UFSC na mídia: estudo encontra resquício de cocaína em espécie de tubarão da costa brasileira

23/07/2024 18:04

O tubarão mede em média 52 centímetros de comprimento e pesa menos que o equivalente a um litro de leite. Foto: Getty Images

Um estudo realizado por uma parceria de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com a Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Fundação Oswaldo Cruz e a seção Seção Laboratorial Avançada (SLAV/SC) do Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-RS) encontrou resquício de cocaína e benzoilecgonina em 13 tubarões-bico-fino (Rhizoprionodon lalandii), no litoral do Rio de Janeiro.

O caso foi publicado neste mês no periódico Science of the Total Environment e recentemente ganhou destaque na imprensa nacional e internacional. A professora Silvani Verruck e o estudante de pós-graduação Luan Valdemiro Alves de Oliveira, pesquisadores do Departamento de Ciência e Tecnologia de Alimentos da UFSC, fizeram parte do estudo. O professor externo da Pós-Graduação da UFSC Rodrigo Barcellos Hoff, também participou pela SLAV/SC.

Como divulgado pelo O Globo, a equipe do estudo comprou 13 tubarões de embarcações de pesca. Após dissecar os animais, foram realizados testes no tecido de músculo e do fígado utilizando o método cromatografia líquida acoplada à espectrometria de massas. Todas as amostras testaram positivo para cocaína e apresentaram uma concentração 100 vezes maior do que em outros animais aquáticos. De acordo com o estudo, 92% das amostras também acusou benzoilecgonina, um metabólito da cocaína ou do chá de coca. 

De acordo com a revista Science, os pesquisadores estavam curiosos com a possibilidade de os tubarões estarem expostos à droga.  A espécie foi escolhida e capturada no Rio de Janeiro, pela proximidade de zonas costeiras. O tubarão tem mais chance de absorver a droga, seja pela água, seja pelos peixes que come. 
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‘Pioneira’: emoção marca formatura da primeira turma de Medicina da UFSC Araranguá

21/07/2024 01:01

Formandas e formandos lançaram os capelos para cima ao final de cerimônia. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

As pessoas que lotavam o Centro de Eventos Multiuso de Araranguá, no sul do Estado, contaram de forma regressiva em coro: 5… 4… 3… 2… 1… Os capelos, aqueles tradicionais chapéus utilizados por formandas e formandos, foram lançados ao ar na mais tradicional comemoração de encerramento de uma cerimônia de colação de grau. Apesar de o gesto ser usual, essa celebração foi inédita. Já era perto das 21h30 quando o reitor, Irineu Manoel de Souza, deu por concluída a formatura da primeira turma do curso de Medicina do Campus de Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), na sexta-feira, 19 de julho. As lágrimas não faltaram para ninguém.

>>> Veja fotos galeria de fotos no final desta matéria

Nessa noite, 46 estudantes da UFSC tornaram-se profissionais da saúde, por um curso criado junto ao projeto de expansão das faculdades de Medicina proposto pelo Mais Médicos. De toda a turma, 25 ingressaram na Universidade por políticas de Ações Afirmativas. Todos fizeram história na sexta-feira como os primeiros a colar grau no curso de Medicina da UFSC Araranguá. Por isso, vários discursos – quer dos estudantes quer dos professores – chamaram a turma por seu apelido “Pioneira”, ainda que exista um nome oficial. A turma foi batizada em homenagem a uma estudante que não teve a chance de se formar. Priscila Carniel faleceu em 2022, aos 28 anos, quando cursava a 7ª fase de Medicina em Araranguá. Foi vítimas de uma cardiopatia.

>>> Assista à cerimônia completa no canal do YouTube da UFSC Araranguá.

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Futebol masculino da UFSC é tricampeão dos Jogos Universitários Catarinenses

18/07/2024 10:53

Nos últimos oito anos, a UFSC conquistou três vezes o título do JUCs nessa modalidade. Foto: Divulgação

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi campeã na modalidade futebol de campo masculino na 67ª edição dos Jogos Universitários Catarinenses (JUCs) na segunda-feira, 15 de julho. A UFSC conquistou, pela terceira vez, o título do JUCs nessa modalidade nos últimos oito anos. A campanha da Universidade na competição somou quatro vitórias, sendo duas na fase classificatória (UFSC 2 x 0 Univali, UFSC 1 x 0 Udesc), uma na semifinal (UFSC 2 x 1 Unesc) e a última na final, novamente contra a Udesc, por 2 a 0.

Além do título, o time da UFSC teve o melhor ataque e a melhor defesa na competição, com 7 gols marcados e apenas 1 gol sofrido. Nesta edição do JUCs, a equipe teve a participação de acadêmicos de 11 diferentes cursos da instituição: Medicina, Letras, Engenharia de Controle e Automação, Educação Física Bacharelado, Educação Física Licenciatura, Administração, Engenharia Sanitária e Ambiental, Engenharia Civil, Ciências Econômicas, Ciências Biológicas e Direito.

