Dia histórico: Conselho Universitário aprova política construída pelos TAEs e para UFSC

26/11/2025 08:53

Anfiteatro ficou lotado durante sessão do Conselho Universitário (Fotos: Gustavo Diehl)

A data de 25 de novembro de 2025 tornou-se histórica para os servidores técnico-administrativos em Educação (TAEs) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). As atenções se voltaram para a votação, no Conselho Universitário (CUn), da política Teleflex — Teletrabalho, Flexibilização da Jornada e Controle Social da Frequência. O hall da Reitoria foi ocupado pela categoria, em ato convocado pelo Sindicato dos Trabalhadores da UFSC (Sintufsc), e os técnicos marcaram presença, dando corpo e voz a uma luta de muitos anos, por uma política construída pelos TAEs e para a instituição.

A mobilização da categoria surtiu efeito. Diante da pressão do grupo, e atendendo ao pedido do Sindicato, a sessão do CUn foi aberta ao público e transferida para o Auditório da Reitoria — um espaço capaz de acolher quem queria acompanhar de perto cada fala, cada voto. Naquela tarde, foi um momento carregado de significados para quem há tempos reivindica condições de trabalho mais justas, transparentes e alinhadas com os desafios de uma universidade pública.

O processo, requerido pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp), propôs uma Resolução Normativa que organiza o trabalho em todos os setores da UFSC, traz transparência com a implementação do Sistema Eletrônico de Controle Social e oficializa a modalidade de teletrabalho. Além disso, abre caminho para a flexibilização da jornada como forma de ampliar o atendimento à comunidade e melhorar a qualidade dos serviços prestados pela instituição.
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‘Catarina presente’: emoção marca homenagem à estudante da UFSC vítima de feminicídio

24/11/2025 16:17

Comunidade empunhou cartazes com fotos e frases, lembrando a estudante de pós-graduação. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Um ato marcado pela emoção prestou homenagem à estudante Catarina Kasten, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), assassinada na última sexta-feira, 21 de novembro, na trilha da praia do Matadeiro, na região Sul de Florianópolis. O evento ocorreu na tarde desta segunda-feira, 24 de novembro, no varandão do Centro de Comunicação e Expressão (CCE), no Campus de Florianópolis, no bairro Trindade, onde estavam afixados cartazes com frases como “Justiça por Catarina Kasten”; “Basta de feminicídio”; “Catarina presente”; “Nem uma a menos” e  “Somos todos Catarina”.

A homenagem reuniu familiares, estudantes e colegas de Catarina, que era aluna do Programa de Pós-Graduação em Inglês: Estudos Linguísticos e Literários, além de professores e diretores de centros de ensino da UFSC. O reitor da Universidade, Irineu Manoel de Souza, participou discretamente, acompanhado por membros da gestão.

O companheiro de Catarina, Roger Filipe Sales Gusmão, falou dos planos do casal, entre eles o de construir uma casa no lote que haviam comprado. Ele contou que é natural de Ipatinga-MG, já morou em muitos lugares e considerava a capital catarinense o melhor lugar que havia conhecido. “Achava que Florianópolis era o lugar mais seguro do mundo, onde os portões das casas não ficam trancados”.

Ele não quis fazer comentários de teor político, afirmando ter recebido apoio de muitas pessoas com posições políticas diferentes da sua. Considerou que deve haver uma união de esforços para combater a violência e adoção de medidas como melhor iluminação e instalação de câmeras dedicadas à segurança pública. Roger também disse que não quer guardar nenhum sentimento de vingança.

Catarina vai batizar sala de estudos
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Congresso internacional promovido pela UFSC debate gestão universitária na América Latina

24/11/2025 15:03

Professores Luciano Rodrigues Marcelino, à esquerda, e Pedro Antônio de Melo, falam ao público. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

Com objetivo de fortalecer a gestão de instituições de ensino superior, objetivando a cooperação internacional, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio do Instituto de Pesquisas e Estudos em Administração Universitária (Inpeau), deu início ao 24° Congresso Internacional de Gestão Universitária (CIGU 2025), na manhã desta segunda-feira, 24 de novembro, em Florianópolis. O evento também marca o aniversário de 25 anos do primeiro congresso.

Representantes de diversas entidades da América Latina se reúnem para diálogos orientados, palestras, rodas de conversa interativa, apresentações de trabalhos acadêmicos, painéis, entre outras atividades. O evento tem o tema Universidade como promotora da cultura da paz e propulsora do desenvolvimento socieconômico. A programação, que se iniciou nesta segunda-feira, se estende até quarta-feira, 26 novembro, no Majestic Palace Hotel, na Avenida Beira-Mar Norte.

As atividades contemplam sete áreas temáticas: gestão do ensino, da pesquisa e da Extensão nas IES; gestão estratégica, tática e operacional em IES; governança universitária; avaliação institucional em IES; liderança e Gestão de Pessoas nas IES; inteligência artificial e inovação tecnológica na Educação Superior; e internacionalização na Educação Superior.

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Ministério da Educação homenageia ex-reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier de Olivo

14/11/2025 17:53

Ex-reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, é homenageado, em memória, pelo MEC. Fotos: Acervo Agecom/UFSC

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro da Educação, Camilo Santana, participaram nesta sexta-feira, 14 de novembro, da cerimônia de entrega da Ordem Nacional do Mérito Educativo, no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), em Brasília. Inserido nas celebrações pelos 95 anos do Ministério da Educação (MEC), o evento reconheceu mais de 200 personalidades que contribuíram para a promoção e o desenvolvimento da educação brasileira. Entre os agraciados, o ex-reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier de Olivo, homenageado in memoriam e representado por seu filho, Mikhail Cancellier, que recebeu a distinção das mãos do presidente e do ministro.

