Restaurante Universitário da UFSC, na Trindade, reabre para almoço e janta em 10 de março

28/02/2025 19:45

RU estará funcionando para início do semestre letivo da Graduação. Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC

A Administração Central da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) informa, por meio da Pró-Reitoria de Permanência e Assuntos Estudantis (Prae), que o Restaurante Universitário (RU), localizado no bairro Trindade, no Campus de Florianópolis, estará novamente aberto ao público a partir de 10 de março, segunda-feira, primeiro dia do semestre letivo da Graduação 2025.1.

O funcionamento será retomado no horário convencional: das 11h às 13h30 para o almoço e das 17h às 19h para o jantar, conforme informou a Prae.

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Curso virtual da UFSC aborda amamentação, higiene e primeiros socorros de recém-nascidos

29/08/2024 08:42

A Pró-Reitoria de Extensão (Proex) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) oferece, neste segundo semestre, o curso Cuidado humanizado do recém-nascido para cuidadores, coordenado pela professora Patrícia Klock do Departamento de Enfermagem. Os conteúdos das aulas irão abordar, de forma prática, aspectos relacionados à amamentação, higiene, vacinação e primeiros socorros. A iniciativa é gratuita e voltada a pessoas da comunidade e estudantes da saúde que desejam adquirir conhecimentos sobre cuidados neonatais para aplicá-los como cuidadores de recém-nascidos.

O curso tem carga horária total de 64 horas, dividida em cinco módulos, e são disponibilizadas 30 vagas. Será realizado de forma remota (com encontros síncronos e assíncronos), por meio do aplicativo Google Meet, com link divulgado previamente a cada semana. As aulas irão ocorrer às sextas-feiras, das 14h às 18h, com início em 6 de setembro e término em 13 de dezembro. As inscrições podem ser feitas até 5 de setembro pelo endereço http://inscricoes.ufsc.br/cuidadorecemnascido.
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Turismo impacta a alimentação de famílias rurais em Santa Catarina, diz estudo da UFSC

11/04/2024 15:50

Professor coordena pesquisa que fornece subsídios para políticas públicas sobre segurança alimentar

Para ler a reportagem especial em formato multimídia, clique aqui

Pesquisadores da UFSC estudam o impacto do encarecimento de alimentos na dieta de famílias do interior de Santa Catarina. Ilustração: Laura Araújo/NADC/UFSC

“Artesanal”, “típico” ou “gourmet”. Na tentativa de atrair consumidores, diferentes adjetivos contam histórias e agregam conteúdo simbólico aos alimentos, mas também aumentam seu preço. O custo pode ser elevado a ponto de torná-los inacessíveis até mesmo para quem tradicionalmente os produz. É o caso de Timbé do Sul, município do sul de Santa Catarina, cujos agricultores não conseguem reter para o consumo doméstico o próprio queijo produzido devido à alta demanda do setor turístico.

“A substituição da agricultura pelo turismo traz consequências importantes na dieta das famílias rurais”, explica Clécio Azevedo da Silva, professor do Departamento de Geociências da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e pesquisador sobre o tema dos regimes alimentares. “Elas acabam se tornando compradoras de alimentos [apesar de produzi-los]”.

Os resultados do estudo coordenado por Clécio fornecem subsídios para o fortalecimento de políticas públicas voltadas à alimentação, como a Política Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) e a Política Nacional de Alimentação e Nutrição (PNAN) – além de reforçar a necessidade de aplicá-las, já que não há um sistema de fiscalização sobre elas.

A criação de espaços de segurança alimentar e nutricional é especialmente importante para contextos mais propensos a vulnerabilidades, como os pequenos municípios, afirma a estudante Tainara de Souza, do curso de Graduação em Geografia da UFSC. Timbé do Sul é vizinha de Praia Grande, a “capital dos cânions” famosa pelo destino turístico dos geoparques. Situados na mesma região sul de Santa Catarina, somam pouco mais de 12 mil habitantes.
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Chumbo no chá? Pesquisa da UFSC identifica impacto da mineração em alimentos

01/09/2023 10:32

Áreas de mineração estão cobertas de produtos utilizados na alimentação (Foto: Graziela Blanco)

Plantas usadas como alimentos e chás podem estar contaminadas pelos chamados “elementos traço” em áreas da região carbonífera, no sul de Santa Catarina. A constatação foi divulgada em uma série de artigos e na tese da cientista Graziela Dias Blanco, do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina. O impacto das atividades de mineração, além dos prejuízos ao meio ambiente, também pode chegar à saúde. O estudo Soberania, segurança alimentar e ecotoxicidade de alimentos e plantas medicinais consumidos por comunidades locais em áreas de mineração foi orientado pela professora Natalia Hanazaki, com co-orientação da professora Mari Lucia Campos.

