Agroecologia é tema do novo episódio da série ‘UFSC Explica’

25/10/2023 13:30

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou um novo episódio da série de vídeos UFSC Explica, sobre agroecologia. Três especialistas explicam as vantagens da agroecologia para a saúde humana e do meio ambiente, as diferenças entre produção orgânica e agroecológica e por que não é verdade que precisamos de agrotóxicos para alimentar a população. Apontam também alguns caminhos para a construção de um sistema agroalimentar mais justo, acessível e sustentável.

Confira o vídeo, disponível no canal da UFSC no Youtube:

Conheça os entrevistados:
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Violência nas escolas é tema do novo vídeo da série ‘UFSC Explica’

28/04/2023 08:01

Nesta sexta-feira, 28 de abril, Dia Mundial da Educação, a Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou um novo episódio da série de vídeos UFSC Explica, com o tema Violência nas escolas. As manifestações da violência no contexto escolar, o aumento do número de ataques nos últimos anos e os caminhos para enfrentar o problema são abordados por três pesquisadores, de diferentes áreas do conhecimento. A ação faz parte da programação do Dia pela Paz e pelo Desarmamento nas Escolas, organizado pela UFSC, pelo Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) e pelo Instituto Federal Catarinense (IFC).

Os professores Apoliana Groff, Letícia Cesarino e Marcelo Simões Serran de Pinho, dos departamentos de Psicologia, Antropologia e Sociologia e Ciência Política, respectivamente, falam sobre os múltiplos fatores envolvidos no problema. Entre os aspectos discutidos, estão a precarização das escolas, o papel da mídia e das plataformas de redes sociais, o funcionamento dos grupos de radicalização online, o perfil dos autores de ataques e as falsas soluções, que tratam apenas das consequências e não das causas da violência.
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UFSC Explica: golpe de 64

31/03/2023 19:05

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta sexta-feira, 31 de março, um novo episódio da série de vídeos UFSC Explica, sobre o golpe de 64. O dia 1º de abril de 1964 é uma cicatriz na história do país. Chamado por muitos de “revolução”, o movimento golpista promovido por parte da sociedade civil e um grupo de militares iniciou 21 anos de ditadura civil-militar com perda de direitos civis, perseguições, torturas e mortes.

Mas quais eram o contexto, os sujeitos e os interesses envolvidos no movimento golpista? E por qual motivo se considera esse conturbado momento da política brasileira um golpe e não uma revolução? Para responder a esses e outros questionamentos, o UFSC Explica: golpe de 64 entrevistou três pesquisadores renomados no tema:

Cristina Scheibe Wolff
Professora do Departamento de História
Pesquisa: gênero, memória, guerrilha, resistência às ditaduras no Cone Sul

Diego Nunes
Professor do Departamento de Direito
Instituto Memória e Direitos Humanos (IMDH)
Pesquisa: crimes políticos e segurança nacional, Direito Penal em Estados autoritários, tribunais de exceção.

María del Carmen Cortizo
Professora do Departamento de Serviço Social
Instituto Memória e Direitos Humanos (IMDH)
Pesquisa: teoria democrática, cultura e política, administração de justiça, direitos humanos, multiculturalismo.

Confira abaixo o vídeo, também disponível no canal da UFSC no Youtube:

 

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UFSC Explica: nazismo

23/11/2022 13:50

Recentes manifestações e discursos de ódio no Brasil, e particularmente em Santa Catarina, trouxeram novamente a apologia ao nazismo para o debate público. Por que essas ideias mundialmente condenáveis seguem existindo com adeptos na sociedade, em especial, no sul do país? Quais as origens desse fenômeno que abarca não só o preconceito racial, como a destruição do outro e das diferenças? Como o discurso e a estética nazista se transmutam com o passar o tempo de acordo com os diferentes contextos políticos, sociais e econômicos?

Essas e outras questões, como a necessidade de uma cultura educacional crítica e antirracista, são temas do novo episódio da série de vídeos UFSC Explica. Para esta edição, foram entrevistados os professores João Klug, do Departamento de História, Lia Vainer Schucman, do Departamento de Psicologia, e Rodrigo Alessandro Sartoti, do Departamento de Direito.

Confira abaixo o vídeo, também disponível no canal da UFSC no Youtube:

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UFSC Explica: urna eletrônica

23/09/2022 16:12

A urna eletrônica é tema do novo episódio da série de vídeos UFSC Explica, produzida pela Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Três pesquisadores, de diferentes áreas do conhecimento, falam sobre o histórico das eleições no Brasil, os casos de fraude relacionados ao voto impresso, o desenvolvimento da urna eletrônica brasileira e os diversos testes e auditorias feitos antes, durante e depois da votação.

Quando e por que foi criada a urna eletrônica? Quem faz a auditorias das urnas? Como funciona a apuração? Existe uma sala secreta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)? Já houve algum caso de fraude? Essas e outras perguntas são respondidas ao longo do vídeo.

Conheça os entrevistados:

Julian Borba possui graduação em Ciências da Administração e mestrado em Sociologia Política pela UFSC e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da UFSC e um dos coordenadores do Grupo de Investigación de Participación Política, da Associação Latino-Americana de Ciência Política. Desenvolve pesquisas sobre participação política, comportamento eleitoral e atitudes e valores políticos.

Marcelo Ramos Peregrino Ferreira é doutor em Direito pela UFSC, membro e fundador das academias catarinense (Acade) e brasileira (Abradep) de Direito Eleitoral e presidente da Conferência Americana dos Organismos Eleitorais Subnacionais para a Transparência Eleitoral (Caoeste). Entre 2012 e 2014, foi juiz eleitoral do TRE/SC, diretor da Escola Judiciária Eleitoral Des. Irineu João da Silva do TRE/SC, integrante da Comissão do Conselho Federal da OAB para Mobilização para a Reforma Política e ouvidor da Justiça Eleitoral do Estado de Santa Catarina. Já atuou como observador internacional das eleições da Colômbia (2018), do Peru (2019), de El Salvador (2021) e do Equador (2021).

