Ação coletiva da UFSC reinaugura Planetário com arte e ciência

24/10/2024 18:24

Reinauguração oficial do Planetário da UFSC. Fotos: Maria Isabel Miranda/Agecom

O Planetário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi reinaugurado na manhã desta quinta-feira, 24 de outubro, com programação especial para o público infantil e adulto. O momento celebra o retorno às atividades de um espaço essencial para a divulgação científica na Universidade, após a aquisição de um novo projetor digital e a pintura temática da cúpula do Planetário.

As crianças do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) da UFSC e da Escola Básica Municipal João Alfredo Rohr, no Córrego Grande, marcaram presença no evento, preparado especialmente para elas.

Participaram da mesa de abertura o reitor Irineu Manoel de Souza; a pró-reitora de Extensão, Olga Regina Zigelli Garcia; os diretores dos centros de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), Alex Degan; de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), Nilton da Silva Branco; o professor do Departamento de Física Antônio Nemer Kanaan Neto; a geógrafa Edna Maria Esteves da Silva, e a artista visual Gugie Cavalcanti. Também registraram presença membros do Gabinete da Reitoria, diretores de unidades, pró-reitores, secretários, e da comunidade universitária e geral.

No cerimonial de abertura foi ressaltado o esforço coletivo para a aquisição do equipamento que oportunizou a retomada das atividades direcionadas ao ensino e à divulgação da Astronomia, bem como, retomar o atendimento do Planetário. CFM, CFH, Proex, Pró-Reitoria de Administração (Proad), Gabinete da Reitoria, técnicos, professores, bolsistas e profissionais de outras instituições foram os protagonistas desta conquista. Mesmo sendo muitos personagens, cada um e cada uma foi lembrado(a) na ocasião.
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UFSC contribui para a criação do maior e mais detalhado mapa infravermelho da Via Láctea

26/09/2024 21:03

Nova visualização em infravermelho da formação de estrelas frequentemente chamada “Lagoon Nebula”, capturada pelo telescópio VISTA, no ESO Paranal Observatory, no Chile. (Foto: Divulgação)

Um trabalho de pesquisa internacional, envolvendo cientistas de vários países culminou em um artigo, que tem como primeiro autor o professor e astrofísico Roberto Kalbusch Saito, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O artigo, publicado em destaque no dia 26 de setembro, na revista europeia Astronomy & Astrophysics, lista inúmeras descobertas após 13 anos de análise de dados e foi preparado por 146 coautores de 15 países diferentes através de quatro continentes. As observações ocorreram durante um total de 420 noites, e resultaram em cerca de 200 mil imagens, monitorando mais de 1,5 bilhão de objetos.

O artigo na Astronomy & Astrophysics também é assinado pelos seguintes alunos e ex-alunos do Departamento de Física da UFSC: Roberto Kammers (aluno de doutorado da UFSC); Vitor Freitas Fermiano (aluno de graduação da UFSC); Pedro Henrique Coelho Albino (aluno de graduação da UFSC); Thiago Ferreira dos Santos (graduado pela UFSC, atualmente doutorando da Yale University); Everton Botan (doutor pela UFSC, hoje professor na UFMT); Luciano Fraga (graduação e doutorado pela UFSC, hoje pesquisador do LNA-MCTI).

Quando Galileu Galilei observou nossa galáxia pela primeira vez, utilizando um telescópio, teria dito que “a Via Láctea nada mais é do que uma massa de inúmeras estrelas.” Quatrocentos anos depois, o maior mapa infravermelho da Via Láctea foi finalizado, após mais de 13 anos de observação das regiões centrais da galáxia pelos projetos VISTA Variables in the Via Láctea (VVV) e seu projeto complementar VVV eXtended (VVVX).
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Projeto ‘Meninas na Ciência’ lança livro infanto-juvenil

29/07/2024 12:26

O projeto de extensão Meninas na Ciência, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), lança o livro “A história de Estrela”, o primeiro da série “Meninas Brilhantes”. A obra foi elaborada pela professora Gabriela Kaiana Ferreira, coordenadora do projeto, e pelas bolsistas Rosa Maria Pereira Miranda, Erica do Rosário Tischer e Roberta Machado Franco Rodrigues, estudantes do Colégio de Aplicação da UFSC.

O livro conta a história de uma jovem chamada Estrela, apaixonada por Astronomia, que equilibra sua curiosidade científica com momentos divertidos ao lado das amigas na escola. Quando o grupo enfrenta um desafio ao apresentar um projeto de ciências, a situação as une ainda mais. A descoberta de um presente especial leva Estrela a conhecer a história inspiradora da astrofísica Jocelyn Bell Burnell, que em 1967 identificou um pulsar, enfrentando a falta de reconhecimento por seu feito revolucionário. Movidas pela trajetória de Jocelyn e pela busca por justiça, Estrela e suas amigas encontram uma forma de compartilhar suas experiências e dar voz a outras meninas e mulheres na ciência.

O pré-lançamento do livro acontecerá na quarta-feira, 31 de julho, no evento Fazendo Gênero 13, com a presença das autoras e com um brinde especial. A obra já está disponível para aquisição online por meio deste link

Mais informações podem ser acessadas pelo Instagram do projeto.

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Nota de pesar: falece Kahio Tibério Mazon, professor do Departamento de Física

16/04/2024 10:04

Professor Kahio Tibério Mazon

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) comunica, com pesar, o falecimento do professor Kahio Tibério Mazon, aos 53 anos, ocorrido na segunda-feira, 15 de abril. Kahio era docente do Departamento de Física, no Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), desde 2010, e marido professora Marcia da Silva Mazon, do Departamento de Sociologia e Ciência Política da UFSC.