Ao abrir a solenidade, Camilo Santana afirmou que o momento “celebra histórias, compromissos e esperanças. Celebra um Brasil que acredita no poder transformador da educação, base de um país soberano, democrático e livre”. Ele lembrou que, “no início do ano, o governo lançou o programa Mais Professores, com eixos para estimular o ingresso em licenciaturas, aperfeiçoar a formação inicial e continuada e valorizar a carreira docente”. Em seguida, reforçou: “Professor não pode ser profissão de segunda categoria; tem de ser a mais importante da nação, porque todo mundo passa por um professor. Peço uma salva de palmas a todos os docentes que dedicam suas vidas a transformar a vida de crianças e jovens”. Ao encerrar, registrou agradecimento “a cada agraciada e a cada agraciado desta edição, nossa mais profunda gratidão. Todos fazem parte da história da educação brasileira, cada um contribuindo à sua maneira para o esforço coletivo que transforma o país”.

As declarações ocorreram no contexto do aniversário de 95 anos do MEC, celebrado em 14 de novembro. “São quase cem anos de construção coletiva, de políticas públicas fundamentais, de servidores dedicados e de mulheres e homens que fizeram deste Ministério um patrimônio do Estado brasileiro”, destacou o ministro. Ele também prestou homenagem, in memoriam, ao ex-reitor da UFSC Luiz Carlos Cancellier de Olivo, sublinhando a importância de reafirmar a autonomia universitária e o compromisso com a justiça.
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Estudo da UFSC desvenda mecanismo que faz células de defesa agravarem a Covid-19

14/11/2025 08:55

Um estudo com a participação de cientistas da Universidade Federal de Santa Catarina recentemente publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences, uma das revistas mais relevantes e citadas no mundo, desvendou um mecanismo molecular que faz células de defesa do corpo humano agirem no agravamento da Covid-19. A pesquisa tem como primeiro autor o pesquisador Rodrigo de Oliveira Formiga, egresso do Programa de Pós-Graduação em Farmacologia da UFSC, e contou com a co-autoria dos professores Fernando Spiller, do Departamento de Farmacologia, e Edroaldo Lummertz da Rocha, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia.

A publicação faz parte de um desdobramento da tese defendida por Formiga na UFSC, que estudou uma abordagem terapêutica para regular a resposta de neutrófilos na sepse e Covid-19. Os neutrófilos são as células de defesa do organismo humano que agem para conter as infecções, mas que, no caso da Covid-19, também prejudicam os tecidos celulares e podem levar à falência dos órgãos.

No artigo, os autores explicam o papel da proteína PCNA nesse processo de agravamento da Covid-19. A PCNA é uma proteína central para resposta inflamatória desregulada na doença em seu estágio agravado.

Os autores identificaram grandes quantidades dessa proteína no citoplasma dos neutrófilos de pacientes com Covid-19 grave e crítica. O citoplasma é um fluído das células onde essa proteína interage com outros fatores, levando à produção de espécies reativas de oxigênio e liberação de componentes do DNA da célula. É isso que contribui para a lesão dos tecidos do paciente infectado.

 

Gráfico explica descobertas da pesquisa

 

É como se o exército convocado para defender o organismo da infecção começasse a trabalhar também contra ele. O pulmão, que já está associado à gravidade da Covid-19 pela natureza respiratória da infecção, também é um dos primeiros órgãos a ter lesão na “sepse”, uma condição que leva à falência dos órgãos causada principalmente por essa desordem no comportamento dos neutrófilos.

“É o nosso próprio organismo que tenta montar uma resposta contra aquele agente agressor. Só que essa resposta é muito exagerada, ela é exacerbada e aí acaba tendo um efeito colateral que é a lesão das nossas próprias células. E quem contribui para essa lesão tecidual é principalmente o neutrófilo”, explica o professor Spiller.

Para realizar a pesquisa, os cientistas estudaram amostras celulares de pacientes humanos e também utilizaram modelos experimentais para entender o mecanismo da proteína nos processos de agravamento da Covid-19 e testar uma solução terapêutica.

As amostras de neutrófilos e de sangue de indivíduos saudáveis compuseram grupos de controle para a comparação com pacientes com diferentes níveis de gravidade da Covid-19. Para descrever a ação da PCNA, os cientistas utilizaram técnicas moleculares de alta precisão, com células em laboratório. Depois, a equipe ainda testou se o bloqueio da PCNA era uma estratégia viável para o tratamento da doença.

Terapia promissora

Covid-19 pode se agravar em função da atuação das células de defesa e levar o paciente à sepse (Foto: Arquivo Agência Brasil)

Para tentar bloquear os processos de hiperatividade das células de defesa na Covid-19 grave, os cientistas utilizaram uma molécula sintética – a T2AA, cuja função seria agir diretamente na proteína presente em grande quantidade nos neutrófilos, anulando sua ação. Os resultados foram positivos, já que houve redução na atuação extrema desses agentes no organismo.

Também foram feitos testes em camundongos infectados com um vírus similar ao da Covid-19, tratados com essa mesma molécula. O tratamento melhorou a condição clínica dos animais e reduziu a inflamação pulmonar, fortalecendo a tese de que inibir a proteína PCNA abundante nos neutrófilos é um caminho para futuros tratamentos.

“Quando sai um estudo como esse, que é de ciência básica, você está oferecendo para a comunidade científica um novo alvo terapêutico”, sintetiza Spiller, que destaca também o protagonismo do principal autor do estudo, a partir do desdobramento da sua tese. Hoje, o ex-orientando atua na Université Paris Cité e conduz trabalhos que iniciaram na UFSC e continuam, com parcerias internacionais.

Amanda Miranda |amanda.souza.miranda@ufsc.br
Jornalista da Agecom | UFSC

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UFSC fica em primeiro lugar do Brasil na área de Comunicação, com nota do Jornalismo, no RUF

10/11/2025 12:44

Comunicação da UFSC está em primeiro lugar na qualidade de ensino, professores com dedicação integral e permanência dos alunos. Foto: Anna Vitória Lemos/Rádio Ponto/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) conquistou o primeiro lugar na área de Comunicação entre os cursos das universidades brasileiras no Ranking Universitário da Folha (RUF) 2025, divulgado no domingo, 9 de novembro. Embora o ranking traga a área, de modo geral, como Comunicação, o curso da UFSC que consta da lista analisada é o de Jornalismo, conforme os organizadores do RUF.

