DIVULGA UFSC – 27/02/2023 – Edição 1977

27/02/2023 12:06

 

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Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 27/02/2023 – Edição 1977

UFSC oferece mais de 2 mil vagas em atividades físicas para a comunidade

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) oferece 2.011 vagas em atividades físicas e esportivas para a comunidade no primeiro semestre de 2023. O Centro de Desportos (CDS) publicou o edital com as informações referentes à inscrição e aos horários de aula. Há ações voltadas a diversos públicos, com  atividades que serão desenvolvidas de março a julho de 2023. Há vagas gratuitas e outras que exigem pagamento de uma taxa semestral. Os prazos também variam para cada modalidade.Acesse as orientações completas no edital. Continue a leitura » »..


Permanência estudantil: RU Trindade reabre segunda-feira após melhorias internas

O Restaurante Universitário (RU), do campus da Trindade, passou por melhorias que aumentarão a segurança dos trabalhadores da cozinha, proporcionarão economia e trarão mais eficiência ao processo de preparo dos alimentos. O RU volta a servir refeições na segunda-feira, 27 de fevereiro, quando começa o ano letivo na pós-graduação da UFSC. Continue a leitura>>.

Coperve abre inscrições para compor equipes que atuarão em concurso público

A partir de segunda-feira, 27 de fevereiro, servidores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) poderão se inscrever para trabalhar nas áreas de coordenação de ala e de fiscalização do Concurso Público TAE/UFSC – 2023. As inscrições são gratuitas e devem ser feitas até 12 de março pelo site coperve.ufsc.br/colaboradores. Confira o edital completo.



Gestão

Administração Central realiza autoavaliação dos primeiros meses da gestão

A autoavaliação de gestão foi tema de reunião realizada na Sala dos Conselhos, dia 17 de fevereiro. O encontro foi dirigido pelo reitor da UFSC, Irineu Manoel de Souza, e pela vice-reitora, Joana Célia dos Passos. Na ocasião, cada gestor(a) apresentou brevemente uma avaliação sobre as ações desenvolvidas desde o início da administração, destacando as necessidades de cada setor, bem como as expectativas para 2023. Continue a leitura>>.

 


Extensão

Inscrições abertas para terapias do Projeto Amanhecer

O Projeto de extensão Amanhecer recebe inscrições  até o dia  01 de março de 2023, ou enquanto houver vagas, para as atividades de terapias integrativas e complementares em saúde por meio do trabalho voluntário e equipe multiprofissional. As atividades oferecidas são individuais e coletivas (presenciais e online), com inscrições gratuitas. Entre as práticas individuais oferecidas estão:  Apometria Quântica, Shiatsuterapia,  Auriculoterapia, Terapia Quântica e Silêncio Neural, Reiki e Massagem Medicinal. As coletivas contam com: Arteterapia, Coach, Apometria Quântica, Constelação Familiar, Meditação Coletiva, Reiki, Yoga e Tai Chi Chuan. As atividades individuais serão realizadas nos consultórios do Projeto junto ao Hospital Universitário, localizado no Prédio da Capacitação, primeiro andar. As atividades coletivas ocorrem nas salas de práticas alternativas do Centro de Ciências da Saúde (CCS), bloco C. Informações e inscrições: www.amanhecer.paginas.ufsc.br.

 


Pesquisa

UFSC participa de projeto de inovação em hidrogênio verde

A UFSC através do Departamento de Engenharia Química está participando do Programa de Inovação em Hidrogênio Verde – iH2 Brasil. O grupo de pesquisa coordenado pela professora Regina de Fátima Peralta Muniz Moreira irá apresentar, no evento oficial de divulgação “iH2Talks”, o projeto “Produção de Hidrogênio Verde com ênfase em Catalisadores para a Transição Energética e Desenvolvimento de Protótipo”. A atividade será dia 28 de fevereiro, a partir das 10h30min, com transmissão pelo Youtube do PTI. Inscrições pelo site  https://lnkd.in/dEfZbMa2 . Mais informações.

Em parceria com Harvard, professor da UFSC chega a resultados inéditos em estudos sobre células-tronco

Células-tronco são capazes de se diferenciar e se transformar em outras células e, por isso, há décadas são estudadas como uma das revoluções da ciência e da medicina. Do câncer a doenças cardíacas, passando pelo Alzheimer, elas são também objetos de investigação na UFSC, onde o professor Edroaldo Lummertz da Rocha, do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia, publicou, somente neste ano, três estudos com resultados inéditos em revistas de alto impacto do grupo Nature e da prestigiada Cell Stem Cell. As pesquisas trabalham com a biologia de sistemas, usando softwares como forma de estudar e descrever o comportamento celular, mas também têm abordagem experimental. Continue a leitura>>.

Pós-Graduação em Filosofia publica nova edição da Revista Peri

Estudantes do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGFIL) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) lançaram uma nova edição da Revista Peri. A publicação reúne seis artigos relevantes para discussão da Filosofia contemporânea, em diferentes áreas do conhecimento. Continue a leitura>>.

Pesticida usado na agricultura e no controle da dengue é fator de risco para diabetes gestacional

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que um dos agrotóxicos mais utilizados no país, o Malathion, pode ser fator de risco para o desenvolvimento de diabetes gestacional. Experimentos com animais indicaram que isso ocorre ainda que a gravidez aconteça somente após a interrupção do contato com o inseticida e mesmo nas doses consideradas seguras pelos órgãos reguladores. Além disso, a propensão ao desenvolvimento de diabetes pode ser transmitida aos filhos das mulheres expostas ao produto. Os resultados foram publicados na revista internacional Environmental Pollution. Continue a leitura>>.


Ensino

Sinter divulga editais para estudantes interessados em intercâmbios

A Secretaria de Relações Internacionais da UFSC (Sinter)  está com editais abertos para estudantes que querem estudar fora do Brasil. Os interessados devem consultar os documentos, também disponíveis no link. A Sinter administra as candidaturas dos alunos da graduação da UFSC. Veja todas as informações do programa aqui. Também estão disponíveis as normas para candidatura de estudantes de graduação da UFSC pelo Programa Outgoing. O sistema de inscrições online da UFSC permanecerá aberto de 1º de fevereiro até 30 de novembro de 2023. A página do Programa Outgoing com o Edital e o Manual de intercâmbio Outgoing  está disponível aqui. Continue a leitura>>.  

Pós-Graduação em Desastres Naturais divulga edital para mestrado profissional

O Programa de Pós-Graduação em Desastres Naturais (PPGDN/UFSC) publicou o Edital Nº 02/PPGDN/2022, que disponibiliza 18 vagas de mestrado profissional para 2023. Candidatos com direito a ações afirmativas também estão contemplados com vagas específicas. Os interessados deverão se inscrever gratuitamente de 6 a 15 de março, via Sistema de Inscrições da UFSC. Para saber mais, acesse o site do PPGDN.  

Cursos de Matemática Básica e Introdução ao Cálculo recebem inscrições

O Programa de Pós-Graduação em Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove cursos gratuitos de Matemática Básica e Introdução ao Cálculo. São ofertadas 480 vagas, sendo que cada curso será oferecido em dois turnos, com 120 vagas cada. A atividade é voltada a calouros que desejem se preparar para Pré-Cálculo, Cálculo I/A e Física 1 e a veteranos que reprovaram em alguma dessas disciplinas, mas é aberta a toda a comunidade. As inscrições vão até 27 de fevereiro, às 14h, ou até o preenchimento das vagas. Somente será permitida uma inscrição em cada turno (manhã ou tarde). Continue a leitura>>.  

Professor italiano ministra palestra sobre papel da tecnologia na educação inclusiva

O Programa de Pós-Graduação em Tecnologias da Informação e Comunicação (PGTIC) do Campus de Araranguá da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove na segunda-feira, 27 de fevereiro, a palestra O papel da tecnologia no desenvolvimento do contexto inclusivo da escola italiana, com o professor Francesco Zambotti. A atividade ocorre presencialmente na sala 106 do bloco A da unidade Jardim das Avenidas do Campus de Araranguá, com transmissão ao vivo pelo Youtube a partir das 15h. Parte da aula inaugural do Mestrado em Tecnologias da Informação e Comunicação, a atividade será ministrada em italiano, com tradução simultânea pela professora Maria De Pieri Guarezi. Continue a leitura>>.  

Roda de conversa discute dilemas da pós-graduação em Ciências Sociais

O Núcleo de Sociologia Econômica (Nusec) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove a roda de conversa Dilemas da Pós-Graduação em Ciências Sociais nesta segunda-feira, 27 de fevereiro, às 10h. A atividade ocorre na Sala 20B do Departamento da Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política, no Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH), no campus do bairro Trindade, em Florianópolis. O coordenador da Área de Sociologia da Capes (2022-2025), Paulo Niederle, é um dos convidados. Niderle também é professor dos programas de pós-graduação em Sociologia (PPGS) e em Desenvolvimento Rural (PGDR) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Continue a leitura>>.  

 


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Estudo analisa soberania e segurança alimentar em comunidade quilombola de SC

24/02/2023 10:18

Apesar de estar no local há cerca de 200 anos, a Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque ainda não tem garantido o direito a seu território. Foto: Danilo Barretto

A luta pelo direito ao território, os conflitos em torno do uso da terra, a diversidade de plantas alimentícias e as relações entre soberania e segurança alimentar são alguns dos temas abordados na pesquisa de doutorado de Maiara Cristina Gonçalves, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fungos Algas e Plantas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O estudo, realizado junto à Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque, localizada em Praia Grande (SC), revela que, apesar da ampla variedade de espécies de plantas cultivadas e do compartilhamento e doações entre os moradores, mais da metade das famílias enfrenta algum grau de insegurança alimentar.

Isso se deve principalmente ao pouco espaço disponível para cultivo – consequência da lentidão do processo de regularização do direito ao território. Os resultados iniciais foram divulgados no artigo Agricultura tradicional e soberania alimentar: conhecimento quilombola no manejo de plantas alimentícias, publicado na revista internacional Journal of Ethnobiology (disponível também em português aqui).

Formada no século XIX por escravizados negros e indígenas como uma das formas de resistir ao sistema escravista, a Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque hoje tem aproximadamente 160 habitantes, divididos em 38 unidades familiares e distribuídos em 7.328 hectares. Apesar de estar no local há cerca de 200 anos, ainda não tem garantido o direito a seu território, estabelecido entre os Campos de Cima da Serra e as planícies da bacia do rio Mampituba, próximo à divisa com o Rio Grande do Sul. A comunidade foi reconhecida oficialmente pela Fundação Cultural Palmares e também já passou pelos estudos antropológicos necessários. Desde 2019, o processo está parado em Brasília.

A sobreposição a duas unidades nacionais de conservação, os Parques Nacionais Aparados da Serra e Serra Geral, causou uma série de conflitos nas últimas décadas em função das limitações para atividades econômicas e uso da terra, que restringem o modo de vida quilombola. Em 2018, um termo de compromisso firmado com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) permitiu que a comunidade utilizasse menos de 20 hectares da área contestada para agricultura.
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Novo episódio do podcast ‘UFSC Ciência’ fala sobre balneabilidade

09/02/2023 14:04

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, um novo episódio do podcast UFSC Ciência, com o tema Balneabilidade. Os entrevistados desta edição são os docentes José Salatiel, do Departamento de Ecologia e Zoologia; Maria Elisa Magri, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Paulo Horta, do Departamento de Botânica e Rodrigo Mohedano, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

A temporada de verão de 2023 trouxe um novo “velho assunto” para o debate público, especialmente no litoral catarinense e nos estados e países de onde vêm os turistas que visitam a região. Uma crise de balneabilidade fez subir vertiginosamente o número de pontos impróprios para o banho de mar. Além disso, uma epidemia de diarreia fez com que se estabelecesse uma relação quase que imediata entre a qualidade da água do mar e a propagação de doenças gastrointestinais, abrangendo também discussões sobre problemas históricos de saneamento básico.

