SeCArtE abre exposição ‘Floresta’ no Centro de Cultura e Eventos da UFSC

02/10/2023 10:51

O Espaço Expositivo do Centro de Cultura e Eventos – Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recebe, até 15 de novembro, a exposição Floresta da artista plástica catarinense Rosiane Rosa Guimarães.

Sobre a Série 

A série Floresta é inspirada no poema Na Floresta, do ensaísta, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa, Gibran Khalil Gibran. Nesta série que compreende 25 obras em acrílico sobre tela, todas no tamanho 40×50, apresento minha visão real e fantasiosa sobre o que estaria sendo visto e não visto, no espaço da Floresta.

“Não se trata aqui de uma Floresta específica, mas sim da Floresta como espaço onde convivem reinos: mineral, vegetal, animal, cósmico, espiritual, humano, ou tantos quantos existirem e os muitos que desconheço. Através da representação visual em tinta acrílica sobre tela, proponho tornar visível, um lugar onde a fraqueza e a fortaleza humana tenham o mesmo peso, onde não haja diferença nem grau de importância entre todos que ali coexistem, nada a perseguir, a existência como deslumbre por si só. Como no mundo que conheço esta realidade está longe e fora de questão, na série Floresta eu crio meus próprios seres e plantas, misturo com os existentes conhecidos, adentro sentimentos e sensações através da liberdade de criação, do figurativo às manchas e texturas, do fino acabamento à permissão do traço da queda do pincel. Neste ano em que completei cinquenta anos de existência, senti imensa vontade de compartilhar esta série que me transporta para outro mundo que me parece ser mais coerente com o que seria o sentido da vida”. Declara Rosiane Rosa Guimarães.

Biografia da Artista

Rosiane Rosa Guimarães, Rosa Guii, é Artista Plástica catarinense, nascida em Florianópolis, formada em Arquitetura e Urbanismo pela UFSC. O desenho e a pintura sempre estiveram presentes em sua vida, não sendo possível datar de forma precisa quando começou na área artística. Sempre autodidata, ao estudar com o Grupo de Pintores das Oficinas de Artes do Centro Integrado de Cultura, sua arte ganhou profissionalismo e aprimoramento da poética. Atualmente também desenvolve trabalhos na área da dança, expressão artística que segundo a artista complementa e inspira suas criações na pintura.

A mostra Floresta permanece para visitação pública de segunda a sexta-feira das 7h às 19h no Espaço Expositivo do Centro de Cultura e Eventos da UFSC – piso térreo.

Acesse a Agenda Cultural da Secarte e fique por dentro das próximas atrações artístico-culturais na UFSC.

O quê: Exposição Floresta de Rosiane Rosa Guimarães
Quando: até 15/11/2023
Onde: Espaço Expositivo | Centro de Cultura e Eventos
Informações: Departamento de Cultura e Eventos – Dceven – (48) 3721-3858

Tags: Centro de Cultura e EventosculturalexposiçãoSeCArteUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC sedia encontro anual de projeto internacional voltado a pesquisas no Oceano Atlântico

29/09/2023 15:07

Entre os dias 3 e 10 de outubro, o Brasil será sede do Encontro Anual do AtlantECO –  projeto de pesquisa científica financiado pelo Programa Horizon 2020 (H2020) da União Europeia. O evento é organizado pela instituição anfitriã, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e conta com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A atividade vai reunir pesquisadores que integram o AtlantECO em todo o mundo, incluindo a União Europeia, África e Brasil.

A programação do evento consta de reuniões, sessão de pôsteres, atualizações sobre temáticas transversais do projeto, sessões plenárias sobre o progresso do AtlantECO e ações ainda a serem realizada. Também haverá atividade conjunta com o projeto Mission Atlantic, incluindo discussões científicas sobre o que já foi efetuado. Além disso, serão realizadas visitas locais a aquicultores e pescadores, além de momentos para vivência social entre os participantes. A atividade é voltada aos pesquisadores do projeto e a convidados para programação específica, não sendo aberta ao público geral.

A última edição do Encontro Anual foi realizada em 2022, na Cidade do Cabo, na África do Sul, e foi importante para a equipe de pesquisadores do projeto discutir avanços do AtlantECO. “Como são três continentes diretamente envolvidos no projeto – Europa, América e África -, essa rotatividade na realização do encontro anual é importante para assegurar que todos os participantes se sintam abraçados pelo projeto, atuando de forma igualitária em seu desenvolvimento e execução”, aponta Andrea Green Koettker, pós-doutoranda da UFSC e integrante do AtlantECO.

Ela acrescenta que, por se tratar de um projeto interdisciplinar e colaborativo, os encontros presenciais são fundamentais para que a equipe do AtlantECO tenha um maior entrosamento e possa discutir de forma mais eficaz os principais resultados obtidos e os próximos passos a serem desenvolvidos no projeto como um todo.
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Artista Gugie Cavalcanti pinta cobertura do Planetário da UFSC em Florianópolis

29/09/2023 14:26

Planetário do CFH com arte na cobertura. Fotos: Mateus Mendonça/Agecom/UFSC

A paisagem no bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, ganhou várias cores. “São duas crianças sorrindo no meio de um campo de flores enquanto olham o céu estrelado”, diz a artista Gugie Cavalcanti, que já foi responsável por outras artes conhecidas em Florianópolis, inclusive na UFSC: a obra “Leoa”, 2022, executada no CFH.

Outra arte conhecida é o mural em homenagem a Antonieta de Barros, no centro de Florianópolis, em que Gugie, Thiago Valdi e Tuane Ferreira trabalharam em 2019. A pintura que transformou a cobertura do Planetário, edifício do CFH,  foi finalizada na semana passada.

A artista conta que enquanto idealizava a arte para o Planetário, pensou em trazer harmonia entre as pessoas e a natureza. “Mas, para além disso, nas minhas artes eu reflito nossa individualidade dentro do coletivo, eu considero o universo que cada um tem dentro de si.”  

A arte foi feita utilizando técnicas de spray e tinta látex; após isso, usou marcações aleatórias para ampliar os retratos, “foram diversas técnicas”, comenta. Ela acrescenta que o formato incomum da cobertura foi a maior dificuldade, devido a curvatura, que pode causar deformações pelos diversos pontos de vista. O clima também atrapalhou: os dias ensolarados com temperaturas elevadas dificultaram o trabalho da artista.
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Instituto da UFSC destaca necessidade de aproximação com a China em palestra

28/09/2023 16:33

Em meados de 2017, uma questão em sala de aula incomodou o professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política da UFSC Raúl Burgos: o que sabemos sobre a China? Mesmo com a emergência da China no cenário internacional, eram poucas conexões, isoladas, envolvendo o país asiático na UFSC. Com esta insatisfação latente, ele conversou com o professor Vladimir Pomar, estudioso do país asiático, que reclamou: “Há quinze anos estou tentando que alguém preste atenção a este ponto”. A partir disto começaram os contatos que resultaram na fundação do Instituto de Estudos sobre a China da UFSC (Ichin), em 4 de dezembro de 2019, cujos objetivos são desenvolver estudos sobre a China e promover relacionamentos de intercâmbio e cooperação da UFSC com as universidades chinesas.

Nesta sexta-feira, 29 de setembro, o Ichin promove a palestra “Made by China 2025: Implicações na Indústria Agropecuária, Emprego e Salários no Brasil”, apresentada por Vladimir Milton Pomar, juntamente com o lançamento de seu livro “O Sucesso da China Socialista”. O evento irá lembrar os 74 anos da fundação da Republica Popular da China e será realizado às 16h, no mini auditório do Bloco E, localizado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). De acordo com Pomar, será “uma apresentação sucinta do que é a China hoje e da necessidade do Brasil se apressar na definição de uma estratégia nacional para lidar com a China e constituir um núcleo operacional de gente que entenda do país”. 

Pomar lista as vantagens de trabalhar em parceria com instituições chinesas: “Estar no país que é hoje uma das cinco maiores potências mundiais (econômica, comercial, científica, tecnológica e em inovação). Por isso, ter a oportunidade de conviver na China com pesquisadores de dezenas de países e acesso ao que há de mais moderno, em todas as áreas. Além disso, de dispor de recursos financeiros que talvez no Brasil não sejam possíveis”. Ele cita o diferencial do relacionamento: “Se as instituições chinesa e brasileira já têm um histórico de ações conjuntas, as coisas podem andar em maior velocidade e com muito mais perspectivas”.