Na lista geral, entre as instituições de ensino superior, a UFSC está em sétimo lugar e, entre as federais, em quarto, conforme o ranking deste ano. O RUF é elaborado pela Folha de São Paulo desde 2012.

Com as melhores avaliações dos cursos também estão as áreas de Engenharia de controle e automação da UFSC, em segundo lugar nacional, e Engenharia Mecânica, em terceiro do país. O ranking analisou cursos de graduação, divididos em áreas que abrangem nomes diversos utilizados pelas universidades.

Por isso, algumas vezes as áreas coincidem com nomes das graduações, em outras, não. Na Comunicação, por exemplo, estão listados de modo geral os cursos de Jornalismo e de Comunicação Social – Cinema, entre outros, no RUF 2025. No entanto, os organizadores do ranking informaram, por e-mail, que o curso de Cinema da UFSC não passou por análise da Folha.

No total, 28 cursos da UFSC ficaram entre os dez melhores do país. O RUF é uma avaliação anual de todas as 204 universidades ativas do país, conforme a Folha de São Paulo. O ranking usa dados nacionais e internacionais e duas pesquisas de opinião do Datafolha, em cinco aspectos: pesquisa, ensino, mercado, internacionalização e inovação.

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Professora da UFSC defende proteção a oceanos no primeiro dia da COP 30, em Belém

10/11/2025 10:35

Professora Regina Rodrigues, ao centro, adianta assuntos na coletiva de imprensa. Foto: Reprodução

A professora da coordenadoria de Oceanografia da UFSC, Regina Rodrigues, falou à imprensa, nesta segunda-feira, 10 de novembro, durante a programação da COP 30, sobre a importância do cuidado e da atenção com as questões relacionadas ao oceano. Para Regina, para preservar o ecossistema é importante ter atenção a questões como a sobrepesca e também à poluição dos oceanos. O ambiente marinho vem sendo afetado drasticamente pelo aquecimento global, o que faz com que os cientistas tenham particular interesse nele.

“É realmente importante ter políticas que reduzam a sobrepesca, juntamente com a melhoria da saúde do oceano, como a diminuição da poluição, enquanto a redução na temperatura da superfície do mar não é alcançada”, explicou a professora, ao ser questionada sobre a pesca de atum no Pacífico.

Regina participou da coletiva de lançamento do relatório 10 New Insights in Climate Science 2025/2026, que também será lançado ao público geral da COP 30, em Belém. A COP 30 é um evento mundial que reúne gestores públicos, lideranças globais e cientistas em torno da temática ambiental. Ela e a professora Marina Hirota, do Departamento de Física, fizeram parte do corpo editorial do relatório.

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UFSC desenvolve satélites do primeiro lançamento espacial comercial a partir do Brasil

05/11/2025 11:50

Equipamentos passam por uma ampla gama de ensaios (Divulgação/SpaceLab)

O SpaceLab, Laboratório de Pesquisa em Sistemas Espaciais da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), se prepara para colocar em órbita dois novos satélites que devem ser lançados até 28 de novembro a partir do Centro Espacial de Alcântara (CEA), no Maranhão. O lançamento do FloripaSat-2A e FloripaSat-2B  faz parte da missão Spaceward 2025, marcada para novembro e cuja data exata dependerá das condições meteorológicas e das verificações operacionais. Será a primeira vez que uma plataforma completa, projetada inteiramente pelo SpaceLab/UFSC, será testada em órbita.

A missão tem como objetivo principal a validação em órbita (IOV – In-Orbit Validation) de tecnologias desenvolvidas integralmente no próprio laboratório, consolidando a plataforma FloripaSat-2 como base para futuras missões científicas e acadêmicas. “Esses satélites representam o amadurecimento de uma linha de pesquisa que vem sendo construída há anos, unindo ciência, tecnologia e formação de pessoas”, afirma o professor Eduardo Bezerra, coordenador do SpaceLab. “Além do avanço técnico, é também a realização de um projeto que forma engenheiros e cientistas brasileiros capazes de atuar em todas as etapas de uma missão espacial.”

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Controle de cinco fatores de risco prolonga vida em até 14 anos, aponta estudo com coautoria da UFSC

04/11/2025 17:22

Tabagismo é um dos cinco fatores de risco cardiovascular que, controlados na meia idade, podem levar a aumento na expectativa de vida

Pessoas que conseguem controlar cinco fatores de risco cardiovascular frequentes na faixa dos 50 anos de idade podem aumentar em até 14 anos sua expectativa de vida. A conclusão é de uma grande pesquisa global que envolveu dados de mais de 2 milhões de participantes, coordenada por um consórcio científico liderado pela Universidade de Hamburgo, na Alemanha, e que contou com a participação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) por meio do estudo EpiFloripa – Condições de Saúde de Adultos e Idosos de Florianópolis.

O artigo Global effect of cardiovascular risk factors on lifetime estimates, publicado no The New England Journal of Medicine (NEJM) em março de 2025, considera a relação entre aumento da expectativa de vida saudável e o controle de cinco fatores de risco cardiovascular: hipertensão arterial, hiperlipidemia, obesidade/sobrepeso, diabetes e tabagismo.

