UFSC desenvolve metodologia inovadora para monitorar a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) com financiamento do Global Grand Challenges
UFSC recebe financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates para promover técnicas agrícolas sustentáveis

O projeto da UFSC, Campus de Curitibanos, financiado pela fundação internacional, promete contribuir por uma agricultura mais sustentável. (Foto: Alexandre ten Caten/UFSC)
O projeto SensMyN propõe desenvolver um teste diagnóstico rápido, in situ e de baixo custo. Isso será possível graças a biomarcadores de RNA que identificarão genótipos de plantas mais responsivos à FBN e biofertilizantes inteligentes para o clima. “Com os resultados do nosso projeto SensMyN, seremos capazes de propor uma metodologia que aplica sensores diretamente às plantas. O método será de baixo custo e permitirá amostragens em diferentes momentos e locais no campo. Isso nos permitirá propor métricas para monitorar a fixação biológica de nitrogênio na agricultura”, destaca o professor Alexandre ten Caten, responsável pelo projeto na UFSC.
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) recebeu um financiamento da Fundação Bill & Melinda Gates no dia 27 de setembro. O projeto é uma parceria entre o professor Alexandre ten Caten, do Departamento de Agricultura, Biodiversidade e Florestas do Campus de Curitibanos, e a professora Adriana Silva Hemerly, do Instituto de Bioquímica Médica Leopoldo de Meis (IBqM) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
O financiamento apoiará o desenvolvimento de uma metodologia para monitorar a Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) em solo e vegetação. O objetivo é fortalecer as pesquisas e o desenvolvimento de tecnologias inovadoras que prometem medir a capacidade de microrganismos de fixar nitrogênio e fornecê-lo às plantas, reduzir custos de produção e promover práticas agrícolas mais sustentáveis.
O projeto, intitulado SensMyN: Monitoramento da Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN) por meio de dados espectrais integrados de solo-vegetação e biomarcadores baseados em RNA, terá duração até julho de 2026 e receberá investimentos de aproximadamente 300 mil dólares. “O fato de nosso projeto ter chamado a atenção da fundação e recebido financiamento demonstra a capacidade do Campus Curitibanos da UFSC em propor pesquisas de relevância internacional”, enfatiza o professor Alexandre.
“É um motivo de orgulho pensar que, com o esforço, trabalho e comprometimento de todos os parceiros deste projeto, possamos contribuir com aquele ‘grão de areia’ no vasto corpo de conhecimento gerado por pesquisadores em todo o mundo que trabalham no tema da fixação biológica de nitrogênio”, acrescenta o cientista.
O professor também celebra o impulso à infraestrutura do campus. Os recursos permitirão o pagamento de bolsas para estudantes e a aquisição de novos equipamentos.
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