Carlos Nobre defende transição energética e práticas regenerativas para frear colapso

27/05/2025 13:01

Professora Regina Rodrigues e Carlos Nobre participam de EcoTalks, na Semana do Meio Ambiente da UFSC (Fotos: Gustavo Diehl/Agecom)

A transição para práticas agrícolas e pecuárias regenerativas é uma das principais estratégias para enfrentar os efeitos da emergência climática e reduzir as emissões de gases de efeito estufa no Brasil. O alerta foi dado pelo climatologista Carlos Nobre, um dos maiores nomes de estudos do clima no país e no mundo, que também destacou o papel de uma rápida transição energética para que o país enfrente o desafio global. Em estudo ainda não publicado, ele e outros cientistas preveem que medidas como estas podem levar o país a cumprir a meta de carbono zero até 2040.

Os dados foram trazidos durante palestra na Semana do Meio Ambiente, promovida pela Coordenadoria de Gestão Ambiental (CGA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), realizada no Auditório da Reitoria, com mediação da professora Regina Rodrigues, da coordenadoria de Oceanografia. Segundo Nobre, menos de 15% da agricultura brasileira é regenerativa, mas esse percentual tem potencial para crescer rapidamente, liberando grandes áreas para restauração florestal e freando o impacto do aquecimento da Terra. Regina lembrou que os relatórios do Painel Intergovernamental do Clima acumulam evidências sobre o impacto da ação humana para o aumento na emissão dos gases de efeito estufa, principalmente o gás carbônico.

Nobre acrescentou que a ciência atua globalmente para explicar porque a temperatura aumentou 0,35 graus de 2022 até agora e, por que, por exemplo, tivemos o mês de janeiro de 2025 como o mais quente da história. O risco de influência na segurança alimentar e energética foi confirmado pelo cientista, que ressaltou que a quantidade de vapor da água que foi para a atmosfera também bateu recorde. “Temos pancadas de chuva mais curtas e mais fortes e recorde de ondas de calor, tudo porque se joga mais energia na atmosfera”.

A apresentação reuniu estudantes, docentes, pesquisadores e representantes da sociedade civil em um momento de reflexão sobre os limites do planeta. Nobre, que também é um dos principais nomes mundiais no estudo da Amazônia, reforçou que o mundo já não vive mais uma fase de “mudança”, mas sim de emergência climática. “Se continuar nesse nível de aumento de temperatura os eventos extremos não diminuirão mais”.

Há 35 anos, o cientista fez alertas sobre o chamado ponto de não retorno da Amazônia, que seria uma espécie de incapacidade de regeneração da floresta, com prejuízos incalculáveis para a humanidade. Ele voltou a alertar sobre o risco, acrescentando que estamos muito próximos deste ponto. “Há 35 anos fizemos os primeiros estudos que alertavam para isso. Hoje, estamos à beira desse ponto – e o mesmo vale para o Cerrado e a Caatinga”, afirmou.  Segundo ele, o projeto de lei que prevê a liberação do desmatamento em áreas sensíveis, a chamada “PL da devastação”, representa “a total devastação dos nossos biomas” e é “absolutamente inconstitucional”.
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Exposição traz raridades e territórios Guarani, Kaingang e Laklãnõ-Xokleng para a UFSC

27/05/2025 08:53

Entrada da exposição conta com vídeos produzidos nos três territórios (Fotos: Gustavo Diehl)

Uma casa de reza. Uma nascente de água. Uma barragem. Os símbolos de território para os povos Guarani, Kaingang e Laklãnõ-Xokleng em Santa Catarina contam a história do passado e do presente a partir de uma firme convicção de respeito à ancestralidade daqueles que ocupam o Estado há milênios. Esses três povos atuam como autores e também são parte da própria obra na exposição “TERRAS e ÁGUAS. História dos Territórios Guarani, Kaingang e Laklãnõ-Xokleng. Ontem, Hoje, Sempre”, recém aberta ao público no Museu de Arqueologia e Etnologia Professor Oswaldo Rodrigues Cabral – MArquE/UFSC.

A exposição é uma porta para a história, as tradições, as manifestações culturais e até mesmo as dores dos povos indígenas que têm territórios em Santa Catarina. Sua montagem começou há dois anos e envolveu o curso de Licenciatura Intercultural Indígena do Sul da Mata Atlântica e a ação Saberes Indígenas na Escola, com coordenação do professor do Departamento de História Lucas de Melo Reis Bueno, todos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

“São 11 curadores indígenas destes três povos contando sobre o território. Cada um tem suas especificidades, mas a ideia é reforçar a ancestralidade dos territórios indígenas”, explica Bueno. Por isso, sob essa lógica, o território não é só uma demarcação, mas um olhar para o mundo, que começa logo nas escadas do MArquE, com sons de cânticos e da natureza dando as boas-vindas aos visitantes.

Peças de artesanato foram selecionadas pelos povos indígenas, curadores da exposição instalada no museu

Na entrada, um mapa do tamanho da parede dá a ideia da dimensão da região Sul a partir da distribuição das Terras Indígenas e sítios arqueológicos associados aos três povos, marcados por características e tradições bastante diferentes.

A semelhança, segundo explica o professor, estaria no chamado tronco Jê, origem das línguas dos Kaingang e Laklãnõ-Xokleng. As diferenças e particularidades dos povos, no entanto, começam a aparecer já no primeiro ambiente, com a exibição de depoimentos e imagens dos territórios – tudo captado exclusivamente para a exposição.

Com tomadas de imagens aéreas captadas com o uso de drones é possível visualizar ambientes preservados, com mínimas intervenções e a presença das florestas. Homens e mulheres dos três povos também compartilham suas histórias e dão vida à experiência.
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Em 15 anos, parceria entre UFSC e ONG restaurou cerca de 200 hectares de restinga em Florianópolis

23/05/2025 16:42

Equipe do projeto Restaura Restinga atuando nas dunas da Lagoa da Conceição. Foto: Todd Southgate

Neste 22 de maio, Dia Internacional da Diversidade Biológica, a parceria entre o Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação da Universidade Federal de Santa Catarina (Leimac/UFSC) e o Instituto Hórus completou 15 anos. Desde 2010, por meio de um programa de voluntariado, a aliança estabelecida entre as instituições foi responsável por eliminar mais de 420 mil espécimes de plantas exóticas invasoras em áreas de restinga de Florianópolis.

A ação, liderada e idealizada por mulheres desde sua origem, restaurou cerca de 200 hectares de restinga nesse período. A maior parte da área restaurada se encontra no Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, primeira região de foco do trabalho da parceria, onde foram eliminadas praticamente todas as árvores de pinheiro americano (Pinus elliottii).

