Cães heróis do Corpo de Bombeiros recebem cuidados em Clínica Veterinária da UFSC

10/10/2023 11:46

O cão de resgate Hunter, em Curitibanos (Foto:CBM-SC)

Quando um desabamento, deslizamento, enchente, ou um incêndio ocorre, uma série de profissionais de salvamento é chamada para tentar localizar vítimas. Neste momento, uma ajuda crucial vem de cães de resgate, como Hunter e Barak. Ambos vivem na região serrana catarinense, e recebem, regularmente, os cuidados da Clínica Veterinária Escola da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no campus de Curitibanos. 

Hunter é um Labrador e tem oito anos. É um veterano do Corpo de Bombeiros Militar de Santa Catarina (CBM-SC). Segundo o Cabo Ronaldo Fumagalli, tutor dos cães e responsável pelo seu treinamento, o Labrador está perto de sua aposentadoria. 

Hunter já atuou em buscas e salvamentos em tragédias como os desastres ambientais que ocorreram em Mariana (2015) e Brumadinho (2019), em Minas Gerais; o incêndio no prédio da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul (2021); e, mais recentemente, o deslizamento em Petrópolis (2022), no Rio de Janeiro.

O cão é experiente e possui diversas certificações, inclusive a da International Search and Rescue Dog Organisation (IRO), o que respalda sua atuação como cão de resgate em todo o Brasil e no exterior. Ele aprendeu o que sabe de Fumagalli mas também da Find, cadela de resgate que faleceu em fevereiro deste ano, com 14 anos de idade. Hunter e Find trabalharam juntos no resgate às vítimas de Mariana, em 2015, além de outros incidentes. 
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Colégio de Aplicação abre inscrições para sorteio de vagas do ano letivo 2024

09/10/2023 09:34

O Colégio de Aplicação da UFSC, unidade do Centro de Ciências da Educação (CED) anunciou a abertura de edital, com inscrições abertas para sorteio de vagas e formação de lista de espera para o ano letivo de 2024. A instituição atende estudantes do primeiro ano do Ensino Fundamental até o terceiro ano do Ensino Médio. A escola é pública e gratuita e está localizada dentro da UFSC, no bairro Trindade, em Florianópolis. O edital é destinado ao público em geral e também conta com reservas de vagas para pessoas com deficiência e/ou candidatos declarados negros (pretos e pardos), indígenas e quilombolas.

As inscrições são gratuitas, estão abertas e podem ser feitas até o dia 7 de novembro, às 18h. Todas as informações sobre o processo de inscrição e sorteio estão disponíveis no edital, e a escola orienta a leitura atenta de todo o documento. Serão ofertadas 60 vagas para o primeiro ano do Ensino Fundamental e formação de lista de espera para as demais turmas. Há reserva de três vagas a alunos com deficiência e 12 vagas para alunos declarados negros (pretos e pardos) pela família ou declarados indígenas ou quilombolas.

O resultado final da seleção será divulgado no dia 23 de novembro.

 

Mais informações e inscrições pelo site ingressoaplicacao.ufsc.br

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UFSC na mídia: caloura com paralisia cerebral destaca sensação de liberdade e acolhimento

06/10/2023 17:18

A caloura de Pedagogia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Isabelli Macedo de Ávila tem paralisia cerebral e, em entrevista para a NDTV, destacou a sensação de liberdade e o acolhimento da Universidade. “Recebi um acolhimento dos professores, da minha turma e da nossa assistência de acessibilidade.”

Além de um café de acolhimento, Isabelli recebeu um notebook emprestado da Universidade para facilitar sua adaptação. Uma colega de turma da jovem também destaca a dedicação e participação dela nas aulas. 

Toda a adaptação e jornada dos estudantes com deficiência é acompanhada pela Coordenadoria de Acessibilidade Educacional (CAE). A equipe é responsável por acolher e dar apoio para a permanência desses alunos. Ao todo 8% das vagas dos vestibulares são reservadas para esse público, e a CAE trabalha de acordo com as demandas de cada indivíduo. Na reportagem, a coordenadora da CAE, Bianca Costa Silva de Souza, explica como é feito o acompanhamento dos estudantes com deficiência na Universidade: “A gente entende qual é a especificidade de cada pessoa, e a gente vai traçando um plano de acompanhamento desse sujeito, e ele vai participando do processo também”.

Confira a reportagem completa.

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UFSC tem 40 pesquisadores entre os mais influentes do mundo, segundo ranking internacional

05/10/2023 18:38

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem 40 pesquisadores nas listas dos cientistas mais influentes divulgada anualmente pela editora Elsevier. Elaborado em conjunto com a Universidade de Stanford, o banco de dados fornece informações padronizadas sobre citações e outros índices de impacto. São duas listas: uma englobando toda a carreira, e outra com dados apenas do último ano. Na primeira relação, são 28 pesquisadores da UFSC; na segunda, são 26 – 14 estão presentes nas duas listas.

Os bancos de dados podem ser acessados aqui.

Em ambas as listas, a UFSC é a oitava instituição brasileira no número de pesquisadores relacionados, a quarta entre as universidades federais.

Os cientistas são classificados em 22 campos e 174 subcampos de acordo com a classificação padrão Science-Metrix. Os dados ao longo da carreira são atualizados até o final de 2022 e os dados do ano recente referem-se às citações recebidas durante o ano civil de 2022. A edição atual é baseada nas informações disponíveis em 1º de outubro de 2023 do Scopus, atualizado até o final do ano de citação de 2022 e  usa dados Scopus fornecidos pela Elsevier por meio do ICSR Lab.

Confira os pesquisadores citados no ranking:
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Núcleo de Desenvolvimento Infantil abre inscrições para sorteio de vagas do ano letivo de 2024

05/10/2023 10:50

Foto: Juliane Mendes Rosa La Banca

O Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI) do Centro de Ciências da Educação (CED) da UFSC  anunciou a abertura do período de rematrículas, inscrições para novos alunos por meio de sorteio de vagas e a formação de listas de espera para o ano letivo de 2024. O edital do processo seletivo foi publicado nesta quarta, 4 de outubro. O período de inscrições para novos alunos inicia-se na segunda-feira, dia 9 de outubro e segue aberto até o dia 7 de novembro. As inscrições devem ser realizadas exclusivamente pelo site ndi.ufsc.br.

Há 14 vagas disponíveis e podem se inscrever as crianças nascidas entre 31 de março de 2018 e 31 de dezembro de 2023. Há quatro vagas reservadas para crianças declaradas negras (pretas e pardas), indígenas e quilombolas e duas vagas reservadas para crianças com deficiência. A Secretaria do NDI disponibilizará, no período das inscrições, equipamentos para aqueles que não dispõem de acesso à internet, no horário das 7h30 às 18h30, ininterruptamente, no local.

O resultado final será divulgado em 24 de novembro.
Mais informações:
ndi.ufsc.br
matriculas.ndi@contato.ufsc.br
Telefone e WhatsApp (48) 3721-2322

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Filhotes de patos do lago da UFSC atraem olhares curiosos; conheça a espécie Cairina moschata

03/10/2023 12:03

Patinhos começam a nadar assim que saem dos ovos

Um grupo de sete patinhos tem chamado atenção de quem circula no entorno do lago da UFSC, situado ao lado do Centro de Cultura e Eventos, no campus da Trindade. Anteriormente habitado por três espécies adultas de Pato do Mato – Cairina moschata -, agora o local também é a casa dos filhotes, que levam cerca de 70 dias para começar a voar.