O principal resultado da pesquisa indica que a ausência desses cinco fatores de risco aos 50 anos está associada a uma expectativa de vida significativamente mais longa: são mais 13,3 anos adicionais de vida livre de doença cardiovascular, no caso das mulheres, e 10,6 anos para os homens. Os anos adicionais de vida total para quem controla os cinco fatores de risco na meia idade são de até 14,5 para mulheres e 11,8 para homens.
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Pesquisa da UFSC sobre crimes políticos revela apagamento de líderes mulheres como Olga Benário

04/11/2025 09:30

Olga Benário foi expulsa do país e teve a morte como destino (Fotos: Memorial da Democracia)

Um estudo de jurimetria, ou seja, baseado em estatísticas de decisões judiciais, ajuda a entender o destino de Olga Benário, militante política perseguida pelo governo Getúlio Vargas na década de 1930. A pesquisa realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina e coordenada pelo professor Diego Nunes, do Programa de Pós-Graduação em Direito, traz à tona o caso da companheira do líder comunista Luís Carlos Prestes. Os fatos do passado ajudam a tratar de um dos resultados da análise: o apagamento das mulheres como lideranças políticas na época.

Olga Benário não só foi apagada das estatísticas de decisões judiciais do período como teve seu destino traçado pelo regime. Alemã e judia, ao invés de ser julgada no Brasil, foi enviada para a Alemanha nazista, em ordem de Vargas e com anuência do Supremo Tribunal Federal. Isso ocorreu em um contexto no qual seu advogado pediu um habeas corpus pouco usual: ele queria que sua cliente tivesse o direito de ser presa e de cumprir pena no Brasil, a exemplo do que ocorria com outras lideranças do Partido Comunista à época.

“Geralmente a gente entra com habeas corpus para pedir a liberdade, mas nesse caso o advogado já intuía que a expulsão dela seria uma medida muito mais gravosa, inclusive pelo fato de ela estar grávida de Luiz Carlos Prestes. Mas o Supremo Tribunal Federal chancelou a expulsão feita por Vargas, inclusive com argumentos de que ela estaria muito mais feliz e livre na Alemanha, quando de fato o que acabou acontecendo foi algo bem diferente”, explica o professor.

Essa seletividade do Tribunal de Segurança Nacional foi identificada em dados parciais na pesquisa de jurimetria coordenada por Nunes, com o objetivo de olhar para o passado para entender como crimes políticos em um momento de ditadura obedeciam a um certo padrão. Somente em um ano – de 1937 a 1938 – a amostra coletada foi de 229 processos da série Apelação, com 649 acusados com um padrão: homens brancos, alfabetizados, de meia-idade e de esquerda.
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Novembro Negro terá palestras e eventos de conscientização; confira a programação

03/11/2025 10:16

A programação do Novembro Negro, mês da Consciência Negra na Universidade Federal de Santa Catarina, começa nesta segunda-feira, com agenda de atividades em diversos centros e unidades da UFSC.

Os eventos propostos para a semana que começa no dia 3 e seguem até a próxima terça-feira, dia 11, já estão disponíveis na agenda oficial do mês, que será atualizada pela Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade. Debates sobre Descolonialidade, Saúde Coletiva: Agenda desde o sul global e programações voltadas às crianças do  Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) marcam a abertura das atividades, nesta segunda, dia 3.

Semana 1 – Novembro Negro

Dia 03/11
Letramento racial: abrindo caminhos para o antirracismo no Ensino Superior
Às 09h, Auditório Henrique Fontes CCE, térreo / Inscrições: inscricoes.ufsc.br/x-sell-evento.
A atividade busca conscientizar os estudantes e professores do Curso de Letras-Libras sobre a importância dos estudos raciais no combate à discriminação racial no ensino universitário.

Descolonialidade, Saúde Coletiva: Agenda desde o sul global
Às 14h, Auditório da Pós-Graduação do CCS – Bloco H
Aula aberta, com foco no debate sobre a necessidade de superação de perspectivas coloniais que ainda marcam as políticas e práticas em saúde, trazendo como caminhos outras correntes epistemológicas advindas do Sul Global. Promoção Coletivo de Discentes do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva UFSC.

Brincando com Antonieta de Barros
Às 14h30, no Auditório do Núcleo de Desenvolvimento Infantil/NDI
Contação da história “Antonieta de Barros” feita pela autora Eliane Debus. Após a narrativa, seguiremos para um espaço brincante com brincadeiras africanas, como amarelinha e terra-mar, em que as crianças do quarto ano da escola Simão Hess, ensinarão as crianças do NDI a brincar e partilharão o espaço do parque.

Roda de Conversa: Perspectivas para uma Pedagogia Antirracista em diálogo com a Literatura para a infância
Às 18h30, no Auditório do NDI/CED/UFSC- Essa atividade integra um conjunto de ações organizadas pela Equipe de Coordenação Pedagógica do Núcleo de Desenvolvimento Infantil que buscam ampliar o diálogo com a comunidade sobre questões fundamentais relacionadas à educação da pequena infância.

Dia 04/11

Comemoração dos 50 anos de independência de Angola em Florianópolis. O dia todo, na Polícia Federal do Floripa Shopping. Mutirão de Atendimento para comunidade migrante em geral. Inscrição no link para facilitar o processo de triagem de documentos. Mais informações com Elisa Dulce – Contato: (48) 99999-8106 – e-mail: assafmangole@gmail.com

Dias 06 e 07/11

Oficina no 2º Seminário da PROEXT-PG: Saberes em movimento – o evento busca fortalecer a extensão universitária como dimensão formativa essencial da pós-graduação. Mais do que um seminário, trata-se de um convite à troca de experiências e ao reconhecimento do papel transformador da universidade quando em diálogo direto com a sociedade. Inscrições no site.

Dia 11/11

O Atlântico negro na História: perspectivas afrocubanas
Às 18h30 na sala 301 do CFH. A mesa busca evidenciar como a produção intelectual e cultural afrodescendente em Cuba contribui para repensar as dinâmicas históricas da diáspora africana, os processos de racialização e as práticas de resistência no espaço atlântico, ampliando o debate sobre as conexões entre memória, identidade e emancipação nas Américas. Mais informações com Prof Waldomiro Lourenço da Silva Júnior, 48 3721 4881, waldomiro.silva@ufsc.br. Dep. História.

