UFSC participa de conferência da SBPC sobre mulheres e meninas nas ciências
A Universidade Federal de Santa Catarina, representantes de universidades, de institutos de pesquisa e de entidades estudantis do estado participam, nesta segunda-feira (25), na Assembleia Legislativa, da Conferência Livre Mulheres e Meninas nas Ciências. O objetivo do evento foi debater e sugerir as demandas regionais para a Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia e Inovação (CNCTI), que ocorre em junho, em Brasília.
Por meio de uma mensagem gravada, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, explicou que a Conferência Nacional, que voltará a ser realizada após 14 anos, terá como tema Ciência, Tecnologia e Inovação para um País Justo, Sustentável e Desenvolvido e será focada em quatro eixos: apoio ao setor acadêmico; apoio ao setor industrial; estratégicas para transição energética, transição digital, saúde, meio ambiente, clima e inteligência artificial; e ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social.“São questões importantes, que irão nortear nossas ações nos próximos anos e é muito bom que essa construção seja coletiva, contando com a inteligência, a experiência e a participação de todas vocês”, disse, em mensagem gravada.
Para a vice-reitora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Joana Maria Célia dos Passos, a Conferência Livre também é um espaço para a discussão de questões de gênero nas ciências. “A importância de podermos discutir aqui o que nos afeta como cientistas e como pesquisadoras e pela escolha do tema de gênero nessa conferência livre. Isso muito diz das nossas preocupações no estado e das nossas preocupações acadêmicas.”
A necessidade de estimular e garantir mais espaços para as mulheres no setor de ciência, tecnologia e inovação, também foi ressaltado pela secretária regional da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC-SC), Maria Elisa Máximo, professora de Antropologia da UFSC. “Se a gente está aqui hoje discutindo os desafios e perspectivas para a participação de mais mulheres e meninas nas ciências, é porque a academia e os espaços de produção de conhecimento científico ainda são desiguais, atravessados por lógicas de exclusão e violências, que se tornam ainda mais intensas e evidentes na medida em que interseccionam com aspectos raciais, étnicos, de identidade de gênero diversas, dentre condições específicas, como deficiências, a maternidade, etc, e a gente está aqui hoje para debater tudo isso.”
Com informações de Alexandre Back/Agência Alesc