O professor Guilherme Brito, do Laboratório de Ornitologia e Bioacústica Catarinense (Laboac), explica que essa é uma espécie comumente domesticada, que ocorre em muitos lugares do mundo mas tem distribuição mais ampla na América do Sul e na América Central. “São bichos geralmente mesclados, enquanto o não domesticado, o animal nativo, é todo preto”, explica. A espécie foi domesticada por comunidades indígenas das Américas.

Os Patos do Mato são animais essencialmente da floresta associada aos rios e costumam ser tímidos em regiões onde são muito caçados. No campus, onde são alimentados por pessoas que circulam na região, eles convivem harmoniosamente com seres humanos. “São o típico domesticado”, registra Brito.

Os filhotes, que têm alegrado os humanos andando e nadando em bando atrás da mãe, nasceram após cerca de 35 dias de incubação. “Geralmente se reproduzem em época chuvosa, quando há mais recursos. Eles nidificam em buracos, como oco de árvore ou buraco de barranco. Muitos utilizam caixas ninhos, com o ninho sempre numa área coberta”, explica o professor.

Essa espécie costuma registrar cerca de dez ovos por ninhada, o que é considerado um volume alto para o seu tamanho. Isso indica, segundo o professor, que há um dispêndio grande de energia dos animais em sua época reprodutiva. Entre os Patos do Mato, o macho é muito maior do que a fêmea.

Filhotes precoces

Espécie já foi catalogada como ave do campus (Reprodução do LABOAC)

Os simpáticos patinhos do lago da UFSC são chamados de filhotes precoces – ou, tecnicamente, nidífugos. “Eles nascem quase prontos, bem plumadinhos, saem do ovo e já saem nadando”. No caso dos Cairina moschata eles ficam mais dependentes da mãe nos primeiros dois meses e com cerca de 70 dias já são capazes de voar, o que pode fazer com que abandonem o campus em breve.

Mas a natureza – e a ecologia – também têm seus próprios enredos. E o professor Guilherme destaca que é imprevisível o que vai acontecer com os novos habitantes do lago quando conquistarem sua independência e alçarem seus primeiros voos. “O que eles tendem a fazer é se dispersar quando adultos, pois quanto mais bichos adultos no mesmo ambiente, menos recursos”, projeta.

Mesmo assim, o fato de serem animais domesticados pode fazer com que eles permaneçam no ambiente onde são alimentados de forma abundante. Se isso ocorrer, a população pode aumentar ainda mais, já que são animais que costumam se reproduzir bastante. “Eles tendem a ser promíscuos em cativeiros”, explica.

A fofura dos patinhos tem atraído muitos flashs, o que é facilitado pelos próprios animais, que não se assustam com a presença humana. “Os filhotes confiam muito nos pais e não têm medo da aproximação”, conta Guilherme. Mas, mesmo assim, é necessário cautela e respeito aos bichos. “Não dá para pegá-los na mão para tirar foto”, recomenda o professor.

Guia das aves do campus? Temos!

O Laboac está elaborando um material completo sobre as aves do campus da UFSC. A ideia é fazer um guia primeiro na versão de ebook. “ É um guia de campo para estimular a observação de aves do campus e arredores, já que temos bastante curiosos”, conta. O título da publicação em fase de produção é Guia de Campo das Aves do Campus.

Além do Pato do Mato, já catalogado, a equipe reuniu outras das quase 130 espécies registradas no campus, mas a ideia é envolver a comunidade, que pode enviar imagens das espécies fotografadas para o e-mail ornitoufsc@gmail.com ou instagram @laboac_UFSC. A ideia é também reunir os grupos para saídas de campo, as passarinhadas.

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UFSC na Mídia: Pesquisadores denunciam banco por lucrar com contrabando de africanos no século XIX

03/10/2023 08:45

Pintura de Debret ilustra período de escravidão; imagem meramente ilustrativa

O pós-doutorando da UFSC Clemente Penna, que atua junto ao Laboratório de História Social do Trabalho e da Cultura, e a professora do departamento de História Beatriz Mamigonian integram um grupo de 14 pesquisadores da escravidão e do tráfico de africanos que subscrevem uma ação do Ministério Público Federal pedindo reparação pela participação do Banco do Brasil nos negócios da escravidão no século XIX. A iniciativa repercutiu na imprensa e foi pauta da BBC e do podcast O Assunto.

No texto produzido pela rede britânica BBC e publicado pelo G1, explica-se que a ação é inédita no país e pretende iniciar um movimento de cobrança por reparação histórica de grandes e centenárias instituições brasileiras – estatais e privadas – que de alguma forma tenham participado ou fomentado a escravidão no país. Onze universidades estão envolvidas com os estudos. “Eles descobriram, por exemplo, que entre os fundadores e acionistas do BB estavam alguns dos mais notórios traficantes de escravizados da época – entre eles José Bernardino de Sá, tido como o maior contrabandista de africanos do período”, relata a reportagem.

O pesquisador Clemente Penna foi um dos entrevistados do podcast O Assunto e afirmou que espera que essa ação e as pesquisas que a embasaram sirvam, de fato, para fomentar esse debate. “A gente não pensa em sistema financeiro e escravidão, isso é uma discussão que é até relativamente recente […] e é um processo de silenciamento que quase produz uma inércia”, disse. Entre outras coisas, a ação registra que ao longo dos anos de 1833 e 1859, numa amostra de 2.275 penhoras judiciais que correram pelas mais diversas varas da justiça carioca, 65% dos litígios tiveram pelo menos um ser humano escravizado apreendido por ordem da justiça para garantir o pagamento de dívidas.

O estudo indica ainda que “parece não haver dúvidas que boa parte do capital que constituiu o maior banco do Império era oriundo do tráfico e dos negócios da escravidão”. Acrescenta, ainda, que o acionista do Banco do Brasil Bernardino de Sá, evidenciava, com seu destaque no quadro societário, a transferência dos capitais do tráfico e da escravidão para o setor financeiro, num movimento amplamente citado pela historiografia, mas, ainda, pouco estudado.

Conforme a reportagem da BBC, no documento enviado ao Banco do Brasil, o MPF estipulou um prazo de 20 dias para a presidência da instituição responder a uma série de questões, entre elas a posição do banco sobre sua relação com o tráfico de pessoas negras escravizadas, informações sobre financiamentos realizados pelo banco e relação com a escravidão, informações sobre traficantes de pessoas escravizadas e sua relação com o banco e iniciativas do banco com finalidades específicas de reparação em relação a esse período.

Seis anos após a sua morte, ex-reitor Cancellier começa a ter imagem reabilitada

02/10/2023 18:28

O reitor Cancellier, no dia de sua posse, em maio de 2016. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

Nos seis anos de sua morte, lembrada nesta segunda-feira, 2 de outubro, o ex-reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Luiz Carlos Cancellier de Olivo tem a sua reputação reabilitada e experimenta o reconhecimento de suas ações em prol da Universidade e da educação. A homenagem mais recente foi a inauguração, no início de setembro, da avenida Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, via pública construída em terreno da UFSC doado à população de Florianópolis para duplicação da rua Deputado Antônio Edu Vieira, no Pantanal.

