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No sul do estado, cidade tinha fila de consultas com ortopedistas e cardiologistas de até seis meses.  Foto: Divulgação/Telessaúde/UFSC

A parceria do Núcleo Telessaúde UFSC com a Secretaria Municipal de Saúde de Criciúma tem apenas sete meses e já apresenta um impacto expressivo no sistema de saúde da cidade do sul de Santa Catarina. Antes da implementação da teleconsultoria, a fila de pacientes que aguardavam consultas com ortopedistas e cardiologistas era de seis meses. Atualmente, o tempo de espera é de sete dias.

O  Telessaúde UFSC é um projeto financiado pelo Ministério da Saúde que opera diversos serviços de saúde digital para o Sistema Único de Saúde (SUS), um deles é a teleconsultoria. Quando um profissional da Atenção Primária à Saúde (APS) tem dúvidas sobre qual conduta adotar para o atendimento de um caso, ele tem a opção de consultar um especialista no assunto para tomar a melhor decisão. Essa interação entre a APS e os especialistas acontece por meio do Sistema de Telemedicina e Telessaúde (STT) e segue protocolos técnicos definidos pelos serviços de saúde em parceria com o núcleo, que garantem segurança e resolubilidade. 

A Teleconsultoria começou a ser oferecida em Criciúma em dezembro de 2023. Desde então já foram realizadas mais de 6.000 teleconsultorias em nove especialidades diferentes. Além da ortopedia e da cardiologia, outras especialidades que diminuíram suas filas consideravelmente incluem a neurologia – que foi de 14 meses de espera para 3 meses – e a endocrinologia – de 10 meses para 7. 
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Professora Josimari Telino orientando sobre os protocolos para realização de exames. Foto: Divulgação/Telessaúde/UFSC

O Núcleo de Telessaúde da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participou da capacitação organizada pelo Ministério da Saúde com profissionais do Distrito Sanitário Especial Indígena de Manaus – DSEI-MAO. Realizada no dia 3 de junho, a atividade promovia a inclusão digital e a melhoria da assistência à saúde das populações indígenas através de atendimentos mais eficientes e acessíveis. A coordenadora do serviço de Oferta Nacional de Teledermatologia do Telessaúde UFSC, professora Josimari Telino de Lacerda, foi responsável pelo treinamento de 32 profissionais de saúde indígena, que receberam orientações para realizar exames e utilizar a plataforma on-line (STT-UFSC), onde deverão encaminhar os registros fotográficos das lesões para avaliação do dermatologista à distância.
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O Telessaúde UFSC segue expandindo a Oferta Nacional de Telediagnóstico em Dermatologia, tecnologia inovadora que vem sendo desenvolvida nos últimos 16 anos na íntegra pela Universidade Federal de Santa Catarina, por meio do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Convergência Digital. O projeto chegou ao Acre no último mês, onde serão implantados novos pontos de atendimento. O projeto de expansão é financiado pelo Ministério da Saúde.

Os profissionais serão capacitados para realizar os exames em seis municípios no estado. A visita do último mês marcou o início de operação do serviço em Rio Branco, Brasiléia, Feijó, Cruzeiro do Sul, Tarauacá e Sena Madureira. Além do Acre e de Santa Catarina, a Oferta Nacional de Telediagnóstico em Dermatologia, operada a partir de Santa Catarina e utilizando a plataforma Sistema Integrado de Telemedicina e Telessaúde, está disponível também em municípios dos estados da Bahia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás.

O diferencial da Teledermatologia ofertada pelo Telessaúde UFSC está na utilização de protocolos clínicos de registro fotográfico de lesões que possibilitam ao médico descrever a lesão, classificar o risco e, quando necessário, sugerir a conduta clínica na Atenção Básica.