Pelo menos 65% dos habitantes da região mapeada pela pesquisa relataram coletar plantas para uso medicinal e alimentar diretamente de áreas contaminadas pela atividade mineradora. “As pessoas que vivem nas proximidades de áreas contaminadas pela mineração usam e consomem plantas destes ambientes e as pessoas sabem pouco sobre o potencial perigo dessa contaminação em seus alimentos e o risco desses contaminantes para sua saúde”, assinala, no estudo.

Graziela se interessou pelo assunto quando foi visitar a região de Criciúma, Lauro Muller e Siderópolis em busca de dados para uma pesquisa sobre plantas medicinais. No entanto, ao chegar ao local, percebeu um mosaico de áreas impactadas pela atividade mineradora e mudou o objeto de investigação. “A gente vê, por exemplo, moradias na cidade de Criciúma muito próximas à área de mineração abandonada, sem avisos ou preocupação. É uma situação extremamente grave”, analisa.

Ela fez 195 entrevistas com moradores de 14 áreas próximas a minas abandonadas nos principais municípios da região carbonífera catarinense. “Perguntamos a cada entrevistado sobre o tempo que morava na região, sua percepção da qualidade do ambiente, quais espécies de plantas eram utilizadas e com que finalidade”, conta. Carqueja, goiabeira e erva-doce foram algumas das espécies citadas.

Nas entrevistas, ela também identificou que todos os homens e nenhuma das mulheres trabalhavam ou já haviam trabalhado em mineradoras. Em Santa Catarina, existe um plano de recuperação para essas áreas em razão de uma ação do Ministério Público Federal, que exigiu que as empresas e a União recuperassem as áreas degradadas pela mineração, áreas com depósitos de rejeitos e minas abandonadas. Os recursos hídricos das bacias dos rios Araranguá, Urussanga e Tubarão também foram indicados como foco da ação.
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Evento discute redes agroecológicas de produção e consumo

17/04/2023 17:35

A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) sedia o 2º Seminário Internacional Alimentos Saudáveis nos dias 25 e 26 de abril, terça e quarta-feira. Com o tema Redes agroecológicas de produção-consumo, o evento será realizadas das 9h às 17h, no Centro de Cultura e Eventos, no Campus de Florianópolis. Simultaneamente, será realizada uma feira com exposição e venda de produtos orgânicos e agroecológicos.

Na programação estão previstas palestras, mesas de debate e grupos de trabalho que visam aprofundar o diálogo sobre a produção e o consumo de alimentos agroecológicos. Entre os temas a serem discutidos, estão a comercialização de alimentos saudáveis, o papel dos consumidores no acesso a alimentos agroecológicos e orgânicos, formas públicas e solidárias de abastecimento agroecológico e a articulação de atores sociais em redes locais e internacionais de cidadania agroalimentar. Para participar, os interessados devem se inscrever até a data do evento, via formulário.

O evento é organizado pela Associação Slow Food do Brasil, pelo Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo (Cepagro), pelo Centro Vianei de Educação Popular, pelo Laboratório de Comercialização da Agricultura Familiar (Lacaf/UFSC), pelo Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições (Nuppre/UFSC) e pelo Núcleo Santa Catarina da Aliança pela Alimentação Adequada e Saudável.

Para mais informações, acesse o site do Cepagro.

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Estudo analisa soberania e segurança alimentar em comunidade quilombola de SC

24/02/2023 10:18

Apesar de estar no local há cerca de 200 anos, a Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque ainda não tem garantido o direito a seu território. Foto: Danilo Barretto

A luta pelo direito ao território, os conflitos em torno do uso da terra, a diversidade de plantas alimentícias e as relações entre soberania e segurança alimentar são alguns dos temas abordados na pesquisa de doutorado de Maiara Cristina Gonçalves, desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Fungos Algas e Plantas da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). O estudo, realizado junto à Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque, localizada em Praia Grande (SC), revela que, apesar da ampla variedade de espécies de plantas cultivadas e do compartilhamento e doações entre os moradores, mais da metade das famílias enfrenta algum grau de insegurança alimentar.

Isso se deve principalmente ao pouco espaço disponível para cultivo – consequência da lentidão do processo de regularização do direito ao território. Os resultados iniciais foram divulgados no artigo Agricultura tradicional e soberania alimentar: conhecimento quilombola no manejo de plantas alimentícias, publicado na revista internacional Journal of Ethnobiology (disponível também em português aqui).

Formada no século XIX por escravizados negros e indígenas como uma das formas de resistir ao sistema escravista, a Comunidade Remanescente de Quilombo São Roque hoje tem aproximadamente 160 habitantes, divididos em 38 unidades familiares e distribuídos em 7.328 hectares. Apesar de estar no local há cerca de 200 anos, ainda não tem garantido o direito a seu território, estabelecido entre os Campos de Cima da Serra e as planícies da bacia do rio Mampituba, próximo à divisa com o Rio Grande do Sul. A comunidade foi reconhecida oficialmente pela Fundação Cultural Palmares e também já passou pelos estudos antropológicos necessários. Desde 2019, o processo está parado em Brasília.

