Pesquisa da UFSC analisa consequências sociais e políticas de ações das Forças Armadas voltadas a civis

02/12/2024 13:30

Ilustração: Laura Araujo/NADC/UFSC

Qual deveria ser a relação das Forças Armadas (FA) com a sociedade civil em uma democracia? Essa é uma das questões que o trabalho da professora Anaís Medeiros Passos, do Departamento de Sociologia e Ciência Política da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), tenta responder. A pesquisadora produziu um mapeamento das ações cívico-sociais (Acisos) realizadas pelo Exército Brasileiro, que revela consequências do histórico das relações entre as instituições civis e militares no Brasil. Entre elas, a percepção de que há uma conexão entre a atuação do Exército na segurança e o desenvolvimento do país.

Direcionadas à sociedade civil em áreas como saúde, assistência social, educação e infraestrutura, as Acisos têm como objetivo obter apoio de parte da população e reforçar uma imagem positiva sobre as Forças Armadas. São destinadas a diferentes públicos: grupos sociais vulneráveis (de acordo com a perspectiva militar), famílias de militares e pessoas que vivem próximas aos quartéis. Também acontecem em situações nas quais o Exército opera por meio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), o que lhes concede permissão para ocupar funções de polícia. A pesquisa da professora buscou identificar quais são os tipos dessas ações, a fim de produzir conhecimento para os tomadores de decisão.

De um lado, há a assistência social prestada pelo Exército nesses lugares e, de outro, sua ação repressiva. De acordo com Anaís, as Acisos são uma forma de contato direto dos militares com a população, sem nenhuma forma de monitoramento. Elas ganham ainda mais força em regiões como a fronteira norte da Amazônia, na qual a presença do Estado é reduzida. “Delegamos muito poder para os militares lá”, explica a professora. “Não apenas porque eles estão ocupando aquele espaço, mas também porque ninguém, nenhum outro órgão, entra nessa disputa”. 

A lacuna acaba elevando o protagonismo das ações e reforça certo teor de propaganda em algumas medidas. Para Anaís, elas buscam construir uma imagem confiável sobre a instituição militar que está a serviço da população.
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UFSC é pioneira e se une à força-tarefa para Aliança Global contra a Fome e a Pobreza

02/12/2024 11:20

Festival de Cultura Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza. (Foto: Ricardo Stuckert/PR)

A Universidade Federal de Santa Catarina foi a primeira instituição de ensino pública a aderir à força-tarefa para a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, um dos temas destaque na última reunião do G20, que ocorreu no Brasil, em novembro. O reitor Irineu Manoel de Souza assinou a declaração de compromisso e levou a instituição a se comprometer com questões como a implementação de políticas domésticas, cooperação e apoio em políticas públicas e apoio ao conhecimento, área em que a UFSC se situa como instituição de referência.

A professora Cristiane Derani, do Departamento de Direito da UFSC, reconhecida pela atuação nas áreas de direito ambiental, internacional e econômico foi chamada pelo Ministério do Desenvolvimento Social a participar, como especialista, de um grupo focado em discutir a questão da alimentação e do combate à fome no mundo. A partir daí, veio o convite para que a UFSC aderisse à iniciativa, para que se pudesse aproveitar sua especialidade na produção de conhecimento em agricultura, sustentabilidade e em biotecnologia.

As próximas etapas de trabalho da UFSC junto à aliança envolvem reuniões de um grupo em que a instituição está conectada à Universidade Federal de Goiás (UFG) e do Rio Grande do Sul (UFRGS). No decorrer do andamento das atividades, os pesquisadores já envolvidos farão contato com outros especialistas em diferentes áreas do conhecimento. “A ideia é agrupar os pesquisadores de uma forma multidisciplinar para trabalhar auxiliando o pacto da Aliança Global Contra a Fome”, comenta a professora.

A professora se destaca pelo seu trabalho com a segurança alimentar, que discute a continuidade da produção de alimentos no mundo, dentro de um quadro de restauração ecológica e de conservação do meio ambiente, incluindo a proteção da biodiversidade e do clima. “O pacto assinado pelo G20 se baseia em três pilares: financeiro, técnico e político. Nós fazemos parte desse segundo pilar”, argumenta Derani.

No artigo Sustainable Global Food System, publicado pela Springer Nature, Derani estuda a meta de acabar com a fome até 2030 apresentada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo ela, a decisão sobre o que, onde, como e para quem produzir os alimentos “deve estar vinculada a premissas ecológicas para uma justiça ecológica, que é a base da justiça social, econômica e alimentar”.

A Força-tarefa para Aliança Global contra a Fome e a Pobreza pretende fortalecer uma Aliança Global para buscar recursos e conhecimentos para a implementação de políticas públicas e tecnologias sociais aptas a reduzirem a fome e da pobreza no mundo. A adesão à Aliança Global estará aberta não somente aos membros do G20, mas a todos os países interessados.

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Espetáculos de música, dança, teatro e slam marcam comemorações dos 64 anos da UFSC

02/12/2024 08:00

Dazaranha fará show em comemoração ao aniversário da UFSC

Os 64 anos da Universidade Federal de Santa Catarina terão a sua tradicional comemoração em sessão solene, no dia 13 de dezembro, às 14h, no Auditório Garapuvu, no Centro de Cultura e Eventos, mas a agenda festiva está repleta de atrações artísticas e culturais. Mostra de artes cênicas, espetáculos de dança, música, Orquestra, teatro, SLAM e um show da banda Dazaranha estão na agenda, que se estende de 3 dezembro até 19 de dezembro. As informações podem ser encontradas no site aniversario.ufsc.br.

A Mostra Artes da Cena dará início oficial às festividades, a partir de terça-feira, 3 de dezembro. Serão treze dias com apresentações de espetáculos teatrais em diferentes espaços da universidade. No dia 5, quinta-feira, às 19h30, o Auditório Garapuvu recebe Salim: Memórias em Movimento – uma jornada artística e poética em homenagem ao renomado escritor líbano-catarinense, do Projeto Práticas Corporais e Cia de Dança da UFSC.

Já na sexta, 6 de dezembro, é dia do Slam Educa realizar a sua etapa final, no Auditório do Espaço Físico Integrado (EFI), às 13h30. No mesmo dia, um texto didático de Bertolt Brecht, escrito em 1930, será exibido no Teatro Carmen Fossari. A atividade também será realizada no sábado, 7, e no domingo, 8, sempre às 20h.

A Orquestra Filarmônica Catarinense (OFiC) se apresenta na quarta-feira, 11 de dezembro, às 19h, na Igrejinha da UFSC. A entrada é gratuita, por ordem de chegada, a partir das 18h. A OFiC inova no formato dos programas musicais temáticos, envolvendo a plateia e convidando os ouvintes a participarem no processo de performance, seguindo o conceito “musicking”.

A turnê Ícones, da banda Dazaranha, é outro momento de celebração que marca o aniversário da UFSC, no dia 17 de dezembro, no Auditório Garapuvu, às 20h. O ingresso será solidário, e as informações sobre distribuição estão no site. A Igrejinha da UFSC será também palco de música: Pedro Bernardo, chefe de naipe nas Orquestras de Câmara do CESCB e Sinfônica de Caçador, se apresenta no dia 18, às 19h.

Acompanhe toda a programação cultural do aniversário da UFSC.

Sessão solene com homenagens

A UFSC completará 64 anos de história no dia 18 de dezembro deste ano, mas a sessão solene para comemorar a data será no dia 13, com homenagens as professoras eméritas. A dignidade universitária é “concedida a membro de pessoal docente aposentado, pelos altos méritos profissionais ou por relevantes serviços prestados à Instituição”.

