Projeto Restaura Restinga lança vídeo sobre a recuperação das dunas da Lagoa da Conceição

07/08/2024 08:01

Equipe do projeto Restaura Restinga atuando nas dunas da Lagoa da Conceição. Foto: Todd Southgate

O projeto de extensão Restaura Restinga, vinculado ao Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação da Universidade Federal de Santa Catarina (Leimac/UFSC), lançou um vídeo para divulgar as atividades de pesquisa e extensão que vêm sendo desenvolvidas com o objetivo de restaurar a restinga em praias de Florianópolis (SC).

No vídeo, a professora Michele de Sá Dechoum explica as motivações para a criação do projeto: “Ecossistemas costeiros, como restinga e manguezais, vêm sendo negativamente impactados em escala global como resultado da ação humana no meio ambiente, o que tem ocasionado a perda de hábitat, mudanças climáticas, poluição, sobre-exploração de recursos e invasões biológicas. A restauração ecológica é uma estratégia que gera aumento de diversidade biológica e de serviços ecossistêmicos que são fundamentais ao bem-estar humano.”
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Grupo de pesquisadores alerta sobre projeto de lei que ameaça os campos nativos brasileiros

16/04/2024 09:35

O Planalto Catarinense é uma das áreas ameaçadas pelo Projeto de Lei. (Foto: Arquivo Pessoal/Michele Dechoum)

Um grupo de pesquisadores brasileiros que inclui a professora Michele de Sá Dechoum do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) assina uma carta publicada na revista Science, no último dia 11 de abril, a respeito do Projeto de Lei 364/19, aprovado em março de 2024 na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados. Segundo os pesquisadores, se aprovada, a legislação poderá deixar 48 milhões de hectares de campos nativos em todo o país desprotegidos.

O projeto altera a Lei de Proteção da Vegetação Nativa e permite que uma área maior do que o Paraguai possa ser livremente convertida para uso agrícola, minerário ou urbano sem qualquer tipo de limitação ou autorização administrativa. Na publicação em uma das mais renomadas revistas científicas do mundo é feito um alerta sobre os riscos à biodiversidade e ao desenvolvimento sustentável caso o PL 364/19 passe pelo Senado e seja sancionado pela Presidência da República.

“A aprovação desse PL vai contra qualquer reconhecimento da relevância sociocultural, ambiental e econômica dos campos nativos do Planalto Catarinense. Os campos são importantes não só do ponto de vista de qualidade ambiental, mas também na perspectiva de geração de renda por meio do turismo e da pecuária extensiva. É fundamental que a sociedade catarinense entenda a gravidade da aprovação desse PL e se manifeste contrariamente ao mesmo,” reforça a professora Michele.

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Estudo da UFSC produz guia de plantas nativas como alternativas às plantas exóticas invasoras

26/02/2024 14:32

Capa do guia ilustrado Alternativas.

O guia ilustrado Alternativas, baseado no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) de Renato Fiacador de Lima, será lançado nesta quarta-feira, 28 de fevereiro, em uma reunião da Comissão de Turismo e Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc). O evento é aberto ao público e ocorre na Sala de Reunião das Comissões nº 02 da Alesc, das 13h às 14h. Também haverá transmissão ao vivo pelo canal da Alesc no YouTube.

O trabalho teve orientação de Michele de Sá Dechoum, professora do departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora do Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (LEIMAC). O TCC que originou o guia – cujo título é “Evitando invasões biológicas: investigação do potencial de plantas nativas para substituir plantas exóticas invasoras para fins ornamentais” – teve por objetivo indicar espécies nativas de plantas da restinga e da floresta do litoral em Santa Catarina que possam ser utilizadas como alternativas às plantas exóticas invasoras utilizadas para fins ornamentais no estado.
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UFSC na Mídia: pesquisadora aborda o impacto do javali no meio ambiente

14/02/2024 18:00

A professora Michele de Sá Dechoum, coordenadora do Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação da Universidade Federal de Santa Catarina (Leimac/UFSC), concedeu entrevista ao portal de notícias Deutsche Welle Brasil sobre o impacto do javali no meio ambiente. A matéria também foi publicada no portal UOL.