Nesse episódio sobre balneabilidade, falamos sobre o oceano, o turismo, a saúde e o saneamento básico de forma interdisciplinar. Ouvimos quatro professores pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina para discutir o assunto e trazer novas análises e discussões sobre o tema.

Ouça o UFSC Ciência pelo Spotify.

Tags: balneabilidadeepidemiapodcast UFSC CiênciaSaneamento BásicoUFSCUFSC CiênciaUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesticida usado na agricultura e no controle da dengue é fator de risco para diabetes gestacional

04/01/2023 09:53

Malathion é um dos inseticidas usados nos “fumacês”, as pulverizações para controle do mosquito da dengue. Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília/CC BY 2.0

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) revelou que um dos agrotóxicos mais utilizados no país, o Malathion, pode ser fator de risco para o desenvolvimento de diabetes gestacional. Experimentos com animais indicaram que isso ocorre ainda que a gravidez aconteça somente após a interrupção do contato com o inseticida e mesmo nas doses consideradas seguras pelos órgãos reguladores. Além disso, a propensão ao desenvolvimento de diabetes pode ser transmitida aos filhos das mulheres expostas ao produto. Os resultados foram publicados na revista internacional Environmental Pollution.

O Malathion é um inseticida muito usado na agricultura, na jardinagem e nas pulverizações para erradicar mosquitos, como o Aedes aegypti, transmissor da dengue e de outras doenças. Apesar de ser considerado como provavelmente cancerígeno pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (Iarc, na sigla em inglês), ele foi o sétimo pesticida mais comercializado no Brasil em 2020 – foram 15,7 mil toneladas, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Com uma rápida busca no Google, aliás, qualquer pessoa consegue comprar um frasco do produto por menos de dez reais.

Foram justamente o alto índice de utilização do Malathion e o fato de a região Sul do país ser reconhecida pelas extensas áreas agrícolas que motivaram os pesquisadores do Laboratório de Investigação de Doenças Crônicas (Lidoc). “A ideia de começar esse estudo veio por volta de 2014. Eu tentei iniciar uma mudança no formato dos trabalhos aqui do meu grupo, para tentar fazer algum tipo de apelo mais regional, e que conseguisse fazer uma conversa entre pré-clínica, que são estudos com animais, e demandas da saúde pública”, afirma Alex Rafacho, professor do Departamento de Ciências Fisiológicas, coordenador do Lidoc e autor responsável pelo estudo.
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Tags: agrotóxicosCiências FisiológicasdiabetesLaboratório de Investigação de Doenças CrônicasUFSCUniversidade Federal Santa Catarina

Novo episódio do podcast ‘UFSC Ciência’ aborda preconceito linguístico

23/12/2022 10:17

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta sexta-feira, 23 de dezembro, um novo episódio do podcast UFSC Ciência, com o tema Preconceito linguísticoOs entrevistados desta edição são os docentes Ana Cláudia de Souza, do Departamento de Metodologia de Ensino (MEN) da UFSC, Felício Wessling Margotti, do Departamento de Língua e Literatura Vernáculas (DLLV), e Gilvan Müller de Oliveira, também professor do DLLV e coordenador-geral da Cátedra UNESCO em Políticas Linguísticas para o Multilinguismo.

Em um país de dimensão continental como o Brasil, onde há a miscigenação de povos e uma pluralidade de tradições e linguagens, são inúmeras as variações linguísticas decorrentes das características regionais, das gírias e sotaques, que ao longo do tempo passam a fazer parte de nossa cultura linguística. Algumas ações, no entanto, conduzem à uma segregação social. E, neste contexto, não se pode refutar a existência do preconceito linguístico, que ocorre em relação a grupos de pessoas que gozam de menor prestígio social ou em decorrência das caraterísticas linguísticas inerentes à região do território nacional que habitam.

Esse prévio julgamento negativo a uma determinada variedade linguística caracteriza o denominado preconceito linguístico, operado tanto pelas pessoas como fomentado pela mídia e veículos de comunicação. Assim, este episódio do UFSC Ciência vai abordar a desigualdade linguística no Brasil, como a preconceito linguístico se manifesta na sociedade, que ações cotidianas perpetuam esse tipo de discriminação e o que pode ser feito para se evoluir desse cenário.

Ouça o UFSC Ciência no site, pelo Spotify, pelo Apple Podcasts ou outras plataformas.

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Reportagens da UFSC conquistam primeiro lugar no prêmio de jornalismo científico da Fapesc

15/12/2022 12:15

Da esquerda para a direita, o jornalista Maykon Oliveira, o diretor da Agecom, Ricardo Torres, e os estagiários e estudantes de Jornalismo Matheus Alves, Leticia Schlemper e Carolina Monteiro celebram a premiação. Foto: Camila Collato/Agecom/UFSC

Reportagens produzidas pela Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) venceram duas categorias do 2° Prêmio de Jornalismo em Ciência, Tecnologia e Inovação, da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Na categoria Acadêmico, os estagiários da Agecom Carolina Monteiro, Leticia Schlemper e Matheus Alves ocuparam a primeira colocação com a reportagem Biodiversidade catarinense: É possível equilibrar a utilização dos recursos naturais e a preservação da natureza? Já na categoria Institucional, o jornalista Maykon Oliveira foi o primeiro colocado com a reportagem Tainha de laboratório: UFSC é pioneira na reprodução de espécie em cativeiroOs resultados foram divulgados nesta quinta-feira, 15 de dezembro, a partir das 10h, de forma remota, por meio do Instagram da Fapesc.

O prêmio tem abrangência estadual e é dividido em seis categorias – Texto, Foto, Vídeo, Áudio, Acadêmico e Institucional – e tem como objetivo reconhecer as contribuições dos profissionais de comunicação de Santa Catarina que produzem materiais jornalísticos sobre ciência, tecnologia e inovação. O primeiro, segundo e terceiro colocados em cada uma das categorias receberão certificados, troféus e premiação financeira. Foram aceitas reportagens jornalísticas publicadas em jornais, revistas e portais de notícias com circulação em Santa Catarina, independentemente da periodicidade.

Na primeira edição do prêmio, em 2021, Luana Consoli, estagiária da Agecom, foi finalista na categoria Internet e vencedora na região da Grande Florianópolis pela reportagem-perfil Inclusão, diversidade e inovação: conheça o Física Preta e sua idealizadora, pesquisadora da UFSC. 

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Latas, garrafas, baterias velhas: conheça os polvos que moram no lixo no fundo mar

13/12/2022 10:00

Pesquisa descobriu dezenas de animais utilizando os rejeitos como abrigo no litoral brasileiro

 

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Polvo encontrado usando de lata de refrigerante como abrigo/Foto: Projeto Cephalopoda

 

A latinha de refrigerante no fundo do mar parecia vazia, mas um movimento repentino mostrou que não era bem assim. Havia uma pequena espécie de polvo vivendo ali. Tatiana Silva Leite, oceanógrafa e bióloga na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em seus estudos descobriu que os polvos estão se abrigando em latas, vidros e outros tipos de rejeitos humanos. Cada vez mais numeroso no oceano, o lixo que produzimos tornou-se o abrigo mais fácil para algumas espécies de polvos que ocupavam conchas e buracos em ambientes recifais como seus abrigos naturais.

Segundo um estudo realizado pelo Pacto Global da Organização das Nações Unidas, divulgado em junho de 2022, só o Brasil descarta 3,44 milhões toneladas de plástico por ano. Desse total, pelo menos 67% (cerca de 2,3 milhões de toneladas) se concentram em bacias hidrográficas, com risco de chegar ao oceano. Isso significa que por ano, cada brasileiro descarta em média 16 quilos de lixo com potencial de escape para o mar. São sacolas plásticas, garrafas PET, canudos, embalagens, vidros, entre outros.

Instigada por essa situação, Tatiana iniciou uma linha de pesquisa no Projeto Cephalopoda (projeto que estuda polvos e lulas há mais de 20 anos), para estudar o fenômeno dos polvos que vivem abrigados no lixo no fundo do mar. A pesquisa é a primeira no mundo a tratar dessa temática, ganhando repercussão e destaque em vários países. Além disso, o estudo tem uma abordagem de ciência cidadã, que visa incluir e aproximar a sociedade do trabalho realizado por pesquisadores. 

Polvos passam muito tempo escondidos nas tocas (Foto: Athila Bertoncini)

O polvo-pigmeu é a menor espécie de polvo da América Latina, sendo recentemente batizado como Paroctopuscthulu n.sp., foi encontrado primeiramente vivendo em latas, garrafas, baterias velhas e até em um vaso sanitário no litoral do Rio de Janeiro. “O pessoal achava que esse polvo pequenininho era filhote do grande, e ninguém nunca olhou para ele. Aí quando souberam que eu estava aqui, mandaram uma foto e percebi que ele não era filhote, era o seu tamanho”, conta Tatiana, que também já encontrou essa e outras espécies no lixo marinho catarinense.

Após a descoberta, a equipe de pesquisa realizou uma campanha para coletar imagens subaquáticas do mundo todo para analisá-las a fim de entender como os polvos se relacionam com o lixo. Foram utilizados fotos e vídeos de banco de imagens, de cientistas e também da própria comunidade através das redes sociais. Como resultado, foram descobertas 24 espécies de polvos utilizando lixo como abrigo e proteção contra predadores no oceano. “Os polvos são muito inteligentes, têm um ciclo de vida curto e se adaptam muito rápido, então entender essas mudanças em seu habitat ajuda a entender os impactos do lixo no ambiente marinho”, explica a pesquisadora, cujo estudo ganhou repercussão na mídia internacional, com divulgação na National Geographic Francesa, Smithsonian e o jornal The Guardian

 

Curiosidades sobre os polvos

O nome dessa enigmática criatura dos mares deriva do grego e significa oito pés. São moluscos pertencentes à classe dos Cefalópodes, animais inteligentes capazes de distinguir entre formas e padrões, além de diversas habilidades de aprendizado observacional. Este ser marinho possui um senso de visão bem desenvolvido, não tem ossos e não possui coluna vertebral, portanto, são seres invertebrados muito flexíveis. Habitam as águas salgadas de vários oceanos e, para se protegerem dos predadores, passam a maior parte da vida entre rochas, conchas, fendas entre outros esconderijos naturais.

Ganharam atenção ainda maior com o documentário vencedor do Oscar 2020, My Octopus Teacher, em português, Professor Polvo, que mostra uma amizade fora do comum entre um polvo e um mergulhador. A pesquisadora Tatiana Leite teve participação especial no documentário, que mostrou um dos seus artigos como fonte de pesquisa. Com o sucesso da produção, os animais despertaram o carinho especial do público, principalmente ao mostrar que polvos têm emoções, sentimentos e inteligência superior a outros animais, além de gerar empatia nas pessoas quando confrontadas às situações adversas às quais são expostos, como por exemplo, o grande volume de objetos descartados do mar. 

 

O pequeno cefalópode brasileiro 

A pesquisa coordenada por Tatiana já observou que o polvo-pigmeu no Brasil costuma se abrigar em latas de cerveja e/ou refrigerante jogadas com frequência no mar, geralmente por pessoas a bordo de embarcações turísticas. Com a permissão da pesquisadora, mostramos aqui algumas imagens coletadas do fundo do mar e do trabalho em campo. 

Várias frentes de pesquisa são necessárias, a começar pela coleta de imagens aquáticas dos polvos para analisar como os objetos descartados no mar estão sendo utilizados como toca. Etapa que requer atuação coletiva com organizações não governamentais (ONGs) e instituições que retiram lixo do mar. O propósito é levantar dados sobre os locais onde os polvos são encontrados frequentemente. 

Animais usam conchas e fendas em rochas como abrigos naturais (Foto: Athila Bertoncini)

A próxima etapa é realizar um experimento de campo para estudar os motivos da escolha dos polvos em utilizar objetos descartados no mar como abrigo e assim descobrir se os polvos selecionam o lixo como toca devido a sua grande abundância no mar ou se esses resíduos possuem alguma característica mais vantajosa para os polvos do que as tocas naturais. Os resultados deste teste são de grande relevância para entender a interação entre polvos e lixo, visto que a presença dos rejeitos no mar traz diversos problemas ao ecossistema.

