Conselho Universitário da UFSC rejeita proposta de suspensão do calendário acadêmico

07/06/2024 19:41

Auditório Garapuvu ficou lotado para a sessão. Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) rejeitou a proposta de suspensão do calendário acadêmico do primeiro semestre. A sessão aberta do conselho foi realizada na tarde desta sexta-feira, 7 de junho, no Auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos, em Florianópolis, com grande presença de estudantes, servidores e professores da Universidade.

Conforme proposta apresentada no início da sessão pelo reitor Irineu Manoel de Souza, o CUn votou os três pareceres apresentados ao longo das duas reuniões realizadas para debater e deliberar sobre o assunto: o parecer original do conselheiro Edgar Bisset Alvarez, que era favorável à suspensão do calendário; o parecer da representação do Diretório Central dos Estudantes (DCE), apresentado pela estudante Emily Fantim, contra a suspensão; e o parecer de um grupo de diretores de centros de Ensino, apresentado pela conselheira Carolina Bahia, que também era contra a suspensão.

Ao final, o parecer mais votado foi o do grupo dos diretores de Centro, que teve voto favorável de 37 conselheiros e 28 votos contrários. O parecer do professor Edgar Alvarez, pela suspensão do calendário, teve o voto favorável de 26 conselheiros, enquanto 38 conselheiros votaram contra. O parecer do DCE teve 36 votos favoráveis e 28 votos contrários.

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UFSC melhora posição em ranking internacional que analisou mais de 1.500 universidades

06/06/2024 15:40

O resultado do QS World University Rankings 2025, elaborado este ano, divulgado nesta segunda-feira, 4 de junho, mostra uma melhora de desempenho da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em comparação com o ano passado. No ranking, a UFSC está no intervalo de posições entre 781 e 790. Em 2023, a instituição havia ficado entre 801 e 850. O ranking não especifica a posição exata das universidades dentro desses intervalos.

A classificação é elaborada anualmente pela Quacquarelli Symonds (QS) e leva em conta nove critérios de avaliação: reputação acadêmica, reputação de empregador, proporção docente/estudante, citações, índice de professores internacionais, índice de alunos internacionais, rede internacional de pesquisa, resultados de emprego e sustentabilidade.

A pesquisa deste ano foi a de maior amostragem já realizada pelo instituto, que analisou mais de 1.500 universidades. A posição no ranking internacional coloca a UFSC como a 10ª melhor universidade do Brasil e 40ª melhor da América Latina.

O ranking completo pode ser acessado no site da QS World University Rankings.

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UFSC e Epagri lançam vídeo de animação infantil sobre o solo

05/06/2024 13:40

Com o intuito de despertar a curiosidade sobre os conceitos de biodiversidade, solos e biomas, o Centro de Ciências Agrárias (CCA) e o curso de Animação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) adaptaram o livro infantil Começo meio e fim: o solo é assim para um vídeo de animação voltado a crianças de 6 a 11 anos. A publicação original é fruto de uma parceria entre pesquisadores do CCA e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri). O vídeo de animação foi lançado oficialmente nesta quarta-feira, 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, nos canais do YouTube do CCA e da Epagri.

A iniciativa busca introduzir de forma lúdica os principais solos dos biomas latino-americanos, despertar o interesse das crianças sobre o mundo abaixo de seus pés e propagar conceitos da biodiversidade, informam os organizadores. Com as ferramentas da animação, foi produzida uma narrativa educativa, com recursos visuais capazes de traduzir conceitos técnicos em uma linguagem acessível.

Na obra, a história é protagonizada pelo pequeno indígena Ibiacy e seu amigo Tucan, um tatu-canastra. Juntos, eles embarcam em uma aventura para explorar os solos e biomas da América Latina e do Caribe. A história original está no livro publicado em parceria entre UFSC e Epagri em 2023. A publicação está acessível gratuitamente.
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Cozinhas Solidárias são importantes no combate à fome, segundo pesquisa desenvolvida na UFSC

04/06/2024 15:08

Foto: Arquivo Pessoal

“A nossa marmita não é só um prato de comida, de arroz e feijão. Ela é afeto, reduz danos. Para quem tem falta de tudo, o alimento é essencial. E comer é um ato político, né?” A frase é do coordenador de uma Cozinha Solidária de Florianópolis e foi dita à nutricionista Luíza Todeschini Lucas durante sua Residência Multiprofissional em Saúde da Família da Universidade Federal de Santa Catarina (REMULTISF/UFSC). A pesquisadora entrevistou os coordenadores de 17 das 21 cozinhas solidárias de Florianópolis, com o objetivo de averiguar as condições de funcionamento, tempo de atuação, número de voluntários e de refeições servidas em cada uma delas. Como mostra a declaração acima, essas cozinhas são importantes tanto no combate à fome como na promoção da cidadania.
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Campanha ‘UFSC Solidária’ se concentra, em junho, em receber doações de medicamentos e livros

29/05/2024 10:11

A campanha UFSC Solidária encerra o recebimento de parte das doações para as vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul na próxima segunda-feira, 3 de junho. A arrecadação de livros e medicamentos ainda segue ativa.

A Secretaria de Educação a Distância (SEAD) da UFSC participa do projeto A Ponte, que arrecada doações de livros para reconstruir as bibliotecas escolares atingidas pelas inundações no Rio Grande do Sul. São livros de todas as áreas e literatura juvenil e infanto-juvenil. O local de arrecadação é a sede da SEAD, na Rua Dom Joaquim 757, no Centro de Florianópolis, das 8h às 18h.

Só na rede estadual de ensino do Rio Grande do Sul, foram 1044 escolas submersas, sem contar as escolas municipais, em que o impacto total das inundações ainda não foi calculado. Em São Leopoldo, primeira cidade a ser amparada pelo projeto, 18 escolas da rede municipal foram submersas e mais de 80 mil títulos foram perdidos na enchente.

