Nota de pesar: Falece Peninha, artista popular, museólogo e servidor aposentado da UFSC

16/03/2023 09:28

Um guardião da memória da cultura açoriana. Um entusiasta das histórias da Ilha de Santa Catarina. Um artista popular. Um pioneiro na introdução da museologia no estado. A biografia de Peninha – o Gelci Coelho -, que faleceu na madrugada desta quinta-feira, 16 de março, em São José, é daquelas que prendem qualquer leitor.

Na Universidade Federal de Santa Catarina, foi diretor do Museu de Arqueologia e Etnologia Oswaldo Rodrigues Cabral (Marque), tendo cultivado uma história de amizade e de parceria com o artista Franklin Cascaes – cuja morte, coincidentemente, fez 40 anos nesta quarta-feira, 15 de março. O velório será em São José, na Igreja de Nossa Senhora dos Passos, das 11h até 15h30, quando saíra o cortejo para sepultamento, às 17h, no Cemitério Municipal de São José.

“Para nosso museu, Peninha foi um dos mais importantes e presentes pilares, ao longo de toda sua trajetória. Moldou, através de seu sempre comprometido e incansável trabalho, muito do que somos. Foi, mesmo depois de sua aposentadoria em 2008, figura central, sempre à disposição da instituição para colaborar, dividindo seu talento e seu conhecimento”, informa a nota de pesar elaborada pelos colegas do Marque, onde Peninha foi diretor por mais de uma década.

A historiadora Elizabeth Neves Pires relembra o pioneirismo do artista ao trabalhar pela capacitação dos trabalhadores de museus. “O curso de Museologia da UFSC também faz parte dessa história. Muitos dos trabalhadores de museus eram pessoas leigas e lutamos para a criação do curso”, recorda ela, que esteve com Peninha dias antes de seu falecimento.

“Aprendi muito com ele. A humildade que ele tinha e a vontade de repassar o conhecimento sempre foram exemplo. Na UFSC, a montagem dos presépios na frente do Museu fez parte dessa história”, conta a amiga. Ela também lembra que a trajetória do artista na cultura popular fez com que, em muitos momentos, fosse marginalizado na academia. “Ele dizia que doutor não carregava cadeira e ele sim”, narra.

Peninha era formado em História pela UFSC e especialista em Museu, Educação e Artes pela Universidade de São Paulo. Dedicava-se à extensão universitária com seu trabalho como museólogo. Trabalhava com oficinas nas quais ensinava a construir alegorias do folguedo folclórico do Boi de Mamão, promovia palestras sobre mapeamento cultural de base açoriana, entre outras coisas. Também criou e coordenou o Núcleo de Estudos Museológicos.

Em um trabalho de conclusão de curso de História, Peninha é citado como um dos principais responsáveis pela publicização dos trabalhos de Franklin Cascaes – cuja casa dos pais ele conhecia desde a infância. Além disso, foi graças à insistência dele que a UFSC recebeu todo o acervo produzido pelo artista. A aproximação entre eles, portanto, foi fundamental para a arte catarinense. “Cascaes retomou seu processo de trabalho, circulando de forma constante nos circuitos artísticos do estado e expondo individualmente em algumas cidades catarinenses. No meio cultural Cascaes começou a ter sua obra reconhecida e constantemente exposta para o público em geral”, sinaliza o texto de Alan Cristhian Michelmann.

 

Peninha (no canto à direita) na abertura de exposição da obra de Franklin Cascaes, em 1974. Foto: Acervo Agecom.

Manezinho raiz

Nascido em São Pedro de Alcântara, em 10 de agosto de 1949, Gelci José Coelho, o Peninha, foi um dos guardiões da história, memória, cultura e arte de Santa Catarina. Cresceu e viveu em São José e na Enseada de Brito, em Palhoça. Com formação em História e Museologia, trabalhou desde os 21 anos até a aposentadoria na UFSC junto ao MArquE. Nesta instituição, atuou em pesquisa, guarda de acervo, exposição, gestão em museologia e se tornou, em 1996, Diretor do Museu, cargo no qual permaneceu até se desvincular da instituição, em 2008. Trabalhou com o artista, folclorista e pesquisador Franklin Joaquim Cascaes por mais de uma década, sendo seu assistente e aprendiz.

Foi artista plástico, perfomer, ator, dramaturgo, produtor de instalações urbanas como o Presépio Natural e Artesanal da Praça XV de Novembro no centro de Florianópolis. Foi apoiador e consultor de atividades culturais ligadas à herança dos açorianos, dos descendentes das nações africanas e indígenas que habitam o litoral catarinense, sendo também um reconhecido contador de histórias.