Professora Maria Bernardete Ramos Flores

Maria Bernardete é Graduada em História pela Universidade do Vale do Itajaí (1973), Mestre em História pela UFSC (1979) e Doutora em História pela PUC/SP (1991). Realizou Pós-Doutorado na Universidade Nova de Lisboa e na University of Maryland (1999-2000), e no IDAES da Universidad de San Martín – Argentina (2009- 2010). Foi professora visitante na Universidade de Salamanca (2003) e pesquisadora visitante na University of California – Campus Davis (1994). Foi agraciada com o Prêmio Destaque de Pesquisa – Centro de Filosofia e Ciência Humanas (2010). Foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC por diversos anos, e atuou no Comitê da Área de História na Capes. Dedica-se à pesquisa de História e Arte, Modernidade e Estética, Teoria da Imagem e Teoria da História. Atua na Linha de Pesquisa História da Historiografia, Arte, Memória e Patrimônio, do Programa de Pós Graduação em História da UFSC.

A professora Maria Bernardete orientou 35 trabalhos de conclusão de curso de graduação, 36 dissertações de mestrado e 41 teses de doutorado durante sua carreira. É autora de livros, capítulos de livros e artigos científicos, organizadora de coletâneas diversas, no Brasil e exterior.

Professora Joana Maria Pedro

A professora Joana possui graduação em História pela Universidade do Vale do Itajaí/Univali (1972), mestrado em História pela UFSC (1979) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) (1992). Fez pós-doutorado na França, na Université d´Avignon, entre 2001 e 2002, e nos Estados Unidos, na Brown University, entre 2016 e 2017. Foi professora visitante na Universidade do Chile (2021), na Universidade Nacional de La Plata (Argentina, 2013) e na Université Paris Diderot, Paris 7 (França, 2014).

No desenvolvimento de funções administrativas foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História entre 1993 e 1995, Diretora do CFH entre 1996 e 2000, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) entre 2008 e 2012, e Pró-Reitora de Pós-Graduação entre 2012 e 2016.

Entre outras atividades cabe também mencionar que foi Presidenta da ANPUH – Associação Nacional de História na gestão 2017-2019; Editora da Revista Estudos Feministas; e que atuou no Comitê da Área de História do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Aposentou-se em março de 2019, dando continuidade a suas atividades em qualidade de professora voluntária como docente permanente do Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, e como pesquisadora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH). É pesquisadora 1A do CNPq.

 

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‘Nossa meta é conquistar um mundo livre do vírus da aids’, afirma professor da UFSC

28/11/2024 11:20

Professor Aguinaldo Roberto Pinto, no Laboratório de Imunologia Aplicada (LIA/CCB/UFSC). Foto: Gabriel Salles Beltrão.

O dia 1º de dezembro foi instituído pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como o Dia Mundial de Luta contra a Aids. A data – definida em 1988, cinco anos depois de cientistas identificarem o HIV (Vírus da Imunodeficiência Humana) – tem por objetivo promover a conscientização sobre a doença e sua prevenção, combater preconceitos e desinformação,  além de celebrar os avanços no acesso a tratamentos. Tais avanços são resultados das contínuas pesquisas científicas na área, as quais têm contribuído desde a descoberta do vírus causador da pandemia de aids, até a busca por cura.

Entre os cientistas que se destacam internacionalmente na pesquisa sobre HIV/Aids está Aguinaldo Roberto Pinto, professor do departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia da Universidade Federal de Santa Catarina (MIP/UFSC) e coordenador do Laboratório de Imunologia Aplicada (LIA/CCB/UFSC). Em alusão à data, o periódico científico Virology Journal publicou uma entrevista com o pesquisador, em que ele narra sua trajetória na investigação sobre o tema e os principais desafios enfrentados no combate à doença. Aguinaldo, que é editor da seção de Retrovírus da publicação, tem se dedicado a diversos aspectos relacionados à infecção pelo HIV e, atualmente, tem pesquisado também sobre o papel da proteína Spike sobre células microgliais – células do Sistema Nervoso Central (SNC) que atuam na defesa imunológica e na proteção do cérebro e da medula – e sua relevância na neuroinflamação da COVID-19.
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Pesquisadores da UFSC desenvolvem protótipo de aplicativo capaz de identificar fungos através de fotos

27/11/2024 11:00

Aplicativo reúne informações de mais de 500 espécies de macrofungos. Foto: Ariéll Cristovão/Agecom/UFSC

O grupo de pesquisa MIND.Funga, coordenado pelo Laboratório de Micologia (Micolab) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), está desenvolvendo um aplicativo capaz de identificar, a partir de fotos, espécies de macrofungos, como cogumelos e orelhas-de-pau, por exemplo. O projeto utiliza um banco de dados composto por mais de 13 mil fotografias que representam 505 espécies de macrofungos coletadas em diversas regiões do Brasil.

O estudo, intitulado Innovative infrastructure to access Brazilian fungal diversity using Deep Learning, destaca como o uso de inteligência artificial (IA) pode facilitar a pesquisa e o mapeamento de espécies fúngicas no país. O pesquisador da UFSC Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos explica que a IA é treinada, por meio de bancos de imagens, para reconhecer padrões visuais. O aplicativo permite aos usuários capturar fotos de fungos em seus dispositivos e obter identificações baseadas na semelhança com imagens presentes no banco de dados.

“Esse aplicativo vai permitir uma identificação mais eficiente dos macrofungos, utilizando padrões de imagens e inteligência artificial, algo que pode transformar a forma como a ciência cidadã contribui para a conservação da biodiversidade”, aponta o pesquisador.
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UFSC desenvolve metodologia inovadora para monitorar a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) com financiamento do Global Grand Challenges

27/11/2024 10:05

UFSC recebe financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates para promover técnicas agrícolas sustentáveis

O projeto da UFSC, Campus de Curitibanos, financiado pela fundação internacional, promete contribuir por uma agricultura mais sustentável. (Foto: Alexandre ten Caten/UFSC)

O projeto SensMyN propõe desenvolver um teste diagnóstico rápido, in situ e de baixo custo. Isso será possível graças a biomarcadores de RNA que identificarão genótipos de plantas mais responsivos à FBN e biofertilizantes inteligentes para o clima. “Com os resultados do nosso projeto SensMyN, seremos capazes de propor uma metodologia que aplica sensores diretamente às plantas. O método será de baixo custo e permitirá amostragens em diferentes momentos e locais no campo. Isso nos permitirá propor métricas para monitorar a fixação biológica de nitrogênio na agricultura”, destaca o professor Alexandre ten Caten, responsável pelo projeto na UFSC.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu um financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates no dia 27 de setembro. O projeto é uma parceria entre o professor Alexandre ten Caten, do Departamento de Agricultura, Biodiversidade e Florestas do Campus de Curitibanos, e a professora Adriana Silva Hemerly, do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

O financiamento apoiará o desenvolvimento de uma metodologia para monitorar a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em solo e vegetação. O objetivo é fortalecer as pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que prometem medir a capacidade de microrganismos de fixar nitrogênio e fornecê-lo às plantas, reduzir custos de produção e promover práticas agrícolas mais sustentáveis.

O projeto, intitulado SensMyN: Monitoramento da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) por meio de dados espectrais integrados de solo-vegetação e biomarcadores baseados em RNA, terá duração até julho de 2026 e receberá investimentos de aproximadamente 300 mil dólares. “O fato de nosso projeto ter chamado a atenção da fundação e recebido financiamento demonstra a capacidade do Campus Curitibanos da UFSC em propor pesquisas de relevância internacional”, enfatiza o professor Alexandre.

“É um motivo de orgulho pensar que, com o esforço, trabalho e comprometimento de todos os parceiros deste projeto, possamos contribuir com aquele ‘grão de areia’ no vasto corpo de conhecimento gerado por pesquisadores em todo o mundo que trabalham no tema da fixação biológica de nitrogênio”, acrescenta o cientista.