Farmácia Escola recebe doações de medicamentos

Farmácia Escola UFSC, localizada em Florianópolis, atualmente recebe, como ação solidária emergencial, doações de medicamentos para serem destinados aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. As doações podem ser entregues no local, que fica no campus da Universidade no bairro Trindade, na Rua Delfino Conti, próximo ao Banco do Brasil (ver mapa), às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, das 8h às 17h.

>> confira as orientações da Farmácia Escola UFSC antes de realizar sua doação

Encaminhamento

A Universidade fará o recolhimento das doações e encaminhará a organizações parceiras que já possuem logística para o transporte e entrega das doações no Rio Grande do Sul.

Para quem deseja realizar contribuições financeiras, a UFSC indica acessar o site paraquemdoar.com.br e escolher uma das organizações que promovem campanhas de arrecadação de fundos para apoio aos atingidos pelas chuvas no estado vizinho.

Conheça também outras ações da campanha UFSC Solidária.

*Notícia atualizada em 29/05/2024, às 19h11, para inclusão de novas informações sobre os donativos, concentrados em medicamentos e livros.

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Conselho aprova Moção de Apoio a recomposição orçamentária e reestruturação de carreiras

29/05/2024 09:51

Sessão ordinária aberta do Conselho Universitário (CUn), no Auditório Garapuvu, realizada nesta terça, 28 de maio. (Foto: Salvador Gomes/Agecom/UFSC)

O Conselho Universitário (CUn) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) aprovou nesta terça-feira, 28 de maio, em Sessão Ordinária Aberta, uma Moção de Apoio à Recomposição Orçamentária da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), que também contempla a necessidade de reestruturação das carreiras dos servidores docentes e técnico-administrativos (TAEs), acompanhada da devida recomposição salarial. O requerente da matéria foi o Gabinete da Reitoria (GR), com relatoria do conselheiro Juliano Gil Nunes Wendt.

Leia a moção abaixo, na íntegra.

“O Conselho Universitário da Universidade Federal de Santa Catarina (CUn/UFSC), em reunião ordinária aberta realizada no dia 28 de maio de 2024, vem a público manifestar seu total apoio à recomposição orçamentária da UFSC, bem como à reestruturação das carreiras dos servidores docentes e técnico-administrativos (TAEs), acompanhada da devida recomposição salarial.

Nos últimos anos, a UFSC, assim como outras instituições de ensino público federal, tem sofrido com sucessivos cortes orçamentários. Esses cortes impõem severas restrições ao desenvolvimento das atividades acadêmicas e administrativas, afetando diretamente a qualidade do ensino, da pesquisa e da extensão, além de dificultar as políticas de permanência estudantil. É importante lembrar que a UFSC é um patrimônio do estado de Santa Catarina há mais de seis décadas, e a contínua falta de recursos coloca em risco sua missão e contribuição para a sociedade.

A situação de precariedade orçamentária também afeta profundamente as carreiras dos servidores docentes e técnico-administrativos, que vêm enfrentando desvalorização e perda de poder aquisitivo devido à ausência de uma recomposição salarial adequada. Essa realidade compromete a motivação e o bem-estar dos servidores, refletindo-se na qualidade dos serviços prestados à comunidade acadêmica e à sociedade em geral.

Diante desse cenário, o Conselho Universitário – CUn/UFSC expressa seu reconhecimento à legitimidade dos pleitos dos servidores docentes e técnico-administrativos e ao direito constitucional de greve como instrumento de luta por melhores condições de trabalho e por uma universidade pública de qualidade.

Assim, conclamamos o Congresso Nacional, o Ministério da Educação, a bancada catarinense e a sociedade a unir esforços para garantir a recomposição do orçamento da UFSC, a reestruturação das carreiras dos servidores docentes e técnico-administrativos, e a devida recomposição salarial, assegurando a continuidade e o fortalecimento desta instituição tão essencial para o desenvolvimento do estado de Santa Catarina e do Brasil.”

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Farmácia Escola UFSC recebe doações de medicamentos para o Rio Grande do Sul

24/05/2024 08:57

Foto: Pixabay

A Farmácia Escola UFSC, localizada em Florianópolis, atualmente recebe, como ação solidária emergencial, doações de medicamentos para serem destinados aos atingidos pelas enchentes no Rio Grande do Sul. As doações podem ser entregues no local, que fica no campus da Universidade no bairro Trindade, na Rua Delfino Conti, próximo ao Banco do Brasil (ver mapa), às segundas, terças, quintas e sextas-feiras, das 8h às 17h.

>> confira as orientações da Farmácia Escola UFSC antes de realizar sua doação

Os medicamentos mais solicitados são:

  • Analgésicos e antipiréticos, como Dipirona e Paracetamol;
  • Analgésicos opióides, como Codeína e Tramadol;
  • Antibióticos para leptospirose e outras condições, como Doxiciclina, Amoxicilina + Clavulanato, Azitromicina, Penicilina G Cristalina, Ampicilina, Ceftriaxona, Cefotaxima;
  • Antiparasitários, como Albendazol, Invermectina e Permetrina;
  • Antidiabéticos orais, como Glibenclamina e Metformina;
  • Medicamentos que atuam sobre o sistema cardiovascular e renal, como Amiodarona, Anlodipino, Atenolol, Captopril, Carvedilol, Enalapril, Espironolactona, Furosemida, Hidroclorotiazida, Isossorbida, Losartana, Metildopa, Propranolol e Verapamil;
  • Materiais como esparadrapo, gazes, máscaras, luvas e soro para reidratação.

Não se recomenda doar:

  • Medicamentos vencidos;
  • Pomadas, cremes, xaropes e soluções (como colírios) com embalagem aberta ou com vazamentos;
  • Medicamentos em que não se possa identificar o nome, concentração, lote, validade e laboratório produtor;
  • Medicamentos que apresentem aparência desagradável, alterações da cor ou do cheiro originais, quebrados ou danificados;
  • Medicamentos que exijam condições especiais de armazenamento (como aqueles que precisam ser guardados em geladeira).