A pesquisadora, que vem observando os danos que a espécie causa no Parque Nacional de São Joaquim, na serra catarinense, comenta: “O que mais me impressiona é chegar nas áreas de campo e ver o estrago que os javalis estão causando. Parece que passou um trator e que alguém vai plantar alguma coisa.”

Michele orienta estudos que buscam identificar os prejuízos que a presença do animal vem provocando especialmente nos campos de altitude, um ecossistema rico em biodiversidade e importante culturalmente. “Quando os javalis vão fuçando e revirando o solo, algumas espécies vão sumindo. E estes campos têm espécies ameaçadas, espécies endêmicas. Para a biodiversidade é super importante ter uma estrutura bem mantida. Porque se há um efeito nas plantas, que são a base da cadeia alimentar, certamente vai chegar ao topo em algum momento”, explica.

Acesse a reportagem na íntegra aqui.

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Professora da UFSC é coautora de carta na revista ‘Science’ que defende uma restauração biodiversa

26/01/2024 09:02

Publicação na Revista Science defende a restauração da biodiversidade no mundo. (Imagem: Divulgação)

A professora Michele de Sá Dechoum, do Departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC é coautora de uma carta publicada nesta quinta-feira, 25 de janeiro, na Revista Science. A carta, publicada na seção Letters, é assinada por pesquisadores do Centro de Conhecimento em Biodiversidade, um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) baseado na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que chamam a atenção para a necessidade de uma restauração heterogênea.

Embasados por pesquisas recentes, os autores defendem que a restauração precisa considerar as características de cada área a ser restaurada e priorizar uma maior diversidade de espécies de plantas. Os cientistas ressaltam a importância de criar cadeias de produção de sementes, assim como conhecimento científico sólido sobre as espécies que compõem cada um dos ecossistemas que formam nossos campos e florestas.

A seção Letters da Revista Science reúne textos de cientistas, com o objetivo de promover debates sobre assuntos que estão sendo pesquisados na atualidade. Os textos não são editados, revisados ​​ou indexados pela Revista, porém devem fornecer comentários com referências acadêmicas relevantes sobre o artigo em discussão.

“Nosso futuro depende da restauração de áreas naturais em escala global,” salienta a professora Michele. Ela frisa que estamos na Década da Restauração de Ecossistemas (2021-2030), assim denominada pela Organização das Nações Unidas (ONU). Segundo ela, diversos países se comprometeram a restaurar uma área de cerca de 1 bilhão de hectares, o que equivale ao tamanho do Canadá.

Conceito recente

O conceito de restauração ecológica ainda é muito recente, conforme explicam os pesquisadores no artigo publicado pela Revista Science. “Antes da década de 1980 pouco ou nada se falava a respeito. Com isso, ainda existem grandes lacunas de conhecimento sobre como restaurar áreas com tamanha biodiversidade, como é o caso do Cerrado, dos campos e florestas tropicais”, ressaltam.

A carta alerta, ainda, para a necessidade de restauração com maior diversidade, não apenas o “esverdeamento de uma área”. Segundo os pesquisadores, no Brasil atualmente há a perda de ecossistemas com a adoção de projetos de restauração utilizando um padrão com pouca diversidade de espécies. Com isso, não há a reprodução de condições próximas das que existiam nessas áreas antes da degradação, tornando homogêneas regiões que antes eram biodiversas.

“As espécies escolhidas para restaurar costumam ser aquelas que germinam rápido, contribuem para a fertilidade do solo e, sobretudo, estão disponíveis em viveiros e supermercados. Como resultado, estamos de fato criando ecossistemas homogêneos e com baixa diversidade, o que compromete a produção de serviços ecossistêmicos importantes, como água, polinização, etc.”, reforçam.

Ecossistemas de referência

Uma das estratégias apontadas pelos pesquisadores são os “ecossistemas de referência”, que consistem em áreas nativas, próximas aos locais que se pretende restaurar, que podem fornecer informações importantes para guiar a restauração das áreas degradadas. Quando restauradas corretamente, essas áreas contribuem mais rapidamente e eficientemente para a conectividade entre os ecossistemas. “Elas funcionam como espelhos para guiar todo o processo e, ainda, fornecem sementes, polinizadores e dispersores de sementes durante a restauração”, defendem.

