Mulheres na Ciência: Michele de Sá Dechoum é a sétima homenageada da série de pesquisadoras

21/08/2024 17:11

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) publica nesta quarta-feira, 21 de agosto, o sétimo vídeo da série que homenageia as professoras reconhecidas pelo 3° Prêmio Propesq – Mulheres na Ciência 2023. A entrevistada desta edição é Michele de Sá Dechoum, premiada na Categoria Junior, área de Ciências da Vida.

Professora do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB), Michele faz parte também do corpo docente do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da UFSC, onde realizou seu doutorado em 2015. É coordenadora e fundadora do Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação da Universidade. Bolsista de Produtividade em pesquisa do CNPq, seus estudos são focados em Ecologia Aplicada, com ênfase em ecologia e manejo de espécies exóticas invasoras.

Também é colaboradora do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, onde atua como co-gestora da base de dados nacional sobre espécies exóticas invasoras. Possui forte atuação junto a sociedades científicas do Brasil e do exterior, como a Associação Brasileira de Ciência Ecológica e Conservação, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a British Ecological Society. Sua produção científica soma entre os anos de 2017 e 2023, 35 artigos científicos publicados em periódicos, coautoria de um livro e de cinco capítulos de livros.

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UFSC auxilia na atualização de lista de espécies exóticas invasoras, defasada há 10 anos

19/04/2024 11:00

Sagui-de-tufos-pretos. Foto: Wikipedia.

Conhecer as espécies exóticas invasoras, consideradas uma das maiores causas da perda de biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, é fundamental para prevenir sua disseminação e controlá-las. Um artigo publicado na revista Biological Invasions atualizou a lista brasileira dessas espécies, o que não ocorria há mais de 10 anos. O trabalho, elaborado por especialistas de diversos locais do país, contou com a participação do pesquisador Rafael Barbizan Sühs, pós-doutorando do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professor da Universidade. 

“Nosso trabalho envolveu a participação de professores, pesquisadores, técnicos do Ministério do Meio Ambiente e gestores de ONGs em um grande esforço conjunto para atualizar a lista”, contou Sühs. O artigo Invasive non‑native species in Brazil: an updated overview contou ainda com a participação de Silvia Renate Ziller, do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, que tem projetos em parceria com a UFSC.
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Projeto da UFSC restaura vegetação das dunas da Joaquina, em Florianópolis

15/08/2023 17:28

Laís, Beatriz e Mariana realizando anotações sobre as plantas. Foto: Leticia Schlemper/estagiária de jornalismo/Agecom/UFSC

Duas horas da tarde, na Praia da Joaquina, em Florianópolis, três estudantes de Biologia realizam uma trilha nas dunas para investigar se as plantas da restinga têm sementes, quando florescem, quando frutificam, ou seja, para avaliar a fenologia das espécies. Com esses dados, é possível saber qual é o melhor período para realizar a coleta de sementes. O grupo realizou 35 saídas de campo, desde setembro de 2022 até final de junho de 2023. Coletou 12.607 sementes provenientes da restinga, e, a partir delas, foram preparadas 3.183 mudas. Essas saídas fazem parte do projeto de pesquisa Restaura Restinga, vinculado ao Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O projeto tem como principal objetivo prover diretrizes para a restauração da vegetação de dunas frontais como forma de aumentar a resiliência de ecossistemas costeiros a eventos climáticos extremos.

Confira o vídeo do projeto no Instagram da UFSC

A estudante Laís Stein conta que a praia da Joaquina faz parte do Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, uma unidade de conservação de Florianópolis. Nesse mesmo lugar, entre 1960 e 1970, não se sabe a data ao certo, foi plantada uma espécie de eucalipto, com o objetivo de contenção das dunas. Porém, não é uma espécie típica da Restinga. “Além de ser uma espécie exótica com potencial invasor numa unidade de conservação, o que não é permitido por lei, ele também não cumpre o papel de contenção das dunas e descaracteriza toda a paisagem da Restinga”, afirma Laís. Com isso foi necessário tirar os eucaliptos da unidade de conservação. A estudante explica que eles levarão mudas nativas para a área, que serão plantadas no lugar dos eucaliptos. Nas saídas de campo, elas acompanham o que acontece com a vegetação após a retirada, se está regenerando, etc. 

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Estudo da UFSC avalia impactos negativos provocados por amendoeiras sobre vegetação de restinga

11/07/2022 09:44

Amendoeira na Praia da Daniela

Em recente estudo realizado em áreas de restinga no sul do Brasil, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina mostraram que a árvore invasora Terminalia catappa – a amendoeira –  pode alterar as condições do ambiente de tal forma que algumas plantas nativas deixam de ocorrer onde ela está presente, o que também altera associações entre plantas nativas. À medida que o tempo passa e que mais árvores de amendoeira crescem e ficam com as copas mais amplas, a tendência é que a vegetação nativa da restinga, dominada por plantas de baixo porte e que precisam de luz, seja substituída por árvores e trepadeiras que toleram sombra.