Interdisciplinaridade

Antes mesmo da fundação do Ichin, as primeiras reuniões para formatar a organização interdisciplinar ocorreram e resultaram numa entidade com estatuto e regimento interno estabelecidos. O Ichin tem definidas diversas coordenadorias, incluindo pesquisa, assuntos estudantis, parcerias institucionais e cultura e língua chinesa. O coordenador geral é Raúl Burgos enquanto o vice é o professor do Departamento de Engenharia Mecânica Daniel Martins.

A diversidade e a multiplicidade de pontos de vista observados no Ichin são propositais, explica Burgos: “O interesse é extremamente aberto. Nós fundamos o Ichin, com o intuito de que na UFSC possamos reverter uma tendência histórica de não prestar atenção não apenas à China, o nosso foco, mas à Ásia como um todo. Queremos entender a China”. A aceitação de diferentes pontos de vista sobre o país é inerente ao Ichin, e no chamamento de interessados “vieram diversas perspectivas, algumas mais simpáticas à experiência chinesa, outras com um pé atrás, mas querendo investigar”, comenta o coordenador do Ichin. “O interesse é estudar, não é sustentar uma ou outra posição pré-concebida. Sempre que se estuda rigorosamente, com contraste de fatos e evidências, você encontra diversíssimas visões sobre a China, algumas muito críticas, mas o que ninguém nega é a importância estratégica dos estudos sobre esse país. Você pode ter a opinião que quiser, mas não deixar de lado o papel que a China tem no mundo hoje. Ela caminha para ser a primeira potência mundial em termos econômicos, e já é em alguns critérios”, relata Burgos.

Salto em pesquisas

O coordenador do Ichin destaca a curva de ascensão chinesa em termos acadêmicos e científicos: “É um avanço em escala logarítmica. A China é uma potência do mundo em papers e patentes. Não se freia mais, não dá para voltar mais ao ponto anterior”. Ele comenta que o tempo da China como fonte de bugigangas de baixa qualidade e mão-de-obra barata “já era. Foi muito veloz o processo de transformação em qualidade. O volume de estudantes e pesquisadores, especialistas chineses que se formaram em outros países e voltaram, a criação de institutos de pesquisa e tecnologia é quase impossível de mensurar. São em torno de três mil universidades na China, várias entre as melhores do mundo há muito tempo”.

Um exemplo da potência tecnológica e financeira da China citado por Burgos é o desenvolvimento de chips. “É impossível fazer que se pare a evolução de tecnologia. Porque quando vetam o ingresso de chips (americanos na China), os chineses colocam cem institutos a pesquisar e trazem técnicos do mundo inteiro, oferecendo altíssimos salários para pesquisar cada passo desta tecnologia. Fazem de uma proibição o impulso para o desenvolvimento”, analisa Burgos. Por exemplo, no final de agosto, a empresa Huawei lançou o telefone Mate 60 Pro, smartphone top de linha, que utiliza um chip feito com processo de 7 nm, da empresa SMIC.
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Batalhas de poesia são tema de episódio do podcast Flash UFSC

28/09/2023 14:10

Arte: Jalize Pinheiro Medeiros e Audrey Schmitz sobre foto de Lucas Vieira/Slam Estrela D’alva

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 28 de setembro, um novo episódio do Flash UFSC, com o tema Slam, poesia e representatividade. O podcast fala sobre o movimento que busca tirar o gênero poesia do espaço erudito e torná-lo impactante para toda a sociedade.

Com a participação de slammasters e poetas, o Flash UFSC fala sobre o que é o slam e como funcionam os eventos do Slam Estrela D’alva, grupo organizado pelo Programa de Educação Tutorial dos Cursos de Letras (PET-Letras). Aborda, também, a importância da representatividade na literatura. O episódio foi produzido pelos estudantes de Jornalismo e estagiários da Agecom Kauê Alberguini e Mateus Mendonça.

A cada duas semanas, o Flash UFSC traz informações sobre ciência, cultura e arte em episódios de até sete minutos de duração. Ouça no site, pelo Spotify ou em outras plataformas.

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Pesquisadores da UFSC participam de projeto sobre regeneração natural na Amazônia

28/09/2023 12:07

O que determina o potencial da floresta regenerar sozinha?

A regeneração natural (RN) é um método de baixo custo para promover a recomposição e restauração de florestas nativas e prover serviços ecossistêmicos, como o sequestro de carbono e a restauração da biodiversidade. Uma nota técnica produzida pelo projeto REGENERA-Amazônia, que inclui pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sistematizou informações sobre a RN na Amazônia, com o objetivo de avaliar a eficácia dessa estratégia. O documento foi lançado durante um simpósio no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém (PA), na última segunda-feira, 25 de setembro.  

A nota técnica “Recomendações para o monitoramento da regeneração natural na Amazônia” sugere indicadores e valores de referência para o monitoramento da regeneração natural da floresta dentro do contexto da restauração de florestas na Amazônia. O objetivo foi chamar a atenção para a importância da regeneração natural como método de baixo custo para a restauração da floresta, e apresentar indicadores que auxiliem os estados na implementação e monitoramento da restauração florestal na Amazônia. Clique aqui para ter acesso ao documento na íntegra. 
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UFSC lança serviço de compra de passe do RU por PIX e agenda para evitar desperdício

27/09/2023 15:01

Informando o horário em que pretendem fazer a refeição, usuários ajudam a combater o desperdício. Foto: Mateus Mendonça/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está disponibilizando a compra de passe via PIX para refeições no Restaurante Universitário (RU). O serviço atende as unidades de todos os campi e conta também com outras facilidades, como acesso rápido ao cardápio, consulta de saldo e pagamento também por boleto – Guia de Recolhimento da União (GRU).

Para o RU/Trindade, em Florianópolis, que serve o maior número de refeições entre os campi, foi criado, também, o serviço de Agenda Consciente – em que os usuários ajudam voluntariamente a diminuir o desperdício de alimentos, informando o horário em que pretendem frequentar o RU. Todos os serviços estão disponíveis no endereço app.ufsc.br.

Esse site pode ser instalado na forma de um aplicativo no telefone celular. Basta ir no ícone de compartilhar e selecionar a opção “Adicionar à tela de início”, para iOS. Nos celulares Android, é preciso acessar a opção da página “Instalar aplicativo”.

Para ter acesso aos serviços do RU é preciso estar logado, assim como acontece com qualquer sistema da UFSC. No entanto, quando utilizados como um aplicativo, não há necessidade de repetir login em cada acesso.

Agenda Consciente

O agendamento voluntário ajudará a UFSC, contribuindo para evitar desperdícios e promovendo melhor economicidade. Assim, a Agenda Consciente vem auxiliar no planejamento da quantidade de refeições a serem preparadas, reduzindo o desperdício de comida e evitando as alterações emergenciais no cardápio. Por enquanto, esse serviço está disponível para o RU/Trindade.

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Ranking internacional classifica UFSC entre as cinco melhores universidades federais do Brasil

27/09/2023 14:26

Campus de Florianópolis da UFSC. Foto: Robson Ribeiro/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está entre as cinco melhores instituições de ensino superior do Brasil, de acordo com o ranking internacional da Times Higher Education (THE), divulgado nesta quarta-feira, 27 de setembro. Na lista, a UFSC figura entre as posições 801 e 1000, considerando as melhores instituições do mundo.

A avaliação considera treze indicadores de desempenho, agrupados em cinco categorias: ensino, ambiente de pesquisa, qualidade de pesquisa, indústria e perspectivas internacionais. A UFSC se destacou no pilar indústria (64,2%).

A THE é uma revista inglesa que publica notícias e artigos referentes à educação superior. Afiliada ao jornal The Times, anualmente elabora um conjunto de rankings, considerado um dos mais abrangentes, equilibrados e confiáveis do mundo. O Times Higher Education World University Rankings 2024 inclui mais de 1.904 universidades de 108 países.

Confira o ranking completo.

