Feira do Livro da UFSC é destaque no início do segundo semestre letivo

11/08/2025 13:37

Feira do Livro da UFSC, de 11 a 14 de agosto, reúne 19 editoras brasileiras no Hall da Reitoria. Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

No dia em que a UFSC abre o segundo semestre letivo, teve início a Feira do Livro da instituição, um dos eventos literários mais aguardados do calendário acadêmico e o maior de sua história. A abertura foi realizada nesta segunda-feira, 11 de agosto, no hall da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no campus Trindade, em Florianópolis. A feira continua até o dia 14 de agosto, com entrada gratuita e uma extensa programação que inclui música, teatro, dança, palestras e lançamentos de livros.

Na cerimônia de abertura oficial, estiveram presentes o reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, o diretor da Editora da UFSC (EdUFSC), Nildo Ouriques, e a secretária de Cultura, Arte e Esporte (SeCArte), Eliane Debus. Nildo descreveu o evento como “um ato militante em favor da leitura, da crítica e sobretudo de ampliar o horizonte intelectual dos estudantes e sobretudo da comunidade”. Em sua fala, o diretor ressaltou o “genuíno e autêntico interesse do público no livro”, mesmo diante da percepção de que o livro estaria em baixa. Para ele, o livro é um instrumento fundamental “da cultura e um instrumento de luta política”.

Ouriques também expressou preocupação com a indústria editorial. Como exemplo, citou que, no ano passado, entre os dez livros mais vendidos, estavam “os de colorir para adultos”, o que, em sua visão, evidencia o “tamanho da regressão intelectual e política que nós estamos sofrendo”.
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Estilo de vida pouco saudável aumenta risco de depressão em jovens, aponta estudo da UFSC

11/08/2025 08:41

Estudantes que praticam atividades físicas apresentam menos sintomas de depressão. Foto: Leticia Schlemper/Acervo Agecom/UFSC

Dados preliminares de um projeto com participação da Universidade Federal de Santa Catarina sinalizam que um estilo de vida pouco saudável entre jovens universitários indica maior probabilidade de levar a sintomas de depressão. O estudo faz parte do projeto Unilife-M, em que um “grupo de cientistas internacionais investiga como os comportamentos de estilo de vida e saúde mental mudam ao longo da jornada acadêmica e como essas mudanças estão associadas”. O diferencial da pesquisa é a possibilidade de acompanhar como as variáveis se relacionam ao longo do tempo.

O professor Thiago Matias, responsável pela pesquisa na UFSC e coordenador do Grupo de Pesquisa em Motivação e Movimento Humano (Motus), explica que a jornada na universidade produz diferentes impactos na vida dos jovens. Estes impactos, associados ao estilo de vida, são mapeados nas pesquisas. A iniciativa para a colaboração partiu do professor Felipe Barreto Schuch, da Universidade Federal de Santa Maria, e envolve 60 instituições em 20 países.

“Estilo de vida, no nosso contexto, são aspectos que envolvam comportamentos de saúde. Por exemplo, o quanto se pratica de atividade física, o que se come, como se dorme, como se relaciona, o tempo que passa em frente às telas. E aí a gente tem observado que essas alterações, positivas ou negativas, podem de alguma forma relacionar com a saúde mental deles”, explica o professor.

Em junho, a equipe coordenada por ele foi premiada em um congresso nacional pelo trabalho A complexidade de um estilo de vida negativo pode expor universitário à riscos importantes para a depressão.  Neste estudo são apresentados dados sobre o estilo de vida e a saúde mental, especialmente os sintomas de depressão. Além do professor, fazem parte da pesquisa, pela UFSC, os acadêmicos Tuane Sarmento, Renato Claudino e Jhonatan Wélington Pereira Gaia.

Dentre o corpus analisado pelo estudo, três perfis de estilo de vida foram observados entre jovens. Os mais saudáveis, que chegam a 42,3% dos sujeitos da pesquisa, um grupo pequeno que combina aspectos bons e ruins , com 13,7%, e um grande grupo com perfil de risco para o estilo de vida, com 44%. “A gente observa que esse grupo com o pior estilo de vida, comparado ao mais saudável, está mais exposto e tem uma probabilidade maior de ter sintomas moderados e graves de depressão”, comenta Thiago.

O professor explica que o dado é bastante significativo porque os cientistas têm observado que mais de 50% dos universitários brasileiros apresentam o que se chama de triagem positiva para a sintomatologia de depressão. “Triagem positiva não é um diagnóstico, mas é um alerta muito forte de que tem muita gente com chances bem altas de ter sintomas moderados e graves de depressão.”
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Recepção à comunidade internacional marca início do semestre para estudantes de 20 países

08/08/2025 13:20

Estudantes internacionais vindos de 20 países são recepcionados pela UFSC. Fotos: Gustavo Diehl/Agecom

Nesta sexta-feira, 8 de agosto de 2025, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) acolheu um grupo de estudantes internacionais vindos de 20 países em um evento realizado no auditório do Espaço Físico Integrado (EFI), no Campus Trindade, em Florianópolis. A recepção marcou o início do segundo semestre letivo de 2025 e contou com uma programação diversificada ao longo do dia.

Organizado pela Secretaria de Relações Internacionais (Sinter), em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação e Educação Básica (Prograd) e outros projetos institucionais, o evento teve como objetivo facilitar a adaptação dos estudantes internacionais à vida universitária e à cultura local. Voluntários(as) atuam como madrinhas e padrinhos, oferecendo suporte aos recém-chegados nesse momento de transição.

A recepção oficial começou às 9h, com a mesa de abertura composta pelo reitor Irineu Manoel de Souza, o secretário de Relações Internacionais, Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho, e a diretora de Relações Internacionais, Fernanda Leal. Em seus discursos, os gestores destacaram a importância da internacionalização e apresentaram os serviços e a infraestrutura disponíveis aos 1.643 estudantes internacionais presentes na Universidade e que a escolheram para ser parte da sua trajetória acadêmica.
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UFSC promove mais de 40 atividades para retorno das aulas do semestre 2025.2

08/08/2025 13:14

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) preparou uma série de atividades para o retorno das aulas para o semestre 2025.2.  Ao todo, são 42 ações que envolvem cursos, feiras, exposições, palestras além da Aula Magna com a ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania do Brasil, Macaé Evaristo, na terça-feira, 12 de agosto, em Florianópolis. As aulas da Graduação na UFSC retornam nesta segunda-feira, 11 de agosto, para o segundo semestre letivo do ano. No entanto, as atividades já começaram.