A relação do professor com a Universidade começou ainda na graduação: se formou em Física, em 1995. Também cursou o mestrado na UFSC, tendo obtido o título em 1997. Já o doutorado em Física foi concluído em 2001, pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Na currículo, o professor fez contribuições significativas para o campo da Física molecular e Teoria de espalhamento de elétrons e pósitrons por moléculas.

O Departamento de Física da UFSC emitiu nota em que destaca a trajetória do docente para além da sala de aula: “Além de seu notável trabalho acadêmico, o professor Kahio era reconhecido por sua dedicação aos alunos, frequentemente homenageado em cerimônias de formatura, e aos colegas, sempre compartilhando conhecimento e inspirando aqueles ao seu redor. Sua falta será profundamente sentida em nosso departamento. Neste momento de luto, estendemos nossas sinceras condolências à família, amigos e colegas do professor Kahio Tibério Mazon. Que seu legado e suas contribuições para a ciência e nossa comunidade acadêmica sejam lembrados e honrados eternamente”.

O velório está sendo realizado na manhã desta terça-feira, 16 de abril, até o meio-dia, no cemitério Santa Catarina, no bairro Itacorubi, em Florianópolis.

A Universidade e sua comunidade, em luto, presta suas homenagens ao professor Kahio Mazon e solidariza-se com sua família e seus amigos.

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UFSC na mídia: professor de Física fala sobre estrela que desapareceu e reapareceu de forma misteriosa

02/04/2024 10:38

Representação artística da estrela VVV-WIT-08. Ilustração: Amanda Smith.

O professor departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Roberto Kalbusch Saito concedeu entrevista às revistas Planeta e Istoé sobre uma pesquisa que participou com um grupo internacional de astrônomos. Os resultados da pesquisa já haviam sido divulgados no site da UFSC em 2021 na reportagem: Professor da UFSC participa da descoberta de estrela gigante que quase desapareceu no centro da galáxia.

Na matéria publicada nessa segunda-feira, 1º de abril, na revista Planeta, Saito relembra o período de observação da estrela: “Olhávamos as imagens tiradas pelo telescópio e a estrela estava lá. Menos de um ano depois, não estava mais. Olhamos novamente: está lá de novo. É algo que realmente não era esperado”. Saito é um dos pesquisadores brasileiros do projeto Vista Variáveis na Via Láctea (VVV) que utilizou o telescópio VISTA, localizado no Chile, para analisar mais de um bilhão de estrelas da nossa galáxia.

“A gente não conhece nenhum processo químico ou físico no interior de uma estrela que fizesse ela ‘desligar e ligar’ dessa forma. Portanto, nossa primeira hipótese foi que essa estrela está sendo ocultada por um outro corpo”, explica o professor na reportagem. Segundo ele, a pergunta que persistia era: que tipo de objeto seria grande o suficiente para ocultar 97% do brilho de uma estrela bem maior do que o Sol?

A suposição é de que o objeto gigantesco misterioso está bem próximo, ou até mesmo na órbita da estrela, mas os cientistas ainda não confirmaram a hipótese, já que o “desligamento” da WIT-08 nunca mais aconteceu desde 2012. A lentidão do evento é um dos grandes empecilhos para a resolução do mistério. Os últimos dados foram observados no início de 2023 e nada parecido foi detectado.

Confira a reportagem na íntegra no site da revista Planeta e da revista Istoé.

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Equipe com pesquisadores da UFSC descobre novas categorias de estrelas

29/01/2024 11:23

Estrelas “ocultas”, incluindo um novo tipo de gigante ancestral apelidadas de “velhas fumantes”, foram avistadas pela primeira vez por astrônomos. Os objetos misteriosos existem no coração da nossa galáxia, a Via Láctea, e podem permanecer em espera durante décadas – desaparecendo quase até à invisibilidade – antes de subitamente expelirem nuvens de fumaça, de acordo com um novo estudo publicado na revista mensal da Royal Astronomical Society.

Uma equipe internacional de cientistas fez a sua descoberta inovadora depois de monitorar quase mil milhões de estrelas em luz infravermelha durante uma pesquisa de dez anos do céu noturno. Também foram detectadas dezenas de estrelas recém-nascidas raramente vistas, conhecidas como protoestrelas, que sofrem explosões extremas durante um período de meses, anos ou décadas, como parte da formação de um novo sistema solar.

Descoberta: A imagem principal é a impressão artística de uma nuvem de gás e poeira sendo expelida por um novo tipo de estrela gigante vermelha apelidada de “velha fumante”. Foi avistada juntamente com dezenas das chamadas protoestrelas “recém-nascidas berronas” (detalhe) no coração da Via Láctea por uma equipe internacional de astrônomos. Crédito: Philip Lucas/Universidade de Hertfordshire. Tipo de licença: Atribuição (CC BY 4.0)

A maioria destas estrelas recém-descobertas estão escondidas da vista na luz visível por grandes quantidades de poeira e gás na Via Láctea – mas a luz infravermelha consegue passar, permitindo aos cientistas vê-las pela primeira vez. Liderados pelo professor Philip Lucas, da Universidade de Hertfordshire, astrônomos do Reino Unido, Chile, Coreia do Sul, Brasil, Alemanha e Itália, incluindo o professor do departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Roberto Saito, realizaram suas pesquisas com a ajuda do Visible and Infrared Survey Telescope (VISTA) –construído no alto dos Andes chilenos, no Observatório Cerro Paranal, que é parte do Observatório Europeu do Sul (ESO).
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Cine Ciência UFSC exibe filme ‘Waterworld’ e promove debate sobre aquecimento global nesta sexta

30/11/2023 10:44

O Cine Ciência UFSC, projeto de extensão do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), exibe o filme “Waterworld” nesta sexta-feira, 1º de dezembro, às 15h. A sessão, que ocorre no auditório da Biblioteca Universitária (BU), é gratuita e aberta a todos. Após a exibição, haverá o debate “Aquecimento Global Antropogênico e um possível aumento do nível do mar”, com a participação do professor Raymundo Baptista.