O artigo, intitulado Efeitos diretos e indiretos de uma árvore exótica invasora em comunidades vegetais costeiras, foi liderado por Brisa Marciniak de Souza, Leonardo Leite Ferraz de Campos e Lucas Peixoto Machado, pós graduandos do Programa de pós-graduação em Ecologia. O trabalho foi desenvolvido em uma parceria entre o Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac) e o Group for Interdisciplinary Environmental Studies, ambos da UFSC.

Segundo o estudo, a completa mudança na alteração da vegetação pode comprometer a resiliência desses ecossistemas e o papel que exerce frente a eventos climáticos extremos. A vegetação rasteira existente nas dunas que ficam próximas à praia são uma barreira de proteção importante, responsáveis por proteger casas e outras estruturas existentes em regiões costeiras. “Se essas plantas rasteiras são substituídas por árvores invasoras e outras plantas de maior porte, podemos estar perdendo justamente a vegetação que garante proteção contra erosão no caso de ressacas e marés altas atípicas, eventos que têm sido caso vez mais frequentes”, explica a professora Michele de Sá Dechoum, uma das autoras do estudo.

Com muitos nomes populares no Brasil, que variam entre amendoeira, castanheira, chapéu-de-sol, sete-copas, dentre outros, a Terminalia cattapa é uma árvore nativa da região costeiras na Malásia. Registros históricos contam que a espécie foi introduzida acidentalmente no Brasil, mas, posteriormente, novas introduções intencionais ocorreram para uso da árvore para sombra e para uso ornamental. Atualmente a espécie invade áreas de restinga, manguezal e outros ecossistemas costeiros ao longo de toda a costa brasileira.

No estudo, os pesquisadores compararam áreas sob a copa de indivíduos adultos de amendoeira com áreas onde a amendoeira não está presente. Tanto as plantas nativas quanto condições ambientais locais foram avaliadas em cada uma das áreas. O estudo foi realizado em uma área de restinga localizada na Estação Ecológica de Carijós, unidade de conservação localizada na porção noroeste de Florianópolis.

“A situação é bastante preocupante, considerando um estudo preliminar realizado pelo Leimac que mostrou que a amendoeira vai ser beneficiada com o aumento de temperatura, o que levará à intensificação dos efeitos da invasão biológica a longo prazo”, contextualiza a professora. Neste sentido, ações de eliminação de indivíduos da espécie são necessárias, especialmente em áreas destinadas à conservação. Destaca-se ainda a necessidade de informação pública sobre a problemática e a recomendação de substituição dessas árvores por plantas nativas da região.

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Estudo da UFSC aponta que eliminar pinus ajuda a recompor restinga na Lagoa da Conceição

07/03/2022 14:00

Fotos: divulgação

Espécies do gênero Pinus, popularmente conhecidas como pínus ou pinheiros-americanos, podem impactar negativamente plantas e animais nativos, alterar paisagens culturais, e reduzir a disponibilidade de recursos, como água e alimento, provocando impactos negativos também sobre o bem-estar humano. A eliminação dessas árvores chamadas de exóticas invasoras pode reduzir danos sobre plantas nativas e ajudar a recompor o funcionamento de sistemas naturais. Este foi um dos principais resultados encontrados em estudo realizado em áreas de restinga localizadas no Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, e recentemente publicado no periódico internacional Ecological Solutions and Evidence.

O artigo intitulado Efeito do tempo de invasão e de ações de controle em ecossistemas costeiros invadidos por pinheiros-americanos invasores é fruto do projeto de mestrado da gestora ambiental Letícia Mesacasa, pesquisadora no Programa de pós-graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas. O trabalho foi desenvolvido para avaliar qual o resultado de um programa de controle de pínus invasores, conduzido desde 2010, por meio de uma parceria entre o Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental e o Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação da UFSC.
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Laboratório lança novo episódio de série sobre invasões biológicas

11/08/2021 14:47

O Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac), do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina, lançou nesta quarta-feira, 11 de agosto, o terceiro vídeo da série intitulada Invasões biológicas na pandemia. A iniciativa faz parte do projeto de extensão que conta com a participação das graduandas em Ciências Biológicas Mariana Adami Borgert, Gabriela Moraes da Silva, Renato Fiacador de Lima e Beatriz Goulart. O laboratório é coordenado pela professora Michele Dechoum.

A série de vídeos foi criada como apoio a professores, para que o tema de invasões biológicas esteja presente no conteúdo de Ecologia trabalhado nas aulas de Ciências do ensino fundamental. Os vídeos também são indicados para qualquer pessoa interessada em obter conhecimentos sobre conceitos ecológicos e invasões biológicas.