A comissão técnica é formada pelo coordenador técnico, professor Juliano Fernandes, e os acadêmicos Bruno Bento Bernardes, como treinador, e Eliezer Firmiano, com a função de auxiliar técnico, ambos estudantes do curso de Educação Física. A equipe também teve suporte na competição dos acadêmicos do curso de Fisioterapia, do campus da UFSC em Araranguá, e de um acadêmico da pós-graduação na função de supervisor.
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Presença do Brasil na Antártica completa 40 anos com apresentação das contribuições da UFSC

17/07/2024 07:50

Navio brasileiro Barão de Teffé participou das primeiras expedições à Antártica. Foto: Divulgação/Marinha do Brasil

Há 40 anos, o Brasil estabelecia sua base de pesquisa na Antártica, o continente gelado mais ao sul do mundo. Em fevereiro de 1984, iniciava-se a implantação da Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), inaugurando desafios ímpares para os exploradores do território inóspito, bem como para a ciência nacional. Essa história será lembrada no simpósio 40 anos do Brasil na Antártica, promovido pela Associação de Pesquisadores e Educadores em Início de Carreira sobre o Mar e os Polos (APECS-Brasil) e pela Escola Superior de Defesa (ESD) do Ministério da Defesa, com o apoio da Association of Polar Early Career Scientists (APECS). O evento começa nesta quarta-feira, 17 de julho, na ESD, em Brasília (DF). A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participará mostrando 10 anos de contribuição de pesquisas relacionadas à Antártica, com seis mulheres cientistas ligadas à Universidade entre todos os palestrantes.

 Muitas das contribuição da UFSC à pesquisa e à exploração do continente gelado são nas áreas de psicologia, saúde e segurança. Nesse sentido, o Laboratório Fator Humano, do Centro de Filosofia e Ciência Humanas (CFH), é pioneiro. “Esse é o primeiro laboratório nacional com temas em psicologia, anteriormente um projeto de medicina também incorporou aspectos psicológicos. O trabalho iniciou com a proposta de reproduzir estudos internacionais, focando na questão dos estressores, com um artigo escrito nessa direção de mapeamento. Posteriormente, avançamos com questionamentos sobre a qualidade do sono até chegarmos a um modelo conceitual de comportamento seguro, que foi a base para o desenvolvimento de um sistema na forma de programa de atenção à saúde e à segurança”, explica o professor Roberto Moraes Cruz, coordenador do Laboratório Fator Humano.

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Universidade Aberta para Pessoas Idosas divulga atividades de extensão para público acima de 50

15/07/2024 16:25

Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

A Universidade Aberta para as Pessoas Idosas (NETI-UNAPI) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está com inscrições abertas para 33 atividades de extensão destinadas a pessoas com mais de 50 anos. A lista de atividades está disponível no edital, onde consta também o respectivo ministrante e/ou responsável, número de vagas, pré-requisitos, data de início, dia e horário. As inscrições devem ser realizadas pelo site da NETI-UNAPI.

É permitida a inscrição em até duas atividades por semestre, sendo que a atividade de rematrícula já conta como uma inscrição e 20% das vagas em cada atividade serão destinadas a pessoas pretas, pardas, indígenas e quilombolas. Não havendo inscritos, as vagas serão redistribuídas para comunidade em geral. Só poderão participar das atividades estudantes regularmente matriculados – não existe a modalidade de convidado ou ouvinte no NETI-UNAPI. A taxa de inscrição é de R$ 100 por atividade.

Acesse o edital aqui.

Mais informações no site ou pelo e-mail neti@contato.ufsc.br

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Acidentes com aranhas e lagartas correspondem a 73% dos atendimentos em serviço prestado no HU

11/07/2024 09:18

A cobra coral verdadeira é uma das espécies mais venenosas do país. Foto: Divulgação/CIATox/SC

Na última semana de junho, alunos de uma escola municipal de Timbó, no Vale do Itajaí, tiveram uma visita inesperada na manhã de segunda-feira: uma cobra coral verdadeira, uma das espécies mais venenosas do país, circulava pelo pátio da instituição. Felizmente ninguém se feriu, mas acidentes com animais peçonhentos – alguns deles fatais – estão se tornando comuns no noticiário. O Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina (CIATox/SC), referência no estado, registrou 5.823 atendimentos relacionados a este tipo de ataque somente no ano passado. A unidade localizada dentro do Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago (HU-EBSERH/UFSC) conta com profissionais e estagiários da Universidade em um serviço que é prestado há 40 anos.

De acordo com o mais recente relatório do Centro, publicado em 27 de junho de 2024, as aranhas e as lagartas foram responsáveis por 73% dos casos de acidentes com animais peçonhentos e venenosos registrados em 2023, com 53% e 20%, respectivamente. Na sequência, aparecem no levantamento as serpentes (9%), os escorpiões (8%) e as abelhas e formigas (4%). Quando analisadas as espécies individualmente, a aranha armadeira (Phoneutria spp.) lidera o número de ocorrências, respondendo por 23,6% dos casos. Em segundo na lista está a aranha marrom (Loxosceles spp.), com 12,1%; e, em terceiro, a jararaca ou jararacussu (Bothrops spp.), com 8,5% dos atendimentos. A razão para estes animais terem maior frequência de registro é devido à distribuição geográfica deles, ou seja, são os mais encontrados em Santa Catarina.

A prevenção contra esses acidentes pode ser feita de diversas formas, desde a vestimenta usada ao circular por locais de habitat dessas espécies até intervenções em moradias. Uma das recomendações é a utilização de botas de borracha até o joelho ou botinas com perneiras ao circular no campo ou na mata, bem como de luvas de raspa de couro e peças com mangas longas nas atividades de jardinagem. Além disso, recomenda-se evitar folhagens densas junto a paredes e muros de casas, colocar telas nas janelas e nos ralos das pias ou tanques, rebocar paredes para que não apresentem rachaduras ou frestas e vedar soleiras de portas com rolos de areia ou rodos de borracha.
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Divulgada lista de aprovados no Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2024-2

09/07/2024 19:45

A lista dos candidatos classificados em primeira chamada no Vestibular Unificado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) para o semestre 2024-2 está disponível no site vestibularunificado20242.ufsc.br, informa a Comissão Permanente do Vestibular (Coperve).

O Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2024-2 ofertou 1.086 vagas em cursos presenciais para o segundo semestre letivo de 2024. As portarias relacionadas às matrículas dos classificados na UFSC e no IFSC serão publicadas, em breve, no site do processo seletivo, de acordo com a Coperve. Entre as informações que serão disponibilizadas estão o prazo e as documentações necessárias.

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UFSC e Ministério Público apresentam protótipo de painel que usa IA para investigar fraudes

09/07/2024 12:45

Fotos: Ministério Público de Santa Catarina

Um ano depois do lançamento do projeto Céos – Inteligência de Dados para a Sociedade, o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) anunciaram, nesta segunda-feira, 8 de julho, o primeiro protótipo do Painel Inteligente Integrado Céos – Dados de licitações. A ferramenta, desenvolvida a partir de soluções baseadas em inteligência artificial (IA) com a finalidade de aprimorar o trabalho das Promotorias de Justiça nas investigações de fraudes em compras e contratações públicas, foi apresentada na solenidade de abertura do II Workshop do Projeto Céos, realizado na sede da Procuradoria-Geral de Justiça, em Florianópolis.

O Céos é uma das iniciativas do MPSC pré-habilitadas a concorrer ao Prêmio CNMP, do Conselho Nacional do Ministério Público, voltado a identificar, premiar e disseminar projetos e programas bem-sucedidos do Ministério Público brasileiro que contribuam para a melhoria da eficiência institucional e dos serviços prestados à sociedade. O professor do Departamento de Informática e Estatística da UFSC Jônata Tyska Carvalho contou que, durante 2023, o primeiro grande desafio para a equipe de desenvolvimento foi ouvir e aprender como funciona o MP e quais são as principais dificuldades encontradas pelos Promotores de Justiça. Dessa forma, foi possível estabelecer uma linha de trabalho focada em soluções mais adequadas às demandas.

Segundo Tyska, o Painel Integrado Inteligente Céos não toma decisões, mas dispõe de grande capacidade analítica e tem como principais recursos as funções de emitir alertas e destacar pontos de atenção. “Temos aqui mais um projeto inovador e desafiador, que vai garantir agilidade e eficiência ao trabalho dos Promotores de Justiça na área da moralidade administrativa, por meio de informações qualificadas obtidas com o auxílio de inteligência artificial, tecnologia já empregada de outras formas na rotina de membros e colaboradores do MP”, destacou o Procurador-Geral de Justiça do MPSC, Fábio de Souza Trajano, ao elogiar e reconhecer a importância da iniciativa.

Um dos gestores do projeto pelo MPSC, o coordenador do Núcleo de Inovação, Promotor de Justiça Lucas dos Santos Machado, manifestou a satisfação de participar do II Workshop do Céos e poder constatar a evolução da pesquisa e do desenvolvimento após um ano. Da mesma forma, o coordenador do Centro de Apoio Operacional da Moralidade Administrativa, Promotor de Justiça André Teixeira Milioli, reconheceu os avanços alcançados desde o início da parceria com a UFSC. “É gratificante ver quanto tempo passou e quantas etapas foram superadas até aqui. Foram muitos contatos e muitas portas abertas para que pudéssemos avançar na confecção dessa ferramenta, que visa proporcionar mais eficiência às atividades desempenhadas pelos colegas da ponta”, disse.
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Telessaúde UFSC auxilia cidade catarinense a diminuir filas de seis meses para sete dias

05/07/2024 15:04

No sul do estado, cidade tinha fila de consultas com ortopedistas e cardiologistas de até seis meses.  Foto: Divulgação/Telessaúde/UFSC

A parceria do Núcleo Telessaúde UFSC com a Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma tem apenas sete meses e já apresenta um impacto expressivo no sistema de saúde da cidade do sul de Santa Catarina. Antes da implementação da teleconsultoria, a fila de pacientes que aguardavam consultas com ortopedistas e cardiologistas era de seis meses. Atualmente, o tempo de espera é de sete dias.

O  Telessaúde UFSC é um projeto financiado pelo Ministério da Saúde que opera diversos serviços de saúde digital para o Sistema Único de Saúde (SUS), um deles é a teleconsultoria. Quando um profissional da Atenção Primária à Saúde (APS) tem dúvidas sobre qual conduta adotar para o atendimento de um caso, ele tem a opção de consultar um especialista no assunto para tomar a melhor decisão. Essa interação entre a APS e os especialistas acontece por meio do Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT) e segue protocolos técnicos definidos pelos serviços de saúde em parceria com o núcleo, que garantem segurança e resolubilidade. 

A Teleconsultoria começou a ser oferecida em Criciúma em dezembro de 2023. Desde então já foram realizadas mais de 6.000 teleconsultorias em nove especialidades diferentes. Além da ortopedia e da cardiologia, outras especialidades que diminuíram suas filas consideravelmente incluem a neurologia – que foi de 14 meses de espera para 3 meses – e a endocrinologia – de 10 meses para 7. 
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Amostras de cigarros eletrônicos têm substância similar à anfetamina, alerta pesquisa

03/07/2024 10:49

Divulgação Polícia Científica

Um estudo preliminar divulgado a partir de uma parceria entre o Laboratório de Pesquisas Toxicológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e da Polícia Científica registrou a presença de octodrina em um grupo de dez amostras distintas de três marcas de cigarro eletrônico coletados na região de Joinville, Norte do Estado. Os dados também indicam a presença de derivados de glicerina, flavorizantes e nicotina nas amostras.