>>> Acompanhe as atividades no site calouros.ufsc.br

A Recepção à Comunidade Internacional da UFSC, evento que que dá as boas-vindas a todos os estudantes internacionais que ingressam na instituição, está marcada para esta sexta-feira, 8 de agosto, a partir das 8h30, no auditório do Espaço Físico Integrado (EFI), no Campus de Florianópolis, no bairro Trindade. A iniciativa é promovida pela Secretaria de Relações Internacionais (Sinter), em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação e Educação Básica (Prograd), por meio do Programa Institucional de Apoio Pedagógico (Piape), do Projeto de Extensão UFSC sem Fronteiras, e conta com o apoio do Programa de Extensão SINTEGRA, uma colaboração entre a Sinter e o Departamento de Psicologia da UFSC.
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Livro fruto de tese desenvolvida na UFSC é entregue ao Papa Leão XIV

01/08/2025 16:05

Além do livro, pontífice recebeu três cartas assinadas por 58 detentos de Xanxerê. Foto: Vatican Media

O livro Leitura e Cárcere, de Rossaly Beatriz Chioquetta Lorenset, doutora em Linguística pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi entregue ao Papa Leão XIV pelo arcebispo de Chapecó, Dom Odelir José Magri, em 1º de julho. A obra, resultado da tese de doutorado de Rossaly no Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL) da UFSC, sob orientação do professor Sandro Braga, mostra a experiência da autora durante entrevistas com presos em um projeto de extensão de leitura que coordenou durante cinco anos no curso de Direito da Universidade do Oeste de Santa Catarina (Unoesc Xanxerê).

A pesquisa constatou que há mínimas condições de leitura no cárcere, refletindo sobre desigualdade social, funcionamento dos sistemas de segurança e de justiça e condições dos espaços de privação de liberdade. Também apresenta diferentes casos e mostra o envolvimento de presos com a leitura: alguns afirmavam o gosto pela atividade, outros que diziam ler apenas para redução da pena.

Pontífice também recebeu cartas dos detentos

Além da obra, o pontífice também recebeu três cartas com 58 assinaturas de detentos do Presídio Regional de Xanxerê (SC). Na mensagem, os detentos expressam a esperança de que Leão XIV dê continuidade ao legado do Papa Francisco, pregando a paz e levando luz onde há escuridão, especialmente aos presos e marginalizados. Ainda destacam a importância da leitura no ambiente prisional e o papel fundamental da Pastoral Carcerária.

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Dezesseis finalistas da segunda edição do Prêmio Jabuti Acadêmico levam a UFSC no currículo

31/07/2025 20:20

Três atuais professores, uma ex-professora, quatro egressos da Pós-Graduação e oito participantes de cursos ou ações de formação complementares citam a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em seus currículos. Eles formam um grupo de 16 nomes com alguma relação com a Universidade que foi indicado à final do Prêmio Jabuti Acadêmico – versão da maior distinção literária do Brasil para trabalhos acadêmicos, científicos, técnicos e profissionais. Os vencedores foram anunciados em cerimônia na terça-feira, 5 de agosto, em São Paulo. Dos 16, três foram premiados.

Esta é a segunda edição do Prêmio Jabuti Acadêmico, criado em 2024. A lista dos finalistas foi divulgada em julho pela organização do prêmio, que está a cargo da Câmara Brasileira do Livro (CBL), com apoio da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC). A CBL é a responsável também pela criação do Prêmio Jabuti, a maior distinção literária do país, que nasceu em 1958.

Ao todo, o Jabuti Acadêmico escolheu 130 trabalhos, com diversos autores, para disputar a final. Eles estão divididos em dois eixos: Ciência e Cultura, com 23 categorias; e Prêmios Especiais, com 3 categorias. De todos os trabalho finalistas, a Agência de Comunicação (Agecom/UFSC) separou aqueles cujos autores têm ou tiveram alguma passagem pela UFSC. Foram duas semanas de trabalho, recorrendo à Plataforma Lattes do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Abaixo está a relação dos finalistas que citam a UFSC nos currículos e os premiados:


Professores

Foto: Plataforma Lattes/CNPq

Paula Pimenta Velloso – professora do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ) da UFSC, concorre na categoria Tradução, do Eixo Prêmios Especiais, com a obra Dicionário dos intraduzíveis: um vocabulário das Filosofias: volume dois: Direito, Ética e Política, com outros tradutores.
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Tese da UFSC sobre direitos reprodutivos na América Latina vence prêmio nacional

31/07/2025 16:55

Alessandra Jungs de Almeida defendeu a tese em 2 de agosto de 2024, no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais. Foto: Divulgação/UFSC

Movimentos feministas organizados no Sul global são capazes de difundir e trabalhar pela internalização de normas sobre direitos reprodutivos, sem depender predominantemente das estruturas e organizações do Norte global. Essa análise, que desafia a literatura clássica de Relações Internacionais, é uma das principais contribuições da tese “Direitos reprodutivos na América Latina: ativismos transnacionais e a evolução das políticas de legalização e criminalização do abordo na Argentina e no Brasil (2010-2022)”, defendida em 2024 pela pesquisadora Alessandra Jungs de Almeida no Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGRI/UFSC). O trabalho foi o primeiro colocado no Prêmio Marcos Costa Lima 2025, promovido pela Associação Brasileira de Relações Internacionais (ABRI).

Na tese, Alessandra enfatiza a importância de estudar a temática dos direitos reprodutivos sob o ponto de vista do Sul global, não apenas geograficamente, mas a partir de uma posição política e identitária. “Fazer uma pesquisa com um olhar comprometido com o feminismo latino-americano produz uma forma distinta de fazer pesquisa, um olhar que tem também um compromisso político com a realidade vivida”, considera. Isso, ressalta, levando-se em conta as suas disputas históricas travadas no âmbito do feminismo, “entendendo como absurdo o cotidiano das violações de direitos sexuais e reprodutivos, e reconhecendo a experiência concreta de quem vive os impactos da negação desses direitos, como o direito humano de decidir continuar ou não com uma gravidez, e de criar seus filhos em condições dignas”.
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‘Trabalho e Direitos no Século XXI’ é tema de evento na UFSC, com programação até 2 de agosto

30/07/2025 10:32

Solenidade de abertura do XIX Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ENABET). Fotos: Divulgação

O Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu, na noite desta terça-feira, 29 de julho, a solenidade de abertura do XIX Encontro Nacional da Associação Brasileira de Estudos do Trabalho (ENABET). O evento, que ocorrerá até o dia 2 de agosto, reúne acadêmicos, especialistas e representantes de diversos setores da sociedade para debater o tema central: “Trabalho e Direitos no Século XXI: Cenário de Destruição e Vias de Reconstrução”.

