UFSC na mídia: Estudos da UFSC previram estragos que destruíram casas em Florianópolis

13/10/2025 09:38

Em 2023,  nota técnica assinada por cientistas da UFSC já tratava do assunto

O avanço da maré sobre casas na praia dos Ingleses,  bairro mais populoso de Florianópolis, foi previsto por estudos assinados por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Reportagem publicada pelo portal ND+  lembra que as notas técnicas N° 06/PES/2023 e N°05/PES/2025, emitidas em outubro de 2023 e maio de 2025, alertavam sobre os riscos do alargamento por aterro, que foram realizados de janeiro a maio de 2023 no local.

De acordo com a reportagem,  cerca de 12 casas foram destruídas pela ressaca nos Ingleses na última semana. O avanço da maré de 1,4 m foi registrado no Canto Sul da praia.

O coordenador do Programa de Pós-Graduação em Oceanografia da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), o oceanógrafo Pedro de Souza Pereira, foi ouvido pela reportagem e disse que o problema está na falta de medidas complementares de proteção natural após a conclusão da obra de dragagens e aterros. O pesquisador lembrou que, nos Ingleses, foi feita a engorda, só que não foram colocadas dunas, sem restituição da restinga. “Em praias onde tem restinga, pode estar acontecendo o mesmo, mas o impacto é menor”, disse à reportagem.

O professor disse, ainda, que entre as soluções possíveis ao problema está a elevação do nível da faixa de areia e a criação de barreiras de proteção, como dunas naturais ou artificiais. Já o professor Paulo Horta indicou que o caso deve alterar a maneira que a legislação trata o alargamento das praias, com estudos ambientais mais profundos. Horta foi um dos cientistas que assinou as notas. Releia aqui e aqui.

 

 

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Conferência vai entregar carta-manifesto à COP30 e debater transformação social e cinema

24/09/2025 12:01

Evento traz debates sobre regeneração do planeta e construção de uma nova relação entre sociedade e natureza (Foto: Maria Eduarda Prado)

O Planeta.doc Conferência, que ocorre na UFSC desde segunda-feira, 22 de setembro, tem intensa programação na quinta-feira, 25. O dia começa com palestra com o economista Ladislau Dowbor, às 11h, continua à tarde com debate sobre cinema e transformação social, com exibição de filmes, e encerra com evento da COP30 em parceria com a Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc).

Uma carta-manifesto produzida por todos os palestrantes e em nome do evento será entregue à direção da COP30. O ato será a partir das 18h30, no auditório da reitoria da UFSC, como programação conjunta do Planeta.doc com a Assembleia Legislativa do Estado de Santa Catarina (Alesc). Trata-se da etapa da Grande Florianópolis das Conferências Regionais sobre Mudanças Climáticas em Santa Catarina, que também funciona como uma iniciativa para consulta popular sobre os temas relacionados à COP, e é promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Assembleia Legislativa, em parceria com a Escola do Legislativo da Alesc.

O Planeta.doc Conferência vai entregar uma carta com reflexões, intenções e soluções de todos os palestrantes e em nome do evento. A carta-manifesto pretende ser um mosaico das vozes presentes na conferência e um chamado da ciência para a crise socioambiental. Cada cientista fará uma declaração por escrito ao final do evento e assinará uma carta geral para reunir as principais ideias e o consenso da conferência.

Palestra e debate

O economista e professor titular de pós-graduação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, Ladislau Dowbor, vai falar sobre resgatar a função social da economia, a partir das 11h no auditório da reitoria da UFSC. Dowbor é um dos nomes mais esperados da conferência. Ele foi consultor de diversas agências das Nações Unidas, governos e municípios, além de organizações do sistema “S”. É autor e co-autor de cerca de 45 livros. A partir das 14h30, cineastas e pesquisadores debatem o tema das transformações sociais a partir da produção cinematográfica. Mais informações e programação aqui. Inscrições gratuitas aqui.

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Leonardo Boff palestra em evento socioambiental na UFSC nesta segunda-feira, 22 de setembro

22/09/2025 08:35

V Planeta.Doc Conferência, evento que reunirá mais de 50 nomes de referência na área socioambiental, começa nesta segunda-feira, 22 de setembro, a partir das 14h, com a presença do teólogo Leonardo Boff, no auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo, no Campus de Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Teólogo, filósofo e escritor, autor de cerca de 60 livros, Leonardo Boff falará sobre ecologia e o futuro da humanidade, dividindo o primeiro dia do evento com outros pesquisadores do assunto. O formato da conferência é um ciclo de TED-Talks, rodas de conversas, debates e exibições cinematográficas, com inscrições gratuitas pelo site Sympla.

Além de Leonardo Boff, a tarde de segunda-feira reúne Letícia Merino, doutora em Antropologia pela UNAM e professora do Instituto de Investigaciones Sociales; Antonio Peña Jumpa, professor do Departamento de Direito da PUCP; Camila Moreno, pesquisadora sênior junto à Cátedra UNESCO/UFF sobre Desigualdades Globais e Sociais; Hugo Romero, professor do Departamento de Geografia da Universidad de Chile; Marquito, engenheiro agrônomo, mestre em Agroecossistemas e deputado estadual; Leon Enrique Romero, professor-pesquisador em Desenvolvimento Sustentável na UNICH e doutor em Ciências Agrárias; Marcos Sorrentino, professor e ambientalista com formação em pedagogia e biologia, mestrado e doutorado em educação ambiental; Antonio Wolkmer, professor emérito da UFSC e pesquisador, é doutor em Direito (UFSC) e mestre em Ciência Política (UFRGS); e Belinda Ferreira da Cunha, professora titular do PPGD/UFSC.
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Planeta.Doc traz nomes de referência em meio ambiente para a UFSC e abre festival de filmes

18/09/2025 18:01

Mais de 50 nomes de referência nacional e internacional se reúnem a partir de segunda-feira, 22 de setembro, em Florianópolis para discutir o futuro da vida na Terra. O V Planeta.Doc Conferência marca a abertura da 10ª edição do Festival Internacional de Cinema Socioambiental Planeta.Doc, fórum de pensamento crítico, científico e transformador do Brasil e da América Latina.