Ricardo Felipe Custódio é graduado e mestre em Engenharia Elétrica pela UFSC e  doutor em Ciência da Computação pela UFRGS. É professor do Departamento de Informática e Estatística e supervisor do Laboratório de Segurança em Computação (Labsec) da UFSC. Suas áreas de pesquisa incluem assinatura digital de documentos eletrônicos, infraestrutura de chaves públicas e gestão de identidades eletrônicas.

Confira abaixo o vídeo, também disponível no canal da UFSC no Youtube:

Para saber mais

A página Fato ou Boato foi criada pelo TSE para desmentir conteúdos falsos. A iniciativa integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação, que atualmente mobiliza mais de 70 instituições, entre partidos políticos e entidades públicas e privadas, para enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação relacionada à democracia.

Em suas 28 páginas, o Guia da urna, elaborado pela Secretaria de Comunicação e Multimídia (Secom) do TSE, conta a história do surgimento da urna eletrônica, destaca a evolução tecnológica, as barreiras de segurança e as diversas possibilidades de auditoria no equipamento ao longo de 26 anos de uso nas eleições. Também aborda a experiência de impressão do voto eletrônico em 2002 e a declaração de inconstitucionalidade da impressão do voto, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020, por colocar em risco o sigilo e a liberdade do voto. 

O livro Tudo o que você sempre quis saber sobre a urna eletrônica brasileira, de autoria da jornalista Fernanda Soares Andrade, conta a história da criação da urna eletrônica brasileira e as mudanças que sua utilização trouxe ao longo dos anos. O e-book tem também o objetivo de esclarecer a população sobre o funcionamento e a segurança da urna. A obra foi redigida com base em documentos do TSE e depoimentos de pessoas que participaram do desenvolvimento da urna.

Em dezembro de 2021, a Escola Judiciária Eleitoral da Bahia lançou o livro 25 anos da urna eletrônica: tecnologia e integridade nas eleições brasileiras, composto de trabalhos escritos por pesquisadores especializados no tema, professores de Direito Eleitoral e outras pessoas que fizeram parte do processo de desenvolvimento da urna. A publicação aborda a história das eleições no Brasil e da origem da urna eletrônica brasileira, seu protagonismo no combate à fraude eleitoral e uma análise crítica sobre os riscos do retrocesso envolvidos na impressão do voto eletrônico. Aborda, também, o combate à desinformação, os desafios à inovação do processo de votação eletrônico e o futuro do uso da tecnologia na democracia brasileira.

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UFSC Explica: dark web

11/08/2022 15:30

Dark web é o tema do novo episódio da série de vídeos UFSC Explica. Três pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de diferentes áreas do conhecimento, abordam questões como segurança, anonimato e privacidade on-line em um mundo cada vez mais conectado e no qual os dados dos usuários se tornaram moeda de troca. 

Quais as diferenças entre deep e dark web? O que garante o anonimato dos usuários da dark web? Como acessá-la? Quem e o que podemos encontrar por lá? Essas e outras perguntas são respondidas ao longo do vídeo.

Conheça os entrevistados:

Barbara Idaerla Santos Calderon: é bacharela e mestra em Relações Internacionais pela UFSC, além de estudante da graduação em Sistemas de Informação da mesma instituição. Seu mestrado teve foco em Economia Política Internacional, e sua dissertação incidiu-se sobre a área de intersecção entre as Relações Internacionais e os Sistemas de Informação. Em 2017, publicou o livro Deep e dark web: a internet que você conhece é apenas a ponta iceberg, pela editora Alta Books. Poder, economia política internacional, cibercultura e atuações do Estado e da sociedade na esfera cibernética estão entre seus interesses de pesquisa.

Enrique Muriel-Torrado: professor no Departamento de Ciência da Informação e no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFSC. É graduado em Biblioteconomía y Documentación e licenciado em Documentación pela Universidad de Extremadura, mestre em Documentación Digital pela Universitat Pompeu Fabra e mestre e doutor em Información Científica pela Universidad de Granada. Sua área de pesquisa abrange temas como direitos autorais, copyright, copyleft, desinformação, sociedade da informação e serviços e ferramentas em unidades de informação.

Jean Everson Martina: professor do Departamento de Informática e Estatística e membro do Laboratório de Segurança em Computação (Labsec) da UFSC. Possui graduação e mestrado em Ciências da Computação pela UFSC e doutorado em Ciências da Computação pela University of Cambridge. Atua principalmente nos seguintes temas: assinaturas digitais, sistemas operacionais embarcados, execução segura de código, proteção de chaves criptográficas, computação forense, formalização de protocolos, verificação formal, modelagem de cerimônias de segurança e projeto de software seguro.

Confira abaixo o vídeo, também disponível no canal da UFSC no Youtube.

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UFSC Explica: Vacinação contra a Covid-19

07/03/2022 18:48

Em meio a um contexto com tantas dúvidas e desinformação, o projeto UFSC Explica lança um novo episódio com o tema: Vacinação contra a Covid-19. O objetivo do vídeo é apresentar informações de interesse público e com embasamento científico. Foram entrevistados três pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com estudos reconhecidos nas áreas de Vacina, Imunologia e Saúde Pública. Os especialistas buscam esclarecer como funciona a resposta imunológica gerada pela vacina, se as vacinas contra a Covid-19 são seguras, os benefícios coletivos da vacinação, a importância do esquema vacinal completo, entre outras questões. O vídeo está disponível em nosso canal do YouTube.
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UFSC Explica: pandemias

16/03/2020 11:00

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou, na última semana, a pandemia do Covid-19, doença causada pelo novo Coronavírus. Uma pandemia é a disseminação mundial de uma nova doença, que se espalha por diferentes continentes, com transmissão sustentada de pessoa para pessoa.