Tatiana espera que, após essa etapa de testagem, seja possível fazer uma campanha para que as pessoas devolvam para o mar as conchas que costumam ser retiradas por curiosidade, para souvenir e peças artesanais. Com isso, espera-se que os polvos voltem a utilizá-las como abrigo. “O mar está pobre de conchas, as pessoas tiraram tantas conchas e mataram tantos bichos que eles não encontram mais lugar natural para morar, resta o lixo. Então, para retirarmos o lixo do mar, precisamos devolver o lugar natural do polvo morar”, explica a pesquisadora.

 

De muitas maneiras a manutenção da saúde e bem-estar de polvos e outros animais marinhos dependem de financiamento 

O Projeto Cephalopoda, embora tenha chamado atenção da mídia do mundo inteiro, não possui o financiamento necessário para entregar à sociedade um resultado conclusivo sobre a temática do impacto do lixo do mar. Os pesquisadores estão escrevendo projetos, submetendo-os a editais e tentando conseguir parcerias com empresas que produzem lixo marinho com interesse em minimizar o seu impacto no meio ambiente. Segundo Tatiana, os estudos preliminares mostram que garrafas, latas e vidros são os tipos de lixo mais encontrados no mar, então as empresas que trabalham com esses objetos são a prioridade.

“Estamos esperando conseguir algum financiamento, por enquanto nossa ideia é: primeiro entrar em contato com todas as principais ONGs do Brasil que fazem retirada de lixo do mar, para sabermos onde é que essa espécie está e se realmente ela só está vivendo no lixo. Depois vamos fazer o teste para verificar se, à medida que o lixo for retirado, o polvo retorna ao seu ambiente natural. Se ele voltar, vamos passar para a terceira fase que é a campanha para devolução das conchas para o mar”, explica a oceanógrafa.

É necessário a aquisição de equipamentos básicos de segurança, cilindros de mergulho, passagens aéreas para realizar visitas em locais onde os polvos são encontrados vivendo no lixo, além de todo material de testagem dessa interação com os rejeitos. Além dessa parte estrutural da pesquisa, o projeto precisa de financiamento para fazer a campanha de conscientização e incentivo para devolução das conchas ao mar, uma etapa importante e que requer treinamento das equipes para a retirada do lixo do mar de maneira correta.

 

Por que incentivar o Projeto Cephalopoda?

Pesquisa busca entender como o lixo no mar pode afetar diferentes espécies (Foto: Athila Bertoncini)

Estudar a interação dos polvos com o lixo e os impactos no ecossistema marinho requer pesquisa e engajamento social. Segundo Tatiana, a proteção das espécies depende do quanto as pessoas estão envolvidas com a causa e as questões ambientais. “O maior impacto dessa pesquisa é o entendimento de como o lixo no mar pode afetar outras espécies que a gente ainda desconhece”, diz a oceanógrafa.

Além disso, estudar um animal carismático como o polvo é uma estratégia de gerar empatia para conscientizar as pessoas sobre a poluição nos oceanos. “Temos o polvo como uma espécie símbolo de inteligência. Então nós estudamos como é que ele se adaptou a isso, como a nossa interferência tanto no descarte do lixo no mar, como na retirada de material natural que a gente acha que não serve para nada – como as conchas que a gente usa como enfeite – está afetando esses animais que dependem delas para viver” prossegue Tatiana.

A complexidade dos impactos do lixo para os animais marinhos é tão grande que ainda não se conhece todos os efeitos para cada espécie. Mas já se sabe que os componentes tóxicos do lixo se acumulam nos organismos ao longo da cadeia alimentar, com efeitos nos seres humanos. “É muito triste, é como se a gente estivesse vendo no mar pessoas que vivem no lixão. É a mesma coisa. A gente sabe que pessoas que vivem no lixão têm diversos problemas de contaminação e a gente está diante de bichos que vivem no mar na mesma situação. O maior impacto do projeto é a mudança de percepção do ser humano sobre as consequências de seus comportamentos”, enfatiza Tatiana.

 

O futuro da pesquisa oceânica no Brasil 

Um projeto como o Cephalopoda sobretudo chama a atenção da comunidade em geral paras as questões da poluição dos oceanos e proteção das espécies marinhas. “A gente está na Década do Oceano e a ideia é que esse tipo de informação tenha impacto no pensamento da pessoa, tanto sobre jogar qualquer coisa no mar como de retirar coisas naturais do mar”, conta a pesquisadora. 

A Década das Nações Unidas da Ciência Oceânica para o Desenvolvimento Sustentável, ou Década do Oceano, é uma ação de integração entre ciência e política declarada em 2017 pelas Nações Unidas e realizada entre 2021 e 2030. Surge da necessidade de incentivar que a ciência atue em conjunto com os órgãos governamentais para garantir a saúde dos oceanos e a melhor gestão para cumprir as metas da agenda 2030.

Os dados falam por si. Os recursos dedicados aos estudos do oceano no Brasil correspondem a apenas 0,03% dos gastos totais em pesquisa no país, conforme relatório da Unesco divulgado em 2022. Além disso, o relatório analisou o baixo número de pesquisadores focados em ciência oceânica no Brasil, com indicadores muito abaixo do esperado: há menos de 10 cientistas dedicados à temática a cada 1 milhão de habitantes no país. Lideram a lista Portugal, Noruega e Suécia, com 300 pesquisadores a cada milhão de habitantes. 

O financiamento da ciência dos oceanos para a ação climática foi inclusive uma das pautas abordadas na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas – COP 27, em novembro deste ano, no Egito. Os países reconhecem a importância dos oceanos e a necessidade de preservação desse ecossistema. O cenário atual evidencia a urgência de apoio e captação de investimentos dos setores privado e filantrópico para estudos como o projeto Cephalopoda da UFSC, uma boa maneira de contribuir para a evolução da pesquisa sobre o oceano no Brasil.

 

Entre em contato com a pesquisadora:

Contato: Tatiana Silva Leite
E-mail: tati.polvo@gmail.com
Laboratório de Métodos de Estudos Subaquáticos Cefalópodes
Departamento de Ecologia e Zoologia (ECZ), Sala 201 B
E-mail: ecz@contato.ufsc.br
Fone: (48) 3721 4739
Centro de Ciências Biológicas (CCB)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Florianópolis-SC. CEP: 88.040-970 – Brasil

 

Maria Magnabosco / Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC
Rafaela Souza / Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC


Edição
Denise Becker / Núcleo de Apoio à  Divulgação Científica / UFSC

Tags: Centro de Ciências Biológicas (CCB)Departamento de Ecologia e ZoologiaNúcleo de Apoio a Divulgação CientíficaPolvoProjeto Cephalopodaprojeto polvoTatiana Silva LeiteUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Santa Catarina abriga espécie de árvore considerada “super rara” ainda pouco conhecida pela ciência

22/11/2022 11:21

Ecólogos da UFSC dizem que o Crinodendron brasiliense é uma espécie em perigo de extinção

 

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O fruto do Crinodendron brasiliense se parece com um pequeno abajur. Foto: Rafael Barbizan e Sophia Kusterko

 

Crinodendron brasiliense ou cinzeiro-pataguá é uma árvore considerada “super rara”, encontrada durante um estudo de campo numa pequena área localizada nas regiões montanhosas do Planalto Serrano Catarinense. “Estávamos fazendo a medição de árvores de um projeto de monitoramento no Parque Nacional de São Joaquim, onde acabamos encontrando 59 indivíduos da espécie, o que despertou a nossa atenção para investigá-la”, diz o ecólogo Eduardo Luís Hettwer Giehl.

Com esse objetivo em mente, Eduardo Giehl e Rafael Barbizan – pesquisadores no Departamento de Ecologia e Zoologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, lideram um estudo inédito, cuja proposta de pesquisa envolve o monitoramento do cinzeiro-pataguá com o objetivo de realizar um levantamento mais abrangente dessa espécie de árvore ameaçada de extinção e restrita à região. 

A extinção de populações e espécies é algo que afeta o ecossistema e a biodiversidade. Para o professor Eduardo e a equipe de pesquisadores, a dor da perda de uma única espécie é imensa, maior ainda quando pouco se sabe sobre ela. “Para nós é um abalo muito grande perder uma espécie, queremos preservar todas e o cinzeiro-pataguá está numa situação bem delicada”, explica o ecólogo.
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Novo episódio do podcast UFSC Ciência discute futebol, política e poder

17/11/2022 15:15

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 17 de novembro, um novo episódio do podcast UFSC Ciência, com o tema Futebol, política e poder. 

O podcast mostra que, diferente do que muita gente diz por aí, futebol e política se misturam, sim. E não é de hoje. Os megaeventos esportivos, como a Copa do Mundo de Futebol e as Olimpíadas, têm sido palco de demonstrações de poder e vêm sendo utilizados como instrumento de política interna e externa por governos de todo o mundo. 

Além de apresentar exemplos históricos e atuais de usos políticos dos megaeventos, o episódio discute o que está por trás dos enormes investimentos que o Catar vem fazendo no futebol, as relações da modalidade com as ditaduras militares na América Latina e movimentos de resistência surgidos do esporte, como a Democracia Corinthiana. Aborda, ainda, projetos que buscam mostrar que um outro mundo esportivo é possível. 

Os entrevistados desta edição são os professores Paulo Capela, do Centro de Desportos, e Juliano Pizarro, doutor pelo Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Ciências Humanas da UFSC.

Ouça o UFSC Ciência no site, pelo Spotify, pelo Apple Podcasts ou outras plataformas.

Tags: copa do mundocopa do mundo 2022futebolpodcastpodcast UFSC CiênciapolíticaUFSCUFSC CiênciaUniversidade Federal de Santa Catarina

Nem bicho, nem planta: o que nos ensina o conhecimento dos fungos

03/11/2022 10:01

Projeto da UFSC busca catalogar a primeira lista de fungos ameaçados de extinção do Brasil

 

Elisandro Ricardo Drechsler-Santos: “a funga da serra catarinense, inclusive do Parque Nacional de São Joaquim, tem várias espécies novas, endêmicas e algumas estão ameaçadas de extinção”. Foto: Camila Collato

 

Uma bela xícara de café acompanhada de um pãozinho fresco, queijos e, em seguida, um suco de frutas é capaz de tornar qualquer hora do dia gloriosa, concorda? Agradeça aos fungos por isso e muito mais: os fungos estão presentes em quase toda a produção de alimentos. São responsáveis pelo avanço da medicina para tratar doenças físicas e mentais. Sequestram naturalmente e liberam o carbono, além de favorecer distintos processamentos industriais. E há uma série de usos diários dos fungos ainda pobremente conhecidos.

Muitos acreditam equivocadamente que são plantas, mas também não são animais – os fungos são organismos com a sua forma própria de vida. A comunidade de animais de um determinado local é tratada como Fauna, a de plantas, como Flora. E existe ainda uma terceira classificação: a dos fungos, conhecida como Funga. Assim, Fauna, Flora e Funga formam os três grandes grupos de organismos eucariontes da natureza. Apesar de sua importância reconhecida para a manutenção dos ecossistemas, da biodiversidade, e até mesmo para a indústria farmacêutica, essa categoria de seres vivos é pouco explorada pela ciência. Nesse sentido, o objetivo do pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos é criar um sistema de dados para catalogar, identificar e popularizar o conhecimento acerca da Funga.

Apenas 7% dos fungos são conhecidos pela ciência. Acredita-se que existam cerca de 1 a 5 milhões de espécies, no entanto, apenas 150 mil são catalogadas. Estudar e entender a Funga de um local é importante para a conservação não apenas das espécies de fungos, mas de todo o ecossistema. Essa é a missão do projeto MIND. Funga, coordenado pelo professor Ricardo. “A gente tem no Brasil aproximadamente 50 espécies que já foram avaliadas e a maioria delas são espécies ameaçadas de extinção. No entanto, não existe uma política ainda de reconhecimento disso”, explica o pesquisador. 

