UFSC recebe Feira da Reforma Agrária, Agricultura Familiar e Economia Solidária em meio à Sepex

31/10/2024 11:06

No ano passado, a Feira ocorreu em Ponta das Canas

A Semana de Pesquisa e Extensão (Sepex), maior evento de divulgação científica do Estado, se encontrará com a programação da Feira da Reforma Agrária, Agricultura Familiar e Economia Solidária no campus da Universidade Federal de Santa Catarina na Trindade, em Florianópolis. Nos dias 7, 8 e 9 de novembro, a Praça da Cidadania será palco da segunda edição da Feira, sob a coordenação da Cooperativa Central da Reforma Agrária (CCA-SC).

Mais de 100 feirantes, entre camponeses, camponesas, indígenas, quilombolas, trabalhadores e trabalhadoras da economia solidária, além de assentados e assentadas da reforma agrária de todo o estado de Santa Catarina vão expor e comercializar seus produtos na Praça, localizada em frente ao prédio da reitoria. A programação e a inscrição para seminários e mesas de diálogos está disponível aqui.

Além de alimentos saudáveis in natura, a feira contará também com agroindustrializados, artesanato, gastronomia e fitoterápicos, assim como sementes crioulas e outros produtos da agricultura familiar camponesa. Com o apoio do Governo Federal, do Sebrae, do Banco do Brasil, da Udesc e de entidades do campo como a Unicafes, a Fetraf-SC, os movimentos da Via Campesina e outros, serão oferecidos também espaços de formação, com seminários e mesas de diálogo sobre os mais variados temas, como microcrédito rural, inovação tecnológica para produzir no campo e na cidade, certificação de produtos agroindustrializados e microempreendedorismo rural.

Temas mais abrangentes como alimentação saudável e resiliência climática também serão debatidos, promovendo o diálogo com os consumidores e reafirmando a importância da produção agroecológica para a saúde da população e também para o enfrentamento à crise climática e a preservação do meio-ambiente.

Para Álvaro Santin, do assentamento Dom José Gomes, em Chapecó, a feira estadual é um importante espaço de comercialização e trocas de saberes, e tem se consolidado como um canal fundamental de diálogo entre o campo e a cidade. “Na feira, temos a dimensão da nossa participação efetiva na relação direta entre quem produz e quem consome, mostrando assim que a Reforma Agrária é possível, viável, e dá certo”, afirma.

A Feira começa na quinta-feira, dia 7, com a cerimônia de abertura, prevista para às 14 horas. Já a comercialização dos produtos será feita a partir das 15 horas no dia da abertura e das 8 horas da manhã nos demais dias.

Programação Cultural

Nas noites de quinta e sexta, o público será agraciado com muitas atrações no Palco da Feira. A partir das 18 horas, espetáculos de dança como o PACHA WARMIKUNA: Movimento das Mulheres Marrons e grupos musicais como o Choro Mulheril Trio e Apocalypse Cùier se apresentam.

O já consagrado Geosamba, grupo formado na Universidade, leva todo o seu gingado para o Palco da Feira no dia 7, às 20 horas. Entre as atrações confirmadas também estão os grupos Araucária Ancestral e a Frente Nacional de Música João do Vale, ambos trazendo a temática do campo e da luta pela Reforma Agrária em suas canções.

Para os pequeninos, também não faltarão atrações. Na sexta, dia 8, a partir das 10 horas da manhã, a Feira contará com a presença do palhaço Alecrim Sabiá, que fará intervenções artísticas para conscientizar crianças e adultos sobre a importância de se preservar o meio ambiente. No sábado, dia 9, a Feira se despede com a roda de capoeira do Africanamente a partir das 10 horas da manhã, seguida pelas apresentações do Boi de Mamão do Pantanal e do grupo de percussão AfriCatarina .

A Feira encerra suas atividades às 15h do sábado com a ação solidária que prevê doação de três toneladas de alimentos a entidades filantrópicas e com o plantio coletivo de árvores no Bosque da Universidade.

Assessoria de Comunicação da Feira da Reforma Agrária, Agricultura Familiar e Economia Solidária

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Professora da UFSC relata ‘jornada interminável’ do trabalho de cuidado das mulheres do campo

19/12/2023 13:53

Professora Karolyna Marin Herrera em visita a agricultoras.