Quais foram as principais pandemias que acometeram a humanidade? Por que, mesmo com os avanços da medicina moderna, a população parece tão vulnerável diante de certas doenças? Que impactos econômicos e sociais uma pandemia pode causar a uma determinada região? E como a pesquisa científica trabalha hoje na prevenção e no combate a novas enfermidades?

Para responder a essas e outras perguntas, esta edição do UFSC Explica conversou com três especialistas no assunto:

Ivete Ioshiko Masukawa possui graduação em Medicina pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e mestrado em Moléstia Infecciosa e Parasitária pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente é médica infectologista do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago (HU/UFSC) e médica infectologista do Hospital Nereu Ramos. Tem experiência na área de infectologia e controle de infecção, atuando principalmente nos seguintes temas: infecção hospitalar, HIV/Aids.
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UFSC Explica: tema de novo episódio é o aniversário de 40 anos da Novembrada

29/11/2019 11:20

Há 40 anos, no dia 30 de novembro de 1979, Florianópolis registrou um dos mais significativos protestos políticos da sua história. A Novembrada transformou-se num símbolo de resistência e enfrentamento à ditadura militar.

A mobilização estudantil, capitaneada pelo Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSC, insurgiu contra o general presidente João Figueiredo. Naquele dia, uma placa seria inaugurada, na Praça XV de Novembro, em homenagem a Floriano Peixoto, segundo presidente da República e responsável pelo massacre de 200 pessoas em Anhatomirim.

Além do descontentamento com o ato, o protesto também teve como motivação o constante aumento do custo de vida, em especial dos combustíveis, e tornou-se um marco no processo de redemocratização do país.
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Escassez de água: impactos e soluções diante das projeções de crise hídrica em Santa Catarina

18/11/2019 08:31

Água. Mais abundante dos recursos naturais do planeta Terra, a água está presente em tantos momentos no nosso cotidiano que a sua importância passa despercebida. Porém, quando as torneiras secam, ficamos engessados. 71% da superfície terrestre é coberta por água, compreendendo oceanos e águas continentais. Entretanto, 97,5% é salgada e apenas 2,5% da água disponível é doce. Esse pequeno percentual é responsável pela manutenção de sistemas fundamentais para a vida dos seres humanos e de animais. É a água doce que está no centro da produção de alimentos, importante para a preservação ambiental, geração de energia, manutenção dos padrões de saúde pública.

No décimo episódio do UFSC Explica: escassez de água, três pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Regina Rodrigues, professora de Oceanografia (UFSC), e Pedro Luiz Borges Chaffe e Ramon Dalsasso, professores do Departamento de Engenharia Sanitária da UFSC, falam sobre a escassez de água no planeta, suas consequências, possíveis soluções e o cenário em Santa Catarina. Para a produção desta reportagem, também foi entrevistado o engenheiro civil e superintendente da Região Metropolitana da Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan), Joel Horstmann, que descreve ações de prevenção e planejamento para enfrentar a crise hídrica. Confira esse vídeo e a série do UFSC Explica em nosso canal do YouTube.

Rio Cubatão. Foto: Divulgação/Casan.

“Hoje, no mundo, pelo menos 4 bilhões de pessoas passam por alguma situação de crise hídrica de pelo menos um mês de duração; 500 milhões de pessoas passam por crise hídrica todo ano; 80% da população mundial sofre com insegurança hídrica e escassez. Esse é reconhecidamente o maior problema que precisamos enfrentar nos século XXI”. Essa é a afirmação de Pedro Luiz Borges Chaffe, professor do Departamento de Engenharia Sanitária  da UFSC, que pesquisa Hidrologia, Hidrometeorologia e Monitoramento e Modelagem Hidrológica.

A falta de água é um problema social, humano, ambiental e econômico. Entre os meses de junho a setembro de 2019, a Grande Florianópolis registrou falta d’água devido ao longo período de estiagem. Em outubro, o nível da Lagoa do Peri, principal aquífero natural de água doce de Florianópolis e área de preservação ambiental, caiu drasticamente em decorrência da falta de chuvas.

Segundo Regina Rodrigues, professora de Oceanografia da UFSC e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climática das Nações Unidas (IPCC), há dois aspectos que influenciam a falta de água: climático e demanda. “No primeiro ponto, locais propensos à seca estão ficando cada vez mais secos e o oposto também, em regiões mais úmidas as chuvas têm sido torrenciais em pequenos espaços de tempo. Já sobre a demanda, podemos adotar o conceito de Nexus, definido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentos e a Agricultura (FAO/Nações Unidas), de que seguranças hídrica, alimentar e energética são eixos interligados e um afeta o outro por conta da água. Quando falta água, falta para abastecimento direto, alimento e energia. A gente perde qualidade de vida, pois a água e seus três eixos são essenciais para o nosso bem-estar”.