A iniciativa tem como objetivo oferecer apoio à assistência farmacêutica em situações de calamidade pública. As doações irão para o estado gaúcho por meio de parceria com docentes da Faculdade de Farmácia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), que está recebendo os medicamentos em Porto Alegre. Além disso, a Farmácia Escola UFSC conta com o apoio da Federação Internacional de Farmacêuticos (FIP), no provimento de materiais técnicos para este tipo de operação.
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Atingidos por crise climática devem ter condição de refugiados, dizem pesquisadoras da UFSC

22/05/2024 10:24

Porto Alegre, RS, Brasil 15/5/2024. Foto: Alex Rocha/PMPA

O conceito de refugiados climáticos tem repercutido no debate público desde o episódio histórico das inundações que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio, deixando milhares de pessoas desabrigadas. No dia 21 de maio, por exemplo, havia 72 mil pessoas fora de casa e 839 abrigos cadastrados no Observatório de Desenvolvimento Social.

“Um refugiado climático pode ser tanto aqueles que saem dos seus locais de residência antes de acontecer um evento extremo, como forma de precaução, como aqueles que se veem obrigados a sair por conta das consequências de eventos extremos, por perderem sua moradia”, explica a pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Iris Engelmann, doutoranda em Direito e Integrante do Observatório de Justiça Ecológica (OJE).

O assunto, no entanto, está longe de um consenso entre os especialistas no mundo. Isso porque, para ser oficialmente um refugiado, o indivíduo precisa preencher os requisitos do Estatuto do Refúgio, no Brasil regido pela Lei nº 9.474/1997. “Esses requisitos não abrangem as causas ambientais”, explica Iris.

A legislação internacional também sofre da mesma carência. A pesquisadora Thaís Pertille defendeu, em 2023, uma tese sobre o direito humano ao equilíbrio climático. Ela explica que as normas exigem o critério de perseguição para que uma pessoa se enquadre na possibilidade de refúgio. “Defensores e pesquisadores de Direitos Humanos defendem uma ampliação para que pessoas que sofram grandes violações de direitos humanos também possam ter as prerrogativas do instituto do refúgio reconhecidas. Dessa forma, aqueles que migram por questões ambientais e climáticas seriam albergados”, pontua.

O trabalho de Thaís, que também integra o OJE, foi orientado pela professora Letícia Albuquerque e defende o Direito Humano ao Equilíbrio Climático. Hoje, segundo ela, com os mecanismos em curso, as pessoas atingidas e impactadas pelas cheias acabam por depender de medidas de proteção adotadas pelo Estado.

“Essas pessoas hoje legalmente não estão albergadas pelo instituto do refúgio e dependem de ações do próprio governo e comunidade local para receber algum tipo de apoio. Se fossem reconhecidas enquanto refugiadas conforme o instituto jurídico, seria possível ampliação da responsabilidade internacional”, diz.
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Dia mundial das abelhas: pesquisas da UFSC valorizam espécies nativas sem ferrão

20/05/2024 08:06

O dia 20 de maio foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) como o Dia Mundial das Abelhas, uma data para destacar a importância da polinização para o desenvolvimento sustentável e produção de alimentos. Quase 90% das espécies de flores silvestres dependem dos polinizadores, assim como 75% das plantações de alimentos. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio de diversos projetos de pesquisa e extensão, programas de pós-graduação, laboratórios e iniciativas, participa dos esforços de preservar e tornar cada vez mais conhecidos esses importantes agentes de polinização.

 

Deus salve as abelhas

 

UFSC já catalogou mais de 300 espécies em Santa Catarina, indicando que abelhas nativas sem ferrão possam ser a chave para sustentabilidade ambiental

Acesse esta matéria em formato multimídia pelo site UFSC Ciência

Em 1977 era apresentado ao mundo um dos personagens mais icônicos dos desenhos infantis — o Ursinho Pooh, que sempre entrava nas mais inimagináveis confusões para saciar sua fome de mel. Quinze anos depois, em 1992, o Candyman era responsável por aterrorizar qualquer um que dissesse seu nome cinco vezes na frente de um espelho. Dezembro de 2007 marcou o clássico animado Bee Movie, no qual acompanhamos a abelha Barry se revoltar contra os humanos na tentativa de recuperar seu precioso mel. O que torna esses filmes e personagens comuns entre si é a presença caricata das abelhas — simpáticos insetos coloridos de listras pretas e amarelas, pequenas asas, temperamento forte e, é claro, o mel.

Bugias são abelhas nativas cada vez mais raras na natureza. (Foto: Letícia Schlemper de Souza Gonçalves)

Abelhas europeias, ou africanizadas, da espécie Apis mellifera, foram trazidas do continente europeu e introduzidas no Brasil no século XIX e desde então dominam a economia. Em 2021, houve recorde de produção, com 55,8 mil toneladas de mel, segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de Estudos das Abelhas (A.B.E.L.H.A.). Essas abelhas não somente são usadas na produção de mel, como também na agricultura, para ajudar no processo de polinização dos campos. Dados fornecidos pelo Censo Agropecuário do IBGE e pelo Atlas da Apicultura no Brasil apontam que existem mais de 100 mil estabelecimentos que fazem uso da apicultura, distribuídos entre todos os 26 estados e Distrito Federal. Porém,  sendo uma espécie exótica no nosso país, essas abelhas competem com outros polinizadores nativos para produzir alimento. 

A biodiversidade desempenha um papel vital em nosso ecossistema, e as abelhas desempenham um papel especialmente significativo nesse equilíbrio. E assim como destaca o nome do single da banda catarinense Exclusive os Cabides, é de extrema importância a preservação desses polinizadores. Embora a situação atual das abelhas no país possa ser considerada estável, é crucial concentrar esforços de conservação em tipos específicos de abelhas. Surge a pergunta: ao clamarmos “Deus Salve as Abelhas”, qual subespécie ou variedade de abelhas merece uma atenção mais dedicada na busca pela preservação da biodiversidade?