Com mais de 1.300 filmes inscritos, o festival – que começa com a conferência – contará com uma mostra presencial de cerca de 200 filmes em Florianópolis, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e sessões online acessíveis de todo o Brasil entre 25 de setembro e 31 de dezembro.

A conferência acontecerá no auditório Garapuvu, do Centro de Cultura e Eventos Reitor Luiz Carlos Cancellier de Olivo; e no auditório da Reitoria, no Campus de Florianópolis, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Há também programação na Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). O formato do evento é um ciclo de TED-Talks, rodas de conversas, debates e exibições cinematográficas, com inscrições gratuitas pelo site Sympla.

A programação da conferência está organizada em três grandes eixos articuladores: Bens Comuns e a Virada Biocêntrica; Cidades Sustentáveis, Florestas e Água; e Inovação Social, Impacto e Economia Regenerativa. Além dos debates, experiências imersivas e exibições especiais de filmes socioambientais vão preparar o público para meses da programação do Festival Planeta.Doc, que será transmitido em todo o Brasil, até 25 de dezembro.

A programação completa da conferência pode ser encontrada no site oficial.

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Curso em Agroecologia e Alimentação Viva na Promoção da Saúde e Meio Ambiente recebe inscrições até 12 de setembro

05/09/2025 12:04

A segunda turma do curso de extensão em Agroecologia e Alimentação Viva na Promoção da Saúde e Meio Ambiente será realizada de 18 de setembro a 11 de dezembro de 2025, com encontros semanais todas as quintas-feiras, das 13h às 17h. Ao todo serão 14 encontros, totalizando 56 horas. O curso envolve vivências práticas e aulas teóricas (introdução à Alimentação Viva, cultivo agroecológico, preparo de alimentos vivos, compostagem, rodas de saberes e visitas guiadas). As inscrições podem ser feitas até 12 de setembro neste formulário on-line.

A atividade é uma iniciativa do PET Educação do Campo da Universidade Federal de Santa Catarina (PET Educampo/UFSC), em parceria com a A’iny Escola de Alimentação Viva na Promoção de Saúde e Meio Ambiente. O curso é destinado a todas as pessoas interessadas em transformar seus hábitos de vida, especialmente no campo alimentar, e que desejam contribuir para a preservação ambiental. Não há exigência de escolaridade prévia. As aulas ocorrem no campus Trindade. 
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Professora da UFSC recebe homenagem por trabalho no estudo e combate de espécies invasoras

30/07/2025 13:38

Professora Michele de Sá Dechoum recebeu a homenagem na solenidade proposta pelo deputado estadual Marquito. Foto: Todd Southgate/Divulgação/UFSC

A professora Michele de Sá Dechoum, do Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (CCB/UFSC), recebeu homenagem da Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) no último dia 10 de julho.

A homenagem foi um reconhecimento pelo trabalho realizado no Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac), baseado no controle de plantas exóticas invasoras, na produção e no plantio de espécies nativas de restinga, em atividades de informação pública sobre a problemática de invasões biológicas e a relevância de ecossistemas costeiros. Além disso, a atuação no Leimac é reconhecida também pelas iniciativas práticas de manejo e para políticas públicas relacionadas à conservação da biodiversidade.

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Sistema colaborativo para mapear capivaras em cidades vence UFSC Startup Mentoring

18/07/2025 15:57

Equipes da Jornada Level Up. Ao centro, Guilherme Fonseca, líder da Capyloc; abaixo, professor Mauro Junior.
Foto: Divulgação/LevelUp/UFSC

A equipe Capyloc venceu a final do Sinova UFSC Startup Mentoring – Ciclo 2025/1, apresentando um projeto voltado ao mapeamento de capivaras em áreas urbanas. O objetivo é buscar reduzir riscos relacionados à febre maculosa, doença transmitida pelo carrapato-estrela, encontrado nos animais. A final do Sinova UFSC Startup Mentoring foi promovida em 11 de julho, no auditório do Sebrae Hub, em Florianópolis. As equipes All Vite e Blocktrace alcançaram o segundo e o terceiro lugar, respectivamente.

Todas as equipes conquistaram medalhas, day use na Miditec CIA Sapiens, kit de produtos e mentoria coletiva da Associação Catarinente de Tecnologia (ACATE), mentoria e universo Sapienza, mentoria Sinova e kit de produtos, ingressos para o Startup Summit e Summit Delas, gravação em estudo para material digital da startup e mentoria em branding pela TXM. O primeiro lugar garantiu o troféu da edição e ingresso para o Startup Summit.

A equipe Capyloc é oriunda da Jornada Level Up, programa de fomento à educação empreendedora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A solução da Capyloc propõe um sistema de monitoramento inteligente, com mapas de risco, alertas e relatórios estratégicos, voltados para prefeituras e órgãos ambientais. A iniciativa chamou a atenção dos jurados por seu potencial de impacto direto na saúde pública e bem-estar dos cidadãos, especialmente em regiões como Florianópolis.

A Capyloc também aposta no engajamento comunitário por meio de ferramentas gamificadas, como os CapyPoints, que recompensam cidadãos por reportarem avistamentos de animais. O projeto já despertou interesse de iniciativas como o Projeto CAPI – Capivaras na Ilha, e de órgãos como a Fundação Municipal do Meio Ambiente de Florianópolis (Floram).

Aproveitamento de resíduos de vinho

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Semana do Meio Ambiente da UFSC começa nesta segunda-feira com atrações e atividades gratuitas

23/05/2025 18:23

Foto da ‘Exposição Virtual: Olhares e Caminhos – 10 anos do UFSC Sustentável’. Foto: Christian Gabriel/Divulgação/UFSC

A Semana do Meio Ambiente UFSC 2025 começa nesta segunda-feira, 26 de maio, no Campus de Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina. O evento marca uma década do programa UFSC Sustentável e tem uma programação voltada à sensibilização ambiental, bem-estar e sustentabilidade. Com atividades gratuitas, abertas ao público e com emissão de certificado, a semana trará ecotalks, visitas, oficinas, yoga, poesia, trilha para crianças, cine paredão, mutirão e exposições.

