmy Dean | Unsplash

Durante suas análises, Bernardo identificou três diferentes hábitos alimentares na população pesquisada: 1) padrão tradicional: caracterizado por consumo de alimentos comuns na cultura brasileira como o arroz, feijão e carne; 2) padrão pão e café: caracterizado por alimentos relacionados a lanches como os panificados, café, chá, manteiga e carnes processadas como mortadela e presunto; e 3) padrão ocidental: caracterizado pelo consumo de alimentos como doces, bebidas açucaradas (refrigerante, suco em pó, iogurte adoçado, entre outros) e alimentos como hambúrguer, cachorro quente, pastel, entre outros alimentos.
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Aditivos alimentares têm risco potencial à saúde das crianças

14/06/2022 10:00

Em recente estudo publicado na Revista de Saúde Pública acerca do consumo de aditivos alimentares na infância (Aditivos alimentares na infância: uma revisão sobre consumo e consequências à saúde), é apontado que os aditivos comumente usados não costumam ser avaliados em conjunto, ou seja, cada pesquisa examina um tipo de aditivo separadamente. Logo, com as evidências científicas disponíveis, ainda não existe conhecimento sobre os efeitos à saúde, decorrentes do consumo diário de alimentos que tenham dois ou mais aditivos diferentes que interagem entre si e com os outros componentes do alimento industrializado.

Apesar disso, é com base nos poucos estudos existentes que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), agência reguladora ligada ao Ministério da Saúde, que atua com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), decide quais aditivos podem ser usados nos alimentos e qual quantidade é segura para consumo humano.

Estes aditivos alimentares são substâncias químicas adicionadas nos alimentos para fins tecnológicos, isto é, conservar, colorir ou intensificar a cor, melhorar textura, intensificar o sabor, controlar acidez, entre outras funções. Logo, os aditivos não conferem aos alimentos qualquer atribuição nutricional. No Brasil, há 23 classes de aditivos permitidas e, portanto, 23 funções diferentes que estas substâncias podem desempenhar nos alimentos. Todos eles são devidamente aprovados pela Anvisa.

Por trabalhar com dados científicos para produzir suas recomendações, a falta de evidência neste assunto dificulta a tarefa da Anvisa de estabelecer regras e instruções sobre o uso de aditivos em alimentos industrializados. No momento, os valores considerados seguros para o consumo humano são determinados pela quantidade de aditivo em relação ao peso corporal. Considerando que as crianças apresentam peso corporal proporcionalmente menor do que os adultos, a toxicidade dos aditivos pode ser maior nessa faixa etária.

“As crianças estão consumindo aditivo, desde o primeiro dia de vida delas”, relata a nutricionista Mariana Kraemer, autora do estudo, atuante no Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com bolsa da Capes.

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Nota de pesar: falece o professor aposentado Getúlio Dornelles Larratéa

08/06/2022 10:35

O professor Getúlio Larratéa foi um grande estudioso dos alimentos e da ciência da nutrição (Foto: acervo pessoal/familiar)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento do professor aposentado Getúlio Dornelles Larratéa, aos 71 anos, ocorrido na última quinta-feira, dia 2 de junho. O professor foi encontrado desacordado em frente à sua casa na Costa de Cima, na região sul de Florianópolis, em circunstâncias ainda não esclarecidas. Levado ao hospital, faleceu em decorrência de politraumatismo.

O Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina (Apufsc), ao qual o professor era filiado, emitiu nota informando que acompanhará as investigações policiais em andamento, pois uma das possibilidades é de que a morte tenha sido em decorrência de lesão corporal. O professor Getúlio era conhecido por sua militância ambiental – era um guardião do Sertão do Peri e denunciava ocupações ilegais naquela região.

Ele entrou na UFSC em 1982 e aposentou-se em 1995 como professor do Departamento de Nutrição. Teve importância fundamental na estruturação do Departamento e Curso de Nutrição e posteriormente do Programa de Pós-graduação em Nutrição (PPGN-UFSC). O PPGN fez uma publicação em rede social destacando que o professor Getúlio foi um dos líderes do movimento docente da década de 80 dentro da UFSC. “Ele foi um grande estudioso dos alimentos e da Ciência da Nutrição e um precursor de novas metodologias para o ensino da Nutrição. Foi um defensor do consumo consciente, sustentabilidade e agroecologia”, diz a publicação.

