Decisão coletiva e histórica: UFSC exerce sua autonomia e altera o nome do campus na Trindade

17/06/2025 18:42

O reitor e presidente do CUn, Irineu Manoel de Souza, abriu a sessão especial sobre a alteração do nome do campus sede da UFSC. Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

“Aprovado por 56 votos favoráveis a alteração do nome do campus”. O anúncio do resultado final da votação do Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) se mesclou ao som das manifestações e aplausos dos participantes da sessão especial, que ao concluir este processo, comemoraram e se emocionaram com a decisão coletiva e histórica da instituição.

O momento foi concretizado na tarde desta terça-feira, 17 de junho, no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, com transmissão ao vivo pelo canal do CUn no YouTube. A decisão final, originalmente prevista para a última sexta-feira, 13 de junho, foi adiada após um pedido de vistas, aumentando as expectativas do público interno e externo à Universidade em torno da sessão de hoje. Para que essa alteração fosse aprovada, foi determinado pelo CUn o regime de voto aberto e quórum qualificado de três quintos dos membros.

O conselheiro-relator, Hamilton de Godoy Wielewicki, reiterou os trechos finais do seu parecer antes da votação

Antes da votação, os trechos finais do parecer aprovado foram apresentados pelo conselheiro Hamilton de Godoy Wielewicki, que destacou a importância de uma decisão fundamentada e ponderada, baseada nas evidências reunidas pela Comissão Memória e Verdade (CMV-UFSC). O parecer apontou que o ex-reitor João David Ferreira Lima, homenageado no nome do campus, teve sua trajetória associada a situações que configuraram graves ameaças aos direitos humanos durante o regime militar brasileiro (1964-1985). O relator defendeu a mudança e sugeriu a seguinte redação para o Estatuto da UFSC: “Art. 1º A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), autarquia de regime especial vinculada ao Ministério da Educação (Lei nº 3.849, de 18 de dezembro de 1960 – Decreto nº 64.824, de 15 de julho de 1969), é uma instituição de ensino superior e pesquisa, multicampi, com sede no Campus Universitário localizado no Bairro Trindade, em Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina”.

A sessão foi marcada novamente pela ampla participação de movimentos estudantis, servidores técnicos e docentes, e a comunidade externa, evidenciando o impacto e a relevância do tema. O debate gerou intensas discussões dentro e fora da academia, com manifestações de apoio à mudança e críticas de setores que questionaram a revisão histórica conduzida pela UFSC. O reitor Irineu Manoel de Souza, presidente do Conselho Universitário, abriu os trabalhos estabelecendo as regras para o funcionamento da sessão, como a proibição de novos pedidos de vistas, com o objetivo de evitar mais adiamentos. Esta foi a quarta reunião do Conselho dedicada às discussões relacionadas às conclusões da Comissão Memória e Verdade (CMV), criada para investigar e propor ações sobre eventos ligados ao período da ditadura militar.

A proposta de alteração do nome do campus, que atualmente homenageia o ex-reitor João David Ferreira Lima, origina-se da sexta recomendação da Comissão para Encaminhamento das Recomendações Finais (CER), aprovada com base no relatório da CMV-UFSC. Das 12 recomendações aprovadas, a de número 6 propõe revisar homenagens a personalidades que, de alguma forma, colaboraram com o regime militar.
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Decisão sobre troca do nome do campus da UFSC é adiada após pedido de vistas

13/06/2025 19:56

Auditório Garapuvu estava repleto para a sessão especial do Conselho Universitário nesta sexta-feira, 13, sobre a mudança do nome do campus na Trindade. Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

A decisão sobre a alteração do nome do campus sede da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que seria deliberada durante a sessão especial do Conselho Universitário (CUn) nesta sexta-feira, 13 de junho, foi adiada após um pedido de vistas feito pelo conselheiro Alexandre D’Avila da Cunha, representante da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc). Sob forte pressão do público presente, a presidência teve que encerrar a sessão, em respeito ao regimento interno, transferindo a votação para a próxima reunião, marcada para terça-feira, 17 de junho. O encontro ocorreu no Auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, e foi transmitido ao vivo pelo canal do YouTube do CUn.