O material foi apresentado no Congresso Brasileiro de Toxicologia e é assinado pela professora do departamento de Patologia, Camila Marchioni, e por Gisele Chibinski Parabocz, Suellen Pericolo e Tiago Luis da Silva, da Polícia Científica. O estudo integra o escopo de um  Protocolo de Intenções assinado em abril entre as partes. “É um primeiro indicativo do que a rede tem a capacidade de promover. Estas análises ocorreram na Polícia Científica e contaram com nossa expertise técnica para a elaboração dos resultados”, explica a professora.

A pesquisadora lembra que os cigarros eletrônicos podem apresentar grupos de substâncias que circulam gerando riscos à saúde pública. Os dispositivos são amplamente comercializados, apesar de proibidos. “Por serem proibidos não há controle de qualidade. Isso faz com que possam existir mais substâncias além do que é reportado nos rótulos”, diz. No caso das amostras analisadas preliminarmente, chamou atenção a presença da octodrina pelo seu potencial de gerar quadros graves de intoxicação, dependência e abstinência. Suas propriedades são semelhantes às das anfetaminas, droga sintética que atua no sistema nervoso central.

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UFSC divulga lista dos classificados em primeira chamada para cursos EaD 2024

02/07/2024 16:48

A lista dos classificados em primeira chamada no processo seletivo para cinco graduações de Educação a Distância (EaD) ofertadas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está disponível no site https://ead2024.ufsc.br/. As vagas são de quatro cursos de licenciatura: Ciências Biológicas, Filosofia, Letras (Língua Portuguesa) e Matemática; além do curso de Administração Pública. Os classificados começarão a estudar no segundo semestre letivo deste ano.

Também já está disponível a lista de classificados no processo seletivo para pessoas refugiadas, solicitantes de refúgio de baixa renda e portadoras de visto humanitário que concorreram a vagas remanescentes do Vestibular 2024 UFSC e do SiSU UFSC 2024. A consulta poderá ser feita no site https://refugiados2024.ufsc.br/ .Os candidatos classificados também iniciarão os estudos na UFSC no segundo semestre letivo de 2024.

As portarias de matrículas no site de cada processo seletivo, informando as datas e as documentações necessárias que deverão ser apresentadas pelos classificados serão divulgadas em breve.

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Ação de extensão da UFSC, com parceiros locais, leva atendimento em saúde a pescadores

01/07/2024 15:54

Iniciativa ofereceu consultas e exames em várias especialidades, como a oftalmologia. Fotos: Divulgação

Estudantes e professores de vários departamentos do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participaram, no sábado, 29 de junho, de um mutirão de atendimento à saúde dos pescadores da Grande Florianópolis.

Os atendimentos foram feitos no Conselho Comunitário da Barra da Lagoa. Muitas pessoas aproveitaram a oportunidade e realizaram consultas e exames em dermatologia, oftalmologia, estomatologia (detecção de lesões malignas da boca e dos lábios), análises clínicas em exames de sangue, glicemia capilar e aferição de pressão arterial, além de participarem de ações de educação para saúde.

A iniciativa é resultado de uma parceria da UFSC com a Secretaria Executiva da Aquicultura e Pesca (SAQ) do Estado de Santa Catarina, com apoio da Prefeitura Municipal de Florianópolis e da Federação dos Pescadores do Estado de Santa Catarina (Fepesc). Foi a primeira ação do projeto PeSC-Saúde.
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UFSC lidera Rede Cooperativa Estadual de Pesquisa em Resíduos Sólidos em projeto com 9 instituições

26/06/2024 09:30

Imagem de Dinh Khoi Nguyen por Pixabay

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está liderando a Rede Cooperativa Estadual de Pesquisa em Resíduos Sólidos, construída com o objetivo de traçar um diagnóstico e contribuir com proposições para a revisão do Plano Estadual de Resíduos Sólidos, elaborado em 2016 pelo governo do Estado por força de uma legislação federal, a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Sob coordenação do professor Armando Borges de Castilhos Junior, do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Sanitária e Ambiental, o grupo conta com a colaboração de outras nove instituições distribuídas nas seis mesorregiões do Estado.

O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação de Santa Catarina (Fapesc), com cerca de R$ 3 milhões de investimentos aprovados. Segundo o professor, a rede é uma demanda do governo estadual para trabalhar com os resíduos a partir da legislação em vigor, traçando, a partir dessa articulação, um diagnóstico dos resíduos para cada região. O grupo também irá trabalhar na elaboração de uma ferramenta de levantamento de dados.

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Revisão de 181 artigos científicos revela situação alarmante da poluição por plásticos no oceano

26/06/2024 07:04

Tartaruga verde ingerindo uma sacola plástica. Foto: Troy Mayne/WWF.

Uma revisão de 181 artigos científicos que abordaram a poluição na costa Sul-Americana do Oceano Atlântico revelou a distribuição, as características e os impactos dos detritos plásticos no mar, além de examinar as políticas e iniciativas legais para combater essa ameaça ambiental. O trabalho, realizado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), concluiu que o nível de poluição na região é equivalente ao dos oceanos mais poluídos do mundo. 