O professor também celebra o impulso à infraestrutura do campus. Os recursos permitirão o pagamento de bolsas para estudantes e a aquisição de novos equipamentos.
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UFSC aprova título de Professora Emérita a Maria Bernardete Ramos Flores e Joana Maria Pedro

26/11/2024 18:15

Sessão especial do Conselho Universitário no dia 26 de novembro concede título de professora emérita a Maria Bernardete Ramos Flores e Joana Maria Pedro. Imagem: YouTube CUn/UFSC

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizou sessão especial na tarde desta terça-feira, 26 de novembrona Sala dos Conselhos, no campus da Trindade, em Florianópolis. Na reunião foram apreciadas as propostas de concessão do título de Professora Emérita às docentes Maria Bernardete Ramos Flores e Joana Maria Pedro, ambas titulares do Departamento de História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). Os dois pedidos foram aprovados pelos(as) conselheiros(as) com, respectivamente, 46 e 52 votos favoráveis.

A UFSC completará 64 anos de história no dia 18 de dezembro deste ano. Em homenagem ao aniversário da instituição e às professoras eméritas, o CUn realizará sessão solene no dia 13 de dezembro, às 14h, no Auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo. A dignidade universitária é “concedida a membro de pessoal docente aposentado, pelos altos méritos profissionais ou por relevantes serviços prestados à Instituição”.

A conselheira Marilia Carla de Mello Gaia, relatora do processo da professora Maria Bernardete Ramos Flores, ressaltou que a docente atuou no Departamento de História entre 1987 e 2013, tendo se aposentado como professora titular, contribuindo para a configuração atual do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em História, o qual atua como orientadora até o presente momento. É bolsista de produtividade em pesquisa 1B do CNPq e é uma grande referência no campo da História Cultural e da História da Arte no Brasil. Contribuiu para a estruturação da Associação Nacional de História (ANPUH) em Santa Catarina, e do Grupo de Trabalho História Cultural da ANPUH a nível nacional.

Professora Maria Bernardete Ramos Flores. Foto: Divulgação

Maria Bernardete é Graduada em História pela Universidade do Vale do Itajaí (1973), Mestre em História pela UFSC (1979) e Doutora em História pela PUC/SP (1991). Realizou Pós-Doutorado na Universidade Nova de Lisboa e na University of Maryland (1999-2000), e no IDAES da Universidad de San Martín – Argentina (2009- 2010). Foi professora visitante na Universidade de Salamanca (2003) e pesquisadora visitante na University of California – Campus Davis (1994). Foi agraciada com o Prêmio Destaque de Pesquisa – Centro de Filosofia e Ciência Humanas (2010). Foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História da UFSC por diversos anos, e atuou no Comitê da Área de História na Capes. Dedica-se à pesquisa de História e Arte, Modernidade e Estética, Teoria da Imagem e Teoria da História. Atua na Linha de Pesquisa História da Historiografia, Arte, Memória e Patrimônio, do Programa de Pós Graduação em História da UFSC.

A professora Maria Bernardete orientou 35 trabalhos de conclusão de curso de graduação, 36 dissertações de mestrado e 41 teses de doutorado durante sua carreira. É autora de livros, capítulos de livros e artigos científicos, organizadora de coletâneas diversas, no Brasil e exterior.

Professora Joana Maria Pedro. Foto: Acervo Agecom

Na sequência, a conselheira Maria del Carmen Cortizo foi a relatora do parecer que delineou a trajetória acadêmica da professora Joana Maria Pedro. Na leitura do parecer destacou que a docente ainda atua no Departamento de História da UFSC desde o início da década de 1980, contribuindo significativamente para a qualificação acadêmica em todos os níveis da graduação e da pós-graduação, e para a projeção nacional e internacional do Departamento e da UFSC, trata-se de uma intelectual amplamente reconhecida no campo da História das Mulheres e do Gênero no Brasil na América Latina.

A professora Joana possui graduação em História pela Universidade do Vale do Itajaí/Univali (1972), mestrado em História pela UFSC (1979) e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) (1992). Fez pós-doutorado na França, na Université d´Avignon, entre 2001 e 2002, e nos Estados Unidos, na Brown University, entre 2016 e 2017. Foi professora visitante na Universidade do Chile (2021), na Universidade Nacional de La Plata (Argentina, 2013) e na Université Paris Diderot, Paris 7 (França, 2014).

No desenvolvimento de funções administrativas foi Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História entre 1993 e 1995, Diretora do CFH entre 1996 e 2000, Coordenadora do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas (PPGICH) entre 2008 e 2012, e Pró-Reitora de Pós-Graduação entre 2012 e 2016.

Entre outras atividades cabe também mencionar que foi Presidenta da ANPUH – Associação Nacional de História na gestão 2017-2019; Editora da Revista Estudos Feministas; e que atuou no Comitê da Área de História do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).

Aposentou-se em março de 2019, dando continuidade a suas atividades em qualidade de professora voluntária como docente permanente do Programa de Pós-Graduação em História e do Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC, e como pesquisadora do Instituto de Estudos de Gênero (IEG) e do Laboratório de Estudos de Gênero e História (LEGH). É pesquisadora 1A do CNPq.

Tem experiência na área de História, com ênfase em História do Brasil República, principalmente nos temas: feminismo, gênero, relações de gênero, história das mulheres, memória, história oral, história do tempo presente e história comparativa. Entre seus livros mais conhecidos estão “Mulheres Honestas, Mulheres Faladas: uma questão de classe” (Ed. UFSC, 1991), Nova História das Mulheres no Brasil (Contexto, 2012 com Carla Pinsky), Gênero, Feminismos e Ditaduras no Cone Sul (Mulheres, 2010, com Cristina S. Wolff) e outros, além de inúmeros artigos e capítulos de livros publicados no Brasil e no exterior.

É necessário salientar a fundamental contribuição da trajetória da professora Joana Pedro para a luta das mulheres e para o reconhecimento dos seus direitos dentro e fora do âmbito universitário.

Rosiani Bion de Almeida | imprensa.gr@contato.ufsc.br
Coordenadoria de Imprensa do GR | UFSC

Com informações dos processos para concessão dos títulos, disponíveis nos links:

Parecer Maria Bernadete Ramos Flores

Parecer Joana Maria Pedro

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Conselho Universitário da UFSC aprova Calendário Acadêmico para 2025

26/11/2024 16:37

O Calendário Acadêmico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para 2025 foi aprovado pelo Conselho Universitário em reunião realizada nesta terça-feira, 26 de novembro. Além das datas dos principais eventos do primeiro e do segundo semestres dos cursos de graduação e de pós-graduação, o calendário traz ainda as atividades acadêmicas e administrativas dos cursos de pós-graduação e do Colégio de Aplicação. O documento completo será publicado no site do Departamento de Administração Escolar (DAE).

De acordo com o calendário, o primeiro semestre da graduação vai de 10 de março a 16 de julho; o segundo, de 11 de agosto a 13 de dezembro. Os dias 6 e 7 de dezembro estão reservados para a realização do Vestibular UFSC 2026. A Feira de Cursos está prevista para os dias 3 e 4 de junho. A Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da UFSC (Sepex) deve ser realizada de 20 a 24 de outubro.

Serão 101 dias letivos para os campi de Araranguá e Curitibanos, e 102 para Blumenau, Florianópolis e Joinville no primeiro semestre. Para o segundo semestre, Blumenau e Curitibanos têm previsão de 101 dias letivos; e Araranguá, Florianópolis e Joinville, 102 dias letivos.

O documento, de consulta obrigatória pelos estudantes, também traz informações de datas e prazos referentes às matrículas, incluindo ajustes e trancamento; de inscrições para o edital dos programas assistenciais da Pró-Reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis (Prae); relativas à mobilidade estudantil; dos editais de transferências e retornos; de colações de grau e períodos de recuperação, entre outros.

As datas e prazos para os principais processos e atividades administrativas das Coordenadorias de Curso, Colegiados de Departamento e Conselhos de Unidade também estão expressos no Calendário Acadêmico UFSC 2025.