Dentre as lendas de sua autoria, a mais famosa é a do Baile das Bruxas em Itaguaçu. As icônicas pedras da praia no bairro de Coqueiros, na parte continental de Florianópolis, seriam bruxas que foram petrificadas por não terem convidado o diabo para a grande festa que promoveram ali. A lenda já faz parte do repertório cultural da região e foi devidamente reconhecida pelo poder público municipal, que a registrou em uma placa de ferro fixada no local. As ‘Pedras de Itaguaçu’ foram tombadas como Patrimônio Natural, Paisagístico e Cultural do Município em 2014.

Em 2019, lançou o livro Narrativas absurdas: verdades contadas por um mentiroso, em que mescla sua história de vida com lendas, contos e casos raros do litoral de Santa Catarina, narrando sua trajetória desde as primeiras lembranças. A comunidade universitária, enlutada,  solidariza-se com a família e os amigos de Peninha.

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40 anos sem Franklin Cascaes: Jânio Quadros foi inspiração para uma das últimas obras

15/03/2023 07:57

“Espionagem a Figueiredo: aparelho de escuta de novo no trabalho”. Na manchete do jornal Correio Braziliense de 16 de março de 1983, o retrato de um Brasil distante na sua estrutura política e social, separado, em 40 anos, por presidentes, histórias e por uma perda irreparável para Santa Catarina: a morte do artista, professor e pesquisador Franklin Cascaes.

Exatamente no dia anterior, em 15 de março de 1983, Cascaes partia, aos 74 anos, deixando um legado de valor inestimável. Na página 6 do mesmo jornal, que apresentava o noticiário político de um Brasil às vésperas de sua abertura democrática, um registro pequeno, em duas colunas, com o título “SC perde maior artista”. Na nota, Franklin Cascaes é apresentado como um artista popular, que durante a vida “confeccionou peças em barro retratando o folclore da ilha”.

Registro do jornal Correio Braziliense no dia 16 de março de 1983

O obituário também registra que ele “fazia desenhos e escrevia o que pescadores e a gente humilde da Ilha de Santa Catarina lhe contava”, finalizando com a informação da estada do artista em Açores, onde permaneceu por um ano fazendo suas pesquisas. “Abordava sempre a magia e a história vista sob a ótica popular. E por esta razão ele constituiu a história do folclore de Santa Catarina”.

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MArquE inaugura a exposição ‘Franklin Cascaes – Artista’ nesta sexta, dia 25

21/11/2022 13:00

O Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) abre as portas para a exposição Franklin Cascaes – Artista nesta sexta-feira, 25 de novembro, às 16h. A coleção Elizabeth Pavan Cascaes, criada por Franklin Cascaes, contém desenhos e esculturas. O objetivo é apresentar algumas das investigações artísticas do processo criativo do artista. Seus trabalhos partiam de uma coleta de histórias e tradições orais da cidade e seu entorno. 

Todo o acervo de Franklin Cascaes foi doado em vida pelo mesmo em 1981 e desde então está sob a guarda do museu. Com o intuito de respeitar o desejo do artista de se criar um espaço de memória para a totalidade de seu acervo, celebramos a abertura desta sala. Com a proposta de expandir e diversificar os olhares sobre a obra de Franklin Cascaes (Florianópolis, 1908-1983), esta exposição tem como foco apresentar algumas das investigações artísticas em seu processo criativo”, diz o resumo da exposição. 

Serviço:

Local: Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE/UFSC)
Abertura: sexta-feira, 25 de novembro, às 16h
Horários de visitação: de terça a sexta, das 9h às 17h
Contato: 48 3721-6472 / ufsc.mu.secretaria@gmail.com
Agendamento de mediação: museu.ufsc.br/agendamento-de-grupos
Mais informações: museu.ufsc.br | Instagram (@marqueufsc) | Facebook (marqueufsc)

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Projeto de Jornalismo exibe documentário sobre Franklin Cascaes

18/11/2022 10:48

O projeto Ciclo de debates: reflexões sobre a produção jornalística, organizado por professores do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), exibirá o documentário Santo de Casa, sobre Franklin Cascaes na próxima quarta-feira, 23 de novembro, às 18h. A exibição ocorre na sala Adelmo Genro Filho, do Curso de Jornalismo, bloco A do Centro de Comunicação e Expressão (CCE). A atividade dará certificado de três horas complementares. 