O evento tem como um dos convidados Carlos Nobre, cientista especializado em Amazônia e mudanças climáticas. Sua participação ocorre no Eco Talk, na terça-feira, 27 de maio, às 10h30, no auditório da Reitoria I. A mediação será realizada pela professora de Regina Rodrigues, do curso de Oceanografia da UFSC.

A programação, organizada pelo programa UFSC Sustentável, também conta com uma Eco Talk sobre ativismo socioambiental com Marquito, deputado estadual de Santa Catarina e mestre em Agroecossistemas; Ingrid Sateré Mawé, bióloga e primeira vereadora indígena de Florianópolis; com mediação de Paulo Horta, professor da UFSC e ativista ambiental.

Foto da ‘Exposição Virtual: Olhares e Caminhos – 10 anos do UFSC Sustentável’. Foto: Silvia Venturi/Divulgação/UFSC

Ao longo de cinco dias, serão realizadas sete visitas guiadas, cinco oficinas, e outras dez atividades. Inscritos poderão participar de aulas de yoga, visitar o Projeto Tamar, aprender a reconhecer plantas medicinais, auxiliar na recuperação da flora do campus, entre outros programas. Haverá também exposições artísticas – como Exposição Virtual Olhares e Caminhos – 10 anos do UFSC Sustentável – e exibição de filme.

Será lançado o Plano de Logística Sustentável (PLS), documento estratégico que orienta metas, ações e indicadores para uma gestão institucional mais eficiente e ambientalmente responsável.

Confira mais informações sobre os Eco Talks e sobre a programação completa.

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Em 15 anos, parceria entre UFSC e ONG restaurou cerca de 200 hectares de restinga em Florianópolis

23/05/2025 16:42

Equipe do projeto Restaura Restinga atuando nas dunas da Lagoa da Conceição. Foto: Todd Southgate

Neste 22 de maio, Dia Internacional da Diversidade Biológica, a parceria entre o Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação da Universidade Federal de Santa Catarina (Leimac/UFSC) e o Instituto Hórus completou 15 anos. Desde 2010, por meio de um programa de voluntariado, a aliança estabelecida entre as instituições foi responsável por eliminar mais de 420 mil espécimes de plantas exóticas invasoras em áreas de restinga de Florianópolis.

A ação, liderada e idealizada por mulheres desde sua origem, restaurou cerca de 200 hectares de restinga nesse período. A maior parte da área restaurada se encontra no Parque Natural Municipal das Dunas da Lagoa da Conceição, primeira região de foco do trabalho da parceria, onde foram eliminadas praticamente todas as árvores de pinheiro americano (Pinus elliottii).

“É uma unidade de conservação que cobre 500 hectares de restinga. Ao longo de um pouco mais de 10 anos, trabalhamos mensalmente nessa área. Conseguimos praticamente acabar com os problemas de invasão por pinheiros americanos introduzidos aqui. Nesse período, foram mais de 420 mil plantas eliminadas”, afirma Michele de Sá Dechoum, professora Departamento de Ecologia e Zoologia da UFSC e uma das coordenadoras da iniciativa.

Além da remoção das invasoras, o projeto também reintroduz as plantas nativas à região. A produção das mudas plantadas é feita com critério técnico, com coleta local de sementes de plantas matrizes marcadas. “Mais importante do que eliminar as plantas, o nosso maior objetivo é restaurar áreas de restinga. Fazer com que a gente crie espaço para plantas nativas, animais nativos, toda nossa biodiversidade”, ressalta a professora.
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Projeto Sala Verde UFSC promove minicurso gratuito sobre educação ambiental e recuperação de áreas degradadas

12/05/2025 09:11

O projeto Sala Verde UFSC promove, neste mês de maio, o minicurso gratuito Educação Ambiental e Recuperação de Áreas Degradadas em Margens de Córregos: Vivências no PRAD/UFSC. Com carga horária total de nove horas, a iniciativa combina teoria, prática e vivência em campo, promovendo reflexões e ações voltadas à recuperação de Áreas de Preservação Permanente (APPs), a partir das experiências do Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas da UFSC (PRAD/UFSC).

O minicurso é aberto ao público geral e será realizado em três encontros, nos dias 15 e 29 de maio e no dia 5 de junho, das 9h às 12h. As inscrições devem ser feitas individualmente em cada dia e podem ser realizadas no site da Sala Verde UFSC.  A não participação em alguma das atividades não inviabiliza a participação nas demais. Menores de 16 anos devem estar acompanhados por um responsável.

Conforme a organização, a proposta busca sensibilizar e mobilizar a comunidade nas ações de restauração ecológica desenvolvidas na UFSC. A programação inclui a apresentação do PRAD/UFSC e sua trajetória; conteúdos teóricos sobre recuperação ambiental; uma caminhada guiada pelas áreas de intervenção; uma oficina de germinação de sementes de árvores nativas; e um mutirão de plantio durante a Semana do Meio Ambiente da UFSC.

Para mais informações, acesse o site da Sala Verde UFSC.

 

* Notícia editada em 30 de maio, às 10:06, para incluir a alteração nas datas do minicurso.

 

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Professora da UFSC participa de projeto da Funai para recuperação ambiental da Terra Yanomami

09/05/2025 17:13

Professora Catarina Jakovac durante a I Oficina do Plano de Recuperação Ambiental da Terra Indígena Yanomami (TIY), que ocorre neste semana, em Roraima. Foto: reprodução/acervo pessoal

A professora Catarina Jakovac, do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Santa Catarina (CCA/UFSC), participará do Plano de Recuperação Ambiental da Terra Indígena Yanomami (TIY), liderado pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e a Universidade de Brasília (UnB). Catarina foi convidada pela UnB e atuará como consultora da equipe de meio ambiente, especialista em recuperação e regeneração florestal. A professora da UFSC trabalhará em todo o processo de criação do plano de recuperação ambiental em conjunto com a equipe de antropólogos e a comunidade indígena do território.