“É uma unidade de conservação que cobre 500 hectares de restinga. Ao longo de um pouco mais de 10 anos, trabalhamos mensalmente nessa área. Conseguimos praticamente acabar com os problemas de invasão por pinheiros americanos introduzidos aqui. Nesse período, foram mais de 420 mil plantas eliminadas”, afirma Michele de Sá Dechoum, professora Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC e uma das coordenadoras da iniciativa.

Além da remoção das invasoras, o projeto também reintroduz as plantas nativas à região. A produção das mudas plantadas é feita com critério técnico, com coleta local de sementes de plantas matrizes marcadas. “Mais importante do que eliminar as plantas, o nosso maior objetivo é restaurar áreas de restinga. Fazer com que a gente crie espaço para plantas nativas, animais nativos, toda nossa biodiversidade”, ressalta a professora.
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Estudo da UFSC aponta áreas de preservação ameaçadas por espécie invasora

23/05/2025 08:31

Pesquisadores fazendo o manejo do coral-sol na REBIO Arvoredo – Ilha do Arvoredo – Santa Catarina (Foto: Marcelo Crivellaro – Acervo PACS Arvoredo)

Um estudo inédito publicado na revista Marine Pollution Bulletin utiliza a modelagem para prever a potencial distribuição e avaliar o risco de invasão do coral-sol (Tubastraea spp.) em Áreas Marinhas Protegidas federais brasileiras.A pesquisa revela quais dessas áreas estão mais ameaçadas e aponta a indústria de petróleo e gás como um fator chave no alastramento da espécie invasora. O artigo é fruto do trabalho de conclusão de curso da acadêmica de Oceanografia da Universidade Federal de Santa Catarina, Millene Ohanna, e foi orientado pelo pesquisador Thiago Silveira no Laboratório de Ecologia de Ambientes Recifais, e coordenado pela professora Bárbara Segal, do departamento de Ecologia e Zoologia.

Os resultados destacam que a variável mais importante para a distribuição do coral-sol nos modelos foi a extração de petróleo e gás. As estruturas associadas a esta indústria servem como habitats favoráveis e vetores de dispersão. Ao avaliar o risco de invasão para as áreas federais, o estudo classificou as com maior vulnerabilidade, considerando a adequabilidade de habitat indicada pelo modelo e o nível de proteção. A Reserva Extrativista Arapiranga-Tromaí (MA), o Monumento Natural das Ilhas de Trindade e Martim Vaz (ES) e Área de Proteção Ambiental Costa dos Corais (PE) foram identificadas como as mais ameaçadas pela invasão do coral-sol.

A pesquisa também aponta para o alto risco de invasão na região próxima à foz do Rio Amazonas, uma área de grande relevância biológica e que tem sido alvo de discussões sobre planos de exploração de petróleo. O modelo prevê que esta área possui habitat adequado e está sob risco devido à proximidade potencial com atividades da indústria de petróleo e gás.

O coral-sol (Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis), espécie invasora na costa brasileira, pode alterar habitats e comunidades nativas. Sua introdução no Brasil ocorreu no final da década de 1980 na Bacia de Campos, Rio de Janeiro, principalmente por conta da bioincrustação em estruturas artificiais da indústria de petróleo e gás, como plataformas e navios de perfuração. Desde então, ele se espalhou por mais de 3000 quilômetros da costa brasileira, colonizando tanto estruturas artificiais quanto recifes naturais.

Reserva Extrativista Arapiranga-Tromaí (Foto: Instituto Chico Mendes)

Diferentemente do que ocorria até então, esta pesquisa incluiu variáveis ambientais – como temperatura, salinidade e batimetria – e antropogênicas, relacionadas a atividades humanas, como a proximidade a áreas de extração de petróleo e gás, portos e naufrágios. A inclusão de fatores humanos foi importante pois a introdução e dispersão do coral-sol estão frequentemente ligadas a essas atividades.

Controlar espécies invasoras é um dos maiores desafios para a conservação da biodiversidade. Os pesquisadores explicam que a modelagem de distribuição espacial, como a utilizada no estudo, é uma ferramenta decisiva para prever onde espécies invasoras podem se estabelecer.

A precisão da modelagem, particularmente com a inclusão de preditores antropogênicos, oferece uma base científica robusta para o Plano Nacional de Prevenção, Controle e Monitoramento do Coral-Sol. O estudo enfatiza que confiar apenas em preditores ambientais pode levar a uma alocação menos eficaz de recursos.
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Projeto de extensão Atividades Físicas Para Terceira Idade da UFSC completa 40 anos

19/05/2025 14:42

Se ficasse em casa, seu Zulmar só teria a televisão para se divertir. Mas ele prefere ir à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Eu sou aposentado. Se ficar em casa, é só no sofá. Aqui não. Tu vens, tu se diverte, tu relaxa e sai totalmente diferente”, diz Zulmar Joaquim, de 72 anos, que há quase duas décadas participa do Projeto de Extensão Atividades Físicas Para Terceira Idade. Da mesma forma, cerca de 200 pessoas com mais de 50 anos aproveitam o que a Universidade oferece para elas dentro do programa, que está completando 40 anos.

Aula de ginástica na frente da reitoria. Foto: Malena Lima/Agecom/UFSC

O projeto teve início em 1985 com a participação de cinco idosas na ginástica. Ele começou com as professoras Maria Cecília Mocker e Marize Amorim Lopes, no Centro de Desportos (CDS) da UFSC. E foi criado pensando na saúde e socialização da pessoa idosa. Há 40 anos a realidade era bem diferente. “Idoso fazia o quê? Lavava, costurava, cozinhava e não fazia mais nada. Eram todos os afazeres domésticos”, diz Tânia Benedetti, coordenadora do projeto.

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Palestra na abertura da Escola de Gestores debate o futuro e os desafios da educação superior

16/05/2025 15:02

O Programa Escola de Gestores 2025 foi aberto nesta sexta-feira, 16 de maio, pela Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp), em parceria com o Instituto de Pesquisas e Estudos em Administração Universitária (Inpeau). Voltada a servidores técnico-administrativos e professores que ocupam funções gratificadas, cargos de direção ou que buscam desenvolver competências específicas em Gestão Universitária, a iniciativa teve início às 9h30, no Auditório da Reitoria, com transmissão ao vivo para os campi da UFSC.

Na mesa de abertura, o reitor Irineu Manoel de Souza, a pró-reitora Sandra Carrieri, o diretor do DDP Guilherme Fortkamp (dir.), e o presidente do Inpeau Pedro Antônio de Melo (esq.). Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC

O evento contou com ampla participação da comunidade universitária, envolvendo diferentes setores da UFSC. Na mesa de abertura, estiveram presentes o reitor Irineu Manoel de Souza, a pró-reitora de Gestão e Desenvolvimento de Pessoas, Sandra Regina Carrieri, o diretor do Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP), Guilherme Fortkamp, e o presidente do Inpeau, Pedro Antônio de Melo.

