Coordenado por professora da UFSC, estudo aponta alterações no cérebro e sangue de suicidas

02/02/2024 12:27

De acordo com a OMS, mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente no mundo.(imagem: Gordon Johnson/Pixabay)

Um estudo coordenado pela professora Manuella Kaster, do Departamento de Bioquímica, do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC, aponta um conjunto de alterações moleculares presentes no cérebro e no sangue de indivíduos que cometeram suicídio. A pesquisa é realizada em conjunto com Daniel Martins-de-Souza, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e tem o doutorando do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica Caibe Alves Pereira como primeiro autor do artigo na revista Psychiatry Research, que expõe os dados e conclusões da pesquisa. Assina o artigo também a pesquisadora Bruna Caroline Pierone, doutora pela UFSC. Segundo os autores, o objetivo foi identificar fatores de suscetibilidade e potenciais alvos terapêuticos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 700 mil pessoas morrem por suicídio anualmente no mundo. Entre os jovens, termo que designa a faixa etária dos 15 aos 29 anos, o impacto do suicídio é particularmente alarmante, representando a quarta principal causa de morte. Os dados, de 2019, foram obtidos na última edição do Global Burden of Disease (GBD), estudo epidemiológico que reúne mais de 200 países e fornece um quadro abrangente das principais causas de mortalidade e incapacidade global.

Diversos fatores de risco estão associados ao suicídio, incluindo histórico familiar, traços de personalidade, condições socioeconômicas, exposição a ideias nocivas nas mídias sociais e presença de transtornos psiquiátricos, especialmente depressão e transtorno bipolar. “Contudo, apesar do enorme impacto psicológico, social e econômico gerado pelas mortes por suicídio, a identificação do risco é feita apenas com base em entrevistas clínicas. Os mecanismos neurobiológicos associados às alterações comportamentais ainda são pouco elucidados. E esse foi o foco de nosso estudo”, conta Manuella Kaster.
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Presença feminina em pesquisas da UFSC cresce e traz prêmios à Universidade

31/03/2015 15:49

Em 2014, mais de 20 pesquisadoras receberam prêmios pelos resultados de estudos desenvolvidos na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Segundo levantamento feito na base de dados do CNPq em novembro de 2014, elas estão presentes em cerca de 57% dos 627 grupos de pesquisa da Universidade, certificados pelo CNPq: são 273 mulheres em cargo de liderança e 210 de vice-liderança, sendo 127 grupos parceria entre duas pesquisadoras. Além disso, o número de estudantes de graduação mulheres que são bolsistas subiu no ano passado de 51% para 56%, em um total de 740 bolsas de Iniciação Científica ofertadas pela UFSC.

Entre as premiadas estão a professora do Departamento de Bioquímica, Manuella Kaster, e a professora do Departamento de Ciências Morfológicas, Patricia de Souza Brocardo, vencedoras do “Para Mulheres na Ciência”. Além do reconhecimento recebido, as pesquisadoras também foram contempladas com 20 mil dólares, que poderão ajudar o desenvolvimento de suas pesquisas, com início em 2015.
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