Nesta segunda-feira, 5 de maio, foram iniciadas as atividades do planejamento para o Plano de Recuperação Ambiental da TIY, no Centro Regional Lago Caracaranã, na Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima. O encontro, que perdura até este sábado, 10 de maio, reúne lideranças indígenas, pesquisadores — como a professora da UFSC — e autoridades de instituições ambientais do governo para o alinhamento do projeto.

A TI Yanomami é a maior Terra Indígena do país, com 9.664.975 hectares (96.650 km²) de floresta tropical, que perpassam oito municípios nos estados de Roraima e Amazonas na fronteira com a Venezuela. O território, com área maior que países como Portugal, abriga aproximadamente 27 mil indígenas, divididos em cerca de 384 aldeias, entre povos Yanomami e Ye’kwana. Na TIY, também existem grupos de indígenas considerados isolados, que não mantêm relações permanentes com não indígenas.

Conforme Catarina, o objetivo da iniciativa é definir um plano de execução, identificando quais os melhores métodos de recuperação das diferentes situações e áreas prioritárias para serem recuperadas de acordo com critérios ambientais e bioculturais a serem definidos de forma participativa com os povos originários. Entre 2023 e 2024, o Governo Federal realizou 3.536 ações na TIY. Dessas, 633 foram operações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que resultaram na aplicação de R$ 69,1 milhões em multas referentes a 211 autos de infração.

Segundo o Ibama, em dezembro de 2024, a TIY não registrou alerta de desmatamento pela primeira vez desde seu estabelecimento, em 1992. O resultado foi obtido após dois anos do início das atividades do Governo Federal com ações contra garimpo ilegal.  “O projeto é uma exigência legal que o governo recebeu de recuperar as áreas que foram invadidas pelos garimpeiros nos anos de 2020 a 2022. Esse projeto faz parte do plano emergencial da Terra Indígena Yanomami, que envolve Casa Civil, Polícia Federal, Força Nacional, Ibama, Funai e outros órgãos de assistência do Governo Federal”, explica a professora.

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UFSC lança consulta pública para planejar ações ambientais nos campi

22/04/2025 15:35

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançou a consulta pública do novo Plano de Logística Sustentável (PLS), que abrangerá o período de 2025 a 2029. A comunidade universitária pode enviar sugestões até o dia 15 de maio. O Plano de Logística Sustentável (PLS) é um instrumento de planejamento e gestão que estabelece metas, objetivos e ações para a redução de impactos ambientais, o uso eficiente de recursos e a promoção da sustentabilidade dentro de instituições públicas.

A consulta está dividida em duas partes: uma referente ao monitoramento do PLS anterior, disponível no site [acesse aqui] e outra dedicada ao conteúdo do novo plano [acesse aqui] com os objetivos, metas e ações sustentáveis planejadas para os próximos cinco anos.

Com esta publicação, a UFSC dá continuidade aos planos anteriores (2013-2017 e 2017-2021, 2021 -2025) e reafirma seu compromisso com a sustentabilidade diante dos desafios globais impostos pelas mudanças climáticas e pelos desastres ambientais.

Plano de Desenvolvimento Institucional

Uma das principais inovações deste ciclo é a integração do PLS ao Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da UFSC, por meio do eixo transversal da “sustentabilidade”. Isso garante que as questões ambientais sejam tratadas de maneira estratégica, em sintonia com os objetivos acadêmicos e de gestão da universidade. Com isso, o plano passa a ter vigência de cinco anos, acompanhando o mesmo período do PDI.

O novo PLS visa otimizar o uso de recursos naturais e materiais, fortalecer a gestão de resíduos, preservar a biodiversidade, e estimular o engajamento da comunidade universitária em práticas mais conscientes.

Durante a consulta pública, toda a comunidade universitária poderá sugerir novos objetivos, metas e ações que contribuam para fortalecer a sustentabilidade na UFSC. As contribuições serão analisadas pela equipe responsável e poderão ser incorporadas à versão final do plano. A participação ativa de estudantes, servidores técnico-administrativos e docentes é essencial para que o PLS reflita de forma plural os desafios e potencialidades da universidade.

O documento apresenta 10 eixos temáticos, 35 objetivos, 41 metas e 257 ações estratégicas, incluindo novas abordagens como inovação tecnológica, inclusão social e melhor aproveitamento dos espaços da universidade. Além disso, o plano foi construído de forma colaborativa, por meio da Comissão Permanente de Sustentabilidade, formada por representantes de diversos setores.

Aa participação da comunidade acadêmica na consulta pública é fundamental para tornar o plano mais representativo e efetivo. O engajamento coletivo é essencial para construir uma universidade cada vez mais sustentável e comprometida com a transformação social e ambiental.

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UFSC identifica 35 contaminantes emergentes na Lagoa da Conceição, inclusive cocaína

13/02/2025 08:50

Pesquisa teve colaboração do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) . Na imagem, Alice Cristina da Silva, uma das pesquisadoras do projeto. Foto: Divulgação/UFSC

Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) identificou 35 contaminantes emergentes em amostras coletadas na Lagoa da Conceição, em Florianópolis, com concentrações particularmente elevadas na área próxima à estação de tratamento da Lagoa de Evapo Infiltração (LEI) da companhia de saneamento. Cafeína, diferentes tipos de medicamentos antibióticos, analgésicos e cocaína estão entre os elementos identificados pela equipe, que teve colaboração do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) e foi financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa, Tecnologia e Inovação de Santa Catarina (Fapesc). Os dados estão publicados na revista Science of the Total Environment.

O artigo menciona a detecção de metabólitos de drogas ilícitas, como a benzoilecgonina, o principal metabólito da cocaína, e a própria cocaína em amostras de água, sedimentos e biota na Lagoa da Conceição. A equipe trabalha em novos estudos a partir desses resultados, que foram confirmados por outros testes.

