Pesquisa da UFSC mostra impacto da covid-19 com expansão da pobreza e vulnerabilidade em SC

22/11/2024 09:23

Comumente em destaque por indicadores socioeconômicos favoráveis, o estado de Santa Catarina sofreu mudanças nas suas estruturas social e econômica durante a pandemia de covid-19. O impacto não só intensificou a pobreza existente, como revelou a vulnerabilidade de uma parcela da população que já vivia à margem. Um projeto de pesquisa do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), financiado por um convênio entre a instituição e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), detalhou como a crise sanitária agravou a situação de pobreza e as dinâmicas do mercado de trabalho no território catarinense.

O professor Lauro Mattei, do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSC e coordenador do Necat, explica que desde o início da pandemia o Núcleo desenvolveu um conjunto de ações para acompanhar a evolução da covid-19 em Santa Catarina, bem como analisar os principais impactos econômicos e sociais no estado. Essas ações transformaram o Necat em um dos principais espaços de referência acadêmica sobre a doença na região. “Recebemos, ao longo dos últimos dois anos, muitas demandas de estudos e análises sobre a situação social em Santa Catarina após a incidência da doença. Mesmo diante dos limites técnicos e operacionais, conseguimos fazer algumas pequenas análises preliminares, as quais não conseguiram compreender a verdadeira dimensão dos problemas causados pela pandemia, especialmente em termos da queda da renda e da expansão da pobreza no estado”, relatou.

Visando atender a essas demandas, surgiu o projeto Análise dos impactos da pandemia sobre as condições sociais da população catarinense. Além do professor Lauro, são também autores das publicações os seguintes pesquisadores do Núcleo: Samya Campana, Kauê S. Alexandre, Bonifácio Packer Testoni, Andrey de Paula e Silva, Pedro Henrique Batista Otero e Vicente Loeblein Heinen. O relatório final do projeto de pesquisa está em fase de elaboração e deve ser entregue à Fapesc até dezembro deste ano.

A mensuração da pobreza

Estudo sugere que uma abordagem multidimensional é essencial para compreender a real extensão da pobreza no estado. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A publicação Existe forma adequada de medir a pobreza? aprofundou o debate sobre as formas de mensuração da pobreza, reforçando a necessidade de uma reeducação do senso comum catarinense a respeito desse fenômeno no estado, a partir dos dados oficiais que são comumente divulgados. “(…) entende-se que é relevante subsidiar teoricamente a discussão sobre aquilo que os dados evidenciam com relação à trajetória da pobreza e aquilo que o imaginário popular traz, de que o Estado não é ‘tão afetado’ por esse flagelo, como também não o foi durante e após a pandemia, algo que é reforçado devido à veiculação de dados, de fato, frequentemente ‘favoráveis’ (baixos) da pobreza catarinense, comparativamente a outras Unidades da Federação”, traz o texto.

A publicação ressalta a importância das medidas para o enfrentamento da pobreza, bem como os aspectos relacionados à maneira como ela deve ser conceituada e mensurada. Desta forma, realiza o comparativo entre as abordagens monetária e multidimensional. A primeira delas, amplamente utilizada, mede com base na renda, adotando linhas de pobreza definidas, como o “Dollar-a-day” do Banco Mundial, que fixa uma quantia mínima diária abaixo da qual uma pessoa é considerada pobre. Essa abordagem, ainda que útil para monitorar o número de pessoas vivendo com rendimentos muito baixos, é criticada por ser limitada, pois considera apenas a renda e ignora outras dimensões da vida humana que também afetam o bem-estar. Estudos indicam que uma análise puramente monetária pode deixar de captar outras formas de privação, como a falta de acesso à educação e à saúde, ou mesmo as condições de habitação.
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Seminário discute condições de trabalho na área de TI

26/05/2023 13:00

O Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política (PPGSP) promove o seminário Condições de trabalho e ação coletiva no setor de TI na próxima quinta-feira, 1º de junho, às 13h30, no miniauditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), no Campus de Florianópolis. A atividade é gratuita e aberta a toda a comunidade.

As palestrantes serão as professoras Maria Aparecida Bridi, do Departamento de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná (UFPR), e Thaís de Souza Lapa, do Departamento de Sociologia e Ciência Política da UFSC. Ambas realizarão conferências com base em suas pesquisas sobre o trabalho e a ação coletiva no setor de informática, que inclui os envolvidos nas produções de hardware e software. Além das temáticas específicas da área de TI, também serão abordados assuntos sobre a sociologia do trabalho no Brasil.

Para mais informações, acesse o site do PPGSP.

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VI Work Week: feira de estágios e recrutamentos começa nesta segunda-feira

24/03/2023 14:26

A sexta edição da feira de estágios e recrutamentos Work Week será realizada de 27 a 29 de março no hall da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Campus Universitário Trindade, em Florianópolis. A feira será realizada durante o dia, das 11h às 18h, com palestras no período noturno, das 18h às 22h. Este ano, o evento é organizado pela equipe de competição Ampera Racing e pelo Fundo Patrimonial Catarina.