A ameaça de extinção

É comum ouvir-se falar sobre plantas e animais em ameaça de extinção. No entanto, pouco se conscientiza sobre o risco das espécies de fungos em perigo. Um dos objetivos do MIND. Funga é catalogar essas espécies na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). 

O pesquisador é claro: os fungos são essenciais para a estabilidade climática (dado seu papel no sequestro de carbono no solo) e para preservar a saúde ecossistêmica. No entanto, os fungos têm sido negligenciados em políticas ambientais e de conservação. Um descuido com inúmeras consequências, afirma o cientista. “Quando os fungos são colocados em risco, colocam-se em risco os ecossistemas que dependem deles. Com isso, perdemos a chance de realizar avanços, encontrar soluções para problemas ambientais graves, como mudanças climáticas e degradação da terra”, afirma.

E complementa o raciocínio observando que não existe ainda uma lista vermelha nacional de fungos, ou seja, os fungos não são reconhecidos no nosso território. O pesquisador busca estudar a distribuição das espécies para aplicar os critérios da IUCN e classificá-las em níveis de ameaça. Além disso, com engajamento com outros micólogos e liquenólogos, em breve haverá uma proposta ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), para que essas espécies sejam oficializadas também em uma lista no âmbito nacional.

Esse processo de reconhecimento e inclusão das espécies ameaçadas de extinção na lista de alerta vermelho é importante, pois auxilia e chama atenção para criação de políticas públicas que visem à conservação da Funga e, por consequência, da biodiversidade. Como os fungos não são reconhecidos no território brasileiro, Elisandro acredita que seja necessário fazer uma ponte entre pesquisadores e governo, para que seja feito um trabalho em conjunto em prol da manutenção dessas espécies.

Por que os fungos devem ser conservados?

Os fungos são seres fundamentais para o funcionamento dos ecossistemas, pois junto com as bactérias heterotróficas são decompositores da matéria orgânica. Eles atuam como agentes recicladores da matéria, visto que ao fazerem o processo de decomposição devolvem os nutrientes para o solo e o gás carbônico para a atmosfera. Estes componentes serão reaproveitados pelas plantas, que eventualmente servirão de alimento para os animais herbívoros, reiniciando assim o ciclo da natureza. Os fungos podem ser descritos como o “elo” entre seres vivos e componentes não vivos do meio ambiente.

Outro motivo para que os fungos sejam conservados são os seus esporos. Elisandro explica que os esporos dos fungos são micropartículas liberadas no ar que auxiliam a formar as gotas de chuva. O pesquisador diz que “uma floresta preservada não só transpira umidade para formar nuvens, como também as partículas que estão no ambiente agregam essa umidade em forma de gota e fazem com que caia a chuva”. 

Além de sua importância para o equilíbrio ambiental, os fungos também podem ser explorados de maneira consciente pelos mais variados setores da indústria. Muitos alimentos, produtos e medicamentos utilizados no dia a dia dependem desses seres. Um exemplo clássico é a Penicilina, antibiótico descoberto a partir de fungos do gênero Penicillium.

Taxonomia

A ciência de reconhecer e descrever espécies novas é chamada de taxonomia, uma ciência básica que fornece elementos essenciais para outras ciências posteriormente, que são as ciências aplicadas. “Mais do que nunca o cientista no mundo é reconhecido, e em nosso país existe atualmente essa urgência de a sociedade reconhecer as universidades. Porque é dentro das universidades, principalmente as públicas e federais, que acontece a pesquisa”, enfatiza Elisandro. 

Para o pesquisador, quando descrevemos uma nova espécie de fungo, estamos mostrando para a sociedade em geral que existe uma caixinha de surpresas biotecnológicas, surpresas medicinais e surpresas na alimentação que podem ser explorados pela ciência aplicada, e podem retornar para a população não só como produtos importantes para a sociedade, mas também do ponto de vista econômico-financeiro.

O aplicativo de identificação

Complementar à pesquisa de Elisandro, em fase de testes, está a criação de um aplicativo para smartphones que permite, através da captura de imagens, reconhecer as espécies de fungos. Para isso, foram reunidos especialistas em identificação de fungos e inteligência artificial da UFSC dedicados ao desenvolvimento de um sistema moderno de reconhecimento de macrofungos a partir de um banco de imagens e informações.

Esse aplicativo faz parte do programa Ciência Cidadã MIND. Funga, ou seja, conta com a participação de voluntários para auxiliar no registro das imagens que irão compor o banco de dados. Em uma primeira etapa, cidadãos residentes próximos à região das Matas Nebulares de Santa Catarina utilizaram outro aplicativo desenvolvido por uma das pesquisas do grupo para fotografar os fungos em seu ambiente natural e registrar dados como localização, substrato, data da imagem etc. Esses dados estão sendo utilizados inicialmente em um projeto piloto, como base para mapeamento e monitoramento dessas espécies de fungos, bem como para compor o banco de dados do aplicativo de reconhecimento de espécies.

Elisandro comenta que esse banco já conta com informações de mais de 500 espécies de fungos. “Eu estou falando de aproximadamente 20 mil imagens de fungos. Essa base de dados é utilizada para treinar uma rede neural convolucional (Convolutional Neural Network / CNN).  Essa rede neural, ela aprende sozinha com os padrões que encontra nas imagens. É isso que a gente chama de Inteligência Artificial”, diz o pesquisador. Essa parte da IA é desenvolvida em parceria com equipe do Prof. Aldo von Wangenheim do Research institute on Digital Convergence – INCoD, também da UFSC. 

O aplicativo chamado de MIND.Funga app servirá tanto para professores da rede básica e superior em práticas pedagógicas quanto para especialistas contribuírem para popularizar a diversidade das espécies de fungos. 

“Eu tenho um compromisso com a ciência, mas ao mesmo tempo eu tenho um compromisso com a sociedade. E isso me faz querer mostrar para as pessoas o que nosso grupo descobre. Por isso nós estamos desenvolvendo esse aplicativo, para popularizar o conhecimento”, conta o biólogo. O aplicativo está em desenvolvimento e logo uma versão preliminar deverá estar disponível para testes.

Em geral, os estudos para acessar a diversidade e conhecer as espécies costumam ser mais acessíveis, do ponto de vista financeiro. Para o andamento deste projeto específico, os recursos foram disponibilizados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Com isso, o pesquisador foi capaz de ir além do objetivo previsto inicialmente. “Eu consigo dar bolsa, eu consigo ir para campo, eu consigo fazer biologia molecular, eu consigo produzir livros” comenta Elisandro.

O pesquisador:

Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos, de 43 anos de idade, é Professor Associado do Departamento de Botânica da UFSC, atuando como orientador no Mestrado Profissional PROFBio-UFSC e Mestrado e Doutorado no PPG em Biologia de Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) da UFSC. Pesquisador do CNPq, especialista membro do grupo “IUCN SSC Mushroom, Bracket, and Puffball Specialist Group” e coordenador do grupo de pesquisa MIND.Funga (mindfunga.ufsc.br). 

Entre em contato com o pesquisador

Prof. Elisandro Ricardo Drechsler-Santos
Laboratório de Micologia (MICOLAB)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Centro de Ciências Biológicas (CCB)
Departamento. de Botânica
Telefone: +55 (48) 37212889
Celular: +55 (48) 996268188
E-mail: drechslersantos@yahoo.com.br
Florianópolis – 88040970 – Brasil

 

 

Maria Magnabosco / Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC
Rafaela Souza / Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC


Edição
Denise Becker / Núcleo de Apoio à  Divulgação Científica / UFSC

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Banco de fezes: pesquisador busca financiadores para montar laboratório que pode salvar vidas

17/10/2022 09:25

Cientista da UFSC explica como o armazenamento de amostras pode ser usado para tratar doenças e controlar infecções

  

A disbiose pode ser intestinal, vaginal, da pele e do pulmão. (Foto: Centro de Controle da Disbiose)

Fezes – sim, fezes – podem ser usadas para o tratamento de doenças, para controle de infecções e até para melhora em quadros do espectro autista.  O transplante da microbiota intestinal (TMI), mais conhecido como transplante de microbiota fecal (TMF), vem sendo aplicado como método eficaz em todo o mundo para tratar problemas causados por bactérias multirresistentes a antibióticos e muitas outras condições. Esse é o principal tema de pesquisa de Carlos Zárate-Bladés, professor e médico que criou o Centro de Controle da Disbiose e lidera uma equipe de pesquisadores no Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). 

Boliviano que mora em Florianópolis desde 2015, Zárate-Bladés comenta que a transferência de microrganismos de uma pessoa pode restabelecer o equilíbrio da microbiota intestinal. “O transplante de microbiota se consolidou para tratar uma infecção de repetição causada pela bactéria Clostridioides difficile, que provoca diarréia no paciente podendo evoluir para a inflamação do cólon. Esse patógeno é responsável por alta taxa de mortalidade em pacientes internados em hospitais; com o transplante, o sucesso da recuperação é superior a 90% para essa infecção em específico”, salienta o pesquisador.

A alteração da microbiota é chamada de disbiose, que pode ser intestinal, mas também vaginal, de pele, de pulmão e de qualquer outra mucosa do corpo. O desequilíbrio costuma provocar o aparecimento de doenças de diversos tipos, sendo a mais comum associada ao uso de antibióticos, mas também pode ser um problema consequente por uma outra doença de base.  

Outras alterações são atribuídas a pessoas com doenças inflamatórias intestinais como a colite ulcerativa e a doença de Crohn são condições que podem se beneficiar com esse tratamento. Assim, o objetivo do pesquisador Carlos Zárate-Bladés é desenvolver a técnica do Transplante da Microbiota Intestinal (TMI) no Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC). Isso envolve investimentos para uma estrutura adequada, realização e manutenção da pesquisa. 

Devido à baixa incidência de efeitos colaterais, o transplante de fezes é recomendado pela Sociedade Americana de Doenças Infecciosas (IDAS) e pela Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID). O primeiro transplante de fezes no Brasil foi realizado no Hospital Israelita Albert Einstein, em 2013. Existe um banco de fezes no Hospital da Universidade Federal de Minas Gerais, que vem realizando de forma rotineira o transplante desde 2017. 
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Santa Catarina pode ser modelo para os outros estados no controle de bactérias do tipo MRSA

10/10/2022 08:50

Pesquisadora da UFSC está coordenando um projeto para estudar a Staphylococcus Aureus resistentes a Meticilina (MRSA)

 

A microbiologista Fabienne Ferreira estuda MRSA desde a sua graduação (Foto: Rafaella Whitaker)

 

A resistência das bactérias aos antibióticos é um grande desafio para a saúde pública no mundo. Uma dessas bactérias é Staphylococcus aureus resistentes à Meticilina, conhecida pela sigla MRSA. Apesar de serem organismos comensais, ou seja, que interagem com o ser humano sem causar doença, em algumas situações, o desequilíbrio da relação dessa bactéria com o hospedeiro pode ser prejudicial à saúde. O estudo conduzido por Fabienne Antunes Ferreira, microbiologista e pesquisadora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), busca entender essas interações entre o organismo humano e esses patógenos, mais especificamente no estado de Santa Catarina.

O objetivo do estudo é entender por que em Santa Catarina a incidência dessas bactérias resistentes a antibióticos parece ser menor em comparação com outros estados do país. No Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Paraná, cerca de 30 a 60% de Staphylococcus aureus são MRSA. No entanto, em Santa Catarina, essa taxa reportada foi de 2 a 8%. “Talvez, Santa Catarina possa ser um modelo futuro para inibir o crescimento dessas bactérias, já que aqui é naturalmente inibido de alguma forma”, explica a pesquisadora.
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UFSC Explica: urna eletrônica

23/09/2022 16:12

A urna eletrônica é tema do novo episódio da série de vídeos UFSC Explica, produzida pela Agência de Comunicação (Agecom) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Três pesquisadores, de diferentes áreas do conhecimento, falam sobre o histórico das eleições no Brasil, os casos de fraude relacionados ao voto impresso, o desenvolvimento da urna eletrônica brasileira e os diversos testes e auditorias feitos antes, durante e depois da votação.