A professora Karolyna Marin Herrera, do departamento de Zootecnia e Desenvolvimento Rural da Universidade Federal de Santa Catarina (DZDR/UFSC), acompanhou de perto a vida das mulheres no campo durante seu mestrado e doutorado, ambos realizados no Programa de Pós-graduação em Sociologia e Ciência Política (PPGSP/UFSC). Constatou que elas cuidam da família, das plantas, dos animais e do meio ambiente. Costumam acordar mais cedo que os maridos e sequer conseguem descansar após o almoço, ao contrário dos homens. Ainda assim, esse trabalho de cuidado não é reconhecido e valorizado por seus familiares e pela sociedade como um todo. As próprias mulheres, inclusive, frequentemente não percebem a importância das tantas atividades que realizam dia após dia. Certa vez, Karolyna perguntou a uma agricultora qual era o seu trabalho: “Ela me disse que não fazia nada, porque entende trabalho como trabalho produtivo, voltado a gerar renda.”
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Agroecologia é tema do novo episódio da série ‘UFSC Explica’

25/10/2023 13:30

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou um novo episódio da série de vídeos UFSC Explica, sobre agroecologia. Três especialistas explicam as vantagens da agroecologia para a saúde humana e do meio ambiente, as diferenças entre produção orgânica e agroecológica e por que não é verdade que precisamos de agrotóxicos para alimentar a população. Apontam também alguns caminhos para a construção de um sistema agroalimentar mais justo, acessível e sustentável.

Confira o vídeo, disponível no canal da UFSC no Youtube:

Conheça os entrevistados:
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Mulher que plantou e cultivou agrofloresta em rodovia é formanda da UFSC

22/05/2023 07:36

Margarida vai se formar aos 53 anos (Foto: Amanda Miranda)

Ter um filho. Escrever um livro. Plantar uma árvore – diz a sabedoria popular que essas são as três coisas que se deve fazer na vida. Aos 53 anos, Margarida Messiano dos Santos é mãe de quatro, mas não plantou uma árvore, e sim uma agrofloresta. O livro também já está pronto: a formanda de Licenciatura em Educação do Campo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) defendeu recentemente o trabalho de conclusão de curso Vida Margarida: narrativas de histórias de vida e a relação com o conhecimento. Ela comoveu a banca, com uma trajetória que marcou e inspirou professores e colegas. A pesquisa foi orientada pela professora Gabriela Furlan Carcaioli.

Girassol, rosa, milho verde, araçá, temperos e chás de todos os tipos. A lista de flores e alimentos que podem ser colhidos em uma área pública às margens da via expressa, próximo à comunidade Chico Mendes, em Florianópolis, é um indicativo da resiliência do solo, mas também de Margarida. Agricultora, trabalhadora doméstica e, agora, formanda, ela preparou o solo e as sementes que deram origem à uma agrofloresta em um lugar e em um contexto incomuns.

Milho plantado na agrofloresta (Foto: arquivo pessoal)

O conhecimento empírico no trato da terra e no uso do solo para plantar – e dividir – seus alimentos transformou um terreno que antes era tomado por lixo, entulhos e ratos. A limpeza da área, a adubação verde e o plantio foram executados por Margarida ao longo de muitos anos. “Eu comecei a limpar os terrenos sujos porque queria mostrar aos meus filhos como se plantava. Plantava abóbora, milho, alface, tempero verde, essas coisas mais fáceis que eu havia aprendido com minha mãe”, recorda.

A forma como Margarida conseguia as sementes para o plantio também não era convencional. Ela ia à Ceasa e coletava alimentos que caíam dos caminhões de abastecimento. Parte deles supriam as necessidades da família e parte eram aproveitados como insumo para o cultivo. “Recolhia manga, abacate e todos os tipos de frutos com caroço. Fazia o aterro e germinava”.

A agrofloresta que crescia com uma diversidade enorme de alimentos também servia à comunidade. O terreno, antes cheio de lixo, agora era limpo e cheio de vida. E Margarida, que no início era vista como uma pessoa estranha por estar sempre com uma enxada na mão às margens da via expressa, começava a chamar atenção de ativistas e de outras pessoas que por ali circulavam.

‘Revolução dos Baldinhos’ melhorou a qualidade do ambiente em comunidades de Florianópolis

Margarida em meio à agrofloresta que cultivou (Foto: arquivo pessoal)

“Com esse modo de produzir e compostar, as sementes e restos das frutas germinavam e consegui aos poucos fazer a regeneração do espaço. Quando me dei conta, não era mais uma simples horta, mas sim uma agrofloresta. Muitas pessoas vinham até a minha casa para trazer mudas para que eu plantasse e foi assim que conheci o projeto ‘Revolução dos baldinhos’”, narra, no seu TCC.