A pró-reitora Sandra Carrieri destacou o caráter inclusivo do programa, afirmando que ele é “voltado para toda a comunidade e tem como diferencial o fato de ser elaborado e pensado pela própria comunidade”, com base em uma pesquisa que identifica os temas mais relevantes para o desenvolvimento profissional. Ela também ressaltou que “o objetivo central é o aprimoramento da gestão universitária, buscando não apenas o desenvolvimento de práticas técnicas, mas também valorizando o fator humano”, promovendo uma universidade mais justa e harmônica.
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Editora da UFSC publica e-book gratuito de Salim Miguel, leitura obrigatória do Vestibular 2026

15/05/2025 17:45

A Editora da UFSC (EdUFSC) publicou uma nova edição do livro Primeiro de abril: narrativas da cadeia, de Salim Miguel. A obra está na lista de leituras obrigatórias para o Vestibular Unificado 2026 da UFSC, e o e-book está disponível para download gratuito na Estante Aberta da EdUFSC. A Editora irá publicar a coleção completa da obra do autor.

O livro traz uma profunda reflexão sobre o nosso tempo, abordando temas essenciais como a ditadura, a liberdade e a luta por direitos fundamentais.

“Primeiro de abril: narrativas da cadeia, de Salim Miguel, refere-se a 1964, quando ele, intelectual já conhecido, redator da Agência Nacional, passou 50 dias numa prisão militar em Florianópolis. Seu relato não denuncia arbitrariedades inéditas, nem torturas como as que ocorreram em outros lugares. É o depoimento de um escritor, de um homem sensível, que sabe valorizar o detalhe e recolher, dentre os variadíssimos tipos humanos que o cercam, o traço mais significativo; de um ficcionista atropelado por uma realidade dolorosamente imprevista, mas que não perde o sentido do pitoresco, do humor, mesmo quando descreve a destruição da livraria que foi sua, a queima absurda de livros em pleno centro da capital catarinense”, escreve Moacir Werneck de Castro na apresentação do livro.

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UFSC participa de estudo com dados inéditos sobre especialização ecológica

14/05/2025 13:17

Abudefduf saxatilis (Fotos: Sergio Floeter)

Um estudo internacional com participação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que os recifes de coral mais diversos do planeta são dominados por espécies de peixes altamente especializadas em sua alimentação e tolerância térmica. A pesquisa, publicada na conceituada revista Global Ecology and Biogeography, traz novas dados inéditos sobre a ecologia dos recifes e foi coassinada pelo professor Sergio Floeter, do Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC. Essas descobertas avançam significativamente na compreensão sobre como a especialização influencia a distribuição das espécies, a dinâmica evolutiva e a estrutura das comunidades recifais em um cenário de mudanças climáticas.

“Os recifes mais diversos do planeta são dominados por espécies que evoluíram para se alimentar de tipos específicos de alimento”, afirma a bióloga marinha Zoé Delecambre, autora principal. A pesquisa analisou milhares de dados sobre a dieta e a distribuição de peixes recifais ao redor do mundo para responder a uma pergunta central: em que ambientes os peixes ecologicamente mais especializados prosperam?

Os peixes ecologicamente mais especializados são aqueles que vivem sob condições bem específicas e exercem funções ecológicas bastante definidas, como consumirem somente um tipo ou grupo de alimento ou terem tolerância somente a determinados padrões, como temperatura e salinidade.

O estudo traz como exemplo imagens capturadas pelo professor Floeter. O peixe-borboleta Chaetodon ornatissimus é um especialista e se alimenta exclusivamente de pólipos de coral. Já o generalista Abudefduf saxatilis consome diversos itens alimentares, desde zooplâncton até algas bentônicas. Os generalistas dominam recifes pequenos e isolados.

Chaetodon ornatissimus

“A especialização desempenha um papel fundamental na formação de padrões evolutivos e biogeográficos, mas raramente foi examinada em escala global para comunidades super-diversas”, afirma o coautor da UFSC, Sergio Floeter. O estudo mapeia padrões biogeográficos e de diversificação globais de nichos tróficos, que se refere aos alimentos, e térmicos, sobre a temperatura da água, em um dos conjuntos mais diversos de espécies nos mares, os peixes recifais. O professor contribuiu com dados inéditos do Brasil.

A pesquisa também revisita uma teoria clássica da ecologia  segundo a qual espécies de regiões de latitudes mais altas — como zonas temperadas ou polares — tendem a ser mais generalistas. “Em nosso novo estudo, examinamos se as amplitudes de nicho trófico e térmico são mais estreitas em centros de biodiversidade. Descobrimos que a especialização ecológica dos peixes recifais atinge seu ápice em hotspots globais de biodiversidade”, escrevem.

Isso significa que os peixes recifais mais especializados, com dietas muito específicas e que vivem em faixas muito específicas de temperatura, são mais comuns justamente nos recifes mais biodiversos do planeta. “Isso confirma que a alta biodiversidade sustenta papéis ecológicos mais especializados, enquanto os generalistas prevalecem em sistemas mais simples”, indicam os autores.

 

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Há 10 anos, na UFSC, Pepe Mujica, que morreu nesta terça-feira, se dizia ‘apaixonado pela vida’

13/05/2025 17:18

Há quase dez anos, Mujica se declarou apaixonado pela vida em evento na UFSC. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

O ex-senador, ex-ministro e ex-presidente do Uruguai José Mujica, o Pepe Mujica, que morreu nesta terça-feira, 13 de maio, há quase uma década lotava o Centro de Cultura e Eventos da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, e se dizia apaixonado pela vida. Ele participou da cerimônia de abertura da 11ª Conferência da Juventude Latino-Americana sobre Mudanças Climáticas (COY11) e falou para cerca de 1,3 mil pessoas sobre o futuro, com mensagens também sobre o que era, naquele momento, o tempo presente. “A vida é linda se dedicada a uma causa de progresso humano”, disse.

Mujica brincou que estava em Florianópolis não por obrigação, mas porque quis, não para ir à praia, mas para falar com os jovens, em quem depositou tanto sua esperança quanto uma carga de responsabilidade. “Vocês vão ter o gigantesco desafio de lutar com brandura, serão menos primitivos. Serão menos fortes, mas muito mais inteligentes. Isso não pode ser garantido pelo governo, é assunto cultural”, disse.