“Somente a restauração com espécies nativas pode promover mais rapidamente a conectividade do ambiente e promover a correta recomposição de nascentes, espécies de animais e plantas e os benefícios que os ecossistemas podem fornecer para um desenvolvimento verdadeiramente sustentável”, concluem.

Acesse a publicação completa na Revista Science.

 

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Evento da UFSC sobre controle de javalis em Santa Catarina ocorre nesta segunda

08/07/2021 23:50

Nesta segunda-feira, 12 de julho, a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove palestras e debates abertos ao público com o tema Invasão por javali – Desafios, soluções e perspectivas para manejo e controle de javali no estado de Santa Catarina. A atividade, que irá reunir cientistas e gestores públicos, tem por objetivo construir, em um segundo momento, um plano de ação integrado para o controle de populações de javali no estado.

Todas as informações sobre o evento foram divulgadas nesta notícia.

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Projeto da UFSC sobre manejo de pinus invasores na Lagoa da Conceição completa 10 anos

01/06/2020 08:00

O projeto de extensão da UFSC Restaurando ecossistemas e paisagens – Manejo de pínus invasores no Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição (Florianópolis, SC) completa 10 anos este ano. Para comemorar a data, nesta segunda-feira, dia 1º de junho, na Semana do Meio Ambiente, será lançado um vídeo comemorativo.

Michele de Sá Dechoum, docente do Departamento de Ecologia e Zoologia (CCB/UFSC) e coordenadora do projeto, relata um pouco desta experiência como forma de “agradecer imensamente a todas e todos que, de forma direta e indireta, nos ajudaram e seguem nos ajudando a restaurar ecossistemas e paisagens. E prosseguimos, pois ainda temos muito trabalho pela frente”, ressalta a pesquisadora.

Acrescenta que a principal motivação desta atividade “são os quase 200 hectares de restinga que já foram restaurados nesses 10 anos de trabalho conjunto, em um esforço comunitário. Protegendo espécies nativas e o funcionamento de ecossistemas garantimos também nossa saúde e nosso bem-estar. Estamos também restaurando paisagens, esse importante componente da nossa identidade e da nossa cultura”.
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UFSC na mídia: professora aponta tentativa de redução de área protegida na Mata Atlântica

05/05/2020 10:05

A professora do departamento de Ecologia e Zoologia do Centro de Ciências Biológicas (CCB) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Michele Dechoum é uma das autoras de artigo publicado na segunda-feira, 4 de maio, na seção Sustentabilidade do Estadão. No texto, intitulado E daí? Ministro do Meio Ambiente atua para reduzir proteção da Mata Atlântica, pesquisadores criticam uma proposta enviada por Ricardo Salles para mudança na Lei da Mata Atlântica que deixa desprotegidas áreas não florestais.

“Embora o termo ‘mata’ enfatize as florestas, o bioma inclui variados ecossistemas, tais como restingas, manguezais, campos, banhados. (…) Se a proposta do ministro for implementada, toda vegetação da Ilha de Santa Catarina, por exemplo, onde se situa Florianópolis, não seria mais protegida. Também os Campos de Cima da Serra, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina”, informa o artigo.

> Acesse a íntegra do artigo publicado no site do Estadão

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UFSC na mídia: ‘caçadores de pínus’ da Universidade são tema de crônica da revista Piauí

08/01/2020 09:21

O trabalho desenvolvido pela professora do Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Michele de Sá Dechoum, pelo Instituto Hórus de Desenvolvimento e Conservação Ambiental e por participantes voluntários (a maioria estudantes de graduação e pós-graduação e profissionais da área da Biologia) é tema de uma crônica da edição deste mês da revista Piauí.

O texto intitulado “Caçadores de Pínus”, produzido pelo jornalista Maurício Frighetto, aborda o combate aos pinheiros-americanos, nome popular dos pínus – espécies originárias do Hemisfério Norte e que começaram a ser plantados no Brasil na década de 1950 para a produção florestal. Algumas dessas espécies, como a Pinus elliottii, podem se tornar invasoras e tomar o lugar das plantas nativas.

O grupo capitaneado por Dechoum calcula ter arrancado mais de 365 mil pínus no Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, uma área de pouco mais de 700 hectares em Florianópolis.

> Confira a crônica da revista Piauí:

Caçadores de pínus

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