Essas substâncias da cocaína foram observadas em 63% das amostras analisadas, sugerindo uma presença significativa e consistente no ambiente. A detecção da benzoilecgonina foi particularmente relevante, uma vez que é considerada um marcador para o uso e descarte de cocaína. Estudos anteriores realizados pelos autores também relataram a presença desses compostos em águas costeiras do Brasil, incluindo em tubarões na costa brasileira, indicando a contaminação em diversos níveis do ecossistema.
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Comissão integrada pela UFSC envia propostas para Conferência Nacional do Meio Ambiente

30/01/2025 12:22
I Conferência Livre de Meio Ambiente - Saúde Ambiental para o enfrentamento da Crise Climática no CCB da UFSC

I Conferência Livre de Meio Ambiente – Saúde Ambiental para o enfrentamento da Crise Climática no CCB da UFSC. Foto: Divulgação/UFSC

O Sistema Único de Saúde Ambiental, uma espécie de ‘SUS do meio ambiente’, e a Ouvidoria da Terra estão entre as dez propostas que uma comissão com participação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) levará à 5° Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA), evento público nacional sobre o tema, que deve ocorrer em maio, em Brasília (DF).

Organizada por representantes do poder público e da sociedade civil e liderada pela ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática, Marina Silva, a CNMA tem como temática Emergência climática: o desafio da transformação ecológica

Como etapa preliminar ao encontro nacional, foi sediada a I Conferência Livre de Meio Ambiente – Saúde Ambiental para o enfrentamento da Crise Climática, de forma híbrida, no Centro de Ciências Biológicas (CCB) da UFSC e nas plataformas Conferência Web e YouTube em 20 e 21 de janeiro.

O encontro, organizado por meio do Programa Ecoando Sustentabilidade e instituições parceiras, contou com a participação de 204 pessoas de pelo menos cinco estados e três regiões brasileiras. A comissão organizadora foi formada por sete membros, sendo três representantes da UFSC: os professores Alessandra Fonseca e Paulo Horta, e o biólogo da Coordenadoria de Gestão Ambiental (CGA) Allisson Jhonatan Gomes Castro.

Entre os outros participantes da comissão, estavam Antonio Mauro Saraiva, da Universidade de São Paulo (USP), Flora Neves, do Gabinete do Futuro, ligado à vereadora de Florianópolis Ingrid Sateré Mawé, Roseane Panini, da Associação de Moradores do Campeche (Amocam), e Zoraia Vargas Guimarães, do Instituto dos Arquitetos do Brasil em Santa Catarina.
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Sala Verde UFSC completa 20 anos com programação especial de 25 a 29 de novembro

22/11/2024 14:30

Neste mês de novembro, a Sala Verde UFSC, espaço interativo e colaborativo vinculado à Coordenadoria de Gestão Ambiental da Universidade Federal de Santa Catarina (CGA/UFSC), comemora 20 anos dedicados à educação socioambiental. Em celebração a essa marca, o projeto promove a Semana da Sala Verde UFSC: 20 anos de história, que ocorre de 25 a 29 de novembro com uma diversa programação cultural, educacional e ambiental. As inscrições são gratuitas, ficam abertas até o último dia de evento e podem ser realizadas pelo site da Sala Verde.

Serão oferecidas uma série de atividades gratuitas e abertas à comunidade e ao público geral, com o objetivo de estimular o diálogo crítico e a reflexão sobre questões socioambientais. Focada na construção de um espaço para a troca de conhecimentos, experiências e práticas sustentáveis, a programação conta com palestra, oficinas, visita técnica guiada, apresentação cultural, entre outros.

Segundo os organizadores, o evento é uma oportunidade única para participar de um espaço de diálogo crítico, onde acadêmicos, profissionais e a comunidade em geral poderão trocar ideias, compartilhar experiências e discutir alternativas para os desafios ambientais de nossa sociedade. “Ao longo desses 20 anos, a Sala Verde UFSC tem se consolidado como um importante ponto de encontro para aqueles que buscam ampliar a compreensão sobre as relações entre sociedade, natureza e sustentabilidade”, afirmam.

A cerimônia de abertura oficial da Semana acontece na terça-feira, 26 de novembro, às 9h, no auditório do Espaço Físico Integrado (EFI), com um café de boas-vindas e um mini-cortejo do Boi de Mamão. Após a abertura, será realizada uma palestra com Marcos Sorrentino, especialista em educação ambiental, e a exibição de um vídeo inédito do cientista Carlos Nobre, sobre mudanças climáticas.

As atividades, em sua maioria, ocorrem no campus Trindade da UFSC e na sede da Sala Verde, localizada no térreo da Biblioteca Universitária (BU). Outras atividades, como visitações, serão realizadas em ambientes externos à universidade. Confira a programação completa.

Para mais informações, acesse a página da Sala Verde UFSC.

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Pesquisador da UFSC planta 4.300 árvores nativas na Amazônia

18/06/2024 12:55

Plantio ocorreu em região inundada. Bernardo (chapeu azul) contou com o apoio de moradores da região. Fotos: Acervo pessoal

Os sucessivos incêndios florestais na Amazônia e a dificuldade das árvores de se recuperarem a partir do impacto que as queimadas causam nos ecossistemas levaram o pesquisador Bernardo Flores, pós-doutorando do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a plantar 4.300 de árvores em meio às planícies aluviais, periodicamente invadidas por inundações, na Amazônia.

O experimento foi iniciado na região de Barcelos, cidade histórica a cerca de 400 quilômetros de Manaus, no Amazonas, e com o plantio tendo iniciado em janeiro de 2014. O trabalho nos igapós do Rio Negro, principal afluente do Rio Amazonas, foi documentado em parceria com a professora Milena Holmgren, da Universidade de Wageningen, da Holanda, em 2021, no Journal of Ecology, e demonstra a complexidade de se recuperar um ambiente degradado e a importância da restauração dessas áreas.

A recuperação das florestas após o impacto das queimadas é uma das preocupações de cientistas e ambientalistas, inclusive por conta da sua relação direta com o aquecimento da Terra e com desastres ambientais que atingem territórios como o Sul do Brasil, como as recentes inundações no Rio Grande do Sul. O experimento de Bernardo contou com diferentes etapas, desde a coleta das sementes até a análise das espécies que haviam crescido com sucesso.