A sobreposição a duas unidades nacionais de conservação, os Parques Nacionais Aparados da Serra e Serra Geral, causou uma série de conflitos nas últimas décadas em função das limitações para atividades econômicas e uso da terra, que restringem o modo de vida quilombola. Em 2018, um termo de compromisso firmado com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) permitiu que a comunidade utilizasse menos de 20 hectares da área contestada para agricultura.
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UFSC na mídia: e-book gratuito traz receitas para aproveitamento total de alimentos

03/02/2023 13:20

O e-book Mesa Criativa: receitas com aproveitamento total dos alimentos, criado através de um projeto de extensão do Campus Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi tema de reportagem do programa SC no Ar, da NDTV, divulgada nesta sexta-feira, 3 de fevereiro. A professora Selene de Souza Siqueira Soares, do Departamento de Engenharia Têxtil, concedeu entrevista como coordenadora do projeto Perdas e Desperdícios Alimentares: soluções domésticas para o uso completo do alimento.

Durante a reportagem, foi exibido um vídeo preparado pelos alunos integrantes do projeto. O vídeo ensina a preparar a tradicional receita de brigadeiro aproveitando cascas de banana que iriam para o lixo.

>> Para acessar o e-book de receitas completo, clique aqui.

Além das receitas, o e-book traz também dicas de armazenamento e manipulação dos alimentos para aumentar seu tempo de conservação. O projeto é uma realização da Rede All4Food, financiado pelo Programa de Bolsas de Extensão da UFSC (Probolsa) e pela Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos da Universidade de São Paulo (FZEA/USP).

Assista à reportagem:

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Projeto da UFSC Blumenau lança e-book de receitas que reaproveitam alimentos

24/01/2023 11:44

Um projeto de extensão do Campus Blumenau da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) acaba de lançar um e-book de receitas que tem como objetivo evitar o desperdício de alimentos no ambiente doméstico. Intitulada Mesa Criativa: receitas com aproveitamento total dos alimentos, a publicação traz diversas preparações com ingredientes que geralmente seriam descartados, como cascas, folhas, talos e sementes de frutas, verduras e legumes.

O projeto “Perdas e Desperdícios Alimentares: soluções domésticas para o uso completo do alimento” é coordenado pela professora Selene de Souza Siqueira Soares, titular no departamento de Engenharia Têxtil, e conta com a participação dos alunos Gabriel Vilela Chiquito da Silva, Júlia Ender, Marcos Pappalardo Collet, Victor Benvenutti Cavalheiro e Vinícius Limas Scheidt.

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Pesquisa da UFSC verifica relação entre hábitos alimentares de adolescentes e diabetes

30/06/2022 08:06

Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) verificou a existência de relação entre hábitos alimentares de adolescentes brasileiros de 12 a 17 anos de idade e marcadores bioquímicos relacionados ao diabetes. Biomarcadores ou marcadores bioquímicos são valores que podem ser medidos experimentalmente e indicam a ocorrência de uma determinada função normal ou patológica. Na pesquisa, foram utilizados marcadores relacionados ao controle do diabetes e resistência à insulina.

O trabalho desenvolvido por Bernardo Paz Barboza aplicou os dados do Estudo de Risco Cardiovasculares em Adolescentes (Erica), realizado entre os anos de 2013 e 2014, em 273 cidades brasileiras com mais de 100 mil habitantes, incluindo Florianópolis. O estudo realizado na UFSC considerou a participação de 35.454 adolescentes, estudantes de escolas públicas e privadas. Os dados sobre alimentação foram obtidos por meio de um recordatório alimentar de 24 horas que, como o nome sugere, trata-se de um instrumento para a coleta de informações sobre a alimentação do dia anterior.

“Com essas informações conseguimos entender como funciona a alimentação de uma forma mais robusta do que simplesmente observar alimentos ou grupos de alimentos de forma isolada, o que condiz muito mais com a realidade de uma alimentação, em que todos os nutrientes/alimentos estão sujeitos a influenciar na biodisponibilidade de absorção de cada um, como podemos também observar tendências culturais da amostra”, destaca Bernardo.

O diabetes mellitus (DM) representa uma condição metabólica presente em cerca de 537 milhões de pessoas no mundo. Esta condição é caracterizada por um aumento constante das concentrações de glicose sanguínea, devido à alteração na produção ou ação do hormônio insulina, produzido nas células β-pancreáticas. Dados do Global Burden of Disease Study mostrou o avanço de DM na população global, sendo observado um aumento de 102,9% de casos entre 1990 a 2017. Desses valores, a diabetes tipo 2 (DM2) correspondia a 98,3% dos novos casos em 2017. Já dados da International Diabetes Federation evidenciam o impacto econômico desta condição: em 2021, os gastos mundiais para portadores deste tipo de diabetes corresponderam a US$ 966 milhões, apresentando um crescimento de 316% nos últimos 15 anos.