Mujica esteve na UFSC em 2015. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

“As duas caras têm patologias”, disse Mujica

O ex-presidente lembrou que a existência tanto de grupos que lutam por mudanças quanto de conservadores é anterior à classificação entre esquerda e direita, mas alertou: “as duas caras têm patologias; a cara da mudança cai no infantilismo, que confunde desejo com realidade. A conservadora pode cair no reacionário ou até fascista”. Ele também disse que “a economia não pode ser separada da ética e da conduta humana”.

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UFSC estuda caminho da chuva na Floresta Amazônica para entender mudanças climáticas

13/05/2025 14:34

Dossel da Floresta tem impacto no ciclo hidrológico e ajuda a compreender mudanças climáticas (Divulgação)

Um projeto da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) em parceria com o Instituto Mamirauá, que investe em ciência, tecnologia e inovação para a conservação e uso sustentável da biodiversidade da Amazônia, vai permitir que se compreenda melhor os efeitos das mudanças climáticas nas áreas de várzea da região, especialmente no Médio Solimões. O objetivo é estimar quanto da chuva que atinge o dossel da floresta chega efetivamente ao solo e qual percentual retorna à atmosfera por evaporação.

O  dossel é a parte superior da floresta, formada pelas copas das árvores, uma espécie de teto natural que cobre o solo da floresta.  A iniciativa faz parte do esforço do Instituto Mamirauá para consolidar uma rede de monitoramento hidrometeorológico na região. “A parceria com o Laboratório de Hidrologia (LabHidro) da UFSC surgiu a partir de um interesse comum: entender como a vegetação influencia o ciclo hidrológico regional por meio da interceptação da chuva”, explica o pesquisador Luiz Felipe Pereira de Brito, mestrando na pós-graduação em Engenharia Ambiental e um dos responsáveis pelo projeto.

Entender como a chuva é interceptada pelo dossel florestal é essencial para avaliar o balanço hídrico nas várzeas amazônicas, onde o regime de cheia e seca define o funcionamento dos ecossistemas e impacta diretamente a vida das comunidades ribeirinhas. Segundo Brito, a água da chuva tem papel decisivo na recarga dos corpos d’água, na umidade do solo e na disponibilidade de recursos naturais como alimentos e água potável. “Saber o quanto da chuva realmente chega ao solo e o quanto retorna à atmosfera por evaporação ajuda a melhorar modelos hidrológicos, prever secas e cheias e compreender como o funcionamento da floresta pode ser afetado pelas mudanças climáticas”.

Equipamentos de medição são feitos com objetos de baixo custo

Para estimar a interceptação, os pesquisadores monitoram três variáveis principais: a chuva total (que atinge a copa das árvores), a chuva interna (que atravessa o dossel e chega ao solo) e o escoamento pelo tronco (água que escorre pelos troncos das árvores até o chão). Os equipamentos utilizados — como pluviômetros artesanais, calhas de PVC e mangueiras espiraladas — foram elaborados com materiais de baixo custo, o que facilita a replicação do experimento em outras áreas.  Em abril, os pesquisadores desenvolveram uma oficina de confecção dos dispositivos com os alunos do ensino fundamental da Escola Municipal Divino Espírito Santo do Jarauá, em Alvarães, com o objetivo de compreender a distribuição espacial da chuva na comunidade.

“Tivemos a oportunidade de interagir com os alunos da escola e construir juntos pluviômetros artesanais com garrafas PET. Além do aprendizado prático sobre como medir a chuva, a atividade gerou curiosidade e engajamento com a ciência. Foi também uma forma de valorizar o conhecimento local e aproximar a pesquisa científica da realidade das comunidades ribeirinhas”, pontua o pesquisador.
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UFSC produz relatório de monitoramento do ar com Ministério do Meio Ambiente

12/05/2025 10:59

O Laboratório de Controle da Qualidade do Ar (LCQAr) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) esteve à frente da produção do Relatório Anual de Acompanhamento da Qualidade do Ar de 2024, documento que consolida dados e informações coletadas pelos estados e apresenta uma avaliação integrada sobre a qualidade do ar no Brasil para o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças do Clima. O relatório foi publicado em abril de 2025 e reúne dados e analisa a cobertura de monitoramento no Brasil, estabelecendo também perspectivas para ampliação. Segundo o documento, apenas cerca de um terço da população brasileira é coberta por monitoramento da qualidade do ar. 

A equipe da UFSC contou com 14 integrantes, que trabalharam junto de pesquisadores de outras universidades e do órgão federal. O coordenador do LCQAr Leonardo Hoinaski explica que o convênio com o Ministério do Meio Ambiente tem duração de 26 meses. Com isso, o laboratório irá realizar análises ainda mais aprofundadas, além de oferecer outros projetos que estão inclusos nos sete objetivos da colaboração. Para desenvolver as demais pesquisas, é necessário criar uma base de dados, e o Relatório Anual de Acompanhamento da Qualidade do Ar representa um primeiro passo.

Em 2024, 20 Unidades Federativas (UFs) realizavam monitoramento da qualidade do ar, número maior que o de 2023, quando eram 16 UFs. Sete estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste ainda não possuem estações que monitoram o ar, o que evidencia a necessidade de atuação dos órgão públicos para o cumprimento da Resolução nº 506 de 2024 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). A resolução estabelece padrões nacionais de qualidade do ar e fornece diretrizes para sua aplicação, consolidando a importância de relatórios anuais.

Foram contabilizadas 479 estações de monitoramento em 2024, acréscimo de 84 estações em relação ao levantamento de 2023. Os resultados mostram que a cobertura da rede de monitoramento no país é pequena, com estações de referência — equipamento de alta precisão — cobrindo apenas 0,22% da área total, enquanto as estações indicativas — equipamento de precisão menor — cobrem 0,07%.

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Professora da UFSC participa de projeto da Funai para recuperação ambiental da Terra Yanomami

09/05/2025 17:13

Professora Catarina Jakovac durante a I Oficina do Plano de Recuperação Ambiental da Terra Indígena Yanomami (TIY), que ocorre neste semana, em Roraima. Foto: reprodução/acervo pessoal

A professora Catarina Jakovac, do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (CCA/UFSC), participará do Plano de Recuperação Ambiental da Terra Indígena Yanomami (TIY), liderado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Universidade de Brasília (UnB). Catarina foi convidada pela UnB e atuará como consultora da equipe de meio ambiente, especialista em recuperação e regeneração florestal. A professora da UFSC trabalhará em todo o processo de criação do plano de recuperação ambiental em conjunto com a equipe de antropólogos e a comunidade indígena do território.

Nesta segunda-feira, 5 de maio, foram iniciadas as atividades do planejamento para o Plano de Recuperação Ambiental da TIY, no Centro Regional Lago Caracaranã, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O encontro, que perdura até este sábado, 10 de maio, reúne lideranças indígenas, pesquisadores — como a professora da UFSC — e autoridades de instituições ambientais do governo para o alinhamento do projeto.