Cada episódio trata de um tema específico relacionado à problemática de invasões biológicas – o terceiro deles é focado na principal via de introdução e dispersão de plantas exóticas invasoras: o uso ornamental. Todos os vídeos contam com tradução em Libras. Neste episódio, a tradutora é Viviane Barazzutti.

O vídeo pode ser acessado no canal do Leimac no YouTube.

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Últimos dias para votar: projeto de extensão da UFSC concorre em processo seletivo internacional

07/04/2021 09:00

Por meio do engajamento comunitário e da participação de voluntários, ação visa à restauração de áreas de restingas. Foto: divulgação

O projeto de extensão Restaurando Paisagens e Ecossistemas, realizado pelo Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, chegou à etapa final do processo seletivo para apoio de projetos da European Outdoor Conservation Association (EOCA). O vencedor desta etapa, que será decidida por votação popular, receberá financiamento pelos próximos dois anos. As votações se encerram nesta sexta-feira, 9 de abril

Para votar, basta acessar o site da EOCA, descer até o fim da página e escolher o projeto Removing Biological invasions in Coastal Ecosystems, Brazil. Ao votar, será necessário aceitar os termos e condições. A EOCA não vai compartilhar nenhuma informação pessoal. Os dados associados a cada nome serão apagados após o encerramento da votação.
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Projeto ‘Restaurando Paisagens e Ecossistemas’ passa para última etapa de processo seletivo internacional

26/03/2021 08:00

Por meio do engajamento comunitário e da participação de voluntários, ação visa à restauração de áreas de restingas. Foto: divulgação

O projeto de extensão Restaurando Paisagens e Ecossistemas, realizado pelo Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, chegou à etapa final do processo seletivo para apoio de projetos da European Outdoor Conservation Association (EOCA). O vencedor desta etapa, que será decidida por votação popular, receberá financiamento pelos próximos dois anos. As votações abriram nesta sexta-feira, 26 de março, e seguem até 9 de abril.

Para votar, basta acessar o site da EOCA, descer até o fim da página e escolher o projeto Removing Biological invasions in Coastal Ecosystems, Brazil. Ao votar, será necessário aceitar os termos e condições. A EOCA não vai compartilhar nenhuma informação pessoal. Os dados associados a cada nome serão apagados após o encerramento da votação.

O programa, que foi o único brasileiro selecionado para etapa final do processo, está ativo desde 2010, e desenvolve uma agenda socioambiental que tem como principal objetivo a restauração de áreas de restingas por meio do engajamento comunitário e da participação de voluntários. Cerca de 200 hectares de restinga foram restaurados desde o ano de fundação e mais 375 mil pinus foram eliminados. 

As árvores da espécie Pinus elliottii são nativas do Hemisfério Norte e foram trazidas para Florianópolis por meio de uma política pública dos anos 1960. Hoje, o assunto é tratado como invasão biológica, pois as sementes se espalham facilmente e comprometem a vegetação nativa e seus ecossistemas.

Conheça melhor o projeto no vídeo da série Traduzindo Ciência, produzida pela Agência de Comunicação da UFSC (Agecom):

Mais informações sobre as atividades desenvolvidas no programa podem ser obtidas no site do Instituto Hórus e no canal do Leimac/UFSC no Youtube.

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Projeto de extensão lança série de vídeos ‘Invasões biológicas na pandemia’

19/11/2020 12:40

Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac) da UFSC, coordenado pela professora Michele Dechoum, lançou a série de vídeos “Invasões biológicas na pandemia”. A série faz parte do projeto de extensão “Envolvimento comunitário para a restauração da diversidade biológica“, no qual as graduandas em Ciências Biológicas Mariana Adami Borgert e Gabriela Moraes da Silva estão envolvidas.

“Havíamos previsto atividades em escolas e centros comunitários no município de Florianópolis, mas, com a pandemia, tivemos que adequar as atividades previstas e destinamos nossos esforços para a elaboração de jogos e outros materiais educativos” explica Michele. Todos os materiais produzidos estão disponíveis para download no site do laboratório.

A série de vídeos foi criada com o intuito de servir de apoio para professoras e professores, para que o tema de invasões biológicas esteja presente no conteúdo de Ecologia trabalhado nas aulas de Ciências do ensino fundamental. Os vídeos também são indicados para qualquer pessoa interessada em obter conhecimentos sobre conceitos ecológicos e invasões biológicas.

Cada vídeo trata de um tema específico relacionado à problemática de invasões biológicas – no primeiro deles são apresentados conceitos e definições básicas sobre a problemática. “Estamos tentando abordar o tema de forma leve e bem ilustrada, em linguagem acessível e com tradução em libras, de modo que o tema possa atingir o maior número de pessoas” explica Michele.

Mais informações na página do Leimac.

 

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