No aspecto climático, Santa Catarina está numa região de transição influenciada por mudanças nas zonas tropical e temperada, como também por mecanismos que trazem chuvas tropicais. “Com a expansão dos trópicos, Santa Catarina passa a se assemelhar à região Sudeste e as chuvas de verão serão mais afetadas pelo aumento da temperatura”, frisa Regina.
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UFSC Explica: escassez de água

18/11/2019 08:10

Atualmente 80% da população humana sofre com vulnerabilidade hídrica, ou seja, em algum momento do ano fica sem acesso à água. A escassez hídrica é apontada pelo Banco Mundial como a maior ameaça à humanidade para os próximos anos e implica em prejuízos para além do consumo doméstico. A carência deste recurso impacta em ecossistemas terrestres e aquáticos e na produção de alimentos, produção de energia elétrica e de bens de consumo dos mais variados. Perdas no sistema de distribuição, alterações climáticas, escassez de chuvas e até mesmo excesso de chuvas podem tornar a quantidade ou mesmo a qualidade das águas impróprias para consumo ou uso.
As causas, consequências e desafios que devem ser enfrentados diante desse alarmante problema são o tema do décimo episódio do UFSC Explica: escassez de água. Abordam o tema três pesquisadores com notório conhecimento científico: Regina Rodrigues, professora de Oceanografia (UFSC), e Pedro Luiz Borges Chaffe e Ramon Dalsasso, professores do Departamento de Engenharia Sanitária da UFSC.
Concomitante ao vídeo, a escassez de água é analisada em seu impacto no Estado de Santa Catarina, onde, apesar da localização em região com recursos hídricos e com bons índices de chuvas, a crise hídrica tem atingido muitos moradores. Em Florianópolis, o sistema de captação, distribuição e tratamento de águas é igualmente abordado na matéria especialmente elaborada para tratar do tema.

Confira abaixo o vídeo, também disponível em nosso canal do YouTube, e aqui a matéria de divulgação:



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UFSC Explica: Liberdade de Imprensa

26/09/2019 14:03

A Liberdade de Imprensa é parte da Liberdade de Expressão. Essas liberdades podem ameaçar grupos de poder, além de, como toda liberdade, terem certos limites. Mas quais são as garantias e os limites de quem escreve e dos meios de comunicação de massa? Além disso, qual é a relação entre Liberdade de Imprensa e democracia? E, mais importante, quais as consequências do cerceamento à Liberdade de Imprensa? Para responder a essas e outras perguntas, o UFSC Explica de setembro conversou com três pesquisadores especialistas no tema.
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UFSC Explica: Aquecimento global

27/06/2019 15:53

As principais pesquisas científicas recentes afirmam que as drásticas mudanças climáticas atuais têm como principal causa o aquecimento global. Mas o que é exatamente o aquecimento global? Que evidências existem? Quais suas consequências? Para responder a essas e outras perguntas, o UFSC Explica de junho conversou com três pesquisadores especialistas no tema.

Regina Rodrigues, professora de Oceanografia (UFSC) e integrante do Painel Intergovernamental de Mudanças Climática das Nações Unidas (IPCC) e do Núcleo de Estudos do Mar (Nemar/UFSC). Regina atuou entre 2015 e 2016 como pesquisadora visitante no Department of Atmospheric, Oceanic and Planetary Physics da Universidade de Oxford, na Inglaterra. Desenvolve estudos na área de Oceanografia Física; interação do oceano com a atmosfera; fenômeno El Niño; variabilidade climática; e variabilidade do Atlântico tropical.

Marina Hirota Magalhães, professora de Meteorologia (UFSC) e integrante do Group for Interdisciplinary Environmental Studies (IpES). Marina pesquisa Geociências; Meteorologia; Climatologia; interações biosfera-atmosfera; sistemas complexos, estados de equilíbrio alternativos e tipping points; tipping points no sistema clima-vegetação-distúrbios; efeitos das mudanças climáticas no sul do Brasil; e desastres naturais e eventos meteorológicos extremos.

Pablo Borges de Amorim, pós-doutorando do do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (PPGEA/UFSC), membro do Laboratório de Hidrologia da UFSC (LabHidro). e assessor técnico da Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit (GIZ) em projetos de adaptação à mudança do clima.  Foi auxiliar de coordenação de projetos entre Brasil e Alemanha e pesquisador pelo departamento de Remediação de Águas Subterrâneas do Helmholtz Umweltforschungszentrum (UFZ ), em Leipzig, Alemanha (de 2009 a 2015) e pela Technische Universitaet Dresden. Desenvolve pesquisas nas áreas de mudança do clima; Geociências, com ênfase em Climatologia, Hidrologia e extremos climáticos.

Confira abaixo o vídeo, também disponível em nosso canal do YouTube.

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UFSC Explica: Agrotóxicos

07/05/2019 18:47

O tema deste episódio do UFSC Explica é agrotóxicos. Por que os agrotóxicos são utilizados? Quais as consequências do uso de agrotóxicos a curto, médio e longo prazo? Há alternativas ao uso de agrotóxicos para a produção de alimentos em larga escala? Para responder a essas e outras perguntas, conversamos com três pesquisadores da universidade que são especialistas no tema.

Rubens Onofre Nodari, professor titular do departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da UFSC. Nodari pesquisa os efeitos de herbicidas em abelhas e sistemas de produção orgânica e agroecológica.

Pablo Moritz, médico do Hospital Universitário e coordenador do Centro de Informação e Assistência Toxicológica de Santa Catarina.

Sônia Hess, professora titular do Departamento de Ciências Naturais e Sociais do campus Curitibanos da UFSC. Realiza pesquisas na área de Química Orgânica e Saneamento Ambiental.

Confira abaixo o vídeo, também disponível em nosso canal do YouTube.

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UFSC Explica: Previdência Social

15/04/2019 15:55

A Previdência Social é uma das mais antigas políticas públicas da modernidade, criada antes mesmo de a Educação e a Saúde serem direitos sociais. No centro de muitos debates nos últimos meses, a Previdência Social é o tema deste UFSC Explica.

