UFSC na mídia: Pesquisa revela que agro brasileiro depende da chuva gerada por terras indígenas

06/12/2024 18:27

Floresta Amazônica. Foto: Bela Baderna/Instituto Serrapilheira.

O estudo Manutenção das Terras Indígenas é fundamental para a segurança hídrica e alimentar em grande parte do Brasil, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e de outras universidades brasileiras e estrangeiras, foi divulgado em diversos veículos de abrangência nacional ao longo da semana. Trata-se de uma Nota Técnica, que tem como primeiro autor o pós-doutorando Caio Reis Costa Mattos, e também é assinado pela professora Marina Hirota, ambos do departamento de Física da UFSC. O documento está disponível aqui.

Na revista piauí, a reportagem 80% do agro brasileiro depende da chuva gerada pelas terras indígenas da Amazônia destaca que a área coberta por lavouras e pastagens no Brasil depende das florestas mantidas de pé. Pela primeira vez, diz o texto, “cientistas calcularam quanta água circula nos ‘rios voadores’ gerados nesses territórios e que caminho eles percorrem levando umidade para o resto do continente. A área alcançada pelas chuvas abarca dezoito estados e o Distrito Federal e inclui trechos do Cerrado, do Pantanal, do Pampa e da Mata Atlântica. Os nove estados mais beneficiados são responsáveis por 57% da renda do agronegócio brasileiro”.
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Professora da UFSC de Educação do Campo vence Prêmio Nacional de Turismo

07/12/2018 17:19

A professora da licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC),Thaise Guzzatti, foi vencedora do Prêmio Nacional de Turismo 2018, realizado pelo Ministério do Turismo e Jornal O Globo na categoria ONG. Thaise Guzzati foi escolhida por 72% dos internautas por desenvolver um projeto projeto que tem como objetivo melhorar as condições de vida e trabalho dos pequenos agricultores por meio do agroturismo. A entrega do prêmio ocorreu na quarta-feira, 5 de dezembro, na Cidade das Artes, Rio de Janeiro (RJ).

A premiação tem como objetivo identificar, reconhecer, premiar e disseminar profissionais, práticas inovadoras e casos de sucesso da gestão pública, iniciativa privada e terceiro setor do turismo brasileiro.

Mais informações na página da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte.

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Presidente da Andifes analisa críticas do Banco Mundial sobre as universidades públicas

18/12/2017 10:29

O jornal O Globo publicou nesta segunda-feira, dia 18, artigo do presidente da Andifes – Associação Nacional dos Dirigentes Instituições Federais do Ensino Superior, Emmanuel Tourinho, no qual ele avalia as críticas que o Banco Mundial faz sobre ensino superior público e gratuito. Para Tourinho, o documento contém erros que merecem reparo. “O banco passa ao largo de aspectos fundamentais do papel das universidades públicas”.

No documento, o Banco Mundial afirma que as políticas públicas têm favorecido os mais ricos, mas não refere à acentuada injustiça tributária no país. “Limitado a indicadores financeiros, o documento ignora dados da realidade social brasileira e o papel das universidades públicas no desenvolvimento econômico e social”, diz Tourinho.

Segundo o presidente da Andifes, “estão incorretos os dados sobre o perfil dos discentes das universidades federais e sobre os investimentos públicos realizados nas instituições. O Banco ignora processos seletivos massivos como o Enem, a criação de mais de 300 campi no vasto interior do país, e a lei de contas, que contribuem para que apenas 10 por cento dos alunos matriculados em universidades federais venham de famílias com renda bruta familiar de dez ou mais salários mínimos; 51% pertencem a famílias com renda bruta abaixo de três salários mínimos.”

No artigo, Emmanuel Tourinho, observa que “os mais ricos deveriam pagar pela educação publica, mas não apenas os que têm filhos nas universidades públicas. Uma política distributiva séria tributaria todos os ricos (com ou sem filhos nas universidades públicas) taxando fortunas, heranças e propriedades, a fim de possibilitar a parcelas maiores da população o acesso à educação pública de qualidade.”

Ele recorda que o investimento em educação no Brasil é um dos mais baixos entre todos os países da OCDE. “O Brasil só investe mais que o México. Fica atrás de Chile,
Coreia do Sul, Estônia, Hungria e Polônia. Considerada apenas a educação superior, o investimento do Brasil por aluno (US$/PPP 13.540,00) está abaixo da média da OCDE (US$/PPP 15.772,00), isso em um cálculo que inclui gastos com os aposentados das universidades (gasto previdenciário), o que corresponde a cerca de 25% de todo o valor contabilizado.”