UFSC desenvolve método mais rápido e econômico para detecção de febre amarela em animais silvestres

25/11/2024 13:30

Sabrina Cardoso, autora principal da tese, realiza testagem de amostras de vírus da febre amarela no Laboratório Rona-Pitaluga da UFSC. Foto: acervo pessoal

O monitoramento de casos de febre amarela em primatas não humanos, como os macacos, é um sistema de alerta precoce para surtos silvestres da doença, ajudando a prevenir a ocorrência de casos em humanos. Contudo, os testes atuais para diagnóstico do vírus nesses animais possuem alta complexidade e custo financeiro. Com o objetivo de fortalecer as respostas de saúde pública à doença, pesquisadores do Laboratório Rona-Pitaluga do Departamento de Biologia Celular, Embriologia e Genética (BEG) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina (SES/SC) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), desenvolveram um método mais simples, rápido e econômico para o monitoramento e a detecção da febre amarela silvestre.

Segundo os autores da pesquisa, o novo método possibilita aprimorar a vigilância da doença no Brasil. Os resultados promissores do estudo desenvolvido na UFSC, nomeado Development and validation of RT-LAMP for detecting yellow fever virus in non-human primates samples from Brazil, ou Desenvolvimento e validação de RT-LAMP para detectar o vírus da febre amarela em amostras de primatas não humanos do Brasil em português, foram publicados em setembro deste ano na revista científica Scientific Reports, do grupo Nature.

O estudo integra a tese de doutorado de Sabrina Fernandes Cardoso, estudante de Pós-Graduação em Biologia Celular e do Desenvolvimento da UFSC e bióloga da SES/SC, orientada pela professora Luísa Rona e pelo pesquisador da Fiocruz André Pitaluga, coordenadores do Laboratório Rona-Pitaluga. Participaram também os pesquisadores Maycon Neves e Dinair Couto-Lima, da Fiocruz, o professor Daniel Mansur e os pós-graduandos André Akira, Iara Pinheiro e Lucilene Granella, da UFSC.

Conforme o estudo, nos últimos anos, a reemergência da febre amarela impactou significativamente a saúde pública brasileira. Desde 2002, o vírus expandiu sua circulação, espalhando-se do Leste em direção ao Sul do país. Durante a expansão, foram registrados diversos surtos e milhares de mortes de primatas foram documentadas. Desde então, mais de 2.100 casos humanos foram relatados, com uma taxa de letalidade de aproximadamente 30% entre as pessoas que desenvolveram a doença em forma grave.
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UFSC recebe nota máxima em processo de recredenciamento institucional

22/11/2024 11:40

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu do Ministério da Educação (MEC) a nota máxima no seu processo de recredenciamento institucional, finalizado recentemente. O conceito final da UFSC ficou na faixa 5, e o conceito final contínuo em 4,96. Com isso, a Universidade está entre as instituições em nível de excelência na avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O último processo de recredenciamento da UFSC foi realizado em 2013.

O processo avaliativo de recredenciamento teve início em setembro de 2024, com a formação de uma comissão de três avaliadores designados pelo Inep. A partir de então, a UFSC começou a protocolar no sistema e-MEC uma série de documentos, entre os quais o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), Plano de Gestão de Riscos, relatórios de avaliação, portarias, resoluções, regimentos, relatórios e políticas institucionais.

Entre os dias 11 e 13 de novembro, os membros da comissão realizaram uma visita in loco à Universidade – na verdade, uma visita virtual. No primeiro dia da visita, a comissão foi recepcionada pelo reitor Irineu Manoel de Souza, a vice-reitora Joana Célia dos Passos, pró-reitores, secretários, o Procurador Institucional da UFSC e presidente da Comissão Própria de Avaliação (CPA), além de outros dirigentes universitários. 
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Medicina e Psicologia são cursos mais concorridos da UFSC no Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025

22/11/2024 10:03

Os três cursos de Medicina, em Florianópolis, Curitibanos e Araranguá, são os mais concorridos da Universidade Federal de Santa Catarina no Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025. No Campus de Florianópolis a relação candidato/vaga é de 67,01; no Campus de Araranguá a disputa é de 43,14 e no Campus de Curitibanos, onde é ofertado pela primeira vez, o índice é de 50,17.

A relação completa foi divulgada nesta sexta-feira, 22 de novembro, no site do Vestibular, e traz também o curso de Psicologia, com 15,47 candidato/vaga, Direito Matutino, com 12,97 candidato/vaga e Nutrição, com 11,16 candidato/vaga, dentre os cursos de maior concorrência na instituição.

No Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), o curso de graduação mais procurado é Análise e Desenvolvimento de Sistemas, turma noturna, no campus de São José, com índice de 7,15. E, no Instituto Federal Catarinense (IFC), o curso mais disputado é Medicina Veterinária, em Araquari, com a relação candidato/vaga em 5,25.

O Vestibular Unificado oferece cerca de 6.700 vagas distribuídas em 200 cursos de graduação, nas três instituições. As opções de cursos estão disponíveis em 34 municípios catarinenses. A UFSC oferecerá 4.525 vagas.

De acordo com a Coperve, o número de inscritos no Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025 é de 23.961 candidatos. As provas do Vestibular Unificado serão realizadas nos dias 7 e 8 de dezembro deste ano, das 14h às 19h, e o resultado será válido para o ingresso em cursos de graduação das três instituições no ano letivo de 2025.

Os candidatos também já podem acessar os locais das provas e a confirmação de inscrição definitiva no site.

Confira a relação dos dez cursos mais concorridos da UFSC no Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025:

1 Medicina – Florianópolis 67.01
2 Medicina – Curitibanos 50.17
3 Medicina – Araranguá 43.14
4 Psicologia – Florianópolis 15.40
5 Direito – Florianópolis 12.97
6 Nutrição – Florianópolis 11.16
7 Ciência Da Computação – Florianópolis 10.81
8 Direito – Florianópolis 10.81
9 Cinema – Florianópolis 10.71
10 Educação Física – Florianópolis 9.62

Confira outras notícias sobre o Vestibular.

Tags: concorrência no vestibularrelação candidato por vaga na UFSCVestibularVestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC 2025

Pesquisa da UFSC mostra impacto da covid-19 com expansão da pobreza e vulnerabilidade em SC

22/11/2024 09:23

Comumente em destaque por indicadores socioeconômicos favoráveis, o estado de Santa Catarina sofreu mudanças nas suas estruturas social e econômica durante a pandemia de covid-19. O impacto não só intensificou a pobreza existente, como revelou a vulnerabilidade de uma parcela da população que já vivia à margem. Um projeto de pesquisa do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), financiado por um convênio entre a instituição e a Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), detalhou como a crise sanitária agravou a situação de pobreza e as dinâmicas do mercado de trabalho no território catarinense.

O professor Lauro Mattei, do Departamento de Economia e Relações Internacionais da UFSC e coordenador do Necat, explica que desde o início da pandemia o Núcleo desenvolveu um conjunto de ações para acompanhar a evolução da covid-19 em Santa Catarina, bem como analisar os principais impactos econômicos e sociais no estado. Essas ações transformaram o Necat em um dos principais espaços de referência acadêmica sobre a doença na região. “Recebemos, ao longo dos últimos dois anos, muitas demandas de estudos e análises sobre a situação social em Santa Catarina após a incidência da doença. Mesmo diante dos limites técnicos e operacionais, conseguimos fazer algumas pequenas análises preliminares, as quais não conseguiram compreender a verdadeira dimensão dos problemas causados pela pandemia, especialmente em termos da queda da renda e da expansão da pobreza no estado”, relatou.

Visando atender a essas demandas, surgiu o projeto Análise dos impactos da pandemia sobre as condições sociais da população catarinense. Além do professor Lauro, são também autores das publicações os seguintes pesquisadores do Núcleo: Samya Campana, Kauê S. Alexandre, Bonifácio Packer Testoni, Andrey de Paula e Silva, Pedro Henrique Batista Otero e Vicente Loeblein Heinen. O relatório final do projeto de pesquisa está em fase de elaboração e deve ser entregue à Fapesc até dezembro deste ano.

