Pesquisa com egressos da pós-graduação em saúde mental da UFSC indica aumento de renda após mestrado

17/12/2025 09:26

Resultados da pesquisa realizada pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Uma pesquisa conduzida pelo Programa de Pós-Graduação em Saúde Mental e Atenção Psicossocial da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entre os egressos do mestrado, indicou que 66,7% deles tiveram aumento salarial após a conclusão da pós.

A pesquisa teve como objetivo compreender melhor o percurso dos egressos após a conclusão do curso de mestrado. O formulário foi respondido por 54 egressos, cujas respostas permitem traçar um panorama dos resultados do programa de pós-graduação.

Na atuação no SUS, os números indicam que quatro entre dez formados trabalha na atenção primária à saúde. 

Os resultados também mostram como os cargos de liderança e gestão estão distribuídos. Segundo a pesquisa, 22,2% dos participantes disseram já ter posições de gestão, enquanto a maioria, que corresponde a 77,8%, nunca teve esse tipo de função.

Entre as funções ocupadas estão chefias de unidades de saúde mental do Hospital  Universitário (HU), coordenação de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e CAPS infantojuvenil, além de cargos em serviços de saúde do servidor e gerências da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). Não são consideradas atividades acadêmicas, como coordenação de cursos ou chefias de departamento.

O levantamento também mostrou como as dissertações estão distribuídas entre as linhas de pesquisa do programa. Uma das áreas mais exploradas pelos estudantes foi a de política, sistemas, programas e serviços de saúde mental, além do tema do uso e abuso de substâncias.

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UFSC firma convênio com universidade de Shangai para intercâmbios e pesquisas

03/12/2025 20:50

Professor Werner Krauss e professor Gu Chunhua, presidente da SUEP, apertam as mãos depois de assinado o termo. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) oficializou, nesta quarta-feira, 3 de dezembro, um convênio com a Shangai University of Electric Power (SUEP), da China. A parceria abre caminho para intercâmbio de estudantes e professores, além de cooperação para desenvolvimento de pesquisas.

Representantes da universidade chinesa visitaram, nesta quarta-feira, o Campus de Florianópolis, no bairro Trindade, acompanhados de equipe da Secretaria de Relações Internacionais (Sinter). No final da manhã, a comitiva posou para fotos em frente ao mural da Reitoria e subiu ao gabinete para assinar o convênio.

O professor Werner Krauss, pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFSC, representou o reitor, e recebeu o presidente da SUEP, professor Gu Chunhua, e a comitiva chinesa. Eles assinaram o convênio e trocaram presentes no Gabinete da Reitoria. À tarde, os professores visitantes seguiram para o Centro Tecnológico (CTC), onde conheceram laboratórios. O convênio é coordenado pela professora Kátia Almeida, do Departamento de Engenharia Elétrica e Eletrônica, do Centro Tecnológico (CTC), da UFSC.
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UFSC lidera Instituto Nacional para estudo e desenvolvimento de bioprodutos

01/12/2025 11:05

Professora Débora coordena grupo que vai estudar e gerar bioprodutos de impacto para a indústria (Fotos: Gustavo Diehl)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) conta, a partir desta segunda-feira, 1 de dezembro, com uma unidade multipropósito de pesquisa com foco na sustentabilidade e na tecnologia:  o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Biofábricas. O novo INCT da UFSC terá recursos de cerca de R$ 11 milhões e envolve redes de pesquisadores formadas a partir da colaboração entre universidades, institutos de pesquisa, associações e indústrias de todas as regiões. O objetivo é desenvolver bioprodutos de interesse tecnológico e escalonamento da produção para transferência das tecnologias para o setor produtivo, cooperativas e pequenas e médias empresas na área biotecnológica.

Pelo menos 45 pesquisadores de dez instituições estão envolvidos com o primeiro workshop do grupo, que ocorre no departamento de Engenharia Química e de Alimentos. “O principal objetivo, além de formar essa rede de pesquisa que tem por objetivo consolidar nacionalmente atividades de pesquisa, extensão e formação de recursos humanos, é montar uma biofábrica, uma unidade capaz de produzir biomoléculas em um nível de produção maior, até para consolidar as pesquisas já existentes nos grupos”, explica a professora e pró-reitora de Pós-Graduação, Débora de Oliveira, que coordena o projeto.

Primeiro workshop da rede é realizado na UFSC

O INCT ainda tem, como objetivos específicos, criar mecanismos para intensificar a interação entre os seus pesquisadores, o setor produtivo e o setor público. Isso auxiliaria a UFSC a se firmar como referência nacional na área e como vetor de disseminação de informação e conhecimento técnico especializado para pesquisadores, técnicos e produtores. Para isso, o grupo pretende produzir pelo menos dez novos produtos e bioprocessos nos próximos anos.

A capacitação e a formação de especialistas, com a realização de workshops e produção e publicação de artigos, também faz parte dos objetivos do grupo, que pretende gerar até R$15 milhões em novos negócios, além de auxiliar na criação de pelo menos uma nova startup por região a partir das suas pesquisas. Para atingir os objetivos, o INCT conta com cerca de R$11 milhões em investimentos aprovados, a maior parte deles (cerca de R$5 milhões) em bolsas.