O documentário mostra a obra, o mundo real e a imaginação de Franklin Cascaes. O vídeo leva a conhecer Florianópolis a partir dos relatos que Franklin Cascaes registrava nas suas andanças pelo interior da Ilha de Santa Catarina.  Depois da exibição, haverá uma conversa sobre o documentário com a autora, Bebel Orofino; com o orientador, professor José Gatti e com a professora Gilka Girardello, convidada como debatedora

Tags: CCECurso de Jornalismo da UFSCFranklin CascaesUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Acervo de Franklin Cascaes integra exposição do SESC em São Paulo; entenda como ocorre o transporte de obras

22/02/2022 16:44

Cartaz de divulgação da exposição

O Museu de Arqueologia e Etnologia (MArquE) da Univesidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participa da exposição Raio que o parta: Ficções do Moderno no Brasil, no Sesc São Paulo – Unidade 24 de Maio, com acervo do artista catarinense Franklin Cascaes. O evento integra o projeto Diversos 22 e celebra o centenário da Semana de Arte Moderna e o bicentenário da Independência.

Com 600 obras de 200 artistas, o espaço terá visitações livres e gratuitas até 7 de agosto de 2022. A mostra traz artistas como Lídia Baís, Mestre Zumba, Genaro de Carvalho, Anita Malfatti, Tomie Ohtake, Raimundo Cela, Pagu, Alberto da Veiga Guignard, Rubem Valentim, Tarsila do Amaral, Mestre Vitalino, Ernesto Mayer Filho, dentre outros. A curadoria é assinada por Aldrin Figueiredo, Clarissa Diniz, Divino Sobral, Marcelo Campos, Paula Ramos e Raphael Fonseca e consultoria de Fernanda Pitta.

A obra de Franklin Cascaes selecionada para participar da exposição foi o conjunto escultórico A dança dos 25 bichos do jogo, em argila e/ou gesso policromados. E, para que as peças pudessem ser disponibilizadas para participar da exposição em São Paulo, foram necessárias uma série de medidas para se garantir a segurança e preservação do acervo.

Vitrine com obras de Franklin Cascaes na exposição no SESC/SP

Como ocorre o transporte de obras

Obras em processo de avaliação do seu estado de conservação e elaboração de laudo

Primeiramente, verificou-se se as obras solicitadas estavam em bom estado de conservação e se o SESC possuía condições adequadas para receber o acervo. Depois, foi firmado um convênio ou apólice de seguro para as peças em questão e realizada a elaboração de laudos técnicos da obra em trânsito.

Firmado o empréstimo, o transporte das obras é uma das ações mais complexas, pois é necessário planejar para que os objetos sejam manuseados com segurança e cheguem bem ao seu destino expositivo. A empresa contratada para embalagem e transporte inicia o trabalho após a realização do laudo do estado de conservação. Esse documento acompanha a obra durante todo o trajeto, nas diversas revisões de que será objeto: na saída de seu local de origem, na chegada e saída da exposição e em seu regresso à instituição de guarda.
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‘Procura-se um Leitor’ promove live sobre Franklin Cascaes

27/09/2021 08:20

O projeto de extensão Procura-se um Leitor promove, na terça-feira, às 19h, a live O Fantástico Cascaes, que será transmitida pelo canal do Youtube. Com a participação do escritor Fábio Brüggemann e do professor do Colégio de Aplicação George França, doutor em Literatura pela UFSC, será discutida a relação de Franklin Cascaes com a modernidade.

O evento parte da ideia de que o imaginário da Ilha de Santa Catarina é essencialmente um legado da colonização açoriana, com histórias de bruxas e animais como o Boitatá, em meio a ventanias e tramas fantásticas, ora engraçadas, ora amedrontadoras, contados pelos pescadores nas praias de Florianópolis.

O conjunto dessas histórias é uma fortuna cultural que Franklin Cascaes registrou ao longo de sua vida e que foi reverenciada na antologia de contos do livro 13 Cascaes. O títulose refe à participação de 13 escritores de Santa Catarina que resgataram a obra de Cascaes livremente, cada um com seu estilo. Um deles é o convidado da live, Fábio Brüggemann.

Fábio Brüggemann é bacharel em Letras, pela UFSC, escritor (com dez títulos publicados, entre poemas, contos, novela e ensaio), dramaturgo (três peças encenadas), cineasta e roteirista (uma dezena de filmes) e ex-colunista dos jornais O Estado, A Notícia e Diário Catarinense. George França é doutor em Letras pela UFSC, professor do Colégio de Aplicação e escreve literatura que guarda em gavetas. Orientou trabalhos de PIBIC-EM, que se basearam nos arquivos de Cascaes. Publicou artigos acadêmicos, textos de criação esparsos em antologias e revistas. Atualmente, estuda melodrama e prepara um volume de criação.