Neste período, a Universidade aperfeiçoou procedimentos de transparência, resolveu todas as pendências administrativas e conseguiu retomar os cursos de Educação a Distância, área em que suspeitas de irregularidades motivaram a deflagração da Operação Ouvidos Moucos, em 2017. Apurações e procedimentos do Tribunal de Contas da União (TCU) e da Controladoria-Geral da União (CGU) sobre as denúncias não apontaram nenhum indício da participação do ex-reitor em irregularidades.

Cada vez mais, consolida-se a ideia de que o ex-reitor Cancellier foi vítima de abusos e arbitrariedades cometidos por agentes públicos da área policial e judicial, além de sofrer com uma cobertura sensacionalista e superficial dos meios de comunicação.
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SeCArtE abre exposição ‘Floresta’ no Centro de Cultura e Eventos da UFSC

02/10/2023 10:51

O Espaço Expositivo do Centro de Cultura e Eventos – Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), recebe, até 15 de novembro, a exposição Floresta da artista plástica catarinense Rosiane Rosa Guimarães.

Sobre a Série 

A série Floresta é inspirada no poema Na Floresta, do ensaísta, prosador, poeta, conferencista e pintor de origem libanesa, Gibran Khalil Gibran. Nesta série que compreende 25 obras em acrílico sobre tela, todas no tamanho 40×50, apresento minha visão real e fantasiosa sobre o que estaria sendo visto e não visto, no espaço da Floresta.

“Não se trata aqui de uma Floresta específica, mas sim da Floresta como espaço onde convivem reinos: mineral, vegetal, animal, cósmico, espiritual, humano, ou tantos quantos existirem e os muitos que desconheço. Através da representação visual em tinta acrílica sobre tela, proponho tornar visível, um lugar onde a fraqueza e a fortaleza humana tenham o mesmo peso, onde não haja diferença nem grau de importância entre todos que ali coexistem, nada a perseguir, a existência como deslumbre por si só. Como no mundo que conheço esta realidade está longe e fora de questão, na série Floresta eu crio meus próprios seres e plantas, misturo com os existentes conhecidos, adentro sentimentos e sensações através da liberdade de criação, do figurativo às manchas e texturas, do fino acabamento à permissão do traço da queda do pincel. Neste ano em que completei cinquenta anos de existência, senti imensa vontade de compartilhar esta série que me transporta para outro mundo que me parece ser mais coerente com o que seria o sentido da vida”. Declara Rosiane Rosa Guimarães.

Biografia da Artista

Rosiane Rosa Guimarães, Rosa Guii, é Artista Plástica catarinense, nascida em Florianópolis, formada em Arquitetura e Urbanismo pela UFSC. O desenho e a pintura sempre estiveram presentes em sua vida, não sendo possível datar de forma precisa quando começou na área artística. Sempre autodidata, ao estudar com o Grupo de Pintores das Oficinas de Artes do Centro Integrado de Cultura, sua arte ganhou profissionalismo e aprimoramento da poética. Atualmente também desenvolve trabalhos na área da dança, expressão artística que segundo a artista complementa e inspira suas criações na pintura.

A mostra Floresta permanece para visitação pública de segunda a sexta-feira das 7h às 19h no Espaço Expositivo do Centro de Cultura e Eventos da UFSC – piso térreo.

Acesse a Agenda Cultural da Secarte e fique por dentro das próximas atrações artístico-culturais na UFSC.

O quê: Exposição Floresta de Rosiane Rosa Guimarães
Quando: até 15/11/2023
Onde: Espaço Expositivo | Centro de Cultura e Eventos
Informações: Departamento de Cultura e Eventos – Dceven – (48) 3721-3858

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UFSC sedia encontro anual de projeto internacional voltado a pesquisas no Oceano Atlântico

29/09/2023 15:07

Entre os dias 3 e 10 de outubro, o Brasil será sede do Encontro Anual do AtlantECO –  projeto de pesquisa científica financiado pelo Programa Horizon 2020 (H2020) da União Europeia. O evento é organizado pela instituição anfitriã, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e conta com o apoio de pesquisadores da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). A atividade vai reunir pesquisadores que integram o AtlantECO em todo o mundo, incluindo a União Europeia, África e Brasil.

A programação do evento consta de reuniões, sessão de pôsteres, atualizações sobre temáticas transversais do projeto, sessões plenárias sobre o progresso do AtlantECO e ações ainda a serem realizada. Também haverá atividade conjunta com o projeto Mission Atlantic, incluindo discussões científicas sobre o que já foi efetuado. Além disso, serão realizadas visitas locais a aquicultores e pescadores, além de momentos para vivência social entre os participantes. A atividade é voltada aos pesquisadores do projeto e a convidados para programação específica, não sendo aberta ao público geral.

A última edição do Encontro Anual foi realizada em 2022, na Cidade do Cabo, na África do Sul, e foi importante para a equipe de pesquisadores do projeto discutir avanços do AtlantECO. “Como são três continentes diretamente envolvidos no projeto – Europa, América e África -, essa rotatividade na realização do encontro anual é importante para assegurar que todos os participantes se sintam abraçados pelo projeto, atuando de forma igualitária em seu desenvolvimento e execução”, aponta Andrea Green Koettker, pós-doutoranda da UFSC e integrante do AtlantECO.

Ela acrescenta que, por se tratar de um projeto interdisciplinar e colaborativo, os encontros presenciais são fundamentais para que a equipe do AtlantECO tenha um maior entrosamento e possa discutir de forma mais eficaz os principais resultados obtidos e os próximos passos a serem desenvolvidos no projeto como um todo.
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Artista Gugie Cavalcanti pinta cobertura do Planetário da UFSC em Florianópolis

29/09/2023 14:26

Planetário do CFH com arte na cobertura. Fotos: Mateus Mendonça/Agecom/UFSC

A paisagem no bosque do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, ganhou várias cores. “São duas crianças sorrindo no meio de um campo de flores enquanto olham o céu estrelado”, diz a artista Gugie Cavalcanti, que já foi responsável por outras artes conhecidas em Florianópolis, inclusive na UFSC: a obra “Leoa”, 2022, executada no CFH.

Outra arte conhecida é o mural em homenagem a Antonieta de Barros, no centro de Florianópolis, em que Gugie, Thiago Valdi e Tuane Ferreira trabalharam em 2019. A pintura que transformou a cobertura do Planetário, edifício do CFH,  foi finalizada na semana passada.

A artista conta que enquanto idealizava a arte para o Planetário, pensou em trazer harmonia entre as pessoas e a natureza. “Mas, para além disso, nas minhas artes eu reflito nossa individualidade dentro do coletivo, eu considero o universo que cada um tem dentro de si.”  