O estudo A review of plastic debris in the South American Atlantic Ocean coast – Distribution, characteristics, policies and legal aspects foi publicado na revista Science of the Total Environment em maio deste ano por integrantes do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA/UFSC) e do Laboratório de Pesquisas em Resíduos Sólidos (LARESO/UFSC). De acordo com o primeiro autor do artigo, o mestrando Igor Marcon Belli – orientado por Armando Borges de Castilhos Junior e coorientado por Davide Franco, ambos professores do PPGEA –, a pesquisa é a primeira análise regional que avalia tanto macro quanto microplásticos em águas costeiras, sedimentos e fauna marinha, apontando as áreas mais afetadas e as características desses materiais. O estudo também identificou as legislações e iniciativas não governamentais para combater a poluição por plástico na região.
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Laboratório da UFSC integra programa que monitora branqueamento de corais no Brasil

25/06/2024 09:54

Com a perda da coloração, os corais exibem o esqueleto calcário, tornando-se vulneráveis. Foto: Projeto Coral Vivo/Divulgação

A costa brasileira enfrenta um grave problema ambiental que ameaça a biodiversidade marinha e o equilíbrio ecológico do litoral: o branqueamento de corais. Esse fenômeno ocorre devido à elevação da temperatura da superfície do oceano, resultando na expulsão de microalgas que vivem dentro dos corais e são essenciais para sua sobrevivência. A situação já é crítica em estados como Rio Grande do Norte, Pernambuco e Bahia. Em Santa Catarina, embora o cenário seja menos severo, alguns sinais de alteração na coloração dos corais foram observados na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, onde o Laboratório de Ecologia de Ambientes Recifais (LabAR) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realiza monitoramento.

A relação entre os corais e as microalgas, chamadas zooxantelas, ocorre de forma simbiótica. Enquanto estas contribuem para a produção de nutrientes para o ecossistema, aqueles fornecem abrigo e proteção. Sem as zooxantelas, os corais perdem sua coloração e exibem o esqueleto calcário aparente sob os tecidos, ficando vulneráveis. Pesquisas recentes indicam que o fenômeno de branqueamento de corais já atingiu níveis alarmantes em várias partes do Brasil em 2024. Em Rio do Fogo (RN), a situação é extrema, com cerca de 80% a 85% de branqueamento. Em Ipojuca (PE), o cenário é ainda mais crítico, com mais de 90% das colônias de corais branqueadas e temperaturas que chegaram a 40°C. Fernando de Noronha (PE) também registrou um alerta de branqueamento severo, com 95% dos corais atingidos na Baía dos Golfinhos. Na Reserva Extrativista Marinha do Corumbau (BA), até 30% das colônias da espécie Mussismilia harttii apresentaram o problema.

Esses levantamentos foram realizados pelo Projeto Coral Vivo, uma iniciativa que, além de monitorar o branqueamento dos corais, também organiza uma rede de pesquisadores de todo o país visando ao acompanhamento dos recifes e formas de aumentar a proteção ao ecossistema. Ao todo, estão sendo monitorados 20 pontos estratégicos ao longo da costa brasileira, em uma área que se estende desde o Ceará até Santa Catarina, o ponto mais ao sul do país com ocorrência de corais zooxantelados formadores de recifes.

Ilha do Galé, na Reserva do Arvoredo. Foto: Ricardo Castelli Vieira/ICMBio

No estado, a professora Bárbara Segal, do Departamento de Ecologia e Zoologia e coordenadora do LabAR, é a líder do monitoramento na Reserva Biológica Marinha do Arvoredo, localizada entre os municípios de Florianópolis e Bombinhas. Há cerca de cinco anos, o laboratório realiza a atividade em parceria com a equipe do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) responsável pela gestão da Reserva, que abriga as Ilhas do Arvoredo, Galé, Deserta, Calhau de São Pedro e uma grande área marinha que circunda esse arquipélago.

Em abril, após uma forte onda de calor marinho, as equipes do laboratório e da Unidade de Conservação estiveram em campo, na Ilha Galé, e verificam somente pequenos sinais de alteração de cor nas colônias da única espécie de coral zooxantelado na região, a Madracis decactis. Constatou-se que os corais no litoral catarinense ainda não apresentam branqueamento e, aparentemente, as colônias monitoradas se mantêm saudáveis. “Havia apenas pequenas manchas em uma ou duas colônias, que são indicativos de perda parcial das células simbiontes, provavelmente relacionada a estresse térmico recente”, avaliou a professora Bárbara. A próxima etapa é uma análise comparativa de uma série temporal de imagens desses mesmos locais.
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UFSC celebra 15 anos de parceria com Universidade Nacional Timor Lorosa’e

24/06/2024 09:38

Reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza e reitor da UNTL, João Soares Martins durante recepção nesta sexta-feira, 21. (Foto: Lethicia Siqueira/Agecom/UFSC)

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu, nesta semana, uma comitiva de representantes da Universidade Nacional Timor Lorosa’e (UNTL), instituição de Timor-Leste com a qual a UFSC mantém convênio há mais de 15 anos. Durante a visita houve reuniões e apresentações das duas instituições, bem como estudo de ampliação de parcerias. Uma recepção foi organizada para esta sexta-feira, 21 de junho, para apresentar toda a estrutura da UFSC para o reitor e vice-reitor da UNTL.