Tags: rankingTimes Higher Education (THE)UFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

UFSC construirá reator com tecnologia inovadora para plataforma da Petrobras

25/09/2023 09:42

Foto: Geraldo Falcão / Agência Petrobras

A Universidade Federal de Santa Catarina firmou um projeto de R$ 6 milhões de reais com a Petrobras para desenvolver um reator experimental e com diversas inovações, tanto para a indústria de petróleo quanto para a preservação ambiental. A iniciativa será liderada pela professora Regina Peralta Moreira, do Laboratório de Energia e Meio Ambiente do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, com previsão de três anos de duração.

As tecnologias utilizadas no novo sistema já começaram a ser estudadas. Segundo a professora, embora sejam conhecidas e referenciadas na literatura da área, ainda não foram consolidadas em um equipamento, o que será feito de forma inédita pela UFSC. O reator será construído para separar e destruir os rejeitos da chamada “água produzida” de um modo mais eficiente e sustentável.

Regina explica que a água produzida está presente nos reservatórios de óleo e gás natural e é trazida à superfície junto com o petróleo. Esta água tem uma complexidade química e um potencial risco ao meio ambiente, por isso os seus descartes podem ser responsáveis pela alteração da qualidade da água do mar.

Segundo a professora, os poluentes da água são removidos através de processos de separação na própria plataforma de petróleo. “Após um processo eficiente de tratamento, a água produzida pode ser descartada ou reinjetada nos poços produtores de petróleo”, explica. É justamente o processo de purificação dessa água que pode ser aperfeiçoado, além de se tornar mais sustentável.

“Qualquer que seja a destinação, o tratamento da água produzida precisa eliminar os sólidos suspensos, compostos orgânicos dissolvidos e dispersos – óleos e graxas. Assim, a eliminação eficiente do teor de óleos e graxas da água produzida é um problema que precisa ter solução econômica e eficiente”, completa.

A solução encontrada pela professora e pela equipe que irá trabalhar com ela é destruir os contaminantes por meio da eletroxidação, integrando com outros processos de tratamento, como flotação e separação com membranas, em um design inovador que busca a intensificação de processos. A oxidação é um processo químico que destrói material orgânico e trata a água. “É um processo de decomposição para despoluir águas contaminadas. A primeira motivação é ambiental, mas também estamos em busca de uma solução economicamente viável”, conta.

A eficiência e a consequente ampliação da capacidade de tratamento da água de produção vai aumentar a capacidade de processamento de óleo e gás, com impactos ambientais e econômicos positivos. O reator será primeiro construído em escala de laboratório e depois em plataforma da empresa numa escala piloto. “O desafio será propor sistemas de tratamento compactos, eficientes e de custo competitivo para serem implementados em plataformas de petróleo”, sintetiza a professora.

Inovação e ineditismo

A professora reforça que, embora utilize processos já conhecidos na literatura, sua combinação e constituição – primeiro em nível laboratorial e, depois, como projeto piloto em plataforma – trarão inovações. “Da forma como a gente está propondo, como um processo integrado, é totalmente novo e bastante inovador, não existem plantas como essas, no mundo, especialmente para petróleo”.

O processo de eletroxidação leva até o poluente uma corrente elétrica que permite a formação de radicais livres com alto poder oxidativo e permite a ocorrência de uma série de reações. Já com relação à tecnologia de separação por membranas, a água passa por um meio poroso que retém as partículas indesejadas. Embora já estudados no tratamento de água, no estudo da UFSC eles são combinados em um design inovador.

“Essas tecnologias têm muitas particularidades que precisam ser estudadas, por isso vamos propor modelos pioneiros”, conta. De acordo com a professora, a eletroxidação por meio da utilização de energias renováveis vem sendo um foco das investigações. “É um processo que demanda muita energia, e com o uso de energias renováveis – eólica, fotovoltaica, por exemplo – , é possível acionar os reatores de forma eficiente e sustentável”.

Regina explica, ainda, que dentre as inovações que o laboratório e a equipe de pesquisa vão estudar, serão explorados vários arranjos pois não existe uma única solução possível, o que amplia a possibilidade de respostas satisfatórias. O projeto conta com uma equipe formada por oito professores, pós-doutorandos, doutorandos, mestrandos e estudantes de iniciação científica. Além do trabalho em laboratório, também haverá pesquisa de campo, em plataforma. “Queremos desenvolver a tecnologia mais segura e que possa ser aplicada em todos os lugares, protegendo o oceano e o meio ambiente”.

Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

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Arte ‘Nada sobre nós sem nós’ está em exposição no Espaço Giz da Biblioteca Central da UFSC

21/09/2023 15:28

A arte em giz “Nada sobre nós sem nós” executada no Espaço Giz, no Hall da Biblioteca Central, está concluída e entregue à comunidade. Conceitualmente construída em coletivo pelos estagiários e servidores do Serviço de Acessibilidade Informacional da Biblioteca Universitária “Nada sobre nós sem nós” tem o propósito de chamar a atenção de servidores da BU/UFSC e da comunidade que frequentam a Biblioteca Central acerca de temas relevantes à promoção da acessibilidade e sobre a necessidade de uma postura anticapacitista, em especial no ambiente educacional e informacional.

Descrição de imagem: Arte a mão livre elaborada em giz de quadro negro, exposta no Hall da Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina, na parede lateral a porta de entrada. Fundo preto, descrição da esquerda para a direita de cima para baixo. Alinhado à esquerda, ocupando a extensão vertical do painel, em letras em caixa alta nas cores laranja, rosa, lilás e branco, o texto “Mês da pessoa com deficiência” seguido da lista de termos: “Representatividade, Direitos, Inclusão, Anticapacitismo e Acessibilidade”. No centro e no topo do painel, em letra cursiva a frase: “Nada sobre nós, sem nós!”. Abaixo e no centro do painel há um conjunto de sete cartazes impressos sob o título “Saiba mais” escrito em giz. Cada cartaz impresso apresenta um QRcode que direciona a diferentes textos produzidos pela Comissão Por uma BU Acessível (CABU) e estão organizados nos sob os seguintes títulos: Direitos, Modelo Social, Capacitismo, Equidade, Acessibilidade Informacional, Acessibilidade Atitudinal, Acessibilidade Comunicacional. A direita do painel, há a ilustração de um homem, sentado em uma cadeira de rodas, com a mão direita repousada no joelho direito e a mão esquerda segurando a roda da cadeira. O homem veste calças verdes, colete amarelo, camisa laranja com gola e punho na cor vermelha. A cadeira está na cor azul. Ao redor da composição de textos, cartazes e ilustrações perpassam linhas brancas sinuosas preenchendo e dando movimento à imagem. No pé direito da imagem a assinatura da da principal ilustradora : @desenhandomeulivro. Fim da descrição.

A arte foi inspirada na publicação de @_anaclarabm, “Como tornar a nossa sociedade mais inclusiva?”. A concepção da arte ocorreu em conjunto com as atividades de estágio, no período de agosto e durante as reuniões de supervisão com toda a equipe do AI/BU/UFSC. As frases e símbolos foram selecionados propositalmente a fim de remeter à luta da pessoa com deficiência, sua presença no espaço universitário, o exercício de sua autonomia e acesso à direitos fundamentais e dignidade.

A arte foi executada pelos estudantes Cíntia Guazzelli Sotoriva e Leonardo Hasse, entregue no mês de setembro, mês que congrega ações alusivas ao 21 de setembro, Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência.

Sobre o 21 de setembro: A data, instituída pela Lei Federal Nº 11.133/2005, foi uma exigência do Movimento pelos Direitos das Pessoas com Deficiência (MDPD) que desde 1982 reivindica políticas de Inclusão e o fim da exclusão social que é cotidianamente imposto às pessoas com deficiência. Coincidindo com a chegada da primavera, a escolha da data simboliza a permanente luta e a renovação do movimento e suas reivindicações.

Mais informações pelo e-mail aai.bu@contato.ufsc.br

Campeão da Olimpíada Internacional de Economia declara: “a UFSC é fundamental para mim”

20/09/2023 17:10

Raphael, ao centro de óculos, na Grécia: egresso da UFSC coordenou a equipe campeã. Foto: Arquivo pessoal.