A proposta de alteração do nome do campus, localizado no bairro Trindade, é baseada na sexta recomendação da Comissão para Encaminhamento das Recomendações Finais da Comissão Memória e Verdade (CMV) da UFSC, que investigou a colaboração de membros da universidade com o regime militar. A CMV apontou que o ex-reitor João David Ferreira Lima teria contribuído com informações aos órgãos de repressão, resultando em perseguições a professores, estudantes e servidores durante a ditadura militar.

O tema vem sendo amplamente debatido desde a última sessão do dia 6 de junho, quando o Conselho Universitário aprovou, por ampla maioria, as 12 recomendações do relatório da CMV, e rejeitou o pedido de impugnação apresentado pela advogada da família Ferreira Lima, Heloísa Blasi Rodrigues. Apesar das tentativas de deslegitimação do relatório por grupos externos, a proposta de renomeação foi mantida na pauta, gerando grande mobilização dentro e fora da Universidade.
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Conselho aprecia nesta sexta-feira proposta de alteração do nome do campus da Trindade

11/06/2025 16:10

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realiza na próxima sexta-feira, 13 de junho, a partir das 14h, sessão especial para apreciar a recomendação de alteração do nome do Campus de Florianópolis, situado no bairro Trindade.

A sessão será realizada em formato híbrido. A parte presencial terá acesso aberto à comunidade universitária, no Auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo. A parte on-line será realizada via webconferência da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP). Haverá transmissão ao vivo pelo canal do CUn no YouTube.

A proposta de alteração do nome do Campus Reitor João David Ferreira Lima tem origem na recomendação número 6 do parecer da Comissão para Encaminhamento das Recomendações Finais da Comissão Memória e Verdade da UFSC. A votação será com quórum qualificado de três quintos dos membros e regime de voto aberto.

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Conselho Universitário analisa mudança de nome do campus da UFSC em Florianópolis

24/04/2025 18:38

Estátua em homenagem ao primeiro reitor da UFSC em frente à Reitoria, no Campus de Florianópolis. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deve analisar em sua próxima sessão, na terça-feira, 29 de abril, o processo sobre um tema que tem provocado debates na comunidade universitária e repercussão além dos muros da instituição. A comissão designada pelo CUn para dar encaminhamento às recomendações da Comissão Memória e Verdade (CMV) da UFSC apresentou, no seu relatório final, a proposta de retirar o nome de João David Ferreira Lima, o primeiro reitor (1962-1972), da denominação do campus-sede, localizado no bairro Trindade, em Florianópolis.

Ao mesmo tempo, os conselheiros devem ser convocados a se manifestar sobre um processo iniciado pelos familiares do ex-reitor que busca a impugnação do relatório final da Comissão Memória e Verdade e impedir qualquer retirada de homenagem a João David Ferreira Lima, entre outras medidas. A alegação para essa contestação é de que a comissão não teria observado os princípios do contraditório e da ampla defesa no decorrer do seu trabalho.

O relatório final da Comissão Memória e Verdade foi apresentado e aprovado por unanimidade pelo Conselho Universitário em 25 de setembro de 2018. No documento, a comissão fez uma série de recomendações, entre as quais estava a de reavaliação de homenagens concedidas anteriormente àqueles que praticaram comprovadamente denunciações e perseguições durante a ditadura civil-militar.

A contestação apresentada pela família de Ferreira Lima teve início ainda no final de 2022, por meio de um requerimento apresentado à Reitoria. Esse pedido deu origem a um processo administrativo, autuado em 5 de janeiro de 2023. O pedido de impugnação foi apresentado pela advogada Heloisa Blasi Rodrigues, em nome de David Ferreira Lima, filho do ex-reitor.

À época, a Universidade não havia designado ainda um grupo para dar encaminhamento às recomendações da Comissão Memória e Verdade, o que ocorreu na sessão do Conselho Universitário no final de março. A petição buscava impedir a implementação de medidas que poderiam “atingir ainda mais e de maneira sempre danosa a imagem do ex-reitor, bem como apagar da história da universidade, as inúmeras e profícuas atividades administrativas dos primeiros anos de criação e implantação da UFSC”.