Sinopse:

Uma produção de orçamento gigantesco conta a luta pela sobrevivência em um mundo onde superfícies secas desapareceram com o superaquecimento do planeta. Um homem que se transformou em anfíbio tenta proteger sobreviventes em um atol artificial enquanto combate piratas. Ele também quer descobrir se ainda há terra que não foi coberta pela água.

Mais informações no Instagram do Cine Ciência.

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Professor de Física da UFSC é eleito presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais

06/11/2023 15:25

O professor Ivan Helmuth Bechtold, titular do departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (FSC/UFSC), foi eleito presidente da Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) para o mandato 2024-2025. Fundada em 2002, esta é a primeira vez em que a SBPMat é presidida por um pesquisador do Sul do país. Em todos os os mandatos anteriores os presidentes eleitos eram da região Sudeste.

A SBPMat reúne pesquisadores de diversas áreas como Física, Química, Matemática, Biologia, Ciências da Saúde, Ciências Agrárias e Engenharias, com estudos voltados a aplicações tecnológicas de materiais. O evento anual da SBPMat, o Brazilian Materials Research Society (B-MRS), agrega em torno de 1.500 participantes de todo o Brasil e de outros países.

Mais informações na página da SBMat, no Instagram ou pelo pelo e-mail ivan.bechtold@ufsc.br.

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Professor da UFSC avança na compreensão dos mecanismos do AVC por meio de modelo computacional

28/06/2022 08:45

Imagem ilustrativa (Imagem de Pete Linforth por Pixabay)

Os mecanismos fundamentais subjacentes à dinâmica da atividade cerebral ainda são amplamente desconhecidos, mas o seu conhecimento pode ajudar a entender a resposta do cérebro a condições patológicas, como no caso dos derrames. Apesar dos esforços da comunidade científica, os mecanismos subjacentes à recuperação funcional e comportamental de pacientes com acidente vascular cerebral (AVC) ainda são pouco compreendidos. O estudo Recovery of neural dynamics criticality in personalized whole-brain models of stroke, publicado na revista Nature Communications, resultado de uma colaboração internacional, propõe a teoria da criticalidade cerebral para explicar as relações entre alterações cerebrais e função em pacientes neurológicos. O texto é assinado por físicos, neurologistas e psicólogos, com autoria do professor do Departamento de Física da UFSC, Rodrigo Pereira Rocha, e de Loren Kocillari, Samir Suweis, Michele De Grazia, Michel Thiebaut De Schotten, Marco Zorzi e Maurizio Corbetta.

Conforme o professor, na Física, há muito se sabe que certos sistemas estão localizados na fronteira entre a ordem e o caos em um estado chamado “crítico”. “Por exemplo, a água passa do estado líquido, no qual o sistema apresenta ordem de curto alcance, para o estado gasoso, no qual as moléculas se movem de maneira caótica a uma temperatura crítica próxima de 374°C. Mais ou menos 374°C representa, portanto, a temperatura crítica na qual a água assume duas formas diferentes, líquida ou gasosa, nas quais o caos e a ordem estão presentes. Essa temperatura na física é chamada de ‘crítica’, e a mudança de estado é chamada de transição de fase”, contextualiza.

A criticalidade tem sido usada para descrever fenômenos de terremotos à frequência cardíaca humana, de oscilações de pontes ao mercado de ações. “Também foi demonstrado que o cérebro poderia operar próximo a um ponto crítico, no qual todos ou a maioria dos neurônios têm um comportamento coletivo e coordenado, o que proporcionaria ao sistema funções ótimas, ligadas, por exemplo, à eficiência na transmissão de informação, ou à velocidade de resposta a estímulos externos”.

Sob essa lógica, se a criticalidade é de fato uma propriedade fundamental de cérebros saudáveis, então as disfunções neurológicas alteram essa configuração dinâmica ideal. Alguns estudos relataram perda de criticalidade durante convulsões epilépticas, sono de ondas lentas, anestesia e doença de Alzheimer. No entanto, um teste crucial dessa hipótese seria mostrar que as alterações locais da arquitetura estrutural e funcional do cérebro também causam uma perda no sistema.

Além disso, explica Rocha, se as alterações melhorarem ao longo do tempo, por exemplo, devido a uma atividade de fisioterapia, é preciso observar a recuperação da criticalidade em paralelo.”Outra previsão é que, se a criticalidade é essencial ao comportamento, sua alteração após uma lesão focal deve estar relacionada à disfunção comportamental e à recuperação da função. Finalmente, as mudanças na criticalidade também devem estar relacionadas aos mecanismos de plasticidade subjacentes à recuperação”, pontua.