Fazem parte do INCT como colaboradores pesquisadores de universidades dos Estados Unidos, Canadá, Espanha, México, Argentina, Dinamarca, Polônia, Coreia do Sul, Índia e Paquistão. A Rede de Biotecnologia da Região Sul (Rede SulBiotec), Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI) e diferentes empresas também apoiam a articulação.

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Sepex 2025: ainda é possível aproveitar as atrações no último dia da Feira de Ciências da UFSC

22/10/2025 21:02

Até esta quinta-feira, 23 de outubro, o Centro de Eventos, em Florianópolis, terá atividades. Foto: João Hasse/Agecom/UFSC

Feira de Ciências da 22ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) chega ao último dia nesta quinta-feira, 23 de outubro. As atrações ainda ocupam o Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no bairro Trindade, em Florianópolis. A programação completa está no calendário oficial do evento.

Nesta quarta-feira, foi promovido o Festival de Cultura e Arte Indígena – Aglãg, no varandão do Centro de Cultura e Eventos, com apresentação de música e dança. Também houve batalha de rimas e outras atrações, como a Risoterapia. Já passaram pela Sepex 2025 atrações como a banda Far.Pass e o Coral do NETI-UNAPI.

Para esta quinta-feira, último dia da Feira de Ciência, a programação também conta com atrações culturais. Haverá a oficina prática de canto coletivo, às 12h, além de apresentação da Academia no Choro, no varandão do Centro de Cultura e Eventos, entre outras atrações.

O que já rolou na Sepex 2025:
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Ranking internacional mostra que UFSC tem 35 pesquisadores entre os mais influentes do mundo

15/10/2025 17:06

Ranking tem duas listas de produção científica: uma pela carreira do pesquisador outra pelo ano 2024. Foto: divulgação/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem 35 pesquisadores entre os mais influentes do mundo, considerando suas carreiras. O dado está em uma atualização do ranking internacional divulgado pela empresa holandesa Elsevier, voltada à área de publicações técnicas e científicas. A lista considera os 100 mil cientistas mais bem posicionados em critério criado para o ranking ou que tenham destaque em uma subárea específica.

O levantamento considera um índice – chamado c-score – calculado de acordo com o desempenho dos pesquisadores em número de citações, proporção de referências em publicações, entre outras métricas. São pesados no cálculo também, como forma de controle, as autocitações e as publicações formalmente desacreditadas pela comunidade científica, quando é o caso.

Produção até 2024

O ranking da Updated science-wide author databases of standardized citation indicators foi publicado em 19 de setembro. Ele traz duas listas dos pesquisadores mais influentes do mundo: uma que considera a carreira inteira do pesquisador e outra que leva em consideração apenas a produção científica de 2024. A UFSC tem 35 nomes na primeira lista e 32 pesquisadores na segunda. Há 16 pesquisadores da UFSC que aparecem em ambas as listas.

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Estudante da UFSC tem trabalho reconhecido ao analisar cooperação Sul-Norte

14/10/2025 08:41

A pesquisa A dimensão política das práticas de metrificação da cooperação para o desenvolvimento: uma análise da inclusão da dimensão Sul-Norte nos relatórios ‘Cooperação Brasileira para o Desenvolvimento Internacional’ (Cobradi) conquistou o segundo lugar no I Seminário Nacional Atores e Agendas de Política Externa, realizado na Rio de Janeiro no mês de setembro. O estudante de Relações Internacionais Bernardo Almada apresentou o estudo que tem a orientação da professora Iara Leite.

Cobradi é uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) que levanta dados sobre a cooperação entre o Brasil e outros países. Centenas de organismos públicos de todos os níveis da federação participam. O estudo premiado busca entender quais instituições podem ter influenciado a decisão de incluir a dimensão Sul-Norte nas análises.

Análises indicam que os relatórios apontam para a importância de instituições federais e programas financiados por instituições como a CAPES e a CNPQ como “ponta de lança” para a integração do Brasil nos fluxos de cooperação internacional.
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UFSC coordena pesquisa nacional para formular metodologias estaduais de promoção da saúde

30/09/2025 18:31

As oficinas são o eixo central da pesquisa, onde são discutidos conceitos da Política Nacional de Promoção da Saúde. Foto: reprodução

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lidera  a pesquisa Construção e Metodologia para a Formulação de Políticas Públicas Estaduais de Promoção da Saúde e Apoio à Implementação.

Financiada pelo Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Prevenção e Promoção da Saúde da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (DEPPROS/SAPS/MS), em parceria com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), o estudo envolve cinco estados e articula governo, academia e sociedade civil para fortalecer o Sistema Único de Saúde (SUS) a partir das realidades locais.