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Atingidos por crise climática devem ter condição de refugiados, dizem pesquisadoras da UFSC

22/05/2024 10:24

Porto Alegre, RS, Brasil 15/5/2024. Foto: Alex Rocha/PMPA

O conceito de refugiados climáticos tem repercutido no debate público desde o episódio histórico das inundações que atingiram o Rio Grande do Sul entre abril e maio, deixando milhares de pessoas desabrigadas. No dia 21 de maio, por exemplo, havia 72 mil pessoas fora de casa e 839 abrigos cadastrados no Observatório de Desenvolvimento Social.

“Um refugiado climático pode ser tanto aqueles que saem dos seus locais de residência antes de acontecer um evento extremo, como forma de precaução, como aqueles que se veem obrigados a sair por conta das consequências de eventos extremos, por perderem sua moradia”, explica a pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Iris Engelmann, doutoranda em Direito e Integrante do Observatório de Justiça Ecológica (OJE).

O assunto, no entanto, está longe de um consenso entre os especialistas no mundo. Isso porque, para ser oficialmente um refugiado, o indivíduo precisa preencher os requisitos do Estatuto do Refúgio, no Brasil regido pela Lei nº 9.474/1997. “Esses requisitos não abrangem as causas ambientais”, explica Iris.

A legislação internacional também sofre da mesma carência. A pesquisadora Thaís Pertille defendeu, em 2023, uma tese sobre o direito humano ao equilíbrio climático. Ela explica que as normas exigem o critério de perseguição para que uma pessoa se enquadre na possibilidade de refúgio. “Defensores e pesquisadores de Direitos Humanos defendem uma ampliação para que pessoas que sofram grandes violações de direitos humanos também possam ter as prerrogativas do instituto do refúgio reconhecidas. Dessa forma, aqueles que migram por questões ambientais e climáticas seriam albergados”, pontua.

O trabalho de Thaís, que também integra o OJE, foi orientado pela professora Letícia Albuquerque e defende o Direito Humano ao Equilíbrio Climático. Hoje, segundo ela, com os mecanismos em curso, as pessoas atingidas e impactadas pelas cheias acabam por depender de medidas de proteção adotadas pelo Estado.

“Essas pessoas hoje legalmente não estão albergadas pelo instituto do refúgio e dependem de ações do próprio governo e comunidade local para receber algum tipo de apoio. Se fossem reconhecidas enquanto refugiadas conforme o instituto jurídico, seria possível ampliação da responsabilidade internacional”, diz.
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Veleiro da UFSC acompanha ultramaratona de natação com desafio ambiental

17/05/2024 16:16

Ultramaratonista deve nadar 36 quilômetros entre Porto Belo e Itajaí

O Veleiro Eco, veículo elétrico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) utilizado em expedições científicas com a missão de pesquisar, monitorar e proteger a vida dos ecossistemas marinhos, participou de um novo desafio: acompanhar uma ultramaratona aquática que reuniu apoiadores para a realização de um nado com mínima emissão de carbono e de reduzida geração de resíduos.

A atleta catarinense Sandra Koch nadou por uma distâncias de quase 36 quilômetros, percorrendo 16 praias de quatro municípios do litoral catarinense, área denominada Costa Verde e Mar, na segunda-feira, 20 de maio. A largada, inicialmente prevista para madrugada de domingo, ocorreu por volta das 3h30 da segunda-feira, devido às condições climáticas.

A nadadora partiu da Praia do Araçá, em Porto Belo. A chegada estava prevista para a Praia de Cabeçudas, em Itajaí. Porém, por medida de segurança, a prova foi interrompida, por decisão da equipe técnica, quando Sandra estava a 800 metros do destino. Havia forte correnteza, causada pelo encontro com as águas do Rio Itajaí-Açu.

A nadadora lutou e chegou a alcançar o equivalente a 42 quilômetros de distância em braçadas – considerando equipamento que afere a distância pelo esforço físico da atleta. A prova foi homologada com ressalva pela Federação Aquática de Santa Catarina (FASC), que estuda incluir o trajeto no calendário oficial de competições.

Durante todo percurso, foram coletadas amostras para a medição de presença de microplásticos na água do mar. O resultado das medições será apresentado no 20º Congresso Latino-americano de Ciências do Mar, marcado para agosto, em Itajaí.

As amostras de água serão analisadas em laboratório da UFSC para medir a quantidade de microplásticos identificados. Os resíduos, com medida inferior a 5 mm, contaminam os oceanos, afetando o equilíbrio do ambiente marinho.

De acordo com os organizadores, o desafio Costa Verde e Mar teve o objetivo de chamar a atenção para as condições de balneabilidade do litoral catarinense e conscientizar sobre a necessidade de reduzir a geração de lixo e de emissão de gás carbônico em todas as atividades diárias. Sandra, uma atleta de 49 anos, participa de maratonas e ultramaratonas. Entre suas principais conquistas, estão o recorde do desafio Ilha do Arvoredo, em Bombinhas (25 km em 2018) e a prova Amazon Challenge, em Manaus (30 km em 2023).
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Projeto da UFSC e Eletrosul visa reduzir impacto de vazamento de óleo mineral no solo

04/01/2024 10:41

Uso de mantas para adsorção de óleo é uma opção de controle. Foto: Divulgação/Revista Fapeu

Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) tem a missão de elaborar formas de minimizar o impacto ambiental em acidentes com vazamentos de óleo em subestações da Eletrosul.

Coordenado pelo professor Admir José Giachini, do Departamento de Microbiologia e Parasitologia do Centro de Ciências Biológicas (MIP/CCB), o projeto de Gerenciamento ambiental de áreas afetadas por derramamento de óleo mineral isolante em terrenos naturais conta com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu), que faz a gestão administrativa e financeira do trabalho. 

O projeto começou em 2017 e tem previsão de continuidade pelo menos até 2026. Desenvolvido no Núcleo Ressacada de Pesquisas em Meio Ambiente (Rema) da UFSC, localizado no Sul da Ilha de Santa Catarina, em Florianópolis, o projeto é financiado pela Eletrosul e visa planejar ações de prevenção e, se necessário, remediação de áreas que venham a ser impactadas por derramamento de óleo mineral isolante dos transformadores de energia.