Abordagem interdisciplinar

“O objetivo deste trabalho foi abordar essas importantes questões por meio de uma abordagem interdisciplinar que combina neuroimagem, neurociência computacional, física estatística e métodos de ciência de dados”, explica. No estudo, a equipe examinou como as lesões cerebrais modificam a criticalidade usando uma nova abordagem personalizada de modelagem da atividade cerebral. A teoria modela a dinâmica cerebral individual com base em redes anatômicas reais de conectividade cerebral, tanto a conectividade anatômica quanto a atividade cerebral funcional, usando ressonância magnética funcional.

“Para esses indivíduos, finalmente, também tínhamos resultados de testes comportamentais disponíveis. Descobrimos que os pacientes com acidente vascular cerebral têm níveis reduzidos de atividade neural transcorridos três meses do AVC, assim como níveis reduzidos da variabilidade e a força das conexões funcionais. Todos esses fatores contribuem para uma perda geral de criticalidade que, no entanto, melhora ao longo do tempo com a recuperação do paciente”, reforça o professor. O estudo também demonstra que as mudanças na criticalidade predizem o grau de recuperação comportamental. “Em resumo, nosso trabalho descreve um avanço importante no entendimento da alteração da dinâmica cerebral e das relações cérebro-comportamento em pacientes neurológicos”, afirma.

Para o professor Maurizio Corbetta, diretor do Centro de Neurociências de Pádua da Universidade de Pádua e da Clínica Neurológica do Hospital Universitário de Pádua, esses resultados demonstram que modelos dinâmicos computacionais do cérebro podem ser usados para rastrear e prever a recuperação do AVC no nível do paciente individual. “Isso abre a possibilidade de usar esses métodos para medir o efeito de terapias como reabilitação ou estimulação não invasiva”, conclui.

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Professor da UFSC participa da descoberta de estrela gigante que quase desapareceu no centro da galáxia

01/07/2021 16:35

Representação artística da estrela VVV-WIT-08. Ilustração: Amanda Smith

Na região central da Via Láctea, a mais de 25 mil anos-luz daqui, o “quase desaparecimento” momentâneo de uma estrela gigante intriga os cientistas. Em 2012, a VVV-WIT-08, como foi nomeada, foi encoberta por cerca de 200 dias por um objeto enorme e misterioso, capaz de ocultar 97% do brilho de um corpo celeste aproximadamente cem vezes maior do que o Sol. A descoberta foi descrita em artigo publicado em junho na revista científica Monthly Notices of the Royal Astronomical Society e contou com a participação de dois brasileiros em meio ao grupo internacional de astrônomos: o professor do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Roberto Kalbusch Saito e o pesquisador do Laboratório Nacional de Astrofísica Luciano Fraga.

É comum que estrelas apresentem oscilações em seu brilho – seja por características intrínsecas a elas, como é o caso das variáveis pulsantes que se expandem e contraem periodicamente; seja por causa de objetos que passam entre a estrela e o observador, causando um efeito de eclipse. O que aconteceu com a VVV-WIT-08, contudo, nunca foi observado antes (apesar de haver casos com algumas similaridades). Até o momento, ao menos, ela é uma estrela única. 

“É uma estrela que, a princípio, tu olhas a curva de luz dela, que é a variação de brilho ao longo do tempo, e é sempre constante, a estrela não varia. A não ser em um evento em 2012 quando ela quase desapareceu. Ela perdeu 97% do brilho e depois voltou ao brilho normal de novo. E desde então, até hoje, com todo o acompanhamento que a gente fez dela, ela segue sem nenhuma mudança de brilho, e isso não é esperado para uma estrela. Então, o comportamento diferenciado é que ela teve um único evento, em mais de uma década de observação, em que ela perde uma quantidade de brilho muito grande, quase 100%”, explica Roberto.
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Projeto internacional de astronomia com participação da UFSC descobre estrela rara

17/05/2021 10:34

Estrela encontrada é ultra pobre em metais e carbono (Foto de Favio Faifer)

O professor e pesquisador Antonio Kanaan, do Departamento de Física, e dois ex-alunos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) estão envolvidos em um projeto internacional de astronomia que acaba de descobrir uma estrela ultra pobre em elementos químicos que desafia os modelos de evolução das primeiras estrelas do universo. Kanaan é um dos cientistas-chave (builders) do projeto S-PLUS (Southern Photometric Local Universe Survey, ou Levantamento Fotométrico do Universo Local Sul). 

O S-PLUS está mapeando o céu austral a partir de Cerro Tololo (Chile), com um telescópio robótico de 86 centímetros de diâmetro. Os pesquisadores da UFSC estão envolvidos desde a instalação do telescópio e também no desenvolvimento de um software para robotização do equipamento.

Observatório de Cerro Tololo, Chile (Foto de Favio Faifer)

“Das pessoas da UFSC  sou quem está há mais tempo nesse projeto”, diz o professor Kanaan. De acordo com ele, a professora Claudia Oliveira, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG-USP), foi quem reuniu o grupo para a criação do S-PLUS. Entre os builders estão também William Schoenell, ex-aluno de graduação e mestrado da UFSC, atualmente no Giant Magellan Telescope (gmto.org), Estados Unidos, e Tiago Ribeiro, ex-aluno de graduação, mestrado e doutorado na UFSC, hoje no Vera Rubin Telescope (lsst.org), Estados Unidos.

