
Foto: Richard Kauê Schubert
Os alunos da disciplina de Educação Especial, ministrada pela professora Fabiana Schmitt Corrêa no Campus de Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), apresentaram uma tabela periódica acessível em 3D como projeto de PCC (Práticas como Componente Curricular). O resultado, apresentado na última quarta-feira, 28 de junho, é fruto de todo o conhecimento adquirido ao longo do semestre.
O projeto teve como objetivo a produção de uma tabela periódica para atender as necessidades de pessoas com deficiência, tais como cegueira, baixa visão, surdez e deficiência intelectual e física, incluindo também pessoas com transtorno do espectro autista. Na tabela, cada elemento possui informações de suas particularidades, apresentando uma organização em cores, fontes grandes, símbolos na Língua Brasileira de Sinais (Libras) e em braille. Cada elemento também conta com um QRcode que leva à audiodescrição do elemento com todas as informações contempladas no cubo.

Foto: Richard Kauê Schubert
Lucas Gonçalves, idealizador do projeto e estudante da 7ª fase do curso de Licenciatura em Química, conta que teve a ideia depois que apresentou um trabalho no XXI Encontro Nacional de Ensino de Química (Eneq 2023), realizado em março deste ano. “Lá eu pude ver o que estava sendo produzido no Ensino de Química, porém vi a carência dos materiais incluírem e assistirem mais pessoas com deficiências distintas. Então, inspirado nos trabalhos que vi lá e em uma tabela que a Universidade de Brasília produziu, resolvi propor a ideia para a minha turma, que abraçou o projeto, e juntos conseguimos fazer um lindo trabalho colaborativo, com foco na inclusão e acessibilidade”, relata.
Ao todo, 21 alunos colaboraram com o projeto. A tabela periódica acessível 3D ficará em exposição nos eventos dos cursos de Química da UFSC Blumenau e poderá ser utilizada pelos licenciandos para dar aulas. “Temos como objetivo agora divulgar nosso trabalho em eventos científicos e nas escolas para promover a inspiração para que mais tabelas como essa sejam produzidas e espalhadas pelo nosso estado, em escolas públicas e particulares”, conclui Lucas.
A disciplina de Educação Especial é obrigatória para alunos dos cursos de Licenciatura, mas estudantes de todos os cursos podem cursá-la como optativa.

Foto: Richard Kauê Schubert