Estiveram na solenidade de recepção autoridades como o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, o reitor da UNTL, João Soares Martins, o vice-reitor da UNTL, Afonso de Almeida, o decano da Faculdade de Educação, Artes e Humanidades da UNTL, professor Teodoro Soares, e a representante da Embaixada de Timor-Leste no Brasil, Filomena Noronha Mesquita. Outras autoridades da UFSC presentes no evento incluem o pró-reitor de Pós-Graduação, Werner Kraus e o secretário de Relações Internacionais, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, além dos diretores dos centros de Educação, Hamilton de Godoy Wielewicki e de Filosofia e Ciências Humanas, Alex Degan.

“Estamos muito felizes com a visita da Universidade Nacional Timor Lorosa’e, sejam todos bem-vindos e bem-vindas”, saudou o reitor Irineu Manoel de Souza. “Apesar das dificuldades e mesmo em um período de greve, nossos professores, técnicos e estudantes estão aqui em um esforço considerando a grande importância que tem a internacionalização para nossa Universidade”.
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Índice de abstenção no Vestibular Unificado UFSC-IFSC é de 19,3%

23/06/2024 18:53

As provas do Vestibular Unificado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) transcorreram normalmente neste domingo, 23 de junho, em dez municípios catarinenses. Do total de 5.623 inscritos, 1.083 candidatos faltaram, o que corresponde a um índice de 19,3% de abstenção. O Vestibular Unificado UFSC-IFSC oferta 1.086 vagas em cursos presenciais para o segundo semestre letivo deste ano.

O reitor Irineu Manoel de Souza, o presidente da Coperve, Marcos Baltar e a pró-reitora de Graduação e Educação Básica, Dilceane Carraro, visitaram locais de prova (Foto: Regina Zandomênico)

Na prova de redação os candidatos puderam escolher entre três propostas. A primeira opção era escrever uma carta aberta ao Ministério da Educação se posicionando sobre a censura ou proibição de livros nas escolas. O candidato poderia assinar como professor, estudante, escritor, pai ou mãe de estudante. Outra opção era escrever uma crônica que abordasse a censura ou proibição de livros na sociedade contemporânea. E, por último, os candidatos também poderiam escolher escrever um conto sobre como seria o futuro da humanidade, caso os livros fossem proibidos.

A lista dos classificados em primeira chamada está prevista para ser divulgada na segunda semana de julho no site https://vestibularunificado20242.ufsc.br.

No mesmo dia, também ocorreram os processos seletivos para candidatos que disputam vagas ofertadas pela UFSC para 2024/2 em cinco graduações a distância e para pessoas portadoras de visto humanitário, refugiadas ou solicitantes de refúgio de baixa renda que concorrem a vagas remanescentes do último vestibular da UFSC e/ou SiSU.

O gabarito preliminar das questões objetivas será disponibilizado no site específico de cada seleção: a partir das 19h deste domingo, para a seleção EaD UFSC 2024 e os processos seletivos para pessoas refugiadas, solicitantes de refúgio de baixa renda e portadoras de visto humanitário; e após as 20h30 para o Vestibular Unificado UFSC-IFSC 2024/2.

 

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UFSC é reconhecida com selo ‘Todos Nós’ por compromisso com inclusão de pessoas autistas

20/06/2024 08:53

Bianca Souza, coordenadora de Acessibilidade Educacional da UFSC, e Leslie Sedrez Chaves, pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade recebem o selo ‘Todos Nós’ em nome da UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi reconhecida com o selo “Todos Nós”, concedido pela Associação Nacional para Inclusão de Pessoas Autistas (ANIA), nesta quarta-feira, 19 de junho. A certificação foi entregue durante o III Simpósio Internacional de Inclusão no Ensino Superior, e representa um reconhecimento pela implementação de ações para a inclusão plena dentro da instituição.

A entrega do prêmio ocorreu em uma solenidade na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) e foi transmitida ao vivo pelo YouTube. O vídeo está disponível na íntegra.

A UFSC é a primeira universidade pública brasileira a receber o selo, que, segundo Leslie Sedrez Chaves, pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) da UFSC, “coroa e reconhece um trabalho que é realizado há mais de 10 anos pela Coordenadoria de Acessibilidade Educacional (CAE) e se consolida ainda mais nesta gestão”. A estrutura  integra a pró-reitoria.

“Dificilmente a gente encontra uma instituição que esteja pronta. Mas a gente vê muitas instituições comprometidas, que estão nessa mesma luta conosco, que fazem um trabalho que a gente compartilha as aspirações, os valores, os sonhos”, disse Guilherme de Almeida, presidente da ANIA.

Bianca Souza, coordenadora da CAE, explica que, para a equipe de cerca de 30 pessoas entre servidores, estagiários e trabalhadores terceirizados, o selo “Todos Nós” é de extrema relevância e deve ser assimilado como compromisso não só para sua coordenadoria como para toda a UFSC. “A acessibilidade é para todos. O atendimento de estudantes com deficiência não é responsabilidade só da CAE, é de toda a Universidade. Essa é a primeira barreira que precisa ser rompida: compreender o estudante com deficiência como um estudante que merece respeito, parte da Universidade que merece ser visto com um olhar inclusivo, empático, acolhedor, respeitoso, assim como qualquer outra pessoa da comunidade”. 
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Pesquisador da UFSC planta 4.300 árvores nativas na Amazônia

18/06/2024 12:55

Plantio ocorreu em região inundada. Bernardo (chapeu azul) contou com o apoio de moradores da região. Fotos: Acervo pessoal

Os sucessivos incêndios florestais na Amazônia e a dificuldade das árvores de se recuperarem a partir do impacto que as queimadas causam nos ecossistemas levaram o pesquisador Bernardo Flores, pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a plantar 4.300 de árvores em meio às planícies aluviais, periodicamente invadidas por inundações, na Amazônia.

