Telessaúde UFSC auxilia cidade catarinense a diminuir filas de seis meses para sete dias

05/07/2024 15:04

No sul do estado, cidade tinha fila de consultas com ortopedistas e cardiologistas de até seis meses.  Foto: Divulgação/Telessaúde/UFSC

A parceria do Núcleo Telessaúde UFSC com a Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma tem apenas sete meses e já apresenta um impacto expressivo no sistema de saúde da cidade do sul de Santa Catarina. Antes da implementação da teleconsultoria, a fila de pacientes que aguardavam consultas com ortopedistas e cardiologistas era de seis meses. Atualmente, o tempo de espera é de sete dias.

O  Telessaúde UFSC é um projeto financiado pelo Ministério da Saúde que opera diversos serviços de saúde digital para o Sistema Único de Saúde (SUS), um deles é a teleconsultoria. Quando um profissional da Atenção Primária à Saúde (APS) tem dúvidas sobre qual conduta adotar para o atendimento de um caso, ele tem a opção de consultar um especialista no assunto para tomar a melhor decisão. Essa interação entre a APS e os especialistas acontece por meio do Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT) e segue protocolos técnicos definidos pelos serviços de saúde em parceria com o núcleo, que garantem segurança e resolubilidade. 

A Teleconsultoria começou a ser oferecida em Criciúma em dezembro de 2023. Desde então já foram realizadas mais de 6.000 teleconsultorias em nove especialidades diferentes. Além da ortopedia e da cardiologia, outras especialidades que diminuíram suas filas consideravelmente incluem a neurologia – que foi de 14 meses de espera para 3 meses – e a endocrinologia – de 10 meses para 7. 

Teleconsultorias também evitam encaminhamentos desnecessários

Além de redução de filas, as teleconsultorias também estão auxiliando o sistema de saúde da cidade a evitar encaminhamentos desnecessários. “Os encaminhamentos desnecessários acontecem quando uma pessoa é encaminhada para um médico especialista, exame ou procedimento sem uma necessidade de saúde que justifique o encaminhamento”, explica a professora Patrícia Machado, do Departamento de Saúde Pública da UFSC. “Estamos habituados a procurar atendimento direto com o especialista, sem que isso se traduza em melhores níveis de saúde. Esses encaminhamentos acabam gerando longas filas de espera e são realidade nos sistemas públicos e privados de saúde”, complementa a professora. De acordo com a Secretaria de Saúde de Criciúma, 4.031 encaminhamentos desnecessários foram evitados nos seis meses de parceria entre o Telessaúde UFSC e o município. 

“Quando você reduz o tempo de espera por consultas, qualifica os encaminhamentos e aumenta a resolubilidade da atenção básica, o maior beneficiado é sempre o usuário do sistema de saúde”, afirma Antonio Boing, coordenador operacional do Telessaúde UFSC. “Em apenas seis meses, a parceria entre o Núcleo Telessaúde UFSC e o município de Criciúma já produziu resultados extraordinários. Parcerias como essa precisam ser expandidas para continuarmos melhorando o SUS, e o Telessaúde UFSC está atuando para apoiar municípios de todo o Estado de Santa Catarina”, conclui o professor Boing.

Além de Criciúma, oito cidades catarinenses e o governo estadual já pactuaram parcerias diretas com o Telessaúde UFSC para criação de fluxos de teleconsultoria. O Núcleo Telessaúde UFSC fica no Departamento de Saúde Pública do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFSC. Mais informações sobre o projeto podem ser acessadas no site oficial.

Com informações do Telessaúde UFSC.

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