A chamada ‘Revolução dos Baldinhos’ é um marco na história da agroecologia em Florianópolis. Promovida pelo Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro) – ONG sediada em Florianópolis, no Centro de Ciências Agrárias da (UFSC) -, envolveu a comunidade na gestão do lixo, que provocava a infestação de ratos e levava riscos à saúde pública. A compostagem passou a ser estimulada, com envolvimento dos moradores e moradoras das comunidades Chico Mendes, Monte Cristo e Novo Horizonte.

Margarida fez parte disso – e, de alguma forma, já agia pensando em melhorar a qualidade do ambiente e produzir alimentos limpos e livres de agrotóxicos. “O pessoal do grupo da ‘Revolução dos Baldinhos’ costumava também realizar visitas guiadas na minha horta e nas hortas dos vizinhos que iniciaram plantando por curiosidade, mas que atualmente passaram a plantar por necessidade e amor em lidar com a natureza”, escreveu Margarida em seu TCC. Ela também destacou os momentos de trocas de saberes que se originavam nesse processo.

“Outro momento de muita importância, que registro aqui são os momentos de chegada dos muitos visitantes na minha plantação, as falas e as experiências que eles vivenciavam no decorrer de suas vidas e, quando chegavam no meio naquela plantação me transmitiam os saberes e experiências como se já me conhecessem há muito tempo. Para mim, aquilo era muito importante”, conta. Durante um ano e dois meses, o composto da ‘Revolução dos Baldinhos’ alimentou a agrofloresta que Margarida cultivou.

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Evento discute redes agroecológicas de produção e consumo

17/04/2023 17:35

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sedia o 2º Seminário Internacional Alimentos Saudáveis nos dias 25 e 26 de abril, terça e quarta-feira. Com o tema Redes agroecológicas de produção-consumo, o evento será realizadas das 9h às 17h, no Centro de Cultura e Eventos, no Campus de Florianópolis. Simultaneamente, será realizada uma feira com exposição e venda de produtos orgânicos e agroecológicos.

Na programação estão previstas palestras, mesas de debate e grupos de trabalho que visam aprofundar o diálogo sobre a produção e o consumo de alimentos agroecológicos. Entre os temas a serem discutidos, estão a comercialização de alimentos saudáveis, o papel dos consumidores no acesso a alimentos agroecológicos e orgânicos, formas públicas e solidárias de abastecimento agroecológico e a articulação de atores sociais em redes locais e internacionais de cidadania agroalimentar. Para participar, os interessados devem se inscrever até a data do evento, via formulário.

O evento é organizado pela Associação Slow Food do Brasil, pelo Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro), pelo Centro Vianei de Educação Popular, pelo Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (Lacaf/UFSC), pelo Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre/UFSC) e pelo Núcleo Santa Catarina da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável.

Para mais informações, acesse o site do Cepagro.

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Química, agroecologia e educação ambiental são temas de curso

08/11/2021 18:16

Estão abertas as inscrições para o curso Formação em Educação Ambiental: aproximações entre a Química e a Agroecologia. Os encontros ocorrem em três sábados – 27 de novembro e 4 e 11 de dezembro – e terão como foco os impactos dos agrotóxicos no ambiente e na saúde humana e a fertilidade do solo como conhecimento central ao desenvolvimento agroecológico. As atividades ocorrem pelo Moodle, das 15h às 16h30, e dão direito a certificado. Para participar, é necessário realizar a inscrição até 26 de novembro.

O projeto é parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) da estudante de Química da UFSC Blumenau Luana Alchini. Intitulado Significados atribuídos à Educação Ambiental Crítico-Transformadora: aproximações entre o ensino de química e a agroecologia, o trabalho é orientado pela professora Renata Orlandi. O trabalho tem como objetivo compreender os significados atribuídos pelos participantes à Educação Ambiental Crítico-Transformadora na vinculação entre a Química e a Agroecologia.