O experimento foi iniciado na região de Barcelos, cidade histórica a cerca de 400 quilômetros de Manaus, no Amazonas, e com o plantio tendo iniciado em janeiro de 2014. O trabalho nos igapós do Rio Negro, principal afluente do Rio Amazonas, foi documentado em parceria com a professora Milena Holmgren, da Universidade de Wageningen, da Holanda, em 2021, no Journal of Ecology, e demonstra a complexidade de se recuperar um ambiente degradado e a importância da restauração dessas áreas.

A recuperação das florestas após o impacto das queimadas é uma das preocupações de cientistas e ambientalistas, inclusive por conta da sua relação direta com o aquecimento da Terra e com desastres ambientais que atingem territórios como o Sul do Brasil, como as recentes inundações no Rio Grande do Sul. O experimento de Bernardo contou com diferentes etapas, desde a coleta das sementes até a análise das espécies que haviam crescido com sucesso.

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Cooperação é a chave para antecipar futuras pandemias, diz pesquisadora da UFSC

17/06/2024 17:21

Ilustração: Laura Araújo/NADC/UFSC.

Em 2020, a Covid-19 tomou o mundo de surpresa. De repente, todos tiveram que se adaptar a uma nova realidade, com os desafios do isolamento físico e os cuidados sanitários constantes. Caso já houvesse protocolos de ação mais efetivos para conter o coronavírus e lidar com suas consequências antes da pandemia ser oficialmente declarada, será que essa adaptação teria sido mais fácil e rápida, e o custo social e econômico seria menor?  

Com esse questionamento em mente, Marcia Grisotti – doutora em Sociologia e professora do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) – desenvolveu o projeto Sentinelas de pandemias: vigilância em saúde e controle de doenças de origem zoonótica, vinculado ao núcleo de pesquisa Ecologia Humana e Sociologia da Saúde em parceria com o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Brasil Plural. 

Sentinelas são ações de grupos, instituições ou indivíduos que antecipam e se preparam para eventos, esperados ou incertos. No caso das ações sentinelas de epidemias, a ideia é identificar os grupos de especialistas e fomentar a cooperação entre eles e os serviços de vigilância em saúde para controlar a disseminação de epidemias, monitorando microorganismos, reservatórios e vetores de doenças que podem se alastrar em meio à população. O objetivo do Sentinelas de pandemias é analisar os dispositivos de vigilância em saúde usados no estado de Santa Catarina para enfrentar doenças transmissíveis de origem zoonótica – ou seja, que passam de animais para humanos e vice-versa. Além disso, o projeto também pretende identificar as experiências de antecipação e preparação de pandemias regionais, nacionais e internacionais, considerando obstáculos, potencialidades e desafios na vigilância de pessoas, animais e reservatórios de doenças.
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Estudo internacional projeta fenômenos extremos com maior frequência e intensidade no RS

11/06/2024 17:04

As enchentes catastróficas que assolaram o Rio Grande do Sul entre abril e maio de 2024 trouxeram à tona a vulnerabilidade da região diante de fenômenos climáticos extremos. As chuvas recordes afetaram cerca de 90% do estado e 2,3 milhões de pessoas, com 640 mil delas perdendo suas casas. Um estudo publicado na última semana por pesquisadores de diversos países projeta que eventos desta categoria na região se tornarão mais frequentes e intensos no futuro. O agravamento se deve, principalmente, às consequências das mudanças climáticas e do fenômenos El Niño associadas à falta de investimentos em um sistema de proteção. Para os autores, o episódio expôs a necessidade urgente de aprimoramento da infraestrutura contra enchentes e de atenção às desigualdades sociais que agravam os impactos de desastres naturais.

> Acesse a íntegra do relatório (em inglês)

Porto Alegre teve o início de maio mais chuvoso em 63 anos. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

A professora Regina Rodrigues, do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi uma das autoras da colaboração internacional produzida pelo World Weather Attribuition, que reuniu representantes do Brasil, Reino Unido, Estados Unidos e Holanda. O relatório descreve que o estado gaúcho registrou chuvas persistentes, equivalentes a três meses em um período de duas semanas, com uma média de 420 mm entre 24 de abril e 4 de maio. O volume acumulado levou a níveis históricos dos rios e colocou 12 barragens sob pressão, apresentando risco de rompimento. As inundações ocorreram em grande parte do estado, mas foram particularmente intensas em Porto Alegre, a capital e maior cidade do estado, situada à beira do Lago Guaíba, onde este foi o início de maio mais chuvoso em 63 anos.

“Em algumas regiões, especialmente na ampla faixa central dos vales, planaltos, encostas e áreas metropolitanas, as chuvas acumuladas excederam 300 milímetros (mm) em menos de uma semana. Por exemplo, no município de Bento Gonçalves, os volumes atingiram 543,4 mm. De 29 de abril a 2 de maio, quando as chuvas fortes se fixaram sobre o Rio Grande do Sul, os acumulados variaram entre 200 mm e 300 mm. Na capital, Porto Alegre, o volume atingiu 258,6 mm em apenas três dias. Esse valor corresponde a mais de dois meses de chuva, em comparação com as médias climatológicas de 1990-2020 para abril (114,4 mm) e maio (112,8 mm)”, informa o documento.

