Pós em Biologia de Fungos, Algas e Plantas abre seleção para o doutorado

12/07/2023 08:49

O Programa de Pós–Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas da UFSC está com processo seletivo aberto para o nível de doutorado. As inscrições vão até 3 de setembroConfira o edital.

Para inscrição no processo de seleção, os candidatos devem anexar os documentos necessários diretamente no sistema de inscrição online. São ofertadas 12 vagas, seis delas reservadas para ações afirmativas: três para pessoas negras; duas para pessoas em vulnerabilidade socioeconômica (baixa renda); e uma para pessoas indígenas, quilombolas, travestis, transexuais, pessoas com deficiência (PCD), professores da rede pública de Ensino Básico, refugiados ou portadores de visto humanitário.

As inscrições são gratuitas e o resultado final da seleção será divulgado no dia 28 de setembro. A matrícula poderá ser realizada durante o prazo de vigência do Edital

O Programa de Pós–Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas dedica-se ao estudo de diferentes aspectos da biodiversidade dos mais variados ecossistemas, com foco em duas linhas de pesquisa: Sistemática e Biologia Estrutural e Fisiologia e Ecologia. Localizados em Florianópolis, seus laboratórios são próximos de ambientes como os campos de altitude, restingas, Mata Atlântica, lagoas e estuários, manguezais e costões rochosos – o que facilita o acompanhamento sistemático de diferentes aspectos da biodiversidade em ambientes que sofrem constantes alterações decorrentes de questões globais e locais e da ação humana.

Mais informações na página do programa de pós ou pelo e-mail ppgfap@contato.ufsc.br.

 

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Departamento de Botânica promove III Feira de Fungos e Cogumelos em Florianópolis

01/06/2023 19:19

A III Feira de Fungos e Cogumelos acontece na próxima segunda-feira, 5 de junho, das 13h30 até as 17h, no hall do auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no Campus de Florianópolis da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). A feira é promovida semestralmente como parte da disciplina de Micologia. Os protagonistas dos trabalhos apresentados são estudantes que estão cursando a disciplina naquele semestre. O evento é aberto a toda comunidade e não é necessário realizar inscrição para participar.

A feira expõe trabalhos individuais desenvolvidos ao longo do semestre. O objetivo é mostrar aspectos dos fungos de forma variada e lúdica, fazendo uma explanação do tema escolhido adaptado à quem visitar o evento. Nesse exercício, os estudantes precisam pensar no público diverso que pode passar pela feira e adaptar a linguagem, de forma sempre cientificamente correta, para apresentar o tema para qualquer pessoa que tenha curiosidade para saber mais sobre o Reino Fungi.

A Feira de Fungos e Cogumelos está aberta à visitação de turmas de escolas e para que professores que tenham interesse no tema, para que possam usar o assunto em sala de aula.

Mais informações na página do laboratório e no Instagram.

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Nem bicho, nem planta: o que nos ensina o conhecimento dos fungos

03/11/2022 10:01

Projeto da UFSC busca catalogar a primeira lista de fungos ameaçados de extinção do Brasil

 

Elisandro Ricardo Drechsler-Santos: “a funga da serra catarinense, inclusive do Parque Nacional de São Joaquim, tem várias espécies novas, endêmicas e algumas estão ameaçadas de extinção”. Foto: Camila Collato

 

Uma bela xícara de café acompanhada de um pãozinho fresco, queijos e, em seguida, um suco de frutas é capaz de tornar qualquer hora do dia gloriosa, concorda? Agradeça aos fungos por isso e muito mais: os fungos estão presentes em quase toda a produção de alimentos. São responsáveis pelo avanço da medicina para tratar doenças físicas e mentais. Sequestram naturalmente e liberam o carbono, além de favorecer distintos processamentos industriais. E há uma série de usos diários dos fungos ainda pobremente conhecidos.

Muitos acreditam equivocadamente que são plantas, mas também não são animais – os fungos são organismos com a sua forma própria de vida. A comunidade de animais de um determinado local é tratada como Fauna, a de plantas, como Flora. E existe ainda uma terceira classificação: a dos fungos, conhecida como Funga. Assim, Fauna, Flora e Funga formam os três grandes grupos de organismos eucariontes da natureza. Apesar de sua importância reconhecida para a manutenção dos ecossistemas, da biodiversidade, e até mesmo para a indústria farmacêutica, essa categoria de seres vivos é pouco explorada pela ciência. Nesse sentido, o objetivo do pesquisador da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos é criar um sistema de dados para catalogar, identificar e popularizar o conhecimento acerca da Funga.