“Hoje dezenas de pessoas trabalham no S-PLUS.  O William, o Tiago e eu trabalhamos na instalação do telescópio até fazê-lo funcionar”, conta o professor Kanaan. Os dois ex-alunos da UFSC tiveram grande envolvimento direto no projeto e moraram no Chile durante a fase inicial de implementação. “A gente desenvolveu, sob minha liderança, aqui na UFSC um software de robotização de telescópios.  Esse programa foi adotado no telescópio desde o primeiro dia”, revela o pesquisador.
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Programa de Pós-Graduação em Física realiza seminário sobre colisões de íons pesados

15/03/2021 11:27

O Programa de Pós-Graduação em Física (PPGFSC) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove nesta sexta-feira, 19 de março, às 10h15, o seminário Efeitos pré-hidrodinâmicos em colisões ultra-relativísticas de íons pesados. O evento, que será ministrado pelo professor do Departamento de Física da UFSC Tiago José Nunes, ocorrerá pelo sistema Conferências Web da Rede Nacional de Pesquisa, com transmissão ao vivo pelo canal do PPGFSC no Youtube.

Confira o resumo elaborado pelos organizadores:

“Plasma de quarks e glúons (QGP) é um estado extremo da matéria fortemente interagente constituído por uma ‘sopa’ de quarks e glúons não-confinados. As condições extremas necessárias para sua formação podem ser naturalmente encontradas no universo primordial e, especula-se, no interior de objetos astrofísicos ultracompactos, como as estrelas de nêutrons. Podem, também, ser recriadas em experimentos de colisões ultrarrelativísticas de íons pesados, que têm sido conduzidos, por exemplo, no LHC e no RHIC. Nesse seminário, veremos como investigar os diversos processos físicos que acontecem durante tais experimentos utilizando um modelo numérico híbrido para simular todas as diferentes etapas de uma colisão de íons pesados, incluindo a evolução do QGP através da hidrodinâmica relativística viscosa. Em seguida, abordaremos como diferentes cenários para a descrição da etapa pré-hidrodinâmica podem impactar os observáveis experimentais do estado final e apontaremos possíveis caminhos para o refinamento dos modelos em questão.”

 

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Departamento de Física promove palestra sobre estudo de ciências exatas

09/02/2021 11:18

O Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove na sexta-feira, dia 12 de fevereiro, às 11h, a palestra virtual Estudo eficiente de ciências exatas: uma visão da neuropsicologia cognitiva, com Francéia Veiga Liedtke, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Psicologia na Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

A transmissão será realizada pelo canal Cursos de Física UFSC no Youtube e as inscrições podem ser feitas neste link. O evento é organizado pelos professores Éverton Fabian Jasinski, Antonio Kanaan e Natalia Vale Asari, e tem como painelistas convidados Elismar Lösch e Gabriel Jonk.

A palestrante Francéia Veiga Liedtke tem 18 anos de experiência clínica com estudantes com dificuldades de aprendizado e altas habilidades. Ela obteve o título mestre em Psicologia pela UFRGS em 2019. Atualmente é neuropsicóloga pelo Conselho Federal de Psicologia.

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Projeto de extensão da UFSC organiza série de lives ‘Mulheres na Ciência’

06/10/2020 11:40

O projeto de extensão Meninas na Ciência, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está promovendo, durante o mês de outubro, uma série de lives semanais com mulheres cientistas. A primeira conversa, com a presença da professora Thaís Cyrino de Mello Forato da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), será transmitida nesta terça-feira, 6 de outubro, às 20h, através do perfil no Instagram do projeto.

As próximas atividades contarão com a participação da professora Mariana Borsa, da Universidade de Oxford, e das professoras Rita de Cássia dos Anjos e Camila Domit, da Universidade Federal do Paraná (UFPR). 

Coordenado pela professora Gabriela Kaiana Ferreira, o projeto surgiu diante “da percepção do baixo número de matrículas e altas taxas de evasão de estudantes mulheres em cursos de ciências exatas”. A iniciativa visa estimular o interesse de mulheres pela área, incentivar a busca por carreiras científicas, combater preconceitos e contribuir para o desenvolvimento de suas habilidades em um espaço com condições de igualdade de gênero. 

Além da contribuição de bolsistas da UFSC, o projeto também conta com a participação de 10 voluntárias de outras instituições brasileiras. 

Para participar da live e mais informações, acesse o perfil do projeto no Instagram: @meninasnaciência_UFSC 

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Pesquisadores da UFSC organizam evento internacional na área de pesquisa em materiais

18/09/2019 14:14

A Sociedade Brasileira de Pesquisa em Materiais (SBPMat) promoverá, entre os dias 22 e 26 de setembro, o XVIII Brazil MRS Meeting, evento internacional da área de pesquisa em materiais. A décima oitava edição do evento ocorrerá em Balneário Camboriú e terá como chair o professor do Departamento de Física da UFSC, Ivan Helmuth Bechtold, e como co-chair o professor do Departamento de Química da UFSC, Hugo Gallardo. O evento anual terá em sua programação palestras, plenárias, apresentação de pôsteres, entre outras atividades. A expectativa dos organizadores é de reunir mais de 1,8 mil participantes e pesquisadores da área. 

A SBPMat foi criada com a missão de contribuir para o avanço da pesquisa em materiais no Brasil. O grupo promove a divulgação e intercâmbio de informações, a interação de pessoas dos setores acadêmico, governamental e produtivo, além da integração das comunidades científicas nacional e internacional. Nos últimos anos “o evento consolidou um caráter internacional e é considerado referência no roteiro dos eventos internacionais da área, organizados pelas sociedades de materiais americana e europeia”, segundo Ivan. O evento contará com a presença de  sete pesquisadores internacionais e 23 simpósios de temas específicos, abordando todas as áreas da pesquisa em materiais. As atividades serão ministradas na língua inglesa.