Confira a programação completa no site do Novembro Negro.

 

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Livro de pesquisadores da UFSC defende a bicicleta como forma de humanizar espaços públicos

31/10/2025 13:37

Aquarela que ilustra o livro ” Cicloturismo: Experiências e Perspectivas”.

“E se a bicicleta fosse mais do que um meio de transporte? E se ela fosse uma forma de habitar o tempo? De refazer caminhos? De resistir aos mapas impostos pelo turismo de massa e pela lógica acelerada das cidades?” É com esses questionamentos que somos convidados à leitura do livro digital Cicloturismo: Experiências e Perspectivas, um dos resultados das atividades desenvolvidas pelo Grupo de Pesquisa BikeTour da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

A obra reúne reflexões, experiências e práticas de 16 autores, integrantes do BikeTour, que atuam como professores e pesquisadores na UFSC, nas universidades federais do Paraná, Rio de Janeiro e Paraíba, e em institutos de pesquisa nacionais e estrangeiros. A publicação foi organizada por Marcos Bosquetti, professor do Departamento de Ciências da Administração (CAD/CSE/UFSC) e líder do grupo, em conjunto com a pesquisadora Mariana Fernanda Mendes, vinculada à Vélo Québec, do Canadá, e a professora Andréa Porto Sales, da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). 
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‘A saúde do oceano deve ser prioridade’, afirma professora da UFSC enviada especial à COP30

30/10/2025 11:54

O uso de combustíveis fósseis e o desmatamento sempre estiveram no cerne das discussões sobre aquecimento global e mudanças climáticas. Mas recentemente o oceano também vem ganhando mais espaço neste debate e terá inclusive uma representante oficial na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025. A professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Marinez Eymael Garcia Scherer será a voz dos oceanos na COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro, em Belém (PA).

Como Enviada Especial para os Oceanos da COP30, Marinez será responsável por elevar a posição do oceano nas discussões climáticas. “A prioridade agora é fazer com que o oceano ocupe lugar de destaque nas negociações climáticas, ao lado de temas como florestas e transição energética. Sendo o principal regulador climático do planeta, já passou da hora de trazer a saúde do oceano e as soluções baseadas no oceano para o centro das discussões”, afirmou. 
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UFSC aprova títulos a duas professoras por suas trajetórias de excelência e impacto social

28/10/2025 16:22

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou na tarde desta terça-feira, 28 de outubro, sessão especial – transmitida ao vivo pelo canal do CUn no YouTube – para apreciar duas concessões de títulos: Doutora Honoris Causa in memoriam e Professora Emérita -, ambas solicitadas pela Cátedra Antonieta de Barros: Educação para a Igualdade Racial.

Dora Lúcia de Lima Bertúlio

Em reconhecimento a sua trajetória e impacto, foi proposta a concessão do título de Doutora Honoris Causa in memoriam à docente Dora Lúcia de Lima Bertúlio, destacando sua relevância como jurista, ativista e intelectual na promoção da igualdade racial e na luta contra o racismo no Brasil. A relatoria foi da conselheira Maria Denize Henrique Casagrande.

O título de Doutor Honoris Causa é concedido pela UFSC “a pessoas eminentes, que não necessariamente sejam portadoras de um diploma universitário mas que se tenham destacado em determinada área (artes, ciências, filosofia, letras, promoção da paz, de causas humanitárias etc), por sua boa reputação, virtude, mérito ou ações de serviço que transcendam famílias, pessoas ou instituições”.

Dora Lúcia de Lima Bertúlio foi uma jurista, professora, ativista e intelectual catarinense, nascida em Itajaí, Santa Catarina, em 1949. Ao longo de sua vida, consolidou-se como uma referência na defesa da justiça social, na luta contra o racismo estrutural e na construção de políticas públicas voltadas à igualdade racial no Brasil. Graduada em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Dora desenvolveu uma trajetória profissional e acadêmica marcada pelo compromisso com a democratização do acesso à educação e pela promoção da equidade racial no espaço jurídico.
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Biodiversidade estudada na UFSC pode impulsionar tratamentos e conhecimento soberano

28/10/2025 11:04

Equipe do Laboratório trabalha para identificar moléculas promissoras em produtos naturais (Fotos: Gustavo Diehl/Agecom)

Mel. Manga. Bacuri. Fungos. Casca de banana. Cogumelos. A lista de organismos naturais que podem ter moléculas e compostos inovadores para tratamentos de saúde é infinita, mas alguns deles já estão na bancada do Laboratório de Química de Produtos Naturais da Universidade Federal de Santa Catarina.

Doenças epidêmicas, como dengue, zika, doença de Chagas, leishmaniose e Covid-19 podem se beneficiar, no futuro, de tratamentos que reconhecem a biodiversidade. Até mesmo câncer e Alzheimer também estão na mira dos cientistas que buscam solução para os problemas que mais afligem a humanidade. Os trabalhos ocorrem no Programa de Pós-Graduação em Química, com parcerias no país e no mundo.

O professor Louis Pergaud Sandjo, coordenador do laboratório, trouxe o desejo de estudar e conhecer produtos nativos de Camarões, país onde nasceu e iniciou a trajetória de pesquisador. Lá, analisou uma planta comestível, a Triumfetta cordifolia, popularmente conhecida como Nkui, e usada na medicina popular. Em um dado momento, a Nkui levou à sua tia, diabética, ao desmaio. Entender porque isso acontecia era importante, assim como destrinchar as combinações de compostos e moléculas escondidas na erva.

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Fortaleza de Ratones, em Florianópolis, deve reabrir em novembro após obras no trapiche de acesso

28/10/2025 10:52
A Fortaleza de Santo Antônio de Ratones, localizada na baía norte em Florianópolis, deve ser reaberta à visitação pública no mês de novembro, após a recuperação do trapiche. Essa é a expectativa da Coordenadoria das Fortalezas da Ilha de Santa Catarina da Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (CFISC/SeCArte) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), responsável pela administração das fortalezas.