Apenas 7% dos fungos são conhecidos pela ciência. Acredita-se que existam cerca de 1 a 5 milhões de espécies, no entanto, apenas 150 mil são catalogadas. Estudar e entender a Funga de um local é importante para a conservação não apenas das espécies de fungos, mas de todo o ecossistema. Essa é a missão do projeto MIND. Funga, coordenado pelo professor Ricardo. “A gente tem no Brasil aproximadamente 50 espécies que já foram avaliadas e a maioria delas são espécies ameaçadas de extinção. No entanto, não existe uma política ainda de reconhecimento disso”, explica o pesquisador. 

A ameaça de extinção

É comum ouvir-se falar sobre plantas e animais em ameaça de extinção. No entanto, pouco se conscientiza sobre o risco das espécies de fungos em perigo. Um dos objetivos do MIND. Funga é catalogar essas espécies na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN). 

O pesquisador é claro: os fungos são essenciais para a estabilidade climática (dado seu papel no sequestro de carbono no solo) e para preservar a saúde ecossistêmica. No entanto, os fungos têm sido negligenciados em políticas ambientais e de conservação. Um descuido com inúmeras consequências, afirma o cientista. “Quando os fungos são colocados em risco, colocam-se em risco os ecossistemas que dependem deles. Com isso, perdemos a chance de realizar avanços, encontrar soluções para problemas ambientais graves, como mudanças climáticas e degradação da terra”, afirma.

E complementa o raciocínio observando que não existe ainda uma lista vermelha nacional de fungos, ou seja, os fungos não são reconhecidos no nosso território. O pesquisador busca estudar a distribuição das espécies para aplicar os critérios da IUCN e classificá-las em níveis de ameaça. Além disso, com engajamento com outros micólogos e liquenólogos, em breve haverá uma proposta ao Ministério do Meio Ambiente (MMA), para que essas espécies sejam oficializadas também em uma lista no âmbito nacional.

Esse processo de reconhecimento e inclusão das espécies ameaçadas de extinção na lista de alerta vermelho é importante, pois auxilia e chama atenção para criação de políticas públicas que visem à conservação da Funga e, por consequência, da biodiversidade. Como os fungos não são reconhecidos no território brasileiro, Elisandro acredita que seja necessário fazer uma ponte entre pesquisadores e governo, para que seja feito um trabalho em conjunto em prol da manutenção dessas espécies.

Por que os fungos devem ser conservados?

Os fungos são seres fundamentais para o funcionamento dos ecossistemas, pois junto com as bactérias heterotróficas são decompositores da matéria orgânica. Eles atuam como agentes recicladores da matéria, visto que ao fazerem o processo de decomposição devolvem os nutrientes para o solo e o gás carbônico para a atmosfera. Estes componentes serão reaproveitados pelas plantas, que eventualmente servirão de alimento para os animais herbívoros, reiniciando assim o ciclo da natureza. Os fungos podem ser descritos como o “elo” entre seres vivos e componentes não vivos do meio ambiente.

Outro motivo para que os fungos sejam conservados são os seus esporos. Elisandro explica que os esporos dos fungos são micropartículas liberadas no ar que auxiliam a formar as gotas de chuva. O pesquisador diz que “uma floresta preservada não só transpira umidade para formar nuvens, como também as partículas que estão no ambiente agregam essa umidade em forma de gota e fazem com que caia a chuva”. 

Além de sua importância para o equilíbrio ambiental, os fungos também podem ser explorados de maneira consciente pelos mais variados setores da indústria. Muitos alimentos, produtos e medicamentos utilizados no dia a dia dependem desses seres. Um exemplo clássico é a Penicilina, antibiótico descoberto a partir de fungos do gênero Penicillium.

Taxonomia

A ciência de reconhecer e descrever espécies novas é chamada de taxonomia, uma ciência básica que fornece elementos essenciais para outras ciências posteriormente, que são as ciências aplicadas. “Mais do que nunca o cientista no mundo é reconhecido, e em nosso país existe atualmente essa urgência de a sociedade reconhecer as universidades. Porque é dentro das universidades, principalmente as públicas e federais, que acontece a pesquisa”, enfatiza Elisandro. 