A expectativa dos organizadores é colaborar para manter ativa a comunidade científica da área de materiais e seu caráter interdisciplinar, envolvendo físicos, químicos, engenheiros, biólogos, entre outros profissionais. “O evento contribui para a divulgação das pesquisas realizadas, o estabelecimento de cooperações científicas e, especialmente, para propiciar a participação de estudantes (graduação e pós-graduação) e contribuir para a sua formação científica”, avalia o professor Ivan. Do total de inscritos, em torno de 60% são estudantes.

A abertura do XVIII Brazil MRS Meeting será no domingo, 22 de setembro, a partir das 19h30min, no Complexo Cristo Luz, em Balneário Camboriú. Mais informações podem ser acessadas no site do evento. 

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Pesquisas desenvolvidas na UFSC conquistam o prêmio The Newton Advanced Fellowship

16/10/2018 13:09

As pesquisas científicas realizadas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pelos professores e pesquisadores Natalia Vale Asari e Jean Everson Martina, a primeira vinculada ao Departamento de Física e o segundo ao Departamento de Informática e Estatística, foram reconhecidas mundialmente por meio da conquista do prêmio The Newton Advanced Fellowship, da The Royal Society. A instituição é sediada em Londres e foi fundada em 1660, sendo uma das mais antigas e renomadas do mundo.

A iniciativa visa fomentar, entre os pesquisadores em início de carreira, a parceria com instituições de ensino internacionais como forma de desenvolver pontos fortes e capacidades de pesquisa por meio de treinamento, colaboração e visitas recíprocas com um parceiro no Reino Unido.

Natalia realiza pesquisa básica sobre Astrofísica, principalmente sobre a evolução das galáxias. Jean desenvolve pesquisa aplicada sobre Segurança da Informação, em especial relacionada à certificação digital. Para ambos, o prêmio reconhece e fortalece a carreira, como também permite a colaboração entre pesquisadores, aporte financeiro, relação com o Reino Unido e o prestígio acadêmico.

Natalia Vale Asari. Foto: Ítalo Padilha

“O prêmio permite que enviemos estudantes para colaboração e experiência no exterior, a troca de conhecimento entre a UFSC e a universidade de St Andrews, além de incentivar que o pesquisador em início de carreira desenvolva a sua característica de líder. Eu, por exemplo, participarei de treinamento de liderança por meio do Programa Aurora”, revela Natalia, complementando que a conquista do prêmio representa a oportunidade da sua pesquisa ser reconhecida internacionalmente.

“É importante ter o reconhecimento deste prêmio, pois ajuda a fortalecer um laço já existente com a Inglaterra, como também proporcionar que os estudantes e o Grupo de Pesquisa tenham experiência como as que eu tive”, diz Jean, acrescentando que para a UFSC a conquista é mais uma oportunidade de projeto bilateral. “O resultado reforça o prestígio nacional que a universidade possui sobre certificação digital, agora reconhecido em nível externo”.

A parceria de Natalia começa em novembro deste ano envolvendo a pesquisadora Vivienne Wild, da Universidade de St Andrews, na Escócia. Para Jean as visitas iniciaram este ano e serão feitas em 2019 e 2020, principalmente durante o Summer School, na Universidade de Essex – Campus Colchester, na Inglaterra.

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O universo em expansão de Hawking: influências do cientista são avaliadas por professores da UFSC

03/04/2018 13:03

Neste sábado, 30 de março, foi realizado o velório de um dos mais renomados cientistas contemporâneos, Stephen Hawking. Falecido em 14 de março, o físico terá suas cinzas sepultadas na Abadia de Westminster e ficará ao lado de Isaac Newton e Charles Darwin, dois dos mais proeminentes cientistas britânicos de todos os tempos.

A deferência a Hawking não é sem motivos. Sua influência extrapolou seu campo de atuação científica e para buscar sintetizá-la, a Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) entrevistou dois professores do Departamento de Física (FSC/CFM/UFSC), Débora Peres Menezes e Roberto Kalbusch Saito, para que ambos analisassem o impacto do trabalho de Hawking.

A singularidade de Hawking

Notório e notável, Stephen Hawking, trouxe originais avanços teóricos à cosmologia e astrofísica. Débora é explícita em dizer: “para o campo da cosmologia, Hawking era o maior cientista vivo”. Além de sua grande contribuição à área, no entanto, o físico inglês ganhou relevo por sua incrível capacidade de divulgação de temas complexos como singularidade, universo primordial, buracos negros e horizonte de eventos, por exemplo. Em best-sellers mundiais, ele disseminou para iniciantes em ciências conceitos até então herméticos.

Débora afirma que “a ciência normalmente se desenvolve assim: cada um vai contribuindo com uma migalhinha. Revendo aqui e ali e, de repente, alguém aparece e dá um salto. É difícil avaliar o quanto de migalha e quanto de salto tem Hawking, mas que ele possui uma contribuição relevante é indiscutível”.