O aumento na prevalência de DM2, antes considerado como sendo exclusivo de adultos, também tem sido observado em adolescentes e crianças. Em estudo prévio com os dados do Erica, constatou-se 22% de prevalência de pré-diabetes (definida por valores de glicemia de jejum entre 100 e 125 mg/dL) e 3,3% de DM2 na população de adolescentes de 12 a 17 anos. Com base nestes dados, estimou-se que no Brasil existiam cerca de 213.830 adolescentes vivendo com DM2 e 1,46 milhões com pré-diabetes.

“Jovens diagnosticados com DM2 apresentam maior dificuldade no controle glicêmico, maiores taxas de falha na terapia com metformina e maior depleção de função das células β-pancreáticas do que adultos. Além disso, o desenvolvimento precoce dessa condição pode acarretar em risco maior de desenvolvimento de complicações relacionadas ao DM2, como, por exemplo, desfechos micro e macrovasculares”, ressalta o pesquisador.

Metodologia e resultados da pesquisa

O estudo identificou três diferentes hábitos alimentares na população pesquisada. Crédito: Jimmy Dean | Unsplash

Durante suas análises, Bernardo identificou três diferentes hábitos alimentares na população pesquisada: 1) padrão tradicional: caracterizado por consumo de alimentos comuns na cultura brasileira como o arroz, feijão e carne; 2) padrão pão e café: caracterizado por alimentos relacionados a lanches como os panificados, café, chá, manteiga e carnes processadas como mortadela e presunto; e 3) padrão ocidental: caracterizado pelo consumo de alimentos como doces, bebidas açucaradas (refrigerante, suco em pó, iogurte adoçado, entre outros) e alimentos como hambúrguer, cachorro quente, pastel, entre outros alimentos.
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Aditivos alimentares têm risco potencial à saúde das crianças

14/06/2022 10:00

Em recente estudo publicado na Revista de Saúde Pública acerca do consumo de aditivos alimentares na infância (Aditivos alimentares na infância: uma revisão sobre consumo e consequências à saúde), é apontado que os aditivos comumente usados não costumam ser avaliados em conjunto, ou seja, cada pesquisa examina um tipo de aditivo separadamente. Logo, com as evidências científicas disponíveis, ainda não existe conhecimento sobre os efeitos à saúde, decorrentes do consumo diário de alimentos que tenham dois ou mais aditivos diferentes que interagem entre si e com os outros componentes do alimento industrializado.

Apesar disso, é com base nos poucos estudos existentes que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), agência reguladora ligada ao Ministério da Saúde, que atua com base nas recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), decide quais aditivos podem ser usados nos alimentos e qual quantidade é segura para consumo humano.

Estes aditivos alimentares são substâncias químicas adicionadas nos alimentos para fins tecnológicos, isto é, conservar, colorir ou intensificar a cor, melhorar textura, intensificar o sabor, controlar acidez, entre outras funções. Logo, os aditivos não conferem aos alimentos qualquer atribuição nutricional. No Brasil, há 23 classes de aditivos permitidas e, portanto, 23 funções diferentes que estas substâncias podem desempenhar nos alimentos. Todos eles são devidamente aprovados pela Anvisa.

Por trabalhar com dados científicos para produzir suas recomendações, a falta de evidência neste assunto dificulta a tarefa da Anvisa de estabelecer regras e instruções sobre o uso de aditivos em alimentos industrializados. No momento, os valores considerados seguros para o consumo humano são determinados pela quantidade de aditivo em relação ao peso corporal. Considerando que as crianças apresentam peso corporal proporcionalmente menor do que os adultos, a toxicidade dos aditivos pode ser maior nessa faixa etária.

“As crianças estão consumindo aditivo, desde o primeiro dia de vida delas”, relata a nutricionista Mariana Kraemer, autora do estudo, atuante no Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições e doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com bolsa da Capes.

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Inscrições abertas para curso sobre práticas alimentares para pessoas com Diabetes Mellitus

08/09/2021 12:10

Estão abertas até 17 de setembro as inscrições para o curso on-line Habilidades manuais para o cuidado em saúde na condição do Diabetes Mellitus. Voltada a pessoas que possuem diabetes (preferencialmente acima de 50 anos) e seus cuidadores, bem como a jovens e/ou estudantes que tenham proximidade com algum portador da doença, a atividade é gratuita e ocorre de 14 de setembro a 21 de outubro pelo Moodle Grupos. Os interessados podem se inscrever neste link.

O objetivo geral do curso é  promover melhores práticas alimentares para pessoas com Diabetes Mellitus. A proposta envolve a apresentação de práticas saudáveis, alimentos que auxiliam no controle glicêmico e aspectos relevantes para a escolha e o preparo de refeições. Também serão discutidas as potencialidades, dificuldades e estratégias para melhorar as práticas alimentares. Os participantes terão direito a certificado de 20 horas.