Além da oportunidade de dialogar com representantes de mais de 20 empresas de diversos ramos, os inscritos também poderão desfrutar de 18 palestras sobre assuntos como oportunidades de carreira, networking e mercado de trabalho. Para participar, os interessados devem se inscrever gratuitamente neste linkO evento disponibilizará certificados de horas de acordo com o tempo de participação de cada inscrito, podendo ir de duas até 20 horas.

Para mais informações, acesse o Instagram do evento.

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Roda de conversa discute a inserção de pessoas trans no mercado de trabalho

12/12/2022 17:09

O projeto Linc Social, em conjunto com a turma de Recursos Humanos I do Curso de Administração da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), promove nesta quarta-feira, 14 de dezembro, a roda de conversa Pessoas trans no mercado de trabalho: como normalizar a diversidade dentro das empresas. Gratuita e aberta a todo os interessados, a atividade ocorre no auditório do Centro Socioeconômico (CSE) a partir das 10h10.

Participam do evento Mariana Franco, mulher transpesquisadora e ativista, e Patrícia Fonttine, mulher trans preta, artista, ex-trabalhadora do mercado de prostituição e agora efetivada na Vivo. Para ter direito a certificado, é necessário se inscrever pela plataforma Sympla.

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Artigo do Necat mostra efeitos da pandemia sobre a renda das famílias

20/05/2021 19:05

Dois pesquisadores vinculados ao Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publicaram um artigo abordando os impactos da pandemia de Covid-19 sobre a renda do trabalho e das famílias no Estado. O artigo, intitulado “Domicílios sem renda do trabalho cresceram cerca de 30% em Santa Catarina no ano de 2020”, mostra que a pandemia atinge os catarinenses provocando queda de rendimentos dos trabalhadores que conseguiram se manter ocupados e aumento do número de famílias sem renda do trabalho.

O estudo foi feito com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC). Em gráficos e números, mostra que a massa de rendimentos efetivamente recebida em todos trabalhos caiu 6,1% ao longo do ano de 2020, embora o rendimento médio efetivo tenha permanecido praticamente inalterado. “O afastamento de trabalhadores, a inviabilização de atividades e a queda no nível das atividades econômicas observadas ao longo de 2020 provocaram uma grande redução do número médio de horas efetivamente trabalhadas, que chegou a ficar 13% abaixo das jornadas habituais entre os meses de abril e junho de 2020”.

A contração de renda também está relacionada ao crescimento da desocupação. De acordo com o artigo, 6% de todas as pessoas que estavam ocupadas no Estado acabaram perdendo o emprego ou saíram do mercado de trabalho no decorrer do ano. “A renda per capita média das famílias catarinenses passou de R$ 1.453,37 no quarto trimestre de 2019 para R$ 1.317,92 no quarto trimestre de 2020, representando uma queda de 9,3%”.

O maior efeito da crise, de acordo com o artigo, foi o aumento das famílias sem renda. O número de domicílios sem renda do trabalho em Santa Catarina saltou de 544 mil no último trimestre de 2019 para 697 mil no quarto trimestre de 2020, um aumento de 28,2%. A principal causa apontada foi a perda de 220 mil ocupações remuneradas ao longo do ano passado.

O artigo é assinado por Vicente Loeblein Heinen, estudante de Economia da UFSC e bolsista do Necat; e Lauro Mattei, professor titular do curso de Economia e do Programa de Pós-Graduação em Administração da UFSC e coordenador geral do Necat.

Confira a íntegra do artigo neste link 

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Artigo do Necat avalia efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho de SC

16/09/2020 17:19

Artigo publicado no site do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aborda os impactos da pandemia sobre o mercado de trabalho catarinense. De acordo com a publicação, Santa Catarina perdeu 163 mil postos de trabalho no primeiro semestre de 2020. A análise foi feita com base nos resultados regionais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) relativos ao 2º trimestre de 2020, recentemente divulgados pelo IBGE.

“No conjunto do país a taxa de desocupação atingiu 13,3% no trimestre compreendido entre abril e junho, registrando variação interanual de 1,5 ponto percentual (p.p.). Em Santa Catarina, essa taxa ficou em 6,9%, de modo que o estado se manteve com o menor índice de desemprego dentre todas as unidades da federação”, observam os autores do artigo.

O texto ressalta que Santa Catarina perdeu cerca de 110 mil postos de trabalho no 2º trimestre de 2020. “Somando essas perdas àquelas registradas no 1º trimestre (basicamente em março), já foram fechadas 163 mil vagas no estado”, diz o texto. Comparativamente, essas perdas são quatro vezes maiores do que aquelas acumuladas no biênio 2015-2016, ou seja, no período mais intenso da recente crise econômica nacional.