Segundo Roberto, “além de um trabalho científico de excelência, o físico teve verdadeiro brilhantismo em divulgação”. O professor ainda acrescenta que “Hawking conseguiu explicar ao público em geral o que mesmo os astrofísicos tinham dificuldade em entender”.
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Professor da UFSC constrói impressora 3D para montar laboratório de física atômica

31/08/2017 10:43

O professor do Departamento de Física da UFSC, Jorge Douglas Massayuki Kondo, construiu uma impressora 3D apenas com peças que foram fabricadas por outra impressora da Universidade. O objetivo é utilizar o equipamento para produzir peças e montar um laboratório de física atômica, chamado Lab Átomo. A ferramenta está sendo utilizada para produzir dispositivos para experimentos e outros laboratórios, em colaboração com o professor Lúcio Farenzena.

A área de pesquisa de Massayuki é física atômica molecular voltada, principalmente, ao aprisionamento e resfriamento de átomos. Este procedimento consiste em colocar os átomos dentro de uma câmara sob alto vácuo, aprisionados por uma armadilha que usa lasers e campos magnéticos, para reduzir a velocidade e deixá-los parados e frios. Ao atingir uma temperatura muito baixa é possível que eles cheguem ao chamado quinto estado da matéria, conhecido como condensado de Bose-Einstein. Este fenômeno se revela quando um grupo de átomos passa a se comportar como um “átomo gigante”.

Professor Jorge Massayuki manuseia a impressora 3D do Lab Átomo. Foto: Giovanna Olivo

O Lab Átomo já tem espaço reservado e está sendo montado aos poucos. Jorge Massayuki explica que o primeiro passo foi instalar um sistema de segurança no local, pois a sala irá armazenar lasers infravermelhos que podem ser perigosos quando em atividade. Como o laboratório ainda não está finalizado e a oficina do departamento não está em pleno funcionamento, a ideia é imprimir e montar lasers, suportes de lentes e espelhos, entre outros equipamentos, exclusivamente com a impressora 3D.
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Professor da UFSC apresenta seminário sobre física atômica experimental

26/05/2017 15:41

O seminário “Física Atômica Experimental – Desafios e Soluções o caminho entre as pedras”, ministrado pelo professor Jorge Douglas Massayuki Kondo, do Departamento de Física da UFSC, apresentou discussões sobre o planejamento de um aparato experimental e a instalação de um laboratório experimental de física atômica.

O evento foi realizado hoje, 26 de maio, e contou com dados da pesquisa feita por Kondo sobre estados atômicos de Rydberg. A pesquisa foi publicada em 2016, na revista Nature Photonics.

Impressora 3D produzida no Departamento de Física

Por fim, foi apresentada uma impressora 3D construída no Departamento de Física. O equipamento está sendo utilizado para produzir peças para outros experimentos e laboratórios, em parceria com o professor Lúcio Farenzena.

Mais informações sobre a pesquisa no site.

 

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Minicurso com convidado de Stanford inicia 5º Encontro de Física e Astronomia

20/02/2017 14:11

O 5º Encontro de Física e Astronomia teve início na manhã desta segunda-feira, 20 de fevereiro, no Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). E um dos eventos que inaugurou os trabalhos semanais foi o minicurso de Física e Empreendedorismo, ministrado em parceria por Gregório Faria e Duc Duong, convidado da Universidade de Stanford, de Palo Alto, California.

O minicurso, denominado Why Should You Become An Entrepeneur? (Por que você deve virar um empreendedor?), foi ministrado em inglês e dividido em duas partes: uma aula teórica conduzida pelos dois professores e uma dinâmica em grupo realizada depois. Os eixos temáticos do primeiro dia giraram em torno de conceitos fora da caixa do empreendedorismo, com a desmistificação de algumas afirmações, como o glamour ou a flexibilidade completa que se tem quando é um empreendedor.

O curso de Física e Empreendedorismo seguirá até esta quinta-feira, todas as manhãs às 9 horas na sala 212 do Departamento de Física. Simultaneamente, outras palestras, minicursos e seminários ocorrerão, assim como uma série de atividades durante todos os dias do 5º Encontro de Física e Astronomia.

Confira aqui a programação completa do evento.

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Departamento de Física promove workshop sobre escrita científica

05/10/2016 10:33

É professor do Instituto de Física de São Carlos, Universidade de São Paulo. Publicou cerca de 480 artigos em periódicos especializados, 15 capítulos de livros, 2 livros de divulgação científica, 1 livro sobre escrita científica em inglês, tendo submetido 7 pedidos de patentes.

O Departamento de Física da UFSC irá promover um workshop sobre a escrita científica na língua inglesa no dia 10 de outubro. O “Workshop on Scientific Writing” também irá apresentar procedimentos, quais os pontos mais relevantes a serem abordados e qual a contribuição científica do trabalho quando se escreve um artigo científico. O encontro será conduzido por Osvaldo Novais de Oliveira Júnior, do Instituto de Física São Carlos, da USP, a partir das 8h30, na sala 212, no Departamento de Física – 2º andar.

A participação dá direito a certificado de cinco horas.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-2308.

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Palestra sobre história da ciência na sala de aula movimenta Semana de Física

18/08/2016 17:15
Palestra com professor Walmir Martins, da PUC, movimentou a Semana de Física (Foto: Henrique Almeida / Agecom / UFSC)

Palestra com professor Walmir Cardoso, da PUC, movimentou a Semana de Física (Foto: Henrique Almeida / Agecom / UFSC)

A IV Semana Acadêmica de Física (SAF) recebeu na tarde desta terça-feira, 16 de agosto, o professor Walmir Cardoso, da PUC/SP, que ministrou a palestra “A história da ciência na sala de aula”. Assim como todo o restante do evento, a palestra ocorreu no Auditório do Espaço Físico Integrado (EFI).