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Projeto da UFSC facilita a comunicação para as comunidades surdas atingidas pela chuva no RS

17/05/2024 16:50

A comunicação não pode ser uma barreira durante o socorro e o suporte às vítimas das cheias no Rio Grande do Sul. Pensando nisso, o projeto de extensão TILSJUR informa: promoção do direito, da educação e da cidadania em Libras, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), desenvolveu um gabinete de crise. O trabalho tem se concentrado em traduzir diferentes notícias e situações para Língua Brasileira de Sinais (Libras) e disponibilizar o conteúdo para fácil acesso.

Dicas mais simples, como por exemplo, como indicar a uma pessoa surda onde ela pode encontrar roupa limpa em um abrigo, ou informar à comunidade surda como será a suspensão de cobranças de dívidas no Rio Grande do Sul são algumas das ações realizadas pelo projeto. Todo o conteúdo está sendo disponibilizado em postagens nas redes sociais e no canal do YouTube, que, além de ensinar palavras-chave, como família, chuva, frio, fome, água, em Libras, informam as pessoas sobre as últimas notícias do estado.

Neste contexto de crise, o programa Tradutores e Intérpretes de Língua de Sinais na Esfera Jurídica (TILSJUR) também vem atuando na divulgação de material audiovisual em Libras para possíveis situações de resgates e salvamentos. Assim, as publicações são compostas por informações básicas aos socorristas, bombeiros, ou até para comunidade em geral.

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Veleiro da UFSC acompanha ultramaratona de natação com desafio ambiental

17/05/2024 16:16

Ultramaratonista deve nadar 36 quilômetros entre Porto Belo e Itajaí

O Veleiro Eco, veículo elétrico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) utilizado em expedições científicas com a missão de pesquisar, monitorar e proteger a vida dos ecossistemas marinhos, participou de um novo desafio: acompanhar uma ultramaratona aquática que reuniu apoiadores para a realização de um nado com mínima emissão de carbono e de reduzida geração de resíduos.

A atleta catarinense Sandra Koch nadou por uma distâncias de quase 36 quilômetros, percorrendo 16 praias de quatro municípios do litoral catarinense, área denominada Costa Verde e Mar, na segunda-feira, 20 de maio. A largada, inicialmente prevista para madrugada de domingo, ocorreu por volta das 3h30 da segunda-feira, devido às condições climáticas.

A nadadora partiu da Praia do Araçá, em Porto Belo. A chegada estava prevista para a Praia de Cabeçudas, em Itajaí. Porém, por medida de segurança, a prova foi interrompida, por decisão da equipe técnica, quando Sandra estava a 800 metros do destino. Havia forte correnteza, causada pelo encontro com as águas do Rio Itajaí-Açu.

A nadadora lutou e chegou a alcançar o equivalente a 42 quilômetros de distância em braçadas – considerando equipamento que afere a distância pelo esforço físico da atleta. A prova foi homologada com ressalva pela Federação Aquática de Santa Catarina (FASC), que estuda incluir o trajeto no calendário oficial de competições.

Durante todo percurso, foram coletadas amostras para a medição de presença de microplásticos na água do mar. O resultado das medições será apresentado no 20º Congresso Latino-americano de Ciências do Mar, marcado para agosto, em Itajaí.

As amostras de água serão analisadas em laboratório da UFSC para medir a quantidade de microplásticos identificados. Os resíduos, com medida inferior a 5 mm, contaminam os oceanos, afetando o equilíbrio do ambiente marinho.

De acordo com os organizadores, o desafio Costa Verde e Mar teve o objetivo de chamar a atenção para as condições de balneabilidade do litoral catarinense e conscientizar sobre a necessidade de reduzir a geração de lixo e de emissão de gás carbônico em todas as atividades diárias. Sandra, uma atleta de 49 anos, participa de maratonas e ultramaratonas. Entre suas principais conquistas, estão o recorde do desafio Ilha do Arvoredo, em Bombinhas (25 km em 2018) e a prova Amazon Challenge, em Manaus (30 km em 2023).
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UFSC é co-autora de projeto de Centro Cultural Indígena na baía sul em Florianópolis

16/05/2024 18:20

Terminal de ônibus nunca ativado na baía sul é utilizado por indígenas. Foto: Arquiteturas del Sul/Divulgação

O Laboratório de Projetos do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) vai entregar, nos próximos dias, o resultado de um trabalho que uniu o conhecimento acadêmico às necessidades e ao conhecimento dos povos indígenas: o estudo preliminar para a construção do Centro Cultural Indígena junto ao terminal do Saco dos Limões, em Florianópolis. O projeto terá sua última etapa nesta sexta-feira, 17 de maio, em reunião programada para as 16h na Justiça Federal.

O estudo foi mediado por uma decisão judicial a partir de uma ação do Ministério Público de Santa Catarina e envolveu a UFSC pelos trabalhos que já eram realizados pela instituição junto às comunidades indígenas. Segundo o professor Ricardo Socas Wiese, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo, o projeto foi desenvolvido em parceria com a Prefeitura de Florianópolis, com participação dos grupos interessados, tais como a comunidade indígena e representantes comunitários do bairro Saco dos Limões.

O histórico para a elaboração do Centro Cultural, que popularmente é chamado de “casa de passagem”, é extenso e envolve uma série de conflitos judiciais. Mas em outubro de 2023 houve uma determinação para que o município encontrasse uma solução para receber indígenas dos povos Kaingang, Xokleng e Guarani, da região Sul do país, que passam pela Capital em busca de melhores condições de vida.