Para o pesquisador, quando descrevemos uma nova espécie de fungo, estamos mostrando para a sociedade em geral que existe uma caixinha de surpresas biotecnológicas, surpresas medicinais e surpresas na alimentação que podem ser explorados pela ciência aplicada, e podem retornar para a população não só como produtos importantes para a sociedade, mas também do ponto de vista econômico-financeiro.

O aplicativo de identificação

Complementar à pesquisa de Elisandro, em fase de testes, está a criação de um aplicativo para smartphones que permite, através da captura de imagens, reconhecer as espécies de fungos. Para isso, foram reunidos especialistas em identificação de fungos e inteligência artificial da UFSC dedicados ao desenvolvimento de um sistema moderno de reconhecimento de macrofungos a partir de um banco de imagens e informações.

Esse aplicativo faz parte do programa Ciência Cidadã MIND. Funga, ou seja, conta com a participação de voluntários para auxiliar no registro das imagens que irão compor o banco de dados. Em uma primeira etapa, cidadãos residentes próximos à região das Matas Nebulares de Santa Catarina utilizaram outro aplicativo desenvolvido por uma das pesquisas do grupo para fotografar os fungos em seu ambiente natural e registrar dados como localização, substrato, data da imagem etc. Esses dados estão sendo utilizados inicialmente em um projeto piloto, como base para mapeamento e monitoramento dessas espécies de fungos, bem como para compor o banco de dados do aplicativo de reconhecimento de espécies.

Elisandro comenta que esse banco já conta com informações de mais de 500 espécies de fungos. “Eu estou falando de aproximadamente 20 mil imagens de fungos. Essa base de dados é utilizada para treinar uma rede neural convolucional (Convolutional Neural Network / CNN).  Essa rede neural, ela aprende sozinha com os padrões que encontra nas imagens. É isso que a gente chama de Inteligência Artificial”, diz o pesquisador. Essa parte da IA é desenvolvida em parceria com equipe do Prof. Aldo von Wangenheim do Research institute on Digital Convergence – INCoD, também da UFSC. 

O aplicativo chamado de MIND.Funga app servirá tanto para professores da rede básica e superior em práticas pedagógicas quanto para especialistas contribuírem para popularizar a diversidade das espécies de fungos. 

“Eu tenho um compromisso com a ciência, mas ao mesmo tempo eu tenho um compromisso com a sociedade. E isso me faz querer mostrar para as pessoas o que nosso grupo descobre. Por isso nós estamos desenvolvendo esse aplicativo, para popularizar o conhecimento”, conta o biólogo. O aplicativo está em desenvolvimento e logo uma versão preliminar deverá estar disponível para testes.

Em geral, os estudos para acessar a diversidade e conhecer as espécies costumam ser mais acessíveis, do ponto de vista financeiro. Para o andamento deste projeto específico, os recursos foram disponibilizados pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc). Com isso, o pesquisador foi capaz de ir além do objetivo previsto inicialmente. “Eu consigo dar bolsa, eu consigo ir para campo, eu consigo fazer biologia molecular, eu consigo produzir livros” comenta Elisandro.

O pesquisador:

Elisandro Ricardo Drechsler dos Santos, de 43 anos de idade, é Professor Associado do Departamento de Botânica da UFSC, atuando como orientador no Mestrado Profissional PROFBio-UFSC e Mestrado e Doutorado no PPG em Biologia de Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) da UFSC. Pesquisador do CNPq, especialista membro do grupo “IUCN SSC Mushroom, Bracket, and Puffball Specialist Group” e coordenador do grupo de pesquisa MIND.Funga (mindfunga.ufsc.br). 

Entre em contato com o pesquisador

Prof. Elisandro Ricardo Drechsler-Santos
Laboratório de Micologia (MICOLAB)
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
Centro de Ciências Biológicas (CCB)
Departamento. de Botânica
Telefone: +55 (48) 37212889
Celular: +55 (48) 996268188
E-mail: drechslersantos@yahoo.com.br
Florianópolis – 88040970 – Brasil

 

 

Maria Magnabosco / Estagiária de jornalismo / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC
Rafaela Souza / Estagiária de design / Núcleo de Apoio à Divulgação Científica / UFSC


Edição
Denise Becker / Núcleo de Apoio à  Divulgação Científica / UFSC

Tags: CCBCentro de Ciências Biológicas (CCB)Elisandro Ricardo Drechsler dos SantosFungosMind.FungaNADCUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Feira de micologia apresenta a ciência dos fungos

19/07/2022 14:29

O Laboratório de Micologia (Micolab) da Universidade Federal de Santa Cataria (UFSC) promove a I Feira de Micologia, no dia 1º de agosto, segunda-feira, das 13h30 às 17h30, no auditório do Centro de Ciências Biológicas (CCB), no bairro Córrego Grande.