Vários ex-alunos e colegas de trabalho do professor Getúlio se manifestaram, destacando a alegria e o entusiasmo com que desempenhava suas atividades de docência e no laboratório de técnica dietética. Algumas dessas manifestações exortam as autoridades a empenhar-se no completo esclarecimento das circunstâncias que envolvem a morte dele.

Em luto, a comunidade universitária solidariza-se com a família, os alunos e os amigos do professor Getúlio Dornelles Larratéa.

Homenagem

Um ato em homenagem ao professor é planejado para ocorrer na terça-feira, 21 de junho, às 15h. O evento, que honra a luta ambientalista do professor, começa às 15 horas em frente ao Centro de Ciências da Saúde (CCS) e depois segue para o bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), onde será plantada uma árvore em memória do professor. Mais informações com a professora Neila, pelo telefone (48) 9 8838-1919.

 

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Estudo investiga associação entre ingestão de ácidos graxos e síndrome metabólica em adolescentes

12/05/2022 09:29

Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) verificou a associação entre a ingestão alimentar de ácidos graxos (AGs) ômega-3 e 6 com síndrome metabólica (SM) em adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos de idade. A síndrome apresenta como características: circunferência da cintura elevada, hipertensão arterial, glicemia de jejum elevada, baixa quantidade de HDL-c ou o “bom colesterol”, e alta quantidade de triglicerídeos no sangue.

A SM abrange um conjunto de desordens no organismo que aumentam o risco para o desenvolvimento de diabetes mellitus do tipo 2 e doenças cardiovasculares. As causas ainda precisam ser totalmente esclarecidas, mas acredita-se que a ingestão alimentar de ômega-3 e 6 pode estar associada com a síndrome e seus componentes.

A literatura mostra possíveis efeitos benéficos do ômega-3, que pode ser encontrados em peixes, óleo de soja, óleo de canola e óleo e farinha de linhaça. Já os efeitos do ômega-6, encontrado em maior concentração em óleos vegetais, ainda não estão claros.

A pesquisa foi realizada com os dados do Estudo de Riscos Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), realizado entre 2013 e 2014 em 124 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes, incluindo Florianópolis. O estudo abrangeu escolas públicas e privadas com alunos entre 12 a 17 anos de idade. Foram coletadas informações sociodemográficas (sexo, idade, tipo de escola, área urbana/rural e região do país), consumo alimentar por meio de um recordatório dos alimentos consumidos no dia anterior, bem como dados de peso, altura, circunferência da cintura, pressão arterial e exames de sangue.
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UFSC na mídia: Professora de Nutrição comenta sobre liberação de alvarás sanitários em estabelecimentos

22/02/2022 17:43

A professora Liliana Bricarello, do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi uma das entrevistadas para um reportagem do Jornal do Almoço, da emissora NSC, exibida na última sexta-feira, 18 de fevereiro. A matéria abordou uma mudança na legislação que facilitou a abertura de negócios sem a necessidade de emissão de alvarás sanitários.

Conforme a nova regra, restaurantes, padarias, lanchonetes e até açougues poderão ser liberados da apresentação do documento. “O alvará é uma garantia de que as condições de higiene básicas para saúde do cliente/consumidor final foram observadas e estão sendo cumpridas”, disse Liliana.

> Clique AQUI para assistir à integra da reportagem

 

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Pesquisa premiada da UFSC aponta que alimentação saudável e atividade física podem aumentar sobrevida de pacientes com câncer de mama

07/12/2021 11:57

Um trabalho fruto de uma dissertação defendida no Programa de Pós-graduação em Nutrição da UFSC foi premiado no Congresso Brasileiro de Nutrição Oncológica por sua relevância e pelo longo período de coleta de dados. O estudo de Jaqueline Schroeder, com coautoria de Luiza Kuhnen Reitz, Yara Maria Franco Moreno, Marina Raick e Patricia Faria Di Pietro, levou o primeiro lugar como melhor tema livre do evento, investigando o impacto das recomendações da World Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research sobre mortalidade, tempo de sobrevida e recidiva em mulheres diagnosticadas com câncer de mama.

A pesquisa foi orientada pela professora Patricia Faria Di Pietro e consistiu no acompanhamento de 101 mulheres admitidas para a realização de tratamento cirúrgico de câncer de mama entre 2006 a 2011. Aos hábitos destas pacientes foi atribuído um sistema de pontuação padronizado de adesão às recomendações da WCRF/AICR. O câncer de mama é um dos mais diagnosticados no mundo e um dos que apresentam maior taxa de mortalidade.