A TI Yanomami é a maior Terra Indígena do país, com 9.664.975 hectares (96.650 km²) de floresta tropical, que perpassam oito municípios nos estados de Roraima e Amazonas na fronteira com a Venezuela. O território, com área maior que países como Portugal, abriga aproximadamente 27 mil indígenas, divididos em cerca de 384 aldeias, entre povos Yanomami e Ye’kwana. Na TIY, também existem grupos de indígenas considerados isolados, que não mantêm relações permanentes com não indígenas.

Conforme Catarina, o objetivo da iniciativa é definir um plano de execução, identificando quais os melhores métodos de recuperação das diferentes situações e áreas prioritárias para serem recuperadas de acordo com critérios ambientais e bioculturais a serem definidos de forma participativa com os povos originários. Entre 2023 e 2024, o Governo Federal realizou 3.536 ações na TIY. Dessas, 633 foram operações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que resultaram na aplicação de R$ 69,1 milhões em multas referentes a 211 autos de infração.

Segundo o Ibama, em dezembro de 2024, a TIY não registrou alerta de desmatamento pela primeira vez desde seu estabelecimento, em 1992. O resultado foi obtido após dois anos do início das atividades do Governo Federal com ações contra garimpo ilegal.  “O projeto é uma exigência legal que o governo recebeu de recuperar as áreas que foram invadidas pelos garimpeiros nos anos de 2020 a 2022. Esse projeto faz parte do plano emergencial da Terra Indígena Yanomami, que envolve Casa Civil, Polícia Federal, Força Nacional, Ibama, Funai e outros órgãos de assistência do Governo Federal”, explica a professora.

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Laboratório traz novas possibilidades de pesquisa naval e aérea na UFSC Joinville

07/05/2025 19:01

Que tipo de arrasto provoca o vento em um carro em movimento? Como um barco rebocador enfrenta a resistência a seu avanço na água? Ou ainda: como dutos de plataformas de petróleo podem resistir melhor ao vaivém do mar? Perguntas que a ciência produzida no Campus de Joinville da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pode melhor responder desde a entrada em operação dos novos equipamentos do Laboratório de Interação Fluido-Estrutura (LIFE-Multiusuário). O evento que marcou o início oficial das atividades ocorreu na tarde desta quarta-feira, 7 de maio.
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Confira a programação do mês de maio no Planetário e Observatório da UFSC

06/05/2025 11:12

Planetário da UFSC, visto do céu. (Foto: Caetano Machado/Agecom)

O Planetário e Observatório da UFSC divulgam as atividades previstas para o mês de maio, sempre com programação gratuita às quartas-feiras. Todos os eventos são abertos ao público em geral e ocorrem no campus da UFSC em Florianópolis.

Em caso de chuva ou céu nublado, estarão mantidas as atividades de sessão infantil, sessão de Planetário e as palestras. O limite de lotação das sessões é de 39 pessoas por sessão de Planetário, com vagas preenchidas por ordem de chegada.

Mais informações pelo e-mail: observatorio@contato.ufsc.br.
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Feira de Cursos da UFSC abre inscrições para escolas e instituições de ensino

29/04/2025 14:32

Feira de Cursos é oportunidade para conhecer os mais de 100 cursos de Graduação, além de programas de permanência da UFSC. Foto: Ariclenes Patté/Agecom/UFSC

Estudantes do Ensino Médio terão a oportunidade de conhecer a diversidade dos cursos de graduação ofertados pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na terceira edição da Feira de Cursos da UFSC, que ocorrerá nos dias 3 e 4 de junho, das 8h às 17h, no Centro de Cultura e Eventos do campus de Florianópolis. As inscrições direcionadas às escolas e instituições de ensino devem ser feitas até 22 de maio no site oficial do evento feiradecursos.ufsc.br ou diretamente pelo formulário on-line.

Promovida pela Pró-Reitoria de Graduação e Educação Básica (Prograd) da UFSC, a terceira edição da Feira tem o objetivo de apresentar aos estudantes do Ensino Médio e à comunidade externa os 110 cursos de graduação presencial e seis cursos à Distância oferecidos pela universidade, além de destacar a importância da educação pública de qualidade, contribuindo para a ocupação das vagas e a divulgação das atividades relacionadas à graduação.

A Feira contará com estandes dos cursos de graduação, palestras, visitas guiadas aos Centros de Ensino, atividades artísticas e culturais, informações sobre o vestibular e permanência estudantil, entre outras atividades. Considerada a 3ª melhor universidade federal do país e a melhor instituição de ensino superior do Estado, de acordo com o Índice Geral de Cursos (IGC) divulgado pelo MEC, a UFSC se destaca como referência de educação pública e de qualidade.

Além de Florianópolis, a Feira de Cursos também acontecerá nas outras cidades de Santa Catarina em que a UFSC está presente, conforme cronograma abaixo:

Campus de Araranguá: 9 de setembro;

Campus de Blumenau: 5 e 6 de novembro, junto com a SEPEX;

Campus de Curitibanos: 29 de agosto;

Campus de Florianópolis: 3 e 4 de junho;

Campus de Joinville: 11 de junho;

A programação completa estará disponível no site do evento. Dúvidas podem ser enviadas no e-mail feiradecursos.prograd@contato.ufsc.br e no Instagram.

 

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UFSC participa da criação da ‘Segregation Wiki’, site que mapeou 804 expressões de segregação

29/04/2025 09:44

O professor Renato Tibiriçá de Saboya, do Programa de Pós-graduação de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Santa Catarina (PósARQ/UFSC), integra equipe internacional que criou a Segregation Wiki, uma plataforma colaborativa que oferece definições e explicações de termos-chave relacionados à segregação nas suas várias formas. Acesse o site aqui.

A plataforma é resultado de uma investigação desenvolvida ao longo de dois anos, liderada pelo professor Vinicius de Moraes Netto, vinculado à Universidade Federal Fluminense (UFF) e à Universidade do Porto, em Portugal. Netto atuou em colaboração com investigadores de universidades brasileiras e inglesa: Kimon Krenz, da University College London; Maria Fizson, da UFF; Renato Saboya, da UFSC; e Otavio Peres, da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) e doutorando no PósARQ. Também participou do projeto a cientista política Desirée Rosalino, pesquisadora independente.
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Regente se despede de Coral e Orquestra da UFSC após 20 anos de atuação

17/04/2025 09:55

Ensaio do Coral da UFSC. Foto: Andrey Santiago/Agecom/UFSC

O Coral e a Orquestra da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) têm novas lideranças. Com a aposentadoria de Miriam Moritz após 20 anos de regência, os bastões foram passados para o professor Felipe Soares e para o servidor técnico Hilton Pinheiro. O Coral retomou os ensaios em 8 de abril, terça-feira, sob a regência de Felipe. A Orquestra segue desde o segundo semestre de 2024 sob a coordenação de Hilton. 