Família argumenta que comissão teve visão unilateral e enviesada dos fatos

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E-book gratuito descreve fatos ocorridos na UFSC durante a ditadura civil-militar

08/09/2021 12:28

A Editora da UFSC (EdUFSC) lançou na última segunda-feira, 6 de setembro, o e-book Memórias reveladas da UFSC durante a ditadura civil-militar. O livro, que pode ser baixado gratuitamente no site da editora, descreve fatos ocorridos no âmbito da Universidade ao longo do período de ditadura. A obra foi organizada por Jean-Marie Farines, Laura Tuyama e Marli Auras.

A publicação é a consolidação dos documentos e depoimentos colhidos pela Comissão Memória e Verdade da UFSC e apresentados no seu relatório final. Essas fontes confirmaram que vários estudantes, professores e servidores foram vítimas de violações dos direitos humanos. Mas mostraram também que, apesar do clima de repressão e de medo, existiu uma forte resistência dos movimentos estudantil e docente, comprometidos com a redemocratização da universidade e do país.

Um episódio do programa Livro em Cena, realizado em parceria com a TV UFSC, entrevista os professores Jean-Marie Farines e Marli Auras: 

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Comissão Memória e Verdade convida ex-estudantes da UFSC para falar da resistência à ditadura

31/08/2016 11:39

CMV_segunda_audienciaA Comissão Memória e Verdade da Universidade Federal de Santa Catarina (CMV-UFSC) promove a segunda sessão de depoimentos públicos sobre “Movimento estudantil e resistência à ditadura na UFSC – anos 1970/1980”.

O evento ocorre nesta quarta-feira, 31 de agosto, às 19h, no Auditório da Reitoria.

Os convidados são cinco ex-estudantes da UFSC do período: Elineide Martins, Rosângela de Souza, Marize Lippel, Margareth Grando e Marcos Neves.

Os estudantes foram protagonistas e testemunhas de episódios como a Operação Barriga Verde, a Novembrada e a reorganização do movimento estudantil no período mais violento da ditadura civil-militar.

Faz parte da programação uma exposição fotográfica do jornalista e historiador Celso Martins. A exposição estará montada no hall do auditório da reitoria. Autor do livro “Os quatro cantos do sol”, Celso também é o principal fotógrafo das ações do movimento estudantil de Florianópolis nesse período.

Esta é a segunda audiência pública promovida pela CMV-UFSC. A primeira foi no dia 2 de maio de 2016, com os ex-estudantes Ana Maria Beck, Heitor Bittencourt Filho, João Tadeu Soccas e Ronaldo Andrade. Os participantes falaram sobre as lutas e a ação repressiva durante a ditadura, especialmente nas décadas de 1960 a 1970 na UFSC.
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Comissão Memória e Verdade convida ex-estudantes da UFSC para falar sobre resistência à ditadura

24/08/2016 15:32

CMV_segunda_audienciaA Comissão Memória e Verdade da Universidade Federal de Santa Catarina (CMV-UFSC) promove a segunda sessão de depoimentos públicos sobre “Movimento estudantil e resistência à ditadura na UFSC – anos 1970/1980”.

O evento será na quarta-feira, 31 de agosto, às 19h, no Auditório da Reitoria.

Os convidados são cinco ex-estudantes da UFSC do período: Elineide Martins (a confirmar); Rosângela de Souza; Marize Lippel, Margareth Grando e Marcos Neves.

Os estudantes foram protagonistas e testemunhas de episódios como a Operação Barriga Verde, a Novembrada e a reorganização do movimento estudantil no período mais violento da ditadura civil-militar.

Faz parte da programação uma exposição fotográfica do jornalista e historiador Celso Martins. A exposição estará montada no hall do auditório da reitoria. Autor do livro “Os quatro cantos do sol”, Celso também é o principal fotógrafo das ações do movimento estudantil de Florianópolis nesse período.