A Diretoria da ABET destacou que o mundo do trabalho enfrenta um cenário de transformações profundas e desafios crescentes, marcado pela proliferação de vínculos laborais precarizados, em especial nas plataformas digitais, pela emergência climática que exige uma revisão urgente dos modelos de desenvolvimento, e pelos ataques sistemáticos aos direitos do funcionalismo público, acompanhados do sucateamento dos serviços ofertados à população. A crise dos cuidados, o avanço da terceirização e das privatizações, o uso intensivo de tecnologias para controle e exploração laboral, o rebaixamento dos rendimentos do trabalho e o aumento de agravos à saúde relacionados à atividade laboral também figuram entre os elementos que compõem um quadro de precarização generalizada. Esses fenômenos se inserem em um contexto de crises interligadas – econômica, política, sanitária e climática – que resultam, cumulativamente, em uma crise ideológica no campo do trabalho.
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Direito da UFSC forma primeiro mestre indígena a ingressar com ações afirmativas

28/07/2025 14:45

Jafé Sateré-Mawé e o professor Diego Nunes (Fotos: Gustavo Diehl)

O estudante Jafé Ferreira de Souza, conhecido como Jafé Sateré-Mawé, tornou-se mestre em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina nesta segunda-feira, 28 de julho, após defesa pública e aprovação da dissertação Sehay Koro: O pluralismo jurídico e as normas costumeiras penais do Povo Sateré-Mawé (Amazonas) enquanto ordenamento jurídico não estatal. A banca contou com a avaliação do secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Luiz Henrique Eloy Amado, conhecido como Eloy Terena, indígena do povo Terena em Aquidauana (MS), doutor em Ciências Jurídicas e Sociais, dos professores Antonio Carlos Wolkmer e Arno Dal Ri Junior e da professora Camila Damasceno de Andrade. A orientação foi do professor Diego Nunes.

Jafé é o primeiro estudante indígena do Programa de Pós-Graduação em Direito a ingressar no mestrado por meio de ações afirmativas para indígenas. A dissertação é um aprofundamento do estudo desenvolvido pelo estudante no trabalho de conclusão do curso de Direito, apresentado na UFSC em dezembro de 2022. Ele também tem protagonismo na articulação da Associação dos Estudantes Indígenas da Universidade, sendo um dos fundadores desse coletivo.

Agora Mestre, pesquisador também é liderança indígena

O mestrado teve como tema o Direito Penal, investigando subjetividade e historicismo. “O trabalho discorre sobre como funciona o sistema penal indígena do povo Sateré-Mawé e também abre uma margem para os demais povos indígenas do Brasil”, explicou, fazendo menção ao fato de a conquista ser parte de um esforço coletivo. “A dinâmica da pesquisa traz à tona o conhecimento tradicional indígena do povo originário do Amazonas, do Brasil, para a academia. Na academia, encontra respaldo com outros autores e teóricos”, resume.

Segundo o pesquisador, a ideia foi dialogar com os sistemas penais iluministas do ponto de vista do direito ocidental. “A gente constrói balizas específicas para a administração de justiça, que pode ser usada nos tribunais, nas decisões, nas sentenças”, reforça. Além disso, o estudo também trabalha com o reconhecimento do pluralismo jurídico, aspecto reforçado pelo orientador. “Foi muito rico porque ele conseguiu trazer para nós não apenas as diferenças, as quais a gente já esperaria, mas também os possíveis pontos de contato, na perspectiva de diálogo”.

Graduado em Direito também pela UFSC, Jafé considera que a Universidade é, em sua trajetória, mais que uma instituição de ensino: “Ela é um território de luta, de resistência e de construção coletiva. Foi aqui que encontrei espaços para refletir criticamente sobre minha identidade, minha comunidade e os desafios que enfrentamos como povo indígena. Ao mesmo tempo, foi na UFSC que compreendi a potência do diálogo entre diferentes saberes, a importância de ocupar os espaços institucionais sem abrir mão daquilo que somos”, ressalta.

Agora mestre, mas já pensando na continuidade dos estudos, Jafé enfatiza também que a Universidade lhe proporcionou oportunidades concretas de formação, mas sobretudo a chance de “sonhar junto com outros parentes, indígenas de diferentes etnias, com histórias distintas, mas com o mesmo desejo de transformar a realidade. É nesse chão acadêmico que pude desenvolver uma pesquisa que fala de nós, para nós, e por nós, e que contribui para o fortalecimento das nossas lutas em defesa da vida, do território e da justiça”.

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Pesquisa da UFSC cria nova roda sensorial para cervejas e outras bebidas lupuladas

28/07/2025 08:20

Foram necessário dois anos de pesquisa aplicada para produzir os resultados. Foto: Divulgação/UFSC

Quais sabores você sente ao tomar um chope? Saberia descrevê-los? Há cerca de 50 anos, a indústria de cervejas vinha trabalhando com o mesmo método e vocabulário. Agora surge uma alternativa atualizada graças a uma pesquisa liderada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O projeto desenvolveu uma nova roda sensorial com descritores técnicos e atualizados para produtos lupulados, incluindo cervejas artesanais, IPAs, chás e kombuchas. Na prática, é uma ferramenta para produtores, sommeliers, pesquisadores e avaliadores sensoriais disponibilizada em e-book gratuito.

“A nova roda sensorial do lúpulo representa um avanço significativo, sendo a primeira ferramenta sensorial brasileira construída com embasamento científico, acadêmico e técnico desde 1970. Seu diferencial está em traduzir esses compostos em descritores perceptíveis, como maracujá, resina, chá verde e casca de laranja, mais facilmente reconhecidos por cervejeiros, sommeliers e consumidores”, explica Amanda Felipe Reitenbach, estudante da pós-graduação que liderou a pesquisa na UFSC.