A equipe brasileira campeã da Olimpíada Internacional de Economia, disputada na Grécia em julho, foi liderada por um ex-aluno da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Entre os 47 países participantes, o Brasil superou times de grande tradição como Rússia, Canadá e China. A equipe recebeu três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze, além do troféu de campeão na pontuação geral. O coordenador do time brasileiro, Raphael Zimmermann, afirma que o feito mostra o poder da educação em mobilizar e valorizar o país e agradece: “a UFSC é fundamental para mim, sou muito grato e quero que a Universidade seja ainda melhor”.

A competição é realizada desde 2018 e as equipes são formadas por alunos do Ensino Médio ou Ensino Superior que disputam três provas, nas temáticas de economia, finanças e case de negócios. A vitória desta edição dá ao Brasil o título de tetracampeão e Raphael declara que “o prêmio mostra como é importante valorizar a educação e os talentos que temos no país”.

Vivência na Universidade criou oportunidaes

Natural de Porto Alegre (RS), Raphael é graduado em Ciências Econômicas pela UFSC e escolheu o curso por dois principais motivos: influência familiar e amplitude de oportunidades na área. Ele sempre viu como uma formação que abre portas, desde a academia até o mercado financeiro. A trajetória na Universidade confirmou suas expectativas e proporcionou que criasse também suas oportunidades. “Sou extremamente grato por isso, saí uma pessoa completamente diferente de quando eu entrei na Universidade”, afirma.

Valorizar as universidades e a educação são pautas importantes para Raphael, que é um dos fundadores e integrantes do grupo de ex-alunos que investe em um fundo para financiar projetos ligados ao Centro Tecnológico (CTC) da UFSC. Esse fundo é perpétuo para doações de bolsas de estudo, pesquisa, extensão e empreendedorismo. “Tivemos a oportunidade de estudar em uma instituição de ponta e temos o dever moral de devolver [para a Universidade] em conhecimento, tempo ou investimento financeiro”. O egresso afirma que “devemos construir uma sociedade melhor, pela educação, porque acreditamos na universidade”.

Suellen Lima/Estagiária de Jornalismo da Agecom/UFSC

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Pesquisadora da UFSC desenvolve método para analisar contaminação de pescado por petróleo

20/09/2023 15:25

Em 2019, o Brasil foi palco do mais grave desastre ambiental ocorrido em seu litoral e um dos maiores já registrados no mundo – os primeiros registros ocorreram na Paraíba, e em poucos meses, o poluente identificado como petróleo bruto atingiu 11 estados, numa faixa litorânea de mais de 4.000 km, do Maranhão ao Rio de Janeiro. Dada a natureza tóxica dos contaminantes envolvidos e do potencial efeito nocivo à saúde dos consumidores, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) precisava examinar a contaminação de pescado após o desastre. No entanto, a questão era: como realizar essa avaliação?

A solução veio de uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul (LFDA-RS) por meio do Setor Laboratorial Avançado em Santa Catarina (SLAV-SC). A então doutoranda em Ciência dos Alimentos e bolsista da CAPES Ana Paula Zapelini de Melo desenvolveu métodos analíticos capazes de mensurar hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) em pescado de forma ágil e com confiabilidade metrológica dos resultados. Os HPAs, compostos com propriedades carcinogênicas para humanos, fazem parte da composição química do petróleo e são considerados marcadores de contaminação petrogênica em alimentos.

Confira a reportagem multimídia aqui.

Foram desenvolvidos métodos de extração de alta eficiência analítica e detecção por espectrometria de massas para dar suporte às decisões governamentais de enfrentamento ao derramamento de petróleo. O estudo utilizou cápsulas de café, em máquinas comuns, adaptadas para extração dos contaminantes vindos do petróleo. ‘Espressos’ de peixe, camarão, polvo, ostra, dentre outros foram analisados como forma de garantir a segurança do pescado logo após o desastre ser identificado. “A máquina de café espresso, que simula a extração por líquido pressurizado (PLE), foi utilizada no Brasil em um momento de emergência sanitária devido ao desastre. Precisávamos de um método rápido e de baixo custo que tivesse confiabilidade metrológica para determinar esses compostos. Como já havia sido desenvolvido um método analítico para determinação de resíduos de medicamentos veterinários usando a máquina de café espresso, acabamos adaptando isso para os HPAs”, relata Ana.

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UFSC Joinville fica em segundo lugar em desafio inédito com robôs, drones e IA

19/09/2023 08:07

UFSC foi campeã no desafio com robôs (Fotos: Divulgação ABII)

Provas com drones, robôs móveis autônomos e inteligência artificial. Uma oportunidade para revelar o talento e a preparação dos estudantes para encarar cada uma das provas e para promover a aproximação da universidade com o setor produtivo. Estas foram as marcas do fim de semana que consagrou uma equipe da UFSC Joinville como vice-campeã de um desafio inédito que reuniu empresas e universidades em disputa de tecnologia em Joinville, no último sábado. A competição -intitulada ABII Challenge – foi organizada pela Associação Brasileira de Internet Industrial.

O professor Modesto Hurtado Ferrer, que liderou a equipe da UFSC, conta que, nos últimos três meses, os estudantes se prepararam, interagiram com os profissionais das empresas que apadrinharam o time e, finalmente, chegaram ao resultado. “No começo, não sabíamos como se daria essa parceria, pois era algo novo para todos, mas, no decorrer do tempo o time foi ganhando visão do propósito a ser alcançado e de forma muito orgânica as coisas foram ganhando forma”, ressalta o professor.

O UTM Team, como a equipe foi chamada, é formado por estudantes de engenharia da UFSC de Joinville e por profissionais das empresas Macnica DHW e TERMICA Solutions. O maior destaque do grupo ocorreu nas provas de Drone e de Robôs Móveis Autônomos. Para o estudante Valdomiro Botelho Junior, a competição foi uma grande oportunidade de aprendizado e de troca de experiência com os profissionais que já atuam no mercado e uma forma diferente de colocar a teoria em prática.

As provas

Drones autônomos

A primeira prova do ABII Challenge foi com os drones e envolvia programa-los para cumprirem uma missão de voo. Todos os times tinham o mesmo modelo de drone, que foi comprado pela ABII e doado para as universidades desenvolverem projetos. Foram adquiridos drones pequenos para atender as regras de segurança do espaço, com pessoas assistindo.

Os drone não eram pilotados, mas realizaram a prova de forma autônoma, lendo códigos que davam instruções sobre o que fazer no percurso. Todos os times tiveram pontuação. O UTM Team ficou com a vitória e o time Minerva, da Universidade de São Paulo, ficou com a segunda melhor pontuação. As equipes não conseguiram completar o circuito, que incluía aterrissar num robô em movimento no menor tempo.

Robôs móveis

A segunda prova foi a de robôs móveis autônomos. O grande desafio dos times foi programar os robôs, que foram emprestados pelas empresas Pollux Part of Accenture, Omron e Selettra Automação e Robótica, e fazer a prova com vários robôs juntos na arena. Os times receberam um mapa antes da prova. Era necessário que os robôs passassem por portais antes de cumprir o trajeto e só no dia as equipes puderam fazer o reconhecimento final do circuito.

O objetivo era completar o percurso no menor tempo possível, somando as cinco largadas. Segundo o professor Modesto, que conduziu a equipe da UFSC ao primeiro lugar na prova, foi um dos desafios em que o público mais vibrou. “Havia muitas famílias com crianças acompanhando a prova”, lembra.

Inteligência artificial

A última e decisiva prova do dia foi a de inteligência artificial. O desafio era criar uma inteligência para jogar o jogo de War, um tradicional jogo de tabuleiro criado em 1972, que envolve muita estratégia. As decisões eram tomadas pela inteligência artificial. Cada time sabia o seu objetivo, mas não sabia o objetivo dos concorrentes. Apenas o público teve acesso a todos os objetivos para conseguir entender o que estava acontecendo.

O jogo foi exibido num telão e foram duas horas emocionantes de partida. O jogo foi encerrado por tempo, após duas horas, e venceu o time com o maior número de territórios. Com a melhor pontuação na prova de IA, o time Minerva garantiu os pontos que precisava para a vitória do geral do ABII Challenge.