Sob coordenação da professora Ivonete Teresinha Schulter Buss Heidemann, do Departamento de Enfermagem da UFSC,  o projeto reúne núcleos regionais da Fiocruz Amazônia (AM), Universidade Estadual do Vale, e do Acaraú (UVA), Universidade de Brasília (UnB), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR).  Cada instituição organiza oficinas presenciais com equipes das secretarias estaduais de Saúde, gestores municipais e representantes da sociedade civil.
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Pesquisa da UFSC mostra como biblioteca impacta positivamente na qualidade das pesquisas universitárias

25/09/2025 12:19

O artigo aborda os desafios e a importância do apoio a usuários em pesquisas em bases científicas. Imagem: reprodução/Ibict

Os servidores Gisele Rosa de Oliveira, Adriana Stefani Cativelli e Antonio Carlos Picalho, da Biblioteca Universitária da Universidade Federal de Santa Catarina (BU/UFSC), transformaram em pesquisa científica a sua experiência cotidiana de orientação aos usuários da BU, mostrando como a biblioteca pode impactar positivamente na qualidade das pesquisas desenvolvidas pela comunidade acadêmica. O artigo, que discute a relevância e os desafios envolvidos no apoio à sociedade universitária durante a busca por dados acadêmicos em bases científicas, foi publicado na Revista Ciência da Informação, do Setor de Editoração Científica, Publicações Seriadas (SEDIT), do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict).

A pesquisa investiga a organização dos serviços de orientação, destacando práticas bem-sucedidas e as principais necessidades dos pesquisadores no uso de bases de dados científicas. Além disso, analisa as competências dos profissionais envolvidos, os métodos aplicados e o impacto da orientação e da mediação personalizada na qualidade da produção científica. O Ibict reconheceu a produção da UFSC como “uma referência importante para a estruturação de serviços semelhantes em outras instituições” e recomendou que “pesquisadores e a sociedade reflitam sobre a implementação das ideias apresentadas no estudo, transformando-as em ações concretas voltadas ao fortalecimento da pesquisa científica”.
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Crianças brasileiras atingem puberdade e crescem mais cedo que americanas e europeias, indica estudo da UFSC

18/09/2025 11:21

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um estudo realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apontou que as crianças brasileiras tendem a entrar mais cedo na puberdade e experimentar de forma mais precoce os picos de crescimento pubertário em comparação a crianças do hemisfério Norte do globo.

O artigo, publicado em agosto no American Journal of Human Biology, sugere que as descobertas podem contribuir significativamente no acompanhamento do desenvolvimento infantil em áreas como o esporte, a educação e a pediatria.

A pesquisa analisou dados longitudinais de estatura de 398 crianças — 197 meninas e 201 meninos — com idades entre 6 e 19 anos do Colégio de Aplicação (CA) da UFSC, em Florianópolis, ao longo de 13 anos, entre 1997 e 2010, a fim de descrever as curvas de velocidade de crescimento durante a puberdade em jovens do Brasil.

Os dados foram recuperados por iniciativa de professores do Centro de Desportos (CDS) da UFSC, em colaboração com professores de Educação Física do CA, e já haviam sido utilizados para análises parciais, que resultaram em pelo menos uma dissertação de mestrado. Até o momento, contudo, um estudo mais aprofundado, considerando todos os dados disponíveis, não havia sido realizado.

A análise das informações recuperadas faz parte do doutorado em Educação Física de Luciano Galvão, que, sob orientação do professor Humberto Carvalho, buscou organizar dados longitudinais de crescimento infantil específicos do Brasil para compreender e interpretar seus impactos na formação física de atletas juvenis no país. A pesquisa também contou com a participação de Fábio Karasiak, Victor Conceição e Diego Augusto Santos Silva.

Conforme o estudo, a idade média para o início da puberdade (pubertal takeoff) em meninas foi de 8,41 anos e em meninos, 11,19 anos. Já a idade média em que as crianças atingiram o pico da velocidade de crescimento (APHV, Age at Peak Height Velocity), o popular “estirão”, foi aos 11,30 anos para as meninas e aos 13,55 anos para os meninos.

Os números indicam que a faixa etária em que as crianças brasileiras atingiram a APHV foi ligeiramente mais precoce do que as relatadas em estudos longitudinais clássicos do século XX, como nos estudos de Fels (Estados Unidos), Harpenden (Inglaterra) e Leuven (Bélgica), que tipicamente situavam a idade de pico entre 11,4 e 12,2 anos em meninas e entre 13,4 e 14,4 anos em meninos.

“Não existem dados e estudos longitudinais tão específicos e completos no Brasil. Sempre chamou a atenção essa ideia de conseguir conflitar os valores que encontramos com os valores que são bastante difundidos e trabalhados no hemisfério Norte, no caso, na Europa e na América do Norte. Nesse sentido, estamos fazendo esse trabalho, visando comparar e trazer dados brasileiros”, explica Luciano.

As descobertas da UFSC também se alinharam com o estudo de larga escala Avon Longitudinal Study of Parents and Children (ALSPAC), iniciado nos anos 1990, na Universidade de Bristol, na Inglaterra. Contemporâneo aos dados brasileiros, o ALSPAC estimou a idade de pico de crescimento em 11,7 anos para meninas e 13,5 anos para meninos.

De forma semelhante, os valores estimados de velocidade média durante o pico de crescimento (PHV) foram modestamente menores do que os de estudos históricos e do ALSPAC. De acordo com os pesquisadores, isso reforça a ideia da tendência secular do crescimento mais precoce durante a puberdade em crianças de todo o mundo, provavelmente influenciada por melhorias na nutrição, saúde e condições de vida.