A atividade é gratuita, aberta a escolas, famílias e interessados em natureza, jogos e educação. A proposta é apresentar de forma lúdica a ciência dos fungos.

A feira é composta de materiais elaborados por estudantes da disciplina de Micologia, sob monitoria da professora Maria Alice Neves, com a curadoria de especialistas em fungos. Os materiais são adaptados para todas as idades e podem ser utilizados em aulas sobre fungos e para despertar o interesse na natureza, nas relações entre organismos e na história natural.

Serviço

O que: I Feira de Micologia
Quando: Dia 1º de agosto de 2022, das 13h30 às 17h30
Onde: Auditório do CCB, UFSC, próximo à prefeitura do campus Trindade, na entrada do Córrego Grande.

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Grupo MIND.Funga distribui livros infantis a escolas de Urubici

22/11/2021 14:59

Cerca de 500 cópias foram entregues a alunos das redes pública e privada de ensino. Foto: divulgação/MIND.Funga/UFSC

Integrantes do grupo de pesquisa MIND.Funga, ligado ao Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), entregaram na última sexta-feira, 19 de novembro, cerca de 500 cópias de um livro infantil produzido pelo grupo a alunos de escolas públicas e particulares de Urubici, na Serra Catarinense. Proposta como um complemento de diversos projetos de pesquisa sobre monitoramento da diversidade de fungos no Parque Nacional de São Joaquim, a obra A descoberta nas pequenas coisas faz parte do projeto MIND.Funga Ciência Cidadã: a literatura infantil encontra a taxonomia de fungos nas escolas.

O encontro com os estudantes se dá após dois anos do primeiro contato com as escolas do município. O projeto teve início com um convite a professores de instituições próximas ao parque, em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), que administra a área. Nessa saída de campo, os professores puderam acompanhar, aprender e participar dos passos realizados nas pesquisas sobre o monitoramento da diversidade dos fungos da área de preservação.

Ao mesmo tempo, foi sugerido que os docentes levassem para as salas de aula um material paradidático que conta, de forma divertida e curiosa, a descoberta de uma nova espécie de fungo por uma menina. Com esse material, eles poderiam trabalhar habilidades do currículo do ensino fundamental como biodiversidade, organização da vida e nomenclatura científica. 
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Pesquisadores identificam fungos ameaçados e alertam para a necessidade de políticas de conservação

09/11/2021 15:10

Um fungo que transforma insetos em zumbis no Vale do Itajaí e um líquen que só é encontrado entre as dunas de uma praia de Imbituba são algumas das, pelo menos, 21 novas espécies de fungos e liquens brasileiros que serão incluídas na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), um dos principais inventários do mundo sobre estado de conservação de animais, fungos e plantas. A ação é resultado de um workshop organizado pelo grupo de pesquisa Mind.Funga, ligado ao Laboratório de Micologia (Micolab) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em parceria com a Comissão para a Sobrevivência de Espécies de Fungos da IUCN. Os encontros realizados ao longo de setembro e outubro reuniram, além das equipes do Mind.Funga e do Micolab, 18 pesquisadores de nove estados das cinco regiões do país. Até o fim do ano, o grupo segue em processo de avaliação para outras 30 propostas de inclusão de espécies na Lista Vermelha.

Rickiella edulis é uma espécie saprotrófica (absorve nutrientes de matéria orgânica em decomposição) que ocorre na Mata Atlântica, na Argentina e no Paraguai. É considerada em perigo pelos critérios da IUCN. Foto: Gerardo Robledo

O primeiro workshop brasileiro de avaliação de espécies de fungos para a Lista Vermelha Global da IUCN, além da formação de recursos humanos para a classificação das espécies nas categorias de ameaça e a aplicação dos critérios da IUCN, teve o intuito de engajar os pesquisadores no tema da conservação. As primeiras reuniões visaram à capacitação dos participantes na elaboração da documentação necessária. Posteriormente, as propostas elaboradas pelo grupo foram analisadas por dois avaliadores credenciados da IUCN: o cientista-chefe do Jardim Botânico de Chicago, Gregory M. Mueller, e a professora da Eastern Washington University Jessica Allen.