Inicialmente constituída enquanto seguros aos agravos decorrentes do trabalho, a Previdência se desenvolveu de distintas formas em cada lugar do mundo. No Brasil, desde a Constituição Federal de 1988, a Seguridade Social é a política pública que abriga Previdência Social, Saúde e Assistência Social.

Para este episódio o UFSC Explica conversou com três pesquisadores com notório conhecimento científico no tema: Beatriz Augusto Paiva, coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Serviço Social (PPGSS/UFSC); Lauro Mattei, professor de Economia e coordenador do Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat/UFSC); e Edivane de Jesus, pesquisadora do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Trabalho, Questão Social e América Latina (Nepqtsal/UFSC) e doutora com tese sobre a Previdência Social no Brasil.

Confira abaixo o vídeo, também disponível em nosso canal do YouTube.

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UFSC Explica: Dia Internacional da Mulher

08/03/2019 15:08

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, é celebrado todo ano, com o objetivo de não apenas homenagear as mulheres, mas em um contexto de lutas por melhores condições de vida e trabalho para as mulheres do mundo. Nesta data, a série UFSC Explica conversou com três pesquisadoras da UFSC a respeito da data, sua importância e como sobre o cenário histórico e atual das lutas das mulheres por direitos.

Confira as entrevistas com Marilise Sayão, professora da UFSC Blumenau, pesquisadora do grupo de estudos Alteritas; Miriam Grossi, professora do Departamento de Antropologia da UFSC, coordenadora-geral do Instituto de Estudos de Gênero (IEG); e Michele Leão, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFSC.

Confira o vídeo aqui e, em breve, a versão em Libras no canal da UFSC no Youtube.

UFSC Explica

A série UFSC Explica tem por objetivo apresentar perspectivas acadêmicas, com a participação de pesquisadores da Universidade, sobre temas relevantes e em evidência na atualidade. Confira os vídeos da série no canal da UFSC no YouTube.  Os vídeos da série foram desenvolvidos a partir de entrevistas com três pesquisadores da UFSC, cujas entrevistas completas estão disponíveis aqui.

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UFSC Explica: universidade pública e gratuita

07/12/2018 13:48

Na véspera do vestibular e no mês de aniversário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a série UFSC Explica lança seu último vídeo de 2018. Com o tema “Universidade pública e gratuita”, este vídeo apresenta a perspectiva de três pesquisadores da instituição: Joziléia Daniza Kaingang, coordenadora pedagógica da Licenciatura Intercultural Indígena; Douglas Kovaleski, professor do Departamento de Saúde Pública e coordenador do Núcleo de Estudos em Democracia, Associativismo e Saúde (Nedas);  e Alessandro Pinzani, professor do Departamento de Filosofia e pesquisador de Filosofia Política e teorias da justiça

Os especialistas entrevistados apontam para os fundamentos da universidade pública e gratuita, bem como seus desafios contemporâneos.

Confira o vídeo aqui e, em breve, a versão em Libras no canal da UFSC no Youtube.

UFSC Explica

A série UFSC Explica tem por objetivo apresentar perspectivas acadêmicas, com a participação de pesquisadores da Universidade, sobre temas relevantes e em evidência na atualidade. Confira os vídeos da série no canal da UFSC no YouTube.  Os vídeos da série foram desenvolvidos a partir de entrevistas com três pesquisadores da UFSC, cujas entrevistas completas estão disponíveis aqui.

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UFSC Explica: República como forma de governo

14/11/2018 19:15

República como forma de governo” é o tema da segunda edição da série “UFSC Explica”. Foram convidados três professores da universidade para abordar o assunto a partir de suas diferentes áreas de conhecimento: Adriano Luiz Duarte, do departamento de História; Aylton Barbieri Durão, do departamento de Filosofia; e Tiago Bahia Losso, do departamento de Sociologia e Ciência Política. Confira o vídeo aqui.

A república é um regime político que amplia a participação popular? Quais são os elementos da monarquia, da aristocracia e da democracia na república brasileira? Quando e onde a república como categoria política foi formulada pela primeira vez? Qual a relação entre interesse público e interesse privado em um regime republicano? Essas são algumas das perguntas que os pesquisadores da universidade respondem no vídeo.

UFSC Explica

A série UFSC Explica tem por objetivo apresentar perspectivas acadêmicas, com a participação de pesquisadores da Universidade, sobre temas relevantes e em evidência na atualidade. O assunto da primeira edição em vídeo da série foi “Liberdade de Cátedra“, que está disponível aqui. Os vídeos da série foram desenvolvidos a partir de entrevistas com três pesquisadores da UFSC, cujas entrevistas completas estão disponíveis aqui.

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Retrospectiva UFSC 2017: maio e junho

02/02/2018 12:55

Maio e junho são os últimos meses do primeiro semestre. Neste período geralmente há o encerramento das atividades acadêmicas e inicia-se o curto recesso do meio do ano, antes da retomada

Reitor Cancellier discursa nos 25 anos da Agecom. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

do segundo semestre. São meses também permeados por marcos históricos mundiais, nacionais e locais. Em 2017, no entanto, as relevantes datas desse período tiveram, cada uma, singularidade.

Todos os anos as gestões de reitoria comemoram seus aniversários de posse, costumeiramente ocorridas em maio. Neste maio, no entanto, a administração do então reitor Cancellier celebrou aquele que seria seu único aniversário de gestão. É neste período também que a Agecom celebra seu aniversário, mas em 2017 esta celebração foi especial, pois a Agência completou 25 anos.

Além das datas locais, em 2017 dias referentes a acontecimentos nacionais e mundiais também receberam abordagem especial, como o centenário da greve geral que impactou profundamente o regime czarista na antiga Rússia, abrindo as portas à revolução que daria origem à União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.