A ação faz parte do programa Diabetes mellitus: prevenir, tratar e reabilitar, contemplado no edital nº 3/2021/Proex de apoio aos programas vinculados ao Núcleo de Estudos da Terceira Idade (Neti).

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‘Mise en place’ é tema do novo episódio do projeto ‘Nutrição é na cozinha’

05/07/2021 16:31

Está disponível no Youtube o quinto episódio da segunda temporada do projeto de pesquisa e extensão Nutrição é na cozinha! Habilidades culinárias e alimentação saudável na universidade. Intitulado Como colocar o “mise en place” em prática?, o vídeo explica o que é o mise en place, qual sua importância e como realizar corretamente essa etapa crucial para o preparo de receitas. Originado do francês, o termo significa “colocar em ordem”. Essa organização serve, principalmente, para economizar tempo na cozinha e evitar erros.

O projeto tem o objetivo de avaliar e incentivar o desenvolvimento de habilidades culinárias em estudantes universitários, a fim de promover uma alimentação mais saudável. Com a pandemia de Covid-19, esse público, assim como a população em geral, encontra dificuldades no preparo de suas refeições em casa. Os materiais, portanto, divulgam informações focadas no planejamento e no preparo das refeições, buscando incentivar o uso e o consumo de frutas, legumes e verduras.

A ação é coordenada por Manuela Mika Jomori, professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), e conta com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Pró-Reitoria de Extensão (Proex). 

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Artigo de pesquisadores da UFSC aborda uma antiga interação entre humanos e plantas comestíveis

10/06/2021 15:13

Foto: Carolina Levis

Em artigo publicado na revista Science nesta quinta-feira, 10 de junho, os pós-doutorandos do Programa de Pós-Graduação em Ecologia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) Bernardo Flores e Carolina Levis descreveram uma antiga interação entre povos indígenas e plantas comestíveis em florestas tropicais. Por um lado, as comunidades locais se beneficiam dos alimentos encontrados nesses ambientes e, por outro, ajudam a aumentar a abundância das plantas que os fornecem. Essa relação é bastante antiga e tem o potencial de ajudar a aumentar a segurança alimentar nos trópicos.

Há pelo menos 12 mil anos, as florestas tropicais têm sido o lar de pessoas que domesticaram paisagens e populações de plantas. Vastas extensões de floresta ficaram repletas de frutas, castanhas e raízes a partir dessa interação com as populações humanas. A castanha-do-pará, por exemplo, é cultivada por indígenas há milênios e hoje é uma espécie dominante na bacia amazônica. Algo semelhante aconteceu com o pinhão: o cultivo por povos originários ampliou a distribuição da araucária pela Mata Atlântica.

Foto: Edilson Villegas Ramos/ISA

Os pesquisadores apontam, contudo, que, sem a presença de povos locais, as espécies comestíveis se tornam menos competitivas e podem desaparecer com o tempo. Monoculturas industriais, pastagens, mineração, entre outras atividades, destroem o ecossistema e também o antigo conhecimento indígena e local. Como resultado, as florestas tropicais estão perdendo suas identidades biológicas e culturais. Para que esses ecossistemas continuem ricos em recursos alimentares, portanto, povos indígenas e comunidades locais precisam continuar gerenciando a paisagem, salientam os cientistas.

O artigo destaca, ainda, que, em todo o mundo, mais de um bilhão de pessoas dependem dos recursos florestais para nutrição e saúde, especialmente nas regiões tropicais em desenvolvimento. O feedback positivo entre os povos locais e a disponibilidade de alimentos revela a possibilidade de conservar as florestas tropicais e, ao mesmo tempo, aumentar a segurança e a soberania alimentar. Essa é uma oportunidade para desenvolver sistemas sustentáveis ​​de produção de alimentos, protegendo os ecossistemas florestais e promovendo a justiça socioambiental, ressaltam os pós-doutorandos.

Leia o artigo na íntegra.

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Semana do Meio Ambiente: ‘Nossa dieta está levando o planeta à ruína’

15/06/2019 19:15

As notícias são alarmantes. Publicadas diariamente, por toda parte, soam quase em uníssono. Se olharmos apenas para os veículos brasileiros, nos deparamos com as seguintes manchetes nos últimos dias: “Mudanças climáticas serão uma tragédia para o mundo” (O Globo); “Mudanças climáticas podem acabar com a civilização até 2050” (Revista Galileu); “Mudanças climáticas vão gerar prejuízo de US$ 1 tri para grandes empresas” (Revista Exame); “Mudanças climáticas já provocam danos sérios à saúde humana” (G1). As matérias reportam as mais recentes constatações científicas, que urgem por demonstrar a relevância do tema nas diversas áreas: política, economia, direitos humanos etc. O jornal britânico The Guardian, inclusive, acaba de propor uma nova terminologia, mais adequada ao fenômeno em questão: no lugar de mudanças climáticas, sugere crise climática, emergência climática ou colapso climático.