Pilares do trapiche também serão recuperados. Foto: Nilcelei da Cruz Ferreira/UFSC

De acordo com Juan Airton Santos, coordenador da CFISC/SeCArtE, os serviços de manutenção do trapiche devem ser concluídos até a próxima sexta-feira, 31 outubro. Após a obra, uma equipe do Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia (DPAE/UFSC) fará a fiscalização e a liberação do equipamento para uso.

Conforme Rodolfo Pimenta, servidor que auxiliou no processo de restauração do trapiche, a estrutura já apresentava danos e o fechamento à visitação pública se tornou necessário após uma embarcação colidir com o local na virada do ano. Assim, a Fortaleza de Santo Antônio de Ratones foi fechada em 1º de janeiro. “O trapiche já tinha problemas estruturais e, após o impacto, optamos pelo fechamento imediato para garantir a segurança dos visitantes”, explicou.

A reforma está sendo executada pela empresa Três Fronteiras, responsável pelos passeios de catamarã até a fortaleza. O trabalho foi formalizado por meio do programa Doações.Govgarantindo que a intervenção ocorra sem custos para a UFSC.

Atualmente, três profissionais estão envolvidos diretamente nas obras, que incluem a troca completa das madeiras da base e da estrutura superior, além do reforço dos pilares. Um novo guarda-corpo também será instalado para aumentar a segurança no embarque e desembarque de visitantes.

As condições climáticas e a variação das marés causaram atrasos. “Alguns dias o trabalho precisa ser interrompido porque a maré alta impede o acesso por baixo da estrutura”, relata Rodolfo.
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Sepex 2025: rota temática foi oportunidade de conhecer laboratório com 16 mil abelhas

23/10/2025 18:54

Professora Josefina Steiner é a responsável pelo laboratório. Foto: João Hasse/Agecom/UFSC

As rotas temáticas fizeram parte da programação da 22ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e receberam toda a comunidade acadêmica. A rota Abelhas: materiais didáticos e coleção científica é coordenada pela professora Josefina Steiner, do Laboratório de Abelhas Nativas (LanUFSC), no Centro de Ciências Biológicas (CCB), em Florianópolis.

A exposição, montada com o apoio de bolsistas voluntários do curso de Biologia, apresenta aproximadamente 16 mil espécimes. “Só em Florianópolis já catalogamos mais de 220 espécies diferentes de abelhas”, explica a professora Josefina.

Além da beleza, o foco é educativo. A mostra integra um projeto de extensão universitária voltado à divulgação científica. “Hoje não temos um projeto de pesquisa em vigência, mas seguimos com várias ações de extensão”, conta a professora. 

Nem todas abelhas produzem mel
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Cinco professoras da UFSC são premiadas na 4ª edição do ‘Mulheres na Ciência’

16/10/2025 15:12

Prêmio Mulheres na Ciência foi entregue pela atual gestão da UFSC a cinco pesquisadoras da instituição. Fotos: Gustavo Diehl/Agecom

A ciência protagonizada por mulheres foi celebrada e prestigiada na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na tarde desta quarta-feira, 15 de outubro, na Sala dos Conselhos. Na quarta edição do Prêmio Mulheres na Ciência, a instituição reconheceu cinco trajetórias que impulsionam o conhecimento científico em suas áreas de conhecimento. Entre os objetivos da homenagem, sobressai o de inspirar estudantes — sobretudo jovens pesquisadoras — a enxergar a Universidade como espaço de oportunidades e de construção do futuro. A mensagem que o momento proporciona é que quanto mais diversa é a ciência, mais potente ela se torna.

O evento contou com as presenças e falas do reitor, Irineu Manoel de Souza; da vice-reitora, Joana Célia dos Passos; do pró-reitor de Pesquisa e Inovação (Propesq), Jacques Mick; e da pró-reitora de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), Leslie Sedrez Chaves — lideranças que também entregaram os diplomas às homenageadas do dia. A participação da gestão da UFSC simbolizou o compromisso institucional de avançar em políticas e ações concretas de valorização da ciência feita por elas.

Em uma cerimônia marcada por emoção e significado, as pesquisadoras expressaram sua gratidão à instituição pela criação da iniciativa e enfatizaram a relevância do prêmio, especialmente em um contexto onde as mulheres enfrentam jornadas múltiplas e desafios estruturais. Suas falas evidenciaram a força e a resiliência feminina na ciência, mostrando como, mesmo diante de adversidades, transformam suas trajetórias em inspiração e resultados que impactam positivamente a sociedade. O sentimento predominante foi de que a conquista vai além do âmbito individual, representando um triunfo coletivo que inclui colegas de trabalho, estudantes, familiares, amigos e, sobretudo, todas as mulheres que não tiveram as mesmas oportunidades.

Nesse contexto, a edição deste ano — realizada em data tão especial, no Dia do Professor — homenageou cinco docentes da UFSC em três grandes áreas do conhecimento.

 

Áreas do conhecimento Pesquisadora Categoria
Humanidades Aline Beltrame de Moura (Direito) Júnior
Elizete Vieira Vitorino (Ciência da Informação) Plena
Vida Ana Carolina Fernandes (Nutrição) Júnior
Exatas e da Terra Camila Fabiano de Freitas Marin (Química) Júnior
Cíntia Soares (Engenharia Química e Engenharia de Alimentos) Plena

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Ranking internacional mostra que UFSC tem 35 pesquisadores entre os mais influentes do mundo

15/10/2025 17:06

Ranking tem duas listas de produção científica: uma pela carreira do pesquisador outra pelo ano 2024. Foto: divulgação/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem 35 pesquisadores entre os mais influentes do mundo, considerando suas carreiras. O dado está em uma atualização do ranking internacional divulgado pela empresa holandesa Elsevier, voltada à área de publicações técnicas e científicas. A lista considera os 100 mil cientistas mais bem posicionados em critério criado para o ranking ou que tenham destaque em uma subárea específica.