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UFSC Blumenau convida docentes a escreverem cartas de incentivo às estudantes mulheres

16/05/2024 18:18

Mensagem da professora Ana Julia Dal Forno, escrita à mão, é uma das expostas no campus. Foto: UFSC Blumenau/Divulgação

“Essa carta é uma homenagem a vocês, que estão na Universidade em meio à maternidade recente. Uma carta para dizer que vocês não ‘estragaram’ suas vidas, que não mudaram a ordem das coisas, que a vida não tem as regras que todos repetem o tempo todo!”, escreve a professora  Selene de Souza Siqueira Soares, do Departamento de Engenharia Têxtil, da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em Blumenau.

A mensagem faz parte do conteúdo produzido por docentes no âmbito do projeto de extensão Cartas para minhas alunas. Parte das mensagens já está exposta na entrada do Bloco B, no 3º andar do Bloco A e também na entrada do Auditório Professor Fernando Ribeiro Oliveira, no Campus de Blumenau, onde foi criado o projeto. Ao final, as certas farão parte de um e-book.

Mais docentes, de qualquer campi, podem enviar mensagens por este link.

O objetivo do Cartas para minhas alunas é fazer com que as estudantes se sintam acolhidas e incentivadas por seus professores. As mensagens podem ser enviadas em formato de conselho, dica, poema ou outras expressões escritas, podendo ser manuscritas ou digitadas, informam os organizadores. O autor pode optar ainda por assinar com seu próprio nome, usar um pseudônimo ou publicar de forma anônima.

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UFSC enche caminhão com arrecadações para vítimas da enchente no Rio Grande do Sul

15/05/2024 10:14

Voluntários enchendo um caminhão de donativos para vítimas das enchentes do Rio Grande do Sul. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) encheu um caminhão com arrecadações de donativos às vítimas das chuvas no Rio Grande do Sul na tarde desta terça-feira, 14 de maio. A iniciativa faz parte da campanha UFSC Solidária, que vem recebendo doações da comunidade desde 8 de maio.

Em Florianópolis, os locais de coleta de donativos são: o Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no bairro Trindade; o Centro de Ciências Agrárias (CCA), no bairro Itacorubi; e Reitoria II, na rua Desembargador Vitor Lima, 222, também no bairro Trindade.

Andréa Ventura, diretora do Centro de Cultura e Eventos da UFSC, é uma das organizadoras da campanha. Ela explica que esse foi o primeiro caminhão partindo do centro e estima que contenha mais de 1000 litros de água, além de roupas, cobertores, materiais de limpeza e higiene e rações para animais.

Segundo Andréa, o recebimento de doações vem ocorrendo há pouco menos de uma semana no centro, que ficou como ponto principal na Universidade pela arrecadação, separação, recolhimento e organização dos donativos.

Toda a arrecadação recebida é transportada para a Fundação Somar Floripa, uma rede da Prefeitura de Florianópolis que realiza trabalho voluntário. Lá, os mantimentos são separados por lote e logo após são direcionados para as mais cidades necessitadas do Rio Grande do Sul.

Conheça mais ações do UFSC Solidária

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Figueira da Praça XV não é brasileira, conclui estudo da UFSC que consultou banco de DNA

14/05/2024 10:30

O DNA da centenária figueira da Praça XV de Novembro, no Centro de Florianópolis, foi decifrado por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O mistério que envolvia a origem e a espécie de um dos principais cartões-postais da capital catarinense, citado inclusive no hino do município, finalmente chegou ao fim. O estudo realizado no Laboratório de Fisiologia do Desenvolvimento e Genética Vegetal, do Centro de Ciências Agrárias (CCA), concluiu que a árvore não é originária do Brasil. A figueira, identificada como sendo da espécie Ficus microcarpa, é natural da região compreendida pela Ásia tropical e Austrália.

Professor Valdir Stefenon (ao centro) e os pós-doutorandos Yohan Fritsche (à direita) e Thiago Ornellas. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A investigação, que nasceu com o propósito de descobrir se a planta era nativa ou exótica, foi conduzida pelo professor de biotecnologia Valdir Stefenon junto com os estudantes de pós-doutorado Yohan Fritsche e Thiago Ornellas, egressos do curso de Agronomia e do Programa de Pós-Graduação em Recursos Genéticos Vegetais. O trabalho de sequenciamento do DNA e de análises de dados via bioinformática durou cerca de três meses e foi finalizado no segundo semestre do ano passado. Conforme explica o professor, a pesquisa resultou no sequenciamento do genoma nuclear parcial e do genoma total do cloroplasto. O primeiro passo foi, a partir de folhas saudáveis, isolar o DNA da planta, parte responsável por todas as informações genéticas.

“Utilizando uma tecnologia moderna, o DNA é sequenciado e cada uma das milhares de bases que o compõem são identificadas em fragmentos de tamanho variados. Esses fragmentos são, então, ordenados, como se estivéssemos montando um quebra-cabeças. Nesta etapa, o genoma nuclear, o genoma do cloroplasto e o genoma das mitocôndrias são separados em análises de bioinformática”, explica o docente.
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Ranking saudita coloca UFSC entre as 10 melhores universidades do Brasil

13/05/2024 10:52

O ranking da Center for World University Rankings (CWUR) de 2024 coloca a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) como a 10ª melhor universidade ou instituto de pesquisa do Brasil e a 5ª melhor universidade federal do país. O resultado posiciona a UFSC entre as universidades do topo da lista, uma faixa de 3,5% de excelência, dentre um total de 20.966 instituições em todo o mundo. A publicação oficial ocorreu nesta segunda-feira, 13 de maio, no site oficial.

Veja abaixo os dados ranqueados da UFSC (apenas universidades, excluindo-se institutos de pesquisa):

  • Brasil – 9ª melhor universidade e 5ª melhor universidade federal.
  • América Latina e Caribe – 14ª melhor universidade.
  • Ranking Global – 722ª melhor dentre 20.966 instituições.