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Pesquisa da UFSC investiga se exercício físico de treinamento intervalado pode melhorar saúde do cérebro

12/09/2025 10:11

Pesquisadores buscam mulheres e homens entre 45 e 64 anos como voluntários para a pesquisa. Foto: Divulgação/PPGNeuro/UFSC

Um projeto de pesquisa vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Neurociências (PPGNeuro) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pretende investigar a saúde do cérebro em pessoas com pressão alta. O objetivo é avaliar se o treinamento intervalado de alta intensidade (HIIT, na sigla em inglês), que é um método de exercício que alterna períodos de esforço intenso com recuperação, pode melhorar a função cognitiva (memória, atenção, raciocínio, etc) de pessoas com hipertensão.

Segundo o professor Guilherme Fleury Fina Speretta, que orienta a pesquisa, a hipertensão, que atinge cerca de 1 bilhão de pessoas no mundo, além de aumentar o risco de doenças do coração, também pode acelerar perdas na função cognitiva, especialmente quando começa cedo (antes dos 55 anos), aumentando o risco de demência. O estudo é de autoria da doutoranda Jessica Martins, do PPGNeuro/UFSC.

“Com a pesquisa, esperamos descobrir se o HIIT pode ser uma alternativa simples e acessível para melhorar a saúde do cérebro de pessoas com hipertensão e ajudar na prevenção de complicações futuras”, explica o professor Guilherme.

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Mestranda da UFSC recebe prêmio de melhor monografia em Direitos Humanos com trabalho sobre poliafetividade

05/09/2025 11:01

Egressa e mestranda em Direito pela UFSC, Catherine Oliveira Araujo. Foto: reprodução/acervo pessoal

Catherine Oliveira Araujo, mestranda do Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) e egressa do curso de Direito da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), conquistou o primeiro lugar no Prêmio Jurista Dora Lúcia de Lima Faye, concurso de monografias catarinenses em Direitos Humanos organizado pelo Centro Universitário Cesusc (Unicesusc). A premiação ocorreu na quarta-feira, 3 de setembro, durante o evento Gentes – Direitos Humanos e Interseccionalidades, organizado pela doutoranda do PPGD/UFSC Gabriela Jacinto Barbosa.

Com o título O tratamento jurídico da poliafetividade no Brasil: um estudo comparativo com a evolução legal da conjugalidade homoafetiva, a monografia de Catherine aborda as intermediações entre o Direito e a poliafetividade, buscando demonstrar a existência de um modus operandi na resistência para o reconhecimento de famílias dissidentes, considerando os papéis de gênero e sexualidade. A pesquisa foi orientada pela professora Renata Raupp Gomes e coorientada pelo professor Diego Nunes, seu orientador no mestrado. Dentre os prêmios, está a publicação do trabalho como livro, no formato e-book.
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UFSC integra Grupo de Trabalho que propõe marco regulatório para pesquisas com cannabis no país

21/08/2025 18:24

Cultivo de cannabis em área externa no Campus da UFSC em Curitibanos. Fotos: Luís Carlos Ferrari/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) integrou o Grupo de Trabalho de Regulamentação Científica da Cannabis, que reuniu especialistas de 31 instituições acadêmicas e de pesquisa do Brasil e elaborou uma Nota Técnica com subsídios e propostas para a criação de um marco regulatório abrangente para as pesquisas relacionadas à cannabis.

Os representantes da UFSC foram o pró-reitor de Pesquisa e Inovação, professor Jacques Mick, e a diretora do Centro de Ciências Agrárias (CCA), professora Marlene Grade. O resultado do trabalho do GT foi encaminhado ao Ministério da Saúde e à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

No documento, os pesquisadores relatam que, a despeito do grande potencial, vários fatores limitam o desenvolvimento das pesquisas com Cannabis sativa L no Brasil. O grupo se dedicou a identificar, mapear e sistematizar esses obstáculos, propondo soluções para os principais gargalos e trazendo subsídios para a elaboração de um marco regulatório.

Consulta a 132 pesquisadores

Para realizar este mapeamento, os integrantes do GT fizeram uma consulta entre as instituições participantes: universidades federais e estaduais, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). No total, 132 pesquisadores responderam à consulta, identificando 481 problemas ou entraves para a realização de pesquisa com cannabis. Esses problemas foram analisados, agrupados e categorizados em sete eixos temáticos.
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Grupo da UFSC cria IA que facilita acordos de conciliação em ações contra companhias aéreas

20/08/2025 13:50

Com uma base de dados com cerca de 1,8 mil sentenças, a ferramenta de uso gratuito desenvolvida na UFSC é capaz de “prever” os valores indenizatórios das ações de conciliação. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Você já viajou de avião, perdeu seu voo devido a atrasos da companhia aérea e acabou não comparecendo a um evento importante? Ou já teve sua mala extraviada durante a viagem? No Brasil, casos como esses, que podem configurar ações cíveis de danos morais ou materiais na esfera judicial, são muito comuns. 

Segundo a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear), o Brasil concentra 98,5% de todas as ações judiciais contra companhias aéreas no mundo. O levantamento publicado pela Abear em 2024 aponta que, em média, a cada um (1,04) voo são registradas duas ações no setor no país. Em comparação, nos Estados Unidos, por exemplo, os mesmos dois processos são registrados a cada 5,17 mil voos.