A mensuração da pobreza

Estudo sugere que uma abordagem multidimensional é essencial para compreender a real extensão da pobreza no estado. Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

A publicação Existe forma adequada de medir a pobreza? aprofundou o debate sobre as formas de mensuração da pobreza, reforçando a necessidade de uma reeducação do senso comum catarinense a respeito desse fenômeno no estado, a partir dos dados oficiais que são comumente divulgados. “(…) entende-se que é relevante subsidiar teoricamente a discussão sobre aquilo que os dados evidenciam com relação à trajetória da pobreza e aquilo que o imaginário popular traz, de que o Estado não é ‘tão afetado’ por esse flagelo, como também não o foi durante e após a pandemia, algo que é reforçado devido à veiculação de dados, de fato, frequentemente ‘favoráveis’ (baixos) da pobreza catarinense, comparativamente a outras Unidades da Federação”, traz o texto.

A publicação ressalta a importância das medidas para o enfrentamento da pobreza, bem como os aspectos relacionados à maneira como ela deve ser conceituada e mensurada. Desta forma, realiza o comparativo entre as abordagens monetária e multidimensional. A primeira delas, amplamente utilizada, mede com base na renda, adotando linhas de pobreza definidas, como o “Dollar-a-day” do Banco Mundial, que fixa uma quantia mínima diária abaixo da qual uma pessoa é considerada pobre. Essa abordagem, ainda que útil para monitorar o número de pessoas vivendo com rendimentos muito baixos, é criticada por ser limitada, pois considera apenas a renda e ignora outras dimensões da vida humana que também afetam o bem-estar. Estudos indicam que uma análise puramente monetária pode deixar de captar outras formas de privação, como a falta de acesso à educação e à saúde, ou mesmo as condições de habitação.
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UFSC realiza primeira etapa do Plano de Manutenção Contínua do Restaurante Universitário

21/11/2024 20:16

A limpeza do reservatório de água potável do RU fez parte do rol de serviços do Plano de Manutenção Contínua. Fotos: SECOM/UFSC

A primeira etapa do Plano de Manutenção Contínua do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi concretizada após as manutenções preventivas realizadas nos dias 15, 16 e 17 de novembro (de sexta a domingo). Estavam previstos serviços na rede elétrica, hidráulica e esgoto, bem como a manutenção corretiva em telhados e coberturas, alvenaria e carpintaria, contemplando estruturas do refeitório, cozinha, almoxarifado, lavatórios, entre outras de apoio.

Mais de 20 trabalhadores da empresa contratada – Setup Serviços Especializados Ltda – executaram as atividades de manutenção relativas ao Plano desenvolvido pela Prefeitura Universitária (PU/UFSC). O prefeito universitário, Matheus Lima Alcântara, destacou o esforço coletivo de todos os departamentos da PU para atender as demandas de estudantes e servidores(as) da instituição que utilizam o Restaurante. Matheus argumenta que se trata de “uma política assistencial de grande importância para a comunidade universitária, mas também de altíssima complexidade”, pois agrega diversos serviços e especialidades necessárias para o seu pleno funcionamento. Esta etapa, que envolveu a parte de infraestrutura, “é uma forma de cuidado com um equipamento tão demandado, o que garantirá não só a segurança, mas a longevidade do funcionamento”.

O diretor do Departamento de Manutenção Predial e de Infraestrutura (DMPI/UFSC), Tiago Zavacki de Morais, acompanhou in loco os serviços realizados nos três dias de paralisação do RU e confirmou que houve:

– no telhado e coberturas, manutenções de goteiras na área de cocção; de infiltração nos banheiros feminino e de servidores, e em teto verde; e de goteira no Almoxarifado;

na alvenaria e carpintaria, abertura de janelas para ventilação; reparos de paredes e pilares; e manutenção de forro no banheiro feminino;

na rede elétrica, manutenção preventiva de quadros e instalações elétricas, e da iluminação interna;

na hidráulica e esgoto, limpeza de reservatório de água potável; instalação de tampas de proteção de caixas elétricas e hidráulicas; manutenção em lavatórios; e limpa fossa e hidrojateamento da rede de esgoto interna e externa;

no gás de cozinha (GLP), manutenção de válvulas e registros e troca preventiva de mangueiras;

 pintura, em diversas áreas da cozinha; e

nos sistemas de prevenção contra incêndio, manutenções preventivas de sistemas de alarme de incêndio, iluminação de emergência, extintores de incêndio e mangueiras.

No segundo dia, 16, os trabalhos também foram acompanhados pelo reitor Irineu Manoel de Souza e pelo diretor de Departamento de Assuntos Estudantis e pró-reitor de Permanência e Assuntos Estudantis (PRAE) em exercício, Diogo Félix de Oliveira.

 

O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, esteve nas instalações do RU no segundo dia, acompanhado de representantes da PU e da PRAE

Atendimento mantido aos estudantes durante manutenção do RU

Durante esses três dias, os(as) estudantes de graduação e de pós-graduação puderam fazer suas refeições no RU do Centro de Ciências Agrárias (CCA). Para tanto, foi disponibilizado transporte entre os campi, do bairro Trindade até o Itacorubi, com saída do Centro de Cultura e Eventos no almoço e jantar. Adicionalmente, os estudantes isentos do pagamento da refeição receberam auxílio deslocamento.

 

Rosiani Bion de Almeida | imprensa.gr@contato.ufsc.br
Coordenadoria de Imprensa do GR | UFSC

 

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Pesquisador da UFSC faz primeiro registro de espécie rara de louva-deus no Sul do país

21/11/2024 10:14

Louva-deus da espécie Vates phoenix. Foto: Leo Lanna/Projeto Mantis/Divulgação.

O pesquisador Gabriel de Almeida Ponte Gomes, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fez o primeiro registro do Sul do Brasil de uma espécie rara de louva-deus, com cerca de sete centímetros de comprimento, listras pelo corpo, formato de folha nas pernas traseiras e um pequeno chifre na cabeça: a Vates phoenix. A expedição noturna ocorreu em novembro de 2022 em uma mata próxima à Lagoa do Peri, no Sul de Florianópolis.

Gabriel, que é estudante da graduação em Ciências Biológicas na UFSC, estava acompanhado do colega Djonatan Artur Rosemann – também pesquisador –, que olhou para cima e observou um inseto grande camuflado nas árvores. Gabriel coletou o louva-deus e identificou que era do gênero Vates. “Eu sabia que era um gênero que ainda não tinha registro na Ilha, então seria um registro novo”, relatou. Mais tarde, quando identificou a espécie do animal, Gabriel descobriu que esta ainda não havia sido registrada em nenhum estado do Sul do país.
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Tags: artigo científicobiologiaCiências BiológicasCurso de BiologiaCurso de Ciências BiológicasLaboratório de Sistemática de Dipteralouva-deusLSDipMata AtlânticaMonumento Natural Municipal da Lagoa do PeripesquisapreservaçãoProjeto MantisUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVates phoenix

UFSC aprova 71 projetos em edital universal de pesquisa de SC; investimento é de R$16 milhões

21/11/2024 10:02

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi a instituição com o maior número e maior volume de investimentos aprovados no edital universal de fomento à pesquisa da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc).

Destaque nos rankings de avaliação nacionais e mundiais, a UFSC, universidade pública e gratuita, aprovou 71 projetos e vai receber recursos de mais de R$16 milhões para executar estudos nos campi de Araranguá, Curitibanos, Florianópolis e Joinville, em praticamente todas as áreas de estudos.

Pelo menos 19 destes projetos receberão R$ 250 mil cada, valor máximo garantido no edital, que contemplou, no total, 150 projetos de diversas instituições do Estado.

