A mesa redonda Mudanças climáticas: Qual a contribuição da ciência feita na UFSC? ocorre nesta sexta-feira, 11 de novembro, às 10h, no Auditório da Reitoria, como parte da programação da 19ª Semana de Ensino, Pesquisa, Extensão e Inovação (Sepex). O evento propõe debater como as pesquisas e ações desenvolvidas na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) contribuem para o desenvolvimento tecnológico e acadêmico acerca das mudanças climáticas e seus impactos sociais, políticos e geográficos no Brasil e no mundo.
Na mesa, pesquisadores da UFSC e convidados conduzem a conversa conforme as problemáticas apresentadas. São eles:
Regina R. Rodrigues, formada em Oceanografia pela Universidade Federal do Rio Grande, é coordenadora da Subrede Desastres Naturais da Rede Nacional de Mudanças Climáticas (Rede CLIMA) e também do Painel do Atlântico e do Painel de Riscos Climáticos, ambos do Programa Mundial de Pesquisas Climáticas da Organização Mundial de Meteorologia. Atualmente é editora da revista científica Nature Communications Earth & Environment. Tem como principal área de atuação entender a variabilidade climática e eventos extremos, principalmente na América do Sul e Atlântico Sul. Em particular, sua pesquisa foca nos mecanismos físicos geradores de eventos extremos compostos de secas, ondas de calor terrestres e marinhas.
Marina Hirota, professora associada do Departamento de Física da Universidade Federal de Santa Catarina, no qual leciona para os cursos de graduação em Meteorologia e Engenharias, e pós-graduação em Ecologia. Possui formação acadêmica multidisciplinar com doutorado em meteorologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e mestrado e graduação pela Universidade de Campinas (Unicamp) em engenharia de computação e matemática aplicada, respectivamente. Dedica-se a combinar ferramentas matemáticas e computacionais na compreensão mecanicista da dinâmica e resiliência de sistemas vegetação-clima, especialmente na América do Sul tropical, e dos efeitos de perturbações como mudanças climáticas, incêndios e desmatamento, resultando em potenciais alterações na distribuição atual da vegetação. É pesquisadora integrante da rede de cientistas apoiados pelo Instituto Serrapilheira.
Lindberg Nascimento Júnior, geógrafo pela Universidade Estadual de Londrina (licenciatura e bacharelado), mestre e doutor em geografia pela Universidade Estadual Paulista. Atualmente, é professor do Departamento de Geociências da UFSC e atua no curso de geografia nos programas de pós-graduação em Geografia e em Desastres Naturais. É coordenador do Laboratório de Climatologia Aplicada (GCN/UFSC), e vice-líder do Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão População e Políticas da Espacialidade (NuPOPE) e do Grupo Alteritas de Estudos e Pesquisas sobre Diferença, Arte e Educação, e desenvolve atividades nos campos de Climatologia Geográfica, Geografia do Clima e Geografia Física Crítica (Critical Physical Geography), com enfoque nos temas que versam sobre a variabilidade climática, clima urbano, risco climático, desastres, racismo ambiental e educação geográfica antirracista.
A mediação da conversa será realizada pela professora Suzana Alcantara, do Departamento de Botânica da UFSC, doutora em Ciências Biológicas pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Ecologia pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e bacharel Ciências Biológicas pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Faz parte da rede de pesquisadores apoiado pelo Instituto Serrapilheira. Desenvolve pesquisas nas áreas de evolução morfológica, sistemática molecular, genética de populações e quantitativa, biogeografia e ecologia de comunidades vegetais, com foco nas estratégias de sobrevivência de plantas em ambientes inóspitos e o efeito do clima na evolução e distribuição de linhagens tropicais.