O planeta já passou por diferentes eras geológicas decorrentes de alterações na temperatura, entretanto, o que vivemos agora é inédito. As atividades humanas ao longo dos últimos séculos – e muito mais nas últimas décadas – têm modificado o clima da Terra com tal intensidade, extensão e rapidez que cientistas dizem que já entramos em uma nova era, o Antropoceno. Entre as atividades mais prejudiciais aos ecossistemas está toda a cadeia produtiva que envolve nossa alimentação baseada em produtos de origem animal. A Organização das Nações Unidas (ONU) tem recomendado a mudança para uma dieta sem carnes e laticínios como forma de reduzir o aquecimento global. Um relatório apresentado em 2010 afirmava que “alimentos de origem animal, tanto carnes quanto laticínios, requerem mais recursos e causam mais emissões do que alternativas à base de vegetais.”

Foto: Henrique Almeida/Agecom/UFSC.

O impacto da agropecuária no meio ambiente foi um dos temas debatidos durante a Semana do Meio Ambiente, realizada de 3 a 7 de junho na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Com o auditório da reitoria completamente lotado, Sônia T. Felipe, professora de Filosofia aposentada pela UFSC, iniciou sua palestra de forma categórica. “Há mais de 70 anos estamos levando o planeta à ruína por conta da produção de alimentos para servir os animais, que serão depois servidos no prato de metade da população humana no mundo. Isso porque a outra metade não come regularmente carnes, queijos ou ovos.” Ao longo dos 50 minutos seguintes ela prendeu a atenção do público apresentando dados que revelam uma realidade sobre a qual pouco se pensa.
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Fundador do movimento Slow Food ministra palestra sobre gastronomia e consumo consciente

09/11/2017 09:01

O fundador do Movimento Slow Food, Carlo Petrini, esteve na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) na tarde desta terça-feira, 7 de novembro, para ministrar uma palestra sobre o assunto. A atividade foi realizada no auditório do Centro Socioeconômico (CSE), e foram debatidos assuntos como agricultura familiar, consumo responsável e o impacto que a produção de alimentos tem em diversos setores da sociedade.

Carlo Petrini explicitou o conceito de gastronomia como uma ciência multidisciplinar, que vai além da culinária. “A gastronomia também é agricultura, zootecnia, biologia, química e física. A gastronomia, no nível humano, também é antropologia, história da cultura, é nossa identidade”. Além dessas áreas, o jornalista destacou que a gastronomia envolve economia política, porque as inúmeras disputas por terra que aconteceram na história da humanidade foram lutas pelo poder ligado à produção de alimentos. A distorção do conceito de gastronomia, segundo Petrini, está ligada a um paradoxo: “Nunca se falou tanto de comida, e a situação agrícola é um desastre, em qualquer parte do mundo. Essa visão induz a pensar mal, não é educativa”.
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Conferencistas do Planeta.doc abordam meio ambiente, sustentabilidade, cinema e economia

24/10/2017 17:33

“Uma ferramenta usada para entretenimento ou como elemento de propaganda, mas também para informar e sensibilizar sobre os problemas que a todos nos afeta”, afirmou Pedro Fuente, diretor do Festival Internacional de Cinema e Meio Ambiente de Saragoça, na Espanha. Ele se refere ao cinema. O II Planeta.Doc Conferência, parte da mostra de cinema socioambiental Planeta.doc, reuniu cineastas, cientistas e empreendedores de diversos lugares do mundo para falar sobre essa questão que é responsabilidade de todos: o meio ambiente e o futuro da humanidade. Os palestrantes falaram de problemas a serem resolvidos, soluções criativas e iniciativas que já estão em andamento, em uma programação que iniciou às 14h e foi até 22h30, no auditório Garapuvu do Centro de Cultura e Eventos da UFSC.

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Núcleo de pesquisa promove palestra sobre programas de alimentação escolar do Brasil e EUA

22/09/2017 10:46

O Núcleo de Pesquisa de Nutrição em Produção de Refeições da UFSC irá apresentar a palestra American and Brazilian School Food Program: main differences and future perspectives (Programas de alimentação escolar americano e brasileiro: principais diferenças e perspectivas futuras) no dia 27 de setembro, às 14h, no auditório do Centro de Ciências da Saúde.

A palestra será ministrada em inglês por Charles Feldman (Montclair State University – USA Department Health and Nutrition Science) e haverá tradução consecutiva. 

Mais informações na página do núcleo.