Com base nesse cenário, que gera transtornos ao setor aéreo e à Justiça brasileira, o grupo de pesquisa Governo Eletrônico, Inclusão Digital e Sociedade do Conhecimento (Egov) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) desenvolveu a Concil-IA, uma inteligência artificial (IA) que facilita os processos de conciliação entre consumidores e empresas aéreas em casos de danos morais e materiais.
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Estudo da UFSC alerta para más condições de transporte de animais exportados pelo Brasil

11/08/2025 16:43

Professora Letícia durante evento em Oxford, na Inglaterra. Foro: Arquivo Pessoal

Mais de 80 mil animais foram exportados do Brasil em 2021. Em 90% dos casos, entre 2015 e 2021, as embarcações responsáveis pelo transporte sequer foram construídas com essa finalidade. Além disso, mais da metade dessa frota tem mais de 30 anos. Os números estão reunidos em uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresentada no início do mês na Universidade de Oxford, na Inglaterra, durante evento sobre ética animal.

“Além do confinamento cruel, o transporte marítimo desses animais contribui com a poluição dos oceanos, com as emissões de gases de efeito estufa e com injustiças climáticas, afetando desproporcionalmente comunidades vulneráveis”, informa o resumo da pesquisa, intitulada Confinement in Live Animal Exports: A Brazilian Case Study.

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UFSC participa de estudo nacional inédito de saúde mental com 50 universidades públicas do país

08/08/2025 17:26

O Brasil iniciou em 2025, de forma inédita, o seu primeiro Estudo Nacional de Saúde Mental nas Universidades (Enasam-U). Neste mês, a pesquisa acontece na região sul do país, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ao todo, o estudo abrange estudantes e servidores de 50 universidades públicas de todo o Brasil, com idades entre 18 e 75 anos, e tem como lema Por uma comunidade acadêmica saudável.

A pesquisa busca compreender os efeitos e os desafios de saúde mental enfrentados nas universidades para direcionar esforços na construção de uma universidade mais acolhedora, inclusiva e produtiva. Para isso, os pesquisadores irão coletar informações detalhadas em dois momentos: primeiro com o envio de um questionário on-line para estudantes e servidores selecionados por sorteio aleatório; segundo momento de entrevistas diagnósticas por telessaúde para avaliação da saúde mental.

A investigação tem na coordenação nacional o pró-reitor de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Flávio Kapczinski, que enfatiza a importância de compreender a realidade da saúde mental nas universidades. “Conhecer esse cenário nos permitirá ter um panorama representativo da realidade brasileira, o que certamente apoiará no redirecionamento de políticas públicas no campo da Saúde Mental, em âmbito regional e nacional”, explica ele.

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Estudo da UFSC investiga quanto a Yoga pode ajudar no tratamento da hipertensão arterial

04/08/2025 16:20

Quanto a Yoga pode ajudar no tratamento da hipertensão arterial, provendo melhorias na saúde cardiovascular, saúde mental e cognitiva? Com essa questão, o Programa de Pós-Graduação em Educação Física (PPGEF) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está conduzindo a pesquisa Efeito de Treinamento de Yoga sobre Parâmetros Cardiovasculares, Autonômicos, de Saúde Mental e Cognitiva em Hipertensos: um Ensaio Clínico Randomizado e Controlado (Hypertension and Yoga – HY Study). A pesquisa busca agora voluntários.

“Estudos apontam que a Yoga, por ser uma modalidade não convencional, possa auxiliar na aderência dos hipertensos à prática de exercícios físicos, promovendo melhorias no controle da pressão arterial, bem-estar, qualidade de vida, diminuição da ansiedade, entre outros aspectos”, explica a doutoranda Maria Eduarda de Moraes Sirydakis, autora do projeto com a professora Aline Mendes Gerage.

Pesquisa abrange avalições de voluntários

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Pesquisa da UFSC cria nova roda sensorial para cervejas e outras bebidas lupuladas

28/07/2025 08:20

Foram necessário dois anos de pesquisa aplicada para produzir os resultados. Foto: Divulgação/UFSC

Quais sabores você sente ao tomar um chope? Saberia descrevê-los? Há cerca de 50 anos, a indústria de cervejas vinha trabalhando com o mesmo método e vocabulário. Agora surge uma alternativa atualizada graças a uma pesquisa liderada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O projeto desenvolveu uma nova roda sensorial com descritores técnicos e atualizados para produtos lupulados, incluindo cervejas artesanais, IPAs, chás e kombuchas. Na prática, é uma ferramenta para produtores, sommeliers, pesquisadores e avaliadores sensoriais disponibilizada em e-book gratuito.

“A nova roda sensorial do lúpulo representa um avanço significativo, sendo a primeira ferramenta sensorial brasileira construída com embasamento científico, acadêmico e técnico desde 1970. Seu diferencial está em traduzir esses compostos em descritores perceptíveis, como maracujá, resina, chá verde e casca de laranja, mais facilmente reconhecidos por cervejeiros, sommeliers e consumidores”, explica Amanda Felipe Reitenbach, estudante da pós-graduação que liderou a pesquisa na UFSC.