A arte foi feita utilizando técnicas de spray e tinta látex; após isso, usou marcações aleatórias para ampliar os retratos, “foram diversas técnicas”, comenta. Ela acrescenta que o formato incomum da cobertura foi a maior dificuldade, devido a curvatura, que pode causar deformações pelos diversos pontos de vista. O clima também atrapalhou: os dias ensolarados com temperaturas elevadas dificultaram o trabalho da artista.
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Instituto da UFSC destaca necessidade de aproximação com a China em palestra

28/09/2023 16:33

Em meados de 2017, uma questão em sala de aula incomodou o professor do Departamento de Sociologia e Ciência Política da UFSC Raúl Burgos: o que sabemos sobre a China? Mesmo com a emergência da China no cenário internacional, eram poucas conexões, isoladas, envolvendo o país asiático na UFSC. Com esta insatisfação latente, ele conversou com o professor Vladimir Pomar, estudioso do país asiático, que reclamou: “Há quinze anos estou tentando que alguém preste atenção a este ponto”. A partir disto começaram os contatos que resultaram na fundação do Instituto de Estudos sobre a China da UFSC (Ichin), em 4 de dezembro de 2019, cujos objetivos são desenvolver estudos sobre a China e promover relacionamentos de intercâmbio e cooperação da UFSC com as universidades chinesas.

Nesta sexta-feira, 29 de setembro, o Ichin promove a palestra “Made by China 2025: Implicações na Indústria Agropecuária, Emprego e Salários no Brasil”, apresentada por Vladimir Milton Pomar, juntamente com o lançamento de seu livro “O Sucesso da China Socialista”. O evento irá lembrar os 74 anos da fundação da Republica Popular da China e será realizado às 16h, no mini auditório do Bloco E, localizado no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH). De acordo com Pomar, será “uma apresentação sucinta do que é a China hoje e da necessidade do Brasil se apressar na definição de uma estratégia nacional para lidar com a China e constituir um núcleo operacional de gente que entenda do país”. 

Pomar lista as vantagens de trabalhar em parceria com instituições chinesas: “Estar no país que é hoje uma das cinco maiores potências mundiais (econômica, comercial, científica, tecnológica e em inovação). Por isso, ter a oportunidade de conviver na China com pesquisadores de dezenas de países e acesso ao que há de mais moderno, em todas as áreas. Além disso, de dispor de recursos financeiros que talvez no Brasil não sejam possíveis”. Ele cita o diferencial do relacionamento: “Se as instituições chinesa e brasileira já têm um histórico de ações conjuntas, as coisas podem andar em maior velocidade e com muito mais perspectivas”.

Interdisciplinaridade

Antes mesmo da fundação do Ichin, as primeiras reuniões para formatar a organização interdisciplinar ocorreram e resultaram numa entidade com estatuto e regimento interno estabelecidos. O Ichin tem definidas diversas coordenadorias, incluindo pesquisa, assuntos estudantis, parcerias institucionais e cultura e língua chinesa. O coordenador geral é Raúl Burgos enquanto o vice é o professor do Departamento de Engenharia Mecânica Daniel Martins.

A diversidade e a multiplicidade de pontos de vista observados no Ichin são propositais, explica Burgos: “O interesse é extremamente aberto. Nós fundamos o Ichin, com o intuito de que na UFSC possamos reverter uma tendência histórica de não prestar atenção não apenas à China, o nosso foco, mas à Ásia como um todo. Queremos entender a China”. A aceitação de diferentes pontos de vista sobre o país é inerente ao Ichin, e no chamamento de interessados “vieram diversas perspectivas, algumas mais simpáticas à experiência chinesa, outras com um pé atrás, mas querendo investigar”, comenta o coordenador do Ichin. “O interesse é estudar, não é sustentar uma ou outra posição pré-concebida. Sempre que se estuda rigorosamente, com contraste de fatos e evidências, você encontra diversíssimas visões sobre a China, algumas muito críticas, mas o que ninguém nega é a importância estratégica dos estudos sobre esse país. Você pode ter a opinião que quiser, mas não deixar de lado o papel que a China tem no mundo hoje. Ela caminha para ser a primeira potência mundial em termos econômicos, e já é em alguns critérios”, relata Burgos.

Salto em pesquisas

O coordenador do Ichin destaca a curva de ascensão chinesa em termos acadêmicos e científicos: “É um avanço em escala logarítmica. A China é uma potência do mundo em papers e patentes. Não se freia mais, não dá para voltar mais ao ponto anterior”. Ele comenta que o tempo da China como fonte de bugigangas de baixa qualidade e mão-de-obra barata “já era. Foi muito veloz o processo de transformação em qualidade. O volume de estudantes e pesquisadores, especialistas chineses que se formaram em outros países e voltaram, a criação de institutos de pesquisa e tecnologia é quase impossível de mensurar. São em torno de três mil universidades na China, várias entre as melhores do mundo há muito tempo”.

Um exemplo da potência tecnológica e financeira da China citado por Burgos é o desenvolvimento de chips. “É impossível fazer que se pare a evolução de tecnologia. Porque quando vetam o ingresso de chips (americanos na China), os chineses colocam cem institutos a pesquisar e trazem técnicos do mundo inteiro, oferecendo altíssimos salários para pesquisar cada passo desta tecnologia. Fazem de uma proibição o impulso para o desenvolvimento”, analisa Burgos. Por exemplo, no final de agosto, a empresa Huawei lançou o telefone Mate 60 Pro, smartphone top de linha, que utiliza um chip feito com processo de 7 nm, da empresa SMIC.
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Batalhas de poesia são tema de episódio do podcast Flash UFSC

28/09/2023 14:10

Arte: Jalize Pinheiro Medeiros e Audrey Schmitz sobre foto de Lucas Vieira/Slam Estrela D’alva

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 28 de setembro, um novo episódio do Flash UFSC, com o tema Slam, poesia e representatividade. O podcast fala sobre o movimento que busca tirar o gênero poesia do espaço erudito e torná-lo impactante para toda a sociedade.

Com a participação de slammasters e poetas, o Flash UFSC fala sobre o que é o slam e como funcionam os eventos do Slam Estrela D’alva, grupo organizado pelo Programa de Educação Tutorial dos Cursos de Letras (PET-Letras). Aborda, também, a importância da representatividade na literatura. O episódio foi produzido pelos estudantes de Jornalismo e estagiários da Agecom Kauê Alberguini e Mateus Mendonça.

A cada duas semanas, o Flash UFSC traz informações sobre ciência, cultura e arte em episódios de até sete minutos de duração. Ouça no site, pelo Spotify ou em outras plataformas.

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Pesquisadores da UFSC participam de projeto sobre regeneração natural na Amazônia

28/09/2023 12:07

O que determina o potencial da floresta regenerar sozinha?

A regeneração natural (RN) é um método de baixo custo para promover a recomposição e restauração de florestas nativas e prover serviços ecossistêmicos, como o sequestro de carbono e a restauração da biodiversidade. Uma nota técnica produzida pelo projeto REGENERA-Amazônia, que inclui pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sistematizou informações sobre a RN na Amazônia, com o objetivo de avaliar a eficácia dessa estratégia. O documento foi lançado durante um simpósio no Museu Paraense Emílio Goeldi (MPEG), em Belém (PA), na última segunda-feira, 25 de setembro.  

A nota técnica “Recomendações para o monitoramento da regeneração natural na Amazônia” sugere indicadores e valores de referência para o monitoramento da regeneração natural da floresta dentro do contexto da restauração de florestas na Amazônia. O objetivo foi chamar a atenção para a importância da regeneração natural como método de baixo custo para a restauração da floresta, e apresentar indicadores que auxiliem os estados na implementação e monitoramento da restauração florestal na Amazônia. Clique aqui para ter acesso ao documento na íntegra. 
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UFSC lança serviço de compra de passe do RU por PIX e agenda para evitar desperdício

27/09/2023 15:01

Informando o horário em que pretendem fazer a refeição, usuários ajudam a combater o desperdício. Foto: Mateus Mendonça/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está disponibilizando a compra de passe via PIX para refeições no Restaurante Universitário (RU). O serviço atende as unidades de todos os campi e conta também com outras facilidades, como acesso rápido ao cardápio, consulta de saldo e pagamento também por boleto – Guia de Recolhimento da União (GRU).