Esta é a segunda audiência pública promovida pela CMV-UFSC. A primeira foi no dia 2 de maio de 2016, com os ex-estudantes Ana Maria Beck, Heitor Bittencourt Filho, João Tadeu Soccas e Ronaldo Andrade. Os participantes falaram sobre as lutas e a ação repressiva durante a ditadura, especialmente nas décadas de 1960 a 1970 na UFSC.
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Site da Comissão da Memória e Verdade da UFSC recebe depoimentos

04/05/2016 12:23

CMV2A Comissão da Memória e Verdade (CMV) da UFSC disponibiliza, em seu site, informações sobre os trabalhos que desenvolve, além de diversos documentos e fontes de referências afins. A principal novidade na página é o link para envio espontâneo de depoimentos. Quem foi estudante, professor ou servidor da UFSC entre 1960 e 1985, ou conheceu pessoas que passaram pela universidade nesse período, pode enviar relatos em texto escrito, áudio ou vídeo. “Esse espaço é muito importante pois amplia as possibilidades de obtermos informações que retratam a época”, explica o professor Jean Marie Farines, coordenador da comissão.

A comissão iniciou suas atividades em janeiro de 2015 e tem o prazo para concluí-las em dezembro de 2016. Além do coordenador, compõem o grupo oito membros titulares, dois colaboradores e oito estagiários. A professora Tania Regina Oliveira Ramos, titular, afirma que uma das principais contribuições da CMV tem sido levantar parte da história que ainda não estava facilmente acessível para o público. “É um material muito rico. É fundamental recuperar essa história para entender a universidade hoje”. Tânia relata que os casos de censura na UFSC eram mais velados, pois havia muita conivência da reitoria com o exército. “Havia muitos arranjos, muitas trocas. A universidade ainda era nova, pequena e descentralizada. Os prédios eram dispersos, o que dificultava a mobilização. O movimento estudantil sofreu muito nessa época”. A professora acrescenta que a sociedade catarinense era bastante conservadora, o que facilitou a adaptação ao regime.
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Palestra abre trabalhos públicos da Comissão da Memória e Verdade

01/04/2015 12:14

Uma reflexão sobre a ditadura militar no Brasil entre 1964 e 1985 deu o tom na abertura dos trabalhos públicos da Comissão da Memória e Verdade da UFSC, criada em dezembro de 2014, no auditório da Reitoria, na manhã desta quarta-feira, 1º de abril. Na palestra sobre o legado da Comissão Nacional da Verdade (CNV), a advogada e professora universitária Rosa Maria Cardoso da Cunha destacou um conjunto de recomendações para a continuidade da democracia no Brasil. “São medidas de proteção aos direitos, para que não haja repetição daquela conduta de exceção”. Segundo Rosa, que foi coordenadora da CNV entre maio e agosto de 2013, “o direito à verdade não se esgota com os trabalhos de comissões, deve ser estendido na sociedade brasileira”.
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Legado da Comissão Nacional da Verdade é tema de palestra, nesta quarta, na UFSC

31/03/2015 09:23

A Comissão da Memória e Verdade da UFSC irá iniciar seus trabalhos públicos nesta quarta. dia 1º de abril, às 9h, com a palestra “O legado da Comissão Nacional da Verdade à sociedade brasileira”, ministrada pela advogada e professora universitária Rosa Maria Cardoso da Cunha, no auditório da Reitoria. Rosa Maria foi a quarta coordenadora da Comissão Nacional da Verdade (CNV), entre maio e agosto de 2013, a qual tem integrado desde sua instalação em maio de 2012.

Segundo a professora e membro da Comissão da Memória e Verdade da UFSC, Ana Lice Brancher, a atividade “é importante na conjuntura atual, em que ainda há pessoas querendo a volta dos militares ao poder. Uma parte da sociedade não sabe o que foi a ditadura e será possível esclarecer o que significa viver num regime ditatorial, com a perda de direitos e perseguições”.

Além da palestra, Rosa Maria participa de um encontro com os membros da Comissão da UFSC para discutir metodologias de trabalho durante a tarde. “É uma reunião interna e ela irá conversar conosco e orientar sobre a experiência das entrevistas, de como conseguir acesso a determinados arquivos, lidar com os representantes das Forças Armadas, entre outros assuntos.”
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Seleção de bolsistas para Comissão da Memória e Verdade da UFSC

24/03/2015 10:12

A Comissão da Memória e Verdade da UFSC seleciona estudantes de graduação, de todos os cursos e  fases, para dez vagas de bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Estágio (Pibe), para as seguintes atividades: pesquisa documental, gravação de entrevistas e audiências públicas em áudio e vídeo, transcrição de entrevistas, elaboração e atualização de página da internet e demais atividades acadêmicas e administrativas de assessoramento dos trabalhos da Comissão.