O estudo observacional, analítico e prospectivo foi dividido em duas fases: na primeira utilizou informações já coletadas entre 2006 e 2011 sobre os dados sociodemográficos, clínicos e antropométricos e sobre o consumo alimentar das mulheres. Na segunda, entre 2020 e 2021, buscou as informações adicionais de mortalidade, tempo de sobrevida após o diagnóstico do câncer de mama e sobre a recidiva da doença – ou seja, seu reaparecimento.

As recomendações da WCRF/AICR, foco da pesquisa, baseiam-se em dez hábitos a serem desenvolvidos como forma de prevenir o câncer e de fazer com que a doença não retorne. Limitar o consumo de carne vermelha e processada, de açúcar e bebidas açucaradas, de álcool e de fast food estão entre os itens da lista. Ter uma dieta rica em grãos integrais, vegetais, frutas e leguminosas, ser fisicamente ativo e manter um peso corporal saudável também fazem parte dos itens. Não utilizar suplementos nutricionais para a prevenção de câncer, amamentar os filhos se possível e, depois de um diagnóstico, seguir as recomendações completam a lista do que é possível fazer para um tratamento positivo.

A análise constata, por meio do acompanhamento das mulheres em tratamento, a relevância do seguimento das recomendações da WCRF/AICR para melhor expectativa de vida após o diagnóstico do câncer de mama. De acordo com Jaqueline, fatores como alimentação inadequada e sedentarismo podem interferir na expectativa de vida de pacientes com câncer de mama. “No estudo, identificou-se menor sobrevida – ou seja, tempo de sobrevivência após o primeiro diagnóstico do câncer de mama – daquelas mulheres que seguiram menos as recomendações da WCRF/AICR”, pontua.

O estudo atribuiu um sistema de pontuação padronizado. Por exemplo: aquelas que mantinham uma dieta de consumo de frutas e vegetais maior do que 400 gramas por dia pontuaram mais do que aquelas que ingeriram uma porção menor ou não ingeriram. Princípio semelhante foi aplicado em sete das dez recomendações da entidade de prevenção ao câncer. Jaqueline utilizou métodos estatísticos para fazer a análise para cada mulher que participou da pesquisa.

Ilustração: waldryano/Pixabay

Entre 2020 e 2021 o estudo coletou os dados de mortalidade, geral e específica por câncer de mama, e o tempo de sobrevida das pacientes. Curvas de Kaplan-Meier, modelos de regressão logística e regressão de Cox foram elaborados para associar o escore WCRF/AICR com mortalidade e sobrevida. Jaqueline explica que a amostra de participantes foi dividida em três partes, cada uma correspondendo a um tercil. “O primeiro tercil é composto de mulheres que menos seguiram as recomendações; o segundo, pelas mulheres que seguiram moderadamente as recomendações; e o terceiro, as que mais seguiram as recomendações de prevenção ao câncer”.

As mulheres com menor adesão às recomendações, do primeiro tercil, tiveram uma menor chance de sobrevida em 10 anos quando comparadas às pacientes com maiores escores. “Sugere-se que a adesão às recomendações da WCRF/AICR antes do tratamento do câncer de mama pode contribuir com a melhor expectativa de vida”, pontua, na pesquisa. “Podemos afirmar, por meio deste estudo, que mulheres que seguem menos as recomendações têm maior risco de sobreviver menos após o diagnóstico do câncer”, completa.

Ainda, o estudo aponta que consumo de frutas, vegetais e prática de atividade física já aparecem associados à maior sobrevida e menor mortalidade em outras pesquisas. O consumo de açúcar e bebidas açucaradas também surge como um fator de risco de doenças cardiovasculares, que podem evoluir para alguns tipos específicos de câncer. Outra conclusão é que o excesso de peso influencia na recidiva e em diferentes comorbidades e que o sedentarismo e o estilo de vida inadequado podem ocasionar inflamação sistêmica e maior risco de desenvolvimento de tumores e metástases.