Para o RU/Trindade, em Florianópolis, que serve o maior número de refeições entre os campi, foi criado, também, o serviço de Agenda Consciente – em que os usuários ajudam voluntariamente a diminuir o desperdício de alimentos, informando o horário em que pretendem frequentar o RU. Todos os serviços estão disponíveis no endereço app.ufsc.br.

Esse site pode ser instalado na forma de um aplicativo no telefone celular. Basta ir no ícone de compartilhar e selecionar a opção “Adicionar à tela de início”, para iOS. Nos celulares Android, é preciso acessar a opção da página “Instalar aplicativo”.

Para ter acesso aos serviços do RU é preciso estar logado, assim como acontece com qualquer sistema da UFSC. No entanto, quando utilizados como um aplicativo, não há necessidade de repetir login em cada acesso.

Agenda Consciente

O agendamento voluntário ajudará a UFSC, contribuindo para evitar desperdícios e promovendo melhor economicidade. Assim, a Agenda Consciente vem auxiliar no planejamento da quantidade de refeições a serem preparadas, reduzindo o desperdício de comida e evitando as alterações emergenciais no cardápio. Por enquanto, esse serviço está disponível para o RU/Trindade.

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Ranking internacional classifica UFSC entre as cinco melhores universidades federais do Brasil

27/09/2023 14:26

Campus de Florianópolis da UFSC. Foto: Robson Ribeiro/Agecom/UFSC

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) está entre as cinco melhores instituições de ensino superior do Brasil, de acordo com o ranking internacional da Times Higher Education (THE), divulgado nesta quarta-feira, 27 de setembro. Na lista, a UFSC figura entre as posições 801 e 1000, considerando as melhores instituições do mundo.

A avaliação considera treze indicadores de desempenho, agrupados em cinco categorias: ensino, ambiente de pesquisa, qualidade de pesquisa, indústria e perspectivas internacionais. A UFSC se destacou no pilar indústria (64,2%).

A THE é uma revista inglesa que publica notícias e artigos referentes à educação superior. Afiliada ao jornal The Times, anualmente elabora um conjunto de rankings, considerado um dos mais abrangentes, equilibrados e confiáveis do mundo. O Times Higher Education World University Rankings 2024 inclui mais de 1.904 universidades de 108 países.

Confira o ranking completo.

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UFSC construirá reator com tecnologia inovadora para plataforma da Petrobras

25/09/2023 09:42

Foto: Geraldo Falcão / Agência Petrobras

A Universidade Federal de Santa Catarina firmou um projeto de R$ 6 milhões de reais com a Petrobras para desenvolver um reator experimental e com diversas inovações, tanto para a indústria de petróleo quanto para a preservação ambiental. A iniciativa será liderada pela professora Regina Peralta Moreira, do Laboratório de Energia e Meio Ambiente do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, com previsão de três anos de duração.

As tecnologias utilizadas no novo sistema já começaram a ser estudadas. Segundo a professora, embora sejam conhecidas e referenciadas na literatura da área, ainda não foram consolidadas em um equipamento, o que será feito de forma inédita pela UFSC. O reator será construído para separar e destruir os rejeitos da chamada “água produzida” de um modo mais eficiente e sustentável.

Regina explica que a água produzida está presente nos reservatórios de óleo e gás natural e é trazida à superfície junto com o petróleo. Esta água tem uma complexidade química e um potencial risco ao meio ambiente, por isso os seus descartes podem ser responsáveis pela alteração da qualidade da água do mar.

Segundo a professora, os poluentes da água são removidos através de processos de separação na própria plataforma de petróleo. “Após um processo eficiente de tratamento, a água produzida pode ser descartada ou reinjetada nos poços produtores de petróleo”, explica. É justamente o processo de purificação dessa água que pode ser aperfeiçoado, além de se tornar mais sustentável.

“Qualquer que seja a destinação, o tratamento da água produzida precisa eliminar os sólidos suspensos, compostos orgânicos dissolvidos e dispersos – óleos e graxas. Assim, a eliminação eficiente do teor de óleos e graxas da água produzida é um problema que precisa ter solução econômica e eficiente”, completa.

A solução encontrada pela professora e pela equipe que irá trabalhar com ela é destruir os contaminantes por meio da eletroxidação, integrando com outros processos de tratamento, como flotação e separação com membranas, em um design inovador que busca a intensificação de processos. A oxidação é um processo químico que destrói material orgânico e trata a água. “É um processo de decomposição para despoluir águas contaminadas. A primeira motivação é ambiental, mas também estamos em busca de uma solução economicamente viável”, conta.

A eficiência e a consequente ampliação da capacidade de tratamento da água de produção vai aumentar a capacidade de processamento de óleo e gás, com impactos ambientais e econômicos positivos. O reator será primeiro construído em escala de laboratório e depois em plataforma da empresa numa escala piloto. “O desafio será propor sistemas de tratamento compactos, eficientes e de custo competitivo para serem implementados em plataformas de petróleo”, sintetiza a professora.

Inovação e ineditismo

A professora reforça que, embora utilize processos já conhecidos na literatura, sua combinação e constituição – primeiro em nível laboratorial e, depois, como projeto piloto em plataforma – trarão inovações. “Da forma como a gente está propondo, como um processo integrado, é totalmente novo e bastante inovador, não existem plantas como essas, no mundo, especialmente para petróleo”.

O processo de eletroxidação leva até o poluente uma corrente elétrica que permite a formação de radicais livres com alto poder oxidativo e permite a ocorrência de uma série de reações. Já com relação à tecnologia de separação por membranas, a água passa por um meio poroso que retém as partículas indesejadas. Embora já estudados no tratamento de água, no estudo da UFSC eles são combinados em um design inovador.

“Essas tecnologias têm muitas particularidades que precisam ser estudadas, por isso vamos propor modelos pioneiros”, conta. De acordo com a professora, a eletroxidação por meio da utilização de energias renováveis vem sendo um foco das investigações. “É um processo que demanda muita energia, e com o uso de energias renováveis – eólica, fotovoltaica, por exemplo – , é possível acionar os reatores de forma eficiente e sustentável”.

Regina explica, ainda, que dentre as inovações que o laboratório e a equipe de pesquisa vão estudar, serão explorados vários arranjos pois não existe uma única solução possível, o que amplia a possibilidade de respostas satisfatórias. O projeto conta com uma equipe formada por oito professores, pós-doutorandos, doutorandos, mestrandos e estudantes de iniciação científica. Além do trabalho em laboratório, também haverá pesquisa de campo, em plataforma. “Queremos desenvolver a tecnologia mais segura e que possa ser aplicada em todos os lugares, protegendo o oceano e o meio ambiente”.

Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

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Arte ‘Nada sobre nós sem nós’ está em exposição no Espaço Giz da Biblioteca Central da UFSC

21/09/2023 15:28

A arte em giz “Nada sobre nós sem nós” executada no Espaço Giz, no Hall da Biblioteca Central, está concluída e entregue à comunidade. Conceitualmente construída em coletivo pelos estagiários e servidores do Serviço de Acessibilidade Informacional da Biblioteca Universitária “Nada sobre nós sem nós” tem o propósito de chamar a atenção de servidores da BU/UFSC e da comunidade que frequentam a Biblioteca Central acerca de temas relevantes à promoção da acessibilidade e sobre a necessidade de uma postura anticapacitista, em especial no ambiente educacional e informacional.

Descrição de imagem: Arte a mão livre elaborada em giz de quadro negro, exposta no Hall da Biblioteca Central da Universidade Federal de Santa Catarina, na parede lateral a porta de entrada. Fundo preto, descrição da esquerda para a direita de cima para baixo. Alinhado à esquerda, ocupando a extensão vertical do painel, em letras em caixa alta nas cores laranja, rosa, lilás e branco, o texto “Mês da pessoa com deficiência” seguido da lista de termos: “Representatividade, Direitos, Inclusão, Anticapacitismo e Acessibilidade”. No centro e no topo do painel, em letra cursiva a frase: “Nada sobre nós, sem nós!”. Abaixo e no centro do painel há um conjunto de sete cartazes impressos sob o título “Saiba mais” escrito em giz. Cada cartaz impresso apresenta um QRcode que direciona a diferentes textos produzidos pela Comissão Por uma BU Acessível (CABU) e estão organizados nos sob os seguintes títulos: Direitos, Modelo Social, Capacitismo, Equidade, Acessibilidade Informacional, Acessibilidade Atitudinal, Acessibilidade Comunicacional. A direita do painel, há a ilustração de um homem, sentado em uma cadeira de rodas, com a mão direita repousada no joelho direito e a mão esquerda segurando a roda da cadeira. O homem veste calças verdes, colete amarelo, camisa laranja com gola e punho na cor vermelha. A cadeira está na cor azul. Ao redor da composição de textos, cartazes e ilustrações perpassam linhas brancas sinuosas preenchendo e dando movimento à imagem. No pé direito da imagem a assinatura da da principal ilustradora : @desenhandomeulivro. Fim da descrição.

A arte foi inspirada na publicação de @_anaclarabm, “Como tornar a nossa sociedade mais inclusiva?”. A concepção da arte ocorreu em conjunto com as atividades de estágio, no período de agosto e durante as reuniões de supervisão com toda a equipe do AI/BU/UFSC. As frases e símbolos foram selecionados propositalmente a fim de remeter à luta da pessoa com deficiência, sua presença no espaço universitário, o exercício de sua autonomia e acesso à direitos fundamentais e dignidade.

A arte foi executada pelos estudantes Cíntia Guazzelli Sotoriva e Leonardo Hasse, entregue no mês de setembro, mês que congrega ações alusivas ao 21 de setembro, Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência.

Sobre o 21 de setembro: A data, instituída pela Lei Federal Nº 11.133/2005, foi uma exigência do Movimento pelos Direitos das Pessoas com Deficiência (MDPD) que desde 1982 reivindica políticas de Inclusão e o fim da exclusão social que é cotidianamente imposto às pessoas com deficiência. Coincidindo com a chegada da primavera, a escolha da data simboliza a permanente luta e a renovação do movimento e suas reivindicações.

Mais informações pelo e-mail aai.bu@contato.ufsc.br

Campeão da Olimpíada Internacional de Economia declara: “a UFSC é fundamental para mim”

20/09/2023 17:10

Raphael, ao centro de óculos, na Grécia: egresso da UFSC coordenou a equipe campeã. Foto: Arquivo pessoal.

A equipe brasileira campeã da Olimpíada Internacional de Economia, disputada na Grécia em julho, foi liderada por um ex-aluno da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Entre os 47 países participantes, o Brasil superou times de grande tradição como Rússia, Canadá e China. A equipe recebeu três medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze, além do troféu de campeão na pontuação geral. O coordenador do time brasileiro, Raphael Zimmermann, afirma que o feito mostra o poder da educação em mobilizar e valorizar o país e agradece: “a UFSC é fundamental para mim, sou muito grato e quero que a Universidade seja ainda melhor”.

A competição é realizada desde 2018 e as equipes são formadas por alunos do Ensino Médio ou Ensino Superior que disputam três provas, nas temáticas de economia, finanças e case de negócios. A vitória desta edição dá ao Brasil o título de tetracampeão e Raphael declara que “o prêmio mostra como é importante valorizar a educação e os talentos que temos no país”.

Vivência na Universidade criou oportunidaes

Natural de Porto Alegre (RS), Raphael é graduado em Ciências Econômicas pela UFSC e escolheu o curso por dois principais motivos: influência familiar e amplitude de oportunidades na área. Ele sempre viu como uma formação que abre portas, desde a academia até o mercado financeiro. A trajetória na Universidade confirmou suas expectativas e proporcionou que criasse também suas oportunidades. “Sou extremamente grato por isso, saí uma pessoa completamente diferente de quando eu entrei na Universidade”, afirma.

Valorizar as universidades e a educação são pautas importantes para Raphael, que é um dos fundadores e integrantes do grupo de ex-alunos que investe em um fundo para financiar projetos ligados ao Centro Tecnológico (CTC) da UFSC. Esse fundo é perpétuo para doações de bolsas de estudo, pesquisa, extensão e empreendedorismo. “Tivemos a oportunidade de estudar em uma instituição de ponta e temos o dever moral de devolver [para a Universidade] em conhecimento, tempo ou investimento financeiro”. O egresso afirma que “devemos construir uma sociedade melhor, pela educação, porque acreditamos na universidade”.

Suellen Lima/Estagiária de Jornalismo da Agecom/UFSC

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Pesquisadora da UFSC desenvolve método para analisar contaminação de pescado por petróleo

20/09/2023 15:25

Em 2019, o Brasil foi palco do mais grave desastre ambiental ocorrido em seu litoral e um dos maiores já registrados no mundo – os primeiros registros ocorreram na Paraíba, e em poucos meses, o poluente identificado como petróleo bruto atingiu 11 estados, numa faixa litorânea de mais de 4.000 km, do Maranhão ao Rio de Janeiro. Dada a natureza tóxica dos contaminantes envolvidos e do potencial efeito nocivo à saúde dos consumidores, o Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) precisava examinar a contaminação de pescado após o desastre. No entanto, a questão era: como realizar essa avaliação?

A solução veio de uma parceria entre o Programa de Pós-Graduação em Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária do Rio Grande do Sul (LFDA-RS) por meio do Setor Laboratorial Avançado em Santa Catarina (SLAV-SC). A então doutoranda em Ciência dos Alimentos e bolsista da CAPES Ana Paula Zapelini de Melo desenvolveu métodos analíticos capazes de mensurar hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) em pescado de forma ágil e com confiabilidade metrológica dos resultados. Os HPAs, compostos com propriedades carcinogênicas para humanos, fazem parte da composição química do petróleo e são considerados marcadores de contaminação petrogênica em alimentos.

Confira a reportagem multimídia aqui.