“Afirmar que o investimento por aluno em universidades públicas é maior do que o financiamento por alunos em instituições privadas é obviedade. As primeiras são responsáveis por quase toda a pesquisa científica e tecnológica realizada no país”, argumenta Emmanuel Tourinho.

Enfatiza que o Banco Mundial ignora aspectos fundamentais da atuação das universidades federais. “Públicas e gratuitas acolhem alunos de todas as origens sociais, raças e etnias. Mantém uma rede de hospitais públicos de alta complexidade, clínicas, laboratórios e serviços diversos de atendimento gratuito à comunidade, sendo, muitas vezes, as únicas opções de acesso ao atendimento de saúde.”

Mas o que surpreende, conclui o presidente da Andifes, é que as universidades federais consigam resultados acadêmicos, científicos e sociais tão expressivos, apesar de políticas de financiamento instáveis e de ataques recorrentes dos grandes grupos econômicos. “A questão é: em qual país as recomendações do Banco Mundial levaram ao desenvolvimento e à soberania?”, pergunta.

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Jornal ‘O Globo’ publica artigo do reitor Luiz Carlos Cancellier

28/09/2017 09:42

O jornal “O Globo” publicou nesta quinta-feira, dia 28, artigo assinado pelo reitor da UFSC, Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no qual ele faz uma análise sobre os últimos acontecimentos que envolveram a universidade federal, as investigações que incluem o seu nome e o interesse da instituição em esclarecer todos os fatos.  Assinantes de “O Globo” podem ler o artigo nesse link.

Leia aqui o artigo na íntegra:

Foto: Jair Quint/Agecom

Reitor exilado

Não adotamos qualquer atitude para obstruir apuração da denúncia

A humilhação e o vexame a que fomos submetidos — eu e outros colegas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) — há uma semana não tem precedentes na história da instituição. No mesmo período em que fomos presos, levados ao complexo penitenciário, despidos de nossas vestes e encarcerados, paradoxalmente a universidade que comando desde maio de 2016 foi reconhecida como a sexta melhor instituição federal de ensino superior brasileira; avaliada com vários cursos de excelência em pós-graduação pela Capes e homenageada pela Assembleia Legislativa de Santa Catarina. Nos últimos dias tivemos nossas vidas devassadas e nossa honra associada a uma “quadrilha”, acusada de desviar R$ 80 milhões. E impedidos, mesmo após libertados, de entrar na universidade.

Quando assumimos, em maio de 2016, para mandato de quatro anos, uma de nossas mensagens mais marcantes sempre foi a da harmonia, do diálogo, do reconhecimento das diferenças. Dizíamos a quem quisesse ouvir que, “na UFSC, tem diversidade!”. A primeira reação, portanto, ao ser conduzido de minha casa para a Polícia Federal, acusado de obstrução de uma investigação, foi de surpresa.

Ao longo de minha trajetória como estudante de Direito (graduação, mestrado e doutorado), depois docente, chefe do departamento, diretor do Centro de Ciências Jurídicas e, afortunadamente, reitor, sempre exerci minhas atividades tendo como princípio a mediação e a resolução de conflitos com respeito ao outro, levando a empatia ao limite extremo da compreensão e da tolerância. Portanto, ser conduzido nas condições em que ocorreu a prisão deixou-me ainda perplexo e amedrontado.

Para além das incontáveis manifestações de apoio, de amigos e de desconhecidos, e da união indissolúvel de uma equipe absolutamente solidária, conforta-me saber que a fragilidade das acusações que sobre mim pesam não subsiste à mínima capacidade de enxergar o que está por trás do equivocado processo que nos levou ao cárcere. Uma investigação interna que não nos ouviu; um processo baseado em depoimentos que não permitiram o contraditório e a ampla defesa; informações seletivas repassadas à PF; sonegação de informações fundamentais ao pleno entendimento do que se passava; e a atribuição, a uma gestão que recém completou um ano, de denúncias relativas a período anterior.

Não adotamos qualquer atitude para abafar ou obstruir a apuração da denúncia. Agimos, isso sim, como gestores responsáveis, sempre acompanhados pela Procuradoria da UFSC. Mantivemos, com frequência, contatos com representantes da Controladoria-Geral da União e do Tribunal de Contas da União. Estávamos no caminho certo, com orientação jurídica e administrativa. O reitor não toma nenhuma decisão de maneira isolada. Tudo é colegiado, ou seja, tem a participação de outros organismos. E reitero: a universidade sempre teve e vai continuar tendo todo interesse em esclarecer a questão.