O levantamento considera um índice – chamado c-score – calculado de acordo com o desempenho dos pesquisadores em número de citações, proporção de referências em publicações, entre outras métricas. São pesados no cálculo também, como forma de controle, as autocitações e as publicações formalmente desacreditadas pela comunidade científica, quando é o caso.

Produção até 2024

O ranking da Updated science-wide author databases of standardized citation indicators foi publicado em 19 de setembro. Ele traz duas listas dos pesquisadores mais influentes do mundo: uma que considera a carreira inteira do pesquisador e outra que leva em consideração apenas a produção científica de 2024. A UFSC tem 35 nomes na primeira lista e 32 pesquisadores na segunda. Há 16 pesquisadores da UFSC que aparecem em ambas as listas.

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Parceria entre UFSC e indústria impulsiona criação de polo de tecnologia automotiva em Joinville

13/10/2025 17:53

Cemac será instalado junto ao Ágora Tech Park, em Joinville, em uma área com mais de 2 mil metros quadrados. Imagem: divulgação

Um projeto desenvolvido em parceria entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Campus de Joinville, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a empresa Walbert tem a ambição de transformar Joinville em um dos principais polos de manufatura avançada, ciência aplicada e inovação industrial do País. O projeto do Centro de Excelência em Manufatura Avançada e Cluster Automotivo (Cemac) foi aprovado em uma chamada pública conjunta da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

A proposta entra agora na fase de negociação com a Finep, etapa do edital que envolve o detalhamento técnico-operacional e a formalização do apoio financeiro, no montante de R$ 94 milhões. Assim que os recursos forem liberados será iniciada a implantação, que prevê a obra civil, aquisição de equipamentos e contratação de pesquisadores e bolsistas. A expectativa é de que o Cemac inicie suas atividades em 2026.

De acordo com o planejamento, o Cemac será instalado junto ao Ágora Tech Park, em uma área com mais de 2 mil metros quadrados. Trata-se de uma infraestrutura inédita em Santa Catarina, que integrará uma planta piloto industrial inteligente (smart factory), uma plataforma digital de serviços tecnológicos especializados e cinco laboratórios temáticos interconectados e voltados a áreas-chave da manufatura avançada: simulação computacional, automação inteligente, metrologia e certificação, materiais avançados e sustentabilidade industrial.
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Exposição traz poema inédito e outras obras de Franklin Cascaes para a UFSC

10/10/2025 17:09

Das linhas do traço do nanquim às linhas das rendas de bilros são feitas as obras de Franklin Cascaes.

Desenhos feito a tinta nanquim. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

A exposição Cascaes entre linhas reúne desenhos, esculturas e um poema inédito do ceramista, gravurista, escritor, pesquisador e folclorista da cultura de Santa Catarina, Franklin Joaquim Cascaes, além de rendas de bilro do acervo do Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A mostra está na Sala Cascaes, no terceiro andar do MArquE, até o final do segundo semestre letivo. 

O nome da exposição foi escolhido para mostrar a linha do tempo, desde a produção dele como artista, ao trabalho das mulheres transformando o algodão em linha e depois o algodão em renda. “A linha da escrita, com a linha do desenho, com a linha da escultura”, revela a mestranda do Programa de Pós-graduação em Literatura da UFSC Katiely Michielin, que é curadora da exposição junto com o professor Ricardo Gaiotto.

Os Cadernos de Cascaes

O artista multifacetado teve um novo poema encontrado depois de 42 anos da sua morte. “A gente quer que as pessoas descubram esse lado escritor do Cascaes. E não só esse escritor desse universo fantástico. Mas o seu interesse genuíno por história e geografia de Santa Catarina”, diz a curadora.
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Ranking internacional coloca UFSC em quinto lugar entre apoiadoras da indústria no Brasil

09/10/2025 17:10

Isabela Bianchi Pizzani, do Curso de Engenharia Naval da UFSC Joinville, explica o funcionamento do canal de água circulante ao colega. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

O World University Rankings 2026, elaborado pela revista inglesa Times Higher Education (THE), lista a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em quinto lugar entre as universidades brasileiras mais bem avaliadas no pilar Indústria. Conforme a metodologia do ranking, essa nota é atribuída à habilidade da instituição em “ajudar a indústria com inovações e invenções”.

World University Rankings 2026, divulgado nesta quinta-feira, 9 de outubro, traz avaliações em cinco pilares centrais – Ensino, Ambiente de Pesquisa, Qualidade de Pesquisa, Indústria e Perspectiva Internacional – além de uma nota de desempenho geral.

No pilar relacionado à indústria, o ranking atribui à UFSC a nota 65,5. Nesse critério, só outra instituição federal aparece na frente da UFSC: a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que tem 84,9 pontos. Em primeiro lugar no pilar relacionado à indústria, está a Universidade de São Paulo (USP), com nota 96,6.

Conforme o documento que descreve a metodologia utilizada no World University Rankings 2026, esse quesito está divido entre o número de patentes geradas com pesquisas das universidades e os recursos que o setor produtivo devolve às instituições.

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UFSC lidera pesquisa nacional pioneira sobre saúde bucal da população trans

03/10/2025 10:00

Equipe da pesquisa Transbucal Brasil em Manaus (AM): coleta de dados visa identificar condições de saúde bucal das pessoas trans e subsidiar políticas públicas. Foto: Divulgação/Transbucal Brasil/UFSC

Um estudo pioneiro conduzido pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou um panorama preocupante sobre a saúde bucal da população transgênero atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Florianópolis. A discriminação aparece como uma das principais barreiras: entre os participantes da pesquisa, 70% disseram já terem sido alvo de preconceito ao buscar atendimento odontológico, com 54% abandonando o tratamento em função dessa dificuldade. Altos índices de cáries não tratadas, perda dentária e problemas periodontais também foram observados no levantamento, evidenciando que a falta de políticas públicas específicas impacta diretamente na qualidade de vida desse público.