Confira a programação:

27 de novembro, das 15h às 16h30 – Um olhar sobre os agrotóxicos
4 de dezembro, das 15h às 16h30 – A fertilidade do solo e a Agroecologia: compreensão sobre os ciclos dos elementos
11 de dezembro, das 15h às 16h30 – A fertilidade do solo e a Agroecologia: condições bioquímicas para um solo vivo

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Pesquisa da UFSC aponta como biodiversidade pode aumentar a produção de alimentos em agroflorestas

02/08/2021 09:23

Um experimento agroflorestal realizado na Fazenda Experimental da Ressacada mostrou como a biodiversidade pode aumentar a produção de alimentos e contribuir com a restauração florestal ainda nos anos iniciais dos sistemas, considerados os mais críticos. O trabalho, realizado pelos professores e estudantes do Laboratório de Ecologia Aplicada (LEAp), resultou no artigo Crop functional diversity drives multiple ecosystem functions during early agroforestry succession, recentemente publicado no Journal of Applied Ecology.

De acordo com o pesquisador Diego dos Santos, que desenvolveu sua tese no Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas da UFSC e também é professor na Universidade Federal da Fronteira Sul, a ideia central do experimento foi investir em consórcios de cultivos com idêntico número de espécies, de diferentes características. “Com isso, a equipe procura entender de que forma a diversidade planejada interage com fatores ambientais e com a biodiversidade associada nos agroecossistemas e como influenciam seu funcionamento e os benefícios para os seres humanos”, explica.

Pesquisa busca formas eficientes de produzir alimentos saudáveis

O estudo leva em conta a necessidade de se desenvolverem formas eficientes de produção de alimentos saudáveis e também de redução dos impactos causados pelo homem nos ecossistemas. A agroecologia, a partir de conceitos como o de complementaridade de nichos, seria uma das possibilidades. “Esse é um dos conceitos usados para explicar a relação positiva entre biodiversidade e funcionamento do ecossistema. Isso é possível pois diferentes formas de aquisição de água, luz e nutrientes pelas espécies, no tempo e no espaço, permitem a utilização destes recursos de forma mais completa”, pontua.

No artigo recentemente publicado, a proposta foi entender as relações entre as plantas cultivadas, as plantas espontâneas e as múltiplas funções do sistema, como a proteção do solo e a produtividade. Neste caso, a supressão das plantas espontâneas, que são as ervas daninhas, foi um processo prioritário avaliado. “Plantas espontâneas podem competir com cultivadas pelos recursos como água, luz, nutrientes nos agroecossistemas e costumam ser eliminadas com herbicidas no contexto da agricultura convencional, por isso a necessidade de buscarmos outras maneiras mais saudáveis de lidar com elas”, contextualiza.

Diversidade aumenta produtividade

Diferentes espécies do experimento garantiram mais produtividade

A busca dos pesquisadores está relacionada ao que se denomina diversidade funcional. Segundo Diego, estudos mais recentes sugerem que a diversidade funcional está diretamente relacionada às funções que diferentes espécies podem ter nos ecossistemas – o que eleva a necessidade de testagem em sistemas agrícolas. “Em outras palavras, se misturarmos plantas com características complementares, protegemos melhor o solo, reduzimos plantas espontâneas e aumentamos a produtividade das culturas, sem uso de agrotóxicos”, sintetiza o pesquisador.

Na prática, é possível pensar na plantação, ao mesmo tempo, de espécies que crescem em velocidades diferentes e com alturas diferentes, tais como a bananeira, feijão guandu, batata doce. “Enquanto a bananeira demora mais para crescer, o guandu vai ocupando o espaço mais rapidamente, e abaixo deles a batata doce cobre o chão”, ilustra o pesquisador. Neste caso, a batata doce não competiria pelo espaço e pelos recursos com as outras espécies. Ainda, quando a bananeira necessitasse de mais espaço e luz, o guandu poderia ser podado. “Assim, o solo fica sempre coberto e a luz do sol é toda aproveitada, bem como as raízes mais superficiais da batata doce e mais profundas do guandu e banana aproveitam as diferentes profundidades do solo”.

Os resultados do experimento da UFSC confirmaram a hipótese de que uma maior diversidade contribui para múltiplas funções no ecossistema, como por exemplo a interceptação de luz fotossintética. “A maior interceptação de luz pelas culturas aumentou a produtividade. Além disso, uma maior diversidade funcional aumentou a cobertura do solo pelas culturas e reduziu a cobertura e diversidade funcional das plantas espontâneas”.

Conforme o pesquisador, outro aspecto interessante de se trabalhar levando em conta as características das plantas é que deixa de ser necessário ficar atrelado necessariamente às espécies – é possível olhar para as suas características. “Em outros locais pode ser que o agricultor não queira ou não tenha bananeira, guandu ou batata doce, mas tenha outras espécies com características semelhantes e podem ser usadas então para formar os próprios consórcios, delineados conforme suas necessidades”.