Miriam foi regente do Coral de maio de 2004 até o início de 2025. A musicista formada pela Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc) criou, em 2009, a Orquestra de Câmara da UFSC, configuração de grupo musical realizada em espaços pequenos. No mesmo ano, fundou o Madrigal da UFSC, grupo de canto com menos participantes que um coral. Miriam ainda desenvolveu na Universidade projetos direcionados às pessoas que normalmente são excluídas da atividade musical, como as iniciativas Reconstruindo a Escuta do usuário de Implante Coclear e Música para Pessoas com doença de Parkinson
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Estudo da UFSC na Nature registra aumento de eventos extremos e ameaça a espécies e à pesca

16/04/2025 08:00

Um estudo inédito liderado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) traz novos dados alarmantes sobre as mudanças climáticas e seus impactos nos ecossistemas marinhos, desta vez relacionados ao Oceano Atlântico Sul. A pesquisa Extreme compound events in the equatorial and South Atlantic foi publicada nesta quarta-feira, 16 de abril, na Nature Communications, liderada pela professora da coordenadoria especial de Oceanografia Regina Rodrigues e com a participação de estudantes da UFSC, Universidade de Sorbonne, Universidade de Bern, Universidade de Bergen e da Organização de Ciência e Pesquisa Industrial da Commonwealth da Australia.

Os pesquisadores usaram dados de 1999 a 2018 para entender a ocorrência de três eventos extremos que atingem os oceanos: as ondas de calor marinhas, extremos de alta acidificação e de baixa clorofila. Os resultados mostraram que houve um aumento na intensidade e ocorrência simultânea desses eventos extremos durante o período analisado.

Pesquisa analisou diferentes dados do Atlântico Sul (Pixabay)

O estudo também identificou que desde 2016 esses extremos combinados têm ocorrido todos os anos, colocando em xeque a capacidade de sobrevivência dos ecossistemas marinhos. Isso afeta diretamente a atividade pesqueira e maricultura, tendo um efeito negativo na segurança alimentar de países da América do Sul e África adjacentes ao Oceano Atlântico Sul, onde o estudo foi feito.
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Meeting Paralímpico na UFSC tem disputa apertada, superações pessoais e primeiras medalhas

15/04/2025 14:25

O Meeting Paralímpico de Florianópolis reuniu 590 esportistas de alto rendimento e jovens promessas no Centro de Desportos (CDS) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ao longo do último final de semana, 12 e 13 de abril. Entre os destaques dos dois dias do evento, esteve a emoção da primeira competição de duas irmãs gêmeas catarinenses, atletas superando suas marcas pessoais e um duelo vencido por cerca de um décimo de diferença por um vice-campeão mundial.

A competição foi organizada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Dos atletas inscritos, 454 estiveram no atletismo, 115 na natação e 27 na bocha. As provas foram válidas tanto para o alto rendimento quanto para as Seletivas Estaduais das Paralimpíadas Escolares, das Paralimpíadas Universitárias e dos Intercentros (disputa entre alunos dos Centros de Referência do CPB, com idade de 7 a 10 anos).

Confira as fotos do evento.

Primeira medalha de gêmeas

As irmãs Ana Luiza (à esquerda) e Ana Júlia Macário Rosa participaram de provas de atletismo no Meeting Paralímpico Loterias Caixa de Florianópolis. Foto: Miriam Jeske/CPB

Foi nesse cenário que Ana Júlia Macário Rosa, de 13 anos, conquistou seu primeiro ouro da vida, no sábado, dia 12, na prova dos 100m da classe T36 (paralisia cerebral). A alegria da atleta foi tanta que o choro contagiou a irmã gêmea, Ana Luiza.

“É muita felicidade. Foi difícil. Mas eu provei que, quando a gente se esforça bastante, consegue”, disse a atleta, que ainda venceu as provas de lançamento de dardo e de disco, ambas na classe F36 (paralisia cerebral).

Mais tarde, Ana Luiza também recebeu uma medalha de ouro, nos 100m da classe T34. “Eu sabia que uma de nós duas iria ganhar uma medalha e fiquei muito contente com nosso resultado. Deu um pouco de nervoso, misturado com muita emoção. Fiquei com medo de minhas oponentes, que eram muito rápidas. Mas meu objetivo era não deixar que minha cadeira escapasse da raia, e consegui. Fiquei com vontade de treinar mais e ir ainda melhor nas próximas”, comentou.
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UFSC é terceira melhor federal do país e a melhor instituição do Estado, aponta MEC

13/04/2025 12:01

A Universidade Federal de Santa Catarina é a terceira melhor federal do país e a melhor instituição de ensino superior do Estado, segundo dados do Ministério da Educação (MEC). Os resultados dos Indicadores de Qualidade da Educação Superior 2023 foram apresentados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) nesta sexta-feira, 11 de abril, em Brasília (DF) e destacam a UFSC como referência de qualidade.

O MEC apresentou os resultados do Conceito Enade, do Indicador de Diferença entre os Desempenhos Observado e Esperado (IDD), do Conceito Preliminar de Curso (CPC) e do Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) de 2023.

No caso do Enade, 9.812 cursos foram avaliados em todo o Brasil, nas áreas de agronomia; arquitetura e urbanismo; engenharia ambiental; engenharia civil; engenharia de alimentos; engenharia de computação; engenharia de controle e automação; engenharia de produção; engenharia elétrica; engenharia florestal; engenharia mecânica e engenharia química.

Foram avaliados também os cursos de biomedicina; enfermagem; farmácia; fisioterapia; fonoaudiologia; medicina; medicina veterinária; nutrição; odontologia; zootecnia; além dos seguintes cursos superiores de tecnologia: agronegócio; estética e cosmética; gestão ambiental; gestão hospitalar; radiologia e segurança no trabalho.

Na UFSC, 14 dos 27 cursos avaliados obtiveram nota 5, a nota máxima do MEC e outros 12 figuram com nota 4, desempenho de alta qualidade. Os cursos de Engenharia de Produção e Engenharia de Controle e Automação obtiveram as maiores médias dentre os situados na faixa 5. Já na faixa 4, um dos destaques foi o curso de Medicina do campus de Araranguá, que formou somente uma turma e já tem a maior média dentre todos de Santa Catarina.

Melhor instituição de SC

O IGC da UFSC também se destacou no Brasil, sendo o terceiro maior entre as universidades federais, e no Estado, onde obteve a maior nota. Os indicadores também colocam a instituição com avaliação máxima, a nota 5. Em Santa Catarina, UFSC e Udesc compartilham a avaliação, mas a UFSC apresenta um maior IGC contínuo.