Um destes projetos busca o desenvolvimento de vacina para leishmaniose visceral e cutânea, com coordenação do professor Edmundo Carlos Grisard, mas há outras áreas das ciências também contempladas, como a pesquisa espacial, com estudo sobre modelagem e simulação de plasma em propulsores elétricos para missões espaciais, do professor Juan Pablo de Lima Costa Salazar. A professora Cristina Scheibe Wolff também teve seu projeto aprovado e vai estudar gênero emoções e política nas redes de mídias sociais no brasil contemporâneo.

Confira aqui os projetos aprovados, seus coordenadores e os valores de investimento previstos.

 

 

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UFSC apresenta propostas para ampliar ingresso de pessoas negras no magistério superior

20/11/2024 20:26

Imagem: TV UFSC

Como parte das atividades promovidas pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para fomentar o antirracismo na instituição, foi realizada uma Audiência Pública nesta terça-feira, 19 de novembro, na Sala Pitangueiras, do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, em Florianópolis (SC). O evento foi transmitido ao vivo e está disponível no canal do YouTube da TV UFSC.

Preocupada com o cenário apresentado sobre os concursos públicos e a não ocupação de vagas por docentes negros(as), a atual gestão da UFSC nomeou, em julho de 2024, uma comissão no intuito de revisar e propor alterações na Resolução Normativa nº 34/CUn/2013 (a qual estabelece as normas para o ingresso na carreira do magistério superior). Iniciativas deste tipo são necessárias para que a Universidade possa atingir ao menos o mínimo de 20% estipulado em lei, aponta o Relatório de Monitoramento e Avaliação da Política de Enfrentamento ao Racismo na UFSC.

Durante a Audiência, duas mesas de trabalho foram compostas. A primeira com membros da gestão da UFSC, que contou com a participação da vice-reitora Joana Célia dos Passos; das pró-reitoras de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp), Sandra Regina Carrieri de Souza; de Graduação e de Educação Básica (Prograd), Dilceane Carraro; e de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe), Leslie Sedrez Chaves.

Vice-reitora, Joana Célia dos Passos. Fotos: SECOM/UFSC

Representando a Proafe, promotora do evento, a pró-reitora Leslie reforçou que o momento é “histórico”, uma vez que o tema e a mudança na UFSC são “extremamente necessárias” e, sendo uma das primeiras professoras cotistas da instituição, reconhece que o diferencial é ter políticas públicas que mudem a realidade de estudantes e trabalhadores(as) da Universidade. Para além de discutir o Racismo, Leslie ressaltou que a atual “gestão decidiu detectar e enfrentar este problema na instituição” e busca, com este desafio, o engajamento da comunidade universitária e da sociedade em geral para consolidar este debate.
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Tags: audiência públicacombate ao racismopolítica de enfrentamento ao racismo institucionalPROAFEUFSC

Igrejinha da UFSC, Teatro Carmen Fossari e Casa do Divino reabrem nesta sexta-feira, 22 de novembro

19/11/2024 12:57

O conjunto arquitetônico histórico-cultural da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), formado pela Igrejinha, o Teatro Carmen Fossari e a Casa do Divino, será reaberto ao público nesta sexta-feira, dia 22 de novembro, às 18h, em evento na Igrejinha. Após passar por obras de reforma e revitalização, o espaço, vinculado ao Departamento Artístico Cultural (DAC) e à Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE), celebra a preservação de seu patrimônio histórico.

“Este momento não representa apenas o término de uma reforma física, mas simboliza o renascimento de um espaço essencial para a cultura e a arte em Florianópolis”, destaca Oto Bezerra, coordenador do DAC. Segundo ele, as obras não apenas trazem conforto e segurança, mas também resgatam a história do conjunto, que integra o patrimônio cultural da região da Trindade.

Para a professora Eliane Debus, secretária de Cultura, Arte e Esporte, o retorno às atividades nesta semana representa um momento importante para as iniciativas artítisco-culturais e para a relação entre a Universidade e a comunidade. “A reabertura do conjunto arquitetônico do DAC é, por certo, momento de celebrar a vivificação de um equipamento cultural importante para o diálogo entre a comunidade interna e externa à UFSC, possibilitando o esgarçamento da produção, circulação e recepção de ações artístico-culturais. Espaço mobilizador de cultura e arte, seja na sua representação arquitetônica como Patrimônio Cultural, seja na sua dimensão simbólica de pluralizar as diferentes práticas artísticas, seja a sua dimensão social de produzir e possibilitar o acesso aos bens culturais”, disse Eliane.

A programação de reabertura contará com apresentações do Coral e da Banda Nós por Nós, do Colégio de Aplicação, às 18h, na Igrejinha. Às 18h30, acontece uma solenidade com pronunciamentos de autoridades, seguida, às 19h, de um encerramento com o Coral da UFSC. O evento segue no Teatro Carmen Fossari, às 20h, com uma apresentação da Companhia de Dança da UFSC.

A reforma

Igrejinha reformada. Foto: Caetano Machado/Agecom/UFSC

As reformas, iniciadas em 18 de março, compreenderam a pintura externa da Igrejinha, do Teatro e da Casa do Divino, além da revitalização do anexo da Igrejinha (antiga sacristia), que recebeu novos sanitários e modificações internas. Para evitar goteiras, foi instalada uma manta de proteção sob o telhado. O Departamento de Projetos de Arquitetura e Engenharia da UFSC (DPAE) elaborou e supervisionou o projeto.

No Teatro Carmen Fossari, a obra incluiu a realocação dos aparelhos de ar-condicionado, pintura das fachadas e instalação de manta térmica. Já na Casa do Divino, os pisos cerâmicos danificados foram substituídos, e algumas salas receberam nova pintura interna, conforme explicou Diego Custódio, do Departamento de Fiscalização de Obras (DFO).
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Tags: Arte e EsporteCasa do DivinoDACDepartamento Artístico CulturalIgrejinhaSeCArteSecretaria de CulturaTeatro Carmen Fossari

Laboratório da UFSC desenvolve novo sistema para ar-condicionado com inteligência artificial

18/11/2024 09:35

Equipe do Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica (Polo) da UFSC. Foto: Divulgação.

Ao longo dos últimos seis anos, um sistema alternativo de refrigeração e aquecimento para aparelhos de condicionamento de ar e similares, que usa magnetismo e inteligência artificial, foi desenvolvido pela equipe do Laboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísica (Polo) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

A estimativa atual é de que uma parcela muito grande, entre 17% e 20%, de toda a energia elétrica consumida no mundo seja atribuída a equipamentos de refrigeração, bombas de calor e condicionadores de ar, segundo a Agência Internacional de Energia (International Energy Agency – IEA). As contas de luz no verão evidenciam o aumento considerável do consumo em relação ao período mais frio do ano.
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Tags: Departamento de Engenharia Mecânicaengenhariainteligência artificialLab3MLaboratório de Magnetismo e Materiais MagnéticosLaboratório de Pesquisa em Refrigeração e Termofísicamudanças climáticasNovas Tecnologias para RefrigeraçãoPOLOPolo - Laboratórios de Pesquisa em Refrigeração e TermofísicaPrograma de Pós-Graduação em Engenharia MecânicaRefrigeraçãorefrigeração inovadorarefrigeração magnéticatecnologiaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Doutoranda em Ecologia da UFSC é premiada pela segunda vez em conferência internacional

18/11/2024 09:14

Larissa Dalpaz recebe premiação durante conferência na Austrália. (Foto: Arquivo Pessoal)

Larissa Dalpaz, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC, foi premiada como melhor apresentação da América Latina na Conferência sobre Biologia de Mamíferos Marinhos (Conference on the Biology of Marine Mammals), realizado na Austrália. A estudante foi premiada na noite de 15 de novembro, no encerramento do evento que ocorreu desde o dia 9 de novembro. A conferência é a mais relevante da área e reuniu cerca de 1.400 participantes de mais de 70 países.