Dessa forma, a nova roda sensorial é também mais inclusiva e adaptada ao cenário atual da indústria brasileira, que conta com uma variedade crescente de estilos e ingredientes, conforme Amanda.

Marca registrada em coautoria

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Pesquisa da UFSC que investiga comportamento leitor em meio digital recruta voluntários

02/06/2025 16:06

A pesquisa Siga meus olhos: vídeos modelo e o desenvolvimento de competências para a leitura digital, desenvolvida no Laboratório da Linguagem e Processos Congnitivos (LabLing) do Centro de Comunicação e Expressão da Universidade Federal de Santa Catarina (CCE/UFSC), recruta voluntários para coleta de dados. O estudo tem como objetivo avançar na investigação do efeito de vídeos instrucionais na navegação, avaliação e compreensão integrada a partir da leitura de páginas web entre jovens adultos por meio de rastreamento ocular.

“Ferramentas de pesquisa para busca de informações fazem parte de nossa rotina, seja para consultar a biografia de uma personalidade, seja para sanar dúvida relacionada à saúde, seja para fins de aprendizagem. No entanto, o conteúdo publicado na internet não passa por filtros de qualidade (como revisões editoriais, por exemplo): os resultados da busca privilegiam resumos gerados por inteligência artificial, anúncios pagos e sites de maior acesso. Como a veracidade das informações não é o critério para classificar os resultados da busca, o(a) leitor(a) precisa desenvolver competências digitais para filtrar a confiabilidade desses conteúdos”, relatam os pesquisadores responsáveis pelo estudo.

Dentre as competências digitais, destacam-se a navegação entre os resultados de uma busca, a avaliação da confiabilidade das fontes e do conteúdo e a capacidade de se construir uma representação integrada dessas fontes. A pesquisa, assim como estudos anteriores, demonstrou que essas competências podem ser desenvolvidas por meio de instrução com vídeos modelo.

Dentre os benefícios decorrentes da participação, o voluntário terá a chance de analisar seu comportamento leitor em meio digital. Além disso, o vídeo mostra algumas estratégias necessárias ao navegar pelos resultados de uma ferramenta de busca e avaliar a confiabilidade das fontes e do conteúdo on-line. Conforme a pesquisa, essas estratégias podem ser úteis na vida acadêmica e pessoal.

O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres Humanos da UFSC. A coleta de dados é realizada de forma presencial e individual no LabLing (sala 513, 5º andar, bloco B, CCE), em dia e horário agendados.

Para conferir mais informações e se inscrever, acesse o formulário on-line.

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Ranking CWUR 2025 mantém UFSC entre as melhores universidades brasileiras

02/06/2025 07:53

Foto: Maria Isabel Miranda/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi classificada em 13º lugar entre as universidades da América Latina e Caribe, e em nono lugar entre as universidades brasileiras. Entre as federais, a UFSC está em 5º lugar. É o que aponta a edição 2025 do ranking Global 2000, elaborado pelo Center for World University Rankings (CWUR).

Segundo o ranking, a UFSC está entre as 3,4% melhores universidades do mundo.  Foram avaliadas 21.462 instituições em todo o planeta, em uma lista que coloca a UFSC na 727ª posição global. A lista completa foi divulgada nesta segunda-feira, 2 de junho, no site do CWUR: cwur.org/2025.

Além de ranquear as universidades geograficamente, o CWUR faz uma lista das instituições com a melhor empregabilidade, dentre as quais a UFSC ficou com o 1.314º lugar mundial. Na Pesquisa, o ranking coloca a UFSC em 693º lugar.

Veja abaixo a lista das 10 instituições brasileiras melhores colocadas no ranking CWUR 2025

1º Universidade de São Paulo (USP)
2º Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
3º Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)
4º Universidade Estadual Paulista (Unesp)
5º Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
6º Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)
7º Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)
8º Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)
9º Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
10º Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Sobre o Ranking

O Center for World University Rankings (CWUR) tem sede na Arábia Saudita e é uma organização de consultoria que fornece aconselhamento político, insights estratégicos e serviços de consultoria a governos e universidades para melhorar os resultados educacionais e de pesquisa. A CWUR publica classificações universitárias globais com um ranking anual que utiliza dados de desempenho acadêmico, empregabilidade de ex-alunos, qualificação do corpo docente e produção científica. A metodologia da edição 2025 levou em consideração 74 milhões de dados para classificar as instituições. Saiba mais em cwur.org/2025.

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Tese desenvolvida na UFSC sobre formação de intérpretes de Libras-Português vence prêmio

07/05/2025 10:56

À esquerda, a orientadora Maria Lucia, no meio, Tiago Coimbra, e a direita, a professora Silvana Aguiar, coorientadora da tese. Foto: arquivo pessoal

A tese intitulada Interpretação em equipe no contexto de conferência: perfil profissional para formação de intérpretes de Libras-Português, realizada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi vencedora do prêmio da Associação Brasileira de Pesquisadores em Tradução (Abrapt), em março deste ano. A pesquisa teve origem com a tese de doutorado de Tiago Coimbra, que é egresso do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Tradução (PGET) da UFSC, e destacou-se por sua abordagem de trabalho em equipe em contexto de conferência. 