Nacionalmente, maio possui importância por ser o mês da abolição legal da última escravatura do mundo, a do Brasil. Em 2017, especialmente diante do atual cenário nacional e do crescimento dos movimentos sociais que abordam a temática na universidade, o dia 13 reverberou mais forte na instituição, como com o VI Reflexões sobre o 13 de maio, repleto de atividades de ensino, arte e cultura, e promovido pelo coletivo Kurima.
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Tags: 11º FITA21º FAM25 ano da AgecomAgecomAgecom 25 anosAgência de Comunicação da UFSCCancellierColeta Seletiva SolidáriaFAMFestival Internacional de Teatro de AnimaçãoFITALuis Carlos Cancellier de OlivomemóriaMuseu PatrimonialMuseu Patrimonial da UFSCreitorRetrospectivaRetrospectiva UFSC 2017Semana de DançaUFSC ExplicaVI Reflexões sobre o 13 de Maio

UFSC Explica: o que é Coleta Seletiva?

15/05/2017 09:00

No Dia do Meio Ambiente, celebrado em 5 de junho, será lançada a primeira etapa da campanha “Coleta Solidária na UFSC”. Nesta edição do UFSC Explica, às vésperas da comemoração desse dia de conscientização e de proposição de novos comportamentos, a engenheira sanitarista e ambiental da Prefeitura Universitária (PU/UFSC), Sara Meireles, responde perguntas que contemplam o cenário da coleta seletiva no Brasil, dados sobre os resíduos gerados na universidade, informações sobre destinação adequada e sobre o trabalho dos catadores de materiais recicláveis, além de dicas para começar hoje mesmo a separar o lixo e informações em primeira mão sobre a campanha.

Sara é mestre em Engenharia Ambiental na área de Gestão e Gerenciamento de Resíduos Sólidos na UFSC, responsável-técnica pelo Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da universidade e presidente da Comissão para a Coleta Seletiva Solidária da UFSC. Também colaboraram para essa edição a engenheira sanitarista e ambiental da PU, Branda Vieira, e as bolsistas do Projeto de Extensão “Educação Ambiental para a Implementação da Coleta Seletiva Solidária na Universidade Federal de Santa Catarina” do Núcleo de Educação Ambiental (Neamb), Bruna Moraes Vicente e Natália Silvério.
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UFSC Explica: Amamentação

03/08/2016 16:30

AMAMENTAÇÃO1_facebookA partir do momento que sabe que está grávida, a mãe faz planos sobre como receberá seu bebê. Muitas expressam o desejo de amamentar, e buscam orientações. Conversamos com Evanguelia Kotzias Atherino dos Santos, professora do Departamento de Enfermagem sobre o panorama da amamentação no Brasil e no mundo, os principais mitos da amamentação e dicas gerais. Confira.
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UFSC Explica: Ações Afirmativas

20/07/2016 10:02

AÇÕES-AFIRMATIVAS_facebook

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) instituiu seu Programa de Ações Afirmativas em 2008, por meio do Conselho Universitário (CUn), antes mesmo que o Congresso Nacional aprovasse a Lei nº 12.711/2012, que torna obrigatória a reserva de vagas para estudantes de escolas públicas em todas as instituições de ensino federais (escolas técnicas, institutos e universidades). Atualmente, mais de 50% das vagas de graduação da UFSC são reservadas para políticas de ações afirmativas. Mais recentemente, em 2014, foi aprovada a Lei nº 12.990/2014, que reserva aos negros 20% das vagas oferecidas nos concursos públicos federais. Ainda assim, as ações afirmativas continuam sendo objeto de polêmicas e debates.

Perguntamos à coordenadora de Relações Étnico-Raciais da Secretaria de Ações Afirmativas e Diversidades da UFSC (Saad), Célia Passos, e ao diretor de Ações Afirmativas da Saad, Marcelo Tragtenberg uma série de questões a respeito. Confira.
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‘UFSC Explica’: Vírus Zika e Chikungunya

26/01/2016 10:29

O lançamento da campanha de combate ao Aedes aegypti na UFSC, no dia 9 de dezembro, faz parte de uma série de atividades desenvolvidas por diversas instituições para prevenir a proliferação do mosquito e controlar as doenças que ele transmite. Além da dengue e a febre amarela, que já têm registros de epidemias no Brasil há mais de um século, o Aedes dissemina também os vírus da febre chikungunya, que teve os primeiros casos notificados no país em 2010, e o Zika, que chegou em 2015. O UFSC Explica pediu à professora Célia Regina Monte Barardi, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (CCB/UFSC), que respondesse a questões sobre essas doenças e sua disseminação. 

O que é o Zika?
O Zika é um vírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus, a que também pertencem outros vírus como os da dengue, febre amarela, encefalite japonesa, entre outros. São também chamados de arbovírus porque são transmitidos por artrópodes (“ar” vem da palavra inglesa oriunda do grego arthropod – artrópode – e “bo”, da também inglesa born – nascido; ou seja, vírus “nascidos dos artrópodes”). Nesse caso (artrópode), falamos do conhecido mosquito urbano Aedes aegypti e também de outra espécie silvestre de mosquito – o Aedes albopictus. Ambos podem transmitir todos esses vírus. O vírus Zika só circulava na floresta Zika, em Uganda, África, e por isso foi batizado assim. No ano de 1956 infectou um pesquisador que trabalhava nessa floresta, mas demorou muito tempo para o vírus se adaptar ao mosquito Aedes aegypti e se propagar para outros lugares do planeta.