Walmir começou a palestra com uma simples pergunta: “é possível ensinar história da ciência na educação básica?”. Prontamente, ele mesmo respondeu: “A pergunta é meio prepotente, porque ela sempre foi ensinada. O problema é que a história da ciência é feita de uma forma que se transforma quase numa fábula”. O professor ainda explicou que ela deve sim ser ensinada, mas com algum tipo de cuidado para que os elementos presentes na história da ciência não fiquem, de certa forma, ‘cristalizados’, ou seja, tomados como verdade absoluta.

“O campo da história da ciência na educação básica sempre foi renegado aos professores mais velhos, até porque eram os poucos que se interessavam pelo assunto, o que tornava o ensino, de certa forma, estagnado”, continuou Walmir. O palestrante defendeu ainda que o ensino da história da ciência precisa ser linear, progressivo e sem dar espaço a contradições, o que, segundo ele, não é o visto atualmente. “A história da ciência precisa ser dotada de personagens reais, tirando um pouco de fora dessa caixinha intocável que involuntariamente é posto”, finaliza.

O evento está ocorrendo no Auditório do Espaço Físico Integrado (Foto: Henrique Almeida / Agecom / UFSC)

O evento está ocorrendo no Auditório do Espaço Físico Integrado (Foto: Henrique Almeida / Agecom / UFSC)

A história da ciência normalmente usada fica dentro da matriz criada pela civilização ocidental, sem se permitir abrir espaço a outras culturas e, principalmente, cristalizando os personagens como ‘heróis’ ou ‘vilões’, sem permitir-se observas por perspectivas diferentes. É tomado como exemplo as narrativas histórias, onde é utilizada a metáfora do “bem sempre vencerá”, quando, na verdade, o bem ou o mal depende de contexto e interpretação. Walmir, em sua palestra, utilizou as grandes navegações como o exemplo primordial desse caso.

A palestra fez parte da IV Semana Acadêmica de Física, que se estende até esta sexta-feira, no Auditório do EFI. As informações sobre a semana podem ser conferidas aqui.

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Palestra sobre a causa das chuvas extremas em Santa Catarina ocorre nesta sexta

02/06/2016 09:35

“Chuva Extrema no litoral de Santa Catarina: climatologia e influência da orografia e evaporação do mar” é o tema do estudo que será apresentado por  Laura Rodrigues em palestra nesta sexta-feira, 3 de junho, às 10h15. O evento, promovido pelo curso de Meteorologia da UFSC, ocorrerá na sala 202 do Departamento de Física.

Resumo: Por sua hidrografia, vegetação, solo e relevo, o litoral de Santa Catarina é uma região vulnerável a eventos de inundação e movimentos de massa. Este trabalho teve como objetivo determinar as características sinóticas e físicas associadas a eventos de chuva extrema na região. A maior parte dos eventos ocorreu no verão (56%), em fevereiro. Em todos os casos verificou-se uma alta pressão no Atlântico Sul, favorecendo ventos persistentes de leste/nordeste em baixos níveis, que resulta no transporte de calor e umidade para a costa catarinense. Na maior parte dos casos, predominam sistemas semi estacionários de alta pressão no mar e de ciclone em médios níveis, no Sul do Brasil ou área continental próxima. O efeito da evaporação no mar aparece principalmente quando ocorre chuva no Litoral Norte. Mas, nesses casos, o principal efeito no aumento da precipitação, nas áreas do litoral, é aquele produzido pela interação entre orografia e evaporação no mar. O efeito da interação é ainda de reduzir a precipitação em áreas no mar e no continente, concentrando a chuva na parte litorânea.

Mais informações pelo site ou pelo telefone (48) 37213749.

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Departamento de Física realiza seminário de astrofísica nesta quarta

16/03/2016 15:59

O Departamento de Física organiza, nesta quarta-feira, 16 de março, o seminário “Pitadas de Astrofísica Moderna”, ministrado pelo professor Roberto Cid Fernandes. O evento ocorrerá as 18h30 no auditório do Departamento de Química, no Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM).

Nesta palestra será feito um passeio por descobertas da astrofísica contemporânea, de planetas fora do sistema solar e de galáxias nos confins do universo, com ênfase em como isso ocorre, além de explicar como astrofísicos se atrevem a divulgar resultados incríveis sobre objetos distantes no tempo e espaço.

As inscrições são abertas para quem quiser participar.

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Palestra apresenta aspectos científicos das mudanças climáticas globais

12/08/2015 10:44

O Ciclo de Aulas Abertas do curso de Meteorologia promove a palestra “Aspectos científicos recentes das mudanças climáticas globais”, com o professor Paulo Eduarto Artaxo Netto (TWAS e FSC/USP). O evento será realizado nesta sexta-feira, 14 de agosto, às 10h15, no auditório do Espaço Físico Integrado (EFI). A participação dá direito a certificado de 2 horas de atividades complementares.

Resumo da palestra: poucas questões científicas atualmente tem o potencial de mudanças profundas na nossa estrutura socioeconômica quanto as mudanças climáticas globais. A emissão de gases de efeito estufa devido à queima de combustíveis fósseis alteraram a composição da atmosfera terrestre e o balanço de radiação em nosso planeta. Inúmeros impactos ambientais e climáticos têm sido documentados nas últimas décadas, com previsões de alterações profundas no clima do nosso planeta nas próximas décadas. O colóquio discutirá abordagens científicas recentes que são chaves na questão das mudanças climáticas globais.

Mais informações pelo telefone (48) 3721-3749 e no site.

Folder-Artaxo

 

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