Veja a lista das 10 principais instituições brasileiras:
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UFSC Blumenau divulga jogo ‘Mulheres Cientistas’ em escolas da região; saiba como participar

09/05/2024 17:52

Atividade é como o Jogo do Mico, com cartas, em que fica com o ‘mico’ quem acha que mulher não pode ser cientista. Foto: UFSC Blumenau/Divulgação

Um projeto de extensão do Campus de Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) iniciou nesta terça-feira, 7 de maio, as visitas a escolas para divulgação do jogo Mulheres Cientistas para meninos e meninas. O público alvo são estudantes do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e também do Ensino Médio. A primeira unidade de ensino a receber o projeto foi a Escola Municipal de Educação Básica Rodolpho Dornbusch, em Jaraguá do Sul, com as turmas do 8º ano.

O Mulheres Cientistas é um projeto de popularização da ciência voltado ao público em idade escolar por meio de jogos analógicos. Ele é coordenado pela professora Selene de Souza Siqueira Soares e conta com a participação das professoras Ana Julia Dal Forno e Louise Reips, além de bolsistas e integrantes do Coletivo Feminino da UFSC Blumenau. O projeto possui financiamento pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela UFSC por meio de bolsas de extensão.

Durante a visita, os estudantes acompanharam uma apresentação sobre a UFSC Blumenau e sobre as desigualdades entre homens e mulheres na ciência. Depois os estudantes utilizam o jogo em sala de aula e fazem uma breve avaliação do mesmo. No final da visita, eles ainda levam para casa um exemplar do jogo e um livreto informativo com as histórias das mulheres citadas.

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Pesquisadores da UFSC emitiram diferentes alertas sobre intensificação de extremos climáticos

07/05/2024 17:03

Zona norte de Porto Alegre atingida pelas cheias. Foto: Alex Rocha/PMPA/Divulgação

Em diferentes estudos, relatórios e entrevistas ao longo dos últimos meses, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançaram dados, alertas e informações sobre a intensificação de eventos climáticos extremos, com ênfase nos riscos de inundações e secas nas diferentes regiões do país e na necessidade de preservação das florestas e em zerar emissões de carbono.  Em linhas gerais, esses alertas, geralmente realizados em parcerias com cientistas de instituições ao redor do mundo, traçam panoramas sobre como o aquecimento do planeta e fenômenos como o El Niño e as queimadas compõem esse sistema.

Temperatura recorde – O aumento da temperatura na terra é apontado por cientistas como principal causador dos eventos extremos. O ano de 2023 foi o mais quente já registrado na história, com 50% dos dias acima do limiar de perigo. Esse aquecimento gera efeito nos oceanos, que também aquecem. Isso provoca secas, inundações, além de ondas de calor e frio. O assunto foi abordado pelo relatório do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S).

>>> Veja como fazer doações para ajudar as vítimas da enchente no Rio Grande do Sul

Retenção de carbono nos oceanos – O fenômeno tem a ver com o excesso de carbono que circula na atmosfera: 90% desses gases são retidos pelos oceanos. O calor nos oceanos, por sua vez, cada vez mais intenso, pode ocasionar mais fenômenos como ciclones e flutuações nas chuvas. Um grupo de cientistas do Programa Mundial de Pesquisa Climática (WCRP) da Organização Mundial de Meteorologia (WMO) liderado pela professora Regina Rodrigues, do Departamento de Oceanografia da UFSC, redigiu uma declaração alertando para o recorde recente. Os cientistas já mostravam que esses casos poderiam aumentar em frequência, duração e intensidade se não ocorrerem esforços dramáticos de mitigação e adaptação.
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UFSC na mídia: com ações afirmativas, formandos negros aumentam em 160%

06/05/2024 07:53

Dados da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) divulgados pelo jornal Notícias do Dia mostram uma evolução no número de alunos negros formados após 15 anos da implementação do sistema de cotas. A reportagem indica que, comparado a 2008, a universidade aumentou o quantitativo em 160% no ano de 2023.

O texto também trata do pioneirismo da instituição ao implantar a política de ação afirmativa. “O primeiro sistema de reserva de vagas para pessoas negras foi instituído em 2008, quatro anos antes da criação da Lei de Cotas, sancionada pelo Governo Federal em 2012”, relembram.

Em 2008, 170 pessoas negras se formavam pela UFSC. Já em 2023, esse número aumentou para 442. Também neste ano, houve um recorde no número de formandos negros, que representaram 17% do total de pessoas diplomadas. ““Os estudantes cotistas têm o direito de estar na universidade. Este lugar também é deles, é para eles. Então fazemos também um trabalho educativo tanto para as pessoas que são cotistas, quanto para os demais estudantes, para que a UFSC possa oferecer um ambiente acolhedor e de respeito à diversidade”, disse a professora Leslie Sedrez Chaves, pró-reitora de ações afirmativas e equidade.

A reportagem também trouxe o número de ingressantes negros na UFSC, que recebeu 1.304 novos alunos pretos e pardos em 2023, número que aumentou 28,6% em relação a 2022, quando 1.014 dos ingressantes eram negros. “A Universidade Federal de Santa Catarina tem feito todos os esforços para ampliar esse sistema e garantir também a permanência dos estudantes na instituição. O objetivo é que ingressem e que possam sair graduados”, afirmou a pró-reitora.

Leia o texto completo.

Tags: ações afirmativasformaturapessoas negrasUFSC na mídia

UFSC manifesta solidariedade aos atingidos pelas inundações em SC e no RS

04/05/2024 22:47

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) expressa sua solidariedade a todas as pessoas atingidas pelas inundações, deslizamentos e desmoronamentos ocorridos nos últimos dias no Estado de Santa Catarina, especialmente nas regiões Oeste e Sul. E estende essa solidariedade fraternal a todos os atingidos no estado do Rio Grande do Sul, que enfrenta fenômenos climáticos extremos, de enormes dimensões e consequências.