Foram desenvolvidos métodos de extração de alta eficiência analítica e detecção por espectrometria de massas para dar suporte às decisões governamentais de enfrentamento ao derramamento de petróleo. O estudo utilizou cápsulas de café, em máquinas comuns, adaptadas para extração dos contaminantes vindos do petróleo. ‘Espressos’ de peixe, camarão, polvo, ostra, dentre outros foram analisados como forma de garantir a segurança do pescado logo após o desastre ser identificado. “A máquina de café espresso, que simula a extração por líquido pressurizado (PLE), foi utilizada no Brasil em um momento de emergência sanitária devido ao desastre. Precisávamos de um método rápido e de baixo custo que tivesse confiabilidade metrológica para determinar esses compostos. Como já havia sido desenvolvido um método analítico para determinação de resíduos de medicamentos veterinários usando a máquina de café espresso, acabamos adaptando isso para os HPAs”, relata Ana.

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UFSC Joinville fica em segundo lugar em desafio inédito com robôs, drones e IA

19/09/2023 08:07

UFSC foi campeã no desafio com robôs (Fotos: Divulgação ABII)

Provas com drones, robôs móveis autônomos e inteligência artificial. Uma oportunidade para revelar o talento e a preparação dos estudantes para encarar cada uma das provas e para promover a aproximação da universidade com o setor produtivo. Estas foram as marcas do fim de semana que consagrou uma equipe da UFSC Joinville como vice-campeã de um desafio inédito que reuniu empresas e universidades em disputa de tecnologia em Joinville, no último sábado. A competição -intitulada ABII Challenge – foi organizada pela Associação Brasileira de Internet Industrial.

O professor Modesto Hurtado Ferrer, que liderou a equipe da UFSC, conta que, nos últimos três meses, os estudantes se prepararam, interagiram com os profissionais das empresas que apadrinharam o time e, finalmente, chegaram ao resultado. “No começo, não sabíamos como se daria essa parceria, pois era algo novo para todos, mas, no decorrer do tempo o time foi ganhando visão do propósito a ser alcançado e de forma muito orgânica as coisas foram ganhando forma”, ressalta o professor.

O UTM Team, como a equipe foi chamada, é formado por estudantes de engenharia da UFSC de Joinville e por profissionais das empresas Macnica DHW e TERMICA Solutions. O maior destaque do grupo ocorreu nas provas de Drone e de Robôs Móveis Autônomos. Para o estudante Valdomiro Botelho Junior, a competição foi uma grande oportunidade de aprendizado e de troca de experiência com os profissionais que já atuam no mercado e uma forma diferente de colocar a teoria em prática.

As provas

Drones autônomos

A primeira prova do ABII Challenge foi com os drones e envolvia programa-los para cumprirem uma missão de voo. Todos os times tinham o mesmo modelo de drone, que foi comprado pela ABII e doado para as universidades desenvolverem projetos. Foram adquiridos drones pequenos para atender as regras de segurança do espaço, com pessoas assistindo.

Os drone não eram pilotados, mas realizaram a prova de forma autônoma, lendo códigos que davam instruções sobre o que fazer no percurso. Todos os times tiveram pontuação. O UTM Team ficou com a vitória e o time Minerva, da Universidade de São Paulo, ficou com a segunda melhor pontuação. As equipes não conseguiram completar o circuito, que incluía aterrissar num robô em movimento no menor tempo.

Robôs móveis

A segunda prova foi a de robôs móveis autônomos. O grande desafio dos times foi programar os robôs, que foram emprestados pelas empresas Pollux Part of Accenture, Omron e Selettra Automação e Robótica, e fazer a prova com vários robôs juntos na arena. Os times receberam um mapa antes da prova. Era necessário que os robôs passassem por portais antes de cumprir o trajeto e só no dia as equipes puderam fazer o reconhecimento final do circuito.

O objetivo era completar o percurso no menor tempo possível, somando as cinco largadas. Segundo o professor Modesto, que conduziu a equipe da UFSC ao primeiro lugar na prova, foi um dos desafios em que o público mais vibrou. “Havia muitas famílias com crianças acompanhando a prova”, lembra.

Inteligência artificial

A última e decisiva prova do dia foi a de inteligência artificial. O desafio era criar uma inteligência para jogar o jogo de War, um tradicional jogo de tabuleiro criado em 1972, que envolve muita estratégia. As decisões eram tomadas pela inteligência artificial. Cada time sabia o seu objetivo, mas não sabia o objetivo dos concorrentes. Apenas o público teve acesso a todos os objetivos para conseguir entender o que estava acontecendo.

O jogo foi exibido num telão e foram duas horas emocionantes de partida. O jogo foi encerrado por tempo, após duas horas, e venceu o time com o maior número de territórios. Com a melhor pontuação na prova de IA, o time Minerva garantiu os pontos que precisava para a vitória do geral do ABII Challenge.

A competição

O objetivo da competição, conforme o presidente da ABII, José Rizzo Hahn Filho, foi mostrar que no Brasil há profissionais capazes, empresas de ponta e universidades com pesquisadores, professores e estudantes mobilizados pela tecnologia. “O evento foi um sucesso em termos de público, organização e participação dos times. Escolhemos tecnologias cruciais para o desenvolvimento da indústria do país. Precisamos de pessoas cada vez mais capazes para implementar projetos que envolvam drones, AMRs e inteligência artificial”, ressalta Rizzo.

“Queremos que este evento seja realizado anualmente e mobilize cada vez mais empresas e universidades do Brasil. O ABII Challenge é inovador sob vários aspectos e reforça a missão da ABII, de fortalecer e acelerar a indústria 4.0 e a internet industrial das coisas (IIoT) no Brasil. Uma das formas de fazer isso é justamente promovendo e fomentando o trabalho colaborativo de empresas e universidades na solução de desafios tecnológicos”, destaca Rizzo.

Resultado geral do ABII Challenge

1º – Time Minerva

(USP, Embraer, Dexco, Marelo e Omron)

2º – UTM Team

(UFSC, Macnica DHW, e TERMICA Solutions)

3º – Time Donatello

(UniSenai, I3C e Festo)

4º – Time PUCPR de Robótica Móvel

(PUCPR, Selettra Automação e Robótica e Pepperl+Fuchs)

5º – Time Synth

(Udesc, Pollux Part of Accenture, TOTVS e SMC)

Galeria de fotos

 

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Podcast Flash UFSC aborda o uso da cannabis na Veterinária

14/09/2023 14:00

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 14 de setembro, o terceiro episódio do podcast Flash UFSC. Intitulado Cannabis também é pra cachorro, o podcast explica como o canabidiol, uma substância extraída da maconha, pode ajudar a aliviar a dor, a ansiedade e a agressividade, a reduzir convulsões e a controlar a proliferação de tumores em animais.

O convidado desta edição é o professor de Medicina Veterinária da UFSC Erik Amazonas, o único pesquisador autorizado pela justiça a realizar cultivo, preparo, produção, fabricação, depósito, porte e prescrição de derivados da cannabis no Brasil. O episódio foi produzido pelos estudantes de Jornalismo e estagiários da Agecom Leticia Schlemper e Matheus Alves.

A cada duas semanas, o Flash UFSC traz informações sobre ciência, cultura e arte em episódios de até sete minutos de duração. Ouça no site, pelo Spotify ou em outras plataformas.