A competição

O objetivo da competição, conforme o presidente da ABII, José Rizzo Hahn Filho, foi mostrar que no Brasil há profissionais capazes, empresas de ponta e universidades com pesquisadores, professores e estudantes mobilizados pela tecnologia. “O evento foi um sucesso em termos de público, organização e participação dos times. Escolhemos tecnologias cruciais para o desenvolvimento da indústria do país. Precisamos de pessoas cada vez mais capazes para implementar projetos que envolvam drones, AMRs e inteligência artificial”, ressalta Rizzo.

“Queremos que este evento seja realizado anualmente e mobilize cada vez mais empresas e universidades do Brasil. O ABII Challenge é inovador sob vários aspectos e reforça a missão da ABII, de fortalecer e acelerar a indústria 4.0 e a internet industrial das coisas (IIoT) no Brasil. Uma das formas de fazer isso é justamente promovendo e fomentando o trabalho colaborativo de empresas e universidades na solução de desafios tecnológicos”, destaca Rizzo.

Resultado geral do ABII Challenge

1º – Time Minerva

(USP, Embraer, Dexco, Marelo e Omron)

2º – UTM Team

(UFSC, Macnica DHW, e TERMICA Solutions)

3º – Time Donatello

(UniSenai, I3C e Festo)

4º – Time PUCPR de Robótica Móvel

(PUCPR, Selettra Automação e Robótica e Pepperl+Fuchs)

5º – Time Synth

(Udesc, Pollux Part of Accenture, TOTVS e SMC)

Galeria de fotos

 

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Podcast Flash UFSC aborda o uso da cannabis na Veterinária

14/09/2023 14:00

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 14 de setembro, o terceiro episódio do podcast Flash UFSC. Intitulado Cannabis também é pra cachorro, o podcast explica como o canabidiol, uma substância extraída da maconha, pode ajudar a aliviar a dor, a ansiedade e a agressividade, a reduzir convulsões e a controlar a proliferação de tumores em animais.

O convidado desta edição é o professor de Medicina Veterinária da UFSC Erik Amazonas, o único pesquisador autorizado pela justiça a realizar cultivo, preparo, produção, fabricação, depósito, porte e prescrição de derivados da cannabis no Brasil. O episódio foi produzido pelos estudantes de Jornalismo e estagiários da Agecom Leticia Schlemper e Matheus Alves.

A cada duas semanas, o Flash UFSC traz informações sobre ciência, cultura e arte em episódios de até sete minutos de duração. Ouça no site, pelo Spotify ou em outras plataformas.

Tags: AgecomCannabiscannabis para uso veterinárioFlash UFSCmedicina veterináriapodcastUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Projeto irá acolher demandas de saúde e jurídicas de trabalhadores com adoecimento ocupacional

14/09/2023 13:22

Investigar e mapear adoecimento ocupacional na Grande Florianópolis, além de combater sua ocultação, estão entre os objetivos de um acordo de cooperação técnica entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro). A assinatura do documento para oficialização do projeto “Caminhos do Trabalho” irá ocorrer no Auditório do Bloco Didático do HU no dia 18 de setembro, às 14 horas.

A proposta é pesquisar o efetivo nexo entre doença ou acidente e a ocupação exercida, conjugando acolhimento e orientação com investigação e produção acadêmica, de modo a reduzir a subnotificação dos agravos: “Realizaremos orientações e assistência semanalmente à população, e a equipe se dedicará a reunir dados e acionar acúmulo científico para estabelecer, caso exista, o nexo”, explica a coordenadora do projeto, Glaucia Fraccaro, também professora do Departamento de História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC.

Reduzir a subnotificação dos agravos, facilitar o exercício de direitos e combater a sonegação fiscal, tanto diretamente, quanto subsidiando a atuação de outras instituições, são resultados esperados do projeto de extensão e pesquisa “Caminhos do Trabalho”, que também irá colaborar para a formação de profissionais com capacidade de atuação consistente no campo da saúde laboral. “O projeto de extensão e pesquisa visa abordar trabalhadoras e trabalhadores formais ou informais, do setor privado ou público, de qualquer ocupação e doenças e acidentes que os atingem, prestando, simultaneamente, atendimento e orientações em demandas de saúde e jurídicas a esse público”, aponta Glaucia. Outras dez universidades do Brasil participam da rede formada a partir de acordo entre a Fundacentro e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), ainda em vigor e com fluxo de informação e dados estabelecidos.

Glaucia detalha importância do projeto para o conhecimento do problema do no Estado: Santa Catarina supera a média nacional de incidência dos acidentes laborais no mercado formal e é o quarto estado com maior número de notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Contudo, nem sempre os trabalhadores que sofrem tais agravos têm registro das Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) ou recebem o benefício previdenciário de forma adequada – podem, por exemplo, estar afastados por doença comum, quando acometidos de doença laboral.

O projeto, que visa incidir no problema subsidiando trabalhadores e trabalhadoras, inclusive, com a reunião de documentação pertinente a cada caso, para que possam utilizar este dossiê em tratativas com outras instituições públicas, tem capacidade para atender toda a Grande Florianópolis e estará alocado no Hospital Universitário. Isso significará uma ampliação da capacidade de dimensionar e enfrentar o problema, visto que atualmente, existe equipamento de Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) apenas no âmbito do município de Florianópolis, que em geral atua mediante denúncias. Segundo o último relatório de ações da VISAT (2022), houve no ano passado 326 agravos que chegaram a ser notificados e investigados relacionados a acidentes de risco biológico entre profissionais de saúde; a ocupação prevalente dos 692 acidentes e doenças investigados entre homens autônomos entre 20 e 60 anos foi a de motoboys e trabalhadores da construção civil. De outro lado, entre os 238 acidentes e doenças que acometeram majoritariamente mulheres de 20 e 50 anos, a sua ocupação, no momento do registro, constou como ignorada.
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Projeto de extensão da UFSC treina 40 guarda-vidas em técnicas de natação e corrida

14/09/2023 11:38

Jhoseny Souza Santos é guarda-vidas, estudante de pós-graduação da UFSC e melhorou seu desempenho fazendo o treinamento na Universidade.

Condicionamento físico, técnica apurada e muita disposição são alguns dos atributos necessários para homens e mulheres atuarem como guarda-vidas nas praias catarinenses. Além disso, é preciso passar por uma prova de certificação anual que avalia a aptidão física e técnica das pessoas candidatas a essa função, principalmente nas atividades de natação e corrida.

Justamente para colaborar no treinamento de guarda-vidas civis, a UFSC, por meio do Centro de Desportos (CDS) criou o projeto de extensão “Natação para os Guardas-Vidas de Santa Catarina na piscina da UFSC/CDS”. Coordenado pelo professor Alex Christiano Barreto Fensterseifer, o projeto atende, desde julho de 2022, 40 guarda-vidas civis voluntários em treinos de natação e corrida.

O treino de natação dura 1h40, duas vezes por semana. Além disso, os participantes podem optar por praticar corrida com o professor Jolmerson de Carvalho, também do CDS. Os treinos ocorrem até três vezes por semana, na pista de atletismo da UFSC. 

Oportunidade

A ideia de colaboração surgiu em 2022, durante uma aula de treinamento em natação, oferecida como disciplina optativa a qualquer estudante da UFSC. Rafael Viani Santos Cabral, aluno do curso de Geografia, cursava a disciplina e viu uma oportunidade para seus colegas guarda-vidas. 

Professor Alex orienta guarda-vidas participantes do projeto de extensão na UFSC.

“Vi a melhoria na técnica de natação. E o professor Alex, como tem muitos anos de experiência, começou a mesclar a técnica visando ao salvamento aquático. Isso ajuda muito e facilita na hora do resgate”, conta o estudante. Ele enumera os benefícios da atividade: “a manutenção do condicionamento físico, e outra coisa muito importante também é o acesso ao espaço de treinamento, uma piscina olímpica, com orientação de um especialista em natação”, salienta Rafael.
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Pela primeira vez, vestibular para ingresso na UFSC tem roteiro de filme entre obras literárias

13/09/2023 18:44

EXT. TÚNEL DE ESTÁDIO DE FUTEBOL – DIA (FLASHBACK – 1969)
MÃO DE HOMEM ADULTO segura MÃO DE CRIANÇA: pai e filho de mãos dadas enquanto caminham pelo túnel que dá acesso às arquibancadas do estádio.
Burburinho de VOZES.
TORCEDORES passam a caminho das arquibancadas. Todos vestidos com a camisa do uniforme do time do Santos.
Aos poucos, revelam-se os “donos” das mãos:
MAURO – menino branco e franzino, de 10, 11 anos – olha para seu pai, DANIEL – 30 e poucos anos – enquanto andam em direção à saída no túnel, na contraluz.