Amanda Miranda/Jornalista da Agecom/UFSC

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UFSC na mídia: Projeto distribui alimentos orgânicos para moradores de Florianópolis

06/08/2020 09:25

O programa Balanço Geral apresentou a iniciativa que utiliza produtos orgânicos cultivados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) para fazer marmitas e distribuir a quem precisa. A equipe do Balanço Geral conversou com a coordenadora do Núcleo de Agroecologia da UFSC, Patrízia Ana Bricarello.

Confira a reportagem.

 

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Franklin Cascaes inspira novo boletim de preços de orgânicos em Florianópolis

27/05/2020 10:09

A sexta edição do boletim de preços de alimentos orgânicos no varejo de Florianópolis está no ar. Com o título O fantástico da Ilha de Santa Catarina: um território agroecológico, o material compara a média dos valores dos alimentos produzidos sem agrotóxicos em supermercados, lojas especializadas e feiras ao longo de 2019.

O texto também tem o propósito de contribuir com a discussão para criar, na Ilha de Santa Catarina, uma zona livre de agrotóxico. “Estamos em meio a uma crise civilizatória, acentuada pela pandemia de Covid 19. O meio ambiente e os biomas vêm sendo devastados, a possibilidade de tornar a natureza como sujeito  de direitos poderá se fortalecer, uma vez que a sua simples defesa não tem sido suficiente frente ao desespero pelo desenvolvimento”, afirma Marlene Grade, professora do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coautora do boletim.
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Semana do Meio Ambiente: mesa-redonda aborda o impacto da carne no meio ambiente

04/06/2019 17:43

“Impacto da carne no meio ambiente” é o tema da mesa-redonda que ocorre nesta quarta-feira, 5 de junho, às 16h, no auditório da Reitoria. A atividade é parte da programação da Semana do Meio Ambiente da UFSC, que está sendo realizada ao longo de toda a semana.

A primeira palestrante será Sônia T. Felipe, professora de Filosofia aposentada pela UFSC, com pós-doutorado em Bioética Animal, que abordará o tema “Ética e direitos animais”. A seguir, Juliana Gomes e Sandra Guimarães apresentarão a palestra “Veganismo e agroecologia: diálogos possíveis”. Juliana é criadora do projeto “Comida saudável para todos” e Sandra é autora do blog “Papacapim – desmistificando a culinária vegetal“. A mediação será feita por Rafael Speck, doutorando em Direito pela UFSC.

A inscrição para participar das mesas-redondas deve ser feita online. Toda a programação da Semana do Meio Ambiente está disponível aqui.

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Roda de conversa debate mulheres e agroecologia nesta quarta-feira, 22 de maio

20/05/2019 09:50

O Programa de Educação Tutorial (PET) Educação no Campo promove a roda de conversa ‘Mulheres e agroecologia’ no auditório do Bloco B do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) nesta quarta-feira, 22 de maio, das 9h às 11h. O encontro integra a 6ª Jornada Universitária em Defesa da Reforma Agrária (Jura). 

Agricultoras ecológicas no Sítio Aimotuá, em Anitápolis, Cátia Rommel e Daphné Arenou produzem uma diversidade de produtos em sistema agroflorestal, além de pães, cosméticos naturais, entre outros. Elas também realizam acolhimento para compartilhar aprendizados e dar passos para uma transição agroecológica para fora da porteira.

Mais informações pelo e-mail peteducampoufsc@gmail.com

 

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Seminário discute alimentos agroecológicos e redes de produção-consumo

20/05/2019 08:46

O Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (LACAF/CCA) da UFSC irá promover o seminário internacional “Alimentos agroecológicos e redes de produção-consumo”, nos dias 27 e 28 de maio. O principal objetivo do evento é compreender e fortalecer redes de produção-consumo de alimentos agroecológicos.

O encontro é dirigido a agricultores, consumidores, cozinheiros, estudantes e representantes de restaurantes. As inscrições são gratuitas e a participação dá direito a certificado.

Mais informações pela página do evento.