A UFSC se coloca à disposição do coletivo de instituições federais de educação superior do Estado do Rio Grande do Sul para apoio e colaboração no que estiver ao seu alcance. Ao mesmo tempo, também se coloca à disposição para colaborar com as demais instituições catarinenses.

Tags: enchentesfenômenos climáticosRio Grande do SulsolidariedadeUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesquisadores da UFSC identificam nova espécie de fungo na Serra Catarinense

29/04/2024 08:54

Microglossum azeurum, encontrado na serra catarinense. Foto: Luis Funez/PELD BISC

Um fungo de um azul reluzente se destaca na paisagem da Serra de Urubici, em Santa Catarina: é o Microglossum azeurum, uma espécie recentemente descoberta e registrada pelo pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas, Luís Funez. A espécie foi encontrada em meio às matas nebulares e pertence a um gênero que ocorre muito pouco no Brasil. A partir desse trabalho, que ocorreu no contexto da Pesquisa Ecológica de Longa Duração que estuda a biodiversidade do estado de Santa Catarina e do Mind Funga,  outras três novas espécies desse fungo foram localizadas espalhadas pelo país.

Isso ocorreu porque, assim que viu que tinha uma amostra da espécie nova, o pesquisadora procurou fóruns e comunidades de discussão de fungos para identificar pessoas que tivessem achado espécies de Microglossum. Em uma comunidade de discussão no Facebook, ele encontrou dois colegas que haviam se deparado com esse tipo de fungo. “Entrei em contato, pedi que me enviassem as amostras pelo correio e me enviaram. Assim, consegui, além do meu material, mais duas espécies novas”, narra.

A descoberta da espécie ocorreu durante uma atividade de levantamento da diversidade de macrofungos nas áreas que compunham o experimento, na Serra catarinense. “Eram feitas visitas regulares a cada uma dessas áreas, e os fungos que cresciam lá, eram fotografados, coletados e desidratados para que os estudos da sua morfologia e material genético pudessem posteriormente acontecer”, comenta.

“Encontrar um Microglossum é quase um delírio, um unicórnio fúngico. Eles são pequenos, coloridos e aparecem em lugares imprevisíveis em longos intervalos de tempo. Alguns autores descrevem 12-15 anos, outros descrevem mais de 50 ou 60 anos! Ou seja, talvez tenha sido a primeira e última vez que eu me deparei com uma maravilha dessas. Fico extremamente feliz por ter tido esse momento e poder ter trazido isso à luz da ciência”, explica

O conhecimento empírico dos grupos de fungos que eram encontrados na região permitiu que ele percebesse que estava diante de algo diferente. “Quando encontramos algum fungo que seja muito diferente, como foi o caso do Microglossum azureum, já suspeitamos ser algo diferente ou novo, mas a certeza só vem após as análises”, diz.

Espécie amarelada também foi identificada (Divulgação)

A morfologia completa dos fungos, de acordo com o pesquisador, pode ser acessada com auxílio de um microscópio. Além disso, as análises genéticas são fundamentais para a identificação de fungos, que representam um dos mais diversos grupos de organismos do planeta. “As espécies são muito parecidas entre si e se conhece relativamente pouco sobre eles”, pontua.

Dados confirmados; novas espécies

Os dados sobre a nova e inédita espécie só foram confirmados após todos esses procedimentos. E a equipe novamente foi supreendida, já que antes de terem acesso às sequências genéticas, os cientistas estavam tratando os Microglossum como apenas duas espécies: o Microglossum azureum e Microglossum popovkinii, fungos de cor amarela encontrados na Bahia e Mato Grosso. “Mas quando estas chegaram, notamos que duas amostras do amarelo, provenientes do Mato Grosso, eram geneticamente muito distintas das outras, e foi preciso reanalisar o material. Então surgiu uma terceira espécie: Microglossum sourellae”.

Funez explica que, dentro de Microglossum, há duas principais linhagens: a estipe escamoso e as estipe nú. Todas as novas espécies descritas possuem estipes nús. No caso do fungo localizado na serra catarinense, a cor azul vibrante e quase uniforme é sua marca registrada. “Nenhum outro apresenta esta coloração azul tão viva”, explica.  Os amarelados, por sua vez, possuem  características parecidas entre si, diferindo-se dos demais pela cor, amarelo pálido com a base do estipe azulada. As diferenças também abrangem formatos e medidas de estruturas microscópicas, como esporos e ascos.

O cientista também afirma que os fungos são organismos que apresentam inúmeras funções no ecossistema. “Os fungos são basicamente o motor de transformação da matéria nos ecossistemas. Microglossum, acredita-se que sejam decompositores de material particulado no solo, ou seja, reciclam a matéria morta, transformando-a em nutrientes vitais para a fertilidade do mesmo, de forma a nutrir a vida vegetal”, finaliza.

 

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UFSC participa do mais amplo e inédito estudo sobre microplásticos no litoral

23/04/2024 13:29

Microplásticos são invisíveis a olho nu, mas podem se degradar de plásticos maiores. Foto: Sergei Tokmakov/Pixabay

Atualização: desde 6 de dezembro de 2024 a UFSC não integra mais o projeto MicroMar. O Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímica, entretanto, segue realizando, publicando e divulgando suas pesquisas sobre o tema.

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está participando do maior projeto já realizado no Brasil sobre a poluição por microplásticos nas praias brasileiras. O Laboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímica (LABCAI), liderado pelo professor Afonso Celso Dias Bainy, é uma das referências no estudo sobre contaminantes no mar e irá analisar amostras coletadas em nove pontos, nas cidades de Florianópolis, Balneário Camboriú, Laguna, Penha, Garopaba e Palhoça. O projeto envolve colaboração com instituições do país e do mundo e tem apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações e se alinha ao Programa Ciência no Mar e ao Plano Nacional de Combate ao Lixo no Mar.