Assim começa o roteiro do filme O Ano em que Meus Pais saíram de Férias, uma das obras de leitura obrigatória indicada aos candidatos do Vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A construção textual, diferente do que se costuma ver em um livro tradicional, é uma das inovações do processo seletivo, que é realizado em parceria com IFSC e IFC, com 6.700 vagas e inscrições abertas desde a última terça-feira, 5 de setembro.

A seleção coloca o vestibular unificado na vanguarda, já que são poucas as universidades que indicam obras de outros gêneros para seus processos seletivos. A Universidade de Campinas (Unicamp), por exemplo, foi uma das precursoras ao sugerir o álbum do grupo de rap Racionais MC’s ao lado de livros de Luís de Camões, Machado de Assis e Guimarães Rosa. “De fato uma novidade importante é a inclusão de um roteiro de filme como obra de literatura para nosso Vestibular. Outras instituições já utilizaram essa estratégia de diversificar os gêneros possíveis para as obras de literatura. É uma visão de fato inovadora, mas muito articulada com a as perspectivas de ensino atuais”, explica o coordenador pedagógico da Coperve, Manoel Teixeira dos Santos.

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Estudo da UFSC indica que acupuntura pode atenuar males da fibromialgia

12/09/2023 09:46

Imagem de StockSnap por Pixabay

Uma doença de difícil tratamento, que atinge mulheres e, muitas vezes, as relega ao abandono familiar e à incapacitação para o trabalho. A fibromialgia atinge por volta de 3% da população brasileira, a maioria delas do sexo feminino, entre 30 e 50 anos de idade, e é objeto de uma investigação realizada na Universidade Federal de Santa Catarina que pode resultar em novas possibilidades de tratamento para pacientes.

A execução do estudo foi do pesquisador Marcos Lisboa Neves, sob a supervisão da professora Morgana Duarte da Silva, coordenadora do Laboratório de Neurobiologia da Dor e da Inflamação (Landi), que investiga estratégias terapêuticas para as diversas doenças que envolvem dor e inflamação.

Neves, que é fisioterapeuta, investiga os efeitos da estimulação do ramo auricular. De acordo com essa linha de estudos, a acupuntura é uma boa ferramenta terapêutica para o tratamento de pacientes com dor. No caso do nervo vago, estimulado para combater os males da fibromialgia, já existem evidências crescentes também no tratamento de outras condições como epilepsia, depressão e dor.

Em junho, o pesquisador defendeu sua tese com um estudo translacional – que busca minimizar o gap entre a produção do conhecimento nas instituições científicas e a aplicação prática, orientado também pela professora Morgana, no Programa de Pós-Graduação em Neurociências da UFSC. Ele pesquisou a acupuntura e a fibromialgia a partir de uma análise em roedores.

“As avaliações comportamentais se relacionavam prioritariamente à dor e secundariamente à depressão, ansiedade, sono, catastrofização, funcionalidade, qualidade de vida e variabilidade da frequência cardíaca. Como resultados, embora ainda não tão expressivos, já mostram um potencial do tratamento e sinalizam a viabilidade de realizar estudos maiores e assim com maior poder estatísticos, principalmente porque o estudo piloto demonstrou uma significativa redução na gravidade dos sintomas das pacientes”, comenta.

Ele explica que a fibromialgia é uma condição crônica caracterizada por dores articulares e musculares generalizadas, acompanhada de fadiga, alterações cognitivas, do humor e do sono. Como a causa ainda não é definida, algumas evidências recaem sobre alterações do sistema nervoso central, o que leva ao quadro disfuncional de percepção exacerbada de dor e dos demais sintomas, que influenciam também na saúde mental das pacientes.

Neves explica que o nervo vago é uma importante via de comunicação do corpo com sistema nervoso central, por isso os tratamentos com a estimulação indicam resultados promissores. No Brasil, a acupuntura é oferecida gratuitamente pelo SUS, como parte da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares. “São mais de 15 mil profissionais com capacitação para atuarem com essa prática, um recurso que facilita o acesso das pacientes em tratamento”, complementa.

“Fui muito beneficiada”

O objetivo do estudo conduzido na UFSC foi avaliar a eficácia da acupuntura sobre ramo auricular do nervo vago na redução da intensidade da dor e da gravidade dos sintomas gerais relacionados com a fibromialgia. As 50 mulheres diagnosticadas com fibromialgia foram divididas aleatoriamente em três grupos. Um recebeu uma intervenção por acupuntura auricular sobre o ramo auricular do nervo vago esquerdo (orelha esquerda); um segundo grupo recebeu a mesma intervenção, porém, na aurícula direita; e um terceiro grupo recebeu acupuntura simulada na aurícula esquerda.

As avaliações comportamentais se relacionavam prioritariamente à dor e secundariamente à depressão, ansiedade, sono, catastrofização, funcionalidade, qualidade de vida e variabilidade da frequência cardíaca. Como resultados, na comparação entre os três grupos, não houve diferença significativa na redução da dor, mas a acupuntura na orelha esquerda reduziu significativamente a gravidade dos sintomas gerais de mulheres com fibromialgia.“Os achados fornecem dados para viabilizar novos estudos clínicos randomizados controlados com maior população amostral, para melhorar as evidências para o uso da acupuntura auricular sobre o nervo vago”, assegura Neves.

Uma das pacientes avaliadas, Carolina* conta que descobriu há pouco tempo sofrer de fibromialgia. As dores generalizadas impediam a sua rotina e a deixavam desanimada. “Eu não aguentava mais tomar medicação sem sucesso. Fiquei sem esperança de ter melhora”, relembra. As quatro sessões realizadas no estudo da UFSC, entretanto, tiveram um impacto positivo nas suas condições de vida.

A paciente conta que fisioterapia, medicação e infiltração eram algumas das estratégias utilizadas por ela no tratamento. “A pesquisa causou uma melhora na dor, passei a procurar ajuda psicológica e auxílio para emagrecer, o que começou a melhorar meu quadro de forma geral. O estudo foi o passo inicial para uma melhora considerável no meu quadro clínico”, conta.

Carolina também relata sua confiança na ciência e nos tratamentos integrativos. “Tratamentos integrativos demonstram a melhora considerável no meu caso. Acredito que com estudos mais profundos, um tratamento específico pode auxiliar na eficiência para tratar a dor constante. Acredito muito na ciência e fui muito beneficiada em participar deste estudo”, sintetiza.

Nervo vago tem papel central no estudo

Imagem de Mohamed Hassan por Pixabay

No doutorado, Neves realizou um estudo com roedores com uma condição similar à fibromialgia, em que o animal demonstra um comportamento de dor generalizada, além de um comportamento tipo depressivo. “A gente faz o tratamento primeiro no animal, que foi a nossa primeira fase de trabalho. Só depois partimos para o estudo piloto com pacientes humanos”.

Com os resultados positivos, o Landi passou a recrutar pacientes para a nova fase da pesquisa. “Nosso estudo tem esse viés de integração com a sociedade, porque esse é o momento em que a gente aproxima a sociedade da Universidade – o momento em que a gente começa a recrutar pessoas da sociedade que tem essa doença cujo tratamento é ainda bastante limitado”.

As limitações, conforme explica o cientista, ocorrem muitas vezes pela condução inadequada do tratamento, já que nem sempre um profissional tem a expertise de tratar uma condição tão complexa. Muitas vezes, o próprio paciente também não consegue aderir bem o tratamento.

“Houve bastante procura pelo estudo, a sociedade aderiu”, conta. As pacientes selecionadas passaram por quatro sessões, todas realizadas no espaço clínico situado em um dos prédios do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina. Elas passaram por um rigoroso acompanhamento, do início ao fim do processo, e receberam as devolutivas em uma apresentação em que também puderam se conhecer.