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Instituição canadense, referência na área ambiental, intensifica parceria com a UFSC

14/08/2018 13:42

O IRES é uma das melhores instituições no ensino e na pesquisa sobre meio ambiente

O Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC vai proporcionar mais uma opção dentre as parcerias que a universidade dispõe para uma temporada fora do país. A nova oportunidade é com o Institute for Resources, Environment and Sustainability (IRES) da Universidade British Columbia com sede em Vancouver, no Canadá. Os três maiores rankings de classificação de universidades internacionais apontam o instituto entre os melhores do mundo na área da pesquisa em meio ambiente e sustentabilidade.

Com a nova parceria, os estudantes da graduação e da pós-graduação do CCA que desenvolvem pesquisas na área ambiental, terão a chance de entrar para um seleto grupo de pesquisadores. Na verdade, a parceria entre a UFSC e o IRES existe desde o início da década passada e foi se intensificando com o passar do tempo.
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Fundador do movimento Slow Food ministra palestra sobre gastronomia e consumo consciente

09/11/2017 09:01

O fundador do Movimento Slow Food, Carlo Petrini, esteve na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na tarde desta terça-feira, 7 de novembro, para ministrar uma palestra sobre o assunto. A atividade foi realizada no auditório do Centro Socioeconômico (CSE), e foram debatidos assuntos como agricultura familiar, consumo responsável e o impacto que a produção de alimentos tem em diversos setores da sociedade.

Carlo Petrini explicitou o conceito de gastronomia como uma ciência multidisciplinar, que vai além da culinária. “A gastronomia também é agricultura, zootecnia, biologia, química e física. A gastronomia, no nível humano, também é antropologia, história da cultura, é nossa identidade”. Além dessas áreas, o jornalista destacou que a gastronomia envolve economia política, porque as inúmeras disputas por terra que aconteceram na história da humanidade foram lutas pelo poder ligado à produção de alimentos. A distorção do conceito de gastronomia, segundo Petrini, está ligada a um paradoxo: “Nunca se falou tanto de comida, e a situação agrícola é um desastre, em qualquer parte do mundo. Essa visão induz a pensar mal, não é educativa”.
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Centro de Ciências Agrárias é referência na produção de conhecimento para a Agroecologia  

13/06/2017 10:57

A Agroecologia é mais do que técnicas de cultivo no campo. Para pequenos produtores, é um movimento de resistência aos interesses das grandes corporações que atuam no setor, e de combate às relações desiguais de comercialização e consumo dos produtos agrícolas. “É um conceito de vida que prioriza a relação com a natureza, que repensa o consumismo e promove o cuidado e atenção ao próximo” diz a agricultora Sônia Jendiroba, moradora do bairro Ratones, em Florianópolis, e participante da feira orgânica do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da UFSC.

Método UFSC de Compostagem

O CCA é referência na produção de conhecimento de técnicas agroecológicas no país, e esse reconhecimento não é recente, é desde que começou a discutir a Agroecologia como meio produtivo no país” diz Walter Quadros Seiffert, diretor do do Centro de Ensino. De fato, o CCA tem papel importante na produção de pesquisas e desenvolvimento de tecnologias a exemplo do “Método UFSC de Compostagem”, que é uma adaptação de outro modelo mais tradicional que possibilita empilhar matéria orgânica diariamente em uma estrutura alongada conhecida como Leiras. Diferentemente de outros métodos, no da UFSC as leiras não são reviradas ou não tem uma aeração forçada, isso facilita a proliferação microrganismos que são biofungicidas naturais e podem eliminar pragas fungicidas nas plantas, como o fungo verticillium dahliae, que afeta as plantações de tomates. A consequência é a dispensa de defensivos para este tipo de fungo. Os métodos de compostagem podem ser utilizados para qualquer sistema de plantio, no agroecológico ou no convencional.
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Mestranda da UFSC recebe prêmio Green Talents 2016 de pesquisa em sustentabilidade

17/10/2016 13:32

[Foto: Divulgação]

Mestranda da UFSC, Marina Venâncio, recebe prêmio Green Talents 2016. Foto: Divulgação

A mestranda do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFSC, Marina Venâncio, recebeu o prêmio Green Talents Award 2016, oferecido pelo Ministério Federal da Educação e Pesquisa da Alemanha (BMBF). O evento selecionou 25 de 757 cientistas para participar, entre os dias 17 a 26 de outubro, de estudos de tecnologias de ponta e interação com especialistas de centros como o Instituto Alfred Wegener para Pesquisa Polar e Marinha, a Universidade de Tecnologia de Hamburgo e o Instituto Potsdam de Pesquisa de Impacto Climático. A premiação é um incentivo global para que  jovens talentos da pesquisa acadêmica compartilhem seus projetos nas áreas da ciência e desenvolvimento sustentável.