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Estudo relaciona modelos de informações nutricionais com alimentação mais saudável

17/01/2017 12:25

Uma pesquisa realizada no Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGN) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)  mostrou que os estudantes universitários optam por refeições mais saudáveis nos restaurantes dependendo do tipo de informação mostrada nos cardápios. O estudo foi realizado no Brasil e na Inglaterra, onde eram apresentados cardápios com diferentes informações nutricionais aos estudantes antes de se servirem. A pesquisadora espera que a partir do estudo possam ser adotadas medidas legislativas com relação às informações nutricionais nos cardápios do Brasil e do mundo.
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Pesquisadoras da UFSC incentivam a prática culinária por meio de oficinas

14/07/2016 11:36

É comum que nos dias de hoje jovens universitários não tenham o hábito de cozinhar. Condições financeiras, falta de equipamentos e utensílios, de tempo, de habilidades ou insegurança na cozinha são barreiras que impedem os estudantes de preparar suas refeições. Além disso, estudos mostram uma mudança nos hábitos alimentares de jovens que saem da casa dos pais ao entrar na faculdade, pois passam a fazer refeições com baixo valor nutricional, principalmente comidas industrializadas, prejudiciais pelo excesso de açúcar, sódio, gordura e conservantes.

Oficina no dia 27 de junho no Laboratório de Técnica Dietética, CCS. Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Oficina no dia 27 de junho no Laboratório de Técnica Dietética (CCS). Foto: Ítalo Padilha/Agecom/UFSC

Com o objetivo de incentivar a prática culinária e ensinar técnicas de cozinha aos estudantes que moram sozinhos, as doutorandas do Programa de Pós-Graduação em Nutrição da UFSC, Greyce Luci Bernardo e Manuela Mika Jomori, com orientação da professora Rossana Pacheco da Costa Proença, conduziram oficinas de culinária com alunos da Universidade. O projeto é parte da tese de Greyce que, por meio das oficinas, pretende melhorar as práticas alimentares dos estudantes e avaliar a influência da intervenção no costume de cozinhar e consumir alimentos saudáveis.
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UFSC promove palestra sobre hipertensão, alimentação e nutrição

16/09/2014 08:28

“Hipertensão, alimentação e nutrição” é o tema da palestra que a nutricionista Dayanne da Silva Borges ministra na quarta-feira, 17 de setembro, às 9h30min, no auditório do HU. Entrada franca. Aberta a todos os interessados. Haverá emissão de certificado.

Informações: professora Jussara Gazzola : (48) 3721-3411.

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Alimentação no início da vida e os riscos de obesidade é tema de conferência nesta terça na UFSC

13/05/2014 08:45

Os Programas de Pós-Graduação em Nutrição e em Saúde Coletiva da UFSC promovem nesta terça-feira, 13 de maio, às 14h, no auditório do Bloco H, do Centro de Ciências da Saúde,  a conferência “Alimentation au debut de la vie et risque d´obesité” ( Alimentação no início da vida e risco de obesidade) com a pesquisadora francesa Marie Françoise Cachera, doutora em Ciências da Nutrição e Ppesquisadora honorária da Université Paris 13. Atualmente atua na linha de pesquisa Epidemiologia Nutricional da  Université Paris 5 e Université Paris 7.

Informações: (48)3721-6130

Conferência MARIE FRANÇOISE-2

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EdUFSC reedita clássico da Coleção Nutrição

24/02/2014 12:33

Ao reeditar Sociologias da Alimentação – Os comedores e o espacial social alimentar, a Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) assume uma posição de vanguarda no campo das publicações de língua portuguesa na área. A obra pioneira do socioantropólogo Jean-Pierre Poulain é apresentada e prefaciada pela professora Rossana Pacheco da Costa Proença, do Departamento de Nutrição e ex-pró-reitora da UFSC. Assinam a tradução, além de Rossana, os professores Jaimir Conte e Carmen Sílvia Rial. Um projeto gráfico arrojado e uma capa plástica marcam a reedição. A obra integra a Coleção Nutrição, inaugurada, em 2000, com o resgate de Alimentação através dos tempos, de autoria da primeira nutricionista do Brasil, a catarinense Lieselotte Hoeschl Onellas. 

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Núcleo de Antropologia promove jornadas de estudo da alimentação

18/10/2013 16:03

O Núcleo de Antropologia Audiovisual e Estudos da Imagem (Navi) da Universidade Federal de Santa Catarina promove de 21 a 25 de outubro o evento “Comer, beber e pensar: jornadas de estudos da alimentação”, que reunirá pesquisadores da UFSC, Universidade Federal de Goiás e da Universidade de Brasília (UNB).