Veja a íntegra do artigo em: https://necat.ufsc.br/santa-catarina-perdeu-163-mil-postos-de-trabalho-no-1o-semestre-de-2020/

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Centro Acadêmico de Engenharia Civil lança projeto de entrevistas com professoras da área

08/09/2020 12:30

O Centro Acadêmico Livre de Engenharia Civil (Calec) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançou um projeto de entrevistas com professoras da área com o objetivo “de trazer as vivências, dificuldades e cotidianos de uma mulher na engenharia, um ramo proeminentemente masculino”. O projeto recebeu o nome de Conradine, em homenagem à primeira engenheira mulher de Santa Catarina, Conradine Taggesell, falecida no ano passado.

No perfil do Calec no Instagram, serão publicadas entrevistas com as professoras da Engenharia Civil da UFSC, contando um pouco de suas vivências, dificuldades e cotidianos de mulheres engenheiras. A proposta é trazer uma maior representatividade feminina que possa inspirar as atuais e futuras alunas a se visualizarem como engenheiras. No primeiro vídeo da série, a convidada foi a professora Nora Maria Pillar, que possui 44 anos de Universidade.

 

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UFSC Joinville promove Live ‘Engenheiras: da Universidade ao Mercado de Trabalho’

13/07/2020 11:00

A UFSC Joinville promove a live “Engenheiras: da Universidade ao Mercado de Trabalho” nesta próxima quarta-feira, 15 de julho, às 19h30. Mediado pela professora e psicóloga Vanessa Aparecida Alves de Lima (UFSC Joinville), o debate reunirá três engenheiras e uma estudante de engenharia para compartilhar suas trajetórias na academia e no mercado de trabalho.

Entre os tópicos a serem abordados, estão as dificuldades e preconceitos que as mulheres encontram nesta área e como nossas convidadas superaram e ainda superam estes desafios. Também falaremos sobre o momento atual das engenharias e sobre as competências que o mercado exige das recém-formadas. As convidadas, que estão em diferentes setores e momentos de carreira, compartilharão ainda suas diferentes visões sobre a profissão que escolheram. 

Sobre as convidadas:

Joana Albano, estudante de engenharia aeroespacial na UFSC Joinville, co-fundadora do Fórum de Mulheres do Centro Tecnológico de Joinville, entidade que oferece suporte às mulheres do Campus e promove eventos para conscientização e debate sobre a situação e papel da mulher, tanto na engenharia como na sociedade. O Fórum também busca incentivar meninas a seguirem carreiras em ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM).

Helena Nierwinski, doutora em Engenharia Civil, com ênfase em Geotecnia, pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS), atua desde 2016 como professora do Departamento de Engenharia de Mobilidade (UFSC), junto ao curso de Engenharia Civil de Infraestrutura.

Catalina Ryberg, Engenheira Automotiva formada pela UFSC, trainee na Volkswagen do Brasil e fundadora da Covid Solutions Community, plataforma que conecta voluntários inovadores com executores e corpo técnico, para alavancar projetos de combate à crise causada pela pandemia da Covid-19.

Regina Zimmermann, Engenheira Química (UFSC), Mestra em Engenharia Ambiental e Sanitária (UFSC), atua há 28 anos em indústrias de transformação e possui ampla experiência em gestão de negócios e gerenciamento de equipes. Trabalha atualmente como Diretora Industrial e de Operações na empresa Termotécnica.

A live será transmitida ao vivo no canal da UFSC Joinville no YouTube.

 

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Aluno versus mercado de trabalho: feira de oportunidades na UFSC de 13 a 15 de agosto

09/07/2018 09:01

Interação entre o estudante e o mercado de trabalho é o que irá proporcionar a terceira edição da Work Week, feira de recrutamento de Santa Catarina, realizada por alunos e para alunos. As atividades ocorrerão no hall da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), nos dias 13, 14 e 15 de agosto. Na programação, oportunidades existentes dentro e fora da universidade e que têm impacto na capacitação profissional dos jovens, o que torna o evento um excelente espaço para conhecer um pouco mais sobre as empresas participantes – até o momento quase 40 estão confirmadas – e seus processos de inserção no mercado de trabalho.
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Alunos de graduação podem participar de pesquisa online sobre carreira e concorrer a prêmios

14/03/2016 10:00

O Departamento de Integração Acadêmica e Profissional da UFSC recomenda aos estudantes de todos os cursos de graduação a participação voluntária em pesquisa online realizada pela Universum, empresa internacional que analisa talentos estudantis e futuros profissionais. O objetivo é obter informações relevantes sobre as perspectivas de estudantes universitários em relação a suas instituições de ensino e ao mercado de trabalho. Pesquisas como esta costumam ser utilizadas para alinhar as expectativas do futuro profissional com as oportunidades oferecidas pelos diferentes setores empregatícios. O estudante participante recebe guias de carreiras e concorre a prêmios, como um iPhone 6 e um iPad Mini 2.

Clique aqui para responder este estudo.

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