O estudo destaca ainda que, das quatro maiores enchentes já registradas em Porto Alegre, três ocorreram nos últimos nove meses, a maior tendo ocorrido em maio de 2024 e a segunda maior em 1941. Entretanto, ao comparar os eventos de 1941 e 2024, os pesquisadores indicam que no primeiro episódio foram necessários 22 dias para o nível da água no Lago Guaíba atingir 4,76 m acima dos níveis normais. Enquanto este ano, em somente cinco dias o Guaíba excedeu 5 m.
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Conselho Universitário da UFSC rejeita proposta de suspensão do calendário acadêmico

07/06/2024 19:41

Auditório Garapuvu ficou lotado para a sessão. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) rejeitou a proposta de suspensão do calendário acadêmico do primeiro semestre. A sessão aberta do conselho foi realizada na tarde desta sexta-feira, 7 de junho, no Auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos, em Florianópolis, com grande presença de estudantes, servidores e professores da Universidade.

Conforme proposta apresentada no início da sessão pelo reitor Irineu Manoel de Souza, o CUn votou os três pareceres apresentados ao longo das duas reuniões realizadas para debater e deliberar sobre o assunto: o parecer original do conselheiro Edgar Bisset Alvarez, que era favorável à suspensão do calendário; o parecer da representação do Diretório Central dos Estudantes (DCE), apresentado pela estudante Emily Fantim, contra a suspensão; e o parecer de um grupo de diretores de centros de Ensino, apresentado pela conselheira Carolina Bahia, que também era contra a suspensão.

Ao final, o parecer mais votado foi o do grupo dos diretores de Centro, que teve voto favorável de 37 conselheiros e 28 votos contrários. O parecer do professor Edgar Alvarez, pela suspensão do calendário, teve o voto favorável de 26 conselheiros, enquanto 38 conselheiros votaram contra. O parecer do DCE teve 36 votos favoráveis e 28 votos contrários.

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UFSC melhora posição em ranking internacional que analisou mais de 1.500 universidades

06/06/2024 15:40

O resultado do QS World University Rankings 2025, elaborado este ano, divulgado nesta segunda-feira, 4 de junho, mostra uma melhora de desempenho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em comparação com o ano passado. No ranking, a UFSC está no intervalo de posições entre 781 e 790. Em 2023, a instituição havia ficado entre 801 e 850. O ranking não especifica a posição exata das universidades dentro desses intervalos.

A classificação é elaborada anualmente pela Quacquarelli Symonds (QS) e leva em conta nove critérios de avaliação: reputação acadêmica, reputação de empregador, proporção docente/estudante, citações, índice de professores internacionais, índice de alunos internacionais, rede internacional de pesquisa, resultados de emprego e sustentabilidade.

A pesquisa deste ano foi a de maior amostragem já realizada pelo instituto, que analisou mais de 1.500 universidades. A posição no ranking internacional coloca a UFSC como a 10ª melhor universidade do Brasil e 40ª melhor da América Latina.

O ranking completo pode ser acessado no site da QS World University Rankings.

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UFSC e Epagri lançam vídeo de animação infantil sobre o solo

05/06/2024 13:40

Com o intuito de despertar a curiosidade sobre os conceitos de biodiversidade, solos e biomas, o Centro de Ciências Agrárias (CCA) e o curso de Animação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) adaptaram o livro infantil Começo meio e fim: o solo é assim para um vídeo de animação voltado a crianças de 6 a 11 anos. A publicação original é fruto de uma parceria entre pesquisadores do CCA e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). O vídeo de animação foi lançado oficialmente nesta quarta-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, nos canais do YouTube do CCA e da Epagri.

A iniciativa busca introduzir de forma lúdica os principais solos dos biomas latino-americanos, despertar o interesse das crianças sobre o mundo abaixo de seus pés e propagar conceitos da biodiversidade, informam os organizadores. Com as ferramentas da animação, foi produzida uma narrativa educativa, com recursos visuais capazes de traduzir conceitos técnicos em uma linguagem acessível.

Na obra, a história é protagonizada pelo pequeno indígena Ibiacy e seu amigo Tucan, um tatu-canastra. Juntos, eles embarcam em uma aventura para explorar os solos e biomas da América Latina e do Caribe. A história original está no livro publicado em parceria entre UFSC e Epagri em 2023. A publicação está acessível gratuitamente.
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Cozinhas Solidárias são importantes no combate à fome, segundo pesquisa desenvolvida na UFSC

04/06/2024 15:08

Foto: Arquivo Pessoal

“A nossa marmita não é só um prato de comida, de arroz e feijão. Ela é afeto, reduz danos. Para quem tem falta de tudo, o alimento é essencial. E comer é um ato político, né?” A frase é do coordenador de uma Cozinha Solidária de Florianópolis e foi dita à nutricionista Luíza Todeschini Lucas durante sua Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Federal de Santa Catarina (REMULTISF/UFSC). A pesquisadora entrevistou os coordenadores de 17 das 21 cozinhas solidárias de Florianópolis, com o objetivo de averiguar as condições de funcionamento, tempo de atuação, número de voluntários e de refeições servidas em cada uma delas. Como mostra a declaração acima, essas cozinhas são importantes tanto no combate à fome como na promoção da cidadania.
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