Ano da avaliação IGC da UFSC (Contínuo) IGC (Faixa)
2023 4,416 5
2022 4,349 5
2021 4,197 5
2019 4,141 5
2018 4,088 5
2017 4,094 5
2016 4,074 5
2015 4,093 5
2014 4,129 5
2013 4,015 5
2012 3,929 4
2011 3,982 5
2010 3,942 4
2009 3,856 4

Esses indicadores são instrumentos usados para avaliar a qualidade dos cursos e das instituições de ensino superior no Brasil. Expressos em escala contínua e em cinco níveis, têm relação direta com o Ciclo Avaliativo do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), que determina as áreas de avaliação e os cursos a elas vinculados.

A UFSC, universidade pública e gratuita, consolida-se como uma das principais instituições de ensino superior do Brasil e do mundo, conquistando posições de destaque em diversos rankings acadêmicos. Reconhecida pela excelência em ensino, pesquisa e inovação, a UFSC reafirma seu compromisso com a qualidade acadêmica e a internacionalização, características que consolidam sua posição de referência em variadas áreas do conhecimento.

Confira o desempenho da instituição em outras avaliações aqui.

Confira os Indicadores de Qualidade da Educação Superior divulgados pelo Inep aqui.

Confira os resultados do Enade 2023 aqui.

 

Tags: EnadeIGCÍndice Geral de Cursos (IGC)ineprankingUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Acervo Fotográfico busca resgatar a Memória Institucional da UFSC

11/04/2025 13:59

Desde a década 1960 os órgãos de comunicação institucional da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) registram e preservam a história da UFSC em fotografias. Atualmente, esses documentos arquivísticos estão no Acervo Fotográfico, sob a custódia da Agência de Comunicação da UFSC (Agecom/UFSC). Em 2024, com o objetivo de aprimorar as ações de preservação e difusão desse patrimônio, foi criado o projeto de extensão: “Patrimônio Fotográfico da UFSC” em parceria com o Arquivo Central da UFSC.

A partir de ações de recuperação de momentos importantes da instituição e a disponibilização deste conteúdo em diferentes formatos pretende-se ampliar o acesso aos usuários em âmbito local e nacional, sendo, portanto, um propulsor do resgate da memória institucional da Universidade.

“Para tanto, criamos uma nova página para o Acervo Fotográfico e iniciamos um trabalho de abordagem jornalística sobre os fatos que constituem a história da Universidade”, explicou o atual coordenador do projeto, Ricardo Torres. O novo site pode ser acessado pelo endereço: fotos.acervos.ufsc.br e o conteúdo também será difundido pelos canais oficiais da UFSC.

O projeto personalizado para o acervo fotográfico leva em conta normas arquivísticas aliadas a boas práticas de indexação de fotografias e as especificidades do software Tainacan. “Espera-se que a organização e o tratamento do acervo fotográfico permitam aos usuários acessar as imagens de maneira rápida e eficiente, proporcionando uma compreensão mais profunda tanto do conteúdo quanto do contexto em que as fotografias foram produzidas. O que também facilitará a exploração das diversas potencialidades do acervo para fins de pesquisa”, destacou Ana Paula Alves Soares, coordenadora do Arquivo Central.

A primeira matéria resultado do projeto foi publicada nesta sexta-feira (11/04), e trata da entrega do título Doutor Honoris Causa, em 1994, para Herbert de Souza, o Betinho. Confira no link: https://fotos.acervos.ufsc.br/2025/04/09/betinho-na-ufsc-31-anos-do-titulo-de-doutor-honoris-causa/

Tags: Acervo FotográficoBetinhoHerbert de SouzaPatrimônio Fotográfico da UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Do telescópio à cúpula, UFSC proporciona uma aventura astronômica aberta à comunidade

09/04/2025 08:02

Professor Antonio Kanaan explica aos visitantes do Planetário um pouco sobre o céu que irão observar pelos telescópios no Observatório. (Foto: Ariéll Cristóvão/Agecom/UFSC)

A última terça-feira, 8 de abril marcou o Dia Internacional da Astronomia, data perfeita para conhecer um pouco melhor o trabalho realizado pelo Observatório Astronômico e pelo Planetário da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Ambos são espaços dedicados à divulgação da astronomia e ciências afins, oferecendo à comunidade uma oportunidade única de explorar o Universo de forma gratuita e acessível. Trabalhando em parceria, essas duas estruturas proporcionam experiências que despertam a curiosidade de pessoas de todas as idades sobre o cosmos.

Todas as quartas-feiras, essas estruturas estão abertas para que a população possa olhar o céu. Essa atividade de extensão da universidade é algo que o professor Antonio Kanaan conhece bem. Desde a sua graduação, nos anos 80, ele já fazia divulgação científica da astronomia em observatórios abertos ao público. Foi assim em 1984 na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, e foi assim no doutorado, em 1996, na Universidade do Texas. 

“E comecei a fazer isso aqui em Florianópolis assim que cheguei aqui, continuando um programa iniciado pelos professores Roberto Cid e Raymundo Baptista”, explica o docente do Departamento de Física, que também é coordenador do Observatório Astronômico da UFSC.

“É uma obrigação de toda instituição de astronomia satisfazer a curiosidade natural das pessoas e retribuir o investimento público com o contato direto, além de nossa pesquisa acadêmica”, afirma Kanaan.

A paixão pela Astronomia une adultos e crianças, e a UFSC, ao longo de sua história, por meio de sua comunidade, criou mecanismos de popularização desta ciência. As estruturas do Observatório e do Planetário existem para esse fim principal, porém, com algumas diferenças.

O Observatório Astronômico é uma estrutura mantida pelo Centro de Ciências Físicas e Matemáticas (CFM), onde os visitantes podem observar diretamente os objetos celestes através de telescópios. Nesse local, para que a observação seja possível, é necessário que o céu esteja limpo ou parcialmente limpo, ou seja, com poucas nuvens. 
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Tags: astronomiaCFHCFMCiênciafísicaobservatórioObservatório AstronômicoplanetárioPlanetário da UFSCUFSCUniversidade Federal de Santa CatarinaVia Láctea

Professor da UFSC publica equações inéditas de física quântica em revista internacional

09/04/2025 08:00

A Figura (a) mostra um exemplo de estrutura quase-cristalina. A Figura (b) apresenta um exemplo de como ondas sonoras normais se propagam nesta estrutura. A Figura (c) mostra outra forma de vibração, em que a estrutura passa por um processo de rearranjo que só é possível devido à natureza não periódica da estrutura.