A pesquisadora continua investigando a temática. “Estou buscando mais informações sobre mortalidade e recidiva das mulheres. Até o momento consegui dados do Centro de Pesquisas Oncológicas e pretendo ampliar a amostra para o estudo de sobrevida em 10 anos com dados de pacientes da Carmela Dutra”, adianta. O estudo também tem desdobramento na sua pesquisa de doutorado. “Pretendo associar o escore WCRF/AICR a outros desfechos, como alguns biomarcadores inflamatórios específicos e perfil de saúde hepática de mulheres sobreviventes do câncer de mama”, finaliza.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: câncer de mamaCongresso Brasileiro de Nutrição OncológicanutriçãoWorld Cancer Research Fund/American Institute for Cancer Research

Projeto de extensão seleciona empresas para programa nutricional

01/10/2021 15:04

O Nutri.com in company, projeto de extensão do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), seleciona empresas catarinenses para seu Programa Nutricional. Podem participar organizações públicas ou privadas de pequeno porte (até 15 pessoas) que tenham interesse e disponibilidade para realização de ações nutricionais remotas. As inscrições podem ser feitas até 15 de outubro pelo formulário on-line.

O objetivo do projeto é realizar estratégias nutricionais dentro de ambientes corporativos, baseadas em técnicas cognitivo-comportamentais que contribuam para melhorar o estado global de saúde dos trabalhadores. O programa será gratuito e terá duração de oito semanas, sendo quatro encontros síncronos quinzenais com todos os participantes, com duração aproximada de uma hora cada. As consultas individuais serão realizadas durante o período do programa. Todos os participantes precisam ter acesso individual a computadores com câmera. 

Mais informações pelo e-mail nutri.com.ufsc@gmail.com ou pelo perfil @nutri.com.ufsc no Instagram.

Tags: Departamento de NutriçãoNutri.Com – Programa de Emagrecimento baseado em Nutrição ComportamentalNutri.com in companynutriçãoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Estão abertas as inscrições para II Jornada de Nutrição e Exercício Físico

14/09/2021 09:18

O Grupo de Nutrição e Exercício Físico (GNEF) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) abriu inscrições para II Jornada de Nutrição e Exercício Físico. O evento será realizado entre os dias 2 e 3 de outubro e reunirá diversos profissionais das áreas de nutrição, educação física, medicina e psicologia, especialistas na temática esportiva.

> Clique AQUI para fazer sua inscrição

O evento é gratuito. As palestras serão ministradas em formato on-line, por meio de link disponibilizado após a realização da inscrição. Entre os palestrantes estão: nutricionistas (Thiago Barros, Guilherme Rosa & Katerine Ferreira); educadores físicos (Paulo Eduardo & Anderson Teixeira); fisioterapeuta (Kaine Guedes); médica (Ana Paula Simões); e psicóloga (Andrea Pesca).

Mais informações neste link.

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Pós em Nutrição oferece aula aberta sobre Doutorado-Sanduíche no dia 30 de agosto

06/08/2021 13:45

O Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina realizará uma aula aberta para expor a disciplina Preparação ao Doutorado Sanduíche a todos os interessados pelo assunto. A professora Rossana Pacheco da Costa Proença irá contextualizar e discutir as etapas do processo preparatório para a realização do estágio Doutorado-Sanduíche no exterior. O evento ocorrerá de maneira remota, pela plataforma virtual do Google Meets, às 14h do dia 30 de agosto.

O doutorado sanduíche é uma possibilidade oferecida a estudantes de doutorado, que por meio de processos seletivos de bolsas de estudo podem estudar no exterior, em uma instituição de sua escolha. As bolsas do Programa de Doutorado-sanduíche no Exterior são concedidas exclusivamente pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), mediante edital, a ser publicado conforme disponibilidades.

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Evento ‘Vida de Pet – Longevidade’ será realizado nos dias 24 de julho e 7 de agosto; inscrições estão abertas

20/07/2021 12:00

Estão abertas até a próxima sexta-feira, 23 de julho, as inscrições para o evento Vida de Pet – Longevidade, promovido pelo Departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

As inscrições são gratuitas, abertas para toda comunidade, e podem ser feitas neste link. As atividades ocorrem de forma on-line nos dias 24 de julho e 7 de agosto, dão direito a certificado de participação e serão transmitidas no canal do CAZOOT UFSC – EVENTOS no Youtube.

> Confira a programação

O Vida de Pet – Longevidade é um ciclo de palestras organizado pelo Núcleo de Estudos Nutrição em Ação (NEAPet) e tem o objetivo de demonstrar os impactos da nutrição na saúde, qualidade de vida e longevidade de cães e gatos domésticos.

Mais informações no Instagram.

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