Professora da UFSC representa Ministério do Meio Ambiente na COP 29

11/11/2024 16:00

Professora Regina vai à COP pela terceira vez (Foto: Mateus Mendonça)

A professora da coordenadoria de Oceanografia da UFSC, Regina Rodrigues, embarcou na última quinta-feira, 7 de novembro, rumo à Conferência Mundial do Clima, a COP 29, que começa nesta segunda-feira no Azerbaijão. Ela participará de discussões sobre oceanos, clima e a sociedade em uma das agendas científicas da COP. Regina representará a diretora do departamento de Oceanos do Ministério do Meio Ambiente, Ana Paula Prates.

O debate deve lançar um olhar atento ao chamado “sul global”, países que sofrem as consequências mais alarmantes dos extremos climáticos, mesmo sendo os que menos emitem gases de efeito estufa. Esta seria uma das causas da injustiça climática.

“Os ecossistemas oceânicos e as comunidades costeiras estão entre os afetados pelas alterações climáticas, mas também oferecem ações de adaptação e mitigação. Mostraremos exemplos de oportunidades de adaptação, governança e financiamento”, indica a sinopse do evento, marcado para o dia 14 de novembro, com moderação do pesquiasdor Matt Frost, da Plymouth Marine Laboratory, na Inglaterra.

A mesa também vai se ater a um tema que chegou a ser pauta em reuniões entre líderes do G20 – a Contribuição Nacionalmente Determinada (NDCs) e como os oceanos podem ser incluídos nas discussões sobre os inventários de emissão de efeito estufa, já que são responsáveis por absorver parte dos gases presentes na atmosfera.

Regina lembra que os oceanos ajudam a conter o calor da atmosfera, mas isso faz com que a sua temperatura aumente e volte a impactá-la. Sem estratégias para conter esse calor, é possível que fenômenos extremos se intensifiquem, inclusive em regiões que já sofrem com desastres climáticos, como é o caso de Santa Catarina.

Esta não é a primeira participação de Regina na COP. No ano passado, ela fez parte do grupo de cientistas que lançou um estudo com alertas sobre o clima e o meio ambiente no mundo. Em 2022, ela palestrou, na programação do evento, junto à Organização Mundial de Meteorologia.

Na edição de 2024, além de representar o Ministério do Meio Ambiente, Regina também irá mediar uma mesa no Pavilhão Brasil, que receberá debates sobre o combate à mudança do clima e a transição justa, entre outros temas, além de exposições e apresentações culturais. A proposta foi aprovada pelo Comitê Técnico do Pavilhão Brasil, formado por representantes do governo federal, de fóruns de governo, do setor privado e da sociedade civil envolvidos na organização do espaço.

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Com auditório lotado, UFSC celebra a ciência e a divulgação científica na abertura da Sepex

06/11/2024 21:31

Fotos: Mateus Mendonça

Uma celebração da ciência, do ensino, da pesquisa e da extensão marcaram a cerimônia de abertura da Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação da UFSC, que ocorreu nesta quarta-feira, 6 de novembro. Cientistas e divulgadores da ciência da Física, da Neurociência e do Clima fizeram um debate sobre temas como energia, cosmos, saúde mental, mudanças climáticas e divulgação científica, encantando um auditório lotado com um amplo repertório de conhecimento. A professora da UFSC, Regina Rodrigues, e os cientistas e comunicadores Sérgio Sacani e Eslen Delanogare foram os debatedores em uma mesa coordenada pelo professor de Farmacologia e superintentente de Pós-Graduação da UFSC, Rui Daniel Prediger.

A professora Regina Rodrigues, especialista há mais de 20 anos na área de mudanças climáticas, lembrou que as alterações climáticas na Terra são causadas pela emissão de gás carbônico na atmosfera, que leva ao aquecimento do planeta tendo como consequência os eventos extremos. A pesquisadora destacou, a partir de dados, como a injustiça climática vem sendo observada: segundo ela, 50% dos países mais pobres emitem apenas 8% dos gases do efeito estufa, enquanto os 10% mais ricos emitem 50% dos gases.