Os microplásticos são partículas de tamanho entre 1µm (a milésima parte de um milímetro) e 5 mm e passam facilmente pelos sistemas de filtragem de água porque as estações de tratamento de esgoto não possuem eficiência de remoção total. Por isso, chegam aos rios, lagos e oceanos, representando uma ameaça potencial à vida aquática e afetando também a vida humana.

No projeto MicroMar, coordenado pelo professor Guilherme Malafaia, do Instituto Federal Goiano, mais de 6.700 amostras de areia e água em 750 praias localizadas em 300 municípios do litoral serão analisadas para gerar um diagnóstico atual, abrangente e inédito sobre essa temática no Brasil.

A parceria com a UFSC surgiu, segundo o professor Afonso Bainy, por conta do histórico do trabalho do laboratório em investigar os mecanismos moleculares e bioquímicos da interação entre contaminantes emergentes e as respostas dos organismos aquáticos. Um dos estudos que deu início a essa parceria foi desenvolvido a partir de uma tese com moluscos bivalves, mais precisamente das ostras, organismos filtradores que, acabam capturando esses contaminantes com mais facilidade.
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Tags: contaminaçãoLaboratório de Biomarcadores de Contaminação Aquática e Imunoquímicalitoral brasileirolitoral catarinenseMicroplásticosostrasSaneamento Básico

UFSC auxilia na atualização de lista de espécies exóticas invasoras, defasada há 10 anos

19/04/2024 11:00

Sagui-de-tufos-pretos. Foto: Wikipedia.

Conhecer as espécies exóticas invasoras, consideradas uma das maiores causas da perda de biodiversidade e dos serviços ecossistêmicos, é fundamental para prevenir sua disseminação e controlá-las. Um artigo publicado na revista Biological Invasions atualizou a lista brasileira dessas espécies, o que não ocorria há mais de 10 anos. O trabalho, elaborado por especialistas de diversos locais do país, contou com a participação do pesquisador Rafael Barbizan Sühs, pós-doutorando do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e professor da Universidade. 

“Nosso trabalho envolveu a participação de professores, pesquisadores, técnicos do Ministério do Meio Ambiente e gestores de ONGs em um grande esforço conjunto para atualizar a lista”, contou Sühs. O artigo Invasive non‑native species in Brazil: an updated overview contou ainda com a participação de Silvia Renate Ziller, do Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental, que tem projetos em parceria com a UFSC.
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Vestibular Unificado UFSC/IFSC oferece 1086 vagas para cursos presenciais no segundo semestre

17/04/2024 13:13

Campus da UFSC em Florianópolis, abril de 2024. Foto: Amanda Miranda/Agecom/UFSC

Uma nova oportunidade para quem quer estudar na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ou no Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC) ainda este ano está disponível, a partir desta quinta-feira, 18 de abril. As duas instituições estão com inscrições abertas para o Vestibular Unificado UFSC/IFSC 2024-2, cujas inscrições, no valor de R$ 100,00, poderão ser feitas até 14 de maio no site: https://vestibularunificado20242.ufsc.br/. As regras para solicitações de isenção da taxa de inscrição estão explicitadas no edital, disponível no mesmo endereço eletrônico.

A UFSC tem 421 vagas distribuídas entre cursos de bacharelado e licenciatura dos campi de Blumenau, Curitibanos, Florianópolis e Joinville. No IFSC estão disponíveis 655 vagas em cursos de bacharelado, licenciatura e tecnólogo de oito municípios: Chapecó, Florianópolis, Gaspar, Itajaí, Jaraguá do Sul, Joinville, Palhoça e São José. As provas deste processo seletivo serão realizadas em 23 de junho, das 14h às 19h. Os aprovados começam a estudar no segundo semestre deste ano.
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Tags: processo seletivovagasVestibular Unificado UFSC/IFSC 2024-2

Curso de Medicina da UFSC Curitibanos é autorizado pelo MEC em solenidade em Brasília

16/04/2024 16:27

Reitor da UFSC assina portaria ao lado de deputados de Santa Catarina e do ministro Camilo Santana. Foto: Divulgação

O curso de Medicina da Universidade Federal de Santa Catarina em Curitibanos foi oficialmente autorizado pelo Ministério da Educação (MEC) em solenidade realizada na noite desta segunda-feira, 15 de abril, em Brasília. O MEC havia confirmado em janeiro a criação da nova Graduação, que atende a uma reivindicação de mais de 10 anos da comunidade local, registrada em 2013 em audiência pública. O reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, esteve presente no evento desta segunda-feira. As atividades devem iniciar em março de 2025, com 25 vagas anuais totais.

“O curso de Medicina no Campus de Curitibanos da UFSC atende uma antiga reivindicação daquela comunidade acadêmica, sendo uma conquista de toda a sociedade catarinense. Agradecemos a todas as pessoas que apoiaram a criação do curso de medicina do Campus de Curitibanos. Parabéns para nossa Universidade”, disse Irineu.

O diretor do Campus de Curitibanos,  Juliano Gil Nunes Wendt, comparou a segunda-feira ao dia de criação do campus. “Esse é um dia histórico para a UFSC e para o campus. Foi mais de uma década de perseverança de toda uma comunidade, interna e externa à nossa Universidade. Um dia que será tão importante quanto o anúncio da criação do Campus de Curitibanos. Não há palavras para descrever e expressar o agradecimento da comunidade, dos agentes políticos e das gestões da UFSC que acreditaram que este momento seria possível”, pontuou.

Já a pró-reitora de Graduação e Educação Básica da UFSC, Dilceane Carraro, declarou que “depois de aguardarmos alguns anos temos o ato de autorização assinado e, com isso, podemos iniciar um novo curso de Medicina público e gratuito em Santa Catarina. É com entusiasmo que recebemos essa autorização para oferecer o curso no Campus de Curitibanos da UFSC. O curso contribuirá localmente e regionalmente e para promoção e fortalecimento dos serviços de saúde e para a formação de profissionais médicos. Mais uma vez, a Universidade reafirma seu compromisso e sua função social”.

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