A pesquisa combinou rigor metodológico com uma proposta formativa baseada em competências e aprendizagem situada. A professora Maria Lúcia Vasconcellos, orientadora de Tiago em sua pesquisa, salienta que esta abordagem é particularmente relevante por preencher uma lacuna na formação de intérpretes de Libras-Português e por contribuir para a acessibilidade linguística em eventos acadêmicos e institucionais, alinhando-se às políticas de inclusão de pessoas surdas. 

Para desenvolver a pesquisa, foi mapeada a literatura acadêmica sobre interpretação em equipe; revisadas as diretrizes de associações profissionais da área; e foram pesquisadas as crenças de intérpretes experientes de conferência que atuam com línguas de sinais.

As diretrizes utilizadas na pesquisa foram trazidas da Associação Internacional de Intérpretes de Conferência (AIIC), da Associação Profissional de Intérpretes de Conferência (APIC) e da Federação Brasileira das Associações de Profissionais Tradutores e Intérpretes e Guia-Intérpretes de Língua de Sinais (Febrapils).

A análise comparativa dessas fontes permitiu a identificação de dez competências essenciais para a interpretação em equipe, incluindo cinco transversais e cinco específicas, distribuídas entre as fases de pré-conferência, interpretação e pós-conferência.

Com base nesses resultados, a pesquisa propõe um Plano de Ensino estruturado em seis Unidades Didáticas (UDs), visando o desenvolvimento de competências por meio de “tarefas de interpretação” e projetos de interpretação em contextos reais. Esse material didático busca preparar intérpretes para enfrentar os desafios específicos da atuação em equipe em interpretação de conferências, promovendo maior acessibilidade linguística em eventos acadêmicos e institucionais.
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Projeto do curso de Nutrição convida estudantes a participarem de pesquisa sobre habilidades culinárias 

25/04/2025 11:51

A pesquisa “Nutrição é na Cozinha!” é um  projeto do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que avalia aspectos relacionados às habilidades culinárias, à qualidade da dieta, ao estresse percebido, à insegurança alimentar e à atividade física entre estudantes universitários. A pesquisa é coordenada pela professora Manuela Mika Jomori, do Departamento e Programa de Pós-graduação em Nutrição (PPGN/UFSC), e conta com a participação de alunos de graduação e pós-graduação. Os interessados em participar devem preencher o formulário.

A pesquisa “Nutrição É na Cozinha!” faz parte de um projeto que investiga estudantes de graduação de 11 universidades públicas brasileiras. Não existe atualmente políticas de promoção da saúde específicas para estudantes universitários no Brasil, embora essa população enfrente grande dificuldade para preparar suas refeições em casa. Entre os desafios estão a falta de tempo, de dinheiro, de estrutura e o fácil acesso a alimentos ultraprocessados, que são mais baratos em comparação aos alimentos frescos, e também mais práticos de serem consumidos, apesar de serem prejudiciais à saúde.

Desde 2020, a pesquisa avalia as habilidades culinárias dos estudantes. Inicialmente, quatro universidades participaram, no período da pandemia. Em 2025, o número de universidades participantes foi ampliado para 11. Nesta 2ª edição do projeto, já aprovada pelo Comitê de Ética da UFSC, a coleta de dados teve início no primeiro semestre de 2025. Os resultados da pesquisa poderão ajudar no desenvolvimento de estratégias para a melhoria da alimentação e do bem-estar da comunidade universitária.

Os estudantes voluntários que participarem da pesquisa concorrem a uma vaga em um curso de nutrição e culinária que será oferecido pelo projeto no segundo semestre letivo. Para participar, acesse o formulário.

Mais informações pelo e-mail nutricaoenacozinha@gmail.com ou pelo Instagram @nutricaoenacozinha.

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UFSC inaugura laboratório virtual com supercomputador para desenvolvimento de IA

23/04/2025 14:40

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) inaugurou na manhã desta quarta-feira, 23 de abril, o Laboratório Virtual de Ensino, Extensão e Pesquisa (VLAB@UFSC). Equipado com o DGX H100, uma plataforma computacional que acelera o desenvolvimento de técnicas e aplicações de Inteligência Artificial (IA), o laboratório tem como objetivo impulsionar pesquisas em diversas áreas do conhecimento, fomentar o ensino computacional na educação básica e superior, e apoiar projetos de extensão.

Com um financiamento de R$ 2,2 milhões da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado de Santa Catarina (Fapesc), a criação do VLAB@UFSC foi apoiada pelo Brazilian Research Institute on Digital Convergence (INCoD), a Versatus HP e a Nvidia, empresa responsável pelo desenvolvimento do DGX H100.

