Pesquisa da UFSC busca eficiência energética no setor cerâmico com redução do consumo de gás
Um projeto desenvolvido na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) busca a eficiência energética no setor cerâmico com o aperfeiçoamento no desempenho de equipamentos e a redução do consumo de gás neste segmento. O trabalho denominado Melhoria de eficiência energética em fornos a rolo de processo cerâmico por meio de ajustes da relação ar/combustível na zona de queima já foi tema de duas apresentações em eventos relevantes do setor em menos de um ano. Coordenado pelo professor Agenor de Noni Junior, do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos da UFSC, e financiado pela SCGás, a Companhia de Gás de Santa Catarina, o projeto conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu).
Iniciado em maio de 2021, o estudo buscou oferecer aprimoramento no processo de combustão de gás natural em fornos cerâmicos através de diagnósticos de eficiência energética e de ajustes na proporção ar/combustível nos queimadores. “Trata-se de um projeto de extensão cuja finalidade foi atuar no aumento da eficiência energética em fornos industriais de fábricas de revestimentos cerâmicos. Ou seja, por meio de transferência de conhecimentos técnicos e científicos, a proposta é melhorar a performance dos equipamentos para um uso mais eficiente dos recursos energéticos”, detalha o professor. “O principal benefício para sociedade de modo geral está justamente em reduzir os impactos ambientais das atividades industriais em termos de consumo energético e emissão de CO2 de fontes não-renováveis”, acrescenta.
Fruto de uma parceria com a SCGás, o trabalho foi realizado diretamente junto a clientes que compram gás da empresa. “Em um dos fornos de uma das empresas participantes houve redução de aproximadamente 13% no consumo de gás. Em outro caso, o projeto propôs melhorias no equipamento e nos procedimentos de controle que o tornaram mais estável e simples de operar”, destaca De Noni. O projeto contou com a participação de cinco alunos de graduação e pós-graduação do curso de Engenharia Química da UFSC, além do coordenador. Na SCGás, o projeto foi acompanhado por uma equipe de três pessoas.
(mais…)