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Inspirada na obra de Franklin Cascaes, peça ‘Balança, Bruxa!’ terá exibição on-line

26/10/2020 16:01

Foto: Caroline Daufemback

A crise causada pelo coronavírus paralisou o mundo e ainda não permite que o teatro volte a funcionar de maneira plena. Pensando nisso, o Laboratório em Design, Audiovisual e Transmídia (LAB DAT) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sob coordenação do professor André Luiz Sens, idealizou a exibição on-line da peça teatral Balança, Bruxa!. A obra foi premiada em 2018 pelo Fundo Municipal de Cultura de Florianópolis e filmada no Teatro Álvaro de Carvalho (TAC) no dia 26 de outubro de 2019, com sucesso de público. 

Com direção de Jamil Vigano e produção do LAB DAT, o espetáculo será exibido no próximo sábado, 31 de outubro, das 20h às 00h, no canal do LAB DAT no Youtube. O acesso é gratuito, mas o grupo aceita contribuição pelo site abacashi.com/p/balancabruxa, para auxiliar o elenco que trabalhou nesse projeto e foi profundamente impactado nesse momento de pandemia.

Foto: Caroline Daufemback

Balança, Bruxa! é um musical que apresenta uma história inédita e original, livremente inspirada nas obras de Franklin Cascaes e com uma linguagem que alude aos grandes épicos cinematográficos de fantasia, como Harry Potter e Senhor dos Anéis. “Um novo olhar ao mundo fantástico criado pelo artista catarinense, assim como aos tradicionais elementos da cultura ilhéu, como o cerco das tainhas, a renda de bilro, o costume da benzedura e a festa do Divino Espírito Santo”, informam os organizadores. A peça visa não só apresentar uma diferente perspectiva a um público já conhecedor e apreciador do artista e suas obras, como também atrair uma nova geração de consumidores ávidos pelas histórias e personagens mágicas das grandes franquias de entretenimento, mas com pouca proximidade ao universo surrealista e místico criado por Cascaes, como a monstruosa Bruxa que se balança no alto de uma árvore no morro da Lagoa no conto Balanço Bruxólico
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Espetáculo musical ‘Balança, Bruxa!’ tem produção de Grupo de Pesquisa e Extensão da UFSC

07/10/2019 08:47

O espetáculo musical “Balança, Bruxa!”, que conta com produção do Grupo de Pesquisa e Extensão Laboratório em Design, Audiovisual e Transmídi (Lab Dat) da Universidade Federal de Santa Catarina, será exibido no dia 26 de outubro, sábado, em duas sessões (às 18 e às 20 horas), no Teatro Álvaro de Carvalho. O acesso é gratuito e será acessível em Libras. Os interessados podem retirar o ingresso um hora antes de cada sessão.

Com direção de Jamil Vigano, a peça apresenta uma história inédita e original, livremente inspirada nas obras de Franklin Cascaes e com uma linguagem que alude aos épicos cinematográficos de fantasia, tais como Harry Potter e Senhor dos Anéis. Um novo olhar ao mundo fantástico criado pelo artista catarinense, assim como aos tradicionais elementos da cultura ilhéu, como o cerco das tainhas, a renda de bilro, o costume da benzedura e a festa do Divino Espírito Santo.

O objetivo vai além de apresentar uma diferente perspectiva a um público conhecedor do artista e suas obras, e busca atrair uma nova geração de consumidores ávidos pelas histórias e personagens mágicas das franquias de entretenimento, mas tem pouca proximidade sobre todo o universo surrealista e místico criado por Cascaes, como a monstruosa Bruxa que se balança no alto de uma árvore no morro da Lagoa no conto “Balanço Bruxólico”. 
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Autobiografia do ‘Peninha’, artista e servidor aposentado da UFSC, será lançada dia 30

24/07/2019 11:05

O livro “Narrativas absurdas: verdades contadas por um mentiroso”,  de Gelci José Coelho, conhecido também como “Peninha”, servidor aposentado da UFSC junto ao Museu de Arqueologia e Etnologia Oswaldo Rodrigues Cabral (MArquE), será lançado na terça-feira, 30 de julho, a partir das 19 horas, no Museu Histórico Municipal de São Jose.