Dessa forma, a nova roda sensorial é também mais inclusiva e adaptada ao cenário atual da indústria brasileira, que conta com uma variedade crescente de estilos e ingredientes, conforme Amanda.

Marca registrada em coautoria

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Pesquisa da UFSC analisa responsabilidade pública por inundações no RS em 2024 sob ótica do Direito

25/07/2025 12:23

População foi atingida por cheias e aguarda indenizações. Foto: Concesul/Divulgação

Um trabalho de conclusão do curso de Direito, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), analisou a responsabilidade do poder público pelos danos causados com as inundações no Rio Grande do Sul em 2024. A pesquisa, defendida e aprovada em 4 de julho, concluiu que pode haver indícios de culpa por conta da falta de ações cabíveis de prevenção de inundações. Porém, também destacou que não houve omissão estatal específica na oferta de medidas reativas. A solução pode ser um entendimento intermediário de responsabilização do Estado, já avalizado pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC).

O estudo é de autoria de Alberto Raphael Hach Pratts e foi redigido sob orientação do professor  Guilherme Henrique Lima Reinig e coorientação do professor e juiz de Direito Fernando Speck de Souza, no Centro de Ciência Jurídicas da UFSC.

“O trabalho aborda justamente uma eventual recomposição patrimonial das vítimas afetadas pelos eventos. À época, o país restou incrédulo com as notícias vindas do Rio Grande do Sul, mas hoje as vítimas daquele desastre climático, as quais sofreram danos e tiveram bens retirados à força, ainda batalham na justiça por reparação e indenização monetária”, observa Alberto.

Falta unanimidade nos tribunais

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Pesquisa da UFSC usa movimentos oculares para aprimorar leitura crítica de textos on-line

22/07/2025 15:25

Tecnologia de rastreamento ocular registra o foco visual do leitor durante a leitura de telas on-line; metodologia foi utilizada como ferramenta de instrução na pesquisa de Juliana do Amaral. Foto: Divulgação/LabLing/UFSC

Já é bem estabelecido na literatura científica o fato de que a leitura em meio digital tem importantes diferenças em relação à leitura no meio analógico, principalmente nas mídias com suporte em papel. Essa premissa, que vai além de meras preferências subjetivas ou fadiga ocular, é o ponto de partida da pesquisadora Juliana do Amaral, pós-doutoranda no Laboratório da Linguagem e Processos Cognitivos (LabLing), vinculado aos programas de pós-graduação em Linguística e em Letras-Inglês da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em artigo publicado no Journal of Computer Assisted Learning no início de julho, Juliana demonstra que modelar o comportamento na navegação e avaliação de conteúdo on-line otimiza a experiência de leitura em páginas web, contribuindo para o desenvolvimento do pensamento crítico e a revisão de crenças pré-estabelecidas.

Vários estudos já confirmaram que há um déficit de compreensão quando se lê em computadores ou smartphones, na comparação com conteúdos impressos, de acordo com a pesquisadora. Uma importante metanálise, Don’t Throw Away Your Printed Books, demonstrou que as pessoas que leem em telas digitais compreendem menos os conteúdos. Além disso, os estudos indicam que não é possível aprimorar sua compreensão nas leituras em tela com o passar do tempo e a aquisição do hábito.

Desinformação e leitura crítica

Embora a leitura de textos narrativos mais longos em dispositivos que simulam o manuseio de livros, como o Kindle, seja menos afetada, a complexidade aumenta com textos expositivos e informativos, especialmente em páginas web, que exigem competências digitais específicas. Na análise de Juliana, estudar e aprimorar as competências de leitura tem especial relevância no cenário de desinformação favorecido pelas mídias digitais interativas. “Desenvolver a competência de avaliação de fontes é fundamental. No ambiente digital, onde não há controle de qualidade e qualquer um pode publicar, é crucial saber identificar a autoria, suas credenciais e o veículo de publicação”, analisa.

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Companhia de Dança da UFSC estreia em três modalidades no maior festival de dança do mundo

21/07/2025 10:11

Companhia de Dança da UFSC apresentando a coreografia “Uma oração ao corpo em movimento”. Foto: divulgação/Companhia de Dança

“É a Copa do Mundo!”, exclamou Bruna Letícia de Borba, estagiária e coreógrafa da Companhia de Dança da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A companhia, que completou um ano de atividades em maio, foi selecionada em três modalidades no Festival de Dança de Joinville, o maior do mundo, conforme o Guinness Book. O evento, que está na 42ª edição, começa nesta segunda-feira, 21 de julho, e segue até 2 de agosto.

Das quatro coreografias submetidas pelo grupo, três foram selecionadas no festival e poderão ser assistidas em 1º de agosto, às 10h30, no Palco Aberto da Feira da Sapatilha. Na modalidade competitiva da feira, Elerson Mario, estudante e artista independente do Pará, apresentará um solo na categoria de danças populares brasileiras, com inspiração no folclore amazônico, especialmente na figura de Matinta Pereira. 

O outro solo da Companhia da UFSC será apresentado no Palco Aberto pela estudante Júlia D’Acampora. Ela, uma coreografia de jazz, fez parte do espetáculo sobre o escritor Salim Miguel, apresentado pela companhia em 2024. A composição completa foi inspirada no livro Nós, de 2015, sendo o solo feminino baseado no capítulo Ela. Ainda no Palco Aberto, os dançarinos apresentarão em um conjunto de jazz a primeira coreografia elaborada pelo grupo, feita a partir da música Louvada Seja a Dança, de Gabriel O’Rosa. 

Para compor essas e outras coreografias, os integrantes da companhia realizam pesquisas, visitas e entrevistas sobre os objetos de inspiração. “Não é uma coreografia que a gente vai dançar e vai embora. Tem que ter um quê de significado, tem que aprender alguma coisa com aquilo ali”, explicou Bruna. Em um treino de sensibilidade do olhar, os bailarinos estudam meios de reproduzir as emoções de uma música, pintura, paisagem ou texto em dança. 

A coreógrafa acredita que esse trabalho de conexão entre a referência e quem dança é notável até para o público. Incorporando a história a ser transmitida, os bailarinos sabem o que expressar, indo além de decorar passos de dança. Esse processo só é possível devido à organização horizontal da companhia em uma estrutura menos hierarquizada e que favorece a troca de experiências.
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Pesquisadores da UFSC catalogam 44 espécies de peixes que só existem no Oceano Atlântico

18/07/2025 08:28

Ilhas de São Pedro e São Paulo (SPSPA), Ascensão (ASC) e Santa Helena (STH). Reprodução: Ferrari et al. (2024).

Pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) catalogaram 44 espécies de peixes recifais que só existem em três pequenas ilhas no Oceano Atlântico. Dessas espécies, duas aparentam ser mais antigas do que a própria ilha de Ascensão, que tem aproximadamente um milhão de anos, onde são encontradas.

As constatações fazem parte de um novo estudo publicado na quarta-feira, 16 de julho, na revista britânica Proceedings of the Royal Society B e que também envolveu pesquisadores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Técnica da Dinamarca (DTU). 

De uma longa cadeia de montanhas submarinas, surgem algumas ilhas, como São Pedro e São Paulo, Ascensão e Santa Helena. Situadas na região conhecida como Dorsal Mesoatlântica, elas possuem 169 espécies de peixes recifais. O artigo de Isadora Cord, pós-graduanda em Ecologia, e Sergio Floeter, professor titular do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC, reconstruiu rotas evolutivas e padrões de dispersão de 88 espécies que ocorrem na Dorsal Mesoatlântica a partir de dados moleculares e filogenéticos. Quarenta e quatro espécies são endêmicas, ou seja, não existem em nenhum outro lugar do mundo. 
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UFSC oferece mais de 2 mil vagas em atividades físicas para a comunidade

17/07/2025 14:57

Hidroginástica é uma das modalidades ofertadas. Foto: Mateus Mendonça/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) abre em 4 de agosto as inscrições para atividades físicas e esportivas abertas à comunidade, para o segundo semestre de 2025. São 2.395 vagas em modalidades voltadas a diversos públicos, incluindo crianças, adultos, idosos, pessoas com deficiências e pessoas com condições clínicas como obesidade, hipertensão, diabetes e doenças cardiovasculares.

As atividades serão desenvolvidas entre 18 de agosto e 6 de dezembro de 2025. A lista com todas as atividades, requisitos, turmas e horários disponíveis deve ser consultada no Edital 03/2025/CEAFC/CDS/UFSC. Há vagas gratuitas e outras que exigem pagamento de taxa semestral. As inscrições devem ser feitas de forma on-line ou presencial, a depender da modalidade escolhida. Todo o detalhamento do processo de inscrição está no edital.

No primeiro período de inscrição on-line (4 a 10 de agosto) será permitido efetuar apenas uma inscrição por CPF. A partir do segundo período, não há limite de inscrições por CPF.

Os três primeiros servidores (ativos ou inativos) da Universidade que se inscreverem em cada turma terão desconto de 50% no valor da taxa.

Acesse o edital completo na página do Centro de Desportos (CDS).

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Acervo doado à UFSC mostra obstinação de mulher vítima da ditadura por reparação histórica

15/07/2025 09:12

Arthur Will Tocchetto foi bolsista do projeto que criou o acervo. Fotos: Gustavo Diehl

Boletins do Serviço de Polícia do Exército, questionários de interrogatório aplicados a presos políticos e arquivos que documentam a perseguição a catarinenses durante a ditadura militar estão entre os materiais digitalizados que compõem a coleção do Comitê Catarinense Pró-Memória dos Mortos e Desaparecidos Políticos (CCPMMDP). O acervo está disponível, mediante cadastro, no site do Acervo Memória e Direitos Humanos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

O conjunto documental foi reunido por Derlei Catarina de Luca, vítima da ditadura militar e coordenadora do CCPMMDP. Como primeiro grupo pró-memória do Brasil, o comitê atua em Santa Catarina desde os anos 1990, com influências que ultrapassam o âmbito estadual, gerando articulações nacionais e internacionais em torno do direito à memória e à justiça.

Entre os materiais, destacam-se fotografias originais de funerais, do Congresso da União Nacional dos Estudantes (UNE) e da atuação do comitê; listas com anotações de vítimas da repressão; manuais militares de interrogatório e tortura e cartas pessoais. Há também reportagens de jornais da época, documentos de movimentos sociais, registros da espionagem militar dentro da UFSC e dossiês sobre casos específicos como o de Arno Preis, guerrilheiro enterrado sob identidade falsa, ou o de Higino João Pio, prefeito de Balneário Camboriú cuja morte foi forjada como suicídio.

O material, reunido ao longo de mais de 25 anos de atuação de Derlei, foi doado ao Memorial dos Direitos Humanos, sediado no Laboratório de Sociologia do Trabalho da UFSC. Atualmente, está sob a guarda do Acervo Memória e Direitos Humanos do Instituto Memória e Direitos Humanos (IMDH) da universidade.  Uma outra parte dos documentos reunidos por ela está sob custódia do Instituto de Documentação e Investigação em Ciências Humanas (IDCH) da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC).

O acervo reúne aproximadamente 12 caixas de documentos, com mais de mil itens já indexados. Seu tratamento começou em 2022, como parte de um projeto de extensão universitária. Desde então, uma equipe multidisciplinar formada por historiadores, museólogos, especialistas em ciência da informação, relações internacionais e estatística passou a trabalhar na organização do conjunto documental. “O processo envolve muita leitura, interpretação e decodificação de documentos muitas vezes cifrados com siglas e codinomes usados pelos órgãos da ditadura”, explica o estudante de História Arthur Will Tocchetto, que integrou a equipe do projeto. Cada item é digitalizado página por página, com cuidado para manter a ordem original.

Para a professora Graziela Martins, coordenadora do GT- acervo, o valor da coleção é único justamente por reunir informações que não se encontram em nenhum outro lugar. “Trata-se de uma pesquisa minuciosa, com levantamento de nomes, situações de desaparecimento e outros dados fundamentais. Agora digitalizado, ele amplia o acesso da sociedade, mas é especialmente pensado para atender quem está se aprofundando na temática: estudantes, pesquisadores, autores de TCCs, teses e dissertações”, resume.
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Parceria UFSC e governo do estado inaugura laboratório de ponta em Hidrogênio Verde

14/07/2025 16:43

Cerimônia marca a inauguração do Laboratório Multiusuário para Estudo de Hidrogênio Verde na UFSC. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) celebrou na tarde desta segunda-feira, 14 de julho, a inauguração do Laboratório Multiusuário para Estudo de Hidrogênio Verde, localizado no Centro Tecnológico (CTC). O espaço representa um marco significativo na ciência brasileira, reafirmando o compromisso da UFSC com a transição para uma economia verde e sustentável. A cerimônia reuniu autoridades acadêmicas, gestores estaduais, professores, estudantes, técnicos e representantes da indústria, consolidando o protagonismo da instituição no desenvolvimento de soluções estratégicas para o Brasil.