A pesquisadora da UFSC receberá o prêmio por estabelecer conexões entre mudanças climáticas, agricultura e os sistemas alimentares sob o viés do Direito, com ênfase nas políticas públicas agroecológicas brasileiras e suas implicações jurídicas. O trabalho selecionado buscou criar um manual para a construção de medidas políticas agroecológicas mais efetivas, por meio do estudo da atuação da esfera jurídica destes temas a partir da Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. “Mudanças climáticas, agricultura industrial e insegurança alimentar são apenas alguns dos exemplos das diversas questões que atualmente demandam soluções e abordagens inovadoras, interdisciplinares e integradas no contexto de uma sociedade global que se modifica rapidamente”, explica Marina.
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Lançamento de livro em Agroecologia

13/05/2014 08:41

O Programa de Pós-Graduação em Agroecossistemas (PGA) da UFSC convida a comunidade universitária para o lançamento do livro “Dialética da Agroecologia”, de autoria de dois professores do PGA – Luiz Carlos Pinheiro Machado e Luiz Carlos Pinheiro Machado Filho – no dia 13 maio (terça-feira), às 17h, no Auditório do PGA, bloco B do Centro de Ciências Agrárias (CCA). Haverá uma apresentação da temática do livro, seguida de debate e sessão de autógrafos.
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UFSC na Mídia: reportagem sobre box de agroecológicos no Ação/Globo de sábado

10/05/2013 09:35

O programa Ação, da Rede Globo, destaca neste sábado, 11 de maio, às 7h30min, experiências de famílias catarinenses que buscam a diversificação da fumicultura.

Uma das ações retratadas será a do Box de Produtos Agroecológicos, na Ceasa/SC, projeto apoiado pelo Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (Lacaf) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com o Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro).

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Impasses e desafios na produção de alimentos foram tema de seminário na UFSC

14/09/2012 10:29

O Seminário A produção contemporânea de alimentos para a humanidade: impasses e desafios, coordenado pelo professor Clarilton Ribas foi realizado dia 13 de setembro no Centro de Ciências Agrárias.  Clarilton abriu o seminário dizendo que um dos paradoxos do século XXI é que nunca produzimos tanto alimento e nunca tantos passam fome. Sepultamos, disse ele, o pensamento de Thomas Malthus (1766-1834) que estudou a produção de alimentos de duzentos anos e fez um comparativo com o crescimento da população, concluindo que a fome seria uma inevitabilidade histórica, já que a produção de alimentos crescia em progressão aritmética e a população de forma geométrica. Friedrich Engels (1820-1895) lhe fez contraponto dizendo que a ciência e técnica se desenvolviam em progressão geométrica.  Estava certo. A humanidade produz, atualmente, alimento para 2,1 vezes a população. Mas o que se faz com os alimentos? Há mais de um bilhão de pessoas famintas, e dados dizem que produzimos cerca de 600 gramas de arroz/pessoa/dia.

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Agroecologia tem encontro marcado na UFSC

28/05/2012 15:25

A UFSC acolhe a oitava edição do Encontro Ampliado da Rede Ecovida de Agroecologia, entre os dias 28 e 30 de maio. É a primeira vez que o evento acontece em uma capital do Sul do país, numa iniciativa que fortalece os laços solidários da relação entre o rural e o urbano. O Encontro Ampliado é um grande espaço de discussões, intercâmbios e consolidação da Rede Ecovida de Agroecologia, referência no Brasil e no exterior pelos avanços na produção, processamento, comercialização e certificação de alimentos e produtos agroecológicos. A força da Rede Ecovida está, sem dúvida, na articulação com grupos, associações, consumidores, cooperativas de agricultores e com instituições públicas.

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UFSC sedia 8º Encontro da Rede Ecovida de Agroecologia

24/05/2012 15:00

A oitava edição do Encontro da Rede Ecovida terá a tradicional Feira de Saberes e Sabores, montada em um espaço de 1.000 m2,  será realizada 28 de maio à tarde, dia 29 o dia todo, dia 30 pela manhã, na Praça da Cidadania da UFSC. Serão oferecidos mais de 100 tipos de produtos alimentícios frescos e processados, como frutas, grãos, geleias, temperos, ervas medicinais, queijos, vinhos, chás e sucos. Todos os itens são orgânicos e foram certificados pelo sistema de certificação participativa da Rede Ecovida. Cerca de 15 toneladas de produtos estão a caminho de Florianópolis, vindas dos diversos territórios do Sul do Brasil onde a Rede está presente.