Quando e por que foi criada a urna eletrônica? Quem faz a auditorias das urnas? Como funciona a apuração? Existe uma sala secreta no Tribunal Superior Eleitoral (TSE)? Já houve algum caso de fraude? Essas e outras perguntas são respondidas ao longo do vídeo.

Conheça os entrevistados:

Julian Borba possui graduação em Ciências da Administração e mestrado em Sociologia Política pela UFSC e doutorado em Ciência Política pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). É professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Sociologia e Ciência Política da UFSC e um dos coordenadores do Grupo de Investigación de Participación Política, da Associação Latino-Americana de Ciência Política. Desenvolve pesquisas sobre participação política, comportamento eleitoral e atitudes e valores políticos.

Marcelo Ramos Peregrino Ferreira é doutor em Direito pela UFSC, membro e fundador das academias catarinense (Acade) e brasileira (Abradep) de Direito Eleitoral e presidente da Conferência Americana dos Organismos Eleitorais Subnacionais para a Transparência Eleitoral (Caoeste). Entre 2012 e 2014, foi juiz eleitoral do TRE/SC, diretor da Escola Judiciária Eleitoral Des. Irineu João da Silva do TRE/SC, integrante da Comissão do Conselho Federal da OAB para Mobilização para a Reforma Política e ouvidor da Justiça Eleitoral do Estado de Santa Catarina. Já atuou como observador internacional das eleições da Colômbia (2018), do Peru (2019), de El Salvador (2021) e do Equador (2021).

Ricardo Felipe Custódio é graduado e mestre em Engenharia Elétrica pela UFSC e  doutor em Ciência da Computação pela UFRGS. É professor do Departamento de Informática e Estatística e supervisor do Laboratório de Segurança em Computação (Labsec) da UFSC. Suas áreas de pesquisa incluem assinatura digital de documentos eletrônicos, infraestrutura de chaves públicas e gestão de identidades eletrônicas.

Confira abaixo o vídeo, também disponível no canal da UFSC no Youtube:

Para saber mais

A página Fato ou Boato foi criada pelo TSE para desmentir conteúdos falsos. A iniciativa integra o Programa de Enfrentamento à Desinformação, que atualmente mobiliza mais de 70 instituições, entre partidos políticos e entidades públicas e privadas, para enfrentar os efeitos negativos provocados pela desinformação relacionada à democracia.

Em suas 28 páginas, o Guia da urna, elaborado pela Secretaria de Comunicação e Multimídia (Secom) do TSE, conta a história do surgimento da urna eletrônica, destaca a evolução tecnológica, as barreiras de segurança e as diversas possibilidades de auditoria no equipamento ao longo de 26 anos de uso nas eleições. Também aborda a experiência de impressão do voto eletrônico em 2002 e a declaração de inconstitucionalidade da impressão do voto, pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2020, por colocar em risco o sigilo e a liberdade do voto. 

O livro Tudo o que você sempre quis saber sobre a urna eletrônica brasileira, de autoria da jornalista Fernanda Soares Andrade, conta a história da criação da urna eletrônica brasileira e as mudanças que sua utilização trouxe ao longo dos anos. O e-book tem também o objetivo de esclarecer a população sobre o funcionamento e a segurança da urna. A obra foi redigida com base em documentos do TSE e depoimentos de pessoas que participaram do desenvolvimento da urna.

Em dezembro de 2021, a Escola Judiciária Eleitoral da Bahia lançou o livro 25 anos da urna eletrônica: tecnologia e integridade nas eleições brasileiras, composto de trabalhos escritos por pesquisadores especializados no tema, professores de Direito Eleitoral e outras pessoas que fizeram parte do processo de desenvolvimento da urna. A publicação aborda a história das eleições no Brasil e da origem da urna eletrônica brasileira, seu protagonismo no combate à fraude eleitoral e uma análise crítica sobre os riscos do retrocesso envolvidos na impressão do voto eletrônico. Aborda, também, o combate à desinformação, os desafios à inovação do processo de votação eletrônico e o futuro do uso da tecnologia na democracia brasileira.

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DIVULGA UFSC – 14/09/2022 – Edição 1908

14/09/2022 12:20

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Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 14/09/2022 – Edição 1908
UFSC registra aumento expressivo de excelência acadêmica na avaliação da Capes

A UFSC está comemorando os resultados preliminares da Avaliação Quadrienal dos programas de pós-graduação realizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Dos 67 programas acadêmicos avaliados, 43 mantiveram as notas obtidas há quatro anos, 19 tiveram notas maiores que em 2017 e três foram avaliados pela primeira vez. Apenas dois programas tiveram pontuação mais baixa em relação ao último levantamento. A Avaliação Quadrienal da Capes escrutina mais de 7,5 mil cursos do Sistema Nacional de Pós-graduação e leva em conta critérios quantitativos e qualitativos. Na nova avaliação, a UFSC passou a ter 26 programas com notas 6 ou 7, considerados de excelência acadêmica – 39% do total. Na avaliação de 2017, o nível de excelência foi obtido por 20 programas (31%). Continue a leitura >>.


Reitoria apresentará ao MPF proposta de controle social da frequência dos servidores técnico-administrativos

A Reitoria da UFSC vai apresentar ao Ministério Público Federal a proposta de adoção do controle social para aferição da frequência dos servidores técnico-administrativos da instituição. A ideia é desenvolver uma ferramenta semelhante ao Planejamento e Acompanhamento de Atividades Docentes (Paad), o sistema de controle das atividades desenvolvidas pelos professores, tais como ensino, pesquisa, extensão e funções administrativas. A sugestão passará agora pelo crivo da Procuradoria-Geral Federal junto à UFSC. A outra proposta é a adoção de um sistema chamado Minha Frequência, que tem similaridades com o Sisref mas utiliza softwares livres. Continue a leitura >>.

Especial: como o uso de método e conhecimento científicos auxiliam em investigações judiciais

 

Não são raras as vezes em que aquele seu seriado preferido de investigação começa com uma clássica cena: um detetive adentrando em um ambiente apinhado de peritos que fotografam, coletam amostras, fazem demarcações e simulações no local onde ocorreu um crime. A resolução de casos policiais sempre foi um assunto de grande interesse do público e um dos pontos centrais da curiosidade da audiência é o desenrolar do processo de investigação. Para isso, entram em ação as ciências forenses – um conjunto de métodos e conhecimentos científicos necessários para esclarecer questões específicas que auxiliarão e darão suporte à justiça. Confira a reportagem multimídia >>.


Ensino

Pós-Graduação em Ciência da Computação abre inscrições para mestrado e doutorado

A coordenadoria do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação (PPGCC) da UFSC está com inscrições abertas para o processo seletivo destinado ao preenchimento de vagas em nível de mestrado e doutorado com ingresso a partir de março de 2023. Para o mestrado, as inscrições ocorrem até 10 de outubro e estão disponíveis 37 vagas. E, para o doutorado, o período de inscrição vai até 1º de novembro, e são oferecidas 26 vagas. Continue a leitura >>.

Secretaria de Relações Internacionais promove curso sobre provas de proficiência da língua italiana

O Núcleo Institucional de Línguas e Tradução (Nilt), da Secretaria de Relações Internacionais (Sinter), promove a primeira edição presencial do curso Provas de proficiência da língua italiana. O objetivo é familiarizar o aluno com os exames de proficiência CELI, CILS, e PLIDA. Serão abertas 15 vagas e o período de inscrições vai até dia 27 de setembro. As inscrições podem ser realizadas através do link. Continue a leitura >>.

UFSC sedia seminário sobre línguas indígenas do Sul da Mata Atlântica

O III Seminário de Línguas Indígenas do Sul da Mata Atlântica, voltado à divulgação de políticas linguísticas envolvendo três línguas indígenas faladas no sul da Mata Atlântica, será realizado nos dias 20 e 21 de setembro, no auditório de Centro de Comunicação e Expressão (CCE). O evento é resultado de uma parceria entre estudantes indígenas, docentes do curso de Licenciatura Intercultural Indígena (LII) e o grupo de Políticas Linguísticas Críticas e Direitos Linguísticos da UFSC, com apoio do Programa de Pós-Graduação em Linguística (PPGL). Continue a leitura >>.


Extensão

UFSC e Justiça Federal realizam debate sobre justiça restaurativa

O grupo de pesquisa Poder, controle e dano social, do Departamento de Direito da UFSC, e o Centro de Justiça Restaurativa (Cejure) da Justiça Federal da 4ª Região realizam o debate Justiça restaurativa: mudando as lentes sem abrir mão da crítica. O evento será na próxima terça-feira, 20 de setembro, às 14h, no Programa de Pós-Graduação em Direito, na sala 303 do Centro de Ciências Jurídicas (CCJ). Não é necessário inscrição prévia para essa atividade. Continue a leitura >>.

Abertas as inscrições para grupo reflexivo ‘Velho, eu?’, do Departamento de Psicologia

Estão abertas as inscrições para o grupo reflexivo Velho, eu?, parte do projeto de extensão vinculado ao Laboratório de Psicologia Social da Comunicação e Cognição (Laccos), do Departamento de Psicologia da UFSC. O objetivo da iniciativa é, por meio de intervenções em grupo, com o suporte dos conhecimentos da Psicologia Social e da Psicologia do Envelhecimento, compartilhar de experiências, informações e reflexões sobre o processo de envelhecimento e a vivência da velhice na atualidade. Continue a leitura >>.


Pesquisa

Informe Necat: casos ativos de covid-19 atingem menor patamar de 2022

O Núcleo de Estudos de Economia Catarinense (Necat) da UFSC publicou um novo Informe Semanal sobre a covid-19 no estado. Na semana entre 3 e 9 de setembro, os casos ativos sofreram uma redução de 29%, indicando que 1.025 pessoas deixaram de fazer parte do contingente de contaminados existentes no estado. Com isso, a média caiu de 748 para 381 registros diários. De acordo com o Informe, embora a circulação do vírus ainda continue expressiva em Santa Catarina, esse foi o menor patamar do indicador no ano de 2022. Continue a leitura >>.


Gestão

Abertas inscrições de processo seletivo para afastamento integral em programa de pós-graduação

O Departamento de Desenvolvimento de Pessoas (DDP), da Pró-Reitoria de Desenvolvimento e Gestão de Pessoas (Prodegesp), iniciou na última terça-feira, dia 13 de setembro, as inscrições do processo seletivo de classificação dos interessados em solicitar afastamento integral para participação em programa de pós-graduação stricto sensu (mestrado, doutorado e pós-doutorado). A ação é voltada a servidores docentes e técnico-administrativos em Educação da UFSC. O período de inscrições vai até 16 de outubro. Continue a leitura >>.


Cultura

Igrejinha recebe ‘Duo Baobá’ com repertório de chorinho nesta quinta, dia 15

O projeto Igrejinha Musical, nova ação do Departamento Artístico Cultural (DAC) da UFSC, apresenta o Duo Baobá, uma parceria musical entre o violonista David Cardona e a flautista Mayara Araújo, que explora a sonoridade da música brasileira e latina. A apresentação será nesta quinta-feira, 15 de setembro, às 19h, na Igrejinha da UFSC. O evento é gratuito e aberto à comunidade, com entrada liberada por ordem de chegada. Continue a leitura >>.

Arquivo Central realiza exposição virtual com tema ‘Fundação Universidade de Santa Catarina’

A Coordenadoria do Arquivo Central divulgou na terça-feira, 13 de setembro, a exposição virtual com o tema Fundação Universidade de Santa Catarina, organização que realizou ações preparatórias para a criação da Universidade Federal de Santa Catarina. Entre os documentos expostos encontram-se esboços do estatuto da Fundação, planos para a cidade universitária com ações para organização hierárquica e do espaço físico da Universidade nas décadas de 1950 e 60, bem como aqueles destinados à instalação da instituição. Continue a leitura >>.