Em “Narrativas absurdas: verdades contadas por um mentiroso”, o artista, pesquisador e museólogo traz um texto que mescla sua história de vida com lendas, contos e casos raros do litoral de Santa Catarina, narrando sua trajetória desde as primeiras lembranças até os dias atuais. Por mais de uma década, Peninha colaborou com o artista, folclorista e professor Franklin Joaquim Cascaes, que se dedicou a registrar as lendas, histórias e costumes dos descendentes açorianos na ilha de Florianópolis. Tornando-se admirador, incentivador e amigo de Franklin Cascaes, Peninha é responsável pela difusão das obras do artista, que se encontram no Museu da UFSC.
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Autobiografia do artista e servidor aposentado da UFSC, ‘Peninha’, é lançada nesta quinta

20/03/2019 17:06

O livro “Narrativas absurdas: verdades contadas por um mentiroso”, do servidor aposentado da UFSC junto ao Museu de Arqueologia e Etnologia Oswaldo Rodrigues Cabral (MArquE), Gelci José Coelho, conhecido também como “Peninha”, será lançado nesta quinta-feira, dia 21 de março, às 19h, no Museu da Escola Catarinense (MESC). O evento contará com sessão de autógrafos, performances artísticas e a abertura da exposição “Um boitatá em dois tempos”, com registros fotográficos de Biah Schmidt. O livro será comercializado a R$ 45 no local de lançamento.

Em “Narrativas absurdas: verdades contadas por um mentiroso”, o artista, pesquisador e museólogo traz um texto que mescla sua história de vida com lendas, contos e casos raros do litoral de Santa Catarina, narrando sua trajetória desde as primeiras lembranças até os dias atuais. Por mais de uma década, Peninha colaborou com o artista, folclorista e professor Franklin Joaquim Cascaes, que se dedicou a registrar as lendas, histórias e costumes dos descendentes açorianos na ilha de Florianópolis. Tornando-se admirador, incentivador e amigo de Franklin Cascaes, Peninha é responsável pela difusão das obras do artista, que se encontram no Museu da UFSC.
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Piloto de série de ficção policial com temas açorianos será exibido no MArquE

09/09/2016 13:44

O Museu de Arqueologia e Etnologia da UFSC (MArquE) exibirá na segunda-feira, 12 de setembro, o episódio piloto da série de ficção policial “Desterro”. Com direção e roteiro de Mariana Thomé, a produção explora os temas de mistério entrelaçando com o folclore açoriano e as temáticas de Franklin Cascaes. A exibição será gratuita e aberta ao público, com início às 15h.

Segundo a equipe de produção, Desterro contará o cotidiano dos policiais civis Laura Macedo (Mayana Neiva), que acabara de chegar em Florianópolis, e o manezinho Roberto Santos (Chico Caprario) em uma caçada a um serial killer. As investigações circundarão em casos de desaparecimento e assassinatos nas comunidades remotas da Ilha. Todos os episódios são inspirados livremente em contos e desenhos do historiador catarinense Franklin Cascaes – cuja obra está exposta permanentemente no MArquE.

 

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Projeto ‘Nossos Monumentos’ apresenta obras instaladas no campus universitário

12/08/2016 17:02
Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Agência de Comunicação da UFSC (Agecom) inaugura, com a obra Boitatá Incandescente, instalada ao lado do Centro de Cultura e Eventos, o projeto “Nossos Monumentos”. Trata-se de uma série que pretende apresentar, a toda a comunidade, os monumentos espalhados pelo campus sede da UFSC, no bairro Trindade, em Florianópolis. A cada semana, contaremos a história de uma obra, com informações sobre seu autor e contexto de criação.

Boitatá Incandescente: uma homenagem a Franklin Cascaes

Uma cobra gigante de olhos brilhantes que serpenteia pelo céu e deixa um rastro de fogo por onde passa. Este é o boitatá, um dos personagens folclóricos mais temidos pelos primeiros moradores da Ilha de Santa Catarina. A “m-boy tatá” ou “cobra de fogo”, como era conhecida pelos nativos, aos poucos foi sendo “aportuguesada” pelos colonizadores açorianos e deixou de ser cobra para se tornar um boi. O olhar de Franklin Cascaes sobre a criatura folclórica, em seus textos e ilustrações, foi o que inspirou o artista Laércio Luiz na construção da escultura Boitatá Incandescente, um dos mais conhecidos monumentos da UFSC.
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Editora da UFSC promove inclusão digital também no vestibular