Como esse vírus que estava no continente africano chegou até a América do Sul?
É difícil fazer uma cronologia precisa, mas até 2007 o Zika só causava infecções na África e na Ásia, sem grandes proporções e sem gravidade. Em 2007 foi relatado um grande surto nas Ilhas Yap, na Micronésia; em 2013, irrompeu na Polinésia Francesa e foi se espalhando de forma silenciosa, sem ser diagnosticado ou sendo erroneamente diagnosticado como dengue. Chegou ao Brasil muito recentemente; foi diagnosticado no país pela primeira vez em abril de 2015 na Bahia, e, meses depois, já apareceram casos na Colômbia, México, Paraguai e Venezuela.

O que o vírus Zika causa?
Os sintomas são muito parecidos com os da dengue, embora sejam normalmente mais brandos e desapareçam mais rapidamente (em torno de uma semana no máximo). São eles: febre, dores articulares e mialgia. Também pode causar conjuntivite e manchas vermelhas pelo corpo.

O que há de concreto na relação entre Zika e microcefalia?
Aí está um ponto delicado. Apesar de os fatos apontarem fortemente para uma associação real entre mulheres grávidas infectadas e bebês nascendo com microcefalia, ainda não podemos afirmar com 100% de certeza que a correlação é verdadeira. As análises são ainda preliminares, e a associação parece ocorrer quando a mulher é infectada pelo vírus durante o primeiro trimestre da gestação. Uma coisa já se comprovou: o vírus foi isolado no líquido amniótico das mulheres grávidas, o que mostra que ele pode atravessar a placenta. Como atravessa a placenta, pode chegar até a corrente sanguínea do feto em formação. Mas o resto dessa história e a chegada do vírus ao sistema nervoso central do feto ainda são interrogações, e há muito que estudar. O que tem que acontecer agora é a proteção das mulheres grávidas para evitar ao máximo o contato com os mosquitos que estão circulando por toda parte, não somente no Nordeste do Brasil. Uma coisa está intrigante: o número de casos de microcefalia está aumentando muito – o Ministério da Saúde já notificou 1.761 casos, 513 a mais em relação ao último boletim, divulgado no dia 30 de novembro de 2015.

O que há de concreto na relação entre o Zika e a síndrome de Guillain-Barré?
Outra investigação ainda preliminar, mas também muito preocupante: a síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica que afeta o sistema nervoso e pode provocar fraqueza muscular e paralisia, normalmente temporária, nos braços e pernas, além de atingir a face e, em casos muito graves, músculos ligados à respiração. Tudo ainda é preliminar, mas é intrigante notar que o vírus parece ter um tropismo pelo sistema nervoso, tanto nos casos dos fetos quanto nos dos indivíduos acometidos. Como as ocorrências dessa síndrome aumentaram em locais onde  estão notificando muitas ocorrências do Zika, a correlação parece fazer sentido.

Como se faz o diagnóstico do Zika?
Os diagnósticos clássicos são sempre imunológicos (sorológicos) e buscam no sangue do paciente a presença de anticorpos neutralizantes contra o vírus. Mas, se, por exemplo, o paciente já tiver tido dengue, e possui nesse caso anticorpos contra ela em seu soro, esses anticorpos podem fazer reação cruzada e atrapalhar o diagnóstico definitivo. Testes mais específicos, buscando, por exemplo, o genoma do vírus, podem ser feitos, mas são ainda caros e mais demorados.

O que é o vírus Chikungunya?
Apesar de ser transmitido pelos mesmos mosquitos citados acima, esse vírus pertence a outra família de vírus (Togaviridae) e outro gênero (Alfavírus), o que lhe confere características de replicação diferentes dos outros vírus mencionados. O nome Chikungunya significa “aquele que se curva” em língua Makonde, falada em várias regiões da África Oriental, em referência à posição curvada que os pacientes adquirem durante o período de doença, devido a intensas dores nas costas e nas articulações.

Como o vírus Chikungunya chegou ao Brasil?
Antes de 2004, não havia relatos de febre Chikungunya no mundo, e a primeira manifestação ocorreu no Quênia; espalhou-se rapidamente e chegou à Índia, infectando mais de um milhão de pessoas em 2006. Em 2007, o vírus foi detectado na Itália a partir de um caso importado da Índia. Em 2010, já havia relatos de casos no Brasil também trazidos por viajantes. Como o Aedes aegypti está abundantemente presente aqui, e as pessoas viajam muito, os surtos podem ocorrer a qualquer momento.

O que a febre chikungunya causa?
Muitos de seus sintomas – febre, dor nas articulações, dor nas costas, dor de cabeça – são também encontrados na dengue e confundem o diagnóstico, embora na febre chikungunya a dor seja muito mais forte e localizada nas articulações e tendões. Outros sintomas mais graves e muitas vezes debilitantes também são relatados – as mãos e pés são muito afetados. As regiões inferiores das pernas e das costas (lombar) frequentemente podem ser acometidas. A grande diferença da febre chikungunya está nas articulações dos infectados: o vírus avança nas juntas dos pacientes e causa inflamações com fortes dores acompanhadas de inchaço, vermelhidão e calor local, podendo deixar sequelas de artrose por toda a vida. O vírus também pode causar erupções cutâneas, fadiga, náuseas, vômitos e mialgias.

Como o mosquito Aedes se prolifera?
A fêmea do mosquito deposita seus ovos em recipientes com água (antigamente só se falava em água limpa, mas, atualmente, com a proliferação massiva do mosquito, encontram-se ovos em águas sujas também). Esses ovos são muito resistentes, sobrevivem em superfícies secas, podem ser transportados por longas distâncias e somente quando encontram a água vão se desenvolver em larvas. Depois de saírem dos ovos – após mais ou menos 48 horas na água – as larvas do mosquito permanecem na água por cerca de dez dias até se transformarem nos mosquitos. Somente quando picam pessoas infectadas, adquirem os vírus e assim os transmitem para outros indivíduos. Ou seja, podemos ter o mosquito, mas ele não está necessariamente contaminado por esses vírus. Esses mosquitos adoram altas temperaturas, acima de 30°C, e por isso são mais comuns no verão e nas regiões mais quentes. Somente as fêmeas dos mosquitos precisam de sangue para maturar seus ovos e seguir o ciclo de reprodução.