Neves aplicou a acupuntura nos ramos auriculares esquerdo e direito das pacientes. Ele explica que a técnica é uma leitura filosófica de estimular pontos que são virtuais no corpo, mas que, hoje, a neurociência reconhece que esses pontos são locais com uma certa especificidade, pois estimulam nervos importantes.

O nervo vagal, objeto do estudo, segundo ele, é cheio de ramificações. “Tem ramificação para o sistema cardiorrespiratório, sistema gastrointestinal, cérebro e para partes que compõem o que a gente chama de sistema límbico, que está relacionado com a nossa emocionalidade”, explica. Além disso, o nervo também atua como fonte de resposta das células do sistema imune.

A forma de verificar a resposta das mulheres ao tratamento, além de considerar o que elas próprias avaliavam sobre suas dores e estado físico e mental após as sessões, foi a leitura do comportamento cardíaco. Isso porque, conforme narra Neves, o nervo vago é importante para ativação do sistema parassimpático, que está relacionado com a recuperação do organismo, enquanto o sistema nervoso simpático serviria para nos deixar em alerta para desempenhar atividades

Um organismo saudável, de acordo com ele, possui uma alta variabilidade de frequência cardíaca porque é capaz de modular a atuação dos dois sistemas. Já o de pessoas com doenças crônicas apresenta uma baixa variabilidade da frequência. No estudo, foi possível verificar a variação, o que indica possibilidades promissoras. “É possível atuar estimulando a regulação do sistema nervoso por esse caminho”, diz Neves.

No final da pesquisa, e após a análise dos dados, as voluntárias foram convidadas para uma palestra de apresentação dos resultados e das principais diretrizes clínicas para o manejo da fibromialgia. Este evento foi realizado na UFSC e contou com a presença de familiares, que tiraram suas dúvidas sobre a doença, sobre os tratamentos disponibilizados, falaram sobre seus problemas e sobre os benefícios da terapêutica proposta.

*Nome substituído para preservar a identidade da paciente

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: acupunturaFibromialgiaLaboratório de Neurobiologia da Dor e da InflamaçãoneurobiologiaNeurociênciaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

“Tapete de algas” é alternativa barata e sustentável para tratamento das águas de Florianópolis

06/09/2023 18:24

Sistema purificador desenvolvido por pesquisadores da UFSC absorve efeitos da poluição, produz biomassa e contribui para a economia da região

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui.

O Algal Turf Scrubber funciona na Estação de Maricultura Elpídio Beltrame, na Barra da Lagoa. Foto: Rafaela Souza/NADC/UFSC

O tripé econômico de Florianópolis – pesca, maricultura e turismo – depende de um componente fundamental: água limpa. E a própria natureza ajuda a obter recursos hídricos de qualidade. Na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pesquisadores vinculados ao Laboratório de Ficologia (Lafic), do Departamento de Botânica, desenvolvem sistemas purificadores que utilizam algas para a remoção de poluentes da água – são os tapetes algais biofiltrantes (Algal Turf Scrubber – ATS).

“É um absurdo que a gente não esteja investindo nelas”, afirma Leonardo Rörig, coordenador do projeto. Os ATS são um exemplo de “soluções baseadas na natureza”, alternativas sustentáveis, baratas e de baixo impacto ambiental. Países como Austrália, Estados Unidos, China e Índia aderiram ao sistema pela sua baixa pegada de carbono e emissão de gases de efeito estufa.
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Tags: Algal Turf ScrubberbiomassaCCBCentro de Ciências BiológicasDepartamento de Botânicadesastre ambientalEstação de Maricultura Elpídio BeltrameLaboratório de FicologiaLaficLagoa da ConceiçãoLeonardo RörigmariculturaNúcleo de Apoio a Divulgação Científicapisciculturapoluiçãotapete de algasUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Liderado por pesquisadora da UFSC, grupo mundial alerta para recorde na temperatura oceânica

06/09/2023 16:56

Embranquecimento de corais é sinal de alerta. Foto: WMO/Divulgação

Um grupo de cientistas do Programa Mundial de Pesquisa Climática (WCRP) da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) liderado pela professora Regina Rodrigues, do Departamento de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), redigiu uma declaração alertando para o recorde recente no aquecimento dos oceanos.  Os pesquisadores consideram que esses casos podem aumentar em frequência, duração e intensidade se não ocorrerem esforços dramáticos de mitigação e adaptação.

O documento indica que as temperaturas médias globais dos oceanos estão atualmente em um nível nunca registrado anteriormente, com 27% do oceano global com extremos de temperatura. Segundo a professora, com a previsão do fenômeno El Niño para o final do ano essa situação pode se agravar, pois o El Niño é um dos principais mecanismos de geração de ondas de calor marinhas globalmente.

“Além dos ecossistemas, o calor dos oceanos é uma importante fonte de energia que alimenta ciclones tropicais. As ondas de calor marinhas no Oceano Índico tropical contribuem para a rápida intensificação dos ciclones e das flutuações nas chuvas das monções da Índia”, explica. O texto da declaração menciona, ainda, outros impactos causados pelo fenômeno. “Sabemos que as ondas de calor marinhas resultam em milhares de milhões de dólares em danos aos ecossistemas marinhos e a indústrias da pesca e do turismo”, destaca a pesquisadora, que no ano passado participou da conferência do clima da Organização das Nações Unidas.

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Tags: aquecimento globaloceanografiaOrganização Mundial de Meteorologiapesquisa internacionaltemperatura marinhatemperatura oceânicaUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaWMO

Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC abre inscrições nesta terça-feira, 5 de setembro

04/09/2023 16:45

As inscrições para o Vestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC abrem nesta terça-feira, 5 de setembro, e fecham em 9 de outubro.  O edital está disponível no site vestibularunificado2024.ufsc.br. A taxa de inscrição custa R$ 169,00 e os pedidos de isenção podem ser solicitados até 27 de setembro pelos candidatos que atenderem os requisitos descritos no edital do vestibular.

O Vestibular Unificado representa a oferta de cerca de 6.700 vagas, distribuídas em 35 municípios catarinenses e 200 cursos de graduação – 100 da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), 55 do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e 45 do Instituto Federal Catarinense (IFC). A pontuação mínima em cada disciplina, a relação completa dos cursos e as instituições em que serão ofertados estão entre as informações disponíveis no edital. O candidato poderá escolher apenas um curso entre os 200 oferecidos pelas três instituições.

A quantidade de vagas especificada no Quadro Geral de Cursos e Vagas corresponde a 70% do total de vagas ofertadas pela UFSC, em cada curso, 50% do total de vagas ofertadas pelo IFSC, em cada curso, e 50% do total de vagas ofertadas pelo IFC, em cada curso, para o ano letivo de 2024.

Confira o Quadro de Cursos e Vagas da UFSC

Confira o Quadro de Cursos e Vagas do IFSC

Confira o Quadro de Cursos e Vagas do IFC

Confira o Guia de Cursos da UFSC
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Tags: UFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVestibularVestibular Unificado UFSC/IFSC/IFC

UFSC se destaca em ranking global com 26 pesquisadores entre os mais citados do mundo

04/09/2023 09:44

Universidade tem se destacou em diferentes rankings Foto: Amanda Miranda

A Universidade Federal de Santa Catarina se destacou mais uma vez no ranking global Research.comque reconhece os pesquisadores a partir do número de artigos e quantidade de citações para cada campo do conhecimento elencado – em um total de 26 diferentes áreas. A instituição teve 26 cientistas mencionados nas áreas de Veterinária, Química, Ecologia, Engenharia Elétrica, Engenharia e Tecnologia, Matemática, Medicina, Microbiologia, Neurociências e Agronomia.

A UFSC também foi mencionada como a oitava melhor instituição no ranking nacional. Outro destaque foram os rankings de Química, com dez cientistas citados entre os mais relevantes do mundo, e a área de Engenharia Elétrica, na qual o professor Ivo Barbi figura como o segundo mais citado do Brasil.