O trabalho de Larissa consiste em um dos capítulos da tese de doutorado e é intitulado “Fishers’ perception and activity shifts in a dolphin bycatch mitigation context” (Percepções e mudanças na atividade de quem pesca no contexto de mitigação de captura acidental de golfinhos). Larissa é orientada pelos professores Fabio Daura-Jorge e Natalia Hanazaki.

“Nesse trabalho apresentamos os resultados de um esforço para olhar as capturas acidentais a partir de um olhar social e ecológico. Nós entrevistamos mais de 120 pescadores e pescadoras para investigar suas condições socioeconômicas, evidências de disparidades sociais, suas percepções sobre a captura acidental de golfinhos e possíveis mudanças em suas atividades de pesca. Com esses elementos, buscamos entender as possíveis repercussões de uma zona de exclusão de pesca implementada para reduzir as capturas acidentais de botos-da-tainha (Tursiops truncatus gephyreus) em Laguna (SC)”, explica Larissa.

Figura da pesquisa de Larissa Dalpaz demontra a localização das lagoas de Santo Antônio dos Anjos e Imaruí, com destaque para as comunidades entrevistadas (pontos vermelhos), além áreas onde acontece a pesca cooperativa entre botos e pescadores (pontos azuis) e as zonas de exclusão de pesca (pontos amarelos). As áreas em verde e vermelho são áreas de vida dos botos de Laguna.

A pesquisadora alerta que capturas acidentais são uma grave ameaça para baleias, golfinhos e muitos outros animais, além de, ao mesmo tempo, trazerem prejuízos para quem pesca. “É uma situação que ninguém quer que aconteça. Em Laguna, o cenário é especialmente delicado: temos uma população de botos ameaçada, vítima de capturas acidentais, e uma comunidade pesqueira bastante diversa. Além disso, alguns desses botos participam de uma interação positiva com um grupo de pescadores, na qual tanto botos quanto seres humanos atuam juntos para pescar tainhas. Com as capturas acidentais de botos, essa interação entre botos e seres humanos também fica ameaçada”.

Além de apresentado na Conferência, o trabalho foi recentemente publicado na revista Ocean and Coastal Management.

“Com nossos resultados pudemos ajudar a entender cenários e consequências tanto das capturas acidentais quanto das medidas implementadas para reduzir essas capturas. A partir daí, propusemos soluções que podem ser duplamente benéficas, tanto para garantir a viabilidade da pesca quanto da população de botos, além de contribuir para a preservação da pesca cooperativa entre esses animais e seres humanos”.

Essa é a segunda vez que a estudante é premiada nesta categoria. Em 2019, Larissa apresentou sua dissertação de mestrado e recebeu o prêmio de melhor apresentação na edição do evento realizada em Barcelona (Espanha). O projeto de doutorado é realizado em parceria entre o Laboratório de Mamíferos Aquáticos (Lamaq) e o Laboratório de Ecologia Humana e Etnobotânica (ECOHE) da UFSC, além do PELD-SELA (Projeto Ecológico de Longa Duração do Sistema Estuarino de Laguna e Adjacências). A participação da aluna na Conferência teve apoio do VIVA Instituto Verde e Azul.

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UFSC promove evento voltado à propriedade intelectual, ciência e inovação

18/11/2024 09:00

O Departamento de Inovação (Sinova), vinculado à Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (Propesq) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SC) promovem o evento “Propriedade intelectual e sua importância para a inovação nas Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs) e empresas”. O encontro será realizado nesta quinta-feira, 21 de novembro, às 14h, no Auditório João Ernesto Escosteguy Castro, do Centro Tecnológico (CTC) da UFSC.

O evento é aberto ao público e gratuito. As vagas são limitadas, sendo necessário inscrever-se, previamente, na Plataforma Sympla. Além do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), a iniciativa da UFSC possui parceria com as associações brasileiras dos Agentes da Propriedade Intelectual (Abapi), da Propriedade Intelectual (ABPI), e o Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para a Inovação (Profnit).

Para este momento de troca de conhecimento, o evento contará com especialistas da área que discutirão a importância e temas de destaque da propriedade intelectual no contexto da inovação, como interação e transferência de tecnologias entre ICTs e empresas – universidade empreendedora e cases de Núcleos de Inovação tecnológica (NITs) -; depósito de pedidos de patentes no INPI: cuidados e erros a evitar; riscos da divulgação e publicação antecipada de criações; Marco Legal da Inovação; e contencioso envolvendo patentes.

A professora Clarissa Stefani Teixeira, diretora de Inovação da UFSC, ressalta o trabalho desenvolvido pela Sinova na construção de uma Universidade cada vez mais empreendedora e inovadora. Enfatiza que o setor atua “com uma agenda centrada em ampliar programas, projetos, palestras, cursos e materiais para a comunidade interna e externa”, no sentido de garantir que essas ações institucionais estejam “em consonância com o ecossistema de inovação catarinense”.

Dados publicados no último Relatório de Gestão da Sinova apontam que a UFSC possui “779 pedidos de Propriedade Intelectual vigentes depositados/concedidos no INPI (…). São 471 Patentes de Invenção (273 vigentes e 198 não vigentes); 22 Patentes de Modelo de Utilidade (18 vigentes e 4 não vigentes), 232 Registros de Programa de Computador (RPC) vigentes; 50 Marcas, sendo 27 vigentes; e 48 Desenhos Industriais (DI) (37 vigentes e 11 não vigentes). Conta também com 5 Cultivares registrados no Ministério da Agricultura, todos vigentes.” O documento estratégico também acrescenta que, em 2023, “foram depositados junto ao INPI 16 pedidos de Patentes de Invenção. Já em relação aos registros, foram feitos 19 de Programa de Computador, 12 Desenhos Industriais e 6 Marcas, totalizando 53 registros/depósitos de ativos de Propriedade Intelectual” (UFSC, 2023, p. 62).

Destaque na Indústria e Ambiente de Pesquisa

O ranking do Times Higher Education (THE) Latin America University Rankings 2024, publicado no último dia 12 de novembro, avalia instituições acadêmicas em critérios como Qualidade de Pesquisa, Indústria e Ambiente de Pesquisa. A UFSC destacou-se nos critérios Indústria, em que ficou entre as seis melhores universidades, e Ambiente de Pesquisa, ficando entre as oito melhores.

A pontuação em Indústria, que subiu mais de dois pontos com relação ao ano passado, verifica a capacidade de uma universidade ajudar o setor com inovações, invenções e consultoria, buscando captar a transferência de conhecimento e observando as parcerias em relação ao número de pesquisadores.

“A métrica sugere até que ponto as empresas estão dispostas a pagar pela investigação e a capacidade de uma universidade atrair financiamento no mercado comercial – indicadores úteis de qualidade institucional”, registra o THE. Os dados deste indicador referem-se a patentes publicadas entre 2019 e 2023.

Mais informações no site da Sinova.

 

Rosiani Bion de Almeida | imprensa.gr@contato.ufsc.br
Coordenadoria de Imprensa do GR | UFSC

Com informações de: UFSC está entre as dez melhores universidades da América Latina; e SINOVA UFSC. Relatório de Gestão 2023. Disponível em: https://arquivos.ufsc.br/f/6d833229cbbd4428a879/. Acesso em: 14 nov. 2024.

 

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Pesquisa da UFSC Blumenau desenvolve têxteis que repelem mosquito transmissor da dengue

13/11/2024 15:30

Projeto foi contemplado por um edital da Fapesc e receberá financiamento no valor de R$ 986 mil. Foto: Divulgação

O projeto de pesquisa da UFSC Blumenau intitulado Têxteis sustentáveis no controle do Aedes aegypti: funcionalização de tecidos com repelentes naturais busca desenvolver artigos têxteis com atividade repelente contra o mosquito transmissor da dengue, utilizando compostos naturais. A pesquisa foi contemplada por um edital da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc) e receberá um financiamento no valor de R$ 986 mil.