Quais os cuidados para evitar a infecção por esses vírus?
O mosquito Aedes aegypti é frágil, mede menos de um centímetro e se caracteriza por ter listras brancas no corpo e nas pernas. Seu hábito de repasto sanguíneo é diurno e, como ele tem pouca capacidade de voar alto, tem preferência por picar tornozelos, pés e panturrilhas. As únicas formas de evitar a infecção são combater a proliferação do mosquito e também se proteger das picadas pelo uso de repelentes, roupas, calçados e mesmo mosquiteiros, principalmente nos berços dos bebês, tomando o cuidado de verificar se não ficou nenhum mosquito “aprisionado” dentro do mosquiteiro. Depois da infecção, não tem jeito, a não ser tratar os sintomas e evitar maiores consequências, na medida do possível.

Existem grupos de pesquisa no Brasil desenvolvendo trabalhos com o Zika e Chikungunya?
Temos no Brasil institutos de pesquisa que são laboratórios de referência para atuar nos casos das epidemias. Destacam-se a Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Adolfo Lutz, Instituto Evandro Chagas e Laboratórios Centrais de Saúde Pública espalhados por vários estados. Além disso, temos arbovirologistas extremamente conceituados atuando em universidades brasileiras, como USP, Unesp e inúmeras universidades federais no Brasil. Muita pesquisa é feita com a dengue, e todos esses pesquisadores, além dos estrangeiros, possuem plena formação e grande capacidade científica para atuar nessas arboviroses, elucidar as dúvidas que estão surgindo e preocupando a população. Temos vacina eficaz contra a febre amarela, mas ainda não contra a dengue, apesar de já termos trilhado um caminho árduo para esse desenvolvimento. A dengue complica porque são quatro sorotipos de vírus; no caso do Zika e do Chikungunya, talvez seja mais fácil – mas isso também ainda é uma incógnita.

Célia Regina Monte Barardi
Professora titular do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia/CCB/UFSC
Professora das disciplinas de Virologia Básica e Clínica e Biologia de Vírus
Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Virologia

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UFSC Explica: HIV e Aids

01/12/2015 11:47

O Brasil é o país da América Latina com o maior número de pessoas soropositivas e com aids: a estimativa é de que sejam 734 mil pessoas. E Florianópolis, junto com Porto Alegre, Porto Velho e Manaus, são as capitais brasileiras com a maior taxa de detecção de indivíduos infectados. Os números, apontados pelo professor Aguinaldo Roberto Pinto, deixam claro que a epidemia continua séria e é caso para atenção e cuidado.

Entretanto, alerta, a população não está consciente. Por um lado, todas as campanhas de esclarecimentos feitas desde principalmente o final dos anos 1980 ainda não desfizeram os mitos criados ao redor da doença e de expressões como “grupos de risco”. Por outro, a evolução nas possibilidades de tratamento fez com que a doença deixasse de inspirar o terror que inspirava naquela época. Ao mesmo tempo em que isso diminui o preconceito contra pacientes de doença, criou a impressão de que a ameaça se foi.
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UFSC Explica: Feminismo

11/11/2015 18:00

Quanto mais fácil se comunicar, mais fácil discutir. Mas também é mais importante discernir informação de preconceito ou falsos conhecimentos. A série “UFSC Explica” oferece o viés acadêmico, com participação de pesquisadores da instituição, sobre assuntos em evidência na sociedade. O primeiro é o feminismo, em destaque pela redação a respeito de violência contra a mulher e pela questão sobre construção de gênero, ambas no último Enem; pelos protestos em várias cidades brasileiras e por constantes notícias. Para falar dele, apresentamos perguntas básicas à professora Cristina Scheibe Wolff, do Departamento de História da UFSC. Ela é doutora em História pela Universidade de São Paulo (USP), com pós-doutorado nas universidades de Rennes (França) e Maryland (Estados Unidos). Atualmente, atua como coordenadora do Programa de Pós-Graduação em História e do Laboratório de Estudos de Gênero e História, é uma das editoras da revista Estudos Feministas, além de integrante do Instituto de Estudos de Gênero da UFSC. Sua pesquisa atual trata das relações de gênero na resistência às ditaduras no Cone Sul, nos anos 1960-1980, e do feminismo. Também apresentamos sugestões de leitura levantadas pela professora e grupos de pesquisa da UFSC que trabalham a questão.

Confira a repercussão do UFSC Explica no Facebook.

1. O que é feminismo?

Mulher vota na primeira eleição aberta ao voto feminino no Brasil, em maio de 1933, no Rio de Janeiro. Fonte: Agência O Globo.

Mulher vota na primeira eleição aberta ao voto feminino no Brasil, em maio de 1933, no Rio de Janeiro. Fonte: Agência O Globo

Em minha opinião, podemos falar de feminismo de duas formas: feminismos são movimentos de mulheres contra a opressão, preconceitos e violências que sofrem por serem mulheres, ou seja, baseados no gênero. E, ao mesmo tempo, feminismo é um conjunto de ideias que se contrapõe às construções de gênero vigentes na nossa sociedade, que implicam uma superioridade masculina. Nesse sentido, o feminismo propõe a equidade entre mulheres e homens, em termos de direitos, lugares sociais, possibilidades.
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