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Centro de Apoio à Agricultura é destaque no planalto norte de Santa Catarina

31/10/2011 09:14

Agricultores recebem orientações teóricas e práticas e passaram a cultivar uma série de alimentos com maior qualidade

Depois de 10 anos vivendo em áreas distribuídas pela reforma agrária, o agricultor Vanderlei Antunes se fixou no assentamento Justino Dransveski, em Araquari, norte de Santa Catarina. Essa realidade foi possível graças à criação do Centro de Apoio à Agricultura Urbana e Periurbana da Região Metropolitana de Joinville, em 2008. O projeto é desenvolvido pelo Laboratório de Educação do Campo e Estudos da Reforma Agrária (Lecera), ligado ao Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina, em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Movimento Sem Terra (MST).

Os 20 assentamentos da região beneficiaram cerca de 750 famílias com técnicas de plantio, fornecimento de insumos, auxílio no consumo e comercialização da produção, além de disseminação de informações sobre colheita agroecológica e familiar. “O Centro foi um divisor de águas. Antes não era possível morar e trabalhar aqui. Tínhamos que buscar serviços em outros lugares para poder sobreviver”, conta o agricultor João Guilherme Zefferino.

Apoio teórico e prático
O planalto catarinense sofreu com a queda nas exportações das indústrias moveleiras na década de 80, comprometendo a qualidade de vida da população local. Além disso, com solo esgotado por outras culturas, a área não era favorável ao plantio de alimentos. “Quando o grupo do Lecera chegou à região, encontramos verdadeiros indigentes rurais vivendo nos assentamentos”, lembra o professor da UFSC e coordenador do projeto Clarilton Ribas.

A falta de técnica e de crédito é um dos principais problemas dos assentamentos da reforma agrária, segundo o professor. O projeto introduziu 20 agrônomos na região para auxiliar na geração de renda a partir do fomento da agricultura, da plantação solidária e do trabalho coletivo. Além disso, a reestruturação dos assentamentos organizou a produção e a comercialização dos produtos em torno de uma cooperativa. Os agricultores receberam instruções teóricas e práticas com as oficinas do campo, e puderam cultivar uma série de alimentos de maior qualidade.

A UFSC também colaborou com ensinamentos sobre manejo e produção dos biofertilizantes – fertilizantes caseiros, sem adição de produtos químicos. Os agricultores reconhecem a maior aceitabilidade dos produtos livres de agrotóxicos e estimularam-se com as boas vendas. A produção de hortifrutigranjeiros é comercializada nos centros urbanos e também é vendida ao Governo Federal a preço de mercado para o consumo em restaurantes populares, hospitais públicos e merenda escolar.

“A proximidade dos centros de comercialização facilitou a divulgação e a venda dos nossos produtos”, comemora o agricultor João Guilherme Zefferino. Segundo ele, a renda do assentamento aumentou e as pessoas puderam ganhar qualidade na parceria com a universidade. A cada real investido pelo MDS, os agricultores tiveram cinco reais em benefícios indiretos. No total, o projeto já recebeu em torno de R$ 1,5 milhão e pretende ir até 2012. “Queremos ainda cultivar as plantas de lavoura, como o arroz, e o leite agroecológico”, destaca o coordenador do projeto.

 Do campo à cidade
Os trabalhos não se resumem ao campo. Em Joinville, maior município em extensão de Santa Catarina, os agrônomos implantaram as hortas agroecológicas. O professor Ribas alerta para o desaparecimento dos “cinturões verdes” nas cidades, as chamadas hortas urbanas.

“A maioria dos produtos orgânicos consumidos em Florianópolis vêm de São Paulo ou de Curitiba. Nessas situações, paga-se mais devido ao custo do transporte, perde-se em qualidade e o meio ambiente é ainda mais explorado”, avalia o coordenador. Segundo ele, o trabalho conjunto com os agricultores busca incentivar a produção e o consumo em “curto-circuito”, priorizando a produção agroecológica e minimizando custos ambientais no plantio dos alimentos.

Mais informações com o professor Clarilton Ribas, e-mail:  ccribas17@hotmail.ufsc.br / Telefone: (48) 3721-5417

Por Gabriele Duarte / Bolsista de Jornalismo na Agecom

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