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Projeto irá acolher demandas de saúde e jurídicas de trabalhadores com adoecimento ocupacional

14/09/2023 13:22

Investigar e mapear adoecimento ocupacional na Grande Florianópolis, além de combater sua ocultação, estão entre os objetivos de um acordo de cooperação técnica entre a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro). A assinatura do documento para oficialização do projeto “Caminhos do Trabalho” irá ocorrer no Auditório do Bloco Didático do HU no dia 18 de setembro, às 14 horas.

A proposta é pesquisar o efetivo nexo entre doença ou acidente e a ocupação exercida, conjugando acolhimento e orientação com investigação e produção acadêmica, de modo a reduzir a subnotificação dos agravos: “Realizaremos orientações e assistência semanalmente à população, e a equipe se dedicará a reunir dados e acionar acúmulo científico para estabelecer, caso exista, o nexo”, explica a coordenadora do projeto, Glaucia Fraccaro, também professora do Departamento de História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC.

Reduzir a subnotificação dos agravos, facilitar o exercício de direitos e combater a sonegação fiscal, tanto diretamente, quanto subsidiando a atuação de outras instituições, são resultados esperados do projeto de extensão e pesquisa “Caminhos do Trabalho”, que também irá colaborar para a formação de profissionais com capacidade de atuação consistente no campo da saúde laboral. “O projeto de extensão e pesquisa visa abordar trabalhadoras e trabalhadores formais ou informais, do setor privado ou público, de qualquer ocupação e doenças e acidentes que os atingem, prestando, simultaneamente, atendimento e orientações em demandas de saúde e jurídicas a esse público”, aponta Glaucia. Outras dez universidades do Brasil participam da rede formada a partir de acordo entre a Fundacentro e a Universidade Federal da Bahia (UFBA), ainda em vigor e com fluxo de informação e dados estabelecidos.

Glaucia detalha importância do projeto para o conhecimento do problema do no Estado: Santa Catarina supera a média nacional de incidência dos acidentes laborais no mercado formal e é o quarto estado com maior número de notificações no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde. Contudo, nem sempre os trabalhadores que sofrem tais agravos têm registro das Comunicações de Acidentes de Trabalho (CATs) ou recebem o benefício previdenciário de forma adequada – podem, por exemplo, estar afastados por doença comum, quando acometidos de doença laboral.

O projeto, que visa incidir no problema subsidiando trabalhadores e trabalhadoras, inclusive, com a reunião de documentação pertinente a cada caso, para que possam utilizar este dossiê em tratativas com outras instituições públicas, tem capacidade para atender toda a Grande Florianópolis e estará alocado no Hospital Universitário. Isso significará uma ampliação da capacidade de dimensionar e enfrentar o problema, visto que atualmente, existe equipamento de Vigilância em Saúde do Trabalhador (VISAT) apenas no âmbito do município de Florianópolis, que em geral atua mediante denúncias. Segundo o último relatório de ações da VISAT (2022), houve no ano passado 326 agravos que chegaram a ser notificados e investigados relacionados a acidentes de risco biológico entre profissionais de saúde; a ocupação prevalente dos 692 acidentes e doenças investigados entre homens autônomos entre 20 e 60 anos foi a de motoboys e trabalhadores da construção civil. De outro lado, entre os 238 acidentes e doenças que acometeram majoritariamente mulheres de 20 e 50 anos, a sua ocupação, no momento do registro, constou como ignorada.
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Projeto de extensão da UFSC treina 40 guarda-vidas em técnicas de natação e corrida

14/09/2023 11:38

Jhoseny Souza Santos é guarda-vidas, estudante de pós-graduação da UFSC e melhorou seu desempenho fazendo o treinamento na Universidade.

Condicionamento físico, técnica apurada e muita disposição são alguns dos atributos necessários para homens e mulheres atuarem como guarda-vidas nas praias catarinenses. Além disso, é preciso passar por uma prova de certificação anual que avalia a aptidão física e técnica das pessoas candidatas a essa função, principalmente nas atividades de natação e corrida.

Justamente para colaborar no treinamento de guarda-vidas civis, a UFSC, por meio do Centro de Desportos (CDS) criou o projeto de extensão “Natação para os Guardas-Vidas de Santa Catarina na piscina da UFSC/CDS”. Coordenado pelo professor Alex Christiano Barreto Fensterseifer, o projeto atende, desde julho de 2022, 40 guarda-vidas civis voluntários em treinos de natação e corrida.

O treino de natação dura 1h40, duas vezes por semana. Além disso, os participantes podem optar por praticar corrida com o professor Jolmerson de Carvalho, também do CDS. Os treinos ocorrem até três vezes por semana, na pista de atletismo da UFSC. 

Oportunidade

A ideia de colaboração surgiu em 2022, durante uma aula de treinamento em natação, oferecida como disciplina optativa a qualquer estudante da UFSC. Rafael Viani Santos Cabral, aluno do curso de Geografia, cursava a disciplina e viu uma oportunidade para seus colegas guarda-vidas. 

Professor Alex orienta guarda-vidas participantes do projeto de extensão na UFSC.

“Vi a melhoria na técnica de natação. E o professor Alex, como tem muitos anos de experiência, começou a mesclar a técnica visando ao salvamento aquático. Isso ajuda muito e facilita na hora do resgate”, conta o estudante. Ele enumera os benefícios da atividade: “a manutenção do condicionamento físico, e outra coisa muito importante também é o acesso ao espaço de treinamento, uma piscina olímpica, com orientação de um especialista em natação”, salienta Rafael.
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Pela primeira vez, vestibular para ingresso na UFSC tem roteiro de filme entre obras literárias

13/09/2023 18:44

EXT. TÚNEL DE ESTÁDIO DE FUTEBOL – DIA (FLASHBACK – 1969)
MÃO DE HOMEM ADULTO segura MÃO DE CRIANÇA: pai e filho de mãos dadas enquanto caminham pelo túnel que dá acesso às arquibancadas do estádio.
Burburinho de VOZES.
TORCEDORES passam a caminho das arquibancadas. Todos vestidos com a camisa do uniforme do time do Santos.
Aos poucos, revelam-se os “donos” das mãos:
MAURO – menino branco e franzino, de 10, 11 anos – olha para seu pai, DANIEL – 30 e poucos anos – enquanto andam em direção à saída no túnel, na contraluz.

Assim começa o roteiro do filme O Ano em que Meus Pais saíram de Férias, uma das obras de leitura obrigatória indicada aos candidatos do Vestibular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A construção textual, diferente do que se costuma ver em um livro tradicional, é uma das inovações do processo seletivo, que é realizado em parceria com IFSC e IFC, com 6.700 vagas e inscrições abertas desde a última terça-feira, 5 de setembro.

A seleção coloca o vestibular unificado na vanguarda, já que são poucas as universidades que indicam obras de outros gêneros para seus processos seletivos. A Universidade de Campinas (Unicamp), por exemplo, foi uma das precursoras ao sugerir o álbum do grupo de rap Racionais MC’s ao lado de livros de Luís de Camões, Machado de Assis e Guimarães Rosa. “De fato uma novidade importante é a inclusão de um roteiro de filme como obra de literatura para nosso Vestibular. Outras instituições já utilizaram essa estratégia de diversificar os gêneros possíveis para as obras de literatura. É uma visão de fato inovadora, mas muito articulada com a as perspectivas de ensino atuais”, explica o coordenador pedagógico da Coperve, Manoel Teixeira dos Santos.

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