O número total de citações dos principais cientistas é 159.046, com um valor médio de citações por acadêmico de 6.117,15. O número coloca a instituição catarinense em 387 no ranking global. De acordo com a plataforma Research.com, o objetivo do ranking é oferecer aos principais pesquisadores uma melhor exposição de suas realizações. As classificações de cientistas são baseadas em procedimentos transparentes baseados em métricas coletadas de fontes confiáveis ​​de dados com mais de 12.000 periódicos científicos agrupados por disciplinas.

Confira a relação dos cientistas mencionados pela Research.com.

Ciências veterinárias

Maurício Laterça Martins
Maria José Hötzel

Química

Bernhard Welz (in memorian)
Rosendo A. Yunes
Antonio L. Braga
Adilson J. Curtius
J. Vladimir Oliveira
Moacir Geraldo Pizzolatti
Debora de Oliveira
Ademir Neves (in memorian)
Eduardo Carasek
Adailton J. Bortoluzzi

Ecologia

Sergio R. Floeter

Engenharia Elétrica e Eletrônica

Ivo Barbi
Julio E. Normey-Rico

Engenharia e Tecnologia

Roberto Lamberts
Enedir Ghisi

Matemática

Ruy Exel

Medicina

João B. Calixto
Adair R.S. Santos (in memorian)

Microbiologia

Álvaro José Romanha (in memorian)

Neurociencia

Reinaldo N. Takahashi
Roger Walz
Peter Wolf

Agronomia

Miguel Pedro Guerra
Marcelo Maraschin

Tags: pesquisaranking globalResearch.comUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

“Cao presente!”: Avenida Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo é a nova via de acesso à UFSC

01/09/2023 19:05

Vereador Afrânio Boppré; reitor da UFSC, Irineu de Souza; e o prefeito em exercício de Florianópolis, João Cobalchini, no descerramento da placa. Foto: Ariclenes Patté/Agecom/UFSC

Nesta sexta-feira, 1° de setembro, o hall do Centro de Cultura e Eventos do Campus Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) foi palco da inauguração oficial da Avenida Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, via pública construída em paralelo à Rua Deputado Antônio Edu Vieira, no bairro Pantanal. A cerimônia, que teve início às 14h, contou com as presenças do prefeito em exercício de Florianópolis, João Cobalchini; do reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza; da vice-reitora, Joana Célia dos Passos; do deputado federal Pedro Uczai, e do vereador de Florianópolis Afrânio Boppré – autor do projeto de lei que nomeou a avenida em homenagem a Cancellier. 

Após a cerimônia no hall do Centro de Cultura e Eventos, onde foi assinada a lei que dá nome à avenida, todos foram convidados a se deslocarem até a via para o descerramento da placa. A Avenida Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo começa na esquina com a Rua Delfino Conti, próximo ao acesso ao bairro Córrego Grande, e segue até o Centro de Desportos (CDS) da UFSC. Ela é a via paralela à Rua Deputado Antônio Edu Vieira – que tem o trânsito no outros sentido.

Avenida, marcada em azul, é paralela à Rua Deputado Antônio Edu Vieira

Em nome da Universidade, o reitor Irineu Manoel de Souza agradeceu a homenagem feita ao seu colega e reforçou “que ocorreu um abuso de poder” e que o episódio que envolveu o ex-reitor jamais pode se repetir na UFSC. Cancellier foi reitor da UFSC entre maio de 2016 e setembro de 2017, quando teve uma morte trágica, após ser preso e afastado da Universidade na operação Ouvidos Moucos, da Polícia Federal.

>> Conheça a história e o legado de Cancellier na reportagem especial preparada pela Agência de Comunicação da UFSC (Agecom).

“Nos cabe aqui, sempre que possível, relembrar a memória do Cao”, diz amigo da família

Representando a família, o professor Áureo Mafra de Moraes, amigo próximo do reitor Cancellier, ressaltou que casos como este são inadmissíveis e afirmou que “nos cabe aqui, sempre que possível, relembrar a memória do Cao, dos seus feitos, dos seus atos.” No momento do descerramento da placa, “Cao presente” foi o grito dado por todos.

Colega de militância de Cancellier no movimento estudantil, enquanto ainda eram graduandos, o vereador Afrânio Boppré ressaltou em seu discurso que o legado do reitor deve ser tão respeitado quanto a própria imagem da Universidade. Ainda agradeceu aos colegas vereadores “Encontrei colaboração de todos relatores das comissões”, disse ao relembrar do período de aprovação da lei na Câmara. “O ex-reitor era reconhecido pelo seu perfil conciliador, equilibrado e inclusivo. Uma referência da luta por democracia e justiça no Brasil”, completou Afrânio.

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Chumbo no chá? Pesquisa da UFSC identifica impacto da mineração em alimentos

01/09/2023 10:32

Áreas de mineração estão cobertas de produtos utilizados na alimentação (Foto: Graziela Blanco)

Plantas usadas como alimentos e chás podem estar contaminadas pelos chamados “elementos traço” em áreas da região carbonífera, no sul de Santa Catarina. A constatação foi divulgada em uma série de artigos e na tese da cientista Graziela Dias Blanco, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina. O impacto das atividades de mineração, além dos prejuízos ao meio ambiente, também pode chegar à saúde. O estudo Soberania, segurança alimentar e ecotoxicidade de alimentos e plantas medicinais consumidos por comunidades locais em áreas de mineração foi orientado pela professora Natalia Hanazaki, com co-orientação da professora Mari Lucia Campos.

Pelo menos 65% dos habitantes da região mapeada pela pesquisa relataram coletar plantas para uso medicinal e alimentar diretamente de áreas contaminadas pela atividade mineradora. “As pessoas que vivem nas proximidades de áreas contaminadas pela mineração usam e consomem plantas destes ambientes e as pessoas sabem pouco sobre o potencial perigo dessa contaminação em seus alimentos e o risco desses contaminantes para sua saúde”, assinala, no estudo.

Graziela se interessou pelo assunto quando foi visitar a região de Criciúma, Lauro Muller e Siderópolis em busca de dados para uma pesquisa sobre plantas medicinais. No entanto, ao chegar ao local, percebeu um mosaico de áreas impactadas pela atividade mineradora e mudou o objeto de investigação. “A gente vê, por exemplo, moradias na cidade de Criciúma muito próximas à área de mineração abandonada, sem avisos ou preocupação. É uma situação extremamente grave”, analisa.

Ela fez 195 entrevistas com moradores de 14 áreas próximas a minas abandonadas nos principais municípios da região carbonífera catarinense. “Perguntamos a cada entrevistado sobre o tempo que morava na região, sua percepção da qualidade do ambiente, quais espécies de plantas eram utilizadas e com que finalidade”, conta. Carqueja, goiabeira e erva-doce foram algumas das espécies citadas.

Nas entrevistas, ela também identificou que todos os homens e nenhuma das mulheres trabalhavam ou já haviam trabalhado em mineradoras. Em Santa Catarina, existe um plano de recuperação para essas áreas em razão de uma ação do Ministério Público Federal, que exigiu que as empresas e a União recuperassem as áreas degradadas pela mineração, áreas com depósitos de rejeitos e minas abandonadas. Os recursos hídricos das bacias dos rios Araranguá, Urussanga e Tubarão também foram indicados como foco da ação.
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Podcast Flash UFSC discute amor, paixões e relacionamentos

31/08/2023 14:01

Arte: Jalize Pinheiro Medeiros e Audrey Schmitz

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 31 de agosto, o segundo episódio do podcast Flash UFSC. Intitulado Bad Romance, o podcast explica o porquê de nos relacionarmos com outras pessoas e o que acontece em nosso corpo quando nos apaixonamos. 

Quem ajuda a entender o que acontece nessas aventuras de dopamina, prazer e dor são a professora do Departamento de Filosofia da UFSC Maria de Lourdes Borges e a psiquiatra e professora do Departamento de Clínica Médica da UFSC Ana Maria Michels. O episódio foi produzido pelas estudantes de Jornalismo e estagiárias da Agecom Leticia Schlemper e Lethicia Siqueira.

A cada duas semanas, o Flash UFSC traz informações sobre ciência, cultura e arte em episódios de até sete minutos de duração. Ouça no site, pelo Spotify ou em outras plataformas.

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