Consultoria nasceu após derramamento acidental

A necessidade da realização desse serviço de consultoria surgiu em razão de um derramamento acidental sobre o solo de aproximadamente 22 mil litros de óleo mineral isolante de um transformador da Subestação Gravataí, no Rio Grande do Sul, da Eletrosul. O acidente aconteceu devido a uma falha, na época, no sistema de drenagem e separação de água e óleo que não recepcionou a totalidade do volume do líquido vazado.

As áreas afetadas naquela ocasião integravam uma pequena área do pátio da subestação, cuja proprietária é a Eletrosul, e uma parcela adjacente, de propriedade de terceiros.

“Esperamos tornar a empresa ciente das vulnerabilidades e prepará-la para ações mais assertivas, caso um sinistro venha a acontecer em suas instalações de transmissão de energia”, destaca o professor Giachini, que lidera uma equipe também integrada por um engenheiro ambiental e três bolsistas de iniciação científica.

Expertise da UFSC traz olhar diferenciado, diz professor

“O financiamento privado é crucial para que ações desta natureza possam ser desenvolvidas no âmbito da UFSC. Porque não apenas alavanca o lado científico, pois disponibiliza recursos para a investigação, mas também capacita colaboradores e profissionais das mais diversas áreas dentro de empreendimentos como a Eletrosul”, observa o professor.

“Além disso, também garante uma exposição da expertise e da capacidade técnica da UFSC, trazendo um olhar diferenciado do setor produtivo e abrindo novas portas para a colaboração entre os diferentes setores da sociedade”, acrescenta Giachini.

Com informações da Revista da Fapeu

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Estudo premiado da UFSC indica regiões no litoral socialmente vulneráveis a desastres climáticos

19/10/2023 10:18

Paulino Neves (MA) teve o maior indice de vulnerabilidade no estudo (Foto: Governo do Maranhão)

Cheias, secas, desastres ambientais. As consequências das mudanças climáticas são tão visíveis quanto é o seu impacto em populações vulneráveis. Uma pesquisa da Universidade Federal de Santa Catarina recentemente premiada como a melhor tese de Geografia do país propõe um método para definir a vulnerabilidade das populações aos chamados eventos extremos em áreas costeiras, que levam a desastres ambientais e podem destruir bairros, cidades e causar prejuízos sociais e ambientais.

O trabalho da pesquisadora Cibele Oliveira Lima, doutora em Geografia, foi orientado pelo professor Jarbas Bonetti e reconhecido como o melhor estudo de doutorado do país na área das geotecnologias pela Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Geografia (ANPEGE). O estudo Metodologia para avaliação da vulnerabilidade social a eventos extremos costeiros no Brasil levou o prêmio Ailton Luchiari, entregue na primeira semana de outubro.

No estudo, a pesquisadora propõe formas de calcular a vulnerabilidade social de diferentes regiões e utiliza como amostra 281 municípios costeiros, cobrindo todo o litoral brasileiro. O detalhamento é intramunicipal, mas também permite que se trabalhe com diferentes escalas, como estaduais e regionais. “O objetivo é contribuir para minimizar essa lacuna do conhecimento ao propor uma metodologia para obtenção de um Índice de Vulnerabilidade Social a eventos extremos costeiros”, explica.

A pesquisa constatou que as regiões Norte e Nordeste apresentam a maior vulnerabilidade social do litoral brasileiro. Maranhão, Pará e Bahia sofrem o maior risco. Apesar de terem, em geral, os menores índices do Brasil, os estados da Região Sul também possuem áreas com determinantes que indicam riscos, como na fronteira entre Paraná e São Paulo, foco de desastres recentes. Em Florianópolis, moradores de regiões de bairros do Norte e Sul da Ilha estariam mais suscetíveis a danos e exposição a desastres (leia mais abaixo).
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UFSC construirá reator com tecnologia inovadora para plataforma da Petrobras

25/09/2023 09:42

Foto: Geraldo Falcão / Agência Petrobras

A Universidade Federal de Santa Catarina firmou um projeto de R$ 6 milhões de reais com a Petrobras para desenvolver um reator experimental e com diversas inovações, tanto para a indústria de petróleo quanto para a preservação ambiental. A iniciativa será liderada pela professora Regina Peralta Moreira, do Laboratório de Energia e Meio Ambiente do Departamento de Engenharia Química e Engenharia de Alimentos, com previsão de três anos de duração.

As tecnologias utilizadas no novo sistema já começaram a ser estudadas. Segundo a professora, embora sejam conhecidas e referenciadas na literatura da área, ainda não foram consolidadas em um equipamento, o que será feito de forma inédita pela UFSC. O reator será construído para separar e destruir os rejeitos da chamada “água produzida” de um modo mais eficiente e sustentável.

Regina explica que a água produzida está presente nos reservatórios de óleo e gás natural e é trazida à superfície junto com o petróleo. Esta água tem uma complexidade química e um potencial risco ao meio ambiente, por isso os seus descartes podem ser responsáveis pela alteração da qualidade da água do mar.

Segundo a professora, os poluentes da água são removidos através de processos de separação na própria plataforma de petróleo. “Após um processo eficiente de tratamento, a água produzida pode ser descartada ou reinjetada nos poços produtores de petróleo”, explica. É justamente o processo de purificação dessa água que pode ser aperfeiçoado, além de se tornar mais sustentável.

“Qualquer que seja a destinação, o tratamento da água produzida precisa eliminar os sólidos suspensos, compostos orgânicos dissolvidos e dispersos – óleos e graxas. Assim, a eliminação eficiente do teor de óleos e graxas da água produzida é um problema que precisa ter solução econômica e eficiente”, completa.

A solução encontrada pela professora e pela equipe que irá trabalhar com ela é destruir os contaminantes por meio da eletroxidação, integrando com outros processos de tratamento, como flotação e separação com membranas, em um design inovador que busca a intensificação de processos. A oxidação é um processo químico que destrói material orgânico e trata a água. “É um processo de decomposição para despoluir águas contaminadas. A primeira motivação é ambiental, mas também estamos em busca de uma solução economicamente viável”, conta.

