Dia Mundial da Sepse: HU-UFSC reforça importância do diagnóstico precoce e adota protocolo para tratamento

12/09/2024 17:55

Foto: divulgação/HU-UFSC/Ebserh

Esta sexta-feira, 13 de setembro, é o Dia Mundial da Sepse, uma data voltada à conscientização sobre uma síndrome clínica grave e que mais causa mortes em unidades de terapia intensiva (UTI). A sepse, caracterizada pela disfunção de órgãos em resposta a infecções, pode levar à morte se não for diagnosticada e tratada rapidamente. Com a campanha deste ano voltada para a “jornada do paciente com sepse no hospital”, o Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC) está adotando um novo protocolo para melhorar o atendimento e salvar vidas.

Rodrigo Douglas Rodrigues, médico infectologista do HU-UFSC, destaca que a sepse apresenta uma taxa de mortalidade que pode ultrapassar 50% quando não são tomadas ações rápidas para o manejo dessa condição. “A população ainda tem pouco conhecimento sobre essa doença. Uma pesquisa do Datafolha e do Instituto Latino-Americano de Sepse (Ilas) mostrou que apenas 14% dos brasileiros já ouviram falar da sepse, enquanto mais de 90% conhecem AVC ou infarto”. Segundo ele, essa falta de informação é preocupante, já que a sepse exige um tratamento rápido e eficiente, assim como as demais situações.

Para melhorar o diagnóstico precoce e o manejo da sepse, o HU-UFSC está implementando um protocolo que visa identificar sinais da síndrome desde a triagem e agilizar o tratamento. “O paciente não chega ao hospital dizendo que está com sepse, ao contrário de outras condições como AVC ou infarto. Por isso, é crucial que os profissionais de saúde estejam atentos aos sinais, como febre, hipotermia, aumento da frequência respiratória, taquicardia e hipotensão”, explica o médico.

O protocolo prevê que, em até uma hora após a chegada do paciente com suspeita de sepse, sejam realizadas medidas fundamentais como a coleta de exames laboratoriais, a administração de antimicrobianos e a ressuscitação volêmica (procedimento com administração intravenosa de fluídos). “A expectativa é de que, com o novo protocolo, a taxa de mortalidade possa ser reduzida para menos de 10%. Esse primeiro atendimento é decisivo, pois, a cada hora sem tratamento adequado, a mortalidade aumenta significativamente”, ressalta o infectologista.

Tags: Hospital UniversitárioHUsepseUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Enfermeira do HU fala sobre combate à sepse, infecção que pode levar à morte

13/09/2021 10:28

No dia 13 de setembro, instituições e profissionais de todo o mundo se mobilizam para lembrar a importância da luta contra a sepse, um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção, que atinge de 15 a 17 milhões de pessoas em ambiente hospitalar no mundo todo. A data é uma oportunidade para aumentar a consciência pública para este evento pouco conhecido.

A enfermeira Andréia Labrea Pereira, do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU-UFSC/Ebserh), explicou que existem uma série de procedimentos e protocolos que são seguidos pelos profissionais de saúde para ajudar no combate à sepse. Confira a entrevista sobre o tema, em que ela explica a importância do diagnóstico precoce para evitar o agravamento do quadro.

O que é a Sepse?

A Sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. É desencadeada pela invasão de agentes infecciosos, principalmente bactérias ou vírus, causando uma intensa resposta inflamatória por todo o organismo. Antigamente também era chamada de infecção no sangue ou septicemia.

Há algum sintoma?

Os sintomas da Sepse podem passar despercebidos logo no seu início, podendo ser confundido com outras patologias. Porém, existem critérios que podem nos ajudar a realizar o seu diagnóstico como por exemplo a alteração de sinais vitais e de exames laboratoriais rebaixamento do nível de consciência, agitação, entre outros.

Como é o tratamento?

Os tratamentos para os casos de Sepse são variáveis, dependo do grau de comprometimento do paciente. Vai depender do tempo em que o diagnóstico foi realizado, assim como, da resposta do organismo as condutas adotadas.

Podemos prevenir Sepse?

A prevenção da Sepse pode ser realizada através de um diagnóstico precoce, evitando o agravamento do quadro. É muito comum na imprensa informações de pessoas que se submeteram a procedimentos (principalmente estéticos) e ficaram à beira da morte por causa de Sepse.

Por que esta inflamação causa tanto impacto?

Os procedimentos cirúrgicos, independentemente do local, podem desencadear a Sepse. Alguns procedimentos chamam mais atenção por se tratar de procedimentos eletivos, como os estéticos.

O que pode causar a Sepse?

Para a prevenção da Sepse é recomendado que as unidades sigam as diretrizes para prevenção de infecções relacionadas a estes dispositivos (pneumonia associada a ventilação mecânica, infecção de corrente sanguínea associada a cateter venoso central e infecção do trato urinário relacionado a cateter vesical de demora).

Como o quadro de Sepse pode levar à morte?

A Sepse pode ser encarada como um problema de saúde, não apenas no Brasil, mas no mundo todo, com uma alta taxa de mortalidade nos hospitais públicos e privados. Estima-se em cerca de 15 a 17 milhões o número de pacientes acometidos por Sepse no ambiente hospitalar, sendo esta síndrome considerada a causa prevalente de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

Veja o vídeo.

Tags: combate à sepseHospital UniversitárioHospital Universitário (HU/UFSC)sepse

Pesquisas desvendam mecanismos da infecção generalizada

12/08/2012 10:30

As investigações dão continuidade às pesquisas de doutorado do professor Fernando Spiller, sobre respostas à inflamação.

Estudos desenvolvidos no Laboratório de Imunobiologia, associado aos departamentos de Farmacologia e de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da UFSC, colaboram com o entendimento dos mecanismos da sepse. Conhecida popularmente como “infecção generalizada”, essa é uma das principais causas de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
(mais…)

Tags: CCBfarmacologiaFernando Spillerinfecção generalizadasepseUFSC