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Servidora da UFSC aplica arqueologia forense em pesquisa sobre centro de tortura da ditadura militar

22/08/2022 17:25

Foto: Aline Lourenço Campanha/Memorial da Resistência de SP

A servidora Maryah Elisa Morastoni Haertel, técnica de laboratório de Física do Campus de Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é uma das integrantes da equipe que pesquisará, usando a arqueologia forense, o prédio onde funcionava o Destacamento de Operações de Informação – Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-Codi), em São Paulo. Para o local eram levados e torturados os presos durante o período da ditadura militar.

O objetivo do estudo é ampliar o conhecimento científico em relação ao local e ao que aconteceu ali naquela época, além de esclarecer fatos de possíveis violações de direitos humanos à sociedade. A ideia é preservar a memória para que as futuras gerações conheçam a história e percebam o valor da democracia. O trabalho também buscará identificar desaparecidos políticos por meio de exames de DNA, caso isso seja possível.

Intitulada Arqueologias do DOI-Codi do II Exército (São Paulo): leituras plurais da repressão e da resistência, a pesquisa é coordenada pela professora Cláudia Regina Plens, do Laboratório de Estudos Arqueológicos da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e inclui pesquisadoras – todas mulheres – de mais cinco universidades. Essa é a primeira vez que um centro de tortura da ditadura militar no Brasil será pesquisado por meio da arqueologia forense, que é a aplicação de métodos e técnicas arqueológicos e forenses para o esclarecimento de acontecimentos, fatos e possíveis crimes ocorridos.
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DIVULGA UFSC – 15/08/2022 – Edição 1887

15/08/2022 10:08

 

 

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Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) | www.divulga.ufsc.br – 15/08/2022 – Edição 1887
Nota de repúdio: UFSC se manifesta quanto à ação da PM em ato pela democracia

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) apresenta veemente protesto contra o uso da força excessiva, truculência e abusos cometidos pela Polícia Militar do Estado de Santa Catarina na prisão de uma estudante da Universidade que participava do ato em defesa do Estado Democrático de Direito. A jovem, detida supostamente por fazer pichações, foi imobilizada à força, em atitude de nítida truculência. No momento da prisão fica evidente a atitude injustificável dos policiais, que deveriam estar no ato para garantir a segurança dos manifestantes. Continue a leitura>>. Leia também: Vice-reitora da UFSC participa de audiência de custódia de estudante presa.

Auditório da Reitoria da UFSC recebe ato cívico em defesa da democracia

O auditório da Reitoria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) ficou lotado dia 11 de agosto, para realização do ato em defesa do estado democrático de direito. O evento foi organizado pelo Sindicato dos Professores (Apufsc) em conjunto com 27 entidades da sociedade civil. O reitor Irineu Manoel de Souza e a vice-reitora Joana Célia dos Passos estiveram presentes. O ato foi realizado simultaneamente à leitura da Carta às Brasileiras e aos Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito. Continue a leitura » ».

UFSC ganha quatro menções honrosas em Prêmio Capes de Tese

A Universidade Federal de Santa Catarina conquistou quatro menções honrosas no Prêmio Capes de Tese – Edição de 2022, um dos mais tradicionais da pesquisa no Brasil. Os resultados foram divulgados nesta quinta-feira, 11 de agosto, no Diário Oficial, e trazem destaque a estudos da UFSC desenvolvidos em quatro áreas do conhecimento: Engenharia Civil, Engenharia Elétrica, Linguística e Literatura e Nutrição. No total, 49 trabalhos foram premiados e outros 96 receberam menção honrosa. Continue a leitura>>.


Gestão

Médica infectologista assume a superintendência do HU/UFSC

A médica Ivete Ioshiko Masukawa é a nova superintendente do Hospital Universitário (HU/UFSC). Ela foi nomeada por meio de portaria publicada na última sexta-feira, 12 de agosto, depois de ser indicada pelo reitor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Ivete faz parte do corpo clínico do HU desde 2004, onde atuou como médica infectologista no Serviço de Controle de Infecção. Formada em Medicina pela UFSC, fez residência médica e mestrado em Moléstia Infecciosa e Parasitária pela Universidade de São Paulo (USP). É especialista em Administração Hospitalar, tendo atuado como chefe da Divisão Médica do HU/UFSC entre 2021 e 2022. Também participou da administração do Hospital Nereu Ramos, da Secretaria de Estado da Saúde, até 2020. A médica assume a 14ª gestão do HU desde a sua fundação, em 1980. Vai substituir a também médica Joanita Angela Gonzaga Del Moral, que ocupou o cargo até 22 de julho deste ano. Atualmente, a superintendência estava sendo exercida interinamente pelo gerente administrativo Michel Maximiano Faraco. Continue a leitura>>.

Profor divulga cursos de formação continuada para docentes

O Programa de Formação Continuada divulgou a agenda de atividades formativas para o semestre letivo 2022.2. Os cursos ofertados são uma oportunidade para conhecer e compartilhar experiências e práticas pedagógicas. O Profor tem o objetivo de proporcionar o aperfeiçoamento pedagógico continuado aos professores, sendo de caráter obrigatório para aqueles que estão em estágio probatório e facultativo aos demais docentes da instituição. Há pelo menos 19 cursos com inscrições abertas. Os cursos serão ministrados nas modalidades remota e presencial, conforme programação. Continue a leitura>>.

 


Extensão

UFSC oferece cursos para pessoas com 50 anos ou mais

O Núcleo de Estudos da Terceira Idade (Neti/UFSC) abre na segunda-feira, 15 de agosto, inscrições para as vagas remanescentes de seus cursos de extensão. São ofertadas aulas em diversas áreas, como danças, teatro, contação de histórias, matemática e nutrição, além de cursos de alemão e italiano, de uma oficina sobre as árvores da UFSC e de grupos reflexivos sobre envelhecimento. A relação completa de vagas remanescentes, com datas e horários, pode ser conferida neste documento. Para participar, é necessário ter 50 anos ou mais. As inscrições para todas as atividades podem ser realizadas pelo site neti.ufsc.br até quarta-feira, 17 de agosto. Mais informações no site do Neti e no edital de atividades de extensão. Continue a leitura>>.

Abertas as inscrições para evento de inovação e empreendedorismo da UFSC Curitibanos

Estão abertas as inscrições para o Conexão Contestado, 1º Seminário Regional de Inovação e Empreendedorismo, que ocorre de forma híbrida, nos dias 14 e 15 de setembro, no Mercado Público Municipal de Curitibanos e no Youtube da UFSC Curitibanos. O público-alvo são estudantes de ensino médio, acadêmicos, empresários e público interessados na temática. A inscrição gratuita poderá ser feita por meio do site oficial do evento. Continue a leitura>>.


Ensino

UFSC oferece cursos gratuitos de matemática básica e introdução ao cálculo nas férias de agosto

O Programa de Pós-graduação em Física da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) promove, entre os dias 19 e 24 de agosto, cursos concentrados e gratuitos de Matemática Básica (120 vagas) e Introdução ao Cálculo (120 vagas). Cada curso será oferecido em dois turnos, com 60 vagas cada (confira o cronograma abaixo). As inscrições podem ser feitas até  17 de agosto. Os cursos serão ministrados por doutorandos em Física. Continue a leitura>>.

Pós-Graduação em Engenharia Ambiental está com inscrições abertas para mestrado

O Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental (CTC/UFSC), está com inscrições abertas para o processo de seleção do mestrado, voltado ao período letivo que terá início no terceiro trimestre de 2022, conforme calendário da UFSC. Serão disponibilizadas 13 vagas para o curso, conforme nos limites estabelecidos por linhas de pesquisa no edital. As inscrições se encerram em 28 de agosto, às às 23h59 (horário de Brasília). A homologação das inscrições está prevista para dia 29 de agosto, e as avaliações dos candidatos (curriculum vitae, pré-projeto e arguição) irá ocorrer entre 30 de agosto e 2 de setembro. A divulgação do resultado definitivo será em 5 de setembro de 2022. Confira a íntegra do edital e outras orientações neste link.


Pesquisa

Semifinalista da Olimpíada Brasileira, equipe do Colégio de Aplicação da UFSC vai lançar satélite próprio

A equipe Sagittarius A*, formada por estudantes do 9º ano do Colégio de Aplicação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), é semifinalista da Olimpíada Brasileira de Satélites (Obsat). Os quatro integrantes do grupo – Isabella de Freitas, Rosa Maria Miranda, João Vitor Caetano e Marcos Bueno – terão a oportunidade de lançar o satélite que desenvolveram. Para isso, a equipe irá viajar até Santa Maria, no Rio Grande do Sul, nesta próxima sexta-feira, dia 12 de agosto. Continue a leitura>>.

UFSC Explica: dark web

Dark web é o tema do novo episódio da série de vídeos UFSC Explica. Três pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de diferentes áreas do conhecimento, abordam questões como segurança, anonimato e privacidade on-line em um mundo cada vez mais conectado e no qual os dados dos usuários se tornaram moeda de troca. Quais as diferenças entre deep e dark web? O que garante o anonimato dos usuários da dark web? Como acessá-la? Quem e o que podemos encontrar por lá? Essas e outras perguntas são respondidas ao longo do vídeo. Continue a leitura>>.

 


Comunidade

Campus Trindade: acesso à UFSC pelo bairro Pantanal será fechado temporariamente

A Prefeitura Municipal de Florianópolis irá fechar provisoriamente a entrada, via bairro Pantanal, ao Campus Trindade da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a partir da próxima segunda-feira, 15 de agosto. O acesso à rua Engenheiro Andrey Cristian Ferreira pela rua Deputado Antônio Edu Vieira será interditado por um período de 20 dias corridos, em função da obra de duplicação no local. Continue a leitura>>.

 

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UFSC Explica: dark web

11/08/2022 15:30

Dark web é o tema do novo episódio da série de vídeos UFSC Explica. Três pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), de diferentes áreas do conhecimento, abordam questões como segurança, anonimato e privacidade on-line em um mundo cada vez mais conectado e no qual os dados dos usuários se tornaram moeda de troca. 

Quais as diferenças entre deep e dark web? O que garante o anonimato dos usuários da dark web? Como acessá-la? Quem e o que podemos encontrar por lá? Essas e outras perguntas são respondidas ao longo do vídeo.

Conheça os entrevistados:

Barbara Idaerla Santos Calderon: é bacharela e mestra em Relações Internacionais pela UFSC, além de estudante da graduação em Sistemas de Informação da mesma instituição. Seu mestrado teve foco em Economia Política Internacional, e sua dissertação incidiu-se sobre a área de intersecção entre as Relações Internacionais e os Sistemas de Informação. Em 2017, publicou o livro Deep e dark web: a internet que você conhece é apenas a ponta iceberg, pela editora Alta Books. Poder, economia política internacional, cibercultura e atuações do Estado e da sociedade na esfera cibernética estão entre seus interesses de pesquisa.

Enrique Muriel-Torrado: professor no Departamento de Ciência da Informação e no Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação da UFSC. É graduado em Biblioteconomía y Documentación e licenciado em Documentación pela Universidad de Extremadura, mestre em Documentación Digital pela Universitat Pompeu Fabra e mestre e doutor em Información Científica pela Universidad de Granada. Sua área de pesquisa abrange temas como direitos autorais, copyright, copyleft, desinformação, sociedade da informação e serviços e ferramentas em unidades de informação.

Jean Everson Martina: professor do Departamento de Informática e Estatística e membro do Laboratório de Segurança em Computação (Labsec) da UFSC. Possui graduação e mestrado em Ciências da Computação pela UFSC e doutorado em Ciências da Computação pela University of Cambridge. Atua principalmente nos seguintes temas: assinaturas digitais, sistemas operacionais embarcados, execução segura de código, proteção de chaves criptográficas, computação forense, formalização de protocolos, verificação formal, modelagem de cerimônias de segurança e projeto de software seguro.