11/03/2014 13:43

A literatura catarinense conquistou espaço  nos vestibulares da Universidade Federal de Santa Catarina. Um clássico volta a figurar na lista de leituras do concurso de 2015: O Fantástico da Ilha de Santa Catarina, de Franklin Cascaes. Relançado em 2012 pela  Editora da UFSC (EdUFSC), dentro da Coleção Repertório, reúne, em volume único, 24 narrativas ilustradas pela própria pena do artista, cuja obra completa pode ser conhecida e visitada no Museu de Arqueologia e Etnologia  – Oswaldo Rodrigues Cabral, no campus de Florianópolis.  Praticamente esgotado, a EdUFSC está preparando mais uma reedição. O diretor da editora, Fábio Lopes, chama atenção para a política de inclusão da Universidade. “O Fantástico da Ilha de Santa Catarina está gratuitamente disponível para leitura na seção Acervo Digital do site da EdUFSC”. 

Nas narrativas do artista plástico, mitólogo e folclorista, o caldeirão bruxólico é composto pelo universo litorâneo, o imaginário ilhéu e o falar açoriano catarinense. No cardápio aparecem congressos, balanças e vassouras bruxólicas, bruxas ladras de baleeiras, baile de bruxas dentro de uma tarrafa de pescaria, e, pasmem, eleições!

As  histórias foram produzidas, em cadernos de anotações, no período de 1946 a 1975. Cascaes escreve com a convicção de quem acredita piamente no que ouviu e viu nas comunidades ilhoas. Tudo parece real! Organizado pelo discípulo e museólogo Gelci Coelho (Peninha), com apoio das pesquisadoras  Dulce Maria Halpap e Bebel Orofino, o glossário do livro coube ao professor  Oswaldo Antônio Furlan,  aposentado pela UFSC.

Franklin Cascaes nasceu em São José (SC) em 16 de outubro de 1908 e faleceu em Florianópolis em 15 de março de 1983. Em 2014, Santa Catarina lembra os 106 anos de nascimento e os 31 anos de morte do gênio da cultura popular. Cascaes é patrono das feiras da EdUFSC. Disponibilizar a sua obra em livro na versão digital reforça o papel da editora na divulgação e popularização da cultura local e regional.

No Acervo Digital pode-se acessar também outros 26 títulos do catálogo, inclusive obras dos vestibulares recentes.

Mais informações:
EdUFSC
Telefone: (48) 3721-9408
Site: 
www.editora.ufsc.br
Diretor executivo: Fábio Lopes (flopes@cce.ufsc.br)/ celular (48) 9933-8887

Moacir Loth / Jornalista na Agecom/UFSC
moacir.loth@ufsc.br 

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O fantástico na Ilha de Santa Catarina será relançado na Feira de Livros da Editora da UFSC

11/10/2012 17:24

A próxima novidade da Feira de Livros da Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) será o relançamento, em volume único, do clássico da literatura popular O fantástico na Ilha de Santa Catarina, de Franklin Cascaes. O evento, com a presença do museólogo Gelci José Coelho (Peninha), está marcada para o dia 17, quarta-feira, a partir das 16h30min, na Praça da Cidadania, em frente ao prédio da Reitoria da UFSC, em Florianópolis. A feira, que oferece descontos de 50 a 70%, prossegue até o dia 25 deste mês.

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Prêmio Franklin Cascaes de Cultura

02/08/2011 18:06

Premiada na área de artes visuais como a melhor exposição do ano de 2010, Franklin Cascaes: desenhos e esculturas, realizada de 10 de julho a 27 de agosto de 2010, no Museu Histórico de Santa Catarina, recebeu na última sexta-feira, dia 29 de julho, o Prêmio conferido pela Fundação Cultural de Florianópolis Franklin Cascaes. A mostra exibiu 29 desenhos e cerca de 100 esculturas de Franklin Cascaes (1908-1983), com curadoria de Fernando Lindote, e contou com uma programação educativa e cultural ao longo de toda a exposição.

O projeto foi realizado pela Associação dos Amigos do Museu Universitário Professor Oswaldo Rodrigues Cabral (AMU), Secretaria de Cultura e Arte (SecArte) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Museu Histórico de Santa Catarina (MHSC), com o patrocínio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Carbocloro. A produção foi da Exato Segundo Produções Artísticas. O apoio é da Fundação Franklin Cascaes e do Rádio CBN Diário.

Saiba mais: http://cascaes-desenhos-e-esculturas.exatosegundo.com.br/

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