Dia da Amazônia: especialista da UFSC alerta sobre seca, desmatamento e queimadas em programa nacional

05/09/2024 15:47

Marina Hirota em entrevista para o programa Encontro com Patrícia Poeta nesta quinta-feira. (Foto: Reprodução)

A professora Marina Hirota Magalhães, do Departamento de Física e do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC, foi entrevistada pelo programa Encontro com Patrícia Poeta, da TV Globo, nesta quinta-feira, 5 de setembro, data em que se celebra o “Dia da Amazônia”. A data foi lembrada com diversos alertas a respeito da seca, desmatamento e queimadas que afetam a vida na Amazônia.

Marina pontuou que esta é a pior seca da história na região, especialmente do ponto de vista das águas e do ar. “Temperaturas muito altas, muito menos chuva”, salientou. A seca de chuvas alimenta a seca dos rios, o que vem afetando consideravelmente as populações das comunidades ribeirinhas, explicou.

A situação, alerta a cientista da UFSC, pode piorar. “Em várias regiões da Amazônia estamos entrando agora na estação seca. Temos uma seca gradual e uma seca pontual intensa, um extremo. A tendência é que seque ainda mais”.

A professora Marina trabalha em pesquisas que identificam os tipping-points, ou os pontos de não retorno da região amazônica. Em fevereiro, foi co-autora de um estudo publicado na Revista Nature que trouxe uma revisão de dados completa e traçou cenários a partir do mapeamento de cinco elementos de stress que afetam a Floresta Amazônica: o aquecimento global, a chuva anual, a intensidade da sazonalidade das chuvas, a duração da estação seca e o desmatamento acumulado.

Assita à entrevista na íntegra pelo Globoplay.

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UFSC na mídia: pesquisa de professora sobre representações algorítmicas da Amazônia é tema de conto em série

27/11/2020 09:15

Uma pesquisa sobre representações algorítmicas da Amazônia desenvolvida pela professora Marina Hirota, do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), inspirou o conto Rio de Meandros para a série de literatura e ciência Botão Vermelho, fruto da parceria do Suplemento Pernambuco com o Instituto Serrapilheira.

A história da escritora Socorro Acioli, autora do romance A cabeça do santo (Companhia das Letras) e doutora em literatura pela Universidade Federal Fluminense (UFF), narra a conversa de duas pessoas em um restaurante sobre um livro que fala de como as florestas aprenderam a criar um sistema de comunicação próprio.

> Leia o conto aqui

A pesquisa de Marina Hirota investigou, com o apoio do Instituto Serrapilheira, como a floresta amazônica cria uma comunicação própria para tentar preservar sua forma e identidade, mesmo diante de adversidades climáticas. No projeto, a proposta foi explorar como diferenças espaciais em fatores naturais e antrópicos podem atuar em potenciais reconfigurações da floresta, interrompendo processos ecológicos e minando a capacidade dessas florestas de funcionar.

Hirota é doutora pelo CPTEC-INPE (2005-2010), fez pós-doutorado na Universidade de Wageningen (2010-2012) e faz parte hoje do Group for Interdisciplinary Environmental Studies (IpES).

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