Confira abaixo o vídeo, também disponível no canal da UFSC no Youtube.

Tags: dark webUFSCUFSC ExplicaUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesquisa busca entender processos envolvidos na metástase e no reaparecimento de cânceres

18/07/2022 16:07

Células tumorais que se disseminam para a medula óssea sobrevivem mesmo após o tratamento quimioterápico e podem levar ao reaparecimento da doença. Foto: National Cancer Institute/Unsplash

Em seu novo projeto de pesquisa, o professor do Departamento de Microbiologia, Imunologia e Parasitologia (MIP) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Edroaldo Lummertz da Rocha procura compreender o processo de metástase do câncer de mama para a medula óssea e como se dá seu envolvimento no reaparecimento do tumor mesmo muitos anos após o tratamento com sucesso do tumor primário. O trabalho, que pode colaborar para o desenvolvimento de novas terapias que reduzam a propensão de reaparecimento de tumores, foi um dos dez selecionados na quinta chamada pública de apoio à ciência do Instituto Serrapilheira, uma instituição privada de fomento à ciência.

Definida como a disseminação de células cancerosas para órgãos secundários, a metástase é a principal causa de morbidade e mortalidade relacionada ao câncer. Após a resseção do tumor primário, as células tumorais que se disseminaram para a medula óssea no início da formação do tumor sobrevivem mesmo após o tratamento quimioterápico, levando ao reaparecimento da doença meses ou anos após o tratamento bem-sucedido do tumor primário. “Ao chegar na medula óssea, estas células tumorais do câncer de mama entram em um estado de quiescência, permanecendo em repouso por muitos anos, se escondendo da destruição mediada por células imunológicas, e também sendo resistentes ao tratamento quimioterápico. Porém, por fatores ainda pouco compreendidos, estas células tumorais em repouso são reativadas anos depois, levando ao surgimento de metástases ósseas, que podem também se espalhar para múltiplos órgãos”, explica Edroaldo.

Ainda não está claro, no entanto, como essas células tumorais metastáticas se adaptam e sobrevivem na medula óssea durante os estágios iniciais do desenvolvimento do tumor, adquirem quimiorresistência durante o tratamento adjuvante e são reativadas para gerar metástase óssea, e possivelmente para outros órgãos. O estudo de Edroaldo pode ajudar a compreender os detalhes celulares e moleculares desses processos – o que é fundamental para encontrar possibilidades terapêuticas.
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Tags: câncerDepartamento de Microbiologia Imunologia e ParasitologiaLabcancerUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Equipes de competição desenvolvem energia para mobilidade

15/07/2022 12:08

 

Leia a reportagem especial completa em multimídia

 

Imagem: UFSC Baja

Quando se fala em desenvolvimento tecnológico, também se fala em energia. Isto porque é ela que sustenta essas tecnologias. Porém, o que vemos é um cenário em que os recursos energéticos tradicionais estão se esgotando e causam dano ambiental severo.

Este talvez seja até um ponto da discussão já incorporado ao senso comum: dependemos de energia, mas exaurimos o planeta para gerá-la. Aí vêm as fontes alternativas, renováveis e menos poluentes que apresentam novidades, mas enfrentam resistência para se popularizar. Falta infraestrutura para suportá-las, ou pouco as pessoas sabem a respeito.

As equipes de competição ligadas aos centros de tecnologia dos campi de Florianópolis e Joinville projetam, manufaturam e concorrem com seu produto em eventos de inovação tecnológica. Multidisciplinares, são formadas por alunos de diferentes cursos e centros.

Na UFSC, algumas são ligadas à matriz energética alternativa: Babitonga e Vento Sul com barcos solares, e Eficem e Ampera Racing com veículos elétricos. Outras equipes, como a UFSC Baja, que tem carros a combustão, começam a buscar alternativas.

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Tags: barco solarcarro de corridacarro elétricoCombustãoenergiaenergia limpaEnergia Renovávelequipes de competição

Perda dentária não pode ser desvinculada das opressões estruturais, aponta estudo de professor da UFSC

12/07/2022 09:00

Um estudo realizado com três diferentes bases de dados e a partir de informações de 107.935 pessoas concluiu que as intersecções do sexismo estrutural com o racismo estrutural e a desigualdade de renda aumentam as chances de perda dentária total em idosos com 65 anos ou mais dos Estados Unidos da América (EUA). A investigação utiliza a teoria ecossocial sobre a distribuição de saúde e doença nas populações humanas para demonstrar como o corpo manifesta questões associadas à vida, às características identitárias e ao trabalho, por exemplo.

A pesquisa foi liderada pelo professor João Luiz Dornelles Bastos, do Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva, e lança um olhar para a perda dentária – tecnicamente denominada de edentulismo – a partir das características dos indivíduos e dos estados onde eles vivem. Helena M. Constante, Helena S. Schuch e Dandara G. Haag, junto com a professora Lisa M. Jamieson, são co-autoras do trabalho, publicado no Journal of Public Health Dentistry.

As análises foram baseadas em três fontes de dados: o questionário da Behavioral Risk Factor Surveillance System – sistema de pesquisas telefônicas relacionadas à saúde nos Estados Unidos, além de um estudo que estimou os níveis de racismo e sexismo estrutural e desigualdade de renda para cada estado norte-americano e do censo demográfico do país.

As iniquidades raciais no edentulismo e as estimativas de racismo e sexismo estrutural e de desigualdade de renda foram plotadas em mapas que destacam, em cores, onde esses problemas são mais preocupantes. Os indicadores gerais confirmam uma hipótese de que a perda dentária total é condicionada por questões estruturais: nos estados com altos níveis de racismo, sexismo e desigualdade de renda, os respondentes negros são mais afetados pela perda dentária total do que os brancos.

Clique para ampliar (Fonte: autores)

Segundo o professor, o estudo é o primeiro a demonstrar empiricamente o fato. “Se você reside num estado norte-americano em que os níveis de racismo, sexismo e desigualdade de renda são elevados, a chance de você ter perda dentária completa é mais elevada, especialmente se você for negro. Supomos que esses estados têm serviços de saúde menos acessíveis e apresentam maiores níveis de segregação, forçando a população negra a ter condições de trabalho e de moradia precárias”, contextualiza. “A restrição no acesso aos serviços de saúde bucal e as piores condições de vida e trabalho são causas importantes da perda dentária”, explica.

Os níveis de racismo e sexismo estrutural e desigualdade de renda foram extraídos de um estudo sobre os impactos dos sistemas de opressão na saúde, liderado pela socióloga Patricia Homan, do Programa de Saúde Pública da Universidade da Flórida. O racismo estrutural, por exemplo, foi reconhecido a partir de nove indicadores de desigualdade racial em cinco diferentes domínios da vida: judicial, educacional, político, econômico e habitacional.

Conforme os pesquisadores, os resultados do trabalho dão credibilidade à hipótese de que as iniquidades raciais em saúde bucal não podem ser desvinculadas de forças sociais que alocam poder e recursos de forma injusta e diferenciada entre os grupos populacionais. “A distribuição desigual dessas causas fundamentais das iniquidades em saúde não é alcançada apenas ao longo de linhas raciais, mas também com e através de linhas de gênero e classe, como as estudiosas da interseccionalidade têm argumentado há muito tempo”, observam, no texto.

Causas diversas

Professor investiga perda dentária a partir da abordagem da teoria ecossocial

Bastos explica que a perda dentária total pode ter diversas causas, desde a doença periodontal, de natureza inflamatória, considerada um problema frequente entre idosos, até a extração dos dentes em razão da cárie dentária, doença provocada por bactérias presentes na boca.

Mas, segundo o pesquisador, há outros fatores a serem considerados. Ele cita como causas intermediárias o acesso restrito a serviços de saúde bucal de qualidade. “O que acontece quando um profissional lhe atende poucas vezes? Ele não consegue tomar medidas para prevenir a perda dentária. Não consegue restaurar, não consegue tratar aquela doença periodontal que está amolecendo já o dente”.

Além disso, ele lembra que muitas vezes o paciente só tem acesso a um serviço mutilador, em que a abordagem do profissional pode ser, ao invés de conservar o dente, extrai-lo. “Essa é uma prática ainda disseminada: um tratamento mutilador que é oferecido para as pessoas, principalmente os segmentos mais excluídos da população”.

O estudo, por outro lado, aborda o que seriam as chamadas ‘causas distais’ do problema: aquelas que estão na estrutura, na base da perda dental entre os idosos. “O artigo trata das causas das causas. Nos estados em que os altos níveis de sexismo estrutural se combinam com altos níveis de racismo estrutural ou desigualdade de renda, a chance de perda dentária é mais elevada”, disse. Nos mapas plotados no estudo, é possível perceber que os níveis mais altos de racismo estrutural, sexismo estrutural e desigualdade de renda estão concentrados regionalmente, com alguma predominância no sul.

Estados como Minnesota e West Virginia apresentaram frequências ligeiramente mais altas de edentulismo entre brancos do que negros. Já no Havaí, por exemplo, a prevalência de edentulismo foi de 58,8% entre negros e 6,7% para brancos, correspondendo a uma diferença de 8,2 vezes – a maior do país. “Vale a pena mencionar que a magnitude da iniquidade racial no edentulismo foi maior nas regiões Sul, Centro-Oeste e Meio-Atlântico, onde níveis mais elevados de sexismo estrutural e desigualdade de renda foram observados. As regiões Oeste e Noroeste também foram marcadas por altos níveis de racismo estrutural e de iniquidade racial na perda dentária”, pontuam, no artigo, os pesquisadores.

Brasil está no horizonte das investigações

Segundo o professor, a pesquisa foi realizada com dados norte-americanos por conta da disponibilidade de informações. “Em outros países, é preciso que pesquisadores se dediquem a esse tópico para estabelecerem os critérios da pesquisa”. Para o Brasil, por exemplo, ele lembra da dificuldade de acesso a determinados indicadores, como os de distribuição racial no sistema prisional, que poderiam contribuir com a definição dos níveis de racismo. Outra questão são os investimentos escassos em pesquisa. “Mesmo assim, temos muita gente mobilizada para fazer esses trabalhos, incluindo, por exemplo, os membros do Grupo Temático de Racismo e Saúde da Associação Brasileira de Saúde Coletiva”, comenta.

Bastos se refere à abordagem ecossocial, que trata do conceito de incorporação ao considerar que o corpo é retrato do meio em que vive. “O ponto é que a gente incorpora na nossa biologia, no nosso corpo humano, todo o ambiente em que a gente vive e todas as nossas experiências”, diz. “Por isso, é preciso levar em consideração processos mais amplos, como o racismo estrutural, o sexismo estrutural e a desigualdade de renda, incluindo seus impactos sobre a saúde”.

Demonstrar empiricamente isso é uma forma de considerar o que se chama de interseccionalidade – sistemas de opressão que operam em conjunto e se co-constituem. “A desigualdade racial na perda dentária foi modulada pelos níveis de sexismo. O racismo é o principal processo, mas ele não opera isoladamente, age em conjunto com outros sistemas de opressão”. O professor, que investiga a temática racial desde o início da carreira, agora trabalha na síntese de dados de toda a população estadunidense, não só dos idosos, foco do artigo.

Amanda Miranda, jornalista da Agecom/UFSC

Tags: edentulismoJournal of Public Health Dentistryperda dentáriaPrograma de Pós Graduação em Saúde Coletiva

UFSC e Epagri pesquisam macroalgas utilizadas na produção de biofertilizante

11/07/2022 17:25

Estudo foi desenvolvido com macroalga Kappaphycus alvarezii, no município de Palhoça. Crédito: Epagri/Divulgação

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri) realizaram pesquisas com macroalgas utilizadas na produção de biofertilizante – agente que não contém substâncias agrotóxicas e é capaz de atuar no cultivo de plantas, elevando sua produtividade. O estudo foi implementado em Palhoça, município da Grande Florianópolis líder na maricultura, com a espécie Kappaphycus alvarezii, que depois de processada se transforma em biofertilizante.