O evento de inauguração ocorreu na Sala dos Conselhos da Reitoria I do Campus de Florianópolis, no bairro Trindade, e contou com a presença do pró-reitor de Pesquisa e Inovação da UFSC, Jacques Mick, do pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Sérgio Pezzin, do presidente da Fapesc, Fábio Wagner Pinto, do diretor de vendas da Nvidia, Fábio Alves, do diretor comercial da Versatus, Eiji Kawahira, e outras autoridades.
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Pesquisa da UFSC procura voluntários com obesidade para acompanhamento nutricional e testes

11/04/2025 15:29

Uma pesquisa desenvolvida nos Programas de Pós-Graduação em Neurociência (PPGNeuro) e Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) que busca relacionar impactos da obesidade à memória está selecionando pessoas com obesidade para participação voluntária. O estudo tem como objetivo avaliar os efeitos de uma dieta com restrição calórica na perda de peso e nas funções de memória em adultos com obesidade. Para isso, os participantes receberão, de forma gratuita, um plano alimentar personalizado, orientações nutricionais especializadas e um exame detalhado da sua composição corporal.

A pesquisa integra o projeto de tese de doutorado da estudante Clarice Mariano Fernandes, intitulado Avaliação da neuroplasticidade hipocampal adulta na obesidade: impactos cognitivos e bioquímicos de um protocolo de restrição calórica, um ensaio clínico randomizado. As pesquisadoras utilizam evidências difundidas na literatura científica de que dietas com restrição calórica podem melhorar a memória e outras funções cognitivas.

Podem se inscrever homens e mulheres entre 21 e 51 anos que possuam obesidade, definida por um Índice de Massa Corporal (IMC) igual ou superior à 30 kg/m. O IMC é calculado a partir da divisão do peso atual pela altura ao quadrado: [peso ÷ (altura)²]. Para participar, também deve-se ser alfabetizado, não ter realizado cirurgia bariátrica, não estar grávida ou amamentando e possuir disponibilidade para estar presencialmente na UFSC em encontros pré-agendados.

Após a seleção dos inscritos, a coleta de dados se dará em dois momentos, de forma presencial, na UFSC. Primeiro, será realizado um exercício de memória e coleta de dados de composição corporal e sangue. Após as coletas, será ofertado o acompanhamento nutricional, supervisionado por nutricionais ao longo de 12 semanas, que será realizado quinzenalmente de modo presencial, também na UFSC. As datas e locais de encontro serão repassados diretamente aos inscritos.

Para realizar a inscrição na pesquisa, acesse o formulário on-line.

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Camundongos criam mapas mentais, como humanos, revela estudo integrado pela UFSC

24/03/2025 11:19

Camundongos testados pelo estudo foram capazes de criar mapas mentais sem utilizar referências visuais. Foto: Reprodução/Getty Images

Você já tentou andar no escuro e, mesmo sem enxergar, conseguiu se localizar? Isso acontece porque o cérebro humano é capaz de calcular onde estamos com base nos nossos próprios movimentos, sem depender de pontos de referência visuais, como placas ou prédios.

Um estudo integrado pelo professor Maurício Girardi Schappo, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), revelou, por meio de testes experimentais, que, assim como os humanos, os camundongos são capazes de criar mapas mentais sem utilizar referências visuais. 

Segundo o periódico internacional da área de biologia eLife, em que a pesquisa foi publicada em novembro de 2024, o registro da capacidade dos animais de construir mapas cognitivos é “algo raramente, ou nunca, relatado fora da literatura sobre seres humanos”. A revista ainda classificou o trabalho como “fundamental” para o avanço de campos como biologia, neurociência e psicologia cognitiva.

O estudo foi desenvolvido em colaboração com pesquisadores Leonard Maler, André Longtin e Jean-Claude Béïque, e com a aluna de doutorado Jiayun Xu, do Center for Neural Dynamics and Artificial Intelligence da Universidade de Ottawa, no Canadá.

Segundo o professor Schappo, a descoberta contribui para a quebra da premissa de que os humanos ocupam uma “uma posição privilegiada” tanto dentro do universo, quanto dentre as diferentes espécies de animais. “Há séculos, a ciência vem desconstruindo essa ideia, mas nas últimas décadas começamos a ter melhores ferramentas para desconstruí-la”, diz.

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Mulheres negras recebem menos no trabalho por conta própria, aponta pesquisa da UFSC

18/03/2025 11:45

A pessoa chamada “empreendedora” é, muitas vezes, dotada de um título carregado de pompa no Brasil. Mas a quem o termo se aplica? Um em cada cinco brasileiros ativos no mercado trabalha por conta própria. São 21,5 milhões de pessoas atuando como cabeleireira, motorista de caminhão, vendedora de porta em porta, engenheiro, mecânico, psicóloga, entre outras ocupações. Mas se todos são unidos pelo selo de “empreendedores”, são também separados por desigualdades: as mulheres negras são as menos favorecidas.

Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o apoio do Ministério de Igualdade Racial (MIR) e em parceria com a Rede Brasil Afroempreendedor (Reafro) resultou em uma cartilha que não só mostra a realidade daqueles que vivem como trabalhadores autônomos, Microempreendedores Individuais (MEIs), “PJs”, informais e outros, mas pretende ser um guia para embasar políticas públicas que reduzam injustiças.

Em síntese, segundo a cartilha, os dados mostram que “desigualdades de gênero, raça e classe influenciam diretamente na distribuição de renda no trabalho por conta própria: pessoas negras e em particular mulheres negras são mais presentes nas faixas de renda mais baixas, enquanto brancos, e sobretudo homens, prevalecem nas faixas mais altas”.
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