Coordenado pela professora Andrea Cristiane Krause Bierhalz, do Departamento de Engenharia Têxtil da UFSC Blumenau, o projeto tem a participação dos professores Cristiane da Costa, Fernanda Steffens, Odinei Hess Gonçalves, Rita de Cássia Siqueira Curto Valle, José Alexandre Borges Valle e Joziel Aparecido da Cruz. Com duração de 24 meses, a pesquisa tem como propósito contribuir com medidas adicionais, simples e sustentáveis, para o combate à doença.

A professora Andrea conta que um dos maiores desafios no uso dos repelentes naturais é que eles tendem a perder o efeito rapidamente, processo que é ainda mais acelerado pelo efeito das lavagens dos artigos têxteis. “A ideia então é encapsular o repelente em partículas de tamanho nanométrico e ligá-las quimicamente às fibras têxteis, para que o efeito seja prolongado e resistente às lavagens”, explica. Os insetos usados nos experimentos são criados em laboratório, para que se tenha certeza da idade, do estado fisiológico do mosquito e da ausência do vírus da dengue.
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Pesquisadores da UFSC apresentam nova hipótese para extinção da megafauna nos últimos 60 mil anos

13/11/2024 13:15

Estudo refuta a hipótese mais defendida até então, de que os humanos foram o principal fator responsável pelo processo de extinção da megafauna no Quartenário tardio. Foto: Thomas T. (CC BY-NC-SA)

Um estudo iniciado há 12 anos por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que as causas da extinção global de animais de grande porte — com mais de 44 kg — , conhecidos como megafauna, estão diretamente relacionadas com mudanças climáticas naturais que ocorreram entre os últimos 60 e 10 mil anos, durante o período geológico do Quaternário tardio. A conclusão refuta a hipótese mais defendida até então, de que a chegada dos grupos humanos aos continentes e ilhas foi o principal fator responsável pelo processo de extinção da megafauna no planeta.

O artigo Seasonality and desertification drove the global extinction of megafauna in the late Quaternary, ou Sazonalidade e desertificação levaram à extinção global da megafauna no Quaternário tardio em português, foi publicado em setembro deste ano na revista científica Quaternary Science Reviews. O estudo contou com a participação de seis pesquisadores brasileiros de universidades federais, três deles da UFSC: Maurício Graipel e Jorge Cherem, do Centro de Ciências Biológicas (CCB), e Paul Momsen Miller, do Centro de Ciências Agrárias (CCA). 

A pesquisa aponta que a dispersão humana nos continentes e ilhas ocorreu simultaneamente a momentos críticos nos parâmetros de obliquidade da Terra (ângulo de inclinação do planeta em relação ao Sol) e a baixos níveis atmosféricos de gás carbônico (CO2), que ocasionaram períodos de alta sazonalidade e desertificações no globo.
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Peixes contaminados com mercúrio colocam saúde da população amazônica em risco, indica estudo

12/11/2024 14:09

Maioria dos peixes com maior concentração de mercúrio foi coletada em áreas de garimpo ilegal. Foto: Ibama

Um artigo publicado na revista científica internacional Journal of Trace Elements and Minerals alerta para o alto risco que a população da Amazônia apresenta de contaminação por exposição crônica ao metilmercúrio, uma das formas mais tóxicas do mercúrio, por meio do consumo de peixes da região. O estudo investigou os níveis de mercúrio total e metilmercúrio em peixes da Amazônia brasileira e realizou uma avaliação de exposição e caracterização de risco da população local. Como resultado, todos os cálculos de ingestão diária excederam – e muito – a dose de referência considerada segura para o consumo de metilmercúrio. Os cientistas também elaboraram um mapa georreferenciado, no qual é possível observar a relação entre o grau de contaminação dos peixes e as áreas de atividade de garimpo – principalmente do ilegal.

“O peixe faz parte da alimentação diária de boa parte da população amazônica, em especial a população ribeirinha. Dizer que há um elevado risco de exposição crônica ao metilmercúrio através do consumo de peixes amazônicos significa dizer que a população está ingerindo concentrações elevadas e diárias de metilmercúrio através do peixe, o que pode comprometer a sua saúde a longo prazo”, enfatiza a doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Milena Dutra Pierezan, coautora do artigo.

A exposição crônica ao metilmercúrio pode levar a danos neurológicos graves e comprometer o desenvolvimento cognitivo, motor e sensorial, além de afetar a saúde cardiovascular e renal. A situação é ainda mais preocupante para gestantes e lactantes, já que o metilmercúrio pode atravessar a placenta e prejudicar o desenvolvimento do feto, levando à má-formação física ou funcional. O metilmercúrio também pode ser transferido ao leite materno e ser ingerido pelo bebê, que ainda não possui o organismo preparado para lidar com o contaminante.
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Tags: AmazôniacontaminaçãoPrograma de Pós-Graduação em Ciência dos AlimentosUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Novembro Negro 2024: UFSC promove ações de conscientização

12/11/2024 12:02

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) organiza, ao longo do mês de novembro, uma série de atividades para fomentar o antirracismo na instituição. Durante o mês em que se celebra a Consciência Negra, a UFSC organiza uma Audiência Pública para discutir propostas de combate ao racismo institucional, cursos de capacitação e debates junto à comunidade, além de eventos culturais que abordem os temas das relações étnico-raciais.

“Este é um Novembro Negro com mais atividades de formação e de dar um passo adiante como uma universidade antirracista”, salienta a vice-reitora Joana Célia dos Passos. “São muitas as pautas em que precisamos avançar, a principal delas sendo as questões levantadas no Relatório de Monitoramento e Avaliação da Política de Enfrentamento ao Racismo na UFSC. Preocupada com o cenário apresentado sobre os concursos públicos e a não ocupaçao de vagas para docentes negros, a nossa gestão nomeou uma comissão para formular propostas que respondam a esse desafio. As propostas têm sido discutidas nas unidades de ensino e serão apresentadas à comunidade em geral. Todos(as) são convidados a participar”, reforça.
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Tags: consciência negraNovembro NegroPró-Reitoria de Ações Afirmativas e EquidadePROAFEracismoRelações étnico-raciaisUFSC

UFSC está entre as dez melhores universidades da América Latina

12/11/2024 11:13

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) avançou para a 10ª posição no Times Higher Education (THE) Latin America University Rankings 2024, subindo duas posições em relação ao ano passado, quando ocupava o 12º lugar. Com essa nova classificação, a instituição passa a integrar o grupo das dez principais universidades da América Latina – a única catarinense na posição e a terceira federal do país dentre as reconhecidas.

O ranking do THE, que foi publicado nesta terça-feira, 12 de novembro,  avalia instituições acadêmicas em critérios como Qualidade de Pesquisa, Indústria e Ambiente de Pesquisa. A UFSC destacou-se nos critérios Indústria, em que ficou entre as seis melhores universidades, e Ambiente de Pesquisa, ficando entre as oito melhores.

A pontuação em indústria, que subiu mais de dois pontos com  relação ao ano passado, verifica a capacidade de uma universidade ajudar a indústria com inovações, invenções e consultoria, buscando captar a transferência de conhecimento e observando as parcerias em relação ao número de pesquisadores.  “A métrica sugere até que ponto as empresas estão dispostas a pagar pela investigação e a capacidade de uma universidade atrair financiamento no mercado comercial – indicadores úteis de qualidade institucional”, registra o THE. Os dados deste indicador são fornecidos pela Elsevier e referem-se a patentes publicadas entre 2019 e 2023 .

O avanço da UFSC no ranking reflete o desempenho da universidade em indicadores de ensino, pesquisa e formação de estudantes. A conquista é registrada pela comunidade universitária como um marco no posicionamento da UFSC na educação superior da América Latina. Segundo a metodologia do THE, a instituição catarinense subiu nos indicadores de ensino, ambiente de pesquisa, indústria e internacionalização.

Para conferir o THE Latin America University Rankings completo, clique aqui.

Leia a metodologia do Latin America University Rankings 2024.

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