As 21 espécies já avaliadas são distribuídas em dois filos (Ascomycota e Basidiomycota) e oito ordens, e a maior parte está ameaçada de extinção em algum grau. São quatro criticamente em perigo (risco extremamente elevado de extinção na natureza); três em perigo (risco muito elevado de extinção na natureza); nove vulneráveis (risco elevado de extinção na natureza); quatro quase ameaçadas (categoria de baixo risco, mas com espécies perto de serem classificadas ou que provavelmente serão incluídas em uma das categorias de ameaça em um futuro próximo); e uma na categoria “Dados Deficientes” (faltam dados adequados sobre a sua distribuição e/ou abundância para fazer uma avaliação direta ou indireta do seu risco de extinção). 
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Professora da UFSC participa de painel internacional sobre ensino de fungos

13/10/2021 10:02

A professora do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Maria Alice Neves participa nesta sexta-feira, 15 de outubro, de um debate sobre a inclusão de fungos na educação básica. Intitulado Special edition educational screening of fantastic fungi, o painel faz parte do evento internacional Fantastic fungi global summit: voices from the underground e irá discutir, entre outros aspectos, o uso de uma adaptação do filme Fantastic Fungi para despertar o interesse pelos fungos em jovens e em todas as pessoas interessadas na natureza. A atividade é on-line e tem início às 18h. Os interessados podem se inscrever gratuitamente pelo site do evento.

Curadora do Fungário Flor e uma das coordenadoras do Laboratório de Micologia da UFSC (Micolab), Maria Alice irá falar sobre sua experiência no ensino de fungos, evidenciando como isso pode impactar positivamente a vida das pessoas, especialmente de jovens. O painel terá participação também de Giuliana Furci (ativista chilena e CEO da ONG Fungi Foundation) e Nat Kelley (ativista e atriz), com moderação do diretor e cinegrafista Louie Schwartzberg. 

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Grupo de pesquisa da UFSC lança livro infantil sobre ‘formigas zumbis’ no Dia Nacional da Ciência

02/07/2020 15:00

Formigas zumbis estão entre os temas de livro lançado no próximo dia 8 de julho. Foto: Felipe Bittencourt

O grupo de pesquisa MIND.Funga (Monitoring and Inventorying Neotropical Diversity of Fungi), coordenado pelo Laboratório de Micologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), fará o lançamento on-line do livro infantil A descoberta nas pequenas coisas, no próximo dia 8 de julho, data em que é comemorado o Dia Nacional do Pesquisador e o Dia Nacional da Ciência. A obra foi concebida como parte dos estudos sobre a diversidade de fungos encontrada no Parque Nacional de São Joaquim, em Urubici, na serra catarinense.

> Clique AQUI para acessar a obra no repositório institucional da UFSC

Um dos temas do livro são as chamadas ‘formigas zumbis’, encontradas nas matas nebulares da Serra. De acordo com os pesquisadores, um fungo ‘usa’ as formigas para completar seu ciclo de vida. “Este fungo ataca e controla o comportamento das formigas. Na verdade, ele faz com que a formiga procure um local específico para morrer, um local que seria perfeito para o fungo liberar os seus esporos e contaminar outras formigas na floresta”, explica o professor Elisandro Ricardo Drechsler-Santos, doutor em Biologia de Fungos. Ele assina a autoria do livro com Cauê Azevedo Tomaz Oliveira e Weslley Ribeiro Nardes.
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Pós em Biologia de Fungos, Algas e Plantas realiza aula inaugural do doutorado

11/08/2017 09:12

A cerimônia de abertura do novo doutorado do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas foi realizada no dia 7 de agosto, no Auditório da Reitoria. A aula inaugural foi proferida pelo professor e coordenador da área de Biodiversidade da CAPES Paulo Santos (UFPE).

O Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas (PPGFAP) do Centro de Ciências Biológicas (CCB) foi criado em abril de 1999, como PPG em Biologia Vegetal (PPGBVE). O triênio 2010-2012 foi marcado por profundas mudanças no Programa, advindas da necessidade de trazer o curso para um cenário mais incentivador e promissor, dentro da nova área de Biodiversidade da CAPES. As mudanças foram estruturais e conceituais passando a se chamar PG em Biologia de Fungos, Algas e Plantas.
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Pesquisadores da UFSC descobrem cinco novas espécies de fungos

29/07/2016 10:00

“Vocês conhecem o ‘Pókemon Go’ (jogo de realidade aumentada para smartphones, que faz as pessoas saírem caçando monstrinhos imaginários)? Nós fazemos a mesma coisa com fungos, só que a gente traz para o laboratório e estuda”, brinca Maria Alice Neves, professora do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas e do Departamento de Botânica, e uma das responsáveis pelo Laboratório de Micologia (Micolab) da UFSC. E foi assim, fazendo coletas e análises, que pesquisadores do Micolab encontraram cinco novas espécies de fungos. As descobertas, feitas entre 2011 e 2014 em várias regiões do Brasil, foram publicadas neste ano pela revista científica Phytotaxa.
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Estudante da UFSC descobre três novas espécies de fungos

05/12/2013 15:25

Phylloporia clariceae é uma das novas espécies de fungos descoberta pela estudante Valéria Ferreira Lopes. O nome é homenagem à professora da UFSC e criadora do Laboratório de Micologia, Clarice Loguércio Leite. Foto: Valéria Ferreira Lopes

Uma pesquisa recente da Universidade Federal de Santa Catarina é responsável pela descoberta de três novas espécies de fungos que podem ser encontrados na região da Mata Atlântica do sul do Brasil. A pesquisa é objeto da dissertação de mestrado de Valéria Ferreira Lopes, que defendeu seu trabalho junto ao Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas. Além da descoberta, a dissertação representa um alerta: o de que o método utilizado para classificar os fungos pode estar escondendo uma diversidade muito maior de espécies.

De fato, os fungos formam um reino ainda bastante desconhecido pela Ciência. Não se sabe ainda o número de espécies que podem existir. As estimativas vão de 1,5 milhão até mais de 5 milhões. Desse total, são conhecidas apenas 100 mil. Fungos não são plantas nem animais, pois possuem características únicas, cuja principal função na natureza é fazer a decomposição de dejetos orgânicos. Podem viver em ambientes tão diversos quanto no interior de uma formiga quanto decompondo uma árvore morta.


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Inscrições para mestrado em Biologia de Fungos, Algas e Plantas

03/10/2013 10:40

Estão abertas, de 3 de outubro a 1º de novembro, as inscrições no processo seletivo para o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Biologia de Fungos, Algas e Plantas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). São até 25 vagas distribuídas nas seguintes linhas de pesquisa/especialidades (e número de vagas):

– Anatomia do desenvolvimento de plantas vasculares; Anatomia ecológica (2 vagas)
– Anatomia ecológica; Anatomia aplicada à fitotecnia (2)
– Biologia celular, ecotoxicologia e reprodução de macroalgas marinhas (2)
– Bioquímica e metabolismo (1)
– Dinâmica de populações e comunidades vegetais de ambientes litorâneos (1)
– Ecofisiologia de algas e biologia molecular (3)
– Ecofisiologia de angiospermas e pteridófitas da Mata Atlântica (2)
– Ecofisiologia de microalgas (1)
– Estrutura de comunidades algais (2)
– Etnobotânica em áreas costeiras e de Mata Atlântica (1)
– Fisiologia associada ao cultivo de macroalgas (1)
– Fisiologia do desenvolvimento aplicada ao uso e conservação de plantas (1)
– Florística e taxonomia de plantas da Mata Atlântica (2)
– Sistemática de fanerógamas e florística e estrutura de formações campestres (1)
– Sistemática e Filogenia de Agaricomycetes (1)
– Sistemática filogenética e Ecologia de Macrofungos (2)

As inscrições serão homologadas no dia 11 de novembro. O processo seletivo leva em conta os seguintes critérios: prova de conhecimento de caráter eliminatório; proficiência em língua inglesa e, no caso de candidatos estrangeiros, língua portuguesa; curriculum vitae (preferencialmente do sistema Lattes-CNPq) e histórico escolar. A divulgação da classificação final será no dia 12 de dezembro de 2013 e as aulas iniciam em fevereiro de 2014.

Mais informações:

Edital Nº 17/PPGFAP/OUTUBRO 2013.

http://biologiavegetal.paginas.ufsc.br/.

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