O professor Alejandro Mendoza do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) participou de um estudo que estabeleceu métodos para analisar excitações em quasicristais. O artigo intitulado Low energy excitations in bosonic quantum quasicrystals (Excitações de baixa energia em quasicristais quânticos bosônicos, na tradução para o português), foi publicado na Physical Review Letters, um dos jornais exclusivos da área de Física de maior impacto no mundo atualmente. Os pesquisadores apresentam resultados inéditos para descrever a dinâmica de sistemas quasicristalinos, fornecendo caminhos para novos estudos.

Quasicristais, ou quase-cristais, são uma classe de fase da matéria em que as estruturas são ordenadas, mas não periódicas como os cristais. Alejandro faz uma comparação com azulejos para explicar que cristais seriam formados por um único tipo de desenho que se repete e preenche uma parede. “Já um quasicristal é uma estrutura formada, digamos assim, geralmente por mais de um tipo de azulejo, na qual você ainda consegue preencher toda a parede sem gerar buracos, mas ao ser preenchida, você não tem um padrão periódico de vértices na estrutura. Você não tem uma estrutura que se repete periodicamente”, esclarece. 

O descobrimento dos quasicristais é atribuído ao físico israelense Dan Shechtman, o que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Química em 2011. Até esse momento, a existência dessa estrutura era debatida e até desacreditada por alguns cientistas, mas Alejandro afirma que os quasicristais eram estudados pelos  matemáticos muito antes de sua descoberta física. Desde então, têm sido objeto de estudo de pesquisadores em diversas partes do mundo, como ele, Mariano Bonifácio, doutor pelo Max Planck Institute for the Physics of Complex Systems (MPIPKS), em Dresden, na Alemanha, e Francesco Piazza, líder do grupo de Sistemas fortemente correlacionados de luz e matéria do mesmo instituto e professor na Universidade de Augsburg, na Alemanha. 
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‘UFSC em Dança’ está com inscrições abertas para oficinas, painéis e apresentações

07/04/2025 11:40

Em comemoração ao Dia Internacional da Dança, celebrado em 29 de abril, a Secretaria de Cultura, Arte e Esporte (SeCArtE) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) realizará a primeira edição do evento UFSC em Dança. Com o tema “A Dança em suas Dimensões Afrodiaspóricas”, o evento oferece, nos dias 28 e 29 de abril, oficinas, painéis e apresentações artísticas gratuitas. As inscrições estão abertas e podem ser realizadas no site da SeCArtE.

O UFSC em Dança reunirá estudiosos, bailarinos, coreógrafos, agentes culturais e admiradores da dança para vivenciar, discutir e trocar experiências sobre os códigos e os símbolos culturais que contribuíram para a construção e expansão das linguagens da dança ao redor do mundo, impulsionadas pela diáspora africana.

A temática explora a diáspora negra como um motor de dinâmicas socioculturais, refletindo também nas formas de organização coletiva, nas artes, na música, no teatro e na dança. Reafirmando o compromisso da UFSC com a preservação e valorização da cultura negra, não apenas como presente, mas como parte integrante da Universidade, a programação busca resgatar iniciativas e linguagens da dança que dialoguem com o tema, promovendo a integração da comunidade universitária e local.

O evento contará com a participação da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), da Universidade Regional de Blumenau (FURB) e da Companhia de Dança UFSC. Aproveitando a oportunidade, serão comemorados também os 40 anos da Associação Profissional de Dança de Santa Catarina (Aprodança).

Mais informações no email secarte@contato.ufsc.br.

Com informações da SeCArtE UFSC

Tags: Arte e Esporte (SeCArtE)Associação Profissional de Dança de Santa CatarinaCompanhia de Dança UFSCdia internacional da dançadiáspora negraSecretaria de CulturaUFSCUniversidade Federal de Minas Gerais (UFMG)Universidade Federal de Santa CatarinaUniversidade Regional de Blumenau (FURB)

UFSC promove cerimônia de homenagem a servidores aposentados entre 2021 e 2024

04/04/2025 16:17

UFSC promoveu cerimônia para homenagear os 439 servidores que se aposentaram entre os anos de 2021 e 2024 (Fotos: Gustavo Diehl/Agecom/UFSC)

Gratidão e reconhecimento foram palavras bastante ouvidas na solenidade realizada nesta sexta-feira, 4 de abril, para homenagear os 439 servidores da Universidade que se aposentaram entre os anos de 2021 e 2024. Muitos deles confirmaram presença na cerimônia promovida pela Pró-reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp) no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos.

O evento institucional de reconhecimento aos aposentados voltou a ser realizado após uma pausa durante o período da pandemia de Covid-19. Em 18 de novembro de 2024, a UFSC prestou homenagem aos mais de 300 servidores que se aposentaram nos anos de 2019 e 2020.

Antes do início da cerimônia, os servidores aposentados e seus familiares foram recepcionados no hall do auditório Garapuvu com café, biscoitos e música ao vivo, apresentada pelo estudante de Biologia da UFSC Rafael Vieira. Os aposentados também puderam pegar um certificado emitido pela Universidade.

Servidores aposentados e familiares compareceram ao auditório Garapuvu

Ao chegar, o reitor Irineu Manoel de Souza ficou na porta do auditório recepcionando e cumprimentando os convidados. Depois que todos estavam acomodados, iniciou a solenidade propriamente dita.

Foram chamados para compor a mesa o reitor Irineu Manoel de Souza, a pró-reitora da Prodegesp Sandra Carrieri, o coordenador de Aposentadorias, Pensões e Exonerações André Lopes Fialho, a coordenadora da Universidade Aberta para as Pessoas Idosas (Neti/Unapi), Ana Maria Justo e a presidente da Associação de Aposentados e Pensionistas (Apopen), Maria do Carmo Silveira Raitz.

Após a execução do hino nacional, os componentes da mesa fizeram falas em que exaltaram a importância do trabalho dos servidores para o reconhecimento e o prestígio da UFSC. Durante as falas, a diretora do Departamento de Administração de Pessoal (DAP), Emanuella Kátia Da Conceição Dos Santos, prestou uma homenagem e entregou um presente ao servidor André Lopes Fialho, pela sua dedicação no atendimento aos colegas que se aposentam.

Coordenador de Aposentadorias, Pensões e Exonerações, André Lopes Fialho, recebeu reconhecimento

Em seguida, todos os aposentados presentes foram chamados ao palco para a foto oficial.

Na parte artística do evento, a Companhia de Dança da UFSC apresentou três performances e o grupo Academia do Choro, formado por cinco professoras da instituição, tocou diversas composições, enquanto fotografias e nomes dos servidores que se aposentaram eram exibidas nos telões do Centro de Cultura e Eventos.

Após o encerramento da cerimônia oficial, os presentes foram convidados para um lanche no hall do auditório, em mais um momento para reencontros, conversas e abraços.

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