O trabalho começou em 2008 e aponta que o Estado tem capacidade de produzir a macroalga no litoral, sem risco ao meio ambiente e agregando valor à cadeia produtiva da maricultura. Na parceria, a UFSC desenvolve metodologias de cultivo da Kappaphycus alvarezii, estuda a cadeia produtiva do ponto de vista socioeconômico e ambiental, além de viabilizar os cultivos em tanques para manter as linhagens no inverno e participar das negociações de licenças para o início da atividade comercial em Santa Catarina. Em abril deste ano, os maricultores de Palhoça receberam autorização dos órgãos ambientais para iniciar a produção comercial do vegetal.

Essa espécie de macroalga pesquisada é uma das mais comercializadas no mundo e atende a diversos mercados, desde a indústria alimentícia, farmacêutica, cosmética, até o agronegócio. É conhecida como matéria-prima para a fabricação de carragenana, um coloide muito utilizado como espessante e estabilizante na indústria alimentícia. Em termos ambientais, o cultivo de macroalgas pode auxiliar a minimizar a eutrofização e as ocorrências das marés-vermelhas, uma vez que – assim como as microalgas – as macroalgas competem pelos nutrientes dissolvidos na água e os utilizam para seu próprio crescimento.

Posicionamento do biofertilizante no mercado

Alex Alves dos Santos, pesquisador da Epagri, explica que os estudos seguem para detalhar a composição do biofertilizante em cada estação do ano, já que a alga se desenvolve de maneira distinta em diferentes temperaturas de água. Serão analisadas os macro e micronutrientes presentes em amostras do vegetal colhidas no verão, inverno, outono e primavera. Com o resultado desta avaliação, os pesquisadores poderão definir as propriedades específicas do biofertilizante, o que vai permitir posicionar o produto no mercado. “É uma cadeia produtiva nova, que está começando a ser implantada, então, são muitos os desafios, sendo que o principal é o posicionamento do produto no agronegócio nacional”, relata Alex.
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Tags: biofertilizanteMacroalgaUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Egresso da UFSC desenvolve cadeira de rodas para cães com barras flexíveis e baixo custo

11/07/2022 14:00

Apesar de não ter qualquer tipo de deficiência, Teresa Cristina, a Tetê, foi uma das primeiras a testar a cadeirinha. Foto: Rafaella Whitaker/Agecom/UFSC

Uma cadeira de rodas para cachorros de baixo custo, com tamanho e cores personalizáveis, design inspirado em carros esportivos e hastes flexíveis que permitem a movimentação lateral do animal, enquanto mantém sua coluna estável. Tudo fabricado por impressão 3D. Essa é a Petwheels, desenvolvida pelo designer de produto Artur Donadel Balthazar como parte de seu projeto de conclusão de curso na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), sob orientação de Regiane Trevisan Pupo, professora do Departamento de Expressão Gráfica e coordenadora do Pronto 3D – o Laboratório de Prototipagem e Novas Tecnologias Orientadas ao 3D. 

O invento, que teve sua patente depositada junto ao Instituto Nacional da Propriedade Intelectual (Inpi) em fevereiro deste ano, encontra-se em fase de testes, mas já é possível destacar uma série de diferenciais em relação às cadeiras de rodas disponíveis atualmente no mercado. O principal deles são suas barras laterais: ao mesmo tempo em que garantem a estabilização da coluna, elas são maleáveis e permitem que o animal mexa seu tórax para os lados, um movimento natural dos cachorros, impedido pelas cadeiras de rodas comuns.

“Isso é um diferencial que nenhuma outra cadeirinha apresenta, e que eu percebi durante a etapa de observação. A questão do cachorrinho é muito difícil, porque tu não tens um ser humano com quem tu podes conversar e perguntar o que está sentindo. O cachorrinho, tu tens que observar e tentar te colocar no lugar dele. Durante a pandemia, eu fiquei bem limitado em termos de poder visitar locais, então observei muito pela internet e tentava sempre entender o que o cachorrinho estava sentindo ali. Uma coisa que eu percebi bastante forte é justamente essa questão da imobilidade dele. Uma vez que ele está com a cadeirinha, ele fica imóvel. Parece que ele não consegue se mexer para lugar nenhum. Ele está ali tendo que fazer aquele movimento travado”, relata Artur. 
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Estudo da UFSC avalia impactos negativos provocados por amendoeiras sobre vegetação de restinga

11/07/2022 09:44

Amendoeira na Praia da Daniela

Em recente estudo realizado em áreas de restinga no sul do Brasil, pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina mostraram que a árvore invasora Terminalia catappa – a amendoeira –  pode alterar as condições do ambiente de tal forma que algumas plantas nativas deixam de ocorrer onde ela está presente, o que também altera associações entre plantas nativas. À medida que o tempo passa e que mais árvores de amendoeira crescem e ficam com as copas mais amplas, a tendência é que a vegetação nativa da restinga, dominada por plantas de baixo porte e que precisam de luz, seja substituída por árvores e trepadeiras que toleram sombra.

O artigo, intitulado Efeitos diretos e indiretos de uma árvore exótica invasora em comunidades vegetais costeiras, foi liderado por Brisa Marciniak de Souza, Leonardo Leite Ferraz de Campos e Lucas Peixoto Machado, pós graduandos do Programa de pós-graduação em Ecologia. O trabalho foi desenvolvido em uma parceria entre o Laboratório de Ecologia de Invasões Biológicas, Manejo e Conservação (Leimac) e o Group for Interdisciplinary Environmental Studies, ambos da UFSC.

Segundo o estudo, a completa mudança na alteração da vegetação pode comprometer a resiliência desses ecossistemas e o papel que exerce frente a eventos climáticos extremos. A vegetação rasteira existente nas dunas que ficam próximas à praia são uma barreira de proteção importante, responsáveis por proteger casas e outras estruturas existentes em regiões costeiras. “Se essas plantas rasteiras são substituídas por árvores invasoras e outras plantas de maior porte, podemos estar perdendo justamente a vegetação que garante proteção contra erosão no caso de ressacas e marés altas atípicas, eventos que têm sido caso vez mais frequentes”, explica a professora Michele de Sá Dechoum, uma das autoras do estudo.

Com muitos nomes populares no Brasil, que variam entre amendoeira, castanheira, chapéu-de-sol, sete-copas, dentre outros, a Terminalia cattapa é uma árvore nativa da região costeiras na Malásia. Registros históricos contam que a espécie foi introduzida acidentalmente no Brasil, mas, posteriormente, novas introduções intencionais ocorreram para uso da árvore para sombra e para uso ornamental. Atualmente a espécie invade áreas de restinga, manguezal e outros ecossistemas costeiros ao longo de toda a costa brasileira.

No estudo, os pesquisadores compararam áreas sob a copa de indivíduos adultos de amendoeira com áreas onde a amendoeira não está presente. Tanto as plantas nativas quanto condições ambientais locais foram avaliadas em cada uma das áreas. O estudo foi realizado em uma área de restinga localizada na Estação Ecológica de Carijós, unidade de conservação localizada na porção noroeste de Florianópolis.

“A situação é bastante preocupante, considerando um estudo preliminar realizado pelo Leimac que mostrou que a amendoeira vai ser beneficiada com o aumento de temperatura, o que levará à intensificação dos efeitos da invasão biológica a longo prazo”, contextualiza a professora. Neste sentido, ações de eliminação de indivíduos da espécie são necessárias, especialmente em áreas destinadas à conservação. Destaca-se ainda a necessidade de informação pública sobre a problemática e a recomendação de substituição dessas árvores por plantas nativas da região.

Tags: Group for Interdisciplinary Environmental StudiesLaboratório de Ecologia de Invasões BiológicasLeimacPrograma de Pós-Graduação em Ecologia

Florestas em regeneração contribuem para diversidade de espécies e biomas nas Américas, indica estudo

01/07/2022 16:00

Foram analisadas 1.215 florestas em processo de regeneração do Oeste do México ao Sul do Brasil. Foto: Mário Espírito Santo

Um estudo publicado na revista científica Science Advances nesta sexta-feira, 1º de julho, mostra que as florestas em processo de regeneração em áreas agrícolas abandonadas não são todas iguais e podem ajudar a restaurar e conservar as distintas regiões ecológicas (biomas) das Américas. Um grupo de pesquisadores analisou 1.215 áreas em florestas em processo de regeneração do Oeste do México ao Sul do Brasil. Eles encontraram uma grande variação nas espécies de árvores entre regiões, resultado combinado da história evolutiva do continente e de condições ambientais atuais.

O estudo da rede internacional 2ndFOR, que envolve mais de 100 pesquisadores de 18 países, descobriu que a composição de espécies de florestas jovens em regeneração é muito variável em todo o continente, formando 14 regiões florísticas distintas. Segundo os cientistas, isso é surpreendente, pois até então se pensava que essas florestas jovens seriam dominadas pelo mesmo pequeno conjunto de espécies pioneiras generalistas.

A professora do Departamento de Fitotecnia do Centro de Ciências Agrárias (CCA) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Catarina Jakovac, autora principal do estudo, explica que “espécies pioneiras típicas de florestas jovens são geralmente abundantes e dispersas por animais generalistas, então pensamos que a maioria delas estaria presente em várias regiões como as espécies Trema micrantha e Guazuma ulmifolia”. No entanto, o estudo mostrou que essa ampla distribuição não é a regra nessas florestas em regeneração, e que 80% das 2.164 espécies analisadas estavam presentes em apenas uma região florística. Isso significa que diferentes grupos de espécies prosperam em cada região, e, portanto, a regeneração de florestas pode ajudar a conservar a diversidade de biomas nas Américas.
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Tags: Centro de Ciências Agrárias (CCA)Departamento de FitotecniaRevista ScienceUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Aditivos alimentares têm risco potencial à saúde das crianças

14/06/2022 10:00

Em recente estudo publicado na Revista de Saúde Pública acerca do consumo de aditivos alimentares na infância (Aditivos alimentares na infância: uma revisão sobre consumo e consequências à saúde), é apontado que os aditivos comumente usados não costumam ser avaliados em conjunto, ou seja, cada pesquisa examina um tipo de aditivo separadamente. Logo, com as evidências científicas disponíveis, ainda não existe conhecimento sobre os efeitos à saúde, decorrentes do consumo diário de alimentos que tenham dois ou mais aditivos diferentes que interagem entre si e com os outros componentes do alimento industrializado.

Apesar disso, é com base nos poucos estudos existentes que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), agência reguladora ligada ao Ministério da Saúde, que atua com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), decide quais aditivos podem ser usados nos alimentos e qual quantidade é segura para consumo humano.

Estes aditivos alimentares são substâncias químicas adicionadas nos alimentos para fins tecnológicos, isto é, conservar, colorir ou intensificar a cor, melhorar textura, intensificar o sabor, controlar acidez, entre outras funções. Logo, os aditivos não conferem aos alimentos qualquer atribuição nutricional. No Brasil, há 23 classes de aditivos permitidas e, portanto, 23 funções diferentes que estas substâncias podem desempenhar nos alimentos. Todos eles são devidamente aprovados pela Anvisa.

Por trabalhar com dados científicos para produzir suas recomendações, a falta de evidência neste assunto dificulta a tarefa da Anvisa de estabelecer regras e instruções sobre o uso de aditivos em alimentos industrializados. No momento, os valores considerados seguros para o consumo humano são determinados pela quantidade de aditivo em relação ao peso corporal. Considerando que as crianças apresentam peso corporal proporcionalmente menor do que os adultos, a toxicidade dos aditivos pode ser maior nessa faixa etária.

“As crianças estão consumindo aditivo, desde o primeiro dia de vida delas”, relata a nutricionista Mariana Kraemer, autora do estudo, atuante no Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com bolsa da Capes.

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