A inexistência de dados populacionais sobre as pessoas trans, a invisibilidade dos problemas de saúde bucal dessa população e a urgência na definição de serviços específicos de saúde que contemplem essa problemática impulsionaram uma iniciativa de ampliação da pesquisa feita em Florianópolis. A pesquisa Transbucal Brasil, de abrangência nacional, é liderada pelos pesquisadores da UFSC em parceria com outras universidades, movimentos sociais e comunidade trans nas cinco regiões brasileiras.

De acordo com a professora Andreia Morales Cascaes, do Departamento de Saúde Pública da UFSC, há poucos estudos que tratem da saúde bucal das pessoas transgênero e que considerem as especificidades desse público. “Não temos dados oficiais em pesquisas como o Censo, ou em pesquisas nacionais que revelem dados epidemiológicos. Estimamos, por exemplo, que a população trans no Brasil seja composta por 2% de toda a população brasileira, o que dá aproximadamente 4 milhões de pessoas. Mas esta é uma estimativa baseada em estudos mundiais, pois não há dados oficiais no país”, ressalta ela, que coordenou a pesquisa Transbucal em Florianópolis e é líder da pesquisa nacional.

Nessa perspectiva, a população trans enfrenta uma situação de invisibilidade tanto no que diz respeito à saúde geral quanto à saúde bucal. “As pessoas trans enfrentam uma série de barreiras para acessar serviços de saúde de modo geral, e a situação é mais dramática do ponto de vista da saúde bucal”, constata a professora. Nem mesmo a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais contempla a saúde bucal desse grupo. Andreia ressalta que os serviços de saúde transespecíficos do SUS, como o Ambulatório Trans de Florianópolis, não preveem a inclusão de equipes de saúde bucal. “Eu costumo dizer que, para as políticas públicas, a população trans não tem boca”, ironiza. “Nós advogamos por esse princípio de inclusão social, da saúde bucal como um direito social. Para chegar nisso, é preciso ter dados que nos permitam entender, de forma precisa, a necessidade de olhar para a saúde bucal desse público específico”, diz a professora Andreia.

Etapa local: Transbucal Floripa
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Relatório da UFSC e Udesc sobre violência policial em Florianópolis revela medo em comunidades

02/10/2025 09:30

“Deixa sua mente com medo”, afirmou uma moradora. Foto: Maria Isabel Miranda/Zero/UFSC

“O Estado só vem aqui para matar. Tenho medo de não estar em casa e eles virem, e de estar em casa e eles virem”. A fala é de um morador que participou de um estudo do Instituto Memória e Direitos Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (IMDH/UFSC) e da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O depoimento integra o relatório Representações da Violência Policial: rodas de conversa com comunidades e profissionais de Florianópolis, publicado em junho. 

Foram ouvidas 115 pessoas em 13 rodas de conversa conduzidas entre 2021 e 2024 com comunidades da Grande Florianópolis, organizações da sociedade civil, membros da Defensoria Pública do Estado de Santa Catarina e do Ministério Público de Santa Catarina. As conversas foram mediadas por professoras e estudantes da UFSC e da Udesc, que propuseram um ambiente de escuta para os moradores das comunidades. Com poucos dados à disposição, o objetivo do grupo era ouvir. 

“Quando a gente pensa nesse cenário de pesquisa de violência policial em Santa Catarina, infelizmente, a gente ainda tem um campo um pouco vazio, que a gente [no IMDH] tem construído dia após dia”, explica Jo Klinkerfus, doutoranda em Antropologia pela UFSC e coautora do relatório. A ausência de dados públicos levou as pesquisadoras a buscarem uma metodologia menos quantitativa e mais qualitativa para o trabalho. 
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Ferramenta gratuita desenvolvida na UFSC facilita avaliação de pacientes com dor no quadril

01/10/2025 14:00

Plataforma foi desenvolvida para auxiliar profissionais da saúde a monitorarem a qualidade do movimento dos pacientes. Foto: divulgação

Durante seu mestrado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o fisioterapeuta e pesquisador Diogo Almeida Gomes desenvolveu uma ferramenta on-line gratuita que permite avaliar, de forma simples, rápida e acessível, a qualidade do movimento de pessoas com dor no quadril. Elaborada em colaboração com fisioterapeutas, a Simpli-Fai, ou Escala de Desempenho do Agachamento Unilateral para Indivíduos com Síndrome do Impacto Femoroacetabular, foi construída com a proposta de ajudar profissionais da saúde a monitorar pacientes e direcionar sua reabilitação. 

Diogo realizou o trabalho no Programa de Pós-Graduação em Ciências da Reabilitação, sob orientação da professora Heiliane de Brito Fontana e coorientação de Marcelo Peduzzi de Castro. O trabalho foi desenvolvido junto ao Grupo Pesquisa em Biomecânica Musculoesquelética (BSiM/UFSC), a partir de uma ideia que surgiu durante o projeto de extensão Biomecânica e controle motor do tronco e dos membros inferiores: ciência aplicada à prática – uma colaboração entre a UFSC, a Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) e a clínica de fisioterapia em que Diogo trabalhava.

Segundo o pesquisador, a ideia veio de sua própria experiência trabalhando em uma clínica de fisioterapia. As metodologias disponíveis para a avaliação até então eram caras e difíceis de aplicar, demandavam muito tempo dos profissionais – tanto para a avaliação do paciente quanto para a análise de dados.

“Com esses métodos mais tradicionais, de avaliação biomecânica, de avaliação quantitativa, tu precisas de todo um aparato, precisa posicionar marcadores no paciente, conectar com um software, precisa ter todo um ajuste de posição também de quem está avaliando, de quem está sendo avaliado, de testes. Então, uma avaliação dessas, quando bem feita, pode levar de duas a três horas, enquanto o procedimento da nossa avaliação, utilizando a escala, pode durar de um minuto a um minuto e meio”, explica Diogo.
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