Com o tema “Antropologia da Alimentação”, a palestra de abertura será ministrada pela professora Ellen Woortmann (UNB) no dia 21/10 às 14h30 no auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas, campus Trindade.  Além de palestras e debates serão exibidos os documentários ” Brasil Orgânico” de Kátia Klock e Lícia Brancher e o “Mocotó do Morro” de Iur Gomez e Bob Barbosa.  As inscrições podem ser feitas no local.
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Palestra gratuita sobre alimentação, saúde e qualidade de vida

06/09/2013 14:26

O médico Luiz Fernando Nicolodi  ministrará a palestra “Alimentação, Saúde e Qualidade de Vida”, no dia 12 de setembro, às 19h, no Miniauditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC. Entrada gratuita.

A alimentação é o “remédio” do dia a dia e não poderia deixar de ter um papel preponderante no nosso bem-estar, na nossa energia e disposição para trabalhar, meditar, dormir, interagir com os seres. A energia para que o nosso sistema neurológico, imunológico e endócrino produza proteínas, carboidratos, lipídios e exerça suas funções plenas são completamente dependentes da qualidade do que ingerimos.
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Desperdício fará subir preços dos alimentos, diz professora

14/08/2012 16:06
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As compras feitas em excesso e sem critério e a “síndrome da mãe cuidadosa” estão entre os fatores que geram grande desperdício de alimentos, sobretudo nos países desenvolvidos, afirma a professora Iva Pires

Problema crucial no planeta, cuja população não para de crescer, o desperdício de alimentos tem a ver com a mudança no estilo de vida das pessoas, a falta de planejamento doméstico e a desvalorização dos produtos alimentares no mix do orçamento familiar, revelou a professora Iva Miranda Pires, da Universidade Nova de Lisboa, em palestra realizada na manhã desta terça-feira, dia 14, no mini-auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH) da UFSC. Ela exibiu os dados de um estudo realizado – e premiado – em Portugal que mostra como o desperdício tem causas culturais e políticas que nem sempre são conhecidas pelo público.

 

As compras feitas em excesso e sem critério e a “síndrome da mãe cuidadosa”, como ficou conhecido o hábito materno de adquirir mais do que o necessário com medo de faltar comida para os filhos, estão entre os fatores que geram grande desperdício de alimentos, sobretudo nos países desenvolvidos. Por outro lado, pelo menos 30% da produção dos países da Europa não chega aos supermercados porque não atendem ao padrão estético estabelecido pela União Europeia. “A forma de apresentação e o rigor com o prazo de validade dos produtos faz com que muitas frutas fiquem no campo, elevando os preços e aumentando o desperdício final”, diz Iva Pires.

 

Dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) demonstram que 1,3 bilhão de toneladas são desperdiçadas a cada ano em quatro instâncias principais: a propriedade rural, as agroindústrias, os supermercados e os consumidores. Como poucas grandes redes controlam todo o fluxo de alimentos no mundo e a produção de biocombustíveis (de milho, soja, trigo, beterraba, cana de açúcar e cevada) pode roubar parte da comida que seria destinada à alimentação humana, a professora prevê problemas sérios problemas de abastecimento e elevação dos preços em escala mundial. “De 2005 para cá ocorreu um aumento dramático dos preços, e esse fenômeno ainda está ocorrendo”, afirma ela.

 

Como resultado disso, a China está comprando milhões de hectares de terras na África para produzir alimentos. O país é gigantesco, mas nem todo o seu território é propício para a agricultura. Há grupos adquirindo terras por meio de leasing e em breve esse bem terá presença forte nas bolsas de valores. Também as mudanças climáticas vão pesar, exigindo mais irrigação e provocando um impacto no custo dos alimentos. “Na Europa, já se considera que os países mediterrâneos vão poder capacidade de produção agrícola, papel que terá de ser assumindo pelas nações frias do norte”, acredita a professora.

 

Vítimas do consumo – Outra característica da relação produção x consumo é que não se sabe mais a procedência dos alimentos. “Pouca coisa, hoje, provêm diretamente da agricultura, por causa dos intermediários, e o que comemos chega à nossa mesa após viajar milhares de quilômetros”, diz Iva. Um caso típico é o do salmão da Noruega, que é congelado, mandado para a China, onde as espinhas são extraídas com pinça, e depois devolvido à Europa, onde se paga 20 euros por uma posta. “A rede Starbucks é a que mais mal paga os produtores de café”, denuncia a professora portuguesa, dando outro exemplo de como o elo inicial da cadeia é o mais sacrificado.

 

Um número que ilustra esse desequilíbrio é que 57,1 milhões de toneladas (26% do total) de alimentos foram desperdiçadas em 2008 nos Estados Unidos só nas etapas de distribuição e consumo. “Somos vítimas da hiper-estimulação para o consumo, e depois somos estimulados a consumir produtos para emagrecer, e mais tarde remédios e procedimentos como lipoaspiração e cirurgias para perder o peso ganho com o excesso de alimentação ingerida”, constata a professora.

Mais informações com a professora Iva: im.pires@fcsh.unl.pt

 

Paulo Clóvis Schmitz / Jornalista da Agecom / UFSC
Fotos: Wagner Behr / Agecom / UFSC

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