De todo este episódio que ganhou repercussão nacional, a principal lição é que devemos ter mais orgulho ainda da UFSC. Ela é responsável por quase 100% do aprimoramento da indústria, dos serviços e do desenvolvimento do estado, em todas as regiões. Faz pesquisa de ponta, ensino de qualidade e extensão comprometida com a sociedade. É, tenho certeza, muito mais forte do qualquer outro acontecimento.

Luiz Carlos Cancellier de Olivo é reitor da UFSC, afastado por decisão judicial

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UFSC na Mídia: Bactérias da Antártica podem revelar evolução do aquecimento global

03/03/2017 09:26
Carolina e Giulia. (Foto: Renato Gamba Romano)

Carolina e Giulia. (Foto: Renato Gamba Romano)

RIO — Pesquisadores brasileiros coletaram 150 quilos de solo e gelo da Antártica, que podem trazer novas revelações sobre a vida de micro-organismos no continente gelado. O material também será usado para estudar o impacto das mudanças climáticas no ecossistema.

A coleta foi iniciada em janeiro e durou 24 dias. Agora, as amostras começarão a ser analisadas em laboratórios das instituições participantes do Projeto Microsfera. De acordo com os cientistas, a análise das bactérias é uma importante ferramenta para o estudo do aquecimento global. Estes micro-organismos respondem rapidamente a mudanças no clima e no meio ambiente, adaptando seu metabolismo para adequar-se a fatores como o frio e a escuridão no inverno. As transformações que se prolongam por muitos anos levam ao desaparecimento de algumas espécies.

— Os micro-organismos que vivem na Antártica estão sujeitos a diferentes pressões ambientais. Precisam, por exemplo, sobreviver em locais com poucos nutrientes, além do frio intenso, com períodos de congelamento e descongelamento — descreve Carolina Alves Fernandes, estudante de agronomia e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), uma das universidades vinculadas ao Projeto Microsfera. — A radiação solar também é um problema, já que ela afeta o DNA das células e isso interfere na capacidade de reprodução das bactérias. Mas talvez seu maior problema seja a escassez de água líquida, que é necessária para todos os seres vivos.

Coordenadora do projeto e professora do Instituto Oceanográfico da USP, Vivian Pellizari destaca que os cientistas ainda não conhecem o “elo mais antigo” — o ancestral que seria comum a todos os seres vivos. O contato com organismos primitivos, coletados nas amostras de gelo, é fundamental para aproximar os pesquisadores do início desta linha do tempo.

— A vida dos micro-organismos está ligada a processos químicos e à História do planeta — ressalta. — A atual diversidade das espécies tem um ancestral comum. Ao estudarmos regiões como a Antártica, temos acesso a amostras que não foram expostas a células recentes.

Uma pesquisa coordenada por Vivian concluiu que existe uma tendência de redução da diversidade de bactérias no solo antártico. Como a região mais afetada será aquela que estava coberta de gelo nos últimos 30 anos, resta saber se a diminuição do número de espécies se deve a mudanças climáticas ou se esta é uma tendência natural deste ecossistema.

— São duas frentes de trabalho: a descoberta da evolução destes micro-organismos e os impactos provocados pelas mudanças climáticas — explica Vivian. — Também podemos ver como as bactérias se adaptam a novas condições, inclusive a sua resistência à radiação ultravioleta.

Texto: Renato Grandelle
Foto: Divulgação/Carolina Fernandes
Fonte: O Globo

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UFSC na Mídia: Carreiras e atividades específicas ajudam a desenvolver memória

26/03/2013 15:19

Atores e professores têm a memória mais exigida. Tenistas profissionais melhoram com a ajuda da neurociência.

Este é o quinto e último episódio da série especial “Cérebro, máquina de aprender”. Durante toda a semana, o Jornal da Globo mostrará que a aplicação da neurociência, a ciência que estuda o cérebro, é capaz de resultados excepcionais na vida das pessoas.

Murilo Rosa, 42 anos, ator. Elvira Souza Lima, 62 anos, professora. Será que essas duas profissões têm algo em comum? “As duas profissões que se caracterizam por conservar a memória em idades avançadas são a de ator e a de professor, as duas em que o indivíduo mais tem que ler. A leitura é uma das coisas que mais ajudam na memória, que mais exercitam a memória”, diz o neurocientista Ivan Izquierdo, da PUC/RS.
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