Novo episódio do podcast ‘UFSC Ciência’ fala sobre balneabilidade

09/02/2023 14:04

A Agência de Comunicação da Universidade Federal de Santa Catarina (Agecom/UFSC) publicou nesta quinta-feira, 9 de fevereiro, um novo episódio do podcast UFSC Ciência, com o tema Balneabilidade. Os entrevistados desta edição são os docentes José Salatiel, do Departamento de Ecologia e Zoologia; Maria Elisa Magri, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental; Paulo Horta, do Departamento de Botânica e Rodrigo Mohedano, do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental.

A temporada de verão de 2023 trouxe um novo “velho assunto” para o debate público, especialmente no litoral catarinense e nos estados e países de onde vêm os turistas que visitam a região. Uma crise de balneabilidade fez subir vertiginosamente o número de pontos impróprios para o banho de mar. Além disso, uma epidemia de diarreia fez com que se estabelecesse uma relação quase que imediata entre a qualidade da água do mar e a propagação de doenças gastrointestinais, abrangendo também discussões sobre problemas históricos de saneamento básico.

Nesse episódio sobre balneabilidade, falamos sobre o oceano, o turismo, a saúde e o saneamento básico de forma interdisciplinar. Ouvimos quatro professores pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina para discutir o assunto e trazer novas análises e discussões sobre o tema.

Ouça o UFSC Ciência pelo Spotify.

Tags: balneabilidadeepidemiapodcast UFSC CiênciaSaneamento BásicoUFSCUFSC CiênciaUniversidade Federal de Santa Catarina

Pesquisadores da UFSC propõem soluções para crise sanitária e ambiental no litoral ao Ministério do Meio Ambiente

13/01/2023 09:28

Sistemas modulares de biorremediação com algas podem se tornar uma solução para a crise sanitária e ambiental no litoral brasileiro, avalia o professor Paulo Horta, do Departamento de Botânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Em conjunto com o Programa Ecoando Sustentabilidade, a Rede de Organizações Não Governamentais da Mata Atlântica, o Laboratório de Virologia Aplicada da UFSC e o Labomar da Universidade Federal do Ceará, ele assinou uma carta à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, sugerindo, além da implantação dos sistemas, a criação de um comitê para gerenciamento da crise que, somente em Florianópolis, resultou em praias sem balneabilidade e epidemia de diarreia.

O professor explica que esses sistemas são diversificados e que a própria UFSC já os estuda. Pelo menos duas técnicas têm bons resultados em países como Espanha e Estados Unidos: os tapetes de algas filtrantes e a produção de algas em tanques. Ambos absorvem contaminantes, produzem oxigênio e substâncias químicas que ajudam no controle biológico e químico da água. “Sistemas modulares podem ser instalados rapidamente e contribuem com o aumento da saúde dos ecossistemas costeiros”, aponta Horta. Além disso, a biomassa produzida por esses sistemas pode ter diferentes usos, aumentando a sustentabilidade e viabilidade econômica das iniciativas.

Em 2021, uma equipe de pesquisadores da UFSC publicou o artigo A new model of Algal Turf Scrubber for bioremediation and biomass production using seaweed aquaculture principles e traz resultados promissores a partir de um experimento com a espécie Ulva ohnoi. Em menor escala, o sistema foi considerado bem sucedido e resultou em produção de biomassa de boa qualidade, com remoção eficiente de nutrientes, justificando sua aplicação em maior escala.

A alternativa de tratamento com algas é recomendada como uma solução baseada na própria natureza, o que poderia resultar também, nos próximos anos, na redução das emissões de gases do efeito estufa, podendo colocar Santa Catarina em posição de destaque nesse tema, gerando créditos de carbono. Estima-se que ações como essa têm um potencial de produção de biomassa que resultaria na imobilização global de 30 bilhões a 4,13 trilhões de toneladas de dióxido de carbono por ano, mitigando emissões também pelo fato de evitarem a poluição em ambientes costeiros.

Carta alerta para crise e menciona Florianópolis como preocupação

Na carta, os pesquisadores apontam “grande preocupação com a crise sanitária e Ambiental vivida no litoral Brasileiro”, sugerindo um comitê de crise que possa atender à emergência sanitária, de saúde e socioambiental instalada, permitindo um diagnóstico e a adoção de medidas de remediação regionalizados. “Este diagnóstico deverá identificar agentes causadores de surtos e epidemias, produzindo relatórios que auxiliem na tomada de decisão das instituições e setores envolvidos”, completa o documento enviado à ministra.

O cenário catarinense é apresentado como um exemplo da crise vivenciada nas regiões litorâneas e, de acordo com o documento, “demanda participação urgente dos órgãos federais”. A carta alerta que apenas na cidade de Florianópolis já são mais de 1500 casos de diarreia em crianças e adultos, atingindo o status de epidemia.

“Essa epidemia pode estar correlacionada com o fato de que, das 237 praias analisadas no estado, 124 estão impróprias para banho”, assinalam. O grupo aponta que o cenário é resultado das carências históricas de saneamento básico e aponta a poluição crônica e o aumento e intensidade de eventos climáticos extremos como questões que também impactam na saúde coletiva. “Se começarmos a agir localmente, mas pensando globalmente, podemos gerar movimentos que venham a contribuir com o saneamento básico, mas também com a mitigação das mudanças climáticas”, afirma Horta.

Amanda Miranda, Jornalista da Agecom/UFSC

Tags: balneabilidadeEcoando SustentabilidadeepidemiaLaboratório de Virologia Aplicada da UFSCmeio ambientesaneamento

Tratamento de esgoto e balneabilidade em Florianópolis são tema de júri simulado

17/05/2018 13:20

O tratamento de águas e esgoto é uma política pública que, no Município de Florianópolis, é executada pela Companhia Catarinense de Águas e Saneamento (Casan). Para assegurar o serviço, a Casan cobra dos moradores do município uma taxa de esgoto. Esta taxa possibilita parte da execução do serviço. Mas, e se o serviço não é realizado a contento, pode o poder público e sua executora serem processados? Cabe indenização à população?
(more…)

Tags: balneabilidadeCasanCentro de Ciências JurídicasDireito AmbientalJúri simuladotratamento de esgotoUFSCUniversidade Federal de Santa Catarina

Edições do Bosque lança livro ‘Geologia das 117 praias arenosas da Ilha de Santa Catarina’

30/08/2017 16:47

A editora Edições do Bosque, do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFH/UFSC), acaba de publicar  o livro “Geologia das 117 praias arenosas da Ilha de Santa Catarina, Brasil“, de Norberto Olmiro Horn Filho, João Sérgio de Oliveira e Paulo César Leal.

A obra apresenta uma sinopse das praias arenosas da ilha de Santa Catarina, baseando-se nos aspectos geológicos, geomorfológicos, sedimentológicos, oceanográficos, turísticos e de balneabilidade. O objetivo dos autores é promover o conhecimento e o potencial turístico desses sistemas costeiros.

O livro está disponível para acesso gratuito no link.

Mais informações na página da Edições do Bosque.

Tags: balneabilidadeCFHJedições do bosquegeologiaIlha de Santa Catarinalançamentolivropraias arenosasUFSC