Projeto de pesquisa da UFSC oferece capacitação para profissionais da Companhia Águas de Joinville

01/04/2025 15:51

Aulas aconteceram na UFSC e em empresa parceira (Divulgação)

O projeto Desenvolvimento de uma metodologia de execução de abertura e fechamento de valas a céu aberto na construção do sistema de saneamento do Município de Joinville, coordenado pelo professor da UFSC Joinville Marcelo Heidemann, promoveu um curso de capacitação em geotecnia básica para os profissionais que fiscalizam obras, elaboram editais e projetos para as obras de ampliação do sistema de saneamento básico da Companhia Águas de Joinville. A atividade ocorre em convênio com a empresa de engenharia e geotecnia Marcos Trojan.

As aulas teóricas aconteceram na Companhia Águas de Joinville e a prática no laboratório de Mecânica de Solos da UFSC Joinville. A capacitação faz parte de um projeto de pesquisa que busca desenvolver uma metodologia para otimizar as escavações e reaterros na construção de redes de saneamento em Joinville. O estudo considera as características do solo local e se baseia nos princípios da engenharia geotécnica, visando garantir a durabilidade das obras, reduzir custos operacionais e minimizar os impactos ambientais das intervenções.

A ampliação do sistema de esgotamento sanitário é considerada um desafio em Joinville. Com a regulamentação do saneamento básico por meio da Lei nº 14.026/2020, o Brasil tem a meta de atingir 99% de cobertura de abastecimento de água potável e 90% de cobertura de esgoto até 2033. Um dos principais obstáculos para essa ampliação é a complexidade das intervenções no sistema viário. A capacitação oferecida busca preparar os profissionais para enfrentar esses desafios, garantindo que as obras sejam conduzidas com maior eficiência e qualidade.

A metodologia a ser construída pelo projeto de pesquisa liderado pelo professor busca otimizar os processos construtivos para garantir a durabilidade das obras, minimizando os custos operacionais e promovendo a eficiência na manutenção das redes de esgoto e a durabilidade dos pavimentos que sofrem intervenção. Ainda, a proposta é reduzir os impactos ambientais e aumentar a eficiência nos trabalhos relacionados a estas obras.

 

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Saneamento em terras indígenas deve ser pensado com e para a comunidade, defende estudo da UFSC

06/12/2024 17:12

Rodrigo, à direita, durante sua pesquisa-ação na aldeia Tekoa Vy’a. Foto: Arquivo Pessoal.

Para o pesquisador Rodrigo de Pinho Franco, o saneamento, seja em regiões urbanas ou rurais, deve sempre ter em vista a promoção da saúde. Nesse sentido, ele deve ser planejado e executado com e para as pessoas, relacionando os saberes acadêmicos com os saberes tradicionais. Esses princípios estão no cerne de sua pesquisa de mestrado, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (PPGEA/UFSC). Orientada pelo professor Paulo Belli Filho, a dissertação “Diálogos sobre Saneamento: Um caso de extensão sanitária na Reserva Indígena Tekoa Vy’a, em Major Gercino, SC” sugere uma nova práxis para o saneamento em territórios indígenas.

Entre as propostas apresentadas no trabalho, estão a proteção de nascentes, o aperfeiçoamento na rede de distribuição de água, a instalação de banheiros com sistema de tratamento de efluentes e a realização de oficinas sobre gestão de resíduos sólidos. Tais práticas são resultado do intercâmbio entre a reflexão acadêmica e o envolvimento dos indígenas no diagnóstico dos problemas e nas tomadas de decisão. “O respeito ao tempo Guarani e às formas de trabalho coletivo, com rodas de conversa e mutirões, permitiram ao projeto identificar as demandas e se reinventar ao longo do caminho”, afirma o pesquisador.
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UFSC participa do mais amplo e inédito estudo sobre microplásticos no litoral

23/04/2024 13:29

Microplásticos são invisíveis a olho nu, mas podem se degradar de plásticos maiores. Foto: Sergei Tokmakov/Pixabay

Atualização: desde 6 de dezembro de 2024 a UFSC não integra mais o projeto MicroMar. O Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímica, entretanto, segue realizando, publicando e divulgando suas pesquisas sobre o tema.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está participando do maior projeto já realizado no Brasil sobre a poluição por microplásticos nas praias brasileiras. O Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímica (LABCAI), liderado pelo professor Afonso Celso Dias Bainy, é uma das referências no estudo sobre contaminantes no mar e irá analisar amostras coletadas em nove pontos, nas cidades de Florianópolis, Balneário Camboriú, Laguna, Penha, Garopaba e Palhoça. O projeto envolve colaboração com instituições do país e do mundo e tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e se alinha ao Programa Ciência no Mar e ao Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar.

Os microplásticos são partículas de tamanho entre 1µm (a milésima parte de um milímetro) e 5 mm e passam facilmente pelos sistemas de filtragem de água porque as estações de tratamento de esgoto não possuem eficiência de remoção total. Por isso, chegam aos rios, lagos e oceanos, representando uma ameaça potencial à vida aquática e afetando também a vida humana.

No projeto MicroMar, coordenado pelo professor Guilherme Malafaia, do Instituto Federal Goiano, mais de 6.700 amostras de areia e água em 750 praias localizadas em 300 municípios do litoral serão analisadas para gerar um diagnóstico atual, abrangente e inédito sobre essa temática no Brasil.