O fator pobreza e riqueza também é observado nas populações: 0,1% dos mais ricos têm pegada de 200 toneladas de carbono, enquanto 90% dos mais pobres utilizam apenas uma tonelada. “Os mais afetados pela tragédia são os países mais pobres, e as populações mais vulneráveis sentem mais”, destacou. Ela ponderou, ainda, que um aspecto muito importante das consequências disso são os efeitos diretos da temperatura na saúde humana. “Mortes aumentaram globalmente em 67%, um recorde histórico”, disse. Ela também lembrou da explosão de casos de dengue por conta do calor. “Calor excessivo leva ao aumento de stress, ansiedade e comprometimento cognitivo”.
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Professora da UFSC participa de estudo que aponta mudança climática como causa da seca amazônica

24/01/2024 14:49

A mudança climática causada pelo ser humano foi a principal causa da seca histórica que atingiu a região Amazônica em 2023, enquanto o El Niño – fenômeno climático natural que geralmente traz condições secas para a região – teve uma influência muito menor. A conclusão faz parte da análise rápida de atribuição realizada pelo World Weather Attribution (WWA), grupo internacional de cientistas especializados em pesquisas sobre o clima, do qual faz parte a pesquisadora Regina Rodrigues, professora de Oceanografia Física e Clima da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O estudo está disponível aqui.
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Professora da UFSC participa de painel em Glasgow, como programação paralela à COP-26

09/11/2021 16:09

A professora do Departamento de Oceanografia da UFSC, Regina Rodrigues, participa, na quarta-feira, 10 de novembro, em Glasgow, na Escócia, do painel intitulado: “Averting planetary peril: convening scientists and policymakers to tackle systemic climate risks“, em tradução livre, “Evitando o perigo planetário: reunindo cientistas e legisladores para enfrentar riscos climáticos sistêmicos”. O evento faz parte da agenda paralela da COP-26, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2021 e terá transmissão ao vivo por meio do YouTube, a partir das 8h30.

Dentre os temas abordados estão as mudanças climáticas, condições meteorológicas extremas, degradação ambiental e vulnerabilidades socioeconômicas, os quais apresentam um quadro assustador de riscos planetários. Segundo descrição do evento, a iniciativa pretende compartilhar novas percepções, ferramentas e imagens sobre riscos, de sistêmicos a específicos, e exploramos o envolvimento entre cientistas e formuladores de políticas para enfrentá-los.

 

Mais informações:
Site do evento

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UFSC na Mídia: Boia brasileira monitora variáveis atmosféricas e oceânicas no Atlântico Sul

13/09/2013 09:41

Equipamento foi construído para melhorar a previsão do tempo e acompanhar possíveis mudanças climáticas (divulgação)

Uma boia com sensores para monitoramento atmosférico e oceânico, totalmente construída no Brasil, está ancorada a 3,7 mil metros de profundidade no sudoeste do Atlântico Sul desde abril deste ano.

O objetivo é coletar dados essenciais para prever melhor o tempo e a ocorrência de eventos extremos, como as fortes chuvas que atingiram a região serrana do Rio de Janeiro em 2011 e o furacão Catarina, que golpeou a região Sul do Brasil em 2004.

Tais eventos têm origem na interação entre variáveis atmosféricas, como precipitação, umidade, vento e radiação, e oceânicas, como salinidade, temperatura e pressão – que impactam as condições climáticas no Brasil e na América do Sul de forma geral.“Precisamos de um monitoramento contínuo desses dados a fim de acompanhar as nossas condições climáticas atuais e de nos prepararmos melhor para mudanças e ocorrências extremas”, afirmou Regina Rodrigues, pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no terceiro dia da 1ª Conferência Nacional de Mudanças Climáticas Globais (Conclima), que ocorre até esta sexta-feira (13/09), no Espaço Apas, em São Paulo.
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