A eficiência e a consequente ampliação da capacidade de tratamento da água de produção vai aumentar a capacidade de processamento de óleo e gás, com impactos ambientais e econômicos positivos. O reator será primeiro construído em escala de laboratório e depois em plataforma da empresa numa escala piloto. “O desafio será propor sistemas de tratamento compactos, eficientes e de custo competitivo para serem implementados em plataformas de petróleo”, sintetiza a professora.

Inovação e ineditismo

A professora reforça que, embora utilize processos já conhecidos na literatura, sua combinação e constituição – primeiro em nível laboratorial e, depois, como projeto piloto em plataforma – trarão inovações. “Da forma como a gente está propondo, como um processo integrado, é totalmente novo e bastante inovador, não existem plantas como essas, no mundo, especialmente para petróleo”.

O processo de eletroxidação leva até o poluente uma corrente elétrica que permite a formação de radicais livres com alto poder oxidativo e permite a ocorrência de uma série de reações. Já com relação à tecnologia de separação por membranas, a água passa por um meio poroso que retém as partículas indesejadas. Embora já estudados no tratamento de água, no estudo da UFSC eles são combinados em um design inovador.

“Essas tecnologias têm muitas particularidades que precisam ser estudadas, por isso vamos propor modelos pioneiros”, conta. De acordo com a professora, a eletroxidação por meio da utilização de energias renováveis vem sendo um foco das investigações. “É um processo que demanda muita energia, e com o uso de energias renováveis – eólica, fotovoltaica, por exemplo – , é possível acionar os reatores de forma eficiente e sustentável”.

Regina explica, ainda, que dentre as inovações que o laboratório e a equipe de pesquisa vão estudar, serão explorados vários arranjos pois não existe uma única solução possível, o que amplia a possibilidade de respostas satisfatórias. O projeto conta com uma equipe formada por oito professores, pós-doutorandos, doutorandos, mestrandos e estudantes de iniciação científica. Além do trabalho em laboratório, também haverá pesquisa de campo, em plataforma. “Queremos desenvolver a tecnologia mais segura e que possa ser aplicada em todos os lugares, protegendo o oceano e o meio ambiente”.

Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

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‘A regulamentação da União Europeia sobre a responsabilidade extraterritorial’ é tema de palestra nesta quinta

14/08/2023 15:26

O Grupo de pesquisa Estudos Avançados em Meio Ambiente e Economia no Direito Internacional (EMAE/CCJ/UFSC) promove, nesta quinta-feira, 17 de agosto, às 18h, a palestra “A Regulamentação da União Europeia sobre a Responsabilidade Extraterritorial”. A atividade é aberta a todos e ocorre no mini auditório do Departamento de Ciências da Administração, no Bloco D do Centro Socioeconômico (CAD/CSE/UFSC). As inscrições são gratuitas e devem ser feitas aqui. Os participantes receberão certificado de 2 horas.

O palestrante será o professor de Direito Internacional da Sorbonne Law School, Hervé Ascensio, que estará na UFSC desenvolvendo atividades junto ao Programa de Pós-graduação em Direito (PPGD/UFSC).

Para se inscrever, acesse aqui.

Mais informações na página do EMAE e no Instagram.

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Inscrições abertas para o mestrado e doutorado do Programa de Pós em Engenharia Ambiental

12/07/2023 09:29

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental da UFSC está com processo seletivo aberto para os cursos de mestrado e doutorado, para ingresso no terceiro trimestre deste ano. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até 7 de agosto pelo Sistema de Controle Acadêmico da Pós-Graduação.

O resultado final da seleção será divulgado até 21 de agosto e o ingresso no curso está previsto para 18 de setembro.

Estão sendo ofertadas 12 vagas de mestrado e sete vagas de doutorado. Dessas, quatro vagas de mestrado e três vagas de doutorado estão reservadas para pessoas negras, indígenas e com deficiência. Confira os editais para mestrado e doutorado.

O processo seletivo ocorre em três etapas, sendo uma classificatória, enquanto as demais, classificatórias e eliminatórias. A primeira etapa consiste na análise do currículo e histórico escolar dos candidatos. A segunda, na análise do pré-projeto. Por fim, é feita a arguição pela comissão responsável pelo processo seletivo, mais o orientador em potencial.

Mais informações na página do programa

 

 

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Ainda é possível se inscrever para os eco talks da Semana no Meio Ambiente da UFSC

29/05/2023 17:54

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC.

Ativismo de justiça climática, desenvolvimento saudável, empreendedorismo verde na era do greenwashing e as formas de deter o desastre ambiental global estão entre os assuntos que serão abordados nos eco talks da Semana do Meio Ambiente da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) nesta terça-feira, 30 de maio. Os debates acontecem no Auditório da Reitoria, no Campus de Florianópolis, no bairro Trindade. Os eco talks são abertos ao público. Para participar, é necessário fazer inscrição, que pode ser feita mesmo nesta terça-feira. A programação começa às 8h20, com café de boas-vindas e credenciamento dos participantes.

Os eco talks são conversas com cientistas, ativistas, políticos e influenciadores. Os 200 primeiros credenciados ganharão uma bolsa e um ecocopo. Haverá também tradução para libras tornando o evento acessível a pessoas com deficiência auditiva. Entre os participantes, estão o deputado estadual Marquito, a jovem ativista Mikaelle Farias, o biólogo e arquiteto Francisco Milanez, a ecologista Livia Humaire e o socioambientalista Thiago Ávila.

>> Acesse a programação completa da Semana do Meio Ambiente da UFSC.
>> Acesse a programação nos campi de Blumenau, Araranguá e Joinville.

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UFSC na mídia: projeto quer usar biodiversidade para recuperar Lagoa da Conceição

27/02/2023 18:20

Ao analisar gramas marinhas, algas e outras amostras da biodiversidade da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) pretendem entender melhor a situação da vida no local e propor soluções para sua recuperação ambiental. O assunto foi tema do programa Balanço Geral, da NDTV, na sexta-feira, 24 de fevereiro.

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