A parceria com a UFSC surgiu, segundo o professor Afonso Bainy, por conta do histórico do trabalho do laboratório em investigar os mecanismos moleculares e bioquímicos da interação entre contaminantes emergentes e as respostas dos organismos aquáticos. Um dos estudos que deu início a essa parceria foi desenvolvido a partir de uma tese com moluscos bivalves, mais precisamente das ostras, organismos filtradores que, acabam capturando esses contaminantes com mais facilidade.
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Novo episódio do podcast ‘UFSC Ciência’ fala sobre balneabilidade

09/02/2023 14:04

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, um novo episódio do podcast UFSC Ciência, com o tema Balneabilidade. Os entrevistados desta edição são os docentes José Salatiel, do Departamento de Ecologia e Zoologia; Maria Elisa Magri, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Paulo Horta, do Departamento de Botânica e Rodrigo Mohedano, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

A temporada de verão de 2023 trouxe um novo “velho assunto” para o debate público, especialmente no litoral catarinense e nos estados e países de onde vêm os turistas que visitam a região. Uma crise de balneabilidade fez subir vertiginosamente o número de pontos impróprios para o banho de mar. Além disso, uma epidemia de diarreia fez com que se estabelecesse uma relação quase que imediata entre a qualidade da água do mar e a propagação de doenças gastrointestinais, abrangendo também discussões sobre problemas históricos de saneamento básico.

Nesse episódio sobre balneabilidade, falamos sobre o oceano, o turismo, a saúde e o saneamento básico de forma interdisciplinar. Ouvimos quatro professores pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina para discutir o assunto e trazer novas análises e discussões sobre o tema.

Ouça o UFSC Ciência pelo Spotify.

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Programa da UFSC emite nota técnica sobre crise de saneamento básico e análise de mortalidade de peixes

01/02/2023 11:51

Pesquisadores fizeram análise em água contaminada

O Programa Ecoando Sustentabilidade, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), emitiu, nesta terça-feira, 31 de janeiro, uma nota técnica sobre a mortalidade de peixes no manguezal do Itacorubi, região central de Florianópolis, associada à crise de saneamento básico que tem resultado em epidemia de diarreia e problemas de balneabilidade no litoral de Santa Catarina. Os eventos apontam, entre outras coisas, para a falta de coleta universal e de tratamento de esgoto adequados, com a falta de oxigênio sendo apontada como principal causa da morte dos animais. O diagnóstico recomenda ao poder público a criação de um comitê multidisciplinar e interinstitucional para abordar a crise, além de trazer dados sobre a contaminação em diferentes pontos de coleta na capital catarinense.

Leia a nota completa

A nota aponta, também, para as deficiências na drenagem e o crescimento desordenado da ocupação urbana que resultaram em “grandes fluxos anômalos de água”. Além disso, os pesquisadores identificam processos erosivos e de escoamento que intensificaram a eutrofização – perda de oxigênio -, a turbidez das águas superficiais, além do assoreamento – acúmulo de material no fundo do rio. “Estas carências comprometeram a capacidade de suporte dos corpos receptores, tendo por consequência o colapso do sistema como um todo, considerando seus aspectos socioambientais e econômicos”, indicam.

Recentemente, um grande volume de peixes mortos foi encontrado no Itacorubi, bairro de Florianópolis. O professor Paulo Horta, do departamento de Botânica, fez uma caracterização de parâmetros físico-químicos, durante e depois do evento, utilizando técnicas padrão de caracterização biogeoquímica. A nota alerta que, em conjunto com outros contaminantes, os patógenos que infectam as águas representam grandes desafios para a saúde pública, para a aquicultura, pesca e para a conservação marinha, exigindo novas soluções para identificar, controlar e mitigar seus efeitos.

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Semana Acadêmica da Engenharia Sanitária e Ambiental começa nesta quarta-feira

05/03/2018 13:19

A 8ª edição da Semana Acadêmica da Engenharia Sanitária e Ambiental (Saesa) ocorre entre os dias 7 e 9 de março. A programação é gratuita e aberta a todos os cursos. Inscrições podem ser feitas no link.

O tema é “Os impactos do Desenvolvimento Urbano no Setor Ambiental”. Confira a programação completa:

7 de março (quarta-feira) – Saneamento Básico
Será abordado a Unidade de Recuperação Ambiental da Beira-Mar Norte; Zoneamento e áreas de risco, e também será discutido o Panorama do Saneamento do Brasil.

8 de março (quinta-feira) – Recurso Hídricos
Neste dia o enfoque será no Avanço das marés e a Balneabilidade das praias em Florianópolis. Também será apresentado o Plano Estadual de Bacias Hidrográficas e discutido sobre a Privatização dos Recursos Hídricos.

9 de março (sexta-feira) – Panorama da Profissão
Dentro do contexto dos 40 anos do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFSC, serão promovidas rodas de conversa com engenheiros formados da UFSC, para troca de ideias e conhecimento, além de uma palestra sobre a Atuação do Engenheiro Sanitarista no mercado de trabalho. Política Global e Participação dos Jovens será assunto neste último dia.

 

 

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