O laboratório foi descrito pelo coordenador do projeto, professor Júlio Elias Normey Rico, como “não apenas uma conquista científica, mas também um compromisso com o futuro, onde o Brasil lidera a transição para uma economia verde, inovadora e sustentável”. Ele destacou o apoio fundamental da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), cuja “visão estratégica foi essencial para transformar esse sonho em realidade”.

Desenvolvido dentro do escopo do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) em Controle e Automação de Processos de Energia (CAPE), o MultiLab é um espaço multidisciplinar dedicado ao estudo do hidrogênio verde. Desde a geração a partir de fontes renováveis até o armazenamento e uso em redes energéticas, o laboratório cobre todo o ciclo de utilização do hidrogênio. A infraestrutura visa promover a interação entre grupos de pesquisa da UFSC, possibilitando projetos de alta complexidade e impacto para o setor energético.
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UFSC tem 34 cientistas em ranking dos mais influentes do mundo em 12 áreas de conhecimento

10/07/2025 11:14

Somente na área de Química, 13 pesquisadores da Universidade são listados no ranking com 3,2 mil publicações. Foto: Daiane Mayer/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem 34 cientistas de 12 áreas de conhecimento listados entre os mais influentes do mundo. Os trabalhos tiveram impacto mensurado e divulgado pela Research.com, que intitula o ranking como Best Scientists in the World By Discipline 2025.

Em 2023, o mesmo ranking listava 26 pesquisadores entre os destaques em suas áreas, no mundo, o que representa um aumento de citações de trabalhos associados à UFSC e a seus cientistas, segundo os critérios estabelecidos pelo Research.com. Só na área de Química, 13 pesquisadores e pesquisadoras se destacaram, com um total de 3.264 publicações tabuladas.

No ranking nacional por campo do conhecimento, a instituição figura como destaque em Engenharia Elétrica, ocupando o segundo lugar; Química, ocupando a terceira posição, e em áreas como Medicina e Engenharia e Tecnologia, em sétimo.

A organização responsável pelo ranking informa que o número total de publicações dos pesquisadores da UFSC é de 6.766, com uma média de 199 publicações por pesquisador. O número total de citações dos cientistas de destaque é de 249.032, com uma média de 7.324,47 citações por pesquisador.

Lista de cientistas da UFSC no ranking

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Revestimento criado pela UFSC pode impactar ruído dos trens

08/07/2025 09:42

Trilhos de Joinville, cidade onde a pesquisa se desenvolve

A Universidade Federal de Santa Catarina lidera um estudo que terá impacto direto na saúde pública: a equipe coordenada pelos professores Yesid Ernesto Asaff  e Thiago Fiorentin, do curso de Engenharia Ferroviária e Metroviária da UFSC Joinville, busca a redução de ruído ferroviário, considerado uma das principais fontes de poluição sonora em áreas urbanas. O trabalho é realizado em parceria com a Vale, empresa multinacional brasileira de mineração, e chegou à criação de um revestimento sustentável, em processo de patenteamento.

O estudo indica que, conforme a União Europeia, cerca de 22 milhões de pessoas sofrem com os efeitos do tráfego ferroviário em todo o continente, com consequências que vão desde distúrbios do sono até problemas cardiovasculares. No Brasil, o avanço está a caminho com protagonismo de um dos únicos cursos de Engenharia Ferroviária do país. “A Vale, que transporta minério de ferro pela ferrovia Vitória-Minas, enfrenta desafios como o ruído gerado pelos trens. Como a UFSC é uma das poucas universidades brasileiras com graduação em Engenharia Ferroviária, a empresa buscou parceria com pesquisadores especializados no tema. A colaboração começou em 2017 com projetos relacionados a ruído ferroviário e, em 2023, evoluiu para o desenvolvimento deste revestimento”, explica Fiorentin.

Segundo o professor, a Vale participa definindo critérios de aplicação, como limites técnicos e viabilidade econômica, além de proporcionar testes em ferrovias, compartilhando dados operacionais e financiando o projeto. “Historicamente, o tratamento do ruído ferroviário tem se concentrado no uso de barreiras acústicas. No entanto, o alto custo e a dificuldade de instalação dessas estruturas em áreas urbanas densamente ocupadas tornaram essa alternativa pouco viável”, aponta o pesquisador Vítor Gustavo Gomes Catão, do Laboratório de Acústica e Vibrações.

O projeto da UFSC busca mitigar o ruído diretamente na fonte. O grupo avança na pesquisa de um novo revestimento para os trilhos, feito com carga mineral proveniente do próprio resíduo gerado pela mineração da Vale, promovendo assim uma alternativa sustentável e de baixo custo.

O professor aponta que o revestimento desenvolvido tem alguns benefícios: redução do ruído ferroviário, sustentabilidade por usar os rejeitos minerais e redução de custos, já que ele diminui a corrosão dos trilhos, que têm alto valor de reposição. Segundo ele, os principais desafios enfrentados foram a seleção dos materiais do rejeito compatíveis com diluição em água e eficazes no controle de ruído e o ajuste de propriedades como viscosidade, aderência e resistência a intempéries, como os raios UV.
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UFSC lidera rede inédita internacional para melhorar saúde das ostras

07/07/2025 15:43
Ostra da espécie Magallana gigas

Por meio de dois projetos internacionais, rede de pesquisa vai investigar saúde das ostras cultivadas em Florianópolis e identificar possíveis causas de mortalidade (Foto: Divulgação/CCB/UFSC)

Uma rede inédita que envolve pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no Brasil, e de instituições da França e do Chile está dando início a um grande projeto que visa incrementar a saúde das ostras. O objetivo será identificar patógenos potencialmente envolvidos nas mortalidades desses animais no verão. Dessa forma, será mais fácil definir estratégias preventivas para o cultivo, alinhadas ao conceito de Saúde Única.