Período: 1º e 2º semestres de 2015.
Vagas: 10.
Condições: matrícula regular em curso de graduação da UFSC (campus de Florianópolis), com disponibilidade de 20 horas semanais.
Inscrições: de 16 a 25 de março, pelos e-mails cmv.cun@contato.ufsc.br ou cmv-ufsc@contato.ufsc.br.
Documentos a serem encaminhados no ato da inscrição: histórico escolar; comprovante de matrícula; breve currículo.
Data/local de seleção: 26 de março, sala 301 (Lastro), Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), bloco D, a partir das 14h, por ordem de chegada.
Critérios de seleção: a comissão realizará entrevistas e analisará os históricos escolares dos candidatos, definindo como prioridades as capacidades e habilidades para o desempenho das atividades acima listadas.

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Comissão da Memória e Verdade da UFSC tem sua primeira reunião

26/02/2015 17:03

Membros da Comissão da Memória e Verdade da UFSC reuniram-se pela primeira vez nesta segunda-feira, dia 23. (Foto: Caetano Machado / Agecom / UFSC)

A Comissão da Memória e Verdade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), criada em dezembro após aprovação no Conselho Universitário (CUn), reuniu-se, pela primeira vez, na última segunda-feira, dia 23. A Comissão é formada por dez membros da comunidade universitária e trabalhará durante um ano para apurar e identificar atos arbitrários, violentos e de cerceamento das liberdades individuais e dos direitos humanos que atingiram a comunidade da UFSC no período de 1º de abril de 1964 a 5 de outubro de 1988.

A reunião do grupo foi aberta à comunidade, assim como serão os próximos encontros, que acontecerão no Laboratório de Sociologia do Trabalho (Lastro), localizado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH).

O primeiro ato planejado pela Comissão será uma palestra, ministrada pela advogada e professora universitária Rosa Maria Cardoso da Cunha, agendada para o dia 1º de abril, Dia Estadual do Direito à Verdade e à Memória, às 9h, no Auditório da Reitoria.

Ana Lice Brancher, professora do Colégio de Aplicação e membro da Comissão, avalia como positiva a primeira reunião do grupo. “Começaremos, já a partir da próxima semana, a colher depoimentos. Ao mesmo tempo, existe um grupo de trabalho já atuando na busca de arquivos, atas do Conselho Universitário e analisando teses, dissertações, trabalhos de conclusão de curso, livros, e publicações na imprensa. Vamos também lançar um edital para a contratação de 10 bolsistas para dar suporte aos trabalhos da Comissão”, explica Brancher.
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UFSC cria Comissão da Memória e Verdade

22/12/2014 13:54

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio de seu Conselho Universitário (CUn), aprovou por unanimidade a criação da Comissão da Memória e Verdade da UFSC, durante sessão extraordinária realizada na última terça-feira, 16 de dezembro. A Comissão será formada por dez membros da comunidade universitária e trabalhará durante o período de um ano para apurar e identificar atos arbitrários, violentos e de cerceamento das liberdades individuais e dos direitos humanos que atingiram a comunidade da UFSC no período de 1º de abril de 1964 a 5 de outubro de 1988. Após a aprovação do Conselho, a criação da Comissão será oficializada por meio de publicação no Boletim Oficial da UFSC.

Dentre as justificativas para criar a Comissão, foram citadas, além da necessidade de apuração, a prerrogativa de que a UFSC deve revisitar fatos desse período, estabelecer marcos de memória que demonstrem à comunidade a apuração desses fatos e registrar as experiências para futuras gerações. A Comissão ficará responsável por acessar os arquivos da UFSC e externos à Universidade, colher depoimentos, realizar audiências públicas e apresentar, no prazo de um ano, um relatório final circunstanciado ao Conselho Universitário. Além disso, a Comissão deverá estudar e propor medidas de reparação aos atingidos por ações repressivas na UFSC, bem como propor demais medidas em defesa da institucionalização da memória das ocorrências investigadas.
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