Na UFSC, a rede vai envolver 13 pesquisadores de departamentos de ensino do Centro de Ciências Biológicas (CCB), do Centro de Ciências Agrárias (CCA) e do Centro de Ciências da Saúde (CCS), com colaboração de uma pesquisadora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A parceria engloba ainda as universidades de Montpellier e de Perpignan, o Ifremer (instituição de pesquisa francesa dedicada ao conhecimento dos oceanos) e o Centre National de la Recherche Scientifique (CNRS), na França; e a Pontificia Universidad Católica de Valparaíso (PUCV), a Universidad Católica del Norte (UCN) e o Centro de Estudios Avanzados en Zonas Áridas (Ceaza), no Chile. No total, serão cerca de 30 pesquisadores envolvidos com as atividades nos três países. Além deles, a rede também vai contar com a participação de pós-doutorandos e alunos de mestrado e doutorado de cinco programas de pós-graduação da UFSC: Aquicultura, Biotecnologia e Biociências, Bioquímica, Farmácia e Ciências dos Alimentos.
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Homenagem destaca trajetória de Rodolfo Pinto da Luz, ex-reitor da UFSC com expressão nacional

04/07/2025 18:07

Comunidade foi recebida para homenagem no Templo Ecumênico da UFSC. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

A extensa e marcante trajetória do professor Rodolfo Joaquim Pinto da Luz na vida pública foi bastante destacada na homenagem realizada pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na manhã desta sexta-feira, 4 de julho, no Templo Ecumênico, no campus da Trindade, em Florianópolis. O evento reuniu familiares, amigos, autoridades e membros da comunidade universitária, sendo um momento de memória e reconhecimento de sua notável jornada acadêmica e política.

Entre as muitas singularidades de sua caminhada, destacaram-se seus três mandatos como reitor, seu papel crucial na expansão da infraestrutura universitária e sua atuação em diversos cargos públicos ligados à educação e cultura. O falecimento do professor Rodolfo, ocorrido na última quinta-feira, 3 de julho, representou uma perda significativa para a UFSC, que agora carrega a responsabilidade de honrar seu legado, o qual permanece vivo não apenas nas estruturas físicas, mas também nos valores da instituição.

O evento ressaltou a relevância de Rodolfo para a UFSC, para Santa Catarina e para o Brasil. Durante sua trajetória, ele dedicou pelo menos 12 anos à liderança da maior universidade do estado de Santa Catarina. Foi reitor de 1984 a 1988, de 1996 a 2000 e de 2004 a 2008. Sua história com a UFSC começou na década de 1960, como estudante de Direito, curso no qual se tornou professor em 1973. Além disso, também atuou como Procurador Federal junto à Universidade.

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Professor da UFSC questiona o uso de animais em laboratórios e muda sua trajetória de pesquisa

04/07/2025 16:42

O professor Aguinaldo Roberto Pinto no Laboratório de Imunologia Aplicada na UFSC. Foto: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC.

O professor Aguinaldo Roberto Pinto, do departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (MIP/UFSC), vinha desenvolvendo estudos sobre vacinas desde 1996. Naquele ano, ele ingressou no doutorado em Imunologia na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e estava entusiasmado com a possibilidade de contribuir para o desenvolvimento de uma vacina experimental utilizando uma abordagem nova a partir do DNA. Em 2000, ele defendeu a tese “Vacinação de camundongos BALB/c com o gene da gp43 de Paracoccidioides brasiliensis: estudo da resposta imune” e seguiu pesquisando sobre vacinas ao longo da década seguinte. 

Entretanto, em determinado momento de sua carreira, Aguinaldo decidiu mudar os rumos de suas investigações e hoje o desenvolvimento de imunizantes não está mais em seu horizonte. O principal motivo dessa transição é o fato de o professor deixar de acreditar que animais possam ser usados como cobaias em estudos que visam algum possível benefício aos humanos. Para Aguinaldo, o emprego de animais em testes de laboratórios tem validade científica duvidosa. “Com os novos recursos científicos e tecnológicos atualmente disponíveis, em breve será considerada uma prática antiga e ultrapassada”, observa.
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Pesquisa da UFSC analisa riscos da presença de cães nas praias e diretrizes para regulamentação

01/07/2025 16:28

Apesar da proibição, é comum encontrar cães nas praias de Florianópolis. Foto: Eduardo Cuducos/Flickr/CC BY-NC 2.0

Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) avalia os diversos impactos da presença de cães nas praias. O estudo realizado pela médica veterinária Carla Roberta Seára Willemann traz contribuições para a discussão sobre a regulamentação de pets nas praias de Florianópolis, com análises dos riscos para a saúde humana, animal e ambiental, bem como de experiências de praias pet friendly pelo mundo. Aponta, ainda, medidas fundamentais para que se possa liberar a presença de cães de maneira segura, como investimento em saneamento básico e controle de animais errantes.

Apesar da proibição, determinada pela Lei Complementar Municipal nº 94/2001 e pela Lei Complementar CMF nº 60/2003, que altera a Lei Municipal nº 1224/1974, é bastante comum encontrar cães, sozinhos ou acompanhados de seus tutores, nas praias de Florianópolis. O assunto envolve questões sociais, culturais, econômicas, ambientais e de saúde, e a polêmica em torno do tema não é nova. Desde 2018, foram apresentados pelo menos quatro projetos de lei buscando revogar a proibição de cachorros nas praias do município. Atualmente, está em tramitação na Câmara de Vereadores o Projeto de Lei Complementar nº 1956/2024, que pode permitir a presença de cachorros em praias de Florianópolis, desde que vacinados e devidamente acompanhados por seus tutores.

“De um lado, existe uma demanda crescente por espaços públicos onde os tutores possam desfrutar momentos de lazer com seus cães. De outro, há um cenário sanitário que já apresenta riscos, como a presença de parasitas zoonóticos em fezes de cães em praias, evidenciada em estudos anteriores. Com o adensamento populacional na região da Grande Florianópolis e o consequente aumento do número de animais de estimação, esses desafios tendem a se intensificar”, comenta Carla, que realizou a pesquisa para sua dissertação de mestrado, sob orientação das professoras Patrizia Ana Bricarello e Maria José Hötzel.
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Barco solar da UFSC leva inovação e sustentabilidade para passeios em Itajaí

30/06/2025 16:29

Barco Guarapuvu foi desenvolvido pela equipe universitária Vento Sul. Foto: divulgação/Equipe Vento Sul

O Guarapuvu, barco solar desenvolvido pela Equipe Vento Sul na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), será uma experiência de inovação e sustentabilidade durante o Itajaí Boat Show 2025, considerado o maior evento náutico do Sul do Brasil. O público será convidado a embarcar, de forma gratuita, no futuro da navegação por meio de uma experiência única de um passeio no veículo desenvolvido por estudantes e professores.

O evento ocorre de 3 a 6 de julho, mas a experiência conduzida pela equipe da UFSC será somente nos dias 5 e 6, sábado e domingo, das 11h20 às 17h. Para participar, é necessário se inscrever neste formulário ou na página do evento. Também é necessário ser maior de 18 anos e ter peso inferior a 100 kg. Além disso, recomenda-se levar uma roupa extra e uma toalha, por precaução.

Silencioso, eficiente e 100% movido a energia solar, o barco oferece uma forma sustentável de explorar as águas do Rio Itajaí-Açu. “Diferentemente das embarcações convencionais, ele não utiliza combustíveis fósseis nem gera ruídos, calor ou emissão de gases, o que representa um novo paradigma em mobilidade aquática sustentável. Além disso, foi inteiramente desenvolvido por uma equipe universitária, demonstrando a capacidade de inovação da pesquisa pública brasileira”, destaca o professor do Departamento de Engenharia Mecânica Rafael Cerqueira, que orienta a equipe.
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Professor da UFSC vai reconstruir história de marfins do Museu Nacional de Belas Artes em pesquisa internacional

30/06/2025 10:02

Peças estudadas têm uma origem oficial que será investigada em pesquisa internacional liderada pela UFSC

O professor Sílvio Marcus de Souza Correa, do departamento de História da UFSC, vai conduzir uma investigação internacional que pretende reconstruir a história de marfins do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro (MNBA) em um projeto de pesquisa premiado pelo Centro Marc Bloch de Berlim, na Alemanha. Ele busca identificar as origens e o percurso de quatro peças lavradas da coleção africana e compreender se o conjunto foi um presente protocolar de Léopold Senghor, então Presidente do Senegal, durante a sua visita oficial ao Brasil em 1964.

Ele explica que esta hipótese carece de averiguação. Além disso, pairam dúvidas sobre a origem dos marfins, a sua antiguidade e sua procedência. “O objetivo principal é reconstituir o percurso desses marfins desde o seu ‘mundo de produção’ até a sua entrada no ‘mundo museal'”, comenta.

Para isso, uma equipe irá trabalhar ao longo de um ano. As atividades devem se realizar em etapas bimestrais. Na primeira etapa da pesquisa, a equipe deve reunir dados em documentos de arquivos no Brasil e no Senegal. Numa segunda etapa, a análise deste material permitirá um estudo comparativo com outros marfins lavrados em outros acervos museológicos, especialmente na França, Bélgica, Alemanha e Portugal.

Ainda haverá uma terceira etapa, na qual os pesquisadores devem se reunir para apresentar os resultados preliminares sobre os marfins lavrados do Museu. O trabalho será apresentados e também terá um relatório final associado à organização de um seminário com o apoio do Museu Théodore Monod de arte africana, em Dacar, e também da Universidade Gaston Berger de Saint-Louis.

A pesquisa de proveniência de objetos culturais, segundo o professor da UFSC e coordenador do projeto, é a nova tendência na museologia de países como a França e a Alemanha. A equipe de pesquisa que será coordenada pelo historiador brasileiro é formada por pesquisadores da França, da Alemanha e do Senegal. A iniciativa surgiu durante a pesquisa de pós-doutorado do professor, em 2023. “Na altura, eu pesquisava as coleções de arte africana em acervos museológicos do Brasil. Numa visita à reserva técnica do MNBA, encontrei esse conjunto de marfins lavrados”, explica.

História

Detalhes das peças investigadas

Segundo Correa, a base da coleção africana do MNBA vem de uma compra realizada no início da década de 1960 pelo seu então diretor José Roberto Teixeira Leite. “Depois de quase dois anos como adido cultural na embaixada do Brasil em Accra, Gasparino Damata trouxe cerca de uma centena de objetos de arte africanos para vender no país”, comenta. Mas estes quatro marfins investigados foram adquiridos pelo MNBA depois. “A informação que precisa ser comprovada é que os marfins foram um presente do presidente do Senegal, Léopold Sédar Senghor, no quadro de sua visita oficial ao Brasil em 1964″.

O professor conta que, no catálogo do MNBA de 1982, consta que os marfins são do Benim. Apesar disso, não há consenso entre especialistas em arte africana quanto ao fato. “Alguns especialistas em arte africana e, especialmente arte em marfim africano, me disseram que, provavelmente, aqueles marfins são da Costa do Loango”, diz.

Outro objetivo é saber se os marfins lavrados foram adquiridos pelo presidente do Senegal ou se já se encontram em outra coleção museológica como, por exemplo, aquela do museu do Instituto Fundamental da África Negra de Dacar (Senegal). “Outra dúvida é sobre a doação ao MNBA. Quem foi o doador? Senghor, o presidente senegalês ou o seu sobrinho, Henry Senghor, que foi embaixador do Senegal no Rio de Janeiro naquela época? “, questiona.

Financiamento e cooperação internacional

O Fundo Franco-Alemão de pesquisa de proveniência de objetos da África subsaariana abriu edital no início deste ano para pesquisadores que trabalham na intersecção de questões ligadas à história da arte, à proveniência dos objetos de coleção e às novas práticas museais.

Além do financiamento do Centro Marc Bloch de Berlim, o projeto tem o apoio da associação franco-senegalesa Rede de Valores Culturais Solidários, do Instituto Nacional de História da Arte de Paris, do Museu de Arte Africana Théodore Monod de Dacar e do Museu Nacional de Belas Artes do Rio de Janeiro.

A equipe internacional de pesquisa conta com profissionais com formação na Escola do Louvre, no Instituto Nacional de História da Arte e na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais de Paris, na Université Cheikh Anta Diop de Dacar e no Museu de História Natural do Instituto Leibniz de Pesquisa para Evolução e Biodiversidade de Berlim.

Para o professor, trata-se de um projeto de pesquisa em rede internacional que dará visibilidade às coleções africanas em museus do Brasil. Ele destaca ainda a importância do apoio à investigação científica do Centro Marc Bloch de Berlim, instituição de pesquisa franco-alemã para as áreas de humanidades e ciências sociais e das instituições